EMPRESA BRASILEIRA DE PESOUISA AGROPECUÁRIA Vinculada ao Ministério da Agricultura
CENTRO DE TECNOLOGIA ALIMENTAR
BOLETIM Tl?Y2NICO
K..
12
Componentes Secundários em Uisqlres"lmportados
Lygia M . O. Mendes e Gilvan R. P. CavalcantiP á g 1
Cromatografia Sobre Papel Aplicada aos Corantes
Artificiais Tolerados em Bebidas
Maria Lydia S. Cabral e Gilvan R. P. Cavalcanti Pág. 5
Aplicaqáo do Método Rápido de Biureto para
Proteínas em Grãos
Maria da Piedade M . de Carvalho Pág. 15
RIO DE JANEIRO 1 9 7 7
BOLETINS
ANTERIORES DO
CTA
2 . BIBLIOGRAFIA SELECIONADA DA MANDIOCA. Aspectos tecnolbgicas e nutricianais, com
ênfasc
nas contribuições brasileiras.2 . CONTROLE DA ORIGEM E PUREZA DE GORDURA BOVINA COMERCIAL BFIASlLEIRA. VISANDO SUA POSSiVEL PARTICIPAÇÃO NO MERCADO INTERI.IACIONAL. Hcrta
Lasrlo, Dalva Alves Pereira e Marla Helena Luna de Mello Masse.
3. OBTENÇAO DO OLEO DE
C b C O
A PARTIR DA POLPA FRESCA. Armando 0. Selxas. Dionílio S. Limo. C B T ~ ? S G. de Alencastro e Ayresina T. B. Castro.4 . ESTUDO OUIMICO COMPARATIVO DAS VARIEDADES DE MILHO CULTIVADAS EM DIVERSAS REGIOES DO PAIS. Dalva D. Mendes.
5. PESQUISAS SOBRE MANDIOCA. Farinha de mandioca enriqueclda com tarlnha de
soja especial. AdiIson Nobrc e José Camões Otlando. Mandloca Var. amarela da Amazônia. Adilsori Nobre.
SeleçBo de varledades e clones de maiidioca visando um ntklhoramento protblco
.
Adilson Nobre, Emilla Constantino e Waldir de
O.
Nunes.Teor protdlco e mineral em raizes e folhas de variedades de mandioca. Antbnio de
A. Figueiredo e Manoel Maclel d~ Rêgu.
Aparslho para dosagem d~ ácido cianidrico cm mandioca e seus produtos. Jnsb Jbla.
A zona rnandioqueira e as indústrias de farinha de mandioca do Norte Fluminense. Adilson Nobre e Diriah Mocliel de Menezes.
6 . ENRIOUECIMENTD NUTRICIONAL DA FARINHA DE MANDIOCA C O M PROTEfNA DE SOJA. Equipe Tdcnica do CTA.
7. ESTUDO TECNOLOGICO DE VARIEDADES E LINHAGENS DE TRIGOS BRASILEIROS. Gunther Pape, Josb Carnóes Orlando. José Emiiio
Campos.
Marilza Lima Gulmar3esc TSnia Barreto SImfies Correla.
8 . DEFICIENCIAS MINERAIS EM PASTAGENS
00
RIO DE JANEIRO. Joacír da Silva Bar-bosa,
Vianda V. Santos, F s t ~ y H. Jablonka e Olga R. Barbosa.9. VIABILIDADE TÉCNICA-ECONOMICA DO E~~IQUECIMENTO PROTCICO DA FARINHA DE MANDIOCA. Adilson Nohra, José Camões Orlando e Miguei Tavares. REGIAO DE PRODUÇAO. CULTURA E INDUSTRIALIZAÇAO DA MANDIOCA NO ESTADO DO ESPIRITO SANTO. Adilson Nnbre e Dlnah Mochel de Mencrcs.
10. CONTRIBUICAO AO ESTUDO DE SOJA NO BRASIL. Equlpe TBcnica do CTA. 11. OBTENÇAO DE ESTEROIDES DO SISAL. Walter
0.
Morse
Nicolai Sharapin..
.
LYGIA M.
O.
MENDES ( 2 ) e GILVAN R. P. CAVALCANTI ( 8 )SINOPSE
O estudo dos componentes secundArlos em
ulsques
importados. tem por fnoltdade conhecer as características desses produtos. a flm de disciplinar a produçao nacional. Os resultados encontrados emanAIlses
efetuadas no Centro do Tecnologia Alimentar (sx-Instituto de Tecnologia de Bebldas). em amostras de partldas d0 uísques esco- ceses entradas pelo Portodo
RIO de Janeiro, no período de 1957 a 1967, demonstraram que cerca de 07% das amostras apresentaram grau alcablico real entre 42,O e 43,5 GL;s
soma dos componentes secunddrlos no intervalo de 2,0 a 3+4g710 no ãlcool a 100PGL
e
23% dos valores inferiores a 2,545s: na composlçáo da soma dos componentes secuii-
dárlos, os Blcools superlnres partlclpam com 61,7%, ésteres e Bcldos totals com 16 e. 15°i~. respectlvarnente, enquanto os ddeidos concorrem
com
7 % .Nos ultlmos qulnze anos a Importilncia do uisque na balanpa
comercial
d~ Brasll cresceu da maneira sensível. As Importações at6 então de vofume e valor negligenclBveis, passaram a cons- tituir um Bnus negativo para o erhrio públlco. Nas- ceu da! o Interesse Imediato de se ImpTantar no territdrio nacional um conjunto de organizações co. rnerclais que. importando a matéria prlmade
pafses tradicionalmente produtores fizessem aqui os cortes (blend] para lançament~ no mercado. A fase 6s.gulnte seria a da construção de maltarlas e desti- farias que. nos poucos, fossem libertando o
país
do
Bnus
das Importações. A caréncla de dados ana-Iltlcos sobre as caractetistlcas destes produtos, Q s r O U a necessidade de se pcsquisar nos uísques importados os
dados
imprescindíveis h elaboraç2o deum conjunto de
normas técnicas para este tlpo de destilado.MATERIAL E METODOS
O trabalho basela-se e m an8Ilses efetuadas no CTA [a-Instituto de Tecnologla da Bebidas) em
188 amostras de psrtldas de uísques escoceses.
entradas pelo Porta do Rlo de Janelro no período
de I957 a 1967.
