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O assédio moral e suas relações no contexto de uma instituição de ensino público superior no interior do estado do Rio de Janeiro

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

O assédio moral e suas relações no

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

Cássia Naldi do Espirito Santo

O assédio moral e suas relações no contexto de uma instituição de ensino público superior no interior do estado do rio de janeiro

Volta Redonda/RJ 2016

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

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ASSÉDIO MORAL E SUAS RELAÇÕES NO CONTEXTO DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO PÚBLICO SUPERIOR NO INTERIOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Administração do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração.

Orientador: Prof. Msc. Luiz Carlos Rodrigues

Volta Redonda/RJ 2016

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ASSÉDIO MORAL E SUAS RELAÇÕES NO CONTEXTO DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO PÚBLICO SUPERIOR NO INTERIOR DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

SANTO, Cássia Naldi do Espírito1 RODRIGUES, Luiz Carlos2

RESUMO

O presente trabalho tem como finalidade apresentar uma análise sobre o assédio moral e suas consequências num ambiente educacional. Para o desenvolvimento do estudo, foi utilizado um plano de pesquisa com o objetivo de avaliar as peculiaridades do assédio moral no ambiente de uma instituição de ensino superior. O método de pesquisa utilizado foi o de levantamento de dados (Survey), ainda como o tipo de pesquisa feito foram as pesquisas qualitativas e quantitativas. Como instrumento de pesquisa, foi utilizado um questionário que foi entregue aos alunos da Instituição de Ensino Superior. Como resultado observa-se que o assédio moral não está restrito somente aos ambientes de trabalho onde as relações de poder são mais explicitas, mas também no ambiente educacional, entre professor e aluno e vice-versa.

Palavras-chaves: Assédio moral. Ambiente educacional. Leis sobre assédio moral.

1 Introdução

O tema assédio moral já foi abordado por diversos teóricos, por ser um assunto de interesse social, político e econômico, uma vez que ele atinge milhares de pessoas, acomete ambos os sexos, e está presente em empresas, famílias, grupos dos mais variados, causando impactos e discussões. Pelo fato de estar muito ligado ao ambiente de trabalho, e as formas que se dão a estrutura do mesmo, facilitam a

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Graduanda do curso de Administração do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal Fluminense – Volta Redonda/RJ – 2016.

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criação de posições hierárquicas favoráveis ao abuso de poder em longo prazo para que se obtenham benefícios unilaterais em detrimento de uma situação especifica. Porém nota-se que o assédio moral escapa para outros locais, devido ao fato das relações de poder estarem presentes no nosso dia a dia em quase todos os ambientes sociais, acaba-se por sempre expor-se a possibilidade da ocorrência de situações assediadoras.

O mínimo necessário para ser assegurado a um individuo em relação aos fatores psicossociais no trabalho que se referem a interações sociais segundo Stellman (1998) são: sentir-se realizado no emprego, capacidade organizacional, necessidades, cultura, considerações que podem, por meio das percepções e experiências, influenciar a saúde, o trabalho e a satisfação no emprego.

Nunes e Tolfo (2012) caracterizam o assédio moral, no âmbito do trabalho, como ações humilhantes e abusivas que podem se intensificar por uma cultura organizacional tolerante ou que incentiva ações hostis entre os trabalhadores na intenção de alcançar metas ou objetivos da organização. Evidencia-se que o assédio pode ocorrer facilmente quando há uma situação de maior influência de uma pessoa ou grupo de pessoas em relação a outro, sendo assim, pode-se fazer a alusão com o ambiente universitário, atingindo alunos ou funcionários da instituição de ensino.

O abuso, aqui discutido, é presente em qualquer área ou setor, porém algumas áreas têm maior incidência que de acordo com Hirigoyen (2006) são as áreas da saúde e da educação.

Busca-se no presente artigo, no primeiro momento mostrar elementos que ajudam a compreender que o assédio moral nasce e vincula-se de acordo com organização da sociedade capitalista, passando para as formas que se dão a estruturação do poder dentro das instituições e núcleos sociais, as hierarquias empregadas e suas influencias no conjunto das relações humanas. Posteriormente, destaca-se o que caracteriza o assédio moral, as formas que ele acontece, para que se possa ter uma imagem geral do quadro que será apresentado no próximo passo juntamente com a pesquisa. O método e diagnóstico levantado de acordo com os gráficos formulados direcionam para poder-se indicar e esclarecer pontos importantes em relação aos indivíduos mais atingidos, os tipos de assédios mais recorrentes e as atitudes tomadas em relação a tal pratica. Finaliza-se o presente estudo com as considerações finais e adendos que a pesquisa trouxe para a formação do diagnóstico do que encontra-se no ambiente educacional, onde parte-se do ponto que

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por ser uma organização pública que faz parte integrante da formação de profissionais das mais variadas gamas do conhecimento tem a necessidade de consolidar seus centros universitários para que todos os agentes se comprometam com o respeito as culturas diferentes e a ética.

