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Reflorestamento com eucalipto como possibilidade de renda para a agricultura familiar no município de Cerro Grande, RS, Brasil

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - UNIJUÍ

GISSELE GANZA

REFLORESTAMENTO COM EUCALIPTO COMO POSSIBILIDADE DE RENDA PARA A AGRICULTURA FAMILIAR NO MUNICÍPIO DE CERRO

GRANDE, RS, BRASIL

Ijuí, RS 2010

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GISSELE GANZA

REFLORESTAMENTO COM EUCALIPTO COMO POSSIBILIDADE DE RENDA PARA A AGRICULTURA FAMILIAR NO MUNICÍPIO DE CERRO

GRANDE, RS, BRASIL

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Geografia, Licenciatura Plena, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, como requisito parcial à obtenção do título de Licenciada em Geografia.

Orientador: Prof. Sidnei Luís Bohn Gass

Ijuí, RS 2010

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AGRADECIMENTOS: A Deus que me privilegiou com o Dom da vida e a força necessária para superar as dificuldades que enfrentei nessa jornada.

Aos meus familiares que compreenderam a minha ausência,

compartilhando comigo as

dificuldades.

A direção, professores e funcionários da Unijui – Universidade Regional do Noroeste do Estado do

Rio Grande do Sul, pela

compreensão que tiveram comigo aos colegas, que apesar da pouca convivência, nos tornamos amigos, compartilhando juntos alegrias, conquistas, descobertas e tristezas.

A todos que me auxiliaram, o meu profundo agradecimento

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DEDICATÓRIA

Quero dedicar este trabalho primeiramente a Deus, por tudo o que ele me proporcionou, saúde, sabedoria, discernimento, força, compreensão e fortaleza.

A todos que me auxiliaram nessa trajetória, meus amigos minha família, especialmente meus pais: Adir Ganza e Odete A. Z. Ganza, meu irmão André J. Ganza e meu namorado Cristiano Bianchetto .

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 Mapa de localização do município de Cerro Grande no

Estado do Rio Grande do Sul 10

FIGURA 2 Foto aérea da cidade e parte do interior do município de

Cerro Grande 11

FIGURA 3 1º ano: eucalipto + arroz 25

FIGURA 4 2º ano: eucalipto + soja 26

FIGURA 5 3º ano: eucalipto + braquiária 26

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 Volume de produção entre pequena, média e grande

propriedade: 14

Tabela 02 Custo de implantação de um hectare de eucalipto 19 Tabela 03 Comparativo de rendimento do eucalipto e culturas

agrícolas por hectare/ano. 20

Tabela 04 Previsão de produção e renda econômico e financeiro de

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...07

2 CERRO GRANDE: CARACTERIZAÇÃO GEOGRAFICA...09

3 AGRICULTURA FAMILIAR E ANTIGO SISTEMA DE PRODUÇÃO..13

4 MONOCULTURA: CONCEITUALIZAÇÃO...17

4.1 A MONOCULTURA DO EUCALIPTO DENTRO DO MUNICIPIO...17

4.2 MITOS SOBRE CULTIVO DO EUCALIPTO...23

5 ANALISE DO IMPACTO DO NOVO SISTEMA...28

6 CONCLUSÃO...30

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1 INTRODUCAO

Por séculos uma árvore nativa típica duma vasta região localizada no hemisfério sul na porção centro-oriental do continente sul-americano foi alvo da ganância dos países colonizadores já nos primeiros anos do descobrimento. Faz-se memória a árvore brasileira chamada Brasil. A presença do Pau-brasil no bioma Brasileiro principalmente no período que compreende ao século XVI era grande. No entanto, a exploração predatória reduziu significativamente a presença dessa árvore. A madeira do pau-brasil aqueceu a economia portuguesa na Europa na fase colonial do Brasil.

Séculos mais tarde, outra árvore toma significativa importância na economia do país principalmente das regiões mais pobres do Brasil: o

Eucalyptus.

O presente trabalho está voltado para a viabilidade do cultivo do eucalipto como fonte de renda alternativa do município de Cerro Grande.

Composto geograficamente por pequenas comunidades, Cerro Grande por décadas teve sua economia voltada para o cultivo de grãos e para pecuária de corte e leiteira em pequena escala. Esse sistema de produção entrou em decadência em função da modernização do setor agrícola. O alto custo das modernas técnicas e os baixos preços dos produtos levaram uma parcela significativa de agricultores a não investirem mais nas suas propriedades. Muitos preferiram a área urbana.

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Como a produção de grãos não é mais suficiente por si só economicamente para manter as propriedades do município, surge a necessidade de criar uma nova alternativa para o homem do campo. Nesse contexto, surge o plantio do eucalipto como renda alternativa para a agricultura familiar. Frente à crise, inúmeras pequenas propriedades estão adotando esse tipo de cultura em áreas pouco favoráveis para a produção de grãos como fonte de renda alternativa, tendo em vista a demanda de mercado e as políticas de incentivo. No entanto, a cultura do eucalipto por si só traz de fato benefícios para a pequena propriedade em termos de renda e diversificação de culturas? Questão esta que ainda terá que ser explicada pelos pequenos produtores rurais na implantação dessa nova cultura.

