Sexta Feira Santa
Igreja Matriz de Vila do Conde
Celebração da Paixão de Cristo, 15h00
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NOTAS
• Altar despido – Sem Luz, sem candelabros, sem toalhas • Se possível, tape-se a cruz com um pano escuro • Paramentos vermelhos e a Igreja com pouca luz • Introdução inicial
PARTE 1RITOS INICIAIS E LITURGIA DA PALAVRA
[Entrada em silêncio. O Sacerdote, acompanhado pelos acólitos, caminha até junto do lugar onde está a Reserva Eucariótica. Ao chegarem, de joelhos e voltados para o tabernáculo, fazem uns breves momentos de oração]
MONIÇÃO INICIAL:
[Monitor] Neste dia de sexta-feira, segundo uma tradição antiquíssima, a Igreja não celebra a Eucaristia porque o Senhor está morto. O Altar está despido: sem toalha, sem flores, sem velas.
Na Cruz, revemos o sinal da salvação de todos os homens. Na adoração da Cruz, contemplamos a maior força e sabedoria de Deus “a loucura para o mundo e escândalo para muitos crentes”.
A liturgia que vamos VIVER em ambiente de FÉ divide-se em três partes. A primeira é a Liturgia da Palavra, com a proclamação da Paixão do Senhor e a Oração Universal. A segunda é a Adoração da Cruz. É um gesto de comunhão com Jesus crucificado e com todos os crucificados da História. Na cruz, alcançamos a vida de Deus e com Deus. A terceira parte é o rito da Comunhão Eucarística. O Filho, Palavra do Pai, morto na cruz, é alimento que fortalece e bebida que sacia.
Paremos um pouco e façamos silêncio, escutemos Jesus crucificado e elevemos o nosso coração e a nossa mente a Deus Pai, por seu filho Jesus Cristo, nossa salvação.
Oração [Acólito apresenta o Missal]
(não se diz Oremos)
Lembrai-Vos das vossas misericórdias, Senhor; santificai e protegei sempre os vossos servos, para os quais Jesus Cristo vosso Filho instituiu no seu Sangue o mistério pascal. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
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1ª Leitura - Isaías 52, 13 – 53, 12 Salmo - Salmo 30 (31), 2.6.12-13.15-16.17.25 2ª Leitura - Hebreus 4, 14 – 16; 5, 7 – 9Aclamação ao Evangelho (grupo coral)
Dinâmica da Quaresma/Páscoa São colocados cravos na árvore, bem como uma coroa
de espinhos. A luz que segue do púlpito é apagada.
[Obra do Amor Divino] “Tudo está consumado”. Cristo assumiu a nossa carne e viveu as nossas dores sem desvios. A nossa árvore, bela e ao mesmo tempo torta, encontra a morte como cúmulo. Nada sobra… apenas dor e lágrimas. É o tempo da escuridão.
Aclamação ao Evangelho (grupo coral)
MONIÇÃO ANTES DO EVANGELHO:
[Monitor] Depois de termos acolhido a Palavra de Deus que nos descrevia a figura do Servo e tendo-O identificado com Jesus, escutemos agora a leitura da Paixão segundo São João. A proclamação do Evangelho faz-se sem círios nem incenso, sem saudação nem signação do livro.
Evangelho da Paixão segundo João 18, 1-40; 19, 1-42
Homilia
MONIÇÃO ANTES DA ORAÇÃO UNIVERSAL:
[Monitor] Encerramos esta primeira parte, a Liturgia da Palavra, com a Oração Universal. De facto, hoje mais do que nunca, ela é Universal. Insere-se na antiga tradição da Igreja e faz eco das diversas necessidades e intenções do nosso coração.
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No fim de cada intenção, fazemos uma breve pausa em silêncio de oração e encerra-se cada prece com uma oração presidencial.
Depois do convite feito à Oração pelo presidente da celebração, se possível, ajoelhemo-nos em silêncio.
ORAÇÃO UNIVERSAL (feita pelo leitor e pelo presidente)
I. Pela Santa Igreja
L - Oremos, irmãos caríssimos, pela santa Igreja de Deus,
para que o Senhor lhe dê a paz, a confirme na unidade e a proteja em toda a terra,
e a todos nós conceda uma vida calma e tranquila, para glória de Deus Pai todo-poderoso.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote diz:
P - Deus eterno e omnipotente,
que em Jesus Cristo revelastes a vossa glória a todos os povos da terra,
protegei a obra da vossa misericórdia,
para que a Igreja, dispersa por todo o mundo,
persevere firme na fé para dar testemunho do vosso nome. Por Cristo, nosso Senhor.