2 Fundamentação Teórica

2.1 O Assédio Moral

O tema assédio moral pode ser considerado parte integrante da saúde e da segurança no ambiente de trabalho, o mesmo pode ser alocado em uma área multidisciplinar das profissões. Esse tema coloca varias profissões para melhorar e aprimorar o ambiente no qual o trabalhador está inserido, como por exemplo: O medico, o advogado, o psicólogo etc. Além dessa multidisciplinaridade existe também a cultura em que cada profissional está inserido e sua visão de mundo. Nos tempos modernos, os indivíduos se deparam com o fenômeno da degradação dos valores éticos e morais e com isto passam a existir diversas formas de violência, tanto nas ruas, nas famílias, no ambiente de trabalho ou até mesmo na escola, local onde deveria ser usado para educar sobre as variadas faces que a violência assume atualmente, onde não compete a exclusividade a violência física.

Para Dejours (1992) o assédio moral assume forma quando refletimos sobre um mecanismo de defesa individual contra uma organização opressora, ou, que não provém o básico para o individuo fazendo-o somatizar problemas psicológicos ou até mesmo físicos de cunho psicológicos, como, por exemplo, o alcoolismo.

A Organização Mundial da Saúde – OMS (2004) considera que o assédio moral tem como consequência danos psicológicos ou perturbações, podendo, ou não, converter-se em graves danos a saúde dos que passam por um uso resoluto de poder e força de forma repetitiva e prolongada.

Segundo Barreto (2006) o assédio moral pode ser identificado pela exposição do trabalhador, de forma repetitiva, a situações constrangedoras e humilhantes durante o cumprimento de suas obrigações, caracterizado por uma ação, comportamento e atitude violenta, desumana e antiética nas relações de trabalho.

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O ser humano necessita de referências para construção de sua identidade e o meio social é percebido como uma das mais importantes em sua vida sentir-se útil, que pertence a algo maior que ele pode gerar uma satisfação ao ideal de ego. É possível notar que a questão hierárquica favorece o assédio, provocando com maior facilidade a desestabilização da vitima com o ambiente escolar ou de trabalho, no entanto, o assedio moral só se caracteriza como tal, não só pela recorrente humilhação a qual a vitima é exposta em um longo período de tempo, mas também, pelo entendimento de quem é o alvo do assédio que está sofrendo um assédio. Se não fosse assim não existiria o sentimento de perda moral.

Ainda conceituando, Kempinski; Cunha e Anselmo (2010) dizem que assédio moral qualquer comportamento que seja frequente, abusivos e propositais por meio de atitudes ou escritos que venham a causar danos a integridade física ou mental de alguém, assim, degradando seu ambiente de trabalho.

As relações de poder estão inteiramente ligadas a hierarquia, que implica nas relações de abuso de outro individuo, tal fato se torna possível quando o mais forte consegue o domínio do mais fraco ou a “fabricação da obediência” como se refere Faleiros (1995).

Verifica-se então o assédio moral como uma violência existente entre variadas relações interpessoal e meios sociais, não se restringindo apenas ao trabalho. Esse tipo de comportamento abusivo está presente também no ambiente universitário, já que nesse ambiente existem relações interpessoais, relações hierárquicas, alguém com mais força de ação do que outro, algumas vezes não fornecendo o básico para um aproveitamento do profissional ali inserido ou do aluno. Apesar de, existir familiaridade em reconhecer e entender a existência do mesmo dentro do ambiente de trabalho.

2.2 Perspectiva histórica do assédio moral

No final do século 19 e começo do século 20 debates sociais começaram a aderir em sua pauta o tema aqui abordado, discussões acerca desse tema surgiram devido a mudanças ocorridas no âmbito do trabalho surgidas pós-segunda guerra mundial, apesar de tal violência moral existir desde que existem as relações humanas.

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Em seu trabalho Paroski (2006) relembra que o trabalho teve uma época de igualdade entres os que o praticavam, e assim, fazia a manutenção da vida. Essa declaração só pode ser entendida e tratada como real, se também nos lembrarmos de que nessa época referida, não se sabia concretamente sobre os vícios hierárquicos criados com base na economia, não se sabia concretamente sobre as varias facetas das relações de poder e não se sabia concretamente também sobre o papel da propriedade privada nessas questões, que no final se complementam e sustentam umas as outras. Com a estruturação que as sociedades formaram frente ao trabalho, que consistia em uma pessoa deter o que era produzido pro outras pessoas, concedeu poder a minoria. Poder fundado em bases econômicas, minoria que tinha o dinheiro para pagar pelo trabalho de quem não tinha nenhum poder econômico.

