• Nenhum resultado encontrado

Centro de Cuidados e Longa Permanência Para Idosos

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Centro de Cuidados e Longa Permanência Para Idosos"

Copied!
65
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALINE RACHADEL AROUCA

CENTRO DE CUIDADOS E LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS Florianópolis 2017

(2)
(3)

CENTRO DE CUIDADOS E LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS

Orientadora: Maria Cristina Claramunt, Me.

Florianópolis 2017

Trabalho final de graduação I, apresentado ao Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para a obtenção do título de Arquiteto e Urbanista.

(4)

CENTRO DE CUIDADOS E LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS Florianópolis, 04 de Julho de 2017. ________________________________________________________________ Orientadora – Prof. Maria Cristina Claramunt

________________________________________________________________ Prof. André Michels Chibiaqui

________________________________________________________________ Prof. Maria da Graça Agostinho

Este Trabalho Final de Graduação I foi julgado adequado à obtenção do título parcial de Arquiteto e Urbanista aprovado em sua forma parcial pelo Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Sul de Santa Catarina.

(5)

minha rocha e nele não há injustiça”.

(6)

Agradeço primeiramente a Deus, que me deu forças e saúde para a realização deste trabalho.

A minha família, em especial minha mãe Regina e meu irmão Adair, pela motivação e ajuda nos momentos de aflição.

A minha querida orientadora, Maria Cristina Claramunt, que me auxiliou durante todas as etapas deste Trabalho Final de Graduação I.

Aos amigos e colegas de curso, pelos ensinamentos e aprendizados divididos em sala de aula, e pelo apoio durante esta jornada.

E aos profissionais e a todos, que colaboraram com informações valiosas para a realização deste estudo.

(7)

As Instituições de Longa Permanência para Idosos, atualmente, ganham cada vez mais importância, proporcionalmente ao aumento dos índices de pessoas idosas no Brasil. Desta forma, o projeto apresentado trata-se de um Centro de Cuidados e Longa Permanência para Idosos no município de Santo Amaro da Imperatriz - SC, com o objetivo de propor um espaço diferenciado que se relacione com o entorno, que proporcione autonomia, privacidade e a setorização correta dos espaços, colaborando para o aumento da qualidade de uso dos ambientes e consequentemente do bem estar dos usuários.

O trabalho foi desenvolvido por meio de pesquisas bibliográficas, uma busca por referenciais projetuais, visitas e entrevistas a instituição de longa permanência para idosos.

e a sociedade, as normas legais que regem estes espaços e a influência da arquitetura nestas instituições.

O resultado alcançado foi o projeto de um espaço humanizado, que possui conexão com os visuais verdes externos à edificação, aproveitando-se da ventilação e iluminação natural e utilizando-se de métodos sustentáveis para o menor gasto de energia possível.

Palavras-chave: Centros de Longa Permanência. Cuidados para Idosos. Arquitetura Humanizada.

(8)

1. INTRODUÇÃO ... 10 1.1 JUSTIFICATIVA ... 11 1.2 OBJETIVOS ... 12 1.3 OBJETIVO GERAL ...;... 12 1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 12 1.5 METODOLODIA ...;... 12

2. INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA E SUAS CARACTERÍSTICAS... 13

2.1 GRAUS DE DEPENDÊNCIA DOS IDOSOS ... 14

2.2 ESTATUTO E NORMAS DE ACESSIBILIDADE E AMPARO AO IDOSO... 15

3. ESTUDO DE CASO... 19

3.1 RESIDENCIAL GERIÁTRICO ARTE DE VIVER... 19 3.1.1 Atendimento... ... 19 3.1.2 Estrutura... 20 3.1.3 Atividades Exercidas... 23 4. REFERENCIAIS PROJETUAIS... 24

4.1 CENTRO SOCIOSANITÁRIO GERIÁTRICO SANTA RITA – ESPANHA... 24

4.2 MARIN COUNTRY DAY SCHOOL – CALIFÓRNIA... 26 5. ANÁLISE DO TERRENO...;... 28 5.1 O TERRENO ... 28 5.2 ANÁLISE DO SÍTIO... 29 5.2.1 Das Particularidades... 30 5.3 MOBILIDADE URBANA... 30

5.3.1 Sistema Viário e Fluxos... 31

5.3.2 Transporte Coletivo... 32

5.3.3 Perfil e Qualidade das Vias... 33

5.3.4 Perfil das Vias... 33

5.3.5 Descrição das Vias... 34

(9)

5.5 ASPECTOS CLIMÁTICOS... 37 5.6 EQUIPAMENTOS URBANOS... 39 5.7 USO DO SOLO... 40 5.8 GABARITO...;... 41 5.9 CONDICIONANTES LEGAIS... 42 6. PROPOSTA... 44 6.1 PARTIDO GERAL... 44 6.2 DIRETRIZES DE PROJETO... 44 6.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES... 47 6.4 IMPLANTAÇÃO... 50 6.5 PLANTAS ESQUEMÁTICAS... 51

6.5.1 Planta Pavimento Térreo... 52

6.5.2 Planta Pavimento Superior... 55

6.5.3 Planta de Cobertura... 57

6.6 FACHADAS... 58

6.7 CORTES ESQUEMÁTICOS... 61

6.8 ESTRUTURA... 62

(10)

1. INTRODUÇÃO

No contexto atual, a evolução do conhecimento

e das tecnologias em tratamentos de saúde e prevenção de doenças, promove um considerável aumento da longevidade do ser humano. Pesquisas realizadas pelo IBGE apontam elevação das taxas da população muito idosa (80 anos ou mais) em um futuro próximo, devido a continua redução de problemas e aumento da perspectiva de vida em idades avançadas.

O envelhecimento da população ocorre em um cenário de grandes mudanças econômicas, sociais e culturais. Enfrentando diversos problemas como o preconceito, o convívio social, a renda financeira insuficiente, a falta de moradias e transportes públicos adaptados e a carência de profissionais capacitados para o atendimento.

Embora existam leis e normas que determinem a responsabilidade sobre a família nos

cuidados com os membros dependentes, estes são cada vez mais escassos, em função da redução do número de filhos, das mudanças nos casamentos e da progressiva participação das mulheres, tradicionais cuidadoras, no campo de trabalho. Desta forma, é essencial que o sistema público e o mercado privado compartilhem as responsabilidades com a família, no cuidado com as pessoas idosas. Frente a este cenário, uma opção de cuidado não familiar existente são os centros de longa permanência para idosos. Estes são importantes espaços de assistência de saúde e social aos mais velhos. Segundo a RDC 283/05, possuem caráter residencial, servem de abrigo coletivo para pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, atendendo tanto idosos independentes que não possuam renda suficiente ou não tenham suporte familiar, quanto idosos que possuam dificuldades motoras ou psicomotoras para o desempenho das atividades cotidianas, e necessitem de atenção especial.

(11)

1.1 JUSTIFICATIVA

De acordo com estudos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) no ano de 2010, como mostra a Figura 1.1, o Brasil caminha cada vez mais para se tornar um país com população predominantemente idosa. Pesquisas apontam que em 2030 o grupo de idosos de 60 anos ou mais será superior ao de crianças com até 14 anos e, em 2055 o censo aponta os idosos como população maior que os jovens de até 29 anos.

Considerando a tendência do envelhecimento populacional para os próximos anos e a falta de espaços de convívio inclusivos e adaptados, onde os idosos possam se locomover com autonomia, surge à proposta do centro de cuidados e longa permanência.

Deixando de lado a ideia atual de asilos, onde os residentes convivem em espaços com características mais hospitalares do que residenciais, a proposta do centro vêm como recurso para suprir as necessidades dos mais velhos, auxiliando na continuação de uma vida prazerosa e saudável. O principal desafio é garantir um cenário mais humanizado, onde os moradores se sintam em uma extensão dos seus próprios lares, com a proposta de ambientes acessíveis e iluminados, com atividades diversificadas, cuidados profissionais e contato com a natureza.

