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As Rochas Vulcanossedimentares do Greenstone Belt do Rio Itapicuru na Área aa Mina Fazenda Brasileiro: Petrografia e Geoquímica

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Academic year: 2021

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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA Área de Concentração: Petrologia e Metalogênese

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

AS ROCHAS VULCANOSSEDIMENTARES DO

GREENSTONE BELT DO RIO ITAPICURU NA AREA

DA MINA FAZENDA BRASILEIRO:

PETROGRAFIA E GEOQUIMICA

Mestranda:

ZILDA GOMES PENA

Orientadores:

Profa. Dra. Débora Correia Rios

Prof. Dr. Herbet Conceição

Salvador 2013

(2)

AS ROCHAS VULCANOSSEDIMENTARES DO GREENSTONE

BELT DO RIO ITAPICURU NA AREA DA MINA FAZENDA

BRASILEIRO: PETROGRAFIA E GEOQUIMICA

por:

Zilda Gomes Pena

Geóloga (Universidade Federal da Bahia - 2008)

DISSERTACAO DE MESTRADO

Submetida em satisfação parcial dos requisitos ao grau de

MESTRE EM CIÊNCIAS

- GEOLOGIA -

à

Câmara de Ensino de Pesquisa e Pós-Graduação da

Universidade Federal da Bahia

COMISSÃO EXAMINADORA:

_______________________________ Dra. Débora C. Rios – Orientadora – UFBA _______________________________ Dr. Herbet Conceição – Co-Orientador - UFS

____________________________

Dra. Maria de Lourdes da S. Rosa - UFS

_______________________________ Dr. Aroldo Misi - UFBA

(3)

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus filhos Armando, Ariel, Arã e Ari Pedro que são uma das razões que me impulsionam a buscar uma vida nova a cada dia e instante. Aos meus pais, à minha neta Maria Inês e a algumas pessoas que marcaram a minha vida, umas que me ajudaram na construção, outras que me apresentaram projeto de sonho, e outros ainda que me desafiaram a construí-los.

(4)

AGRADECIMENTOS

A Deus, que me concedeu a oportunidade de realizar mais um sonho.

Aos meus filhos que ao longo das minhas lutas e conquistas sempre estiveram ao meu lado, dando-me apoio em todos os momentos e sofrendo com minha ausência. Aos meus pais Francisco Alves Pena (In Memorian) e Darcy Gomes Pena, que mesmo sem querer um dia sonharam com esse momento.

A meus irmãos, que sempre estiveram torcendo por mim. As minhas primas e irmãs Sandra Cristina e Dilma (In Memorian), que com palavras de incentivo e amor, me ajudaram a prosseguir e nunca desistir. À minha tia Dilza Gomes e ao meu tio Walter Gomes (In Memorian) que nas horas de sufoco sempre estiveram ao meu lado. Em especial a minha avó Maria de São Pedro, que não está mais entre nós, mas foi quem me ensinou muito sobre a vida e a acreditar que somos capazes de sonhar e realizar os sonhos mesmo que para todos pareçam impossíveis e inacreditáveis.

À equipe de trabalho da Mina Fazenda Brasileiro que durante o estágio de campo,

me deram toda atenção e apoio, Maurício Assis, Marina Campos, Tiago Novais e Jorge Oliveira. Pelas conversas geológicas durante o estágio de campo, Valéria, Davi, Tiago Eloi, Rodrigo entre outros.

Aos colegas e ex-colegas do Grupo de Pesquisa “Laboratório de Petrologia Aplicada a Pesquisa Mineral” (GPA). À professora Amalvina, pelas conversas petrográficas e aos grandes momentos de reflexões e alegrias. Paulo Fernandes pelas discussões petrográficas e bate-papos descontraídos e alegres. Ana Carla Salinas, Ricardo Nascimento, Mônica Cunha, Vilberto, Rita Menezes, Henrique, Manoel Teixeira, Sâmia Silva, André Lyrio, Danilo Sousa, Cláudio Rosato, Maurício, Nicolas, Acácio, Diego Veras, Diego (Goiaba), Eraldo Bulhoẽs, José Elvir, Altamirando Junior, Tiago Costa, Josemar, Esdras, Marília, Marilda Pinto, Ana Fábia. À minha amiga especial, Tathiane Improta, que sempre me deu apoio.

(5)

desenvolver raciocínios críticos fundamentais para a nossa formação. Aos colegas de curso pós-graduação: Agnaldo Barreto, Giselle Damasceno, Ana Carolina, e Eder que me proporcionaram ótimos momentos de descontração e aprendizado.

À minha orientadora, professora Dra. Débora Correia Rios, por acreditar em mim, incentivando-me a prosseguir o longo caminho da graduação e pós-graduação. Acreditando no meu trabalho, deu-me a liberdade necessária, dividindo comigo as expectativas, conduziu-me a maiores reflexões e desta forma enriqueceu-me. Minha especial admiração e gratidão.

Aos amigos e professores Herbet Conceição e Maria de Lourdes da Silva Rosa (UFS), que muitas vezes agiram como meus pais, dando-me carinho, broncas e motivação. Com suas críticas, sugestões e apoio me ajudaram a transformar idéias em palavras. Meu eterno carinho, amor e gratidão.

Aos funcionários do Instituto de Geociências, em especial aos bibliotecários, Joceane (Biblioteca Central), Aldacir, Evandro, Gil, Neves, Sandra, Bossal, Helenita, Sr. Manoel, Sr. Ferraz (in memorian), Alberto, André Calmon, Sr. Álvaro, Sr. Carlos, Joida, Mary, Carlos (Bossal) entre outros.

À minha segunda família, Pedro Aragão, Rose Maria, Reidalva, Adson e Washington, que mesmo de longe sempre estiveram dando-me apoio e força. Aos meus estimados amigos Aloísio Paixão, Djalma Raimundo, Joselito Pinto, André Olávio, Marcela Silva, João Raimundo, Jorge, Maurício Nonato que sempre estiveram acompanhando de perto esta caminhada, dando-me apoio e carinho. Ao meu irmão do coração, Dr. Nelson, que sempre esteve presente nos momentos de sufoco e alegria.

(6)

MENSAGEM

“Os que confiam no Senhor serão como o monte se Sião, que não se abala, mas

permanece para sempre.”.

(7)

Esta dissertação apresenta novos dados petrográficos e litogeoquímicos para as rochas da sequência vulcanossedimentar do Greenstone Belt do Rio Itapicuru (GBRI), na região da Mina Fazenda Brasileiro. O trabalho baseou-se principalmente em estudos nas rochas de subsuperfície da mina Fazenda Brasileiro (MFB) especificamente na sequência Fazenda Brasileiro.

O Cráton do São Francisco (CSF), onde está localizada a área de estudo, é o maior remanescente de terrenos Precambrianos preservados na Plataforma Brasileira. Os terrenos do GBRI estão situados na porção nordeste do CSF, na área conhecida como Núcleo Serrinha (NSer). Possui aproximadamente 80x40 km, sendo rodeado por um embasamento granítico-gnáissico e cortado por vários granitos de idade Arqueana.

Como a maior parte dos greenstones do CSF, o GBRI foi afetado por metamorfismo de fácies xisto-verde a anfibolito de baixo grau durante o Paleoproterozóico, aproximadamente a 2,07-2,08 Ga, um período em que a região em estudo também sofreu muitas intrusões de granitos potássicos pós-tectônicos e metamorfismo regional de alta temperatura.

