• Nenhum resultado encontrado

Formação de professores do Ensino Médio

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Formação de professores do Ensino Médio"

Copied!
25
0
0

Texto

(1)

Formação de professores do

Ensino Médio

Etapa I Caderno VI

Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio A Avaliação no Ensino Médio

Ocimar Alavarse Gabriel Gabrowski

Mediadora: Viviane Aparecida Bagio Furtoso (viviane@uel.br)

Departamento de Letras Estrangeiras Modernas (UEL) Data: 29 de Outubro de 2014

(2)

Tópicos discutidos no caderno

• Avaliação educacional: uma introdução

• Avaliação da aprendizagem: algumas questões

• Avaliação e taxas de rendimento: uma relação a ser

problematizada

(3)

Avaliação educacional

• Três dimensões básicas de avaliação

(DCNEM

– BRASIL, 2012)

- avaliação da aprendizagem

(avaliação interna)

- avaliação institucional

- avaliação externa, esta, também, apresentada algumas vezes

como avaliação de redes de escolas ou avaliação em larga

escala

(4)

Princípios norteadores da discussão sobre Avaliação no Ensino Médio

• A avaliação deve estar

- integrada ao projeto político-pedagógico da escola, tanto na concepção como na implementação, considerando estudantes e professores como sujeitos históricos e de direitos, participantes ativos e protagonistas na sua diversidade e singularidade.

- em consonância com as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM), que reforçam o compromisso da “avaliação da aprendizagem, com diagnóstico preliminar, e entendida como processo de caráter formativo, permanente e cumulativo” (BRASIL, 2012).

(5)

Palavras-chave

Inclusão Participação Diálogo Redirecionamento Diagnóstico Mediação

(6)

Avaliação: prática isolada ou compartilhada?

É preciso, então, pensar primeiro em como os educadores pensam a

avaliação antes de mudar metodologias, instrumentos de testagem e

formas de registro.

A avaliação implica valores e estes podem

– e devem – ser discutidos,

notadamente

quando

da

elaboração

do

projeto

da

escola

ou,

especialmente,

nas

reuniões

de

Conselho

de

Classe

ou

suas

assemelhadas.

Vocês têm tido espaço para discussão sobre avaliação na escola ou é cada

um por si? Que implicações as decisões individualizadas sobre avaliação

(7)

“Avaliação” de Matemática?: redução de um

processo a um instrumento/procedimento

• [...] conceber e nomear o ‘fazer testes’, o ‘dar notas’, por

avaliação é uma atitude simplista e ingênua! Significa reduzir o

processo avaliativo, de acompanhamento e ação com base na

reflexão, a parcos instrumentos auxiliares desse processo,

como se nomeássemos por bisturi um procedimento cirúrgico.

(HOFFMANN, 2000, p. 53).

(8)

Concepção de avaliação como fim em si mesmo

• Os resultados da avaliação da aprendizagem são utilizados

para decidir, ao final do período letivo, sobre a progressão de

cada aluno, ou, em termos mais conhecidos, para decidir quem

“passará de ano” ou quem “será reprovado”, enfatizando com

isso sua função somativa, isto é, realizada ao final do processo

pedagógico.

Vocês têm visto isso como um problema nos seus contextos de

atuação? Se sim, que problemas essa concepção de avaliação

(9)

A avaliação como meio:

impacto no ensino e na aprendizagem

Os autores destacam o:

• Caráter educativo da avaliação, viabilizando especialmente ao

estudante a condição de analisar seu percurso e ao professor e

à escola identificar dificuldades e potencialidades individuais e

coletivas.

Temos trabalhado numa perspectiva de avaliação que permite ao

aluno rever sua aprendizagem e ao professor rever seu ensino,

tomando decisões, inclusive, para as próximas etapas do

planejamento? Por quê?

(10)

Foco sobre a aprendizagem?

(11)

Avaliação: processo não linear

Ensino-Avaliação-Aprendizagem-Avaliação

(imagem produzida pela própria mediadora)

Ensino

Avaliação

(12)

A avaliação como meio: importância do diagnóstico

• Avaliação é o processo de identificação, coleta e análise de

informações relevantes

- que podem ser quantitativas ou qualitativas

- de modo sistemático, rigoroso, planejado, dirigido, objetivo,

fidedigno e válido para emitir juízos de valor com base em critérios

e referências, preestabelecidos para determinar o valor e o mérito

do objeto educacional em questão, a fim de tomar decisões que

ajudem a aperfeiçoar o objeto mencionado.