Figura 1.1 – Santa Catarina: distribuição proporcional da população. Fonte: IBGE (2010)/Censos Demográficos de 1950

e 2000

(12)

1.2 OBJETIVOS

1.3 OBJETIVO GERAL

Desenvolver o projeto de um centro de cuidados e longa permanência para idosos na cidade de Santo Amaro da Imperatriz, no estado de Santa Catarina, que atenda adultos com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem limitações motoras, oferecendo apoio social e clínico na terceira idade.

1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Analisar o crescimento da população idosa e as modificações no estilo de vida atual da sociedade; 2. Analisar os dados referentes as necessidades e cuidados especiais das pessoas na terceira idade; .3. Compreender o funcionamento de espaços dedicados aos idosos, por meio de estudo de caso e referenciais projetuais;

4. Diagnosticar as carências e as atividades desenvolvidas no espaço estudado, por meio de estudos de caso;

5. Refletir sobre a relação do idoso com o espaço de convívio e suas necessidades;

6. Elaborar diagnóstico da área;

7. Compreender a viabilidade técnica e legal da área em estudo;

8. Desenvolver o partido arquitetônico; 9. Desenvolver anteprojeto arquitetônico.

1.5 METODOLOGIA

Para a elaboração deste Trabalho Final de Graduação I foi fundamental um amplo estudo das normas e requisitos necessários para o funcionamento de uma Instituição de Longa Permanência para Idosos.

(13)

Através de pesquisas bibliográficas e digitais, por meio de referenciais arquitetônicos e análises de estudos de caso em instituição de cuidado com idosos, procurou-se compreender as características e o funcionamento deste tipo de estabelecimento. Além disso, a realização do diagnóstico da região também foi importante, a fim de se elaborar a proposta do partido arquitetônico de um centro de cuidados e longa permanência para idosos no bairro Sul do Rio, na cidade de Santo Amaro da Imperatriz.

2. INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA E SUAS CARACTERÍSTICAS

O envelhecimento é um estágio da vida complexo biologicamente, psicologicamente e culturalmente, chega acompanhado de limitações motoras, cognitivas e mentais, que afetam a qualidade de vida do ser humano. Em virtude do crescimento das taxas da população mais idosa, é

imprescindível entender as diferentes necessidades deste público, possibilitando auxílio e garantindo condições de dignidade, liberdade e cidadania diante da sociedade.

Uma das opções viáveis para o idoso que depende de cuidados, seja por falta de estrutura familiar ou por dificuldade com o próprio cuidado, são as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs).

Segundo Camarano e Kanso, não existe um consenso sobre a definição das Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) no nosso país. O princípio destes estabelecimentos está relacionado diretamente aos asilos – casas de assistência social, que eram locais para amparo e abrigo da população carente, resultado de ações filantrópicas frente à inexistência de políticas públicas.

Para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), as ILPIs funcionam como residências coletivas para pessoas com idade igual ou superior a 13

(14)

60 anos, atendendo tanto idosos independentes, mas que se encontram em situação de carência, quanto aqueles dependentes que necessitam de cuidados para desempenhar as atividades diárias, podem ou não ser governamentais e devem possuir caráter habitacional. Suas funções são comumente associadas a organizações de saúde, mas apesar dos residentes receberem cuidados médicos e medicamentosos, não tem espaços voltados para funções terapêuticas e clínicas.

2.1 GRAUS DE DEPENDÊNCIA DOS IDOSOS

As ILPIs acomodam idosos com diferentes limitações. Entender as necessidades de cada um é importante para proporcionar conforto apropriado, tanto físico quanto material, dispor de funcionários em número adequado e qualificados para oferecer assistência aos residentes e garantir a privacidade de cada um. Segundo a RDC 283/05 os estágios de dependência são três, sendo eles:

Dependência Leve: São pessoas independentes,

mesmo que precisem de utensílios de autoajuda, como bengalas ou andadores, e suas atividades diárias são supervisionadas. Em sua maioria são idosos saudáveis que possuem idade muito avançada.

Dependência Intermediária: Neste grau os idosos

apresentam dependência em até três atividades básicas, como alimentação, ingestão de medicamentos ou práticas de higiene, e não apresentam comprometimento cognitivo ou possuem alteração cognitiva controlada. Nesta situação precisam não só de supervisão como também de auxílio efetivo do cuidador. São idosos que apresentam alguma doença ou deficiência, como patologias cardíacas, problemas de visão ou de audição.

(15)

dependência elevada requerem assistência intensiva dos cuidadores, por não possuíram mais capacidade para o desempenho de qualquer atividade do dia a dia. São pessoas com um processo evoluído de doenças incapacitantes, apresentando dificuldades cognitivas sérias, como demências, doença de Parkinson e neoplasias. Normalmente, estão limitados ao leito e à cadeira, e não possuem controle esfincteriano (incontinência urinária/fecal).

2.2 ESTATUTO E NORMAS DE ACESSIBILIDADE E AMPARO AOS IDOSOS

A importância e o crescimento da população idosa no nosso país levaram à elaboração de normas e leis de acessibilidade, proteção, cuidado e amparo, onde espaços públicos e privados sejam projetados respeitando as carências e necessidades destes usuários.

O ambiente de convívio dos idosos deve estar adequado as suas necessidades psicológicas e

físicas, deve colaborar de forma positiva para o seu bem estar. As pessoas são diretamente influenciadas pelo meio em que vivem, seja pelas características do local, o clima e até mesmo a vida pessoal afetam a forma de ver a vida.

A preocupação com as condições dos ambientes frequentados pelos idosos é considerada de extrema importância, dispondo inclusive de previsão legal no Estatuto do Idoso – Lei 10.741 de 2003, art. 38, onde são estabelecidas diretrizes para o seu atendimento:

“Art. 38. Nos programas habitacionais, públicos ou subsidiados com recursos públicos, o idoso goza de prioridade na aquisição de imóvel para moradia própria, observado o seguinte:

I - reserva de pelo menos 3% (três por cento) das unidades habitacionais residenciais para atendimento aos idosos; II – implantação de equipamentos urbanos comunitários voltados ao idoso;

III – eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanísticas, para garantia de acessibilidade ao idoso;

IV – critérios de financiamento compatíveis com os rendimentos de aposentadoria e pensão.

(16)

Em relação à acessibilidade, que deve ser garantida em ambientes de ILPIs, a NBR 9050/2015 estabelece parâmetros para a concepção de ambientes e espaços, visando o atendimento amplo e a inclusão social.

A acessibilidade proporciona a maior quantidade de pessoas possíveis, independente de estatura, idade, percepção ou limitação de mobilidade, a utilização segura e autônoma dos ambientes e mobiliários, permitindo a realização das atividades rotineiras sem muito esforço.

O idoso, além dos equipamentos e mobiliários para desenvolvimento das atividades, necessita de espaços para a locomoção segura e prática, seja em área coletiva, no quarto ou no banheiro. Desta forma, o layout deve ser organizado para favorecer a transição entre os ambientes de forma facilitada.

A ergonomia deve estar presente em todos os projetos, mas além de um ambiente acessível é necessário também cuidados com a sua utilização. Verificar sempre o estado dos pisos, não fazer uso de ceras, evitar obstáculos nos caminhos, apresentar iluminação apropriada, corrimãos nas escadas e outros necessários dependendo do ambiente.

Parágrafo único: As unidades residenciais reservadas para atendimento a idosos devem situar-se, preferencialmente, no pavimento térreo.”

Figura 2.1 – Dimensões referenciais para deslocamento em linha reta. Fonte: NBR 9050, 2015.

(17)

Tornar um ambiente acessível é fundamentável no abrigo de idosos, visto que a locomoção sem assistência contribui para o aumento da autoestima deles, de acordo com as figuras 2.1 e 2.2.

Considerando que as pessoas não se movimentam apenas em linha reta, é necessário que os ambientes apresentem espaços para movimento de giro, em relação aos cadeirantes, podendo a manobra ser com ou sem deslocamento, segundo as figuras 2.3 e 2.4.

Figura 2.2 – Dimensões referenciais para deslocamento de pessoa em pé. Fonte: NBR 9050, 2015.