A palavra trabalho tem origem no latim: Tripalium, que significa torturar, logo, atribui-se o sentimento de vergonha e negatividade em exercer o trabalho. E para elucidar bem esse contexto pode-se observar o caso dos escravos antigamente. Eles faziam o trabalho sujo dos que tinham mais poder e eram considerados como qualquer outra ferramenta de trabalho, destituídos de qualquer direito. (Bueno, 2016) Analisando a Europa os primeiros estados a regulamentar leis que tangiam o assédio moral no ambiente de trabalho foram, Suécia, França, Finlândia e a Holanda. O termo Mobbing foi definido em 1984 pelo psicólogo alemão Heinz leymann (Leymann; Zaff, 1996) que vem do inglês to mob, cuja tradução é maltratar, perseguir etc. Esse termo é comum de ser empregado na Itália, Alemanha, Dinamarca, entre outros. Na Inglaterra o termo empregado para definir o assédio moral é o Bullying, que tem origem na palavra bully, que significa alguém que seja o valentão ou que oprime o mais fraco.

No Brasil o trabalho e o trabalhador tiveram as seguintes etapas. Desde seu descobrimento até 1888 a mão de obra era escrava, apenas em 1934 obteve-se uma Constituição que assegurava direitos aos trabalhadores. Em 1937, com o Golpe de Estado, surgiu a Carta de 1937, que conferia ao trabalho caráter de dever social, e em 1988 é que as questões sociais do trabalho foram fundamentadas, fortalecendo a cidadania do trabalhador.

De acordo com Barreto (2003) no Brasil o tema ganhou ampla visualização no começo deste século, começou a ser debatido por organizações de trabalhadores e sindicatos e ganhou jurisprudência e reconhecimento legal nas diversas instâncias

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judiciais e legislativas. Projetos de leis de combate ao assédio moral são aprovados e cumpridos em vários estados brasileiros.

Com isso vê-se que com a mudança das relações sociais o assédio se fez mais perceptível e com o advento de novas praticas trabalhistas teve suas questões definidas, o que permitiu o questionamento das injustiças e atitudes antiéticas praticas contra pessoas de uma hierarquia menos favorecida. O assédio tem raiz nas desigualdades de poder e essa raiz só pode ser descoberta pelas recentes discussões e pesquisas sobre o tema.

2.3 Tipos de assédio moral

No contexto que envolve o assédio moral pode ser identificada a influência da questão hierárquica dentro do assédio onde a relação de poder é presente, nota-se um tipo de comportamento vertical, onde o mais forte usa sua posição favorável em relação ao “objeto de desejo” e faz disso ferramenta para causar dependência do mais fraco. Dessa forma Marie France Hirigoyen (2008) conceitua três tipos de assédio:

1 - Assédio Descendente: O mais comum entre os assédios, esse tipo se dá de forma vertical (de cima para baixo), ou seja, de posições

hierárquicas superiores para as inferiores. A principal causa é

desestabilizar o indivíduo através das relações de poder incutidas no sistema em que se encontram de forma que se obtenham mais

benefícios sem que haja uma troca horizontal.

2 - Assédio Ascendente: O tipo mais raro acontece da forma vertical, mas de baixo para cima. Normalmente é praticado por um grupo em relação ao indivíduo de posição superior.

3 - Assédio paritário: Se dá de forma horizontal, quando um grupo isola um membro do mesmo grupo.

Essas definições ajudam a perceber que está lidando-se com um tema que abrange mais áreas do que costuma-se perceber, toda e qualquer conduta que esteja ligado a posição detentora de uma vontade de uma pessoa ou grupo e se usa dela para obter vantagens, tem características assediadoras. A famosa frase de que o fim justifica os meios é uma das ideias que atropelam a ética para a promoção da competitividade, algo evidenciado também no ambiente escolar. Os tipos de assédio moral evidenciados acima se fazem presentes em muitos lugares onde um individuo

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detém mais poder que outro, sendo o ambiente acadêmico um dos maiores detentores da incidência do assédio.

Roberto Heloani (2014) afirma que em seus estudos o numero de reclamações de assédio moral crescem dentro das universidades publicas, semipúblicas e privadas no Brasil. A causa desse crescimento é a gestão da organização e como se faz o modelo de avaliação profissional, crescimento relacionado ao plano de metas, a organização do trabalho e os conceitos disseminado nas universidades, e não com o fato do individuo nascer mau, como a teoria do filosofo Hobbes que diz: “O homem é o lobo do homem, o homem é mau por natureza.”

