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26 - Estágio Supervisionado em Ciências Investigação no Espaço Escolar

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Academic year: 2021

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II Jornada de Debates sobre Ensino de Ciências e Educação Matemática I Encontro Nacional de Distúrbios de Aprendizagem na Perspectiva Multidisciplinar

“Recursos Didáticos e Tecnologias de Ensino”

Estágio Supervisionado em Ciências: Investigação no Espaço Escolar

Prácticas supervisadas en la ciencia: la Escuela de Investigación en el

Espacio

_____________________________________

THAÍS ROGÉRIA NUNES MOTA1 GRACIELA DA SILVA OLIVEIRA2

LUANA DA CRUZ OLIVEIRA3 JÉSSICA OLIVEIRA LIMA4

Resumo

O Estágio supervisionado não é apenas uma disciplina burocrática, mas um meio pelo qual os alunos de curso superior vivenciam a realidade da carreira docente unindo teoria e prática. O presente trabalho teve como objetivo descreve as atividades desenvolvidas durante o Estágio Supervisionado em Ciências I, do curso de Ciências Biológicas Licenciatura da UFS, como a coleta de dados a partir da observação livre e da observação no sistema de análise de interação verbal professor-aluno de Flanders. A atividade de estágio é instrumento fundamental no processo de formação do professor, pois, permite ao futuro docente refletir e agir sobre a forma de planejar suas atividades de ensino com relação ao seu campo de atuação.

Palavras-chave: estágio supervisionado; formação; licenciando. Resumen

El entrenamiento supervisado no es sólo una disciplina burocrática, sino un medio por el cual los estudiantes universitarios experimentar la realidad de la carrera docente al unir la teoría y la práctica. Este estudio tuvo como objetivo describir las actividades realizadas durante las Ciencias supervisadas I, Licenciatura en Ciencias cursoBiológica de UFS, tales como la recogida de datos de la observación libre y sistema de observación para el análisis de la interacción profesor-alumno verbal Flandes. La actividad de formación es un instrumento fundamental en el proceso de formación del profesorado, ya que permite a los futuros docentes para reflexionar y actuar sobre cómo planificar sus actividades de enseñanza con respecto a su campo. Palabras clave: entrenamiento supervisado, formación, concesión de licencias.

1Universidade Federal de Sergipe – thaismotta@yahoo.com.br

2

Universidade do Estado do Mato Grosso. Orientadora – Graciela.ufmt@gmail.com

3

Universidade Federal de Sergipe – Luana.bioufs@yahoo.com.br

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II Jornada de Debates de Ensino de Ciências e Educação Matemática.

Introdução

O estágio supervisionado é o primeiro contato que o licenciando tem com seu futuro campo de atuação, permitido que haja uma interação da teoria e da prática necessários na formação do docente. Passando a ser um momento de estabelecer a relação dialógica entre teoria e prática, como uma postura metodológica fundamental e, não apenas como discurso.

O estágio não é apenas uma disciplina burocrática, que determina uma carga horária a ser cumprida e a elaboração de relatórios extensos. É um meio pelo qual os alunos de curso superior estão inseridos na escola – campo de estágio, experimentando a realidade da carreira docente. Além disso, a atividade de estágio permite ao futuro docente refletir e agir sobre a forma de planejar suas atividades de ensino com relação ao seu campo de atuação.

Ao oferecer aos lincenciandos oportunidades para reflexões e discussões permite – se que estes posicionem – se criticamente em relação as suas futuras atividades pedagógicas, desenvolvendo as suas consciências de que ser professor é assumir uma postura pedagógica de investigação e não mais de mero repetidor de conhecimentos.

(BAPTISTA, 2003, p.04)

A disciplina de estágio supervisionado de ciências I presente no curso de ensino de Ciências e Biologia envolve atividades diversas, como aulas teóricas, estágio escolar de observação em sala de aula, e elaboração de projetos e relatórios. Com uma distribuição de carga horária de 90 horas, sendo 30 horas de orientação na universidade, 08 horas de elaboração de projeto de estágio, 08 horas de caracterização da escola, 16 horas de observação em sala de aula, 08 horas elaboração e aplicação de questionários e 20 horas de elaboração e redação do relatório final.