Figura 2.3 – Área para manobra de cadeirantes sem deslocamento. Fonte: NBR 9050, 2015.

Figura 2.4 – Área para manobra de cadeirantes com deslocamento. Fonte: NBR 9050, 2015.

(18)

Os banheiros são espaços de grande dificuldade para aqueles que possuem mobilidade reduzida e que utilizam cadeira de rodas, portanto, é indispensável que estes locais garantam áreas de manobra para rotação, e áreas para transferência lateral, perpendicular e diagonal, atendendo as normas de acessibilidade, conforme as figuras 2.5 e

2.6. Já a Resolução de Diretoria Colegiada 283 –

RDC 283 - estabelecida pela ANVISA regulamenta normas para o funcionamento dos estabelecimentos residenciais de saúde, fundamentando os cuidados com os usuários da terceira idade que habitam as ILPIs.

Figura 2.5 – Áreas de manobra em banheiros. Fonte: NBR 9050, 2015.

Figura 2.6 – Equipamentos de apoio em chuveiros. Fonte: NBR 9050, 2015.

(19)

3. ESTUDO DE CASO

Com a finalidade de auxiliar na elaboração do partido arquitetônico e compreender as características e o funcionamento de um espaço dedicado aos cuidados com os mais velhos, foi realizada visita em um centro de longa permanência para idosos, no município de São José, localizada em um espaço com características semelhantes (mais campestre) ao da proposta.

3.1 RESIDENCIAL GERIÁTRICO ARTE DE VIVER

O Residencial Geriátrico Arte de Viver (Figura 3.1) começou a funcionar há oito anos, em abril de 2009. Localizado na Avenida Celso Joaquim da Silva, no bairro Sertão do Imaruim, na cidade de São José, o espaço atende idosos naturais de São José e região.

A estrutura é mantida de forma particular, mas está associada ao sistema público.

3.1.1 Atendimento

O direcionamento dos idosos para o residencial geriátrico acontece de duas formas: particular, quando a própria família encaminha o idoso para o local garantindo dessa forma os cuidados necessários a ele, ou através do serviço de assistência social, que encaminha idosos com baixa

Figura 3.1 – Residencial Geriátrico Arte de Viver. Fonte: Da autora, 2017.

(20)

renda e desamparados socialmente, este ocorrendo em menor número. A faixa de idade atendida pela instituição é igual ou superior a 60 anos. E os residentes normalmente são da própria cidade de São José ou de regiões próximas, como Florianópolis, São Pedro de Alcântara, Biguaçu e Palhoça.

Nem todos os idosos podem ser hospedados no estabelecimento, pois o espaço está somente preparado para fazer atendimento dos graus de dependência leve e intermediário. Portanto, grau elevado de dependência, que necessita de assistência integral, não possui suporte na instituição.

3.1.2 Estrutura

A instituição possui ao todo catorze quartos, dispostos nos pavimentos inferior e superior da edificação, diversificando entre dormitórios

individuais, para duas, quatro ou seis pessoas (Figura 3.2). Os residentes são alocados de acordo com as patologias que possuem, desta forma, idosos com dificuldades iguais ou parecidas dividem o mesmo quarto.

Figura 3.2 – Quartos - Residencial Geriátrico. Fonte: Da autora, 2017.

(21)

No primeiro pavimento estão distribuídos quatro dormitórios com banheiro acessível em cada um (Figura 3.3), enfermaria (Figura 3.4), banheiros masculinos e femininos para os funcionários, cozinha industrial (Figura 3.5), sala de convívio (Figura 3.6), sala de TV (Figura 3.6), lavanderia (Figura 3.7), administração e área externa (Figura 3.8), onde os residentes podem tomar sol. Já no pavimento superior encontram-se os demais dormitórios, também com banheiros acessíveis, as rouparias e a sala de fisioterapia (Figura 3.9). Outros detalhes, como corredores com corrimãos (Figura 3.10), proteção na escada e a presença de elevador (Figura 3.11) auxiliam na locomoção e atividades diárias dos mais velhos.

Figura 3.3 – Banheiros - Residencial Geriátrico. Fonte: Da autora, 2017.

Figura 3.4 – Enfermaria - Residencial Geriátrico. Fonte: Da autora, 2017.

(22)

Figura 3.5 – Cozinha - Residencial Geriátrico. Fonte: Da autora, 2017.

Figura 3.6 – Sala de convívio - Residencial Geriátrico. Fonte: Da autora, 2017.

Figura 3.7 – Lavanderia - Residencial Geriátrico. Fonte: Da autora, 2017.

Figura 3.8 – Área externa - Residencial Geriátrico. Fonte: Da autora, 2017.

Figura 3.9 – Sala de Fisioterapia - Residencial Geriátrico. Fonte: Da autora, 2017.

Figura 3.10 – Corredores - Residencial. Fonte: Da autora, 2017.

(23)

Figura 3.11 – Acessibilidade - Residencial Geriátrico. Fonte: Da autora, 2017.

O residencial tem aproximadamente 780,00 m² divididos entre áreas de convívio, espaços de serviço dormitórios e amplos corredores. Os acessos e circulações possuem aberturas que favorecem a iluminação natural dentro do local.

O espaço possui ainda uma pequena área ao ar livre com jardim, onde os residentes aproveitam o dia para tomar sol.

3.1.3 Atividades Exercidas

A instituição, atualmente, conta com dezoito funcionários que se alternam em plantões diários ou

semanais na casa: um médico, uma nutricionista, uma fisioterapeuta, dois enfermeiros, quatro técnicos em enfermagem, quatro cuidadoras, duas cozinheiras, duas auxiliares de serviços gerais e uma administradora.

As refeições são preparadas no próprio local pelas cozinheiras. No total são seis refeições diárias: café da manhã, lanche da manhã, almoço, café da tarde, jantar e lanche da noite, servidos respectivamente às 8h, às 10h, às 12h, às 15h, às 18h e às 20h. Todos os pratos são preparados de acordo com a necessidade de cada idoso, cuja dieta é prescrita pela nutricionista do local. Os cadeirantes por possuírem mais dificuldade são os primeiros a serem servidos pelos funcionários, recebendo as refeições quarenta e cinco minutos antes dos outros residentes.

Uma vez por semana a instituição recebe os serviços de um médico, que realiza consultas de avaliação de saúde nos residentes. Além disso, de

(24)

segunda-feira a sexta-feira a fisioterapeuta faz sessões com os idosos, cada um em seu horário predeterminado.

Há ainda como rotina do local a prática de caminhadas na rua todas as manhãs, durante meia hora, às 10:30h, como forma de ativar o corpo e evitar atrofias musculares, e ainda durante os sábados, realizam um baile, às 15h, como forma de entretenimento para o grupo.

O residencial realiza também os cuidados medicamentosos dos idosos, que são manipulados e dosados pelos enfermeiros e técnicos de enfermagem, profissionais habilitados da área da saúde.

Por fim, observa-se que apesar da instituição possuir uma grade de funcionários bastante completa e realizar atendimentos de diversas áreas profissionais no local, o espaço não apresenta ambientes com características de conforto térmico e lumínico favoráveis. Além disso, carece de espaços

destinados a atividades coletivas, tanto internos quanto externos, que proporcionem uma ocupação para os idosos mais independentes.

4. REFERENCIAIS PROJETUAIS

Os projetos escolhidos como referências para este trabalho apresentam conceitos e características direcionados para a qualidade e humanização de espaços dedicados ao cuidado da vida na terceira idade, proporcionando acessibilidade, autonomia física e conforto psicológico para os idosos. Desta forma, aproveitar-se-á destes referenciais como auxílio para a concepção da proposta final deste projeto.