Atualmente é empregado nas universidades o modelo de gestão em que o importante é o produto final do trabalho, tirando o foco da questão humana do processo, criando assim, um erro de julgamento da capacidade de produção, deixa-se de avaliar um trabalho pelo conteúdo e passa-deixa-se a avalia-lo pelo cumprimento das regras ao qual ele será publicado. Pensando na questão do aluno e do professor, quando assumem que o colega é um rival, cria-se um meio fácil para a proliferação do assédio.

Com essas ideias sustentadas por Hirigoyen e Heloani é perceptível que o assédio se faz presente devido ao modelo estrutural ao qual a universidade está inserida, focada no poder e em posições privilegiadas em detrimento das relações pessoais sem ultrapassar limites alheios para conseguir mais poder ou uma melhor posição social.

2.4 Relações de poder e o assédio

O assédio não é somente a prática de violência psicológica, é preciso analisar também, todo o contexto onde ela está inserida e os motivos pelos quais ela acontece. Desde que o mundo é mundo, vive-se em grupos, onde existe posições a serem ocupadas, com o passar do tempo tais posições ganharam força e as necessidades foram ficando concorridas. Dessa forma começa-se a corrida para se obter o que quer, que está nas mãos de alguns indivíduos, tal cenário caracteriza o início das relações de poder baseados na estrutura hierárquica econômica, social e política em que se vive.

Para Bowditch e Buono (1977) seria possível dividir o poder em dois tipos devido sua ocorrência no dia a dia. Um deles é o poder Aberto, esse utiliza o conflito

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como ferramenta para atingir resultados, controlando conhecimentos específicos e informações distribuídas, por exemplo. O outro é o poder Reservado, esse garante a falta do conflito, já imposto antes de qualquer confronto direto.

“O poder é uma via para o poder” (Morgan, 1996). Isso quer dizer que o poder é uma ferramenta para adquirir mais poder. Pode também servir de varias formas, como: Moeda de troca de benefícios, seguro para alguma eventual dificuldade, atrativo de pessoas etc.

Tais estudos em relação à escolarização no inicio tinham o foco em prover apresentações das estruturas escolares como um espelho da sociocultural por meio da mesma ideia de geradores de grupos sociais.

Bourdieu (2001) sempre acreditou em um lado diferente ao que a escola se propõe a ser, ele não a via como facilitadora das relações sociais sadias e empáticas, mas sim, como facilitadora da mobilidade social. Mobilidade social essa no sentido movimentação na pirâmide de estratificação social, classificação das pessoas em um grupo de acordo com sua condição econômica, política, social e/ou ideológicas. As estruturas físicas e pedagógicas implantadas na escola reforçam a diferença entre as pessoas, estratificando ainda mais as classes sociais. Essas ideias levantadas por Boudieu (2001) levaram posteriormente ao desenvolvimento de noções sobre legitimidade das desigualdades sociais e meritocracia.

Sobre as relações de poder Bourdieu (2001) dizia que tem-se mais facilidade para identificar o assédio no ambiente de trabalho do que no ambiente educacional pelo fato do segundo o assédio se esconder atrás de vínculos tradicionais, o tornando natural, parte integrante e sem a possibilidade de questionamento devido aos atores sociais envolvidos nesse meio. Ele dizia sobre o poder simbólico que envolve o reitor, que pode ser evidenciado no exemplo a seguir: Quando os indivíduos agem de acordo com o comando do reitor, que é um comando proveniente de um direcionamento do colegiado. Poder simbólico acontecendo em relação ao reitor, reconhecido por todos e vivenciado sem grandes questionamentos. Para Eagleton (1997) para legitimar o poder de alguém não é preciso naturalizá-lo, torná-lo espontâneo e inevitável a quem o obedece. O poder pode ser percebido por um grupo pela existência de outras formas de dominação além daquelas de seus senhores e mesmo assim dar forças para esse domínio. Percebe-se a legitimidade da dominação quando os que Percebe-se submetem a ela passam a julgar seu comportamento pelos critérios de quem detém o poder ou o domínio.

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A percepção do mundo social, como Bourdieu (1989) já havia publicado, é produto de dois lados de uma estruturação social. O primeiro é o objetivo, é quando as autoridades associadas às instituições fornecem a estrutura social de uma forma com probabilidades desiguais. O segundo é o subjetivo, que significa a estrutura social sendo um produto de lutas simbólicas anteriores, presentes no discurso da autoridade.