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2 CERRO GRANDE: CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA

Distrito do município de Palmeira das Missões, em fevereiro de 1987 é emancipado o município de Cerro Grande. O novo município tem nos primeiros anos que se seguiram a emancipação uma população estimada de cinco mil habitantes, tendo um número de 3.278 eleitores, distribuídos numa área de 73 Km².

Segundo o IBGE, censo de 2010, atualmente o município possui 2417 habitantes sendo 2036 eleitores.

O município de Cerro Grande encontra-se localizado a 400 km da capital do Estado (Porto Alegre), está situado a 634 metros de altitude em relação ao nível do mar, tem sua posição geográfica pelo paralelo de 27,52° de latitude Sul e pelo meridiano de 53,26° de longitud e Oeste. Possui um clima temperado, oscilando em torno dos 16º C, por ser uma região costeira ao Rio da Várzea, e por tratar-se de uma região baixa, no verão atinge uma temperatura máxima em torno de 30º C.

Sabe-se, por informações dos primeiros moradores, que este local recebeu o nome de Cerro Grande porque alguns caçadores que por aqui passavam, encontrando uma fonte de água na encosta de um cerro, deram-lhe esta denominação. Por ser um local distante de centros maiores e de matas cerradas, tornou-se por muito tempo um esconderijo de desajustados políticos e criminosos.

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Demograficamente, na “virada desse século várias famílias de colonos italianos saíram da Serra Gaúcha em caravanas de carroças puxadas por bois rumo ao Alto Uruguai.” (CASSOL,CAMPAGNOLO. 2002, pg. 17). Dessa forma, as primeiras migrações para essa extensão de terra delinearam o perfil do primeiro grupo de colonos estabelecidos na região, definindo, por conseqüência, também assim o tipo de cultura que viria a ser cultivada.

Geograficamente, Cerro Grande está limitado pelos seguintes municípios: a leste faz divisa com os municípios de Liberato Salzano; ao sul, faz divisa com o município de Sagrada Família e Lageado do Bugre ; a oeste, faz divisa com os municípios de Jaboticaba; e ao norte, faz divisa com o município de Novo Tiradentes.

Figura 01. Mapa de localização do município de Cerro Grande no Estado do Rio Grande do Sul Fonte: Laboratório de Geoprocessamento e Análise Territorial, FIDENE.

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Figura 02: Foto aérea da cidade e parte do interior do município de Cerro Grande. Fonte: Prefeitura Municipal de Cerro Grande-RS: (pmcgadm@primeisp.com.br).

Cerro Grande é cercado por dois afluentes do Rio Uruguai de significativa importância: dum lado está o Rio da Várzea; doutro, está o Rio Jaboticaba, pequeno afluente limítrofe do atual município de Cerro Grande com o município vizinho de Jaboticaba. No seu interior existem outros afluentes de pequena dimensão tais como sangas e lajeados. No entanto, apesar desses recursos hídricos, o uso da técnica de irrigação não é viável em função do alto custo para a instalação e em função do baixo fluxo de água nas sangas que praticamente secam nas épocas de estiagem.

O solo do município

Caracteriza-se por solos do tipo litólico em 90% e latossolos (várzeas) em 10%. Sofre graves problemas de desgastes pelo uso intensivo ao longo de muitos anos, sem a adoção de medidas de proteção e recuperação da fertilidade. Aproximadamente 60% das áreas são usadas fora da sua capacidade de uso, devido à declividade existente; mas a pequena disponibilidade de área obriga o proprietário a isso por falta de opção de área melhor. Outros fatores limitantes são a pequena profundidade efetiva e a grande presença de pedras. A quase totalidade da área plantada é com milho e soja, e falta um planejamento de uso do solo, com rotação de culturas,

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plantio de espécies para cobertura de solo e adubação verde. (CASSOL, CAMPAGNOLO, 2002, 28).

Nessas circunstâncias, a cultura implantada nesse solo não possibilita o sustento das famílias camponesas do município. Os anos de extração dos recursos da terra sem recuperação e sem a observância da rotação das culturas levaram ao empobrecimento do solo que culminou no funilamento das possibilidades de cultivo das áreas rurais. Por consequência, tem-se o abandono das propriedades que acabam virando capoeira. Observa-se no decorrer da história o início do declínio do antigo sistema de produção baseado na agricultura familiar.(CASSOL, CAMPAGNOLO, 2002, 29).