4.1 CENTRO SOCIOSANITÁRIO GERIÁTRICO

SANTA RITA – ESPANHA

O projeto do Centro Sociosanitário Geriátrico Santa Rita (Figura 4.1) foi concebido pelo arquiteto

(25)

Manuel Ocaña na cidade de Ciutadella, Ilhas Baleares, na Espanha. De acordo com o arquiteto, centros geriátricos devem ser locais otimistas, que despertem a vontade das pessoas de habitá-los ou visitá-los. Desta maneira, se propôs a criação de um ambiente diferenciado que estimule o aproveitamento do tempo livre pelos idosos.

em um único pavimento, sem corredores e sem barreiras arquitetônicas (Figura 4.3). Todos os quartos apresentam acesso ao pátio central por meio de circulação aberta, fluida e interconectada, que possibilita um deslocamento mais dinâmico entre os setores, como mostra a figura 4.2.

Figura 4.1 – Centro Geriátrico Santa Rita. Fonte: ArchDaily Espanha.

O edifício foi desenvolvido para fornecer ampla acessibilidade, autonomia física, segurança psicológica e respeito à privacidade dos hóspedes e visitantes. Para isso, o centro geriátrico foi projetado

Figura 4.2 – Pátio central. Fonte: ArchDaily Espanha.

Para o conforto térmico e lumínico as paredes do centro são compostas por duas camadas, a pele interior e o acabamento exterior que se projeta de acordo com a orientação geográfica.

(26)

Localizado no hemisfério norte, a fachada norte do centro fortalece a luz fria com o emprego de revestimento azul e verde, enquanto a fachada sul possibilita ambientes mais quentes com a utilização de revestimento amarelo.

4.2 MARIN COUNTRY DAY SCHOOL – CALIFÓRNIA

Desenvolvido pela conceituada empresa EHDD Architecture, o edifício de 10.000m² destaca-se pela preocupação com a sustentabilidade, alcançando metas de energia zero no ano de 2010, obtendo a certificação Leadership in Energy and Environmental Design (LEED).

O projeto utiliza materiais, como madeira e perfis metálicos, onde a estrutura na maioria das vezes fica exposta, reduzindo o uso de materiais para acabamento dos espaços (Figura 4.4).

Figura 4.3 – Ambientes internos. Fonte: ArchDaily Espanha.

Acreditando que a arquitetura é gerada a partir da função do espaço, as fachadas da instituição são simples e de cores claras seguindo a mesma linha do interior. Destacando o local em relação ao seu

(27)

A edificação de dois pavimentos traz à paisagem para o centro do campus através da criação de um pátio com terraço. Além disso, a incorporação de fileiras de janelas pivotantes aproveita melhor a iluminação e a ventilação natural dos espaços (Figura 4.5).

Mais do que uma escola, os responsáveis desenvolveram um espaço ecológico, que proporciona sistemas de aproveitamento, tratamento, coleta e reciclagem de água que juntamente com as placas fotovoltaicas instaladas na cobertura tem o intuito de reduzir os gastos de energia.

As soluções arquitetônicas utilizadas nesse referencial poderão ser empregadas nos espaços do Centro de Cuidados e Longa Permanência Para Idosos, com a intensão de criar ambientes de qualidade que priorizem o bem-estar e o conforto dos usuários, aliados a técnicas sustentáveis de energia.

Figura 4.5 – Soluções de ventilação e iluminação adotadas. Fonte: American Institute of Architects.

(28)

5. ANÁLISE DO TERRENO

ambiente campestre, longe do tumulto das grandes cidades e próximo a áreas verdes, pode fornecer aos idosos maior qualidade de vida.

Além disso, a falta de oferta deste tipo de serviço na região foi outro quesito que colaborou para a inserção da instituição no local.

5.1 O TERRENO

A localização do terreno em área com características mais rurais foi um dos fatores primordiais para a escolha do local.

Acredita-se que a implantação do Centro de Cuidados e Longa Permanência para Idosos em um

(29)

5.2 ANÁLISE DO SÍTIO

Após as análises e pesquisas em relação ao tema do qual se trata a proposta, e conhecendo as necessidades de um centro de atendimento a idosos, foi escolhido o terreno, que apresenta condições para a implantação deste tipo de instituição.

Com um total de 4.117,64m² de área, o terreno escolhido para a inserção do Centro de Cuidados e Longa Permanência para Idosos fica localizado no Bairro Sul do Rio, no munícipio de Santo Amaro da Imperatriz, Santa Catarina (Figura 5.1).

O Bairro Sul do Rio é um dos primeiros da cidade de Santo Amaro, fazendo divisa com o município de Palhoça, estando próximo a BR-282. As vias que se ligam ao terreno são duas, Rua São Sebastião, a principal via que se estende por todo o bairro, e a Servidão Bernardino Manoel Rachadel, via local posicionada na lateral do terreno (Figura

5.2). Figura 5.2 – Vistas do terreno. Fonte: Da autora, 2017.

As imagens a seguir mostram as vistas do terreno em estudo.

(30)

5.2.1 Das particularidades

As imagens do terreno apresentadas nas figuras 5.3 e 5.4 indicam que a região do local escolhido não possui desníveis significativos. Analisando o perfil do terreno no sentido Norte-Sul a área é totalmente plana, e no sentido Leste-Oeste há uma diferença de nível inferior a um metro em sua extensão.

5.3 MOBILIDADE URBANA

A mobilidade urbana é um desafio que as

cidades enfrentam atualmente. O automóvel antes visto como uma solução eficiente do século XX para percorrer certos deslocamentos em muitos casos se tornou um problema. Grande números de carro circulando faz do trânsito um espaço de conflitos. Figura 5.3 – Perfil do Terreno. Fonte: Google Earth.

Adaptado pela autora, 2017.

Figura 5.4 – Perfil do Terreno. Fonte: Google Earth. Adaptado pela autora, 2017.

(31)

Há muitas dúvidas quanto à mobilidade da região da Grande Florianópolis, especialmente quando se trata da implantação de equipamentos urbanos que possam vir a gerar tráfego . 5.3.1 Sistema Viário e Fluxos

Com base nos mapas (Figuras 5.5 e 5.6) será realizada uma análise das vias do local escolhido para a inserção do Centro de Cuidados e Longa Permanência para Idosos.

O bairro Sul do Rio, onde o terreno está localizado, situa-se ao sul do Rio Cubatão, próximo a BR-282, principal via de acesso à cidade de Santo Amaro da Imperatriz, e também a Rua São Sebastião, via que se estende por toda a região, estabelecendo ligações com os bairros vizinhos.

Por meio de estudos dos mapas de sistema viário e fluxos, verifica-se a existência de duas importantes vias, uma de caráter principal e outra de caráter local, no entono imediato do espaço previsto para o Centro de Cuidados e Longa Permanência. Destas vias a mais notável é a Rua São Sebastião, localizada em frente ao terreno, que possui acesso a BR-282, por meio da Rua Longino Turnes, e absorve o fluxo interno do bairro.

Figura 5.5 – Sistema Viário. Fonte: Google Maps. Adaptado pela autora, 2017.

(32)

Após análises dos trânsitos e fluxos verificou-se que o principal ponto de conflito na região encontra-se na ligação da Rua Longino Turnes com a BR-282, onde existe um fluxo muito intenso de automóveis que gera complicações no acesso ao local.

O bairro possui uma malha viária bem orgânica, que se molda em torno dos obstáculos naturais do espaço, como o Rio Cubatão e os morros, que apesar de atender com eficiência o movimento de veículos, não atende da mesma forma aos pedestres e ciclistas, pois não há ciclovias e em muitos locais nem passeios.

5.3.2 Transporte Coletivo

O acesso ao espaço do Centro para Idosos deve atender a população do

munícipio de Santo Amaro da Imperatriz e Região, desta forma, os fluxos foram estudados e serão indicados a seguir:

Figura 5.6 – Linhas de ônibus. Fonte: Google Maps. Adaptado pela autora, 2017.

• Linha 1

É a linha de ônibus principal do bairro, a única que passa em frente ao terreno, realizando o trajeto Santo Amaro

– Florianópolis/Florianópolis – Santo Amaro Via Bairro Sul do Rio. O percurso feito por esta linha parte do centro

(33)

da cidade de Santo Amaro, passando pelo interior do bairro em direção a capital e seu retorno. Possui horários durante todo o dia, indo das 05h:15min até as 19h:00min, atendendo a população de segunda a sábado.