II. Pelo Papa
L - Oremos pelo nosso Santo Padre, o Papa Francisco,
para que Deus nosso Senhor, que o elevou ao episcopado, o conserve e defenda na sua Igreja
para governar o povo santo de Deus.
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P - Deus eterno e omnipotente,
que tudo governais com sabedoria,
atendei favoravelmente as nossas súplicas e, por vossa bondade,
protegei o Pastor que escolhestes para a vossa Igreja, a fim de que o povo cristão,
governado por Vós sob a direção do Sumo Pontífice, progrida sempre na fé.
Por Cristo, nosso Senhor.
III. Por todos os ministros e pelos fiéis
L - Oremos pelo nosso Bispo Jorge Ortiga
e por todos os bispos, presbíteros e diáconos, pelos que exercem na Igreja algum ministério e por todo o povo de Deus.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote diz:
P - Deus eterno e omnipotente,
cujo Espírito santifica e governa todo o corpo da Igreja, ouvi as súplicas que Vos dirigimos
por todos os membros da comunidade cristã e fazei que, ajudados pela vossa graça, todos Vos sirvam com fidelidade. Por Cristo, nosso Senhor.
IV. Pelo catecúmenos
L - Oremos pelos (nossos) catecúmenos,
para que Deus nosso Senhor os ilumine interiormente e lhes abra as portas da sua misericórdia,
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pela água regeneradora do Baptismo,
sejam incorporados em Jesus Cristo Nosso Senhor.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote diz:
P - Deus eterno e omnipotente,
que dais continuamente novos filhos à vossa Igreja, aumentai a fé e a sabedoria dos (nossos) catecúmenos, de modo que, renascendo na fonte baptismal,
sejam contados entre os vossos filhos de adopção. Por Cristo, nosso Senhor.
V. Pela unidade dos cristãos
L - Oremos por todos os nossos irmãos que crêem em Cristo,
para que Deus nosso Senhor lhes dê a graça de viverem a verdade em suas obras
e os reúna e guarde na unidade da sua Igreja.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote diz:
P - Deus eterno e omnipotente,
que reunis os vossos fiéis dispersos e os conservais na unidade,
olhai propício para todo o povo de Cristo, para que vivam unidos pela integridade da fé e pelo vínculo da caridade
todos aqueles que foram consagrados pelo mesmo Baptismo. Por Cristo, nosso Senhor.
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VI. Pelos Judeus
L - Oremos pelo povo judeu,
para que Deus nosso Senhor,
que falou aos seus pais pelos antigos Profetas, o faça progredir no amor do seu nome
e na fidelidade à sua aliança.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote diz:
P - Deus eterno e omnipotente,
que confiastes as vossas promessas a Abraão e à sua descendência,
atendei com bondade as preces da vossa Igreja, para que o povo da primeira aliança
alcance a plenitude da redenção. Por Cristo, nosso Senhor.
VII. Pelos que não crêem em Cristo
L - Oremos pelos que não crêem em Cristo,
para que, iluminados pelo Espírito Santo,
possam também eles encontrar o caminho da salvação.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote diz:
P- Deus eterno e omnipotente,
concedei aos que não crêem em Cristo
que vivam de coração sincero na vossa presença, a fim de encontrarem a verdade,
e a nós, vossos filhos, concedei também a graça de entrar profundamente no mistério de Cristo e de o viver fielmente na união da fraterna caridade,
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para darmos ao mundo o testemunho perfeito do vosso amor. Por Cristo, nosso Senhor.
VIII. Pelos que não crêem em Deus
L - Oremos pelos que não crêem em Deus,
para que, pela rectidão e sinceridade da sua vida, cheguem ao conhecimento do verdadeiro Deus.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote diz:
P - Deus eterno e omnipotente,
que criastes os homens para que Vos procurem, de modo que só em Vós descanse o seu coração, concedei-lhes que, no meio das suas dificuldades, compreendendo os sinais do vosso amor
e o testemunho dos crentes,
todos se alegrem de Vos reconhecer
como único Deus verdadeiro e Pai de todos os homens. Por Cristo, nosso Senhor.
