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IDENTIFICAÇÃO DA DIVERSIDADE DE ESPÉCIES E ÍNDICES ARBÓRIOS NO PATIO ESCOLAR DE TRÊS INSTITUIÇÕES DE ENSINO DA CIDADE DE SÃO VALÉRIO-TO.

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IDENTIFICAÇÃO DA DIVERSIDADE DE ESPÉCIES E ÍNDICES ARBÓRIOS

NO PATIO ESCOLAR DE TRÊS INSTITUIÇÕES DE ENSINO DA CIDADE DE

SÃO VALÉRIO-TO.

Marcos Paulo de Almeida Alves¹; André Ferreira dos Santos²

¹Aluno do Curso de Engenharia Florestal; Campus de Gurupi; mharcusalmeida@gmail.com; PIVIC/UFT. ²Orientador do Curso de Engenharia Florestal; Campus de Gurupi; andrefs@uft.edu.br.

RESUMO

A arborização é essencial para o desenvolvimento social de uma cidade, pois possuem características que controlam os efeitos antrópicos da urbanização, além de cooperar tanto nos aspectos ecológicos como estéticos. Este trabalho teve por objetivo identificar, catalogar, a vegetação presente no pátio escolar nas escolas do município de São Valeiro de Natividade e calcular o Índice de Densidade Arbóreo (IDA), Índice de Sombreamento Arbóreo (ISA) e Índice de Áreas Verdes (IAVE). Realizou-se um inventário onde foram identificadas e somadas as espécies presentes em cada unidade escolar, foram medidos os diâmetros longitudinais e transversais para calcular os índices. Nas Escolas estudas as espécies que apresentaram maior frequência foram Terminalia catappa L. (Castanheira) com 10,2% na Escola 1, Malpighia emarginata DC. (Acerola) com 34,8% na Escola 2 e Malpighia emarginata DC. (Acerola) 50% na Escola 3. Dentre os índices calculados a que apresentou melhores índices ISA e IAVE foi a Escola 1 com 17,97% e 3,84 respectivamente. Já o IDA foi a Escola 0,47 individuo/100m². As escolas em relação aos parâmetros de diversidades e índices arbóreos não apresentam características desejáveis.

Palavra-chave: Árvore; Inventário; Escola; INTRODUÇÃO

A arborização é um dos elementos primordiais para a melhoria na qualidade de vida, tanto para grandes e pequenas cidades. Possuem características que podem controlar os efeitos adversos do ambiente, além de contribuir tanto nos aspectos ecológicos como estéticos. Além do elemento diversidade, mais aspectos são capazes de ser considerados para avaliar a arborização de um local. Através da avaliação de algumas pesquisas (LIMA NETO E SOUZA, 2009), dois índices arbóreos

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são propostos: Índice de Sombreamento Arbóreo (ISA) e Índice de Densidade Arbórea (IDA). O antecedente se refere à percentagem da área sombreada em correlação à área absoluto do lugar estudado, apreciado o partir da providência da projeção das copas de encontro o solo. O segundo, estima a intensidade de preenchimento das árvores em certo local e se traduz no maior ou menor porção de seres arbóreos no mesmo.

Com o intuito de produzir um ambiente agradável a instituição de ensino utilizam normalmente espécies exóticas. Cadorim et al.(2011) recomenda que as árvores dos ambientes escolares sejam nativas dos biomas brasileiros para que haja um conhecimento da biodiversidade local. A presença de espécies nativas colabora para uma maior visão do ambiente natural onde o indivíduo se encontra, mas nem sempre a vegetação do bioma local apresenta características que proporcionam condições de conforto ambiental mais adequada.

Este trabalho teve como objetivo, identificar e analisar os processos de arborização no pátio de três escolas da área urbana da cidade de São Valério/TO.

MATERIAL E MÉTODOS

A área de estudo encontra-se na cidade de São Valério que está localizado ao norte do paralelo 12, na região centro-sul do Estado, localizado a uma latitude 11º58’30” sul e a uma longitude 48º14’01” oeste, estando a uma altitude de 360 metros (SEPLAN, 2012).