5.3.3 Perfil e Qualidade das Vias

A seguir se identifica e analisa o perfil e o atual nível de conservação das vias do entorno imediato ao terreno.

5.3.4 Perfil das Vias

Na Figura 5.7 se mostra o local onde foram feitos os cortes para demonstração do perfil de cada uma das vias.

A Rua São Sebastião (Figura 5.8), via principal, possui sentido duplo e concentra o maior fluxo de veículos do bairro. No segmento em frente ao terreno a rua tem nove metros de largura, possibilitando a passagem de dois veículos. Nela concentram-se os pontos de ônibus, pois é a única via onde passam, sendo principal acesso ao terreno. Em alguns momentos não há

Figura 5.7 – Corte das vias. Fonte: Google Maps. Adaptado pela autora, 2017.

(34)

passeios públicos e quando há são estreitos, deixando o pedestre em segundo plano.

Muitas vezes é necessário que as pessoas caminhem pela faixa de rolamento dividindo o espaço com os veículos, o que traz insegurança para os transeuntes.

passeios durante toda sua extensão, fazendo com que o pedestre tenha que circular pela própria via, não possuindo ciclovias e tendo um fluxo mais reduzido.

A Servidão Bernardino Manoel Rachadel (Figura 5.9) é caracterizada como via local. Situada na lateral do terreno, a rua possui oito metros de largura, apresentando duas direções. Não há

Figura 5.8 – Corte da Rua São Sebastião. Fonte: Da autora, 2017.

Figura 5.9 – Corte da Serv. Bernardino. Fonte: Da autora, 2017.

5.3.5 Descrição das Vias

A Rua São Sebastião e a Servidão Bernardino Manoel Rachadel são caracterizadas segundo o Plano Diretor respectivamente como, principal e local. Destas, a via principal é pavimentada e

(35)

possui sinalizações horizontais, e a local, atualmente se apresenta como estrada de chão batido (Figura 5.10).

não possuem calçadas. São espaços de estrada de terra, onde o pedestre caminha na lateral da pista de veículos.

As calçadas estão presentes apenas na Rua São Sebastião, em frente as residências. As dimensões são variáveis, mas todas são estreitas possuindo no máximo um 1,50m de largura.

Nos passeios existentes não há acessibilidade, deixando de atender as exigências da NBR 9050; 2015. Não seguem nenhum padrão, além disso, não possuem rampas, nem piso tátil para orientação e ainda apresentam obstáculos no caminho, como postes e placas, dificultando o trânsito de pedestres e portadores de necessidades especiais.

Figura 5.10 – Vias do entorno. Fonte: Da autora, 2017. 5.3.6 Calçadas

Segundo a Figura 5.11, percebe-se que as vias que circundam a área da proposta, no entorno do terreno

(36)

Em março de 1818, Dom João VI estabelece a implantação de um hospital, sendo a primeira lei de criação de estância termal no país.

Anos mais tarde, em outubro de 1845, Santo amaro recebe a visita do casal imperial Dom Pedro II e Dona Teresa Cristina, que determina a construção de um prédio com banheiras e quartos para os visitantes que procuram alívio para suas dores. Desta forma, a localidade é renomeada e passa de Caldas do Cubatão para Caldas da Imperatriz, em sua homenagem.

A construção criada em Caldas, no ano de 1876, perde a denominação de hospital, transformando-se em espaço de hotel, passando a chamar seus frequentadores de hóspedes e não mais de doentes.

Em 1894, Santo Amaro que pertencia a paróquia de São José é desmembrada, Figura 5.11 – Calçadas do entorno. Fonte: Da autora, 2017.

5.4 HISTÓRICO

A colonização do município de Santo Amaro está

diretamente ligada a descoberta das águas termais, em 1813, por caçadores. A região que era habitada por nativos recebeu proteção policial para preservação da área.

(37)

passando, desta maneira a pertencer a Palhoça, sendo renomeada para Santo Amaro do Cubatão. Na figura 5.12, a seguir, vemos a evolução urbana do local

Figura 5.12 – Evolução Urbana de Santo Amaro da Imperatriz. Fonte: Santo Amaro Antiga (Facebook).

37 5.5 ASPECTOS CLIMÁTICOS

A cidade de Santo Amaro da Imperatriz possui condições climáticas ligadas diretamente ao clima subtropical do estado de Santa Catarina. De acordo com a definição de Köppen-Geiger (Figura 5.13) é classificado como Clima Temperado ou Clima Temperado Quente, apresentando estações bem definidas de Inverno e verão.

Figura 5.13 – Aspectos climáticos de Santo Amaro. Adaptado de Climate-Data.org, 2017.

(38)

38 O local apresenta precipitações distribuídas

durante todo o ano, contando com chuvas mais fortes durante os períodos mais quentes e mais brandas durante os períodos mais frios, que chegam acompanhadas do vento Sul, baixando as temperaturas.

Segundo o gráfico, a temperatura média varia entre 16 e 24 graus centígrados, apresentando temperaturas mais altas entre novembro e março, e as mais baixas entre junho e agosto.

Os ventos mais frequentes na cidade são Norte e Nordeste, mas também é bastante presente o vento Sul, que chega juntamente com queda nas temperaturas. Através das análises dos ventos e temperaturas é possível fazer uso de melhores estratégias que beneficiem a edificação, potencializando a luz em seu interior e aproveitando da melhor maneira os ventos para ventilação interna natural do edifício.

A área de estudo proposta recebe insolação durante todos os períodos do dia (Figura 5.14), uma vez que as edificações no entorno possuem baixo gabarito, evitando áreas de sombreamento no terreno.

Figura 5.14 – Aspectos climáticos do terreno. Fonte: Da autora, 2017.

(39)

5.6 EQUIPAMENTOS URBANOS

Os equipamentos urbanos mapeados no entorno do terreno (Figura 5.15) seguem a classificação da área, Zona de Ocupação 01, onde se predomina o uso residencial.

Os principais equipamentos que estão situados na região são escolas de ensino fundamental e médio, creche, igreja e posto de saúde.

Os equipamentos encontrados no entorno são de grande importância para o objeto deste estudo, uma vez que o Centro de Cuidados e Longa Permanência Para Idosos que será implantado no bairro oferecerá um serviço que a região não possui. O fato de escolas e creches estarem próximas ao terreno dá ainda mais vida para o espaço, que pode estabelecer atividades de entretenimento, que envolvam as crianças e os idosos estimulando o convívio entre pessoas de diferentes idades, elevando a autoestima deles.

39 Centro Educacional Infantil Recanto Feliz

50 0 200 400m

Legenda: Terreno Rio Cubatão

Equipamentos Urbanos

1

2 3

4

1

Capela São Sebastião

2

Posto de Saúde Nicolau Turnes

3

Escola E. B. Prof. Silveira de Mattos

4 Figu ra 5 .1 5 – M ap a d e Equ ip ame nt os U rb ano s. Fo nt e: D a au to ra. 2 0 1 7 .

(40)

5.7 USO DO SOLO

A principal característica do bairro é a predominância de construções residenciais, de poucos pavimentos (Figura 5.16).

Evidenciando a grande parcela de vazios urbanos e a falta de espaços de lazer.

Áreas especificamente comerciais são poucas: minimercados, salões de beleza, barbearias, lojas de roupa, padaria, denominados como comércios vicinais. As edificações categorizadas como mistas, dividem residência com comércio, e estão situadas principalmente as margens da Rua São Sebastião, principal do bairro, e da Rua Longino Turnes, via coletora que faz a ligação da Br-282 com a principal do bairro. No raio analisado não há a presença de comércio de grande porte, no entanto, a diversidade comercial existente consegue atender as necessidades da região.