Para coletar informações sobre a aprendizagem dos alunos, precisamos definir os instrumentos pelo meio dos quais teremos acesso a essas informações. Qual o

instrumento de avaliação mais utilizado na sala de aula, por exemplo? Temos conhecimento de instrumentos variados que se adequem mais aos objetivos que

(13)

Para pensarmos nos e sobre os instrumentos de

avaliação

• Numa sociedade como a brasileira, permeada por valores privados,

de sucesso individual, de mercado, de lucro e de competitividade, os

instrumentos de medição de aprendizagem reforçam uma cultura de

avaliação que visa a mais “premiar e punir”, intensificar processos

de individualização e competição, favorecendo a lógica da

meritocracia e responsabilização individual, tanto da “competência”

quanto da “empregabilidade”, dificultando a organização dos

agentes escolares a partir de princípios democráticos e coletivos

(14)

Critérios de avaliação ou estratégias de “poder”:

não podem ficar na “manga”

• Avaliação deve ser feita com base em critérios e com determinadas

implicações para o processo pedagógico.

• Participação dos alunos na avaliação

Devemos destacar a importância dos alunos serem chamados a um

papel ativo no processo avaliativo, discutindo com eles esses

critérios.

Os critérios de avaliação estão claros para o professor quando define

o instrumento de avaliação? E para os alunos? Que impacto positivo

podemos ter quando compartilhamos a responsabilidade de avaliar

com os alunos?

(15)

OBJETIVOS E CRITÉRIOS:

PARCEIROS INSEPARÁVEIS

(IMAGEM PRODUZIDA PELA PRÓPRIA MEDIADORA)

Definição de

objetivos de

ensino-aprendizagem

Seleção de

instrumento(s) de

avaliação

Estabelecimento de

critérios de

avaliação

(16)

E a coerência entre ensino e avaliação?

Ensinar, concentradamente, o que constitui os objetos de avaliação

externa configura um reducionismo curricular e didático.

“Simulados” de aplicação de provas padronizadas, algo que deveria

ser evitado, inclusive porque não produz o aumento de proficiência

esperado.

Se a avaliação é um meio de acompanhar o desempenho dos alunos

e intervir quando e onde necessário, como o professor fará isso se

usar instrumentos de avaliação elaborados externamente ao contexto

(17)

Complemento entre avaliação interna e

avaliação externa

Caminho proposto:

Avaliação externa como complemento à avaliação interna e não como

substitutiva. Seria importante criar possibilidades de alimentar um

diálogo entre a avaliação externa e a interna de modo a permitir às

redes e escolas reunir condições para avançar seus projetos

pedagógicos.

(18)

Impacto do Enem

Não se pode descartar o impacto que o Enem passa a ter no ensino médio quando se constata que o movimento acentuado que o constitui como um “vestibular” nacional, com fortes implicações para seus respondentes pelo ingresso direto na quase totalidade das universidades federais ou como complemento de vestibulares tradicionais em universidades federais e estaduais, ou ainda a utilização de seus resultados para concessão de bolsas na educação superior privada, via o Programa Universidade para Todos (Prouni).

“O Exame vem sendo foco de muitas discussões desde 2009, quando foi reformulado, com os objetivos de democratizar as oportunidades de acesso às vagas de ensino superior, possibilitar a modalidade acadêmica e induzir a reestruturação dos currículos do ensino médio” (VICENTINI, 2011, p. 39-40).

Vocês acham que o Enem tem contribuído para a reformulação

do Ensino Médio? Poderia contribuir? Como?

(19)

Convergência

(IMAGEM PRODUZIDA PELA PRÓPRIA MEDIADORA)

Autoavaliação

(escolas, professores, alunos, pais, sociedade e outros)

Heteroavaliação

(exames em larga escala, professor avaliando aluno, aluno avaliando professor e outros)

(20)

Para finalizar o caderno e ser ponto de

partida para nossas discussões

Os resultados das avaliações externas podem e

devem ser utilizados como parte do processo de

avaliação do projeto educacional de cada escola e,

por isso, vêm a alimentar sua avaliação institucional.

