• Nenhum resultado encontrado

Razões para Investir em Fundos de Fundos de Private Equity

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Razões para Investir em Fundos de Fundos de Private Equity"

Copied!
5
0
0

Texto

(1)
(2)

INFORME PUBLICITÁRIO

Razões para Investir em

Fundos de Fundos de Private Equity

por Capital dynamiCs*

O

ambiente de private equity no brasil tem mostrado uma melhoria significativa desde 2003, mesmo se com-parado aos outros paises do chamado briC. um dos catalisadores para o desenvolvimento da indústria de private equity foi a adoção de uma robusta estrutura regulatória. em particular, a instrução 391 da Cvm em 2003 abriu caminho para investidores institucionais desenvolverem todas as estratégias de private equity. antes disso, na instrução 209 da Cvm apenas o venture capital tinha regras bem estabelecidas. no momento, a fusão e re--estruturação das duas regulamentações estão sendo consideradas, o que deverá melhorar ainda mais o ambien-te da indústria de privaambien-te equity.

pela perspectiva dos investidores institucionais, a queda da taxa de juros básica, associada à alta concentra-ção em produtos de renda fixa (aproximadamente 60% do total de ativos dos fundos de pensão e 45% dos ati-vos dos fundos abertos de mercado) e à falta de atiati-vos (como evidenciado pela bmF&bovespa, com apenas 470 empresas listadas), cria a necessidade de diversificação do portfólio. a maioria dos fundos de pensão, fami-ly offices e investidores qualificados não foram expostos ainda ao segmento de private equity. de acordo com a abrapp, a alocação média dos fundos de pensão brasileiros em private equity, em 2011, foi de aproximada-mente 2,5% e esse investimento foi extremaaproximada-mente concentrado em um pequeno número de grandes fundos de pensão; a maioria ainda tem uma alocação próxima a zero e para alguns deles o volume de recursos disponíveis para private equity não permite estabelecer um programa de investimento satisfatório.

O PaPEl dO FundO dE FundOs

dado o ambiente de private equity descrito acima e os volumes de alocação necessários para estabelecer um correto programa de investimento em private equity, torna-se um desafio a obtenção de diversificação adequa-da. ao combinar os investimentos de vários investidores, o fundo de fundos fornece uma solução eficaz do ponto de vista de custos para os desafios de administração, informação, acesso e diversificação no segmento de private equity. e ainda, o “modelo de alocação eficiente de portfólio” demonstra que há uma melhora do desempenho ao adicionarmos ativos de alto desempenho, como por exemplo private equity, ao portfólio de ações e títulos de renda fixa e para isso os fundos de fundos contribuem com:

Experiência e expertise em investimentos

a seleção do gestor tem mais relevância para a performance do investimento em private equity do que em renda variável tradicional. a maioria dos investidores institucionais no brasil ainda não foi exposta a essa classe de ativos e, por isso, enfrentam uma tarefa difícil ao selecionar as diferentes oportunidades de investimento. tais investidores podem evitar essa dificuldade investindo por intermédio de um fundo de fundos de um gestor ex-periente, que possua rigorosos processos de avaliação para analisar a estratégia de cada gestor de fundos-alvo, a performance do investimento, as qualificações da equipe, validar a estratégia de mercado dos fundos e garantir que os regulamentos desses fundos estejam bem estruturados. o fundo de fundos tem mais condições para ne-gociar melhores estruturas com os fundos-alvo, do que os investidores individualmente. além disso, o fundo de fundos normalmente tem melhor acesso aos dados da indústria e relatórios de due diligence sobre os gestores, que são constantemente monitorados e que fornecem informação mais robusta; o que auxilia no julgamento, comparação e análise de futuras oportunidades de investimento. outros dois aspectos tornam o fundo de fun-dos uma opção interessante para investir: (i) o acesso aos gestores com melhores performances; no brasil isso é de grande importância, na medida em que o segmento está em fase de consolidação, ainda sem muitos

(3)

históri-INFORME PUBLICITÁRIO

cos de performance e (ii) a falta de expertise por parte de alguns investidores em tipos de fundo específicos (ni-chos), como por exemplo venture capital, growth capital ou fundos externos de private equity.

alguns investidores questionam o que consideram como custos extras relacionados aos fundos de fundos, mas esquecem que uma comparação justa deve também levar em consideração os custos inerentes da gestão in-terna de um programa de private equity.

o private equity é uma classe de ativo complexa e requer tempo e conhecimento consideráveis para encontrar e avaliar gestores de boa qualidade. Conforme descrito acima, uma vez que esses gestores são identificados e a se-leção de um investimento é feita, então aspectos jurídicos, fiscais e de compliance devem ser trabalhados. talvez isso seja menos desafiador para os grandes gestores de capital, porém encontra-se grande dificuldade principalmen-te nos mercados emergenprincipalmen-tes, onde os custos jurídicos e de due diligence são elevados. além disso, o privaprincipalmen-te equity tem complexa gestão e monitoramento de caixa, sendo necessário manter profissionais altamente qualificados para administrar adequadamente a carteira após os investimentos e, por fim, o private equity continua sendo uma clas-se de ativo onde o acesso ao investimento em fundos com boa qualidade de gestão e bom histórico de declas-sempe- desempe-nho é concedido baseado em relacionamentos de longo prazo; o que se torna um dilema para investidores novos.