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3 AGRICULTURA FAMILIAR E ANTIGO SISTEMA DE PRODUÇÃO

Nos moldes da Constituição Brasileira, temos os seguintes termos que definem e delineiam o âmbito da Agricultura Familiar:

A Instrução Normativa no 01/ 2009 do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) define em seu artigo primeiro 1o, Agricultor Familiar, como sendo um empreendedor familiar rural, aquele que pratica atividades no meio rural, atendendo simultaneamente aos seguintes requisitos:

a. Não detenha, a qualquer título, área maior que 4 (quatro) módulos fiscais (o modulo fiscal é uma unidade de medida, também expressa em hectare, fixada para cada município, instituída pela Lei no 6.746, de 10 de dezembro de 1979); b. Utilize predominantemente mão-de-obra da própria família nas

atividades econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento ou empreendimento;

c. Tenha uma renda familiar predominantemente originada de atividades econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento ou empreendimento;

d. Dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família. (EMBRAPA, 1986, pg. 17).

A agricultura familiar começa a se definir teórica e efetivamente a partir de 1990 em diante, constituindo muito mais que uma mera categoria social dentro das demais categorias analíticas da recente Sociologia Rural. Sua utilização dentro do território brasileiro, nos últimos anos de história do campesinato, ganhou notabilidade e abrangência ideológica, principalmente, na área política. Ademais, percebe-se uma motivação positiva dentro da classe campesina advinda da nova designação, uma vez que está fundada na relação positiva entre propriedade, trabalho e família, “para além da garantia da sobrevivência no presente, as relações no interior da família camponesa têm como referência o horizonte das gerações, isto é, um projeto”. (CARVALHO, 2005, pg. 29). Projeto que está cada vez mais distante de se concretizar. Esse enfraquecimento de categoria baseada na produção está ligada à redução do envio de subsídios para custeio da produção. Noutros países, aonde se

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observa um maior vigor da agricultura familiar, observa-se também um número bem maior de investimentos e subsídios para a conservação das pequenas unidades de produção. A lógica desse alto investimento está centrada nos dados de que é nas pequenas propriedades que se produz a grande maioria dos produtos que abastecem as demais classes da sociedade.

O conceito de agricultura familiar sempre existiu, embora com outras nomenclaturas e reduzida clareza em sua definição. Não há um conceito único no Brasil sobre agricultura familiar. O mais atual é o enunciado pela Lei 11.326/06. Essa Lei, considera agricultor familiar como aquele que pratica atividades rurais utilizando mão-de-obra da própria família. Possua renda familiar predominante rural e dirija sua propriedade com sua família.

Na tabela 01, está descrita a relação do volume de produção entre pequena, média e grande propriedade:

TABELA 01: Volume de produção entre pequena, média e grande propriedade:

PRODUTOS PEQUENA MÉDIA GRANDE

Algodão 55,1 29,9 15,0

Arroz (em casca) 38,9 42,7 18,4

Batata-inglesa (1a safra) 74,0 20,7 5,3 Batata-inglesa (2a safra) 76,7 20,9 2,4 Cana-de-açúcar 19,8 47,1 33,1 Feijão (1a, 2a e 3a safras) 78,5 16,9 4,6

Fumo em folha 99,5 0,5 Zero

Mandioca 91,5 7,3 0,8

Milho em grão 54,4 34,8 10,8

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Tomate 76,4 18,5 5,1

Trigo em grão 60,6 35,2 4,2

Fonte: Censo Agropecuário do IBGE – 1995/1996. Oliveira, A.U. (org.).

O Plano Nacional de Reforma Agrária aplicou a conceituação da Lei Agrária e dividiu todas as propriedades existentes entre pequenas (até 200 hectares, em média), médias (de 200 a 2.000 hectares) e grandes propriedades (acima de 2.000 hectares).

Observa-se no quadro descrito acima que as pequenas propriedades superam imensamente as médias e as grandes propriedades no volume de produção.

No entanto, no século XXI a realidade começa a mudar e o quadro toma proporções diferentes e preocupantes. E, dentro desse sistema está a comunidade do município de Cerro Grande.

Com a dita pós-modernidade, mudanças econômicas sociais e políticas modificaram parcelas significativas nos setores de produção. Dentre os inúmeros desafios apresentados à sociedade neste início de século, “está o de alimentar pessoas, porém não comprometendo o meio ambiente e da mesma forma, não degradando os recursos naturais necessários que visem garantir a sobrevivência e a qualidade de vida das futuras gerações”. (BONDAN, 2005, 68).

Para tanto, a agricultura familiar, para vencer os desafios já postos e estar preparada para os desafios que ainda virão, necessita estar rigorosamente organizada e estrategicamente estruturada, abrindo assim a possibilidade de novos cultivos economicamente mais satisfatórios. Fatores necessários “para que o modelo de agricultura familiar eleve as oportunidades sociais, a viabilidade e competitividade da economia local”. (BONDAN, 2005, 69)

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Para o município de Cerro Grande o desafio para a agricultura familiar consiste na inserção da monocultura do eucalipto como fonte de renda alternativa.