Os métodos empregados nas diversas deter- rnlnaçiíes foram os adotados rif leialmente pelo ITB e podem ser assTm resumidos:
grau alcoiilico: destilação e posterior leitura cam afcodmetro Gay Lussac. a 15°C:
componentes secund8rjos (8lcoois superiores, ds- teres. aldeid~s, furfural e Acidosl: determinados
no
destilados
conduzido a 5[ISGL; BlcooIs superiores: m6todo c o i o r l m ~ t ~ l c o de Roc-ques:
a) fixaçáo dos aldeídos por aquecimento em banho-maria, durante 1 hora, com refluxo. em presença de fosfato de anilina; b) destilaçGo em refrigerante de Liebig, reco-
lhendo 3/4 do vofurne InTcial:
c1 reação
com
H,SO, concentrado, em banho de bleo, h temperatura de i20'C, durantef hora:
dl
comparaç5n da cor do ensaia com a obtlda usando. nas mesmas condfç6es, um solutc padrão de &lcoo[ Isobutilica, h concentra cão de 0,59916 no 6icool a 50'GL. Qsteres: saponlficaçáo pelo NaOH Fij10, por a q u eclmento em banho-maria durante 1 hora. com refluxo: adição de H,SO, N/fO e titulaçiío por diferença:
aldeídos: dosagem colorim8tríca com o reagente de Schiff (bissulfito de rosanilinal utili- zando como tipo uma solução de aldeído acdtlco, na concentração de 0,50g% no 5ilcool a 50"
GL;
11) Aprovado para gubllcac5o em i a - 9 - 7 4 , pela ComfsrsPo Tãcnlcn do n I v u l g a ~ 8 o do C e n t r o d e Ternologfa Allmeniar
-
CTA.( X 1 Peequlsudor e m Qulrnica do Ministerio da A g r l c u l t u r w .
( 3 ) P e s q u l i a d o r do Ci'A
-
E5IriMAPA - R . Jardlm BotBnlco. 1 0 2 4-
Rio d e J a n e i r o-
R J .furfural: dosagem cotorimétrica, utilizendo a rea,
I c30 com acetato de anlllna e um soIuto
tipo na concentração
de
0,igZ.de
fur- fura1 no Alcool a 50° GL;ficidos totais: tltulaçáo pelo NaOH N/ZO empre- gando 50 m l da amostra
s
fenolftalejna como Indicador: +soma dos componentes secund8rios: na detcrmina- ç j o da soma dos componentes secundárlos, foram considerados: iilcools supcriores. em g de dlcool isobutiilco por 1 .O00 mI do produto: ésteres, em
g,de acctato de etlla por 1.000rnl do produto; al- deidos, em g de afdeldo acétlco por 1 . M O rnl do produto; ãcidos totais, em g de ácido acético por 1.000 rnl do produto; todos avallados no álcool a
100'
GL.QUADRO 2
-
DistribuicSa dasoma
dns
compo-.-
nerites
secund8rios através dos anosSoma dos compo- Anos NCimero de amostras nentes sccund5rios
g L
Total 188 2,753
RESULTADOS
OistribuiçGo do grau
alcoólico
realD valor de "F', que t e s t a a diferença entre as amostras é 0,865. Como cstc valor B inferior ao valor tedrlco de 'F", 2,2 ao nível de slgnlflcAncla de
5%,
as diferenças entre as mbdias da soma dos componentes secindários nao são significativas, A representação dosdados
atravésde uma
sdmltlndo-se, portanto, que as amostras tenham adistribuição de freqüência {Ouadro 1) Indica que mesmo
dos
componentes ( ~ 31. ~ ~ d ~ ~5%
das
amostras aprcscntam grau alco6lico Infe-rlor a 42" GL, apenas 3% superlõr a 44 e 87% estão
entre 42,D e 43,5'GL. A media nas amostras anall- QUADRO 3
-
Anállse de varlança sadas é de42,W
GL, com desvio padráo de 0,6.O intervalo em que se concentram estes valorcs
B
Tipos de Graus deSoma
de hlbdla de limitado por 41,7 e 43,9" GL. Varlação Ilberdade quadrados quadrados,OUADRO i
-
DistrlliuiçBo do grauelcoóllco
realnas
amostras de uísqueGrau alcoblIco real Número de Percentagem
(G. L.) amostras
Total
Olstrlbuiçáo dos valores da sorna dos componentes
secunddrlos
Para estimar se as diferenças existentes entre os valores dos diversos anos, apresentados no
Ouadro 2, podem ser conslderadas significativas, utilizou-se o processo
estatistlco
de
andise de varlança.
Entre as amostras 5 33.120 0,744 Dentre as amostras 181 1.411,356 7,797
Total 186 1 .445.076
Nas amostras analisadas. 23'6 estão abaixo de
2 , 5 g b e 4% s l o superiores a 3.5gX0.
Na falxa de 2.5 a 3 , 5 g X 0 se encontram
no:*
,das amostras (Ouadro 4).QUADRO 4
-
DistrlbiilçBo dosvalores
das somas dos componentes secundarios nas amostras de uisqueSoma
dos
componentessecundhrios Número de Percentagem Ig% hicool 100" GL] amostras
1,750 - 1,999 2,000
-
2,2492,250
-
2.499 2,500-
2,749 2.750-
2.999 3,000-
3,249 3,250-
3,499 3.500-
3,749 3.750-
3.999 TotalConstruçjo da
faixa de
valores.-A %
Atrav4s da mddfaFe do desvio padráo:dos corri.
ponentes secundários, procurou-se determinar OS Intervalos .representativos. Os resultados são apre- sentados no Quadro 5 .
DUADRO 5 - Faixas dos valores dos componentes secundários "
Desvio Lirnltcs Componentes MBdia padrão [ g % ~ 91cool
WW'GLI
Inferior Superlor Alcoois superiores 1,697 0,346 1,018 2.378 Estcres 0.444 0.1 21 0,206 0,683 Acidos totais 0,422 0,063 0,300 0.545 Aldeldos 0.189 0.054 0.082 0.298
Em relação a esses Intervatas construidos. cinco por
cento
das amostras analisadas apresen- tam soma dos cnmponentes fora dos limltea.