A pesquisa foi realizada em três escolas públicas da área urbana do município de São Valério, duas Estaduais: José Lopes Chaves e Regina Siqueira Campos e uma Municipal sendo: Getúlio Vargas. Realizou-se um inventário onde foram identificadas e somadas as espécies presentes em cada unidade escolar. Para tal fim, os seguintes dados foram levantados conforme metodologia proposta por Oliveira et al. (2011): localização das espécies, nomes comuns e científicos, famílias, origem e diâmetros das copas. Com relação à origem e classificação as mesmas foram identificadas em exóticas e nativas; espécies arbóreas e plantas ornamentais. Os dados de diâmetros foram mensurados através de uma fita métrica, foram medidos longitudinalmente e transversalmente, para serem calculados posteriormente pela formula da elipse (Diâmetro maior x Diâmetro menor x PI/ 4). Após a contabilização dos indivíduos foi calculada a freqüência relativa de cada espécie pela

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Após a coleta dos dados foram calculados os índices fundamentados na metodologia proposta por Lima Neto e Souza (2009) e Simões et al. (2001), empregando os seguintes parâmetros: O Índice de Densidade Arbóreo (IDA) consiste no número de árvores existentes em cada 100m². Este cálculo mostra se a área estudada apresenta uma carência ou copiosidade de vegetação arbórea. É determinado pela seguinte equação:

Índice de Sombreamento Arbóreo (ISA) concerne ao percentual de área sombreada em relação à área total. Por meio dele consegue-se o potencial de sombra resultante da soma das áreas de projeção das copas. Esse índice é definido pela seguinte expressão:

Baseado no Índice de Áreas Verdes (IAVE) este trabalho propõem-se um ajuste do mesmo ao universo escolar, trocando a variável habitante pela média dos alunos matriculados. Assim, o Índice de Área Verde Escolar (IAVE) pode ser definido da seguinte forma:

RESULTADO E DISCUSSÃO

Os indivíduos foram classificados quanto ao nome científico, nome popular, família, freqüência absoluta (Fi), Freqüência relativa (F%), Classificação (Espécie Arbórea ou Planta Ornamental) e Origem (Nativa ou Exótica). Na Escola 1 (Escola Estadual José Lopes Chaves) foram encontrados 49 indivíduos, dentre eles 10 são espécies arbóreas e 39 são plantas ornamentais. Entre os indivíduos considerados arbóreos a espécie mais representativa foi a Terminalia catappa L. (Castanheira) com 10,2% da freqüência total dos indivíduos e entre as plantas ornamentais a que mais se destacou foi a Ixora coccinea L. var. compacta Hort. (Íxora-compacta) com 24,5% da freqüência total dos indivíduos.

Na escola 2 (Colégio Estadual Regina Siqueira Campos) foram identificados 23 indivíduos onde 11 são espécies arbóreas e 12 são plantas ornamentais. Dentre as espécies arbóreas a mais relevante foi Malpighia emarginata DC. (Acerola) com 34,8% da frequência total dos indivíduos e das espécies

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ornamentais o que sobressaiu foi o Duranta repens L. var. aurea Hort. (Pingo de ouro) com 34,8% da freqüência total dos indivíduos.

Na Escola 3 (Escola Municipal Getúlio Vargas) foram detectados 4 indivíduos sendo dois arbóreos e dois ornamentais. Os indivíduos encontrados foram o Cocos nucifera L (Coqueiro) uma espécie ornamental e Malpighia emarginata DC. (Acerola) uma espécie arbórea. Correspondendo a 50% cada espécie

Em Relação à Origem das espécies das três escolas estudadas foi possível perceber que todos os indivíduos identificados são exóticos. Uma explicação para está situação, é devido à falta de mudas de espécies nativas, ou pelo fato das espécies exóticas ter um potencial de crescimento rápido e apresentar uma copa frondosa. O correto seria que a arborização das escolas fosse com árvores nativas do cerrado, para que além de serem usadas para embelezar e sombrear os pátios, seriam utilizadas para que os alunos tomassem conhecimento sobre a flora existente na região. Com relação à Arborização Escolar foram aferidas as medidas de diâmetros longitudinais e transversais dos indivíduos arbóreos de cada escola para calcular os índices de sombreamento arbóreo e área verde.