Na cadeia educacional o poder é exercido de modo impessoal, tendo o apoio de leis, normas, ordens e regimentos de órgãos que administram o sistema Bourdieu (1989) explicita que o poder é um campo de forças entre poder ou espécie de capital onde o estado as preestabelecem. Isso quer dizer que agentes ou instituições que possuem uma superioridade cultural ou econômica, em posições que dominam outras, acabam por afrontar as forças que tentem a transformar essas relações já evidencias de força.

Bourdieu (1989) diz ainda que o poder existente no ambiente de ensino é o simbólico, ou seja, um poder invisível que só é possível porque as pessoas que o exercem ou se submetem a ele não querem saber que o fazem. Poder capaz de transformar a visão de mundo; mundo classificado como poder mágico; essa capacidade só é possível quando o poder deixa de ser arbitrário.

Percebe-se então que no cenário educacional de uma forma geral, os atores fazem parte ativa de um processo de aprendizagem, onde ocorre uma mobilização dos mesmos, em detrimento de um poder simbólico, reconhecido por eles como legitimo e assim exercido com a aprovação de todos.

2.5 Assédio moral e seus efeitos

Os efeitos do assédio moral variam entre extremos, pode ir de um incomodo até levar a um suicídio, dependendo de milhares de fatores em que o individuo que sofre o assédio se encontra. Hirigoyen (2008) usa o termo “ato predatório” para definir o que o assedio causa no outro. O assediador se mune de sua posição hierárquica normalmente superior, direta ou indireta, para ter o domino da vitima e assim ridicularizar, humilhar e provocar constrangimentos no assediado. O ato isolado desse tipo de atitude pode não ter tanta gravidade na vida do assediado,

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mas o ato repetido desse tipo de ação pode causar danos severos ao assediado, justamente pela frequência das ações.

Com os estudos sobre o tema fica evidente os sintomas mais comuns entre as vitimas de assédio, são eles: Os sintomas emocionais, cansaço, ansiedade, insônia, depressão e insegurança. Os sintomas psicossomáticos, asma, taquicardia, hipertensão arterial e enxaqueca (GUEDES, 2008).

As associações de problemas com a bebida a drogas e até mesmo com remédio podem vir surgir desse assédio por serem maneiras de alteração do estado mental para um melhor ou dormente, que não sinta os malefícios dos problemas enfrentados no dia a dia. Vemos que os efeitos podem ser diversos, isolados ou em cadeia, em que um vai desencadeando outro.

2.6 Caracterização do assédio na área de ensino

Antigamente via-se, na área da educação, certos abusos, como o das orelhas de burro até mesmo a palmatória, com a finalidade de educar os alunos e esses abusos eram tidos como normais e completamente aceitáveis para a disciplina que é algo exigido, até nos dias de hoje, pela escola. A escola como se conhece impõe milhares de regras e maneiras de se comportar dentro desse ambiente, é preciso se sentar na sua própria carteira, ser obediente, estudar pros dias de prova pré-estabelecidos pelo professor que detém o poder dentro da sala de aula entre outras. Atualmente a educação se baseia no direito de liberdade do pensamento, porém, a estrutura escolar que se conhece aprisiona essa liberdade e inibi o desenvolvimento natural das habilidades que os alunos deveriam ter, justamente, por ser pautada em tanta regra e didática pré-estabelecida que não abre espaço para acompanhar a inteligência natural que cada aluno possui e focar nas dificuldades apresentadas por cada um (Neto, 2002) fornece uma contribuição importante para caracterizar o assédio moral no ambiente escolar por meio de 12 categorias, que puderam especificar os tipos de assédio. São eles: 1- agressão física; 2- agressão verbal aos alunos; 3- ameaças aos alunos; 4- acusação agressiva e sem provas; 5- assédio sexual; 6- comentários depreciativos, 7- preconceituosos ou indecorosos; 8- tratamento discriminatório e excludente; 9- rebaixamento da capacidade cognitiva dos alunos; 10- desinteresse e omissão; 11- uso inadequado

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de instrumentos pedagógicos, prejudicando os alunos; 12- recusa em realizar seu trabalho e abandono do trabalho em sala de aula.

2.7 Legislação

Na área jurídica essa temática do assedio moral vem ganhando mais destaque com o passar do tempo e processos jurídicos sobre esse assunto são cada vez mais recorrentes na justiça do trabalho, evidenciando assim que as pessoas já têm certa consciência do que as atinge e que existem leis para assegurar que o abuso seja punido. O quadro abaixo apresenta leis que abrangem a Constituição Federal, o Código Civil, a Consolidação das Leis do Trabalho e a Lei Contra o Assédio Moral - Lei 12250/06.