Dentre os componentes. aldeldos B que apre- senta malor número de amostras fora do intervalo. ou seja, 4,8 por cento, e Acidas totals o c o m p nente com menor número de amostras fora
do
In- tervalo, apenas2,6
por cento.Determiniiçio da partlcipoçCo
percentual
dos di- versos componentes secundariosA
participação
dos mmponentes representada pcla percentagem de cada um deles em relsção h soma é apresentada no Quadro 6 .QUADRO 6
-
Participação percentual dos campanentes secund8rlos
Particl- Limltes Componentes pação (percentagem do total)
Inferior Superior Alcoois superiores 61 ,i 51 .O 72,3 Esteres 16,t 8.2 24,l Acldos totais 15,3 11 ,I 19,6 Aldeidos
63
3,7 10,1 Total 100,O-
-O componente blcoois superlores B o de matar partlctpaçan na soma, rnidia de 6I,7 por cem
to. podendo varlar de 51 a 72 por cento.
Os demais tem partidpação menor, mhxirno de 24 por cento (Bsteres) e minlmo de 3,7 por cento (aldeídos). Na Fig. 1 são apresentados os valores do componente álcoals superlores e da
soma dos componentes secund8rlos das 188 amos.
tras analisadas. onde
se
observa que apenas 16..
amostras (8.5 por cento) caem fora do Interiralo -fixado de 51 ,O e 72.3 por cento. 1.FIG. t
-
Diagrama ded i s p e r s k
entre os álcoois superiores o asoma
dos componentessecunddrios
..
d
/-.
-,
c o ~ c r u s b ~ s
87% das amostras analisadas aprcscntam grau alcoólico real entre 42 e 43,Y G t , Não foi verlflcada uma tendgncla para rcdupão. através dos anos (1957 a 1967), da soma doa componentes secund8rios. Cerca de 23 por cento apresentam soma dos com- ponentes inferlor a 2.500gXi: a soma dos compw nentes secundarios se encontra no intervalo de 2.056 a 3,45Og%a no Alcool a 100" GL.
Na composiç8o de soma dos cornponcntcs se cundSrloç, os AIcools ~uperlores
t e m
a maior pardticipação. 61.7 por ccnto
em
m6dia. podendo atingira 72,3 por cento; dsteres e dcldos totals partlci- pam, em médio,
na
soma com 18 o 15 por cento. respectivamente, enquanto aldeldos varlam entre 3,7 e 10 por cento.AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem ao Estatístico dos6 Luiz Gouveia Gonçalves a colaboraçáo prestada na an6- Hse ~statistlca das
dados.
e ao CNPq pela ajuda financeira proporcionada.ZIernstein. Karl M . e Gt'egury. Thomaa C. 1937.
Chemistry a n ã technology of w i r t ~ ~ an(1 1Iqiri)ru Zn. cd. h'ew York. D. Van Noitrand.
R n c q i i e n , X. Exux-De Vie. Paris. ~ i b r a i r l a Poly- teciiniquo (:li. T3Cr;~iiger.
Thorpe, Rdwiird. E n c l c l o p ~ d i a d e auimica Indus-
trlal. Barcelona Yditorinl
-
IdihoriUllmann. H r i t z . l i i 5 0 . Eiirilclii~iedla de rlutmics In-
dustrial. Duenon Aires. G. G l l i .
Villairechie, Victor. 1 9 8 3 . Tretndo d o qiilmica niin-
SECOKDARY
CObZPONENTS
OF
IMPORTED
WHISKIES
In order ta establlsh standards for
the
productlon of the natfonal whiskies. a studyof
the
secondary components of imported whiskles has been made.The analyses perforrned a t the Centro de Tecnologla Alimentar gave ln a t o u t 87%
of the samples, obtained from the Scotch
whiskies
which entered the part of Rio de Janeiro during the' p e r i d from 1957 til1 1967, the following results:Real
alcohoIic
degree-
42,0 to 43,s0 GL.S m n d a r y components total sum. expressed In 100" GL alcahol
-
2.0 to3&%,
Including reipectlvel y:Higher alcohals
-
61,7%Esthers
-
16.0%Total aclds
-
15,0% Aldehydes-
7.04523,0°10 of the samples had valucs of secondary components total sum inferlor to
the
23gX. index.CROMATOGRAFIA
SOBRE
PAPEL APLICADA
AOS
CORANmS
ARTIFICIAIS TOIXRADOS
EM
BEBIDAS
(I) MARIA LYDIA S. CABRAL ( 2 ) e GILVAN R. P. CAVALCANTI ( 3 )SINOPSE
A IeglslaçSo bmmatológlca brasileira tolera, apenas. o uso de
onze
corantesarti-
ficiais em algumas bebidas (Tabela de Aditivos para Alimentos, anexa ao Decreto n.O 55.871 de 26 de março de 1965,atuallzada
em 16/o9/1970 pela C. N. N. P.A.).
A pesqulsa de corantes áetdos derluados da hulha em bebldas h felta atravbs
dn
Metodo Oficial Brasileiro [Métododo
Arata). Portaria do Ministroda
Agricultura, n: 548 de 29 de outubro da 1941.A Identificação posterior dessas materlas corantes com os rndtodos químicos usuais trirna-se laboriosa, não s6 pela quantidade como pela dificuldade em separar o3 corantes em
mlstura.
Para superar este Inconveniente fol utlllzado o mdtodo cromatograflco as- cendente sobre papel. após isolamento doa corantes pelo M B t o d ~ de Arata.Os resultados demonstram que a conjugação desses dots mdtodos petmite [solar
e Identificar minlmas quantidades de mrantes.
Na cromatografla ascendente sobre papel, foi usada a hgua destilada como fase ndvel. com bons resultados.
INTRODUÇAO MATERIAL E METODOS
Diversos autores jA empregaram a cromafa-
a)
Método Oficial Brasileiro para pesqulsa das grafia ascendente sobre papel para pesqulsa de materiascorantes
Bcldas derivadas da hulha-
corantes artificiais, usando vhrlos tlpas de papel e Método de Arata.solventes [Block 1956, Carvalho 1962,
Feder
-1 964.Xavier t 9541. Sobre o sensibilidade dcsse método, E. 'Portal
e J. Bonastre, da Estação AgronBmTca e EnoMglea Forem repetidos alguns desses 8studos usando da Bordeaux, França (Ri bereau-Gayon & Pcynaud 0s papbls Whatrnan
nP
i, 3MM. Munktell nP 8 e 19581 fizeram ume s8rie de trabaltios que podem SS e os solventes butanol, 6cido aedtico, água s e r asslm resumldon:(0. A. A.