Os estudos petrográficos revelaram a presença de diversas texturas, tanto ígneas reliquiares, como texturas que indicam a atuação do metamorfismo (crenulação, lepidoblástica, nematoblástica, granoblástica) e que marcam a foliação descrita pela rocha. A partir dos estudos petrográficos foram identificadas: (i) rochas máficas-ultramáficas, essencialmente basaltos, (ii) e uma sequencia de lavas félsicas e intermediárias variando em composição de andesitos a riolitos. Ambas são cortadas por TTGs Arqueanos e Paleoproterozóicos, caracterizada na área de estudo pelos granitos Araci, Barrocas e Teofilândia, e também pelo magmatismo alcalino potássico como, por exemplo, o corpo de Barroquinhas. Ocorrem ainda corpos intrusivos sub-vulcânicos, representados por

(8)

metapelitos, metatufos e xistos grafitosos, associados a carbonatos, e muitas vezes mineralizados em sulfetos e metais-base, que representam um menor componente.

Devido às evidentes dificuldades na delimitação das litologias nas unidades e sequências clássicas da literatura preferiu-se estabelecer critérios litogeoquímicos para a descrição das amostras estudadas. As análises químicas mostraram a presença de dois conjuntos distintos: (i) toleiitico e (ii) cálcio-alcalino. Foi ainda possível identificar rochas com características sugestivas de um vulcanismo mais alcalino (shoshonítico) e distinguir rochas em campo descritas como sedimentares, como em verdade rochas vulcânicas muito finas (cinzas, aglomerados) e alteradas.

Os dados aqui apresentados colaboram trazendo uma melhor compreensão das variações temporais e de caráter químico entre os diversos termos litológicos da MGB. O fato é que as rochas descritas como “Sequência Fazenda Brasileiro” estão relacionadas a eventos geológicos bem distintos, envolvendo diferentes pulsos de vulcanismo intercalados por sedimentação. As dificuldades na descrição das rochas do GBRI, na individualização dos pulsos vulcânicos, associada à confusão de nomenclatura entre os termos de mina e os clássicos levam à proposição de inúmeros modelos evolutivos para a região, o que torna ainda mais complexo o seu entendimento. Esta complexidade relaciona-se a fatores que incluem: (i) a extensa evolução química de cada uma das series magmáticas identificadas, com a presença de termos ultrabásicos a ácidos tanto na série toleiítica quanto na cálcio-alcalina; (ii) a dificuldade de se obter uma idade mais precisa para os diferentes grupos de rochas em função da limitação das fases datáveis, (iii) a pronunciada recristalização e o intenso fluxo de fluidos ligados ao processo de hidrotermalismo, metamorfismo e deformação, que mascaram e agravam a complexidade estrutural da área.

Palavras-chave: Greenstone Belt do Rio Itapicuru, Mina Fazenda Brasileiro, Petrografia,

(9)
(10)

ÍNDICE

DEDICATÓRIA AGRADECIMENTOS MENSAGEM RESUMO ABSTRACT ÍNDICE ÍNDICE DE FIGURAS ÍNDICE DE TABELAS ÍNDICE DE ANEXOS LISTA DE ABREVIATURAS Capítulo 1. INTRODUÇÃO 1.1 Objetivos da Dissertação 1.1.1 Objetivo Geral 1.1.2 Objetivos Específicos 1.2. Importância do Tema

1.3. Aspectos Gerais da Área de Estudo 1.3.1. Localização e Acessos 1.3.2. Clima

1.3.3. Vegetação e Solos 1.3.4. Geomorfologia

(11)

1.4. Breve Histórico da Mina Fazenda Brasileiro 1.5. Métodos Aplicados

1.5.1. Levantamentos Bibliográficos 1.5.2. Trabalho de Campo e Amostragem 1.5.3. Descrições Petrográficas

1.5.4. Análises Litogeoquímicas

1.5.4.1. Análises Litogeoquímicas no ICP-OES do IGEO-UFBA 1.5.4.2. Análises Litogeoquímicas no XRF do IQ-UFBA

1.5.4.3. Análises Litogeoquímicas por ICP-MS no Acmelab 1.5.5. Tratamentos de Dados

1.6. Estrutura da Dissertação

Capítulo 2. GREENSTONE BELTS NO BRASIL E NO MUNDO

2.1. Greenstone Belts

2.2. Geologia do Precambriano

2.2.1. Importância do Estudo de Terrenos Granito-Greenstone 2.3. Greenstone Belts na Bahia

2.4. Contexto Geológico Regional - O Núcleo Serrinha 2.4.1. O Magmatismo Arqueano no NSer

(12)

2.4.1.2. O Complexo Uauá

2.4.1.3. Sumário do Arqueano no Núcleo Serrinha 2.4.2. O Magmatismo Paleoproterozóico no NSer

2.4.2.1. Granitogênese 2.4.2.2. Greenstone Belts

2.4.2.2.1. O Greenstone Belt do Rio Itapicuru – GBRI 2.4.2.2.2. O Greenstone Belt Rio Capim - RC

2.5. O GBRI em Perspectiva Histórico-Cientifico

2.6. Considerações Finais sobre a Evolução Geológica do GBRI 2.7. Sumário

Capítulo 3. ARTIGO RBG “A Sequência Fazenda Brasileiro do Greenstone Itapicuru (BA): Caracterização Petrográfica e Litogeoquímica”

3.1. Introdução

3.2. A Mina Fazenda Brasileiro 3.3. Metodos Aplicados

3.4. Caracterizacao Geologica

3.4.1.Reconhecimento geologico e amostragem 3.4.2. Furos de sondagem

3.5. As Rochas de Afinidade Toleiitica 3.5.1. Rochas Ultrabasicas (TUB) 3.5.2. Rochas Basicas (TB)

(13)

3.5.2. Rochas Intermediarias e Acidas (CAL-IA) 3.5.3. Granito Teofilandia

3.7. As Rochas de Afinidade Shoshonitica 3.8. Rochas Metassedimentares

3.9. Litogeoquimica e Discussoes 3.10. Consideracoes Finais 3.11. Agradecimentos

3.12. Referencias Bibliograficas

Capítulo 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Capítulo 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANEXOS

Anexo 1. Sumário do inventário bibliográfico sobre dados analíticos disponíveis para

amostras relacionadas com a Mina Fazenda Brasileiro.

(14)

ÍNDICE DE FIGURAS

CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO

Figura 1. (A) Mapa do Brasil situando o Estado da Bahia. (B) Mapa do Estado da Bahia

apresentando os limites do Cráton do São Francisco (em laranja) e a divisão dos terrenos do seu embasamento Arqueano em 3 núcleos: Serrinha, Remanso e Guanambi, de acordo com a proposição de Mascarenhas (1979).

Figura 2. Mapa de localização e acessos à área de estudo - Mina Fazenda Brasileiro, Faixa

Weber.

Figura 3. Fotos de campo que permitem vislumbrar os aspectos gerais da área em estudo:

(A) Vegetação local, (B) Solo, (C) Relevo, (D) Sisal, (E) Área da mina Fazenda Brasileiro (Cava Canto II), (F) Área da mina Fazenda Brasileiro (Cava Canto II).