assim, se um investidor quiser formar uma equipe de alta qualidade e estável, precisa remunerar pelas faixas salariais do mercado; além disso, como é genericamente aceito, um único indivíduo não pode cobrir mercados tão diversos que abrangem investimentos de vários tipos (venture capital, growth capital, buyout, infraestrutura), em diferentes modalidades (primário, secundário, co-investimentos), em diferentes geografias e safras – o que é crucial para reduzir risco e aumentar o retorno. Consequentemente, para montar um programa de investimento, contemplando vários fundos e obter adequada diversificação, requer-se uma equipe de três ou mais profissio-nais sênior, acrescente-se um profissional especializado em contabilidade de private equity, e os custos de via-gem, due diligence e jurídicos. Considerando ainda que a alocação para private equity, em média, não excede a 10% do total do portfólio e geralmente, fica em torno de 3-5%; os custos relativos ficam desproporcionais ao que é gasto em geral com a gestão do restante do portfólio. a imagem 1 abaixo ilustra que, na europa, somente a partir de uma alocação em torno de 75-100 milhões a equipe interna tornar-se mais efetiva, em termos de custo, do que os fundos de fundos.

Imagem 1

Comparação entre custos de fundos de fundos e de gestão interna

Fonte: Análise da Capital Dynamics sobre os salários de profissionais de fundo de fundos; incluindo custos jurídicos, fiscais, de viagem, softwares e materiais de pesquisa

(4)

Diversificação

atualmente no brasil, a alocação média de portfólio tem predominância em títulos de renda fixa. os retornos de tais investimentos vêm diminuindo em função da queda da taxa de juros. num país com oportunidades de rápido crescimento como o brasil, os investimentos em renda variável tradicional e em private equity têm poten-cial mais alto de ser uma importante fonte de retorno. os investidores que buscam maiores retornos, com uma base ajustada de risco, podem alcançar isso através do fundo de fundos.

um investimento prudente em private equity requer um programa de alocação através do qual o investidor irá di-versificar o capital entre 20 ou 30 fundos, ao longo de 8 ou 10 safras. os investidores sem volume de alocação sufi-ciente para participar de tantos fundos ganham com a diversificação alcançada pelos fundos de fundos, mesmo que suas alocações, individualmente, sejam pequenas. de acordo com nossas análises quantitativas, baseada em mode-los de simulação de monte Carlo, o risco de perder capital é bastante reduzido ao investirmos em fundo de fundos, quando comparado ao risco dos portfólios de fundos diretos muito concentrados. por fim, o risco de selecionar fun-dos é maior no segmento de private equity, principalmente em mercafun-dos emergentes como o brasil, onde há um nú-mero menor de gestores experientes, se comparado aos mercados mais desenvolvidos de private equity.

historicamente, mesmo nesses mercados mais desenvolvidos, há uma grande diferença de performance en-tre os melhores e os piores gestores, com a mediana ficando abaixo das expectativas da maioria dos investidores.

Conforme ilustrado na imagem 2 abaixo, o desempenho dos gestores nos dois quartis superiores atingiu, em média, uma tir de 21% e 14%, com múltiplos de retorno de 1,8x / 1,6x; nos eua e na europa respectivamen-te. enquanto que o desempenho dos gestores nos dois quartis inferiores foi, em média, de 0,1% e -4% e de 1x e 0,9x respectivamente também.

este exemplo ilustra o seguinte ponto: um investimento de 100 milhões, bem diversificado em gestores de alto desempenho pode gerar múltiplo de aproximadamente 2x do capital investido, enquanto decisões de in-vestimento próximas da mediana podem reduzir o múltiplo para 1,4x. isso gera uma diferença de aproximada-mente 60 milhões nos ganhos totais – o que torna insignificante os custos de qualquer fundo de fundos. Consi-derando ainda que seriam incorridos custos para manutenção de uma estrutura para gestão interna, a diferença de custo incorrido em um investimento por intermédio de fundo de fundos seria consideravelmente mais insig-nificante.

Imagem 2

desempenho de várias estratégias de private equity na Europa e Eua

(5)

INFORME PUBLICITÁRIO

Adequação das alocações à necessidade de diversificação dos investimentos

instituições de pequeno e médio porte têm dificuldade em cumprir as exigências mínimas de investimentos (volume passível de alocação não é suficiente para construir um programa de investimento adequado em private equity). isso significa que uma carteira de pe razoavelmente diversificada, exigiria uma alocação total que prova-velmente excederia o percentual possível para esses investidores ao private equity. o fundo de fundos pode eli-minar essas inadequações entre alocação de recursos e necessidade de diversificação, ajudando os investidores a “escalar” seus investimentos.