-
4: i: 51, fenol, Bgua, [F: A-
8 : i eZigue destilada. procurando os que melhor se
adap-
tassem
hs necessldades de nossos trabalhos.Observando a nitidez das manchas dos coran-
tes e considerando a toxldez de alguns solventes, julgou-se ser a cornblnaçáo do papel Whatman n." I com a Agua destilada a que apresentava maiores posstbilidadcs do aplica@^ em nossos taboratórlos. Foram efetuadas as determlnaçóes dos Rf, sobre soluçóes aquosas de corantes simples antes e ap6s a aplicaçáo do Metodo de Arata, soluções aquosas de misturas de corantes apbs a aplicação do MBtodo de Arata e finalmente sobre corantes simples adlclonados a
bebldas.
Observaram que o Mktado Oftclal Erasllelro não se restringe. como o MBtodo Frsnces, a uma única montagem sobre a lã, que deixa Juntamente
com o corante artificial uma forte proporção de pigmentos naturais, impedindo qualquer conclusão segura. Graças a uma s8rle de montagens e des- montagans. chega-se a recolher 8 a concentrar em pedapos de lã cada vez menores, unlcarnenta o corante artlflclal em estado purn.
Efetuaram verificaç6es. tomando por base so-
luçõcs aquosas de diversos taninos comerclals, uma série de vlnhos aut&ntlcos de vhrlas procedèncias. Fortemente coloridos, e esses vinhos cnrtquecidos com diversos taninos comerciais. Em todos os ca-
( 1 ) A p r o v a d o para vubllcacao ein 18-9-74. pela Cornlsslo Tecnica d e n l \ t i l g ~ ~ B o da
Centro d e T e c i i u l o ~ l a Alimentar
-
C T A .( 2 ) Pesquisador e m QuIriiir.n do MlniatPrlo d a Agricultura
-
Brilslqtn do C N P q-
I T C-
1 4 . 6 9 9 ) .( 3 ) Pesaulsador d o (:TA - R1IRRAPA
-
R. JardIm I3otAnic0, 1084-
Rto d e Janeirri-
R J . Dolslita d o CwFq-
I T C - 1 1 . 6 Q I ) .sos, obtiveram
pcdarps
de Iã perfeitamente brancos.Em
segulda,
adicionaram doses de Vermelho Bor-'dcaux B de ü,O2 a i mg pnr Iltra a saluçóes aquosas de taninos e ti vjnlios adiclonados ou não de ta- ninos. obtendo uma serie de lãs, com colorações
nitldes.
b] MBtodo crom;it&ráfico ascendente sobre &I: Em folhas de
papel
WhatmannP 1
[360 rnrn x 325rnmI foram marcados 16 pontos com intervalos de 20 mm entreeles
e distanciados 30 rnrn da borda inferlor do papel.Semeou-se, com pipeta mlcrom&trica, 1D mrna de solução aquosa de corantc a 0.5 g:I em cada ponto
(5
pg). As misturas de dois carantes foram feltas a partir de vo[umcs iguais das SOIUÇÕBS dos corantes simples e usados 2D mm3 em cada ponto, a fim de permancccr a mesma concentração InlclalFoi empregada. como fase móvel, a água des- tilada.
Fez-se
a saturaçáo durante uma hora e imer- são cerca de i 1/2 horas, at4 a frente da fase móvel atinglr 200 rnm, aproximadamente.Foi utilizada urna cãmara de vidro com capacl- dade para oitu follias. coIocada em sala com tem; peratura constante (20' C).
Foram determinados os valores dos R f de dez corantes artificlals de uso tolerado em algumes bebidas. constantes do Quadro 1.
Foram usadas soluções aquosas dos corantes slmples e noluç6es aquosas resultantes de flxa.
ç6cs
cni lá [Método de Arata]. visando estabelecer os vaIores dosnf
desses cnraiites antes e após aplicacãodo
citado MBtodo.C
oportuno observar que o corante Azul Indaw treno (C. 1.69.800),
comoera
previsto, nSo migrou devido a sue iniolubilidade e m água. Uma vez que este corante, que normalmente não é empregado crn bebidas. também B Insolúvel em vários outros Iíquldos (entre os quals o Alcool etílico), julgou-se que aquele fato não Invalidava a presente trabaIho. Aproxiniad~ o carante através do valor do Rf. as nisnchas foram cortadas, eluldas em hgua des. tilada e sobre a soluç5n resilltante, efetuadas rea ções para identifimçGo, do acordo com as especl- ficaçõcs contidas n D 'Colour Index" [Quadro 2 ) .No
caso das bebidas foram usados nove c*rantes em três bebidas diferentes
com
40 operações para cada beblda, totalizando t .O80 valores deR f .
RESULTADOS E CONCLUSÕES
Os resultados obtidos foram analisados esta- tistlcamente através de testa de hlpbtese de dife- rença de médias e determinação de limites mjximos de tolerãncia.
O teste de diferença
do
médias aplicado 5s soluções aquosas de cnrantas slmples antes e após a aptlcaçáo do métodode
Arata apresentou os re çultadoç do Quadro 3.As diferenças encontradas entre as mbdlas dos íif das corantes furam
consideradas
significativas, polç, como se pode observar, todos os valores obti- dos no teste foram bastante superiores a2
2
(valor ao nivel de signiftdncia de 54'0).
Uma vez que nas bebidas os corantes são isn- lados através
do
metodo de Arata. a existéncla des- sa diferença obriga a considerar, para os valores dos Rf, aqueles encontrados após a aplicaçãodo
Arata.
Quanto As misturas dos corantes, o teste de diferença entre as m8dias dos R f apresentou r+ sultado significativo para todas as misturas, com exceçuri
dti
Iridigotina com Bordeaux "S" e Indigo-tlna
com Vermelho Sblido [Quadro 4 ) .Tal
resultado
parece demonstrar que namls-
turadc
corantcs os R f sofrem influência doacom-
pan hanta.
Os resultados das R f dos
corantes,
adiclonados pelas autores a bebidas, são apresentados nDQuadro 5. Somente alguns corantes não tiveram os R f alterados conforme a bebida, como B o c a i o da Eritrosina que não
sofreu
alteraçãoem
presença das bebidas utilizadas [valor de teste inenor queI
.
2).Finalmente construiu-se o grifico de limltes de tolerância para os R f dos corantes simples ~ d i c l o - nados a bebldas. [Flg. i).