Figura 4. Fotos das atividades desenvolvidas em campo e nos laboratórios durante este

estudo: (A) Descrição de furo de sondagem, (B) Coleta de amostras em testemunhos de sondagem, (C) Coleta de amostra em afloramentos, (D) Descrição petrográfica em microscópico óptico (GPA/IGEO), (E) Laboratório de Plasma (GPA/IGEO), (F) Laboratório de espectrometria de Raio X (IQ).

Capítulo 2. GREENSTONE BELTS NO BRASIL E NO MUNDO

Figura 1. Escala do tempo geológico no Precambriano (modifificada de Rollinson 2007). Figura 1. Mapa de distribuição dos principais crátons Arqueanos no globo terrestre (após

Rollinson 2007).

Figura 2. Mapa geológico simplificado do Núcleo Serrinha (após Rios et al. 2008),

apresentando as principais unidades litológicas.

(15)

(BA): Caracterização Petrográfica e Litogeoquímica”

Figura 1. Mapa geológico simplificado do Núcleo Serrinha (modificada de Rios et al., 2009). Figura 4: Mapa geológico esquemático do GBRI na área da Mina Fazenda Brasileiro. Os

locais de amostragem estão discriminados.

Figura 5. Coluna estratigráfica da Faixa Weber (após Teixeira 1983).

Figura 6. Registro fotográfico de pontos amostrados em superfície: (A) Contato nítido

exposto entre o andesito e o metatufo/metapelito grafitoso na cava canto II; (B) Dacito aflorando no pit da CVRD; (C) Afloramento do Granito Teofilândia; (D) Afloramento da cava B1 com contato entre o metapelito carbonoso (MPC); actinolita-carbonato-clorita-xisto (CAX) e o quartzo-clorita-xisto magnético mineralizado (CLXM); (E) Entrada da mina subterrânea Barrocas Oeste, aflorando o quartzo-clorita-xisto em contato com rocha félsica andesítica; (F) Aglomerado vulcânico com dobramento preservado.

Figura 7. Distribuicao esquemática em perfil dos furos amostrados na Mina Fazenda

Brasileiro, GBRI.

Figura 6. Diagramas de classificação química utilizados para gerar agrupamentos para as

rochas estudadas no Itapicuru. (A) Diagrama AFM mostrando os limites entre os campos cálcio-alcalino e toleiítico de acordo com a proposta de Irvine & Baragar (1971). (B) Diagrama que discrimina campos de rochas ígneas, sedimentares e metassedimentares, segundo a proposta de Garrels & Mackenzie (1971) aplicado aos “metapelitos” e “aglomerados vulcânicos” da Mina Fazenda Brasileiro.

(16)

Figura 9: Fotomicrografias das texturas observadas nas rochas toleiiticas. Ultrabasicas: (A)

Textura típica das toleiticas ultrabásicas, (B) Carbonato em geminação polissintética. Básicas: (C) Fenocristais de augita e opacos em metagabro, (D) Aglomerado de apatita e carbonato em meta-andesito, (E) Fenocristal de plagioclásio com geminação carlsbad, (F) Foliação marcada pela biotita e clorita cortada por lente de calcita+quartzo+albita. Intermediarias: (G) Fenocristal de anfibólio deformado em matriz recristalizada, (H) Textura típica das rochas toleiticas intermediarias.

Figura 10. Fotomicrografias representativas das texturas observadas nas rochas coletadas

nos furos da MFB. (A) Vênulas e Micro-veios quartzo-carbonáticos cortando o meta-gabro toleiítico, (B) Fenocristais de arsenopirita no meta-meta-gabro, (C) Textura grossa em meta-gabro cálcio-alcalino, (D) Textura da rocha meta-pelitica vulcânica, (E) Textura do metapelito carbonoso NS3218, cortada por veio de quartzo e carbonato, (F) Veio de quartzo cortando o metapelito NS3220B. No veio granítico boudinado que passa a veio de quartzo puro e corta a amostra 3236 observou-se feldspato alcalino, subédrico a anédrico, macla Carlsbad, bordos irregulares e estão totalmente deformados. O quartzo ocorre em agregados poligonais e a albita esta alterada e de aspecto sujo.

Figura 11. Fotomicrografias representativas das microtexturas observadas nas rochas da

MFB. Calcioalcalinas: (A) Textura nematoblástica, crenulação, cortadas por micro-veio de carbonato + quartzo em rocha básica, (B) Fenocristal de anfibólio subédrico em matriz de textura nematoblastica com a foliação marcada por biotita em rocha básica. (C) Fenocristal de albita em matriz cloritizada, rocha intermediaria, (D) Textura lepidogranoblástica cortada por micro-veio de quartzo+albita+carbonato em rocha acida. Rochas de tendência shoshonitica: (E) Fenocristais de plagioclásio alterados em matriz cloritizada, (F) Fenocristais de plagioclásio e feldspato alcalino em matriz cloritizada. Carb=carbonato, Plag=plagioclásio, Anf=anfibólio, Cl=clorita, Qz=quartzo, Fss=feldspato.

(17)

cationicas de Al, (Fet + Ti), e Mg. Os campos das series toleiitica, calcio-alcalina e komateiitica correspondem a proposta de Jensen & Pyke (1982), com os limites redefinidos por Rickwood (1989). Discriminantes geotectônicos com base em elementos menores (B) Proposta de Pearce et al. (1975) para diferenciar entre basaltos oceânicos e continentais. ; (C) Proposta de Mullen (1983) para basaltos e andesitos basaltos com 45% - SiO2 - 54%. (D) Proposta de Pearce et al. (1977) com base na química de elementos maiores para basaltos sub-alcalinos e andesiticos (51% < SiO2 < 56%, análises recalculadas a seco).

Figura 13. Diagramas multi-elementares para as concentrações de elementos terras raras

nas rochas toleiiticas (A), cálcio-alcalinas (B) e sedimentares (C) do GBRI na MFB, normalizados pelo condrito (Boynton, 1984)

(18)

ÍNDICE DE TABELAS

Capítulo 2. GREENSTONE BELTS NO BRASIL E NO MUNDO

Tabela 1. Exemplos de Greenstone Belts hoje utilizados como importantes fontes de

informações sobre a Terra Primitiva (modificada de Rollinson 2007).

Capítulo 3. ARTIGO RBG “A Sequencia Fazenda Brasileiro do Greenstone Itapicuru (BA): Caracterização Petrográfica e Litogeoquímica”

Tabela 1. Análises litogeoquímicas de elementos maiores, traços e ETR e parâmetros

de classificação para as amostras estudadas.

Tabela 2. Sumário das descrições petrográficas dos litotipos estudados na mina

Fazenda Brasileiro, GBRI.

Tabela 2. Tabela apresentando a mineralogia normativa, a partir da norma CIPW e

(19)

Al2O3 – Óxido de Alumínio

AS – Afloramento de Superfície Au – Ouro

Aw – Classificação de climática de Köppen: clima tropical com estação seca de Inverno BA – Bahia

Ba – Bário

Bsh – Classificação de climática de Köppen: clima das estepes quentes de baixa latitude e

altitude

CaO – Óxido de Cálcio

CAP – Carbonato Plagioclásio

CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CAX – Sericita Clorita Carbonato Xisto

CBPM – Companhia Baiana de Pesquisa Mineral CCX – Carbonato Clorita Xisto

Cfa – Classificação de climática de Köppen: clima temperado úmido com Verão quente CIPW – Cross, Iddings, Pirsson and Washington.