A Constituição Federal de 1988 – Titulo I, dos princípios fundamentais assegura a dignidade da pessoa humana, uma sociedade justa e que todos são iguais perante a lei e que a educação é um direito de todos e deve do Estado.

O Código Civil – Lei 10406/02 / Lei nº 10.406, de janeiro de 2002 diz que é um ato ilícito violar o direito e causar dano a outra pessoa mesmo que só moralmente, seja por ação ou omissão voluntária, negligencia ou imprudência.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto de Lei nº 5.452, de 01 de maio de 1943 faz referencia aos empregadores e sobre a rescisão por justa causa e também da rescisão por parte dos trabalhadores.

Lei contra o Assédio Moral - Lei 12250/06 | Lei nº 12.250, de 9 de fevereiro de 2006

art 1.

Fica vedado o assédio moral no âmbito da administração pública estadual direta, indireta e fundações públicas, submetendo o servidor a procedimentos repetitivos que impliquem em violação de sua dignidade ou, por qualquer forma, que o sujeitem a condições de trabalho humilhantes ou degradantes.

art 2. Considera-se assédio moral para os fins da presente lei, toda ação, gesto ou palavra, praticada de forma repetitiva

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por agente, servidor, empregado, ou qualquer pessoa que, abusando da autoridade que lhe confere suas funções, tenha por objetivo ou efeito atingir a auto-estima e a autodeterminação do servidor, com danos ao ambiente de trabalho, ao serviço prestado ao público e ao próprio usuário, bem como à evolução, à carreira e à estabilidade funcionais do servidor, especialmente:

I - Determinando o cumprimento de atribuições estranhas ou de atividades incompatíveis com o cargo que ocupa, ou em condições e prazos inexequíveis; ver tópico

II - Designando para o exercício de funções triviais o exercente de funções técnicas, especializadas, ou aquelas para as quais, de qualquer forma, exijam treinamento e conhecimento específicos; ver tópico

III - Apropriando-se do crédito de ideias, propostas, projetos ou de qualquer trabalho de outrem.

Parágrafo único

Considera-se também assédio moral as ações, gestos e palavras que impliquem:

1 - Em desprezo, ignorância ou humilhação ao servidor, que o isolem de contatos com seus superiores hierárquicos e com outros servidores, sujeitando-o a receber informações, atribuições, tarefas e outras atividades somente através de terceiros;

2 - Na sonegação de informações que sejam necessárias ao desempenho de suas funções ou úteis a sua vida funcional;

3 - Na divulgação de rumores e comentários maliciosos, bem como na prática de críticas reiteradas ou na de subestimação de esforços, que atinjam a dignidade do servidor;

4 - Na exposição do servidor a efeitos físicos ou mentais adversos, em prejuízo de seu desenvolvimento pessoal e profissional.

art 3. Todo ato resultante de assédio moral é nulo de pleno direito.

art 4.

O assédio moral praticado pelo agente, servidor, empregado ou qualquer pessoa que exerça função de autoridade nos termos desta lei, é infração grave e sujeitará o infrator às seguintes penalidades:

I - Advertência; II - Suspensão; III - Demissão.

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autoridade que tiver conhecimento da prática de assédio moral, será promovida sua imediata apuração, mediante sindicância ou processo administrativo.

Parágrafo Único

Nenhum servidor poderá sofrer qualquer espécie de constrangimento ou ser sancionado por ter testemunhado atitudes definidas neste artigo ou por tê-las relatado.

art 6.

Fica assegurado ao servidor acusado da prática de assédio moral o direito de ampla defesa das acusações que lhe forem imputadas, nos termos das normas específicas de cada órgão da administração ou fundação, sob pena de nulidade.

art. 7.

Os órgãos da administração pública estadual direta, indireta e fundações públicas, na pessoa de seus representantes legais, ficam obrigados a tomar as medidas necessárias para prevenir o assédio moral, conforme definido na presente lei.

Parágrafo único

Para os fins deste artigo serão adotadas, dentre outras, as seguintes medidas:

1 - o planejamento E a organização do trabalho:

a) levará em consideração a autodeterminação de cada servidor e possibilitará o exercício de sua responsabilidade funcional e profissional;

b) dará a ele possibilidade de variação de atribuições, atividades ou tarefas funcionais;

c) assegurará ao servidor oportunidade de contatos com os superiores hierárquicos e outros servidores, ligando tarefas individuais de trabalho e oferecendo a ele informações sobre exigências do serviço e resultados;

d) garantirá a dignidade do servidor.

2 - O trabalho pouco diversificado e repetitivo será evitado, protegendo o servidor no caso de variação de ritmo de trabalho;

3 - As condições de trabalho garantirão ao servidor oportunidades de desenvolvimento funcional e profissional no serviço.