Desde a sua emancipação, o quadro produtivo do município se resume nos seguintes produtos:

MILHO: é a cultura de maior importância, plantada principalmente em consórcio. Estima-se que 30% é plantada solteira e o restante consorciada com soja. A tecnologia usada na grande maioria é baixa, o uso de semente certificada é reduzido e muitos produtores ainda cultivam sem uso de adubos. Estima-se que 10% plantam sementes de paiol. Também define-se esta cultura como suporte de propriedade, pois gera produção de outras atividades e alternativas na própria alimentação. Devido a baixa tecnologia utilizada, a média fica nos 35 sacos por hectare, com população de 30000/ 40000 plantas por hectare.

SOJA: esta cultura vem em segundo lugar, pois é plantada em consórcio com o milho e 40% solteira. Envolve a maioria dos produtores, também é cultivada com baixa tecnologia. Apenas as áreas mecanizadas, que representam 30% da cultura, recebem boa tecnologia no sistema de produção.

FEIJÃO: o feijão era cultivado em quase todas as propriedades, mas devido aos baixos investimentos, baixa produtividade, além dos baixos preços obtidos, na área plantada foi drasticamente reduzida e hoje a maioria dos agricultores não cultiva feijão.

FUMO: esta cultura desperta procura pelo fato de atender o anseio do mini e pequeno produtor, que recebe um pacote pronto, bom nível de tecnologia e investimento cobrindo o valor total da cultura, além do custeio também total. Porém, a grande exigência em qualidade e produtividade por parte das empresas, tem excluído alguns produtores da atividade.

SUÍNOS: a atividade passou por uma grande crise nos últimos anos e a nível de município já foi setor importante. Hoje apenas um produtor permanece com produção em escala comercial no sistema integrado com a Sadia. Os demais produzem para a subsistência e muitos nem isso.

LEITE: é o setor que tem demonstrado potencial para crescimento, apesar de ter sido considerada atividade marginal durante muito tempo. Vêm despertando interesse dos produtores por ser atividade capaz de gerar renda mensal capaz de fazer de fazer frente às despesas do produtor. Nos últimos anos o número de produtores passou de aproximadamente trinta (30), para cento e cinqüenta (150) produtores, embora haja 40% desses, produzindo até 10 litros/dia em média. (CASSOL, CAMPAGNOLO, 2002, pg. 26-27).

A situação descrita acima se modificou com o passar dos anos. A agricultura familiar enfraqueceu consideravelmente. As novas gerações nascidas nas áreas rurais do município não se identificam mais com o campo e com a vida campesina devido às inúmeras dificuldades e baixa renda no cultivo da lavoura, e assumem caráter urbano fortificando ainda mais o êxodo rural. No

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contexto familiar, segundo BONDAN (2005), “a modernização agrícola que resultou na inserção de uma parcela de agricultores no mercado, mesmo de forma subordinada ao capital agroindustrial, comercial e financeiro, também imputou a marginalização de um número muito grande de famílias de pequenos agricultores familiares”.

No entanto, novas técnicas e novas culturas surgem como alternativa para a agricultura familiar. A monocultura do eucalipto como fonte alternativa de renda, por exemplo, gerou e gera perspectiva nos pequenos agricultores.

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4 MONOCULTURA: CONCEITUALIZAÇÃO

Semanticamente, monocultura diz respeito à produção ou à cultura de apenas um único produto agrícola num determinado espaço de terra. No entanto, a abrangência do termo não se resume apenas no cultivo de um único produto, mas no consórcio de um ou mais produto dentro dum mesmo espaço de terra no intuito de elevar a renda anual dentro da prática da agricultura familiar. A proposta envolve uma cultura de renda em curto prazo e outra cultura de médio ou longo prazo. Em questão está como foco central, a monocultura do eucalipto consorciada com outra cultura.

4.1 A monocultura do eucalipto dentro do município

Dentre as variadas formas de alternativas para o meio agrícola e para o homem, uma que está se destacando é a plantação do eucalipto.

O eucalipto teve origem na Austrália e no continente da Oceânia. Com o passar dos anos essa planta começou a ganhar espaço noutros países se espalhando para outros continentes. Sua expansão está ligada a três fatores: facilidade para o cultivo; utilização de pouca mão de obra; e a alta rentabilidade lucrativa. No Brasil, o eucalipto chegou no ano de 1868 por intermédio do Sr. Frederico de Albuquerque no estado do Rio Grande do Sul. Depois se espalhou para o restante do Brasil em larga escala e em âmbito comercial.

O município de Cerro Grande, apesar de estar localizado dentro do estado pioneiro no cultivo do eucalipto, somente no século XXI despertou o

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interesse para essa forma de cultura em função da renda que ele pode gerar. O despertar para essa cultura é um fato histórico motivado pela dificuldade na produção de grãos e pelos baixos preços dos produtos agrícolas observado já desde o início do século. Nesse contexto, se infiltra a monocultura do eucalipto como elo que viabilize a permanência das famílias no meio rural em condições economicamente viáveis.