IX. Pelos governantes
L - Oremos pelos governantes de todas as nações,
para que Deus nosso Senhor dirija a sua mente e o seu coração segundo a sua vontade,
para buscarem sempre a verdadeira paz e a liberdade de todos os povos.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote diz:
P - Deus eterno e omnipotente,
em cujas mãos estão os corações dos homens e os direitos dos povos,
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assisti os nossos governantes, para que, com o vosso auxílio,
se fortaleça em toda a terra a prosperidade das nações, a segurança da paz e a liberdade religiosa.
Por Cristo, nosso Senhor.
X. Pelos atribulados
L - Oremos, irmãos, a Deus Pai todo-poderoso,
para que livre o mundo de todos os erros, afaste as doenças e a fome em toda a terra, abra as portas das prisões e liberte os oprimidos, proteja os que viajam
e reconduza ao seu lar os emigrantes e os desterrados, dê saúde aos enfermos e a salvação aos moribundos.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote diz:
P - Deus eterno e omnipotente,
consolação dos tristes e fortaleza dos que sofrem, ouvi as súplicas dos que Vos invocam nas tribulações,
para que todos tenham a alegria de encontrar em suas dificuldades o auxílio da vossa misericórdia.
Por Cristo, nosso Senhor.
PARTE 2ADORAÇÃO DA CRUZ
[Monitor] Damos início à segunda parte da nossa celebração: a adoração da cruz. É o gesto mais característico de Sexta-feira Santa. Na cruz, Jesus diz-nos o mistério do amor de Deus. Aparente fracasso, a cruz é sinal de vitória, oferece amor, esse amor que muda a história, que a divide e que é fonte de salvação. Ela não é objeto de ignomínia mas trono de glória e de salvação.
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É chegado o momento de a contemplarmos silenciosamente, de meditarmos a entrega amorosa de Cristo e de lhe abrirmos o nosso coração.
A celebração decorrerá do seguinte modo: a cruz entra pelo fundo da Igreja. Em três momentos para e é-nos apresentada do seguinte modo “Eis o madeiro da cruz” ao que todos respondemos “No qual esteve suspenso o Salvador do mundo. Vinde, adoremos.
Vinde, adoremos”. Quando a cruz chegar ao presbitério organizamo-nos em procissão,
como se fosse para a comunhão, a fim de podermos saudar a cruz com um beijo. Se nos for possível, façamos esta saudação de joelhos, de maneira reverente e em espírito de adoração.
Notas:
[A cruz vem do fundo da Igreja e, em cada paragem, vai sendo descoberta. É trazida, se possível, por uma autoridade, então, pelo sacerdote. Fazem-se 3 paragens e em cada uma diz-se: Eis o madeiro da Cruz (Missal Pg.271).
Todos se ajoelham a cada invocação e respondem: No qual esteve suspenso o Salvador do mundo. Vinde, adoremos. Vinde, adoremos.
À chegada ao presbitério a cruz fica voltada para a assembleia. Depois, procede-se à adoração, genufletindo e beijando a cruz. Entretanto: Canta-se – “Povo meu, que te fiz eu, que mal te causei, não me dirás”.
A cruz, após a adoração, coloca-se os pés do Altar, num suporte].
PARA A ADORAÇÃO DA SANTA CRUZ
Cântico: [o cântico prolonga-se até ao final do gesto]
PARTE 3COMUNHÃO
• No fim da Adoração, prepara-se o altar, estendendo a toalha, o corporal e o missal aberto na parte de Sexta-feira Santa, «Comunhão».
• O Presidente, ou o ministro da comunhão, vai buscar o Santíssimo ao Sacrário. Todos estão de pé e em silêncio. Dois acólitos transportam as velas acesas, acompanham o
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Santíssimo. Colocam depois as velas junto do altar. Entretanto, o Monitor lê o seguinte texto:
[Monitor] Chegamos à terceira e última parte da nossa celebração. De facto, Cristo morto é o alimento que mata a fome e a bebida que sacia. Sabendo, contudo, que não há eucaristia neste dia a Igreja reserva a Sagrada Comunhão, recordando as palavras do Apóstolo: «sempre que comerdes deste pão e beberdes deste vinho anunciareis a
morte do Senhor, até que Ele Venha». A Paixão de Jesus, anunciada, invocada e
venerada é agora comungada, partilhada! A nossa participação nesta Sagrada Comunhão demonstra o quão energicamente abraçamos o significado da cruz e o quão intensamente seguimos e amamos o crucificado.