Fonte: Elaborado pela autora com base na lei contra o Assédio Moral Lei 12250/06.

A subjetividade dessa questão é algo que atrapalha e complica a formulação das leis e a penalização da mesma, não só pela subjetividade em si, mas também pela dificuldade que a subjetividade imprime em definir se o assédio é mesmo a causa da doença (se o assédio é um do tipo psicossomático). Na justiça, o assédio é

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tido como real não somente pelo relato do assediado mas contando também com evidencias materiais e testemunhas. E nem sempre as medidas legislativas existentes para o problema realmente são capazes de aniquilá-lo por ser um problema de ordem psicológica.

3 METODOLOGIA

Para o estudo foi utilizada a pesquisa bibliográfica que para Gil, (2007) é o levantamento de dados teóricos já publicados, é também a leitura e interpretação de referencias teóricas analisadas previamente em livros, artigos científicos, sites na internet etc. Todo trabalho cientifico começa com a pesquisa bibliográfica seja para ter alguma base e conhecimento sobre o assunto já difundido ou para reunir varias informações sobre algum assunto que ainda não se tem uma resposta amplamente analisada e certificada. E a pesquisa de campo caracterizada por Fonseca, (2002) como uma coleta de dados com o grupo que se deseja estudar tendo como recurso diferentes tipos de pesquisa. Nesse trabalho foi utilizado um levantamento de dados (Survey) em que a pesquisa é planejada pelo pesquisador e a aplicação ligada aos objetos de pesquisa.

A pesquisa foi realizada numa instituição de ensino superior no interior do estado do Rio de Janeiro, no mês de julho de 2016. Foi distribuída uma amostra representativa de 100 questionários para os alunos de diversos cursos e obteve-se 100% de retorno dos mesmos. Pesquisa aplicada pela autora, porém, sem qualquer interferência da mesma.

A estatística descritiva e a análise dos dados foram feitas através do desenvolvimento de gráficos, como forma de visualizar e compreender melhor os resultados.

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS

Dos cem alunos que participaram da pesquisa, 66% são do sexo feminino e 34% do sexo masculino, com média de idade de 23 anos. Em sua maioria o grupo é de etnia branca, com estado civil solteiro e cursando a primeira graduação.

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Segue os gráficos levantados:

Gráfico 1 – Conhecimento sobre o que é assédio moral

Fonte: Pesquisa

No gráfico estão indicados os percentuais dos pesquisados que caracterizam o assédio moral como situações humilhantes e constrangedoras em algumas ocasiões, no caso, 71%, os outros 29% caracterizam o assédio moral como situações humilhantes e constrangedoras por um longo período de tempo e nenhum dos entrevistados disseram que assédio moral é situações onde se usa da força física.

A maioria dos entrevistados não estão familiarizados com a definição de assédio fornecida pela Organização mundial da saúde - OMS (2004) que é sofrer a violência repetidas vezes e por um longo período de tempo. O que leva ao questionamento de que seria realmente necessário a repetição da situação desconfortável?

Uma humilhação que ocorra uma única vez já é suficiente para que a pessoa sofra, desacredite em seu potencial e crie uma antipatia em relação a pessoa causadora. Isso na questão psicológica deste assunto porque na jurídica vê-se a dificuldade implícita em definir o assédio. Então levando em consideração a subjetividade do assunto, pode-se então assumir que situações humilhantes e

29%

71% 0%

Como você caracterizaria o assédio moral

Situações humilhantes e constrangedoras por um longo periodo de tempo Situações humilhantes e constrangedoras em algumas ocasiões

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constrangedoras, apesar de isoladas, também têm sua contribuição negativa na vida do assediado mesmo que em menor grau.

Gráfico 2 – Conhecimento sobre o que leva ao assédio moral Fonte: Pesquisa

No gráfico 2, percebe-se que os alunos responderam à questão em relação ao que, para eles, influenciava o acontecimento do assédio moral dentro da universidade e 84% disseram que era pela estrutura cultural, 12% afirmou que a influência vem das estruturas hierárquicas e 4% afirmaram que o que influenciava era o sistema educacional aplicado pela universidade. O carro chefe de uma instituição de ensino seria o sistema educacional aplicado por ela e dentro disso estaria a questão que abrange a estrutura cultural e hierárquica, pois uma boa estrutura educacional iria coibir o assédio em qualquer circunstancia, assim como vimos a questão do poder com Bourdieu (1989), como sendo um poder simbólico dentro do ambiente de ensino.

84% 4%

12%

Para você o que mais influnência para o

acontecimento do assédio moral dentro da

universidade?