A plantação de eucalipto vai movimentar toda a ala agrícola impulsionando assim toda a economia do município. Ademais, segundo Marion (1996), um sistema de baixos custos que permite ao administrador um maior controle da unidade de produção, auxiliando o processo de planejamento rural, revelando ao administrador as atividades mais lucrativas e de menor custo, bem como as vantagens de substituição uma pelas outras.

Ademais, além da renda obtida com o cultivo do eucalipto, como já descrito acima, o produtor também pode facilitar sua vida no campo, pois essa cultura exige uma quantidade reduzida de trabalho, sendo que a maior demanda de mão-de-obra ocorre na implantação das mudas e nos primeiros anos quando o eucalipto está em fase de crescimento, que é necessário ser feita a poda das mudas para que a planta se transforme em uma árvore de boa qualidade e também no controle das pragas que aparecem nos primeiros anos, depois que a planta começa a se desenvolver não é mais necessário o emprego de mão-de-obra, pois a planta só depende das condições climáticas para seu desenvolvimento até atingir a idade ideal. Na colheita quando a madeira já está no tamanho ideal para o corte as madeireiras se encarregam do corte e do transporte.

Plantar eucalipto no município de Cerro Grande representa um investimento de médio a longo prazo que traz inúmeros benefícios econômicos, devido seu baixo custo de produção.

O eucalipto exige quantidade reduzida de mão-de-obra, sendo que a maior demanda ocorre no período da implantação ao terceiro ano, nos anos seguintes, apenas esporadicamente.Na colheita ou desbaste, que ocorre a

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partir do quarto ano, as madeireiras, encarregam-se do corte e transporte, ou seja, o agricultor não tem custo. Na tabela 02, apresentam-se os custos de implantação até o terceiro ano do cultivo de eucalipto na área de um hectare.

TABELA 02 - Custo de implantação de um hectare de eucalipto

1º ANO 2º ANO 3º ANO

Insumos Unidade Cust.Unit Quant. Cust. Total Quant.

Cust. Total Quant Cust. Total Mudas Mudas unidade R$ 0,37 1.751 R$ 647,87 0 0 0 0 Adubação Adubo kg R$ 1,50 200 R$300,00 0 0 0 0 Defencivos Formicida Kg R$ 13,00 2 R$ 26,00 2 R$ 26,00 0 0 Herbicida litro R$ 21,00 2 R$ 42,00 0 0 0 0 Óleo mineral litro R$ 5,00 0,83 R$ 4,15 0 0 0 0 SUBTOTAL R$ 722,35 R$ 26,00 0 0 Prep. Do solo p/ plantio Roçada dia/homem R$ 40,00 6 R$ 240,00 0 0 0 0 Contr.formiga dia/homem R$ 40,00 2 R$ 80,00 0 0 0 0 Dessecagem dia/homem R$ 40,00 2 R$ 80,00 0 0 0 0 Cova/plantio dia/homem R$ 40,00 9 R$ 360,00 0 0 0 0 Replantio dia/homem R$ 40,00 1 R$ 40,00 0 0 0 0 SUBTOTAL R$ 880,00 0 0 0 Tratos culturais Combate Formiga dia/homem R$ 40,00 4 R$ 160,00 3 R$ 120,00 0 0 Desecagem dia/homem R$ 40,00 2 R$ 80,00 0 0 0 0 Roçada dia/homem R$ 40,00 4 R$ 160,00 0 0 0 0 Desrama dia/homem R$ 40,00 0 0 0 0 4 R$160,0 SUBTOTAL R$ 400,00 R$ 120,00 R$160,0 Total Geral R$2.300,02 R$ 146,00 R$160,0 CUSTO TOTAL R$ 2.606,02 Fonte: Emater de Coronel Vivida – PR.

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A produção de eucalipto comparada com a produção das demais culturas agrícolas apresenta uma grande vantagem, pelo uso da mão-de-obra, conservação do solo, preservação dos corpos hídricos, preservação das matas nativas e principalmente pelo seu rendimento econômico

TABELA 03- Comparativo de rendimento do eucalipto e culturas agrícolas por hectare/ano.

Cultura Rendimento Milho R$ 3.000,00/ha Soja R$ 2.000,00/ha Trigo R$ 2.000,00/ha Feijão R$ 3.000,00/ha EUCALIPTO R$ 6.910,71/ha

Fonte: Embrapa, Colombo-PR,1986.

OBS: os rendimentos das culturas do Milho, Soja, Trigo e feijão são valores brutos multiplicados por duas safras que correspondem a um ano agrícola.

É uma poupança, “dinheiro guardado no tronco”. Um investimento sem muitos riscos, conforme se observa na tabela 04, com previsão de produção e renda econômico e financeiro de cultivo na área de um hectare de eucalipto.