Diante dos resultados apresentados concIulu-se
C) Descriçio das amostras que:
É possível a utilização do método cromatogrB
- teste dos Rf antes
e
após usa' fico ascendente sobre papel, para identificação deglas
32 amostras de cada tipo de corante, atinglndO corantes artiflclala toler~doç em bebldas, apdç ocerca de 580 operações. isolamento dos mesmos pelo Método de Arata: Foram feitas 16 misturas dos corantes mais A conjugação desses dois metodos permite o utlllzados em bebidas
.
c41 Dois corantes entraram Içolamento 0 Identlfica,$o
da minlmas quantidades em très mleturas, tendo iodos os demais partlcf- de Garantes;pado cni apenas duas misturas. As operaç8es rea-
lizadas tatallzaram 512, proporcionando o dobro de
Os
R f dos corantes em mistura geralmente 60- valores de Rf por se tratatcrii de rnisturas..
I I'
frem influencia do acompanhante;
Flcou
evldenclado tambbm,
a
ififluéncla das bebidas utilizadas nos valores dos Rf dos corantes;A
cromatografia ascendcnto sobro papel,usan-
do Bgua destilada como fase rndvel, torna fácll e emn8mlco seu emprego.
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem ao
Estatlstlcr,
Jose
Lulz Gouveia Gonçalves pe!a colaboração prestada na snhlise estatlstlca dos dados, e ao CNPq pela ajuda financeira proporcionada.Block, R. J., Durruni. E. L. u ZweIg, G,. 1 9 5 6 . Faper C l i r u n i s L o g r : ~ ~ i h y . 3a. ed. h'ew York
-
hcridemlc Preas Publisherr
-
p. BT8-S.Carvalho, D.E.P.. 1 9 6 2 . Sobre a aDlIaaçEu da
crornatografia, da luz ultra v i o l e t a e da ea-
~ e c t r o f o t o m e t r i a a a r i h l l s e dori corantes da
: hul ha ~ e r m i t l d o s pela 1egialaC~o hromatolá- ~ i c a brasileira. Soietini da Unlversldndr do
t'arna8. 7 :I-19.
Colour Inãex
-
1965-
33, Eii.-
T h e Roclety o tDyera and Colourieta (Englanil)
-
Tlie Ame- rican A s ~ c i r i a l i i > r i i i I T u x t l I e Chemiatn andColar'laln (11S.t).
Feder, S. G., 1NB.i - Crornntii6rafln s m p ~ p e l d e corantea usados erii prndiitriv itlImuntlcloe.
a o l e t h d a r n l , ' r r e l d i d e d a i Puronh
.
21 :Z5-43.Rling, M. A. 1932
-
DIbtthrdea Actutllea d'Espcr-tlara. Parls
-
Dunod. p. 5 4 .IIlnlstErlu d i ~ A g r i c u l t u r a . 1 9 4 1
-
Portaria d o Bllaiatro da Agricultura, n.0 548 de 29/04/1911.Hlbsrsau-i:ayuri, J . o Poynaud, E. 1 9 5 8 . Arinlvrcm c t Contrhle dcn Viam. 12.a ed. Paris -, Li- bralrle Polytechotaue Ch. BPrnnger
-
P. 1 0 7 - 8 . Xavier, &r. EL K. S.-
1 B 5 4-
S c p a r n ~ S o o fdonti-i leag8ci iiiir i-riiriirii ogrtrf I a d e papel doa co- t u r i l c s d a h i r l h a usados e m aljmentoa acuca- rados. I i q n l r a i ùe i l r o m n t n l o ~ l a do Lmborr- t6rlo l3roiuiiituIb~lco do nlo de Janelrti.
3:65-74
PAPER
CITROMATOGRAPHY OF ARTIFICIAL
DYES
f h e detectlon of add coa1
tar
dyes in beverages 1s performed by the Officlal Brazilian Method (Arata's Method), Ordlnaneeof
the Ministry of Agriculture number 548. Aprll 29, 1941.The ulterlor
Identlficatlon
of
thls colouring rnatter by the usual ehemical methods is straining not only on account of the Ilttleexlsting
detectable material. but also because of the difficultyIn
separatlng the mixed dyes.The authors
decjded
then toassociate
tothe
Mficlal
Brarlllan
Method. the asccnding technique of paper chrornatography.
The resulta show that
this
assocfation alIow t~ isotate and identlfy mlnlmal quantlties of acid m a l tar dyes.The use of dlstllled
water
as
a solvent in the ascending paper chromatcgraphy has given good rosutts.OUADRO 1
-
Corantes
arfif!clals tolerados emalimentos
Nome Científico Colour lndex (1W6)
Amarelo ácldo ou Amarelo sblido
Sal diss6dico do
Scldo
1-
Amarelo Sai dissbdlco do 6cldn i
-
crepúsculo - 1
(4
-
sulfofenllazo]-
2-
15.985 nafkol-
6-
s u l f ~ n l c o .Laranja GN
I I Sal dissódico do hcldo 1
-
(3
-
sulfofenilazti)-
2-
15.980 naftol-
sulfônico.Tartrazinzi I I Sal trlssódicr, do BcIdo 3
-
carboxl 5
-
hldroxl-
1 19.140 sulfofenilazo-
4 p-
sulfo- fsnllazo pirazol. - -- Azul de Indantreno RS ou Azul de Alizsrina Indlgotina -. . N, N' dlhldm-
1'-
2'-
Antraqujnona antraqulnonazina.
69.800Indigbide Sal dissódico do ãcido indigo-
tina
5
- 5' dissulfònico. 73.015Xanteno Sal dissódico do 9 - 6
-
carboxifenlI 6 - hldroxl-
2, 4, 5, 7,
-
tetralodo-
3, 4 45.430 hexantina ou tetraiodo fluores-ceina
sodada.