Estrutura cultural

Sistema educacional aplicado pela universidade Estruturas hierárquicas

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Gráfico 3 – Conhecimento sobre as relações de poder e suas consequências Fonte: Pesquisa

No gráfico 3, verifica-se que os alunos acreditam que o abuso moral está ligado ao abuso de poder, 88% afirmou que está ligado ao abuso de poder e 12% que não está ligado. Como se viu com Morgan (1996) sobre o poder ser uma via para o poder, a pesquisa mostra que é visível que os detentores do poder acabam por usar dessa "força" para adquirir ainda mais poder.

Gráfico 4 – Número de ocorrências entre os alunos Fonte: Pesquisa

88% 12%

Você acredita que o abuso moral está

ligado ao abuso de poder?

Sim Não

30%

70%

Você já sofreu algum tipo de assédio

moral dentro da universidade?

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No gráfico 4 esta evidenciado o número de alunos que já sofreram assédio moral dentro da universidade e 70% disseram que não e os outros 30% disseram que não.

Gráfico 5 – Tipos de assédios morais ocorrentes Fonte: Pesquisa

No gráfico 5 evidenciava qual o tipo assédio sofrido dentro dos 30% que responderam já ter sofrido assédio moral dentro da universidade, respondido no gráfico 4, 47% disse que tinha sofrido assédio descendente, 40% foi paritário e 13% foi ascendente. Confirma-se o que Hirigoyen (2008) afirma sobre o assédio descendente ser mais comum, em segundo, o paritário, e o mais raro o ascendente.

13%

47% 40%

Em relação ao grafico anterior

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Gráfico 6 – Reação ao assedio sofrido Fonte: Pesquisa

O gráfico 6 mostra se o aluno tomou alguma atitude ao assédio sofrido e 70% disseram “não” no gráfico 4, 24% disseram que não e 6% disseram que sim. Vê-se que as pessoas não tomam a iniciativa de reportar a situação ocorrida seja por medo ou porque acham que os órgãos responsáveis não tomam atitude para ajudar como mostra o gráfico 7.

Gráfico 7 – Atitude da universidade em relação as ocorrências hostis Fonte: Pesquisa

6%

24%

70%

Você tomou alguma atitude em relação

ao assédio sofrido?

Sim Não Disseram "não" no grafico 4

0% 16%

84%

A universidade tomou alguma atiude em

relação ao assédio moral se o mesmo foi

reportado?

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No gráfico 7 mostra se os alunos perceberam se alguma atitude foi tomada em relação ao assédio e 84% não responderam, 16% disseram não e ninguém disse que sim. Esse gráfico comprova que dos poucos que reportaram sobre o ocorrido nada foi feito, fato que inibi qualquer luta contra o assédio de modo individual.

5 CONCLUSÃO

A lógica da sociedade que vive-se hoje é baseada inteiramente do modelo capitalista, que busca lucros, cobra-se resultados precarizando as relações humanas e enaltecendo os valores materiais. A compreensão da organização da sociedade, suas fases, necessidades, nos dá uma perspectiva clara de como acontece o assédio moral e os motivos pelos quais tal cenário é pouco, ou, nunca alterado. O assunto é pouco abordado nas questões legais, e quando se fala sobre e algo superficialmente e cria-se lacunas de interpretação sobre o assunto e causa confusão sobre o mesmo. Da mesma forma que o tema é pouco abordado nos ambientes de educação impossibilitando o indivíduo de saber identificar quando alguma situação assediadora está acontecendo com ele, da mesma forma, que muitas vezes o assédio é praticado e o agente assediador também não tem conhecimento do que está fazendo, devido a ignorância dos fatos.

Pode-se apontar com clareza que a estruturação do poder hierárquico causa tais processos dentro dos meios, e que a forma como divide-se a sociedade também nos leva a tal resultado. Quando o assédio é percebido pela vítima, quase nenhuma, ou, nenhuma atitude é tomada, exatamente pela estrutura que inserem-se desde que nascem, onde se sabe que pouca coisa pode ser feita, e que muito provavelmente isso ocorrerá de novo em alguma outra situação, criando assim uma naturalização do assédio, banalizando o ato.

Conclui-se que para conseguir obter resultados positivos no que tange as ocorrências do assédio moral dentro da universidade, não basta apenas criar mecanismos de punição para os assediadores, mas a reformulação da raiz do problema, onde a estrutura social na qual inserem-se não sejam fatores mais importantes que os valores morais e éticos bem como as posições hierárquicas, o respeito pelo individuo deve prevalecer, a educação deve ir além de questões

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técnicas, deve ensinar sobre relações humanas que são a base para a formulação de qualquer grupo saudável.

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