TABELA 04: Previsão de produção e renda econômico e financeiro de cultivo na área de um hectare de eucalipto.

Operações Idade m³ / ha Preço / m³ R$ total/ ha

Desbastes Aos 4, 7, 10 anos

300,0 R$ 55,00 R$ 16.500,00

Corte Final 14 anos 600,0 R$ 120,00 R$ 72.000,00

Lenha (sobra do

corte final) 14 anos 150,0 R$ 55,00 R$ 8.250,00

TOTAL R$ 96.750,00

Fonte: Embrapa (Colombo-PR,1986).

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Podemos observar um rendimento anual de R$ 6.910,71 / hectare, durante 14 anos do ciclo da cultura, já descontados os custos de produção.

Variedades que se adaptam no município

O eucalipto possui cerca de 600 espécies diferentes aptadas a diversas condições de solo e clima. A maioria das espécies conhecidas são arvores típicas de florestas altas, atingindo alturas que variam de 30 a 50 metros de altura.

Em áreas com geadas leves, caso do município de Cerro Grande, recomenda-se o cultivo das seguintes variedades; camaldulensis e dunni, as quais são utilizadas para celulose, lenha, carvão, postes, moirões e madeira serrada.

O camaldulensis apresenta boas adaptações a solos pobres e prolongada estação seca, tolerância a inundações periódicas, moderada resistência a temperaturas elevadas e a geadas e muito boa regeneração através de brotações de cepas.

O dunni demonstra discreta resistência ao frio suportando temperaturas mínimas de ate -5º C.

Estudos realizados no ano de 2010 pelo IBGE elencam o impacto positivo causado pela monocultura do eucalipto. Observam-se os seguintes:

Geração de produtos florestais valiosos e renováveis, essenciais para a qualidade de vida do ser humano.

Redução da pressão sobre as matas nativas por parte do homem, que demanda madeira para seu consumo e suas necessidades. Aumento substancial das áreas de preservação ambiental no Brasil em relação a paises que adotam outros modelos de uso das terras. A cada 1,5 a 2,0 hectares de florestas plantadas este setor brasileiro preserva um hectare de mata nativa como área de preservação permanente ou de reserva legal.

Instalação e manutenção de reservas particulares do patrimônio natural por parte das empresas florestais.

Liberação de oxigênio ao ar, devido a ação fotossintetizadora, por florestas jovens e em crescimento. a cada tonelada de matéria orgânica que a floresta plantada forma , faz crescer e imobiliza por ano é liberada cerca de 1,1 tonelada de oxigênio para a atmosfera .

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toneladas de matéria seca por hectare por ano, durante sua fase de crescimento, ate atingir a maturidade. Com isso, pode-se verificar que é importante a ação das florestas plantadas na oxigenação da atmosfera.

Absorção e seqüestro de gás carbônico atmosférico, colaborando para a diminuição do aquecimento global ou efeito estufa. A cada ano, um hectare de floresta plantada de eucalipto consegue seqüestrar entre 8 e 13 toneladas de carbono da atmosfera brasileira . Isso equivale a cerca de 30 a 50 toneladas de gás carbônico seqüestrado e imobilizado como matéria orgânica por hectare e por ano.

Contribuição para a regulação dos fluxos e da qualidade dos recursos hídricos pela melhor distribuição das águas que caem como chuvas e redução da erosão e do arraste de sedimentos de solos aos cursos d’agua.

Atuação como quebra vento, minimizando as forças de deslocamento das massas de ar.

Atenuação e maior estabilidade dos microclimas locais.

Manutenção da cobertura do solo florestal com uma manta orgânica, o que diminui o risco de erosão e melhora a umidade e riqueza do solo pelo efeito de ciclagem de nutrientes.

Atenuação da erosão em áreas mais declivosas graças aos mosaicos e cuidados conservacionistas implantados.

“Atuação de áreas florestais como” corredores ecológicos” , permitindo abrigo e proteção da fauna .

Recuperação de áreas já intensamente degradadas pelo uso agrícola e ou zootécnica ou pela erosão, compactação do solo, perda da riqueza nutricional etc.

Garantia de maior estabilidade das áreas de reflorestamento, pelo ciclo mais longo das florestas, pelo aquecimento de sub-bosques, pelo abrigo da fauna, pela proteção da biodiversidade nas unidades de manejo em mosaicos diversificados etc.

Oferecimento de alternativa energética ecologicamente mais adequada por ser renovável, como no caso da biomassa energética (lenha e resíduos).

Oferecimento de renda e novas oportunidades aos produtores rurais. Aumento da arrecadação de impostos e da movimentação financeira nos municípios e nas regiões.

Geração de empregos nas comunidades. Cada 100 hectares de florestas plantadas pelas empresas lideres em reflorestamento são capazes de gerar de dois a cinco empregos diretos só nas atividades florestais. A quantidade de empregos indiretos gerados chega a ser 2,5 a 5 vezes maior que dos diretos, devido à intensificação da economia na região.