50 0 200 400m

Legenda: Terreno Residencial

Rio Cubatão Institucional Misto (Residência + Comércio) Comércio e Serviços

(41)

41 5.8 GABARITO

Em uma análise geral da região, observa-se que o a legislação é respeitada no local. Pelo fato de ser uma ZO 01, onde a predominância são edificações de uso residencial, com um ou dois pavimentos, e a possibilidade de quatro nos limites das vias principais. O mapa ao lado mostra que as habitações com um e dois pavimentos se sobressaem sobre as outras (Figura 5.17). O Centro de Cuidados e Longa Permanência Para Idosos que será inserido na região têm a intensão de se integrar a paisagem urbana encontrada no bairro, seguindo a altura média das edificações do espaço, valorizando o verde presente, sem agredir o visual do cenário.

50 0 200 400m

Legenda: Terreno Rio Cubatão

1 Pavimento 2 Pavimentos 4 Pavimentos

(42)

5.9 CONDICIONANTES LEGAIS

A partir de 2012 o Plano Diretor de Santo Amaro da Imperatriz, zoneou o bairro Sul do Rio, local escolhido para implantação do centro de cuidados e longa permanência para idosos, como Zona de Ocupação 01 (ZO 01).

As Zonas de Ocupação 01, de acordo com o Art.73º, da Subseção II do Plano Diretor, caracterizam-se como áreas em consolidação com possibilidade para expansão, uso e ocupação imediata. Favorecidas pelas condicionantes naturais: malha viária presente, infraestrutura instituída, proximidade com a região central e a existência de terrenos e vazios no perímetro urbano.

Os objetivos para estas regiões, segundo o Art. 74º, ainda na Subseção II são: incentivar os usos mistos do solo; colaborar para a ocupação e adensamento dos vazios existentes, aumentar a oferta de equipamentos e serviços públicos, desenvolver o sistema de mobilidade para atendimento da ocupação prevista e introduzir áreas verdes e de interesse institucional.

Figura 5.18 – Zoneamento da área. Fonte: Plano Diretor de Santo Amaro da Imperatriz, 2012.

(43)

DOS AFASTAMENTOS

Segundo o Anexo VI do Plano Diretor de Santo Amaro da Imperatriz referente à Ocupação do Solo na Macrozona Urbana e nas Áreas Especiais de Interesse, a Rua São Sebastião (rua principal do bairro, que passa em frente ao terreno), está setorizada dentro da Zona de Ocupação 01, como o projeto é voltado para o uso residencial, deve obedecer ao afastamento frontal mínimo de 8,50 metros com passeio de 2,50 metros. Já a Servidão Bernardino Manoel Rachadel (classificada como rua local) que também contorna o terreno, deve

respeitar 6,50 metros de recuo com passeio de 2,50 metros, de acordo com o mesmo anexo do plano.

DAS VAGAS DE ESTACIONAMENTO

De acordo com o Anexo XIV do Plano Diretor de Santo Amaro da Imperatriz, o padrão de estacionamento é estabelecido de acordo com a atividade e usos propostos.

O Centro de Cuidados e Longa Permanência para Idosos está inserido nos usos residenciais, de internatos, orfanatos, asilos e similares, seguindo os padrões abaixo:

Tabela 5.19 – Adequação e usos. Fonte: Plano Diretor de Santo Amaro da Imperatriz, 2012. Adaptado (2017).

Tabela 5.20 – Vagas de Estacionamento. Fonte: Plano Diretor de Santo Amaro da Imperatriz, 2012. Adaptado

(2017).

(44)

6. PROPOSTA

A proposta arquitetônica para o Centro de

Cuidados e Longa Permanência Para Idosos será realizada levando em consideração às pesquisas teóricas feitas, os referenciais estudados, as análises elaboradas anteriormente e o partido geral produzido nesta etapa.

6.1 PARTIDO GERAL

A ideia principal para a elaboração do partido arquitetônico deste projeto é a criação de um espaço humanizado que priorize a relação com o entorno, a acessibilidade, a autonomia, a identidade, o conforto e a privacidade dos usuários, estabelecendo um novo conceito para este tipo de instituição. O objetivo do Centro é fazer com que os idosos sintam-se em uma extensão do sintam-seu próprio lar, mostrando a possibilidade da elaboração de projetos adequados e interessantes, que atendam um público não somente

de alta renda como também para que a população idosa em geral tenha acesso a um espaço que integre entretenimento, hospedagem e assistência de saúde, levando em consideração a qualidade de vida e o bem estar das pessoas que o frequentam e habitam.

Para que isto seja viável, foram seguidas algumas diretrizes projetuais que serão pontuadas a seguir.

6.2 DIRETRIZES DE PROJETO

A seguir serão indicadas as diretrizes projetuais

que conduzirão a elaboração da proposta do partido arquitetônico para o Centro de Cuidados e Longa Permanência Para Idosos.

1. Integração do projeto ao meio e valorização dos visuais

Considerando a beleza do entorno e a importância do espaço natural, a edificação foi projetada e

(45)

posicionada, buscando sempre a harmonia com as edificações vizinhas, a fim de obter bom aproveitamento da ventilação e iluminação natural, valorizando o visual local com criação de espaços de contemplação.

2. Setorização dos usos

A setorização do edifício foi definida a partir dos usos e da necessidade de integração interessante para cada um, desta forma, procurou-se dividir o espaço em cinco setores: setor de administração, setor de serviços, setor de atividades, setor de saúde e setor de hospedagem. Deste modo, procura-se o sossego e a privacidade dos hóspedes na região dos dormitórios, que possuem um acesso mais restrito, no mesmo momento em que as outras atividades desenvolvidas no espaço podem ocorrer normalmente.

A divisão do Centro Para Idosos em setores favorece o controle de acessos entre os ambientes do

edifício, restringindo ou ampliando a circulação de acordo com a necessidade de cada espaço.

3. Setorização dos acessos

Estabelecer uma divisão entre os acessos à edificação do Centro de Cuidados e Longa Permanência Para Idosos foi essencial na elaboração da proposta, com a intenção de organizar os fluxos de deslocamento dentro do terreno. Para tanto, foram criadas passagens no sentido Norte e no Oeste, direções que apresentam vias ao redor do terreno, onde pedestres e veículos dividem a extremidade do terreno.

O acesso principal tanto para veículos, quanto para pedestres fica direcionado para a Rua São Sebastião, principal do bairro, que possui o maior fluxo de veículos e é onde ocorre à passagem de ônibus, o que facilita a chegada ao local. Já o acesso de veículos para o setor de serviços fica direcionado para a Servidão Bernardino Manoel Rachadel, por

(46)

estar posicionado a Oeste do terreno e ser uma rua com menos movimento, onde se encontram os ambientes destinados aos serviços do Centro.

4. Posicionamento da implantação

Optou-se por posicionar a edificação no sentido Norte-Sul dentro do espaço, aproveitando-se da própria direção da testada principal do terreno. A disposição dos setores evitou que a área dos dormitórios ficasse voltada para a direção Sul e foi trabalhada de forma que a fachada principal receba o sol da manhã, priorizando a orientação.

Procurou-se através do direcionamento da implantação adotar estratégias bioclimáticas, que favoreçam o conforto término no interior do edifício. A vegetação presente ao Sul do terreno foi mantida e acrescida de algumas outras espécies, a fim de barrar a entrada do vento Sul. Enquanto a entrada do vento Nordeste foi garantida, possibilitando a ventilação cruzada nos ambientes da edificação.

5. Estratégias bioclimáticas

A fim de garantir melhoras nas condições térmicas e lumínicas dos ambientes, e redução no consumo de energia do local, foram adotados artifícios para otimização do conforto dentro do edifício.

• Distribuição dos ambientes

Cada local será distribuído segundo as necessidades de ventilação, iluminação e privacidade diagnosticadas nas análises. O layout das plantas deve dispor os ambientes conforme a necessidade de interação entre si.

• Pergolados com vegetação

Posicionado em parte frontal da fachada Oeste da edificação, o pergolado funciona como proteção da incidência de luz direta durante a tarde e ainda serve como um elemento de fachada harmônico, no espaço onde está inserido.