O estágio de licenciatura é uma exigência da Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (nº 9394/96). Segundo o artigo 82, os sistemas de ensino estabelecerão as normas para a realização dos estágios dos alunos matriculados no ensino médio ou superior em sua jurisdição. “Parágrafo único. O estágio realizado nas condições deste artigo não estabelece vínculo empregatício, podendo o estagiário receber bolsa de estágio, estar segurado contra acidentes e ter a cobertura previdenciária prevista na legislação específica” (BRASIL, 1996).

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II Jornada de Debates de Ensino de Ciências e Educação Matemática.

O estágio supervisionado é de suma importância para a contribuição da formação do professor, fundamental não apenas para levar os conhecimentos teóricos ao campo da prática, como também compreender a realidade vivida pelo professor. “O estágio supervisionado passa a ter função fundamental que não é apenas levar os conhecimentos teóricos ao campo da prática, mas compreendê-los, reelabora-los, pensando a realidade vivida pelo futuro professor” (GUEDES, SHELBAUER, 2008, p.02).

No estágio supervisionado de observação no curso de Ciências Naturais oferecido nas séries finais do Ensino Fundamental do ensino regular da escola – campo, nos permitiu observar as metodologias usadas dentro de sala de aula, a relação professor – aluno e aluno – aluno. “A observação é ponto de partida eficiente e fundamental para toda atividade criativa, e é também um ponto de retorno, no sentido de que a observação de um processo pode oferecer dados para uma posterior avaliação do mesmo” (CARVALHO, 1987, p.65).

As Ciências Naturais no Ensino Fundamental são concebidas para que o aluno desenvolva competências que lhe permitam compreender o mundo e atuar como individuo e cidadão, utilizando conhecimentos de natureza cientifica e tecnológica. (BRASIL, 1997)

A partir das observações identificamos alguns fenômenos que acontecem dentro da sala de aula. Como o comportamento das turmas, a falta de interesse, as conversas com os colegas, a relação professores - alunos.

A motivação, o interesse e a participação dos alunos nos diversos níveis de escolaridade tem sido hoje, uma das grandes preocupações de todos aqueles que estão diretamente ligados com a educação. São queixas incansáveis de professores, tais como, falta de participação e interesse pelas aulas, ausência no cumprimento das tarefas, conversas entre colegas, ”passeio” pela sala durante as aulas, ignorando a presença do professor, que acaba tomando atitudes nem sempre aceitas pelos alunos. (BINI, PABIS, 2008, p. 03)

1. Objetivo

O objetivo desse trabalho é relatar as atividades desenvolvidas durante o Estágio supervisionado I do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas – UFS, da disciplina

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II Jornada de Debates de Ensino de Ciências e Educação Matemática.

Estágio Supervisionado em Ciências I, como cumprimento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

2. Metodologia

A escola-campo na qual foi realizada o Estágio Supervisionado de Ciências foi o Colégio Estadual DR. Augusto César Leite localizada no município de Itabaiana – Se, no ano de 2010. Está oferece curso de Ensino Fundamental, Médio e EJA (educação de jovens e adultos), nos turnos matutino, vespertino e noturno.

Inicialmente foi realizada uma observação da estrutura física da escola-campo, com o auxilio de um roteiro de coleta que foi discutido pela orientadora do estágio e os orientados. O registro das informações foi feita através de uma entrevista informal com o diretor do colégio, e registrada em caderno de anotações. Analisamos o projeto pedagógico do colégio registrando informações como o objetivo deste.

A observação em sala de aula constitui uma etapa necessária e muito importante no processo de identificação dos fenômenos pedagógicos na prática do cotidiano. Na qual o observador irá registrar as situações, incluindo as motivações, sentimentos e as intenções ocorridas dentro de sala.

Acompanhamos diferentes turmas de Ciências de 5ª série, 6ª série e 7ª série e anotamos as informações em cadernos de anotações a partir da observação mais descritiva de comportamentos, situações e fenômenos que ocorreram em sala de aula. Em seguida acompanhamos as aulas de diferentes professores de uma mesma turma, e ao final do estágio observaremos as aulas apenas do professor de Ciências Naturais.