CLX – Quartzo Clorita Xisto

CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Co – Cobalto

CPRM – Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais Cr – Cromo

CSF – Cráton do São Francisco Cu – Cobre

(20)

DNPM – Departamento Nacional de Pesquisa Mineral DOCEGEO – Rio Doce Geologia e Mineração S/A ETR – Elementos terras raras

EUA – Estados Unidos das Américas Fe2O3 – Óxido de Ferro II

FeO – Óxido de Ferro Ga – Giga anos

GBMN – Greenstone Belt de Mundo Novo GBRI – Greenstone Belt do Rio Itapicuru GBRS – Greenstone Belt de Riacho de Santana GBU – Greenstone Belt de Umburanas

GPA – Grupo de Petrologia Aplicada à Pesquisa Mineral GRC – Grupo Rio Capim

IBGE – Instituto Brasileiro

ICP- OES – Espectrometria de emissão óptica com plasma indutivamente acoplado IGEO – Instituto de Geociências

IQ – Instituto de Química K2O – Óxido de Potássio

Km – Quilômetros Ma – Milhões de anos MgO – Óxido de Magnésio MnO – Óxido de Manganês MPC – Metapelito Carbonoso MPV – Metapelito Vulcânico Na2O – Óxido de Sódio NE – Nordeste Ni – Níquel N–S – Norte / Sul

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P.F – Perda ao fogo P2O5 – Óxido de Fósforo

Pb – Chumbo

Pb-Pb – Chumbo/Chumbo pH – Potencial hidrogeniônico

PLGB – Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil Rb – Rubídio

S – Enxofre

SiO2 – Óxido de Silício

Sm/Nd – Samário/Neodímio Sr – Estrôncio

SUDENE – Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste t – Tonelada

TiO2 – Óxido de Titânio

TS – Testemunho de Sondagem

TTG – Tonalitos Trondjemitos Granodioritos UFBA – Universidade Federal da Bahia UFS – Universidade Federal de Sergipe UMP – Unidade Maria Preta

U-Pb – Urânio/Chumbo V – Vanádio

Y – Y Zn – Zinco Zr – Zircônio

(22)

Introducao

Capitulo 1

Abordagens:

1.1 Objetivos da dissertacao

1.2 Importância do Tema

1.3 Aspectos Gerais da Área de

Estudo

1.4 Breve Historico da Mina

Fazenda Brasileiro

1.5 Metodos Aplicados

(23)

1 INTRODUÇÃO

Greenstone Belts são definidos como cinturões de rochas verdes com sucessões de rochas supracrustais dominadas por rochas vulcânicas (vulcanossedimentares) deformadas, metamorfisadas em baixo grau metamórfico no fácies xisto verde, e que geralmente ocorrem nas regiões de escudos nos crátons Arqueanos (Neves, 2008).

No Estado da Bahia, as rochas vulcanossedimentares ocorrem em diversos compartimentos do Cráton do São Francisco (CFS), uma entidade geotectônica consolidada no final do Arqueano, e posteriormente reconfigurada por eventos orogênicos no Proterozóico. Conforme definido por Almeida (1977), o CSF abrange os territórios dos estados da Bahia, Minas Gerais, Goiás, além de pequena porção dos estados de Sergipe e Pernambuco, sendo limitado pelas faixas de dobramentos marginais: Rio Preto, Riacho do Pontal, Brasília, Sergipana, e Araçuaí (Figura 1).

Figura 1. (A) Mapa do Brasil situando o Estado da Bahia. (B) Mapa do Estado da Bahia apresentando os limites do Cráton do São Francisco (em laranja) e a divisão dos

terrenos do seu embasamento Arqueano em três núcleos: Serrinha, Remanso e Guanambi, de acordo com a proposição de Mascarenhas (1979).

Mascarenhas (1979) subdividiu os terrenos do embasamento do CSF na Bahia em três núcleos arqueanos: (i) Guanambi, a oeste; (ii) Remanso, na porção central do Estado; e, (iii) Serrinha, a leste (Figura 1B). Estes três núcleos antigos são circundados por cinturões móveis granulíticos, de idade Paleoproterozóica. O Núcleo Serrinha (NSer) abrange uma área de cerca de 21.000 km2 nos quais se encontram as rochas

vulcanossedimentares do Greenstone Belt do Rio Itapicuru, objeto de estudo desta dissertação.

(24)

CMSC - Cinturão Móvel Salvador-Curaçá

CMUP - Cinturão Móvel Urandi-Paratinga

Núcleo

Guanambi

Núcleo

Remanso

Núcleo

Serrinha

CMSC

CMUP

Salvador

NV

B R A S I L

45

41

10

16

0

200 km

Núcleo

Guanambi

Núcleo

Remanso

Núcleo

Serrinha

CMSC

CMUP

Figura 1. (A) Mapa do Brasil situando o Estado da Bahia. (B) Mapa do Estado da Bahia

apre-sentando os limites do Cráton do São Francisco (em laranja) e a divisão dos terrenos do seu

embasamento Arqueano em 3 núcleos: Serrinha, Remanso e Guanambi, de acordo com a

proposição de Mascarenhas (1979).

A

B

As Rochas Vulcanossedimentares do GBRI na area da MFB: Petrografia e Geoquimica Dissertacao de Mestrado - Zilda Gomes Pena

(25)

O Greenstone Belt do Rio Itapicuru (GBRI, Kishida, 1979; Kishida & Riccio, 1980), localiza-se na porção sudeste do NSer, abrange uma área de cerca de 8.000 km2, e

constitui três unidades lito-estratigráficas bastante distintas: (i) a unidade vulcânica máfica (UVM) basal, que se caracteriza como o assoalho de uma bacia do tipo retroarco, (ii) a unidade vulcânica félsica a intermediária (UVF), que corresponde ao arco vulcânico de margem continental, e (iii) a unidade sedimentar (US), caracterizada por metassedimentos (Teixeira & Kishida, 1980; Silva, 1983; Teixeira, 1984).

A história da exploração de ouro e diamante na região esta ligada aos bandeirantes e garimpeiros e remonta ao inicio do século 19. Alem disto, nas litologias da parte sul do Greenstone Belt do Rio Itapicuru, encontram-se corpos de minério aurífero, geralmente associados a sulfetos, descobertos nos anos 70 pela Rio Doce Geologia e Mineração S.A. (DOCEGEO, 1981) através de um programa de prospecção regional. A explotação iniciou-se em 1982 no sistema de lavra a céu aberto onde foram explotados 4,1 milhões de toneladas de minério, ao teor de 7,5 gramas de ouro por tonelada (DOCEGEO, 1982).

Pela importância econômica da mineração de ouro na região os estudos tenderam a se concentrar na mineralização e ainda existe uma enorme carência de dados geoquímicos e petrográficos que caracterizem suas rochas hospedeiras. Esta dissertação visa colaborar para a redução desta lacuna.