(47)

47 • Cobogós

Utilizado nas fachadas Norte e Oeste da edificação, o cobogó funcionará como barreira para a incidência de sol direto, possibilitando a entrada de iluminação difusa na área interna. Além disso, promovem a privacidade dos ambientes localizados na fachada principal.

• Uso de placas fotovoltaicas

No telhado presente no setor de hospedagem do Centro foram posicionadas, voltadas para o sentido Norte, placas fotovoltaicas com a intenção de assegurar aquecimento da água, economizando energia no Centro. Estipulou-se a instalação de 44 placas, que devem suprir a necessidade dos 39 idosos que residirão no local e demais funcionários e atividades realizadas.

6.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES

O programa de necessidades do Centro de Cuidados e Longa Permanência Para Idosos foi definido com a finalidade de auxiliar a elaboração do partido. Produzido segundo estudos sobre a temática, com o objetivo de alcançar um resultado, tendo o estudo de caso como um importante artifício para a composição deste.

Elaborado com a intenção de oferecer não somente um espaço de hospedagem, o Centro conta com espaços diversos de atividades e formas de entretenimento para ocupar o tempo livre dos idosos, inclusive aqueles que apresentem necessidades especiais, promovendo espaços de lazer e contemplação, que motivem os usuários a usá-los, tornando o local mais vivo.

Na sequência, segue a descrição dos usos que compõem o local, dispostos de acordo com a necessidade e característica de cada setor.

(48)

SETOR DE ADMINISTRAÇÃO

Ambiente Quantidade Área Aproximada

Recepção 1 90m² Sala de Espera 1 22,5m² Administração 1 13,5m² Sala de Apoio 1 13,5m² Sala de Reunião 1 22,5m² Arquivo 1 4,5m² SETOR DE SAÚDE

Ambiente Quantidade Área Aproximada

Emergência 1 30m² Fisioterapia 1 25m² Enfermaria 1 25m² Posto de Enfermagem 1 23m² Farmácia 1 8m² SETOR DE HOSPEDAGEM

Ambiente Quantidade Área Aproximada

Suíte 1 (Um idoso) 15 14m² Suíte 2 (Dois idosos) 24 28m²

SETOR DE ATIVIDADES E CONVÍVIO

Ambiente Quantidade Área Aproximada

Sala de Atividades 2 40m² Sala de Computadores 1 24m² Sala de TV 1 64m² Sala de Convivência 1 128m² Sala de Leitura 1 24m² Sanitários 1 42m²

Tabela 6.1 – Programa de Necessidades – Setor de Administração. Fonte: Da autora. 2017.

Tabela 6.2 – Programa de Necessidades – Setor de Saúde. Fonte: Da autora. 2017.

Tabela 6.3 – Programa de Necessidades – Setor de Hospedagem. Fonte: Da autora. 2017.

Tabela 6.4 – Programa de Necessidades – Setor de Atividades e Convício. Fonte: Da autora. 2017.

(49)

SETOR DE SERVIÇOS

Ambiente Quantidade Área Aproximada

Cozinha 1 40m² Refeitório 1 50m² Despensas 2 9m² Rouparia 1 9m² Secadora 1 9m² Lavanderia 1 9m² Vestiário 1 24m² Sala de Descanso 1 29m² Sanitários 1 24m²

A maior parte da edificação foi proposta no nível do térreo, e apenas a hospedagem em dois níveis.

Baseado no plano de necessidades listado nas tabelas 6.1, 6.2, 6.3, 6.4 e 6.5 foi possível elaborar o zoneamento da edificação, de acordo com usos, acessos e fluxos. Estes dois pavimentos

se conectam por meio de circulação vertical (escada/elevador), seguindo os preceitos de acessibilidade.

A edificação possui 27 dormitórios, que podem hospedar um total de 39 idosos. Os aposentos, que acomodam de um a dois idosos, possuem banheiro próprio e são todos adaptados conforme a NBR 9050.

Com a intenção de introduzir um espaço agradável que proporcione contato com a natureza e atividades ao ar livre para os idosos, foi criada uma generosa área verde de lazer, que possui espaço de deck com mesas de jogos, academia ao ar livre e horta.

49 Tabela 6.5 – Programa de Necessidades – Setor de Serviços.

(50)

50 6.4 IMPLANTAÇÃO

A implantação foi determinada a partir da análise do terreno, considerando o plano de necessidades e a legislação em vigor. O volume do edifício foi consequência da busca para obter o melhor proveito da ventilação, iluminação e visual natural do espaço (Figura 6.6).

1. Acesso principal de veículos ao Centro. O acesso principal ao Centro de

Cuidados acontece pela Rua São Sebastião, principal do bairro. Como está via possui o principal fluxo de automóveis na região e fica localizada em frente a testada principal do terreno facilita a chegada dos veículos ao local.

2. Acesso exclusivo de serviço.

Localizado na Servidão Bernardino

Figu ra 1 9 .1 – I mp lant aç ão e Zo neame nt o. Fo nt e: D a au to ra. 2017. 1 2 3 4 5 6 7 8 9

(51)

e horta). São locais de lazer e convivência na área

interna da instituição, que proporciona atividades e contato com a natureza.

8. Área verde externa.

Apresenta mobiliários de estar e área vegetada que proporciona sombreamento em frente à edificação e de uso público.

9. Vegetação utilizada como proteção para o vento Sul. Existente e a ser acrescentada.

6.5 PLANTAS ESQUEMÁTICAS

A seguir serão apresentadas as plantas dos pavimentos que compõem o Centro de Cuidados e Longa Permanência Para Idosos, elaboradas após análises da orientação solar, dos fluxos, dos usos e das estratégias bioclimáticas, com o propósito de assegurar conforto nos ambientes de todo o edifício.

Manoel Rachadel está próximo à área de cozinha para recebimento dos produtos.

3. Acesso de ambulância. O acesso de ambulâncias

é realizado pelo estacionamento frontal do espaço. Fixado em frente a sala de emergência, facilita a movimentação para encaminhamento dos idosos em caso de agravamento da saúde.

4. Área de embarque e desembarque. Fica situada

em frente à área de recepção do Centro.

5. Acesso de pedestres. Realizado pelo único

acesso social, fica próximo a Rua São Sebastião, onde ficam localizados os pontos de ônibus e a área de embarque e desembarque.

6. Entrada e saída do estacionamento do Centro de Cuidados. Sobre a Rua São Sebastião.

7. Área verde de lazer de uso dos hóspedes e visitantes do Centro. (Deck , academia ao ar livre

(52)

Estacionamento Sala de Fisioterapia Sala de Enfermagem Sala de Emergência Posto de Enfermagem + Farmácia Despensas Lavadoras, Secadoras e Rouparia Cozinha Refeitório Sanitários Vestiários dos Funcionários Sala de Descanso Dormitório – 1 Idoso Dormitório – 2 Idosos Sala de Leitura Circulação Vertical Salas de Atividades Sanitários Sala de Computadores

6.5.1 Planta Pavimento Térreo

Sala de Reuniões Sala de Apoio

Administração

Almoxarifado

Horta

Deck Academia ao Ar Livre Figura 6.7 – Planta Pavimento Térreo. Fonte: Da autora. 2017.

(53)

O hall principal no pavimento térreo apresenta pé direito duplo, proporcionando amplitude ao espaço, melhorando a ventilação e destacando a edificação em relação à vizinhança.

Projetada para promover um ambiente funcional, com controle de acessos, integração entre os ambientes e com espaços mais humanizados. A entrada principal foi colocada na fachada frontal da instituição, facilmente identificada por estar demarcada por um pórtico e possuir um grande telhado, que tem a intenção de proporcionar a ideia de lar para os idosos, voltado para a Rua São Sebastião, indicando sua importância. Nesta entrada foi instituído um grande hall com recepção e sala de espera para recebimento das pessoas.

O setor de serviços administrativos do Centro está posicionado sobre a lateral do acesso principal do edifício, possuindo restrição de acesso, voltado para a fachada principal que possui orientação norte. Receberá iluminação natural durante todo o

53 dia, o que beneficia os ambientes de trabalho. Além disso, estes espaços ficam direcionados para a via principal e para a área verde externa, o que proporciona um visual movimentado e prazeroso. Como esta fachada fica voltada para área de circulação externa, serão utilizados elementos de cobogó tanto para proteção da incidência de luz direta quanto para garantir a privacidade dentro dos escritórios, limitando a visão da área externa em relação à interna.