As informações registradas provenientes da observação das aulas foram o comportamento das turmas, o desinteresse ou não dos alunos, a relação que o professor mantém com os alunos, a relação dos próprios alunos, como também as práticas usadas pelo professor, as atitudes estabelecidas para lidar com certas situações dentro de sala de aula.

Na observação em sala de aula, as técnicas de coleta foram discutidas e delimitadas em conjunto com os demais estagiários e a orientadora. Seguimos as normas estabelecidas pela técnica de coleta e análise de dados da pesquisa qualitativa.

A pesquisa qualitativa recobre, hoje, campo transdisciplinar, envolvendo as ciências humanas e sociais, assumindo tradições ou multiparadigmas de análise, derivadas do positivismo, da

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II Jornada de Debates de Ensino de Ciências e Educação Matemática.

fenomenologia, da hermenêutica, do marxismo, da teoria crítica e do construtivismo, e adotando multimétodos de investigação para o estudo de um fenômeno situado no local em que ocorre, e enfim, procurando tanto encontrar o sentido desse fenômeno quanto interpretar os significados que as pessoas dão a eles. (CHIZZOTTI, 2003, p.221)

No primeiro momento das observações em sala foram feitas anotações livres, na qual foram registradas o máximo possível de informações. Nas observações seguintes as anotações foram sistematizadas em intervalos de observação/registro de 5 (cinco) minutos.

O objetivo das observações foi identificar uma situação problema no âmbito da sala de aula. Na qual identificamos, por exemplo, a falta de interesse dos alunos, o comportamento das turmas observadas, a indisciplina, as conversas entre os colegas de classe.

Na intenção de enriquecer o estudo de técnicas de coleta de dados em sala de aula, bem como complementar as informações observadas, uma das aulas de Ciências Naturais foi observada no sistema de análise de interação verbal professor-aluno de Flanders (1967) citado por Carvalho (1987) que destaca quantitativamente aspectos da interação aluno-aluno e professor-aluno-aluno que ocorre em sala de aula.

Segundo o sistema de Flanders (1967) citado por Carvalho (1987, p. 69), “a observação da interação verbal professor-aluno em uma sala de aula é composto de dez categorias, sete das quais relacionadas com a participação do professor, duas com a participação do aluno e uma de silêncio ou confusão”.

A observação foi realizada em intervalos de 5 segundos e registrada em caderno de anotação. “O observador deve, a cada 5 segundos, identificar e classificar o comportamento ocorrido em sala de aula em uma das dez categorias descritas” (CARVALHO, 1987, p.74).

3. Resultados e Discussões

A partir da análise das observações em sala de aula, foram definidas as seguintes categorias: Comportamento dos alunos e comportamento dos docentes em relação às manifestações dos discentes.

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II Jornada de Debates de Ensino de Ciências e Educação Matemática.

A falta de participação e interesse pelas aulas, conversas e chingamentos com palavrões entre os alunos, ignorando a presença do professor, é uma falta de disciplina em sala de aula.

A questão disciplinar é atualmente, uma das dificuldades fundamentais quanto ao trabalho escolar. A falta de disciplina ou indisciplina manifestada por um individuo ou grupo, é compreendida, como comportamento inadequado, sinal de rebeldia, é uma falta de educação ou de respeito pelo professor.

Segundo o dicionário Aurélio “disciplina é o regime de ordem imposta ou livremente contestada; ordem que convém ao funcionamento regular duma organização (militar, escolar, etc.); relações de subordinação do aluno ao mestre ou ao instrutor”. E “indisciplina é procedimento, ato ou dito contrário à disciplina; desobediência; desordem; rebelião”.

De acordo com Bini e Pabis (2008, p.05), “alunos disciplinados são aqueles que atuam como Seres participativos, integrantes do processo ensino/aprendizagem”.