1.1 OBJETIVOS DA DISSERTAÇÃO

1.1.1 Objetivo Geral

O trabalho aqui apresentado tem como objetivo principal caracterizar, compreender, rever, discutir e ampliar o conjunto de dados (campo, petrográfico e geoquímico) disponível para as associações litológicas de superfície e sub-superfície da região em torno da mina Fazenda Brasileiro, porção sul do GBRI. Pretende-se com este estudo contribuir para o conhecimento e interpretação das litologias relacionadas aos importantes depósitos de

(26)

1.1.2 Objetivos Específicos

Visando alcançar o objetivo proposto, a execução desta dissertação incluirá fases que atenderão aos seguintes itens específicos:

(i) Realizar estudos petrográficos das litologias da mina Fazenda Brasileiro, a partir das amostras obtidas nos furos de sondagem e em superfície,

(ii) Acrescentar novos dados químicos para elementos maiores, menores e traços,

(iii) Caracterizar as variações composicionais nas diferentes litologias estudadas, e;

(iv) Tentar caracterizar os processos genéticos responsáveis pela formação das rochas estudadas.

1.2 IMPORTÂNCIA DO TEMA

Os trabalhos realizados até então propiciaram a identificação de domínios tectono-estruturais e levaram à elaboração de diversos modelos evolutivos que tentam explicar a evolução deste segmento crustal da região do NSer. No entanto, esta área ainda carece de dados petrográficos e litogeoquímicos, bem como estudos isotópicos que permitam entender a distribuição geocronológica das diferentes unidades do GBRI de forma mais precisa, visando suportar as hipóteses existentes e esclarecer as atuais divergências.

1.3 ASPECTOS GERAIS DA ÁREA DE ESTUDO

A área selecionada para estudo concentra-se nos arredores da Mina Fazenda Brasileiro, entre os municípios de Teofilândia e Barrocas, nordeste do Estado da Bahia. Está completamente inserida na Folha Serrinha (SC.24-Y-D, CPRM) tendo sido incorporada aos trabalhos de levantamento geológico sistemático do Programa de Levantamento Geológicos Básicos do Brasil – PLGB, na escala de 1:100.000 (Melo, 1995).

As Rochas Vulcanossedimentares do GBRI na area da MFB: Petrografia e Geoquimica Dissertacao de Mestrado - Zilda Gomes Pena

(27)

O município de Barrocas é a sede da mina de ouro Fazenda Brasileiro, possuindo uma população de 13.182 habitantes (IBGE, 2007). De 1984 a 1999 a Mina Fazenda Brasileiro foi a 3a mais importante em produção no Brasil, responsável por mais de 10% do

ouro extraído no país neste período (Thorman et al., 2001), ultrapassando 40t em volume. Atualmente a mina é explorada pelo grupo canadense Yamana Gold Inc., que tem progressivamente expandido as reservas e modernizado a pesquisa e extração de ouro na região. A Fazenda Brasileiro continua a ser uma das maiores minas de ouro do Brasil, apresentando reservas comprovadas do minério de 2.760.000 t, com o teor médio de 3,0 g Au/t e uma produção de cerca de 80.000 onças (2.267.961,85 t) de ouro/ano (Yamana Gold Inc., 2007).

1.3.1 Localização e Acessos

A mina Fazenda Brasileiro situa-se na porção sudeste do GBRI, distando aproximadamente 194 km da capital do Estado, Salvador. A área deste estudo compreende cerca de 1.970 km2, limitados pelos paralelos 11º 34' a 11° 18' (Sul, 8.718.399 a 8.749.606)

e pelos meridianos 39º 18' a 39º 00' (Oeste, 466.047 a 500.000).

As principais vias de acesso incluem rodovias federais, estaduais e estradas não asfaltadas (carroçáveis). Partindo-se de Salvador, segue-se pela BR-324 por 117 km até o município de Feira de Santana, de onde se prossegue pela BR-116 por 95,4 Km até o município de Teofilândia. De Teofilândia até as instalações da mina são aproximadamente 12 km em estrada não asfaltada (Figura 2).

Figura 2. Mapa de localização e acessos à área de estudo - Mina Fazenda Brasileiro, Faixa Weber.

1.3.2 Clima

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Figura 2. Mapa de localização e acessos à área de estudo - Mina Fazenda Brasileiro,

Faixa Weber.

ALAGOINHAS FEIRA DE SANTANA Riachão do Jacuípe Conceicao do Coité Salgadália Santa Luz Araci Teofilândia

Area deste Estudo “FAIXA WEBER SERRINHA Sátiro Dias VALENÇA Itaparica NAZARÉ S. ANTÔNIO DE JESUS SALVADOR CANDEIAS Lauro de Freitas Simões Filho Camaçari Conceição de Feira SANTO AMARO O C E A N O A T L Â N T I C O

S

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12o00’ 39o00’ 38o00’ 13o00’ BR - 324 BR - 116 BR - 101 BR - 324 BR - 116 - 324 BR - 3 49 BR - 116 BA - 40 9 BA - 0 84 BA - 504 BR - 110 BA - 093 R.F.F .S.A. R .F .F .S .A . R.F.F.S. A. R.F.F.S.A . BA - 120 ESCALA GRÁFICA 0 10 20 30 40 50 km

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(29)

O Bsh é o tipo de clima seco (árido e semiárido) caracterizado pelo fato da precipitação (volume de chuvas) ser menor do que a taxa de evaporação e transpiração. O Cfa é um tipo de clima que ocorre em regiões afastadas das grandes massas continentais e nas margens ocidentais situadas nas latitudes médias e altas; tipicamente um clima tropical quente-úmido. Por sua vez o Aw é a designação dada aos climas das regiões intertropicais caracterizados por serem megatérmicos, com temperatura média do ar em todos os meses do ano superior a 18°C, não apresentar estação invernosa, e ter precipitação anual superior à evapotranspiração potencial.

Na área de estudo predominam os climas: Bsh e Aw. O clima Bsh, tipo estepe quente de baixa latitude e altitude, resulta em duas estações: uma seca, entre maio e outubro; e outra chuvosa, entre novembro e abril; com irregularidade, e temperaturas médias oscilando entre 20ºC e 28ºC. A taxa de precipitação pluviométrica anual varia de aproximadamente 500 mm a 700 mm.

O clima Aw, tipo tropical com estação seca (clima de savana ou clima tropical de estações úmida e seca), predomina nas partes centrais e sudeste da região, com aproximadamente cinco meses secos e precipitações pluviométricas de inverno (julho) e verão (novembro-abril) com médias anuais entre 700 mm e 900 mm.

1.3.3 Vegetação e Solos

A vegetação característica deste sertão é a caatinga arbórea aberta, com palmeiras cuja fisionomia se modifica segundo as condições de umidade.

Na área em estudo, a caatinga é composta por pequenas árvores, arbustos e grande número de cactáceas, que estão adaptadas às condições extremas da escassez da água, deixando áreas do solo às vezes exposto, coberto com gramíneas espaçadas (Figura 3A).

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Figura 3. Fotos de campo que permitem vislumbrar os aspectos gerais da área em

estudo: (A) Vegetação local, (B) Solo, (C) Relevo, (D) Sisal, (E) Área da mina

Fazenda Brasileiro (Cava Canto II), (F) Área da mina Fazenda Brasileiro (Cava

Canto II).

D

B

A

C

E

F

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Os solos desenvolvidos na área compreendem dois domínios (Nascimento & Teixeira, 1986):

(i) Domínio sem evolução pedogeoquímica: consiste em litossolos eutrópicos ou

diastrópicos, rasos, com horizonte A fraco ou moderado, de textura média a argilosa e frequência pedregosa.