Difusão de novos conhecimentos, nova pratica agrícolas e novas tecnologias.

Implementação de programas de educação ambiental nas comunidades, proporcionando também por meio deles a integração das empresas com a comunidade.

Integração com entidades de ensino e pesquisas, com efeito direto na qualidade do ensino acadêmico e no desenvolvimento científico brasileiro. (CARVALHO, 2010, pg. 26).

Segundo dados da Embrapa (Colombo-PR,1986). As florestas plantadas no Brasil ocupam uma área de 4,8 milhões de hectares,sendo que, aproximadamente, 3 milhões plantados com o gênero eucalipto. A madeira proveniente dos reflorestamentos era, até alguns anos, exclusivamente voltada

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para a produção de matéria-prima para celulose, carvão vegetal, moirões e postes. Porém, com o crescente desenvolvimento e o aumento da demanda de mercado por produtos madeiráveis, as empresas do setor florestal estão buscando ampliar as possibilidades de utilização da madeira e diversificar a sua produção.

Um hectare de floresta plantada de eucalipto produz a mesma quantidade de madeira que 30 hectares de florestas tropicais nativas.

No Brasil, dos 300 milhões de metros cúbicos de madeira consumidos por ano, somente 100 milhões provêm de plantios florestais.

Só para atender a demanda da cadeia do frango seriam necessários mais 130.000 hectares de eucaliptos, fora a cadeia do suíno e do gado de leite que ainda não se tem estudo.

O eucalipto tem inúmeros fins, entre eles podemos destacar: energia, celulose, laminação, serraria, móveis, serragem, óleos essenciais, construção civil.

No entanto, essas vantagens descritas acima raramente são lembradas principalmente quando se coloca em questão os mitos que envolvem a planta.

4.2 Mitos sobre o cultivo do eucalipto

Dentro da história geral os mitos sempre tiveram um papel fundamental para a fundamentação prática de teorias tendenciosas. Semanticamente o mito, teorizado na Grécia antiga, não perdeu sua essência intrínseca: ofusca a verdade com lógicas cientificamente não condizentes com a realidade. O mesmo ocorre com a implantação e com plantação do eucalipto nas pequenas propriedades do município de Cerro Grande. No entanto, existem muitos dados que contradizem os mitos criados em torno da monocultura do eucalipto:

• O RS possui 3 milhões de hectares de soja: - Aplicação no mínimo de 4 litros/ha de herbicidas;

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- Inseticidas na média de 2 litros/ha;(Embrapa, (Colombo-PR,1986).

• A cultura do Arroz que possui aproximadamente 1 milhão de hectares no estado:

- mais de 80% estão em áreas de banhado, várzeas e beira de rios e lagos, ou seja, APP (Área de Preservação Permanente);

- Consome em quatro meses média de 12.960m³ de água/ha.; - Uma pessoa consome em média 200 litros de água/dia;

Assim, o arroz no RS consome água correspondente ao consumo de 648 milhões de pessoas. Ademais, libera um grande poluente para a atmosfera: gás metano. (Embrapa, (Colombo-PR,1986)).

• Milho possui mais de 1,4 milhões de ha.;

• Trigo possui mais de um milhão de hectares no estado;

• Somente essas quatro culturas, representam mais de 6,4 milhões de hectares, enquanto temos atualmente apenas 400 mil hectares de florestas plantadas, ou seja, 16 vezes menos que a área de culturas agrícolas; (Embrapa, (Colombo-PR,1986))

• Pecuária, o Rio Grande do Sul possui um rebanho de mais de 14 milhões de bovinos, utilizando quase metade da área cultivável do Estado. Introdução de espécies forrageiras ‘exóticas’, erosão e compactação do solo; (Embrapa, (Colombo-PR,1986).

• Mais de quatro milhões de suínos. Ainda sobre o consumo de água:

 A floresta amazônica consome por ano 1.500 mm de água/hectare;

 A floresta atlântica consome por ano 1.200 mm de água/hectare;

 A floresta de eucalipto consome por ano 900 mm de água/hectare. (Embrapa, (Colombo-PR,1986))

Segundo pesquisas Realizadas pela Embrapa, para a plantação de eucalipto solteiro os plantios devem ser executados com espaçamentos variando entre:

− 2 x 2 m = 2.500 mudas/hectare;

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− 2 x 3 m = 1.667 mudas/hectare, com 3 desbastes (4, 7, 10 anos) para chegar aos 14 anos com 300 arvores/hectare.

− Mas com um bom planejamento é possível ocupar a terra utilizada com a plantação de eucalipto para cultivar outras culturas no mesmo espaço.