O setor de atendimento a saúde comporta espaços como sala de fisioterapia, sala de emergência, sala de enfermagem, farmácia e posto de atendimento ficam posicionados próximos aos dormitórios dos idosos, servindo de apoio para os atendimentos e para qualquer possível eventualidade. Situados na fachada frontal da instituição, próximos à área de estacionamento onde ocorrerá o acesso das ambulâncias, facilita a movimentação dos pacientes. Como estes ambientes

(54)

se caracterizarem como espaços de permanência, estão posicionados no sentido Oeste e no sentido Sul. As salas de atividades, direcionadas para a fachada Oeste estão protegidas da incidência de luz direta, devido à presença do pergolado com vegetação na área externa, que protege o espaço e ainda cria um visual agradável. Já o espaço de convívio, a sala de TV, o espaço de leitura e a sala de computadores, apesar de estarem voltados para o sentido Sul recebem uma boa iluminação, pois estão localizados na área central da instituição, coberta por um telhado cujas laterais são vedadas com vidro, o que permite uma boa iluminação dos ambientes naquele espaço. Além disso, outra vantagem é a proximidade e o visual da área verde central.

As suítes locadas no pavimento térreo estão posicionadas na porção Leste da edificação. Distribuídas em dois corredores de acesso, parte delas direcionadas para Leste e outra parte direcionada a Oeste.

estão orientados para o sentido Norte e próximos a área externa, que possui movimento, também receberão elementos de cobogó, a fim de estabelecer privacidade visual no espaço e evitar a incidência de luz natural direta.

Os ambientes de serviço estão distribuídos em dois setores: o primeiro fica localizada na parte Oeste do edifício, e conta com espaços destinados ao serviço de alimentação (refeitório, cozinha e despensas) e lavanderia (lavadoras, secadoras e rouparia). O acesso a estes espaços é restrito, por isso este setor fica mais isolado em relação aos outros. Localizados na esquina do edifício também recebem em sua fachada elementos de cobogó, assegurando desta forma a privacidade necessária ao espaço. Já a segunda parte do setor está voltada ao uso dos funcionários (vestiários e área de descanso), locados no interior do edifício próximo aos quartos e ao setor de saúde. Os ambientes destinados ao convívio e atividades de lazer, por não

(55)

Os dormitórios atendem perfeitamente as normas técnicas da NBR 9050, garantindo a acessibilidade dos hóspedes, e acomodam de um a dois idosos, possibilitando desta maneira quartos para casais. Todas as suítes recebem uma boa iluminação natural durante o dia, sendo que as posicionadas a Leste possuem sacadas individuais que servem como espaço de contemplação e descanso, e aquelas posicionadas a Oeste, ficam voltadas para o visual da praça interna, a qual apresenta diferentes tipos de vegetações, estas que protegem os quartos da incidência de luz direta e proporcionam espaço sombreado.

Já a praça foi pensada para ser o elemento central do espaço, servindo de conexão entre os diferentes setores da instituição. Além de espaço de caminhada, contemplação e descanso, oferece atividades como academia ao ar livre, mesa de jogos e espaço de horta, onde os idosos podem trabalhar.

55 Além disso, como os idosos possuem muitas vezes limitações motoras e dificuldades de deslocamento, as circulações serão largas e possuirão corrimões por toda sua extensão, facilitando o percurso.

6.5.2 Planta Pavimento Superior

O acesso ao pavimento superior é realizado por circulação vertical (elevador e escada), localizado próximo aos dormitórios.

Este pavimento conta com as demais suítes do Centro de Cuidados, que seguem a mesma ideia dos dormitórios no pavimento térreo. Quartos distribuídos por corredores, onde parte deles ficam direcionados para o sentido Leste, apresentando espaços externos individuais, enquanto outros estão voltados para o Sentido Oeste, direcionados para o visual da área verde interna.

Além dos ambientes internos, este pavimento

(56)

conta com um terraço verde que ocupa a parte frontal do andar, estabelecendo uma área de estar e contemplação da paisagem para ser aproveitado pelos moradores.

Cobertura com telha de fibrocimento

Dormitório – 1 Idoso Cobertura com telha

cerâmica

Terraço Verde

Dormitório – 2 Idosos

Figura 6.8 – Planta Pavimento Superior. Fonte: Da autora. 2017. Posto de Enfermagem

(57)

57 6.5 3 Planta de Cobertura

Cobertura com telha de fibrocimento

Cobertura com telha cerâmica demarcando a entrada da instituição Caixa de água Cobertura com telha cerâmica demarcando o setor de hospedagem Caixa de água Espaço destinado para implantação das placas fotovoltaicas Terraço Verde

(58)

6.6 FACHADAS

Com base nas figuras 6.10, 6.11, 6.12 e 6.13 é possível perceber a relação entre os materiais e elementos utilizados para compor o exterior da edificação.

O edifício se caracteriza pela horizontalidade, visto que o local onde está inserido apresenta construções com um a dois pavimentos predominantemente.

A fachada fica mais dinâmica pela sobreposição de volumes e pela presença de telhados, que demarcam a área principal e o setor dos dormitórios, proporcionando um aspecto mais residencial ao Centro. O revestimento amadeirado e a composição verde que o pergolado externo proporciona, remetem a ideia de natureza;

A utilização dos elementos de cobogó em frente às janelas conferem ao volume traços delicados; e a utilização do vidro na área interna da um toque contemporâneo ao espaço, além de proporcionar a ampla integração interno-externo. Juntos, em um conjunto que caracteriza e confere destaque ao edifício.

Para o restante dos materiais que integram o conjunto foram estabelecidas cores claras para que criem uma harmonia e evidenciem os elementos de destaque.

(59)

Cobertura com

telha cerâmica Revestimento de

madeira Revestimento em vidro Pergolado com vegetação Revestimento de madeira Elementos de cobogó 59 Figura 6.10. Fachada Leste. Fonte: Da autora. 2017.

(60)

Figura 6.12 Fachada Norte. Fonte: Da autora. 2017. Revestimento de madeira Elementos de cobogó Cobertura com telha cerâmica Pórtico demarcando a entrada

Figura 6.13 Fachada Sul. Fonte: Da autora. 2017. Pergolado com

vegetações

Cobertura com

telha cerâmica Parede verde

Revestimento de madeira

(61)

6.7 CORTES ESQUEMÁTICOS

61 Figura 6.14 – Corte Esquemático AA’. Fonte: Da autora, 2017.

Referências

Documentos relacionados

Tendo em vista que muitos idosos dependem das Instituições de Longa Permanência para obterem cuidados com a saúde, entende-se que os cuidadores precisam de um conhecimento amplo

Em sua estrutura, este artigo traz a fundamentação teórica da pesquisa, a metodologia utilizada, o contexto das ILPI’s na cidade na qual o instrumento será aplicado – Juiz

A simple experimental arrangement consisting of a mechanical system of colliding balls and an electrical circuit containing a crystal oscillator and an electronic counter is used

Como hipótese, assumiremos que o desenvolvimento de um modelo matemático diferente do tradicional poderia, por permitir a criação de personagens com comportamentos adaptáveis a

a) Realizar entrevistas com duas empresas importadoras, sendo uma de equipamentos médico-hospitalares, para identificação de requisitos para desenvolvimento de um protótipo de

Após a fundamentação teórica, baseada nas conferências anuais sobre o clima, em artigos científicos e acadêmicos, na legislação e decisões governamentais sobre

Para tanto se fez uso de um fogão com placa de alumínio (Al) e outro de zinco (Zn), de tal modo identificando, a partir de observações, qual se apresenta mais eficiente no

Assim como em todo o país, o cenário é de procura crescente por ILPIs, número reduzido de vagas, pequena quantidade de instituições gratuitas que excluem ainda