(ii) Domínio com evolução pedogeoquímica: há uma variação de troca de cátions

que se caracterizam nos diversos tipos de solos: latossolos, regassolos, podzólicos, diastróficos, eutróficos e areias quartzosas. Os argilominerais característicos são as caulinitas, ilitas, esmectitas, ora em associações ora isolados, de acordo com as taxas de saturação em bases e pH (Figura 3B).

1.3.4 Geomorfologia

O relevo, na maior parte do mundo, apresenta saliências e depressões oriundas das eras geológicas passadas. Tais formas de relevo estão relacionadas aos tipos litológicos sobre os quais os processos morfológicos atuaram no decorrer do tempo geológico, delineando a topografia atual.

Na área de estudo a principal unidade geomorfológica é representada pelo Pediplano Sertanejo (Figura 3C), onde predomina o relevo aplainado com suaves ondulações que formam cristas alinhadas no sentido norte-sul, representando o alinhamento de corpos intrusivos graníticos. Consequentemente, não são visualizadas saliências e depressões, a não ser pelos inselbergs graníticos presentes em pontos isolados, como testemunhas oculares da grandiosidade e do tempo decorrido desde suas formações.

1.3.5 Hidrografia

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36.440 km², 90% destes localizados no polígono da seca. Isto equivale a aproximadamente 6,4% do território estadual. Os principais rios que a compõem são Itapicuru (Figura 3D), Itapicuru-Açu, Itapicuru-Mirim, Peixe, Cariaça e Quijingue.

(ii) A bacia do Rio Inhambupe tem a sua nascente localizada no município de Teofilândia, em área de abrangência do clima típico de uma região semiárida. O rio Inhambupe desemboca no Oceano Atlântico na região de Baixios, Costa Litorânea do município de Esplanada. Ela abrange os municípios de Teofilândia, Serrinha, Biritinga, Água Fria, Sátiro Dias, Inhambupe, Aporá, Cardeal da Silva, Entre Rios, e Esplanada, com uma área de drenagem correspondendo a aproximadamente 36.440 km2. Os principais

afluentes são: (a) Margem direita: rios Cajueiro, Vitória e Cabeça de Vaca e (b) Margem esquerda: rios Poções, das Chaves, da Una, Ribeiro, da Serra, Bu e riacho Dezoito. Na área da Mina Fazenda Brasileiro a drenagem assume um padrão dendrítico e intermitente, com segmentos retilíneos encaixados nos principais fraturamentos.

1.3.6 Aspectos da Economia Local

A base econômica do município de Teofilândia está voltada para a agricultura, com propriedades agrícolas dedicando-se ao plantio de feijão, milho, mandioca e amendoim. O setor pecuário dedica-se a criação de bovinos, suínos, ovinos e caprinos. A fruticultura vem sendo desenvolvida com a produção de acerola, caju, goiaba, graviola, manga, laranja etc.

Predominam as plantações de sisal, o qual apresenta uma excelente capacidade de adaptação, apesar das restrições climáticas impostas pelo meio (Figura 3E), e é outra importante fonte de renda para a região. O “território do sisal” integra os municípios de Araci, Barrocas, Biritinga, Candeal, Cansanção, Conceição do Coité, Ichu, Itiúba, Lamarão, Monte Santo, Nordestina, Queimadas, Quijingue, Retirolândia, Santaluz, São Domingos, Serrinha, Teofilândia, Tucano e Valente.

As Rochas Vulcanossedimentares do GBRI na area da MFB: Petrografia e Geoquimica Dissertacao de Mestrado - Zilda Gomes Pena

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Nos recursos minerais, além da extração e exploração de rochas ornamentais, predominam na região de Santaluz, e em Barrocas, a explotação de ouro. A Mineração Fazenda Brasileiro, onde se concentra este estudo, atualmente pertence à Yamana Gold Inc. (Figura 3F).

1.4 BREVE HISTÓRICO DA MINA FAZENDA BRASILEIRO

A mina de ouro Fazenda Brasileiro possui mais de 15 anos de experiência operacional. A produção teve inicio em 1984, como um pit-aberto, operação heap-leach. Em 1988, a produção evoluiu para operações subterrâneas com o processamento na usina CIP recém-construída. A mina evoluiu historicamente com uma continua substituição de reservas e atualmente esta em operação.

Em 2003, o direito de lavra foi vendido para a Yamana Gold Inc. A Yamana Gold é uma empresa de mineração criada em 2003 na cidade de Toronto, no Canadá. Ela atua nas áreas de exploração, extração e beneficiamento de minério de ouro e têm diversas unidades operacionais na América do Sul, incluindo as localizadas no Brasil (Mineração Fazenda Brasileiro S.A., Teofilândia-Ba; Jacobina Mineração e Comércio S.A., Jacobina-BA; Mineração Maracá, Alto Horizonte-GO; Minas São Francisco e São Vicente, respectivamente nos municípios de Vila Bela da Santíssima Trindade e Nova Lacerda-MT) no Chile (2), e na Argentina (1), além de minas nos EUA (1), e em Honduras (1).

1.5 MÉTODOS APLICADOS

Para desenvolvimento de um método de trabalho e/ou pesquisa procura-se estabelecer uma metodologia cientifica adequada, alicerçada em critérios que possam permitir ampliar o conhecimento da área de estudo. Neste tópico serão apresentadas as principais atividades desenvolvidas dentro do cronograma do projeto de mestrado, com a finalidade de atingir os objetivos propostos.

(34)

1.5.1 Levantamentos Bibliográficos

Foram consultados vários trabalhos científicos relacionados com a área de estudo, incluindo teses, dissertações, artigos, e resumos em eventos. Em um aspecto geral, os textos estudados discorrem sobre aspectos da geologia regional, contexto geotectônico, trazem dados litogeoquímicos e informações geocronológicas.

Esta extensiva revisão bibliográfica teve como objetivo construir um sólido alicerce para a compreensão dos eventos geológicos que afetaram a região e uma visão do estagio atual do conhecimento na área a partir dos trabalhos previamente desenvolvidos, criando assim o background necessário para o desenvolvimento desta Dissertação. A listagem completa dos trabalhos consultados compõe o capítulo 5, Referencias Bibliográficas.

Ao longo deste processo dados analíticos, relacionados com a Mina Fazenda Brasileiro, foram coletados e inventariados no intuito de sistematizar as informações disponíveis e elaborar um banco de dados sobre a petrografia, geoquímica, geocronologia e metalogênese da área em torno e na mina de ouro Fazenda Brasileiro. Um sumário deste inventário compõe o Anexo 1.

1.5.2 Trabalhos de Campo e Amostragem

No intuito de checar os dados da bibliografia e obter amostras para os estudos subsequentes foram realizados trabalhos de campo, com duração de um (1) mês, em Janeiro de 2010, com apoio logístico da Yamana Gold Inc.

As atividades desenvolvidas na Mina Fazenda Brasileiro (MFB) incluíram acompanhamento dos trabalhos desenvolvidos pelos geólogos, técnicos e funcionários da Yamana, além de acesso às publicações internas sobre os novos estudos e análises desenvolvidos pela empresa. Além da amostragem, a principal finalidade desta etapa foi gerar intimidade com a área de estudo, identificando, interpretando e descrevendo as litologias e feições presentes em amostras de afloramentos e em sub-superfície.