Bordeaux "?I" ou Sal trissódico do Gcldo 1
-
Amarante Monoaro [4 sulfonaftilezo]
-
2 naftol 16.185-
3,6-
dissulfõnico.Sal dissbdlco do AcIdo 2
-
(sulfo 1
-
M - xililazo] i-
14.Bt5naftol
-
5-
sulf8nlco. Vermelho Sblldo E I ? Sal diss6dico do Scido 1-
( 4 - sulfonaltilazo] 2
-
I6.045 naftol-
6-
sulfõnico.Posteriormente, na relaçiio de
aditlvos
tolerados em alimentos, foram incIuidos oscorantes artificiais 'Citrus Red nP 2" [I (2.5
-
Dimetiltoxlfenilazo)-
2-
Naftol), não re. IaeTonado no Colour Index e Azul Brilhante FCF (42.070)."-
QUADRO 2
-
Reaçdes
de confirmaçiio (1)S O L U B I L I D A D E H3 Sob HCI HNO,
N
aOHColour [concentrado) (concentrado) [concentrado) [concentrado)
Corante
--
Index
Agua Etanol Acetona Pó P6 Sofuçao Solução Solu~áo
aquosa aquosa aquosa
Arnareto 13.01 5
SOIúveI
Pouco
sbIldo [amarelo solúvel
esverdeadol Arnarel o Latada esverdeado avermelhado Vermelho alaranjado Amarelo esverdaado
Amarelo 15.905
SolUvel
Levemente crepuçcu!o [laranja s o l ~ v e t amarelado1 Laranja Amarelo avermelhado N i o muda Vermelho pardo Pouco solúvclLaranja 1 5 . 9 8 0
Solhei
Laranja Laranja Amarelo 'Laranja pardoGN (amarelo [amarelo ouro ouro OU ri3 avermelhado
ouro) p8l ido) Tctrtrazina 19.140
Solúvevel
(amarelo)
Pouco
solGvel Amarelo Amarelomuda
SoIuçáo
Amarelo amarela avermelhadoAYul
indantrena 69.800 InsolúvaI Insotinie
l
Insolúvel Pardo Ppt. azulSoluvcl Pouco sol
Cvel
Violetaazulado
A,, Verde para verdeIndigotina 73.015 Iazull ~rofundo amarelado
Soliivel Erltroslna 45.430 [vermelho cereja s e m fluarescêneia] Amarelo Amarelo pardacento pardacento IPpt.1 Ppt. vermelho solúvel
Bo~dcaux 16.185 SOIfiVej
Levemc
nte S " [vermeIhopúrpura)
Rosa Pardo com Vermelho Vsrmslho Pardo resíduo púrpura brilhante avermelhado preto
Escarlate 14.815 SO'"re' Muito solúvel Vermelho
GN ( 2 ) [vermelho a l a alaranjado
ranlado Ilgelra-
ala
ranjado) alaranjado [ppt. verme-mente turvo] lho pardo)
Não muda (ppt. parcial vermelho
pardo1
N3o
muda
Vermelho 18.045 S o l h e i
Pouco
s"'úvel pouco violeta s6lldo 'vermelho [violeta pardo solijvelaverrnelhado cereja] f mco) Vermelho
cersla
[ppt. laranja) +tarania Vermelho Pardo pardo amarelado alaranjado avermelhado
111 'Colour Index" (19561 [21 Kilng (19321
QUADRO 3
-
Teste de diferença dasR f
dos carantes antes e apds o ArataI
I
I
MEDIA DOS RF
COR ANTES TESTE DOS RF
Antes Ap69 1 I i 1. Amarelo
&lido
i 2. AmareIo crepúsculo i 3. Laranja GN 4 . Tartrazlna1
5 . Indigotina 6. Eritrosina 7 . Eordeaux 'S' 8 . Escarlate GN 9. Vermelhos6Iida
LQUADRO 4
-
Testede
diterença dosRf
dos corantes em misture M I S T U R A S MEDIAS TESTES DOS RF(a1
(blIa1
ícl
(bl
(c1
a] Amarelo s6Iidobl
Amarelo s6lido c] Amarelo sblIdoe)
Amarelo crepúsculo6)
Amarelo crepúsculo a) Tartrazina b] Tartrazlna C] Tertrazina G ) Indlgotlna6)
Indlgotlna a1 Bordeaux "S. b) Bordaaux 'S.a1
Escarlate GNb l
Escarlate GN a] Vermelho sólido b l Vermelho s6lido+
Escarlate GN+
Eritrosina+
Laranja GN+
Tartrazina $ Eritroslna+
Amareio crepúsculo -t Bordeaux 'S'+
Vermelho s6ltdo+
Bordeaux 'S.+
VermeIho sólidot.
Indigotina f Tartrazlna+
Amarelo s6lido+
Erltroslna+
Indigotina-+
Tartrazina Amarelo s6lido 0,830 . 0,7680,807
AmarelocrepúscuIo
0,761 0.744 Tarttazina 0,770 0,736 0,807 I ndlgotlna 0,757 0,761 Bordeaw
'S. 0,777 0.71 6 Escarlato GN 0,815 0.759 Vermelhos6lido
0,710 0,733QUADRO 5
-
Teste de dlfsrença dos Rf dos corantesem
behldasBEBIDAS (Médias dos R f l TESTE DOS RF
Vlnho VInho Aguardente
de mesa Licoroso composta
1 . Amarelo s6lido 2 . Amarelo crepJsculo 9.867 0.B21 O ,857 7
a'
I ,58 -2,04 3. Laranja GN 0,799 0,796 O ,832 0,56 -3,94 -5.72 S . Indlgotlna 0,802 D.760 0,745 6 . Erltrosina 0,699 0,701 0.691 4 , 2 6 1,24 1,2B 7. Bordeaux 'S' 0,8730.782
0,784
, 4,38 lS,26 086 8 . EscarlateG N
D,Bl t D,83G O ,843 $74 5.43 -t,13 9 . Vermelho s'ó11d0 0,7BG 0,745 0,828 2,51 4 . 8 3 4 , l 5GRÁFICO-I
CORANTES
EM BEBIDAS
UMITES
DOS
R f
TARTRAZINA
INDGOTIN
A
ESCARLATE
G N
VERMELHO
~ ~ L I D O
LEGENDA
VTM-
V i n b Tinlo do Masa VL -Vlniw k o r a s e AC -Aguordsnts C o m ~ t adensidade ótica não foi verlficada entre aparelhos, e por essa razão cada laboratório deveria realizar a própria tabela de conversão pelo seu colorimstro ou espectrofotõrnetro
.
Em vista da facitidado de execução desse me- todo rApIdo de blureto e a econornla de tempo e material que representa na obten~ão de resultados
decldimoç
experimentd-lu.
O procedimento das anAllsas nas condições de nosso lahoratdrlo levou- nos a adaptações que podem ser exploradas como alternativas na aplicação de metodo.MATERIAL E MfTODOS Rcagcntcs:
1
-
SDIUCB~D alcalino a!coÓlica: Pesa-se 5.6g de hidrdxlda de potAssio, coloca-se no frasco volurndtrico do 1.000rnl. Adiciona-se600ml
de álcool Isa-propilico e completa-se o volu- mc com H,O
destilada.