Presidente: (já com o Santíssimo sobre o altar)
Fiéis aos ensinamentos do Salvador, ousamos dizer (Cantar) a uma só voz, unidos a todos os que celebram a Paixão e a Morte de Jesus Cristo:
Pai Nosso…
Presidente:
Livrai-nos de todo o mal, Senhor, e dai ao mundo a paz em nossos dias, para que, ajudados pela vossa misericórdia,
sejamos sempre livres do pecado e de toda a perturbação, enquanto esperamos a vinda gloriosa
de Jesus Cristo nosso Salvador.
R. Vosso é o reino e o poder e a glória para sempre.
Presidente: Felizes os convidados para a Ceia do Senhor.
Eis o Cordeiro de Deus, que pela sua morte, tira o pecado do mundo.
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Monitor - (Imediatamente antes do Sacerdote Comungar)
Comungando imbuídos num silêncio sepulcral, recordemos que existem em todas as vidas horas crucificantes em que podemos imaginar a dor daquela vigília no Horto, em que o pecado do mundo se abateu sobre o Senhor e onde nem os amigos mais próximos foram capazes de vigiar uma hora com o Messias.
Que a participação na comunhão seja um tempo que faz parte do processo pascal e que nos recorda que Cristo caminha connosco e n’Ele o fardo se torna leve e o jugo suave.
[Prever Ministro da Comunhão para ir ao coro alto da Igreja]
Depois da distribuição da comunhão, um ministro leva a Reserva Eucarística ao sacrário. Entretanto, os acólitos desnudam o altar.
Oração Pós-Comunhão Deus eterno e omnipotente
que nos renovastes pela gloriosa morte e ressurreição de Cristo confirmai em nós a obra da vossa misericórdia
a fim de que, pela comunhão deste mistério, Vos consagremos toda a nossa vida. PNSJC
RITOS FINAIS E TRANSLADAÇÃO DO ESQUIFE
Oração de despedida (mãos estendidas sobre o Povo) Derramai, Senhor, a vossa bênção sobre estes fiéis que celebraram a morte do Vosso Filho
na esperança da sua ressurreição; concedei-lhes perdão e conforto,
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[Monitor] Como comunidade de crentes, vivemos hoje a entrega total de Cristo por nós até à morte e morte de Cruz. Continuemos hoje e amanhã em espírito de oração e de silêncio que tão grande mistério exige.
Durante o Sábado santo, a Igreja permanece junto ao túmulo do Senhor, meditando na sua Paixão e morte e esperando, na oração e no jejum, a sua Ressurreição.
De seguida, vai surgir diante de nós o Senhor Morto, colocado no esquife. Virá para a frente do altar, onde permanecerá durante alguns instantes aos ombros de homens idóneos que posteriormente o carregarão até à Capela de São Roque. Aí o poderemos encontrar durante toda a tarde. Não o deixemos só como sucedeu há dois mil anos. Permaneçamos junto do nosso melhor amigo.
Já de seguida, organizar-se-á a procissão da trasladação do Senhor Jesus Cristo. À frente irá o turíbulo, depois a Cruz paroquial ladeada pelas lanternas, seguindo-se o esquife, o Rev. Prior e demais assembleia.
Voltar-nos-emos a reunir pelas 21h30 para a Via Sacra que iniciará no Adro da Igreja Matriz e percorrerá as ruas da nossa cidade.
Amanhã, às 21h30 celebraremos a Vigília Pascal, cume de todas as celebrações e a maior de todo o Ano Litúrgico. Até lá, fica o dia de Sábado, dia do silêncio, sem liturgia. Apenas o silêncio da morte a convidar-nos a uma oração mais intensa como expressão da fé viva que nos compromete e obriga a sermos mais cristãos junto dos nossos irmãos que são menos.
Posicionamento do turíbulo, naveta, cruz, lanternas.
Entrada do Esquife
Posicionamento do sacerdote
Cântico piano [suave]
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NOTAS Sacristia: Madeiro da cruz Pano roxo ou preto para o cobrir
Turíbulo
Naveta
Incenso
Cruz
Lanternas
Preparar sítio para receber a cruz
Chave do sacrário
Corporal
Toalha para o altar
Microfone – ver pilhas