As Rochas Vulcanossedimentares do GBRI na area da MFB: Petrografia e Geoquimica Dissertacao de Mestrado - Zilda Gomes Pena

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Na sequência Fazenda Brasileiro foram realizadas as descrições para furos de sondagem realizados em grandes profundidades (>800 metros. Figura 4A). Nesta etapa a mestranda participou da descrição das litologias observadas ao longo de cada furo, bem como as suas transições, texturas e estruturas presentes.

Figura 4. Fotos das atividades desenvolvidas em campo e nos laboratórios durante este estudo: (A) Descrição de furo de sondagem, (B) Coleta de amostras em testemunhos de sondagem, (C) Coleta de amostra em afloramentos, (D) Descrição

petrográfica em microscópico óptico (GPA/IGEO), (E) Laboratório de Plasma (GPA/IGEO), (F) Laboratório de espectrometria de Raios-X (IQ).

Ao todo foram coletadas na mina Fazenda Brasileiro 43 (quarenta e três) amostras georreferenciadas, sendo 13 (treze) em afloramentos de superfície (Figura 4C) e 29 (vinte e nove) a partir de testemunhos de sondagem (Figura 4B) realizados pela empresa Yamana Gold Inc. em cinco (5) furos distintos. Esta etapa que contou com o apoio do técnico Jorge Oliveira, dos geólogos Tiago Eloi e Tiago Xavier, e do estagiário, o estudante de geologia Gabriel Ito.

De acordo com a descrição da mina, todos os furos estão localizados na sequência Fazenda Brasileiro, em uma camada de clorita-xistos (CLX) que podem apresentar intercalações de grafita-xistos (GRX) por meio de zonas de cisalhamento. Todas estas amostras têm como protólito o basalto interpretado como constituinte da unidade vulcânica máfica (UVM) basal do greenstone.

Os testemunhos de sondagem selecionados para este estudo foram realizados em galerias subterrâneas (FX) e/ou em sub-superfície (FSS). Nesta etapa, acompanharam-se as descrições de furos, e realizamos também alguns descrições com o objetivo ampliar o conhecimento sobre as atividades realizadas na mina, e o comportamento estrutural e

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Figura 4. Fotos das atividades desenvolvidas em campo e nos laboratórios durante este

estudo: (A) Descrição de furo de sondagem, (B) Coleta de amostras em testemunhos de sondagem, (C) Coleta de amostra em afloramentos, (D) Descrição petrográfica em microscópico óptico (GPA/IGEO), (E) Laboratório de Plasma (GPA/IGEO), (F) Laboratório de espectrometria de Raio X (IQ).

A

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Tanto nos furos de sondagem como nos afloramentos em superfície adotaram-se alguns critérios de descrição, incluindo:

(i) Verificação das rochas presentes em todo o intervalo amostrado; (ii) Determinação dos limites litológicos;

(iii) Observação das características das rochas nestes limites; (iv) Descrição dos contatos; e,

(v) Descrição das características litológicas observadas em intervalos de 1 metro.

A Tabela 1 traz um sumário das observações mais importantes acerca das amostras que compõem o acervo deste estudo, sumariando inclusive os resultados petrográficos e litogeoquímicos deste trabalho.

Tabela 1. Descrição das amostras estudadas durante este trabalho.

1.5.3 Descrições Petrográficas

As amostras coletadas foram catalogadas (numeradas) e fotografadas, e encaminhadas para a confecção de lâminas delgadas. As análises petrográficas foram realizadas nas dependências do Laboratório de Petrologia Aplicada a Pesquisa Mineral (GPA) da Universidade Federal da Bahia. Após as descrições macroscópicas, análises microscópicas foram realizadas com o auxílio do um microscópico binocular polarizante, de marca ORTHO Leinzt (Figura 4D).

40 (quarenta) lâminas delgadas foram confeccionadas a partir das amostras coletadas com a finalidade de descrever e caracterizar as relações texturais entre os minerais, descrever a mineralogia, e apreciar possíveis feições da micro-tectônica. As feições mais características de cada amostra coletada em furo de sonda foram registradas

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Amostr a Gru po Qu imi co Un id ad e/ Seq uen cia D escr içã o d e C amp o / M in a N ome n a P et rog ra fi a N ome n cl at u ra Li tog eoq u ími ca ICP XRF Acme 3206 CA L-U B U VM -U FV / C I I M et ap el ito ca rb ono so gr af itos o com mi né rio ---8, 73 4, 46 8 49 4, 05 1 N S S 3207 SED U VM -U FV / C I I M et ap el ito ca rb ono so gr af itos o se m mi né rio ---8, 73 4, 46 8 49 4, 05 1 N N S 3208 TB U VM -U FV / C I I R oc ha f él si ca ---8, 73 4, 46 8 49 4, 05 1 N S N 3209A SED U VM / CB1 M et ap el ito ca rb ono so ---8, 73 3, 74 6 49 1, 92 2 N N S 3209B CA L-A U VM / CB1 M et ap el ito ca rb ono so ---8, 73 3, 74 6 49 1, 92 2 N N S 3210 TB U VM / CB1 Cl or ita x is to mag né tic o ---8, 73 3, 74 6 49 1, 92 2 N N S 3211 CA L-B U VM / CB1 Acti nol ita c ar bona to xi st o ---8, 73 3, 74 6 49 1, 92 2 N N S 3212A TB U VM -U FV / C I I R oc ha a nd es íti ca ---8, 73 4, 46 8 49 4, 05 1 N N S 3212B TB U VM -U FV / C I I R oc ha a nd es íti ca ---8, 73 4, 46 8 49 4, 05 1 N N S 3213A TI U VM / FB Cl or ita x is to ---8, 72 3, 05 6 48 4, 49 4 N N S 3213B TI U VM / FB Cl or ita x is to ---8, 72 3, 05 6 48 4, 49 4 N N S 3214 CA L-A EM B G ra ni to – Te of ilâ nd ia ---8, 73 6, 43 0 49 7, 35 9 N N S 3215 TA U VM / FB Ag lomer ad o vul câ ni co ---8, 74 1, 92 0 49 8, 27 2 N N S --- --- --- --- --- --- --- --- --- ---Fu ro A mostr ad o/ In te rv al o d e C ol et a C oor d en ad as UTM La bor at or io d e A n ál ise Q u ími ca FS S =F ur o em S ub -S up er fíc ie, F X = Fu ro d e G al er ia, S =S im , N =N ão , Seq uên ci a: C=Can to, F B= F az en da B ras ilei ro, UVM =Un id ad e Vu lc ân ic a M áf ic a, UVF = Un id ad e Vu lc ân ic a F él si ca, US =Un id ad e S ed im en tar . T= Tol ei tic a, CAL =Cal ci oa lc al in a, S HO=S hos hon íti ca, UB =Ul tr ab ás ic as , B=B ás ic as , I=I nt er m ed iár ias , A=Ác id as , SED= Roc ha S ed im en tar . Lab or at ór ios : ICP : Pl as m a In du ct iv amen te Ac op lad o a Es pec tr omet ria d e Em is são Ót ic a d o I ns tit ut o d e G eo ci ên ci as d a U FB A, XRF : Fl uor es cên ci a d e R ai os -X d o I ns tit ut o d e Qu ím ic a d a U FB A. ACM E: L ab or at ór ios Ac m e An al íti ca L td a, an ál is es p el o p ac ot e 4 A+4B . --- ---T ab ela 1. D es cri çã o das amos tras es tud ad as du rante es te t raba lho .