3 - Carbonato de cobro p.a.
Equipamento:
1
-
Moinho martelo com peneira de 0.25mm ou moinho de ciiindro ralado com penelra de nylon malha 8XX.
2
-
Balança analitiw de precisão. 3-
Agitador.4 -
Sistema
de filtraçãoa
v h c u ~ , Gooch de por-celana com
filtro de fibra de vldro de 2.7crn. (utilizamos D filtro MN 85 da Machrey Na- gel & Co.).5
-
Espectrofotõmetro e ou colorimctro (utiliza- mos o espectrofotôrnctro Colleman, rnode I0 1411.6
-
Frascos Erlenmeyer de 250rnl com rolhas es- merilhadas.7
-
Pipetas de 2m1, 5ml e 5Oml. 8-
Tubos para testes desom1
Operação:1
-
Moer 50grde
amostra, homogenizar. 2-
Pesar 1.002
O.0lg. oolocar no Erlenrneyerde 250ml.
3
-
Adicionar 2mI de I l c o ~ l Isc-propilico e aaitar. 4-
Adicionar 1 .O0-
+-
0.01g de Carbonato deCobre.
5
-
Pipetar 50ml da solução alcallna alcoólica, adicionar ao frasco e tampar.Fi
-
Agltar vlgortisamente por i 5 mlnutos. 7-
Delxar descansar por 15 rnlnutos para d esenmlver a cor.
8
-
Preparar a Gaoch colocando dois filtras de flbra de vidro no mesmo.9
-
Agitar manualmente o conteijdo do frasco. Llgar o vácuo e filtrar cerca de 20ml. Desli- gar o vácuo logo que tenha o filtrado sufici- ente, para evitar evaporaçao e concentraçáo.
i 0
-
Fazer a leitura da absorpso a 550nm e c o m pararcom a curva padrão para
verificar acon-
centração de proteína. Usar céluIa 10xiOrnm. No caso de filtrados concentrados dilulr ao meio, fazer a leitura e duplicar o resultado daD.
O. Optamos pela diluição ao rnelo para soluções concentradas em lugar da célula 5 x l Ornrn que faltava no equipamento.RESULTADOS
E
D!SCUSSAO
Foram feitos 120 ensaios. em paralelo,
para
determlnaçSo de proteína em farinha de trigo e misturas de farinha de trigo e amido de mllho [mai- zena], pelo metodo de KjeTdahl e pelo mdtodo rá- pido de biureto, operamoscom
sspectrofot8metro Colleman, modelo 11 i. utilizando a célula loxiornrn e diluindo em ggua destilada os filtradas mals con- centrados que fuglam i faixa de resolução do apa- relho. A diluição em H,O destilada apresenta a van- tagem de diminuir o -risco da concentrar;ão pela evaporação do dlcool dos filtrados. Verificou-se ain- da que os filtrados diluídos sáo estáveis por 24 horas, quando guardadas em geladeira em frascos tampados com rolha csmerilhpda (Ouadm 3). No caso da farinha de trigo medimos a densidade ritIca das diluições ao meio dos flltrados e duplicamos os resultados obtidos (Fig. 11, o que forneceu r& sultados concordantes com os da pesquisa original na qual Johnson e Craney [197i] usaram célula 5 x IOmm.Pelo método. espera-se que sejam semelhantes as densldadas btlcas registradas num mesmo apa- relho. para triplicatas de amostras que receberam o mesmo tratamento. Náo se verificou, entretanto. se existem variaç8es entre medidas feitas
em
apa-
rei h ~ s diferentes.
A
segurança
das
medidas 6ticas depende pric- cipalrnente da limpidoz dos filtrados. O filtrado I l m pidri, no caso da reação de biurcto cm farinhas degraos, requer filtro que retenha o amido. O filtro do fibra de vidro recomendado no mbtodo intclal- mente não foi encontrado na praça por tratar-se de material importado. Tentamos a filtração com v& rios tipos de filtros ou filtros combinados buscando selecionar aquele do qual resultassem filtrados com medidas de densldade
6 t h
reproduzívcis parauma
mesma amostra (Quadro 31.Os
flltrados deuma
mesma amostra obtidos atravds do filtra de vidro poroso 1-G3deram
resultadas concordantes.porhm a continuidade do uso desse tipo de filtra Indicou
ser
imprdprio pols sofre desgaste e é d e fácil obstrução (Quadro i). O filtra de fibra de vidro da especIflcaç%o MN 852.7cm da MachreyNagel & Co.. pareceu-nos satisfatbrlo, pois com cle
conseauimas uma
sequencia
de ensaics utilizando farinha de trigo pura e mlsturas pré-estabelecldas de farinha de trigocom
omido de milhoIrnairena]
(Quadror ,
Fig. 2, Quadro 2).Tentamos a separação pela centrifuga~ãri e ve- rificamos que a 5.000 rpm durante 5 minutas po- de-sc obter um sobrenadante Iímpido com pequena varlaçao na densidade btice entro as repetições. Nas dosagens de farinha de soja B reação se fez normalmente. Observamos entretanto uma va-
r i ~ ~ 3 0 de densldade btlca nos filtrados da
niesrna
amostrs. Atribuimos esse desvio ao fato de as amostras, por serem pequenas, n i o tercm sido sub- metidas ao moinho de martelo ou cilindro e sim Bsocagem
manual seguida de penelraçãa.Esse
pro- cesso pareceu não garantir a lion~ogeneidade gra- nular da farinha, conforme exlge o metodo. A ho-mogeneidade é necessúria para que a
reação
se faça integralmentenas
condlçiies do métvdo. Ou.tro
fator de variaçáo julgamos ser o alto teor de 61eo das amostras, cerca de 20%. que provavel- mentetem
interferência nas medidas de densidade btica. Deacon (1971I'
modificou o rnétudo rfipido de biuretu para determinação de proteinaem
torta de6oJa cujo teor de óleo B de cerca de 3% (Markley. 19401. No método modificado por Deamn o p r e cessamento s e faz a 7PC, sendo que a amostra d
agitada numa soluçio alcalina alcoólica com hidró. xldn de cobre. Necessitamos entretanto investigar melhor n aplicação do método de biureto em fari. nha de grão de soja.