(21)

REFLEXÃO E AÇÃO (p. 17-18)

A partir de sua formação

— inicial e continuada — e de sua

experiência docente, discuta e reflita com colegas de outra área

distinta as questões abaixo (sugerimos pequenos grupos de 3

professores de áreas bastante distintas, por exemplo, Educação

Física, Matemática e Sociologia):

– Quais têm sido os maiores desafios no campo da avaliação

educacional?

– Qual sua concepção de avaliação e como ela se constituiu na sua

trajetória docente?

(22)

RESULTADO DA DISCUSSÃO DO GRUPO 1

Maiores desafios:

- Número de alunos por sala; - Estrutura da escola (sistema);

- Diminuição dos conflitos dentro da escola, modificação da estrutura de relacionamento professores e equipe pedagógica;

-Burocracia;

-Diálogo respeitoso e de busca de integração entre os segmentos da escola; - Efetivar o processo de recuperação paralela;

- Fazer com que a nota represente realmente o aluno.

CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO: Processo que faz parte do cotidiano, independente do instrumento, um processo constante/contínuo.

(23)

REFLEXÃO E AÇÃO (p. 28)

Em consulta ao projeto político-pedagógico e aos planos de ensino (aos quais você possa ter acesso) de sua escola, procure identificar os seguintes elementos:

– Definição(ões) de avaliação da aprendizagem encontrada(s). – Quais os instrumentos e procedimentos mais utilizados.

– Critérios para atribuição de notas ou conceitos e de aprovação.

– Instâncias e participantes para definição da situação de cada aluno ao final do ano letivo.

– Outras observações que considere relevantes para a discussão de avaliação da aprendizagem.

(24)

REFLEXÃO E AÇÃO (p. 38-39)

Após ter visto alguns dados nacionais sobre as taxas de rendimento, procure levantar os dados de sua escola e, sobre eles, observe os seguintes questionamentos:

– Quais são os dados e taxas de rendimento de sua escola? – O que esses dados lhes revelam?

– Como esses dados são discutidos entre os professores?

– Existe, na escola, algum debate sobre eventuais relações entre as taxas de rendimento e a avaliação da aprendizagem nas disciplinas ou em algumas das disciplinas?

(25)

REFLEXÃO E AÇÃO (p. 50-51)

Na avaliação institucional de sua escola, como têm sido abordadas as avaliações externas e como têm sido utilizados seus resultados?

– Existe algum tipo de atividade voltada para essas avaliações? Como, por exemplo, organização de simulados, laboratórios ou espaços de diálogos? – Os alunos fazem comentários sobre o Enem? Se afirmativo, em que perspectiva?

– A organização dos planos de ensino, de alguma forma, tem levando em conta as matrizes de referência do Enem?

Referências

Documentos relacionados

(MEC, 2014, p.29). E no campo da Gestão Educacional, a Secretaria de Educação, ao elaborar o PAR, deve sinalizar qual é o método de escolha de gestores escolares e quais são os

Essas me tas precisam ser traduzidas em “esforços pedagógicos capazes de elevar o desempenho dos estudantes, garantindo que uma proporção cada vez maior de alunos domine um

O fortalecimento da escola pública requer a criação de uma cultura de participação para todos os seus segmentos, e a melhoria das condições efetivas para

Art. O currículo nas Escolas Municipais em Tempo Integral, respeitadas as Diretrizes e Bases da Educação Nacional e a Política de Ensino da Rede, compreenderá

de professores, contudo, os resultados encontrados dão conta de que este aspecto constitui-se em preocupação para gestores de escola e da sede da SEduc/AM, em

Fonte: elaborado pelo autor. Como se pode ver no Quadro 7, acima, as fragilidades observadas após a coleta e a análise de dados da pesquisa nos levaram a elaborar

Na apropriação do PROEB em três anos consecutivos na Escola Estadual JF, foi possível notar que o trabalho ora realizado naquele local foi mais voltado à

O Programa de Avaliação da Rede Pública de Educação Básica (Proeb), criado em 2000, em Minas Gerais, foi o primeiro programa a fornecer os subsídios necessários para que