Se os eucaliptos forem plantadas em renque (linhas simples, duplas ou mais) com o plantio em nível x leste/oeste e espaçamento entre renques: 14 a 35 m ou 10 a 50 m. é possível acrescentar a cada ano culturas diferentes, como mostram as figuras abaixo:

Figura 03:

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Figura 04:

2º ano: eucalipto + soja

Figura 05:

(29)

Figura 06:

4º ano:eucalipto + braquiária + animais

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5 ANÁLISE DO IMPACTO DO NOVO SISTEMA

Por séculos a preocupação financeira foi umas das maiores preocupações do homem enquanto ser social. Por isso, o capitalismo, desenvolvido por Carl Marx, tornou-se umas das ideologias mais importantes e duradouras desde o século XVII. O resultado se sintetiza no fato de que “as diversas épocas históricas e os diversos modos de produção se distingue entre si, fundamentalmente, pelo tipo de relações sociais que predomina em cada época.” (CARVALHO, 2005, pg. 80).

Vivemos a época da chamada pós-modernidade. Inúmeras necessidades dantes inexistentes criaram forças e passaram a perambular pelo meio social sob o título de consumismo, enfraquecendo o conceito do “trabalho de sobrevivência”. Dessa forma, camadas mais baixas da pirâmide social passaram a procurar novos meios para escapar da crise econômica e para gerar mais renda que amenizassem o impacto do sistema vigente.

A comunidade, principalmente a comunidade agrícola do município de Cerro Grande, dentro da agricultura familiar, está procurando novas técnicas de produção para superar os anos de prejuízos e de crise e para gerar renda extra.

A agricultura baseada somente na produção de grãos, caracterizada aqui como antigo sistema de produção, para as pequenas propriedades, tornou-se inviável. O alto custo das novas técnicas e o alto custo para o plantio (processo que compreende desde a semeadura até a colheita) fez com que o

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antigo sistema diminuísse consideravelmente a renda líquida anual dos pequenos produtores.

O cultivo do eucalipto surge como uma alternativa de renda extra que supriria essa lacuna criada pela modernização do sistema de produção.

No entanto, o município de Cerro Grande, representado essencialmente pelas pequenas propriedades, teria condições de financiar a prática de uma monocultura de médio e longo prazo como está? Como estará a perspectiva de mercado para os próximos anos para o produto extraído dessa região? E a receptividade do meio ambiente no cultivo dessa planta nas extensões territoriais de todo município, uma vez que, a divisão geográfica está alicerçada em pequenas propriedades?

Essas são preocupações que movimentam muitas críticas a cerca dessa prática. A ala agrícola, enfraquecida por praticas não rentáveis da cultura de grãos, não se sente segura para novos investimentos tanto na disponibilidade de espaço de produção, quanto no espaço econômico, principalmente acerca duma cultura ainda não explorada dentro do município de Cerro grande.

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CONCLUSÃO

Em suma, no aspecto social, a plantação de eucalipto nas pequenas propriedades trará uma renda extra para os agricultores dentro da agricultura familiar.

No aspecto ambiental, o plantio da planta contribui para o equilíbrio do ecossistema e na recuperação e consolidação das matas nativas, além da conservação do solo e dos corpos hídricos, pois a manutenção da cobertura do solo florestal com a manta orgânica diminui o risco de erosão e compactação do solo e assim melhora a umidade e as riquezas do solo pelo efeito de reciclagem de nutrientes.

No que tange ao mercado da madeira, melhorou substancialmente em função do aquecimento da economia internacional e nacional, levando o Brasil a ficar entre os países destaques na produtividade e no número de áreas plantadas. Cerro Grande, em pequena escala, faz parte dessa realidade na busca de vencer a crise, consolidando assim a importância do eucalipto para o mundo no século XXI.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

CASSOL, C.V.; CAMPAGNOLO, Gilda. Cerro Grande: uma abordagem histórico-cultural a partir da migração italiana. Frederico Westephalen: Ed. Da URI, 2002.

EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Florestas (Colombo, PR).

Zoneamento ecológico para plantios florestais no Estado do Paraná.

Curitiba, 1986.

EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Florestas (Colombo, PR).

Zoneamento ecológico para plantios florestais no Estado de Santa Catarina. Curitiba, 1988. 113p. (EMBRAPA-CNPF. Documentos, 21).

CARVALHO, Horácio Martins de. Campesinato no século XXI: possibilidades e condicionamentos do campesinato no Brasil. Rio de Janeiro: Vozes, 2005. BONDAN, Elaine. O papel da agricultura familiar num contexto geral. In: ZONTA, Elisandra Manfio; TREVISAN, Franscisco; HILLESBEIN, Luis Pedro.

Pedagogia da alternância. Frederico Westephalen. Ed.: Grafimax, 2005. Pg.

88.

MARION, T. Economias. Ed. Cultural. São Paulo, 1996.

ARCARI, J. Novas culturas. Ed. Sextante. Rio de Janeiro. 2010.

EMATER – Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural, projetos de reflorestamento, responsável técnico Paulo Walter Kohl, prefeitura Municipal, praça Três Poderes em Coronel Vivida – PR.

www.emater.tche.br www.IBGE.gov.br

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