Analisando os índices das Escolas, na Escola 1 com área total de 2862 m² e com o total de 134 alunos os valores de ISA foram de 17,97%, os de IDA forma de 0,35 individuo/100m² e IAVE de 3,84 m²/aluno. Esses valores estão bem abaixo do recomendado por Simões et al. (2001) e Lima Neto e Souza (2009). Na Escola 2 com área total de 2760 m² e com total de 257 alunos, os resultados de ISA foram de 15,36%, os de IDA foram de 0,47 individuo/100m² e o IAVE foi de 1,65 m²/aluno. Esses valores foram inferiores aos recomendados por Simões et al. (2001) e Lima Neto e Souza (2009) onde o ISA deveria ser maior que 30% para áreas comerciais e abaixo de 50% para áreas residenciais, o IDA onde deveria ser 1 individuo por 100m² e o IAVE 1,65 m²/aluno que está bem abaixo do valor referenciado de 15m²/habitante. Na Escola 3 com área total de 5724 m² e com total de 411 alunos, os resultados de ISA forma 0,10%, os de IDA forma de 0,03 individuo/100m² e o IAVE com 0,01m²/aluno. Dentre as escolas estudadas a que apresentou piores resultados foi a Escola 3 devido à falta de vegetação do local (Tabela 1).

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Tabela 1- Índices arbóreos calculados nas três escolas.

Nos ambientes estudados os indivíduos arbóreos que apresentaram maior frequência foram Terminalia catappa L. (Castanheira) com 10,2% na Escola 1, Malpighia emarginata DC. (Acerola) com 34,8% na Escola 2 e Malpighia emarginata DC. (Acerola) 50% na Escola 3. A escola de maior frequência dos indivíduos identificados foi a Escola 1 com 49 indivíduos tanto ornamental como arbóreo. Todos os indivíduos classificados foram de origem Exótica, pelo fato de apresentarem um rápido crescimento e apresentarem copas bem frondosas. Dentre os índices calculados a que apresentou melhores índices ISA e IAVE foi a Escola 1 com 17,97% e 3,84 respectivamente. Já o IDA foi a Escola 0,47 individuo/100m². Os valores dos índices calculados não atingiram as recomendações indicadas por outros autores.

REFÊRENCIAS BIBLIOGRAFICAS

CADORIN, D. A., HASSE, I., SILVA, L. M., BETT, C. F. Características da flora arbórea de quatro escolas de Pato Branco-PR. REVSBAU, Piracicaba – SP, v.6, n.2, p.104-124, 2011. Acessado em < http://www.revsbau.esalq.usp.br/artigos_cientificos/artigo167-publicacao.pdf> Disponivel em 29 de setembro de 2016.

LIMA NETO, E. M. & SOUZA, R. M. Índices de densidade e sombreamento arbóreo em áreas verdes públicas de Aracaju, Sergipe. REVSBAU, Piracicaba – SP, v.4, n.4, p.47-62, 2009.

Acessado em < http://www.revsbau.esalq.usp.br/artigos_cientificos/artigo101.pdf> Disponivel em 29 de setembro de 2016.

OLIVEIRA, A. S. de SANTOS, F. M. de M., FRANCO, F. M., DURANTE, L. C., CALLEJAS, I. J. A., NOGUEIRA, M. C. de J. A. Estudo da cobertura vegetal arbórea em praças urbanas – Cuiabá/Brasil. In: XI Encontro Nacional de Conforto no Ambiente Construído, 2011, Búzios. Anais... Búzios, 2011.

Escola ISA (%) IDA (Individuo/100 m²) IAVE(m²/aluno)

1 17,97 0,35 3,84

2 15,36 0,47 1,65

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Secretaria do Planejamento e da Modernização da Gestão Pública- SEPLAN. GURUPI- - Governo do Estado do Tocantins. Acessado em

<http://www.seplan.to.gov.br/Arquivos/download/Municipios_Perfil_2013/Sao_Valerio_da_Nativi

dade.pdf>Disponível em: 09 de abril de 2015.

SIMÕES, L. O. C., MAROTTA, H., PIRES, B.B.M., UMBELINO, L. F., COSTA, A.J.S.T. Índices de Arborização em espaço urbano: um estudo de caso no bairro de Vila Isabel, Rio de Janeiro. In: IX Encontro Nacional de Arborização Urbana, 2001, Brasília. Anais ... Brasília, 2001. CD-Room.

AGRADECIMENTOS

O presente trabalho foi realizado com o apoio do PIVIC/UFT e do Grupo de Estudo em Arborização Urbana e Paisagismo – GEAP, do curso de Engenharia Florestal, Campus Gurupi, Tocantins.

Referências

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