A indisciplina dos alunos dentro de sala de aula está relacionada à sua atitude, como por exemplo: conversas entre colegas, quando o professor estiver falando, atrapalhando assim a aula; responder aos professores com grosseria; brigar com os colegas; falar palavrões dentro do recinto escolar; bagunçar; não obedecer aos seus professores; não fazerem as tarefas escolares; passear dentro de sala de aula durante as aulas, não se importando com a presença do professor; usar aparelhos tecnológicos, como celulares, MP3 dentro de sala de aula, interferindo na aula e no aprendizado dos outros colegas. Segundo Bini e Pabis (2008), no que diz respeito ao envolvimento de crianças e adolescentes, é muito comum deparar-se com problemas de indisciplina e relacionamento, pois a própria convivência social e o desenvolvimento tecnológico têm oferecido oportunidades para o uso da liberdade em demasia.

A indisciplina escolar apresenta-se como o descumprimento das normas fixadas pela escola e demais legislações aplicadas. O processo de aprendizagem necessita da disciplina para que ocorra de forma tranqüila e eficaz. A disciplina em sala de aula pode equivaler a atitudes tolerantes e de aceitação do outro. (SILVA, FERREIRA, GALERA, 2008, P. 662)

Os docentes acabam tomando atitudes nem sempre aceitas pelos alunos para minimizar os problemas indisciplinares. Como parar de explicar o assunto e começar a dita-lo,

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II Jornada de Debates de Ensino de Ciências e Educação Matemática.

falar mais alto que os alunos, retirarem alunos indisciplinados da sala de aula para que não atrapalhem o aprendizado dos outros.

Está realmente é uma atitude que deveria ser mais analisada antes de ser utilizada, pois o aluno tem direito de participar da aula e pode também adorar ficar fora da sala, principalmente quando o assunto não for muito do seu interesse, tornando-se um prêmio e não reparo de indisciplina. (BINI, PABIS, 2008, p.10)

Considerações Finais

O estagio supervisionado é um instrumento fundamental no processo de formação do professor. Auxilia o aluno a compreender e enfrentar o mundo do trabalho e contribui para a formação de sua consciência política e social, unindo teoria e prática.

No Estágio Supervisionado de Ciências I, pudemos conhecer a relação entre os professores e alunos, alunos e alunos, as estratégias didáticas utilizadas pelos professores para lidar com a indisciplina dos discentes, vivenciando assim as experiências dentro de sala de aula no contexto escolar.

Referências Bibliográficas

BAPTISTA, G. C. S. A importância da reflexão sobre a prática de ensino para a formação docente inicial em Ciências Biológicas. Revista Ensaio. Vol. 5, número 2, Brasil. 2003.

BINI, L. R.; PABIS, N. Motivação ou interesse do aluno em sala de aula e a relação com atitudes consideradas indisciplinares. Revista Eletrônica Lato Sensu – ano 3, número 01, março de 2008.

BRASIL, Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996, Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 1996.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: ciências naturais/ Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997. BRUNO, V. G. Indisciplina: concepções e/ou percepções – o ponto de vista de professores. Londrina. 2009.

CAREGNATO, R. C. A.; MUTTI, R. Pesquisa qualitativa: análise de discurso versus análise de conteúdo. 2006.

CHIZZOTTI, A. A pesquisa qualitativa em Ciências Humanas e Sociais: evolução e desafios. Revista Portuguesa de Educação. Vol.16, número 002. Universidade do Minho Braga, Portugal. 2003.

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II Jornada de Debates de Ensino de Ciências e Educação Matemática.

CARVALHO, A. M. P. de. A Prática de Ensino: os estágios na formação do professor. Livraria Pioneira Editora. São Paulo, 1987.

DIAS, C. M.; MORAIS, J. A. Interação em sala de aula: observação e análise. Revista Referência. 2004.

SILVA, M. V. G.; FERREIRA, J. L., GALERA, J. M. B. A indisciplina escolar enquanto desafio na formação do professor: uma realidade posta na sociedade contemporânea. 2008.

TREVISOL, M. T. C. Indisciplina escolar: sentidos atribuídos por alunos do ensino fundamental. Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC. S/D.

Referências

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