Na análise de resultados representados na Fi- gura 1.
observa-se
a relação entre percentagens deprotelna dadas pelo método Kjeldahl e as denzida- Jcs õticas de filtrados da reação de biureto dos ensaios realfzados neste laboratório em que utili-
zamos farinha de trlgo de diversas proced&nclas. A relação dos resultados publicados por Johnson e Craney (1971) comparados com os nossos da Fi- gura 1 lava-nos a conclulr que podemos utilizar a dilui~ão ao meio como aiternatlva na falta da cdlula
5 x l0rnrn. Os nossos resultados das leituras de densidade 6tlca de dtlulçbes ao meio, dupllcados. vieram a corresponder aos resultados de leituras de densldade ótica e m célula 5xlOmm também dupll- cados, da
Johnsnn
B Craney. Os filtros expertmen- rados não foram adequados obtendo-se resu ttados discordantes. Verificou-se que o apropriado B ri filtro de fibra de vidro MN 85-2. ?em da Machrey Nagel 8 Co.. semelhante aa recomendado pelo me- todo. H& necessidade de estabelecer tabelas de conversão especificas para diferentes misturas do farinha de trigo pois a relação densidade ótica per- centagem de proteina para farinha de trigo [Qua-dro
l), não corresponde a relação indicada nosQuadros 2 e 4 para rnIsturas.
Conclui-se que o método do biureto pode ser usado
em
substitul~30 ao de Kjeldahl fazendc-se. no entretanto, curvas padrão correspondentes a cada produto que se deseja analisar.AGRADECIMENTOS
O autor agradece aos Srs. GUNTER PAPE. SA- 'MTIEL MOITA e JOSE MARTINS FERNANDES 3 colaboração prestada.
Deacon, Denjamin D., 1 9 7 2 . R a a l d determlnatlon
G C protein i r 1 wriyliuan n i e a 1 ~ J n u r ~ ~ a l ~ l f t h e Aiiierican Oil Chamiet~1' Society. 49:GGl.
Juhneon. K fil. r: Crnriey, I:nroloe E. 1971. RaplF
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Cereal Chernistry. 18:276-281.
hiarkley, Klnrt., S. 1 9 6 0 . Eoybean and ~ o y b e a n s
l~rrirlucts. I:436-440. Interscience Publlshers
1uc. N. Y .
Pinlcney, A, J . 1 3 4 9 . Wheat protein and thc Iiiuret
reaction. Cereal
-
C h c m l s t r y . 7.0:rtS-439.ABSTRACT
Estimation of protein content was made In 120 samples of wheat
and
flour mixtures by therapld
bluretrnethod
of Johnson e Craney and by the Kjeldahl process and theresults were compared.
For the spectrophotorneter alsorbance reading of biuret reaction in whcat flour
the
filtrates were half diluted and a I O x lOmm cetl wasuscd
tn the place o f ths 5xfOmrri cell used L y Johnson e Craney. The absorbance vahes were added and compared to the Kleldahl protein values. Thc retatlon between the bluret absorbance values and Kjeldahl prateln values was conflrrned.QUADRO I
-
Dençldade btjca dos filtrados da reação de biureto em amostras de farlnho de trigo em relação a percentagem de protelna.Firtro
de
Vidro Filtro Fibra *!O Proteína pelo Amostrade
farinhaporoso 1
G3
( * d e vidro metada Kjeldahl da trigo0.
0.
550nm.0.
0.
550nrn. (BH-114611 " [Centrifenl-
(5121 (Y. T. 54xN-B3)('I
Nestes ensaios
os filtrosde
vidro 1G3 n60deram
resultados coerentescom
a percentagem de proteína.OUADRO 2 - Resultados da dosagem de
proteína
em
mlsturas
de farlnha de trigo aamido de milho [mairena) pelos mdtodos Kjeldahl e biureto.
i
Misturas
I'
D. 0 . 550nm I3.
0.
550 nm D.0.
550 nm % pelo met.conc. dilu. ao duplicada Kjeldahl
Fr. Trigo Boa Sorte Fr'. Trigo Boa Sorte
+
5 % maisena Fr. Trigo O. 5607 Boa Sorte 4- O . 5654 10°ia maisena O . 5498 Fr. Trigo O . 5376 Boa S O ~ ~ A+
O . 5376 15%maisena
0.5391 Fr. Trigo O.4962
Boa Sorte+
O. 4962 20% maisena e0.5017 Fr. Trlgo 0.4559Boa
Sorte+
O. 4559 25% malsena 0.4622 Fr. Trlgo 0.4437Boa Soric
L O . 4437 30% malsena O. 4437 Fr. Trigo 0.43f8 i 0.21467 Boa Sorte+
0.4318 0.21467 40°:o maisena 0.4318 0.21467 Fr. Trigo O . 35655 Boa Sorte f O . 35655 50% maisena 0.35164A sensibilidade
do
metodo com relaçáo 5 farlnha de trigo atlnge o 5mgde
proteina porml
de soluçEio.OUADRO 3
-
Resultados em densidade 6 t h de reação de biureto na farinha de trlgo, variando o flltro e o tempo.Amostra Tipo de Filtro
0.0.
550nmA - Fr. Trigo
( W N )
A-
Fr. Trlqo [WNI 0-Fr. Trigo (68-N1 B - Fr. Trigo (6kN) A-Fr. Trlgo (68-NI
A - Fr. Trigo i68441 Fr. Trigo [Boa Sorte] Fr. Trigo (Boa Sorte1 Fibra de vidroFibra de vidro 24
hs.
após
filtraçso [')Fibra de vidro
Fibra de vidro 48 hs.
após
flliraçãoI')
Centrif. 5000 rpm Centrif. 5000 rprn Centrif. 3000 rprn Vidro Poroso 1G3
Vidro Poroso 1G3 com fib. amianto Vidro Poroso 1G3 com Whatman 50 vidro Poroso 1G3 15 mln. repouso antes de flltrar
Vidro Poroso l G 3 45 min. repouso antes de filtrar
OUADRO 4
-
Dosagem de pmtetna em misturas defarinha de
glutenpelos
rnetodrisI
Amostra % Prot. Met.
Klelda hl
!
i Farinha de Trigo Comercial
Fr. Trigo com.
+
2% fr. de glutenI
Fr. Trigo com.
+
4% fr. de glutenFr. Trlgo com.
+
6% fr. de glutenFr. Trlgo com.
+
8% fr. de glutsn 0.817 15.27Pmt.
Fig.