Governança e transparência

Conforme já demonstrado acima, investimentos em private equity consomem muito tempo, pois requerem não apenas extensivas due diligences, mas também análises tributárias, jurídicas e negociações, além de adequa-dos compliance, monitoramento de investimentos e elaboração de relatórios de gestão. muitos investidores não têm técnicas de administração e gestão de portfólio, sistemas de ti ou mesmo os recursos humanos necessários com expertise em private equity. e ainda, o conhecimento das especificações locais é primordial para os inves-timentos de private equity, feitos em geografias onde o investidor não conhece bem o ambiente de negócios. uma solução para esses investidores é terceirizar tais tarefas para os fundos de fundos, que oferecem esses ser-viços com governança e transparência numa base de custo mais eficiente.

Redução de aspectos inibidores do investimento

a “curva-J” e a falta de liquidez têm sido exaustivamente discutidas como obstáculos aos investimentos em private equity. os fundos de pensão brasileiros têm dificuldades de justificar, para seus comitês internos, o de-créscimo do valor da quota durante a maturação dos investimentos, mesmo demonstrando a possibilidade de crescimento exponencial desse valor, durante a fase de desinvestimento. o fundo de fundos, que diversifica sua carteira com investimentos secundários, pode amenizar a “curva-J”, bem como acelerar o fluxo de caixa que re-torna para os investidores. embora o mercado secundário ainda esteja começando no brasil, o fundo de fundos está bem posicionado para lucrar a partir dessas oportunidades e, ainda, amenizar a “curva J” dos investimentos. Concluindo, a combinação de alguns investidores institucionais aumentando suas alocações para private equity e o pequeno número de gestores com alto desempenho, leva diversos fundos de pensão a adotarem fun-dos de funfun-dos para gerirem seus investimentos especializafun-dos. por outro prisma, os investidores usam cada vez mais uma abordagem mista para investir em private equity. a tendência é manter as equipes internas concentra-das nos principais investimentos do portfólio e delegar para os fundos de fundos o investimento em ativos espe-cíficos. essa abordagem customizada oferece meios eficientes para uma maior expansão e diversificação do por-tfólio, na medida em que os fundos de fundos são usados para investir em áreas específicas (tais como a ásia), ou estratégias complexas de nicho (tais como venture capital ou investimentos secundários).

os fundos de fundos são uma forma eficiente para investidores entrarem em private equity e construir um portfólio diversificado e mais efetivo em termos de custo; investindo em fundos de diferentes safras e estraté-gias. assim, os fundos de fundos permitem a um grupo maior de investidores a participação nessa estimulante classe de ativos.

* Capital Dynamicsé uma gestora de recursos independente, com expertise de investimento nos segmentos de private

equity, energia limpa & infraestrutura e imobiliário. Capital dynamics oferece a seus investidores uma ampla variedade

de produtos e serviços, tais como: fundo de fundos, investimentos diretos, soluções customizadas de investimento e produtos de private equity especialmente estruturados para portfólios já existentes. Capital dynamics investimentos ltda. é sociedade devidamente autorizada a desempenhar atividades de administração de carteira de valores mobiliários pela Cvm e faz parte do grupo Capital dynamics, que compreende todas as afiliadas à Capital dynamics holding aG. esse artigo não caracteriza oferta pública de valores mobiliários, tampouco caracteriza procura de subscritores ou adquirentes. www.capdyn.com receptionbr@capdyn.com.

Referências

Documentos relacionados

Desta forma, a sequência didática pode ser considerada um material que tem potencial de desenvolver a aprendizagem significativa pela predisposição dos estudantes

Para a análise das mensagens observadas pela pesquisadora no ForChat, foram realizadas várias leituras do contexto do Seminário de Projetos Educativos – mensagens postadas

45 Figure 18 - Study of the extract concentration in the phycobiliproteins extraction and purification using the mixture point composed of 10 wt% Tergitol 15-S-7 + 0.3

No desenvolvimento da automação, o “robô” (sistema) é programado para trabalhar de acordo com as rotinas do usuário..

Com os dados desta ficha, não se pretende estabelecer informações absolutas e definitivas sobre o produto e seus riscos, mas subsidiar com informações, diante do que se

“Toda manhã na África, uma gazela acorda sabendo que terá de correr mais rápido que o leão mais veloz para não morrer. Toda manhã na África, um leão acorda sabendo que terá

Este documento descreve o trabalho realizado no âmbito da Unidade Curricular Projeto de Informática, da Licenciatura em Engenharia Informática da Escola Superior

Com este fim, sugere-se que outros estudos, inclusive longitudinais, sejam realizados com um número maior de participantes, procurando-se a homogeneidade do grupo de estudo,