As Rochas Vulcanossedimentares do GBRI na area da MFB: Petrografia e Geoquimica Dissertacao de Mestrado - Zilda Gomes Pena

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Gru po Qu imi co Un id ad e/ Seq uen cia D escr içã o d e C amp o / M in a N ome n a P et rog ra fi a N ome n cl at u ra Li tog eoq u ími ca ICP XRF Acme Fu ro A mostr ad o/ In te rv al o d e C ol et a C oor d en ad as UTM La bor at or io d e A n ál ise Q u ími ca ur o em S ub -S up er fíc ie, F X = Fu ro d e G al er ia, S =S im , N =N ão , Seq uên ci a: C=Can to, F B= F az en da B ras ilei ro, UVM =Un id ad e Vu lc ân ic a M áf ic a, UVF = Un id ad e Vu lc ân ic a F él si ca, e S ed im en tar . T= Tol ei tic a, CAL =Cal ci oa lc al in a, S HO=S hos hon íti ca, UB =Ul tr ab ás ic as , B=B ás ic as , I=I nt er m ed iár ias , A=Ác id as , SED= Roc ha S ed im en tar . Lab or at ór ios : ICP : Pl as m a te Ac op lad o a Es pec tr omet ria d e Em is são Ót ic a d o I ns tit ut o d e G eo ci ên ci as d a U FB A, XRF : Fl uor es cên ci a d e R ai os -X d o I ns tit ut o d e Qu ím ic a d a U FB A. ACM E: L ab or at ór ios Ac m e An al íti ca L td a, an ál is es p el o p ac ot e 4 A+4B . ---TB U VM / FB Ac tin ol ita c ar bo na to x is to M et a-ga br o 13 ,25 – 13,70m 8, 73 3, 71 0 49 0, 64 7 Ba sa lto S N N TB U VM / FB Ac tin ol ita c ar bo na to x is to M et a-an de si to 16 ,60 – 16,95m 8, 73 3, 71 3 49 0, 64 7 Ba sa lto N N S SED U VM / FB M et ap el ito c ar bo no so M et a-pe lit o 19 ,70 – 19,70m 8, 73 3, 71 6 49 0, 64 7 - - - -N N S TU B U VM / FB Ac tin ol ita c ar bo na to x is to Qu ar tz o-ca rb on at o-al bi ta -cl or ita -x is to 22 ,20 – 22,70m 8, 73 3, 71 9 49 0, 64 7 Ba sa lto S N N CA L-I U VM / FB Ac tin ol ita c ar bo na to x is to / M et ap el ito c ar bo no so Ca rb on at o-gr af ita -x is to e Al bi ta -A nf ib ól io -x is to 28 ,70 – 29,20m 8, 73 3, 69 7 49 0, 64 7 An de si to N N S SED U VM / FB Ac tin ol ita c ar bo na to x is to / M et ap el ito c ar bo no so Al bi ta -c ar bo na to -g ra fit a-xi st o 28 ,70 – 29,20m 8, 73 3, 72 2 49 0, 64 7 - - - -N N S TB U VM / FB Ca rb on at o cl or ita x is to M et a-an de si to 32 ,15 – 32,70m 8, 73 3, 72 9 49 0, 64 7 Ba sa lto S N N TU B U VM / FB Ca rb on at o cl or ita x is to M et a-fe no -a nd es ito 40 ,80 – 41,35m 8, 73 3, 73 7 49 0, 64 7 Ba sa lto S N N TB U VM / FB Ca rb on at o cl or ita x is to M et a-fe no -a nd es ito 52 ,20 – 52,85m 8, 73 3, 74 9 49 0, 64 7 Ba sa lto N S N TI U VM / FB Ca rb on at o cl or ita x is to M et a-an de si to 62 ,00 – 62,55m 8, 73 3, 75 9 49 0, 64 7 An de si to S N N TB U VM / FB Ca rb on at o cl or ita x is to Al bi ta -c ar bo na to -c lo rit a-xi st o 73 ,45 – 73,92m 8, 73 3, 77 0 49 0, 64 7 An de si to N N S SED U VM / FB M et ap el ito c ar bo no so M et a-tu fo 87 ,60 – 88,90m 8, 73 3, 78 5 49 0, 64 7 Daci to N N S SH OB U VM / FB Cl or ita Xi st o M et ad io rit o 90 ,10 – 90,50m 8, 73 3, 78 7 49 0, 64 7 Ha va ito S N N TU B U VM / FB Cl or ita Xi st o Qu ar tz o-al bi ta -c lo rit a-xi st o 96 ,50 – 97,00m 8, 73 3, 79 3 49 0, 64 7 Ba sa lto S N N TB U VM / FB Cl or ita Xi st o M ag né tic o Qu ar tz o-pl ag io cl as io -ca rb on at o-al bi ta -c lo rit a-98 ,00 – 98,90m 8, 73 3, 79 5 49 0, 64 7 Ba sa lto-and es ito N N S TB U VM / FB Ac tin ol ita c ar bo na to x is to Al bi ta - ca rb on at o-cl or ita xi st o 10 3, 00 – 103,55m 8, 73 3, 80 0 49 0, 64 7 Ba sa lto-and es ito S N N SH OB U VM / FB Ac tin ol ita c ar bo na to x is to M et a-fe no -a nd es ito 10 9, 50 – 110,00m 8, 73 3, 80 6 49 0, 64 7 Ba sa lto N N S FUR O FSS 00863 T ab ela 1. D es cri çã o das amos tras es tud ad as du rante es te t raba lho .

(40)

Amostr a Gru po Qu imi co Un id ad e/ Seq uen cia D escr içã o d e C amp o / M in a N ome n a P et rog ra fi a N ome n cl at u ra Li tog eoq u ími ca ICP XRF Acme Fu ro A mostr ad o/ In te rv al o d e C ol et a C oor d en ad as UTM La bor at or io d e A n ál ise Q u ími ca FS S =F ur o em S ub -S up er fíc ie, F X = Fu ro d e G al er ia, S =S im , N =N ão , Seq uên ci a: C=Can to, F B= F az en da B ras ilei ro, UVM =Un id ad e Vu lc ân ic a M áf ic a, UVF = Un id ad e Vu lc ân ic a F él si ca, US =Un id ad e S ed im en tar . T= Tol ei tic a, CAL =Cal ci oa lc al in a, S HO=S hos hon íti ca, UB =Ul tr ab ás ic as , B=B ás ic as , I=I nt er m ed iár ias , A=Ác id as , SED= Roc ha S ed im en tar . Lab or at ór ios : ICP : Pl as m a In du ct iv amen te Ac op lad o a Es pec tr omet ria d e Em is são Ót ic a d o I ns tit ut o d e G eo ci ên ci as d a U FB A, XRF : Fl uor es cên ci a d e R ai os -X d o I ns tit ut o d e Qu ím ic a d a U FB A. ACM E: L ab or at ór ios Ac m e An al íti ca L td a, an ál is es p el o p ac ot e 4 A+4B . ---3232 CA L-A U VM / FB M et ap el ito vul câ ni co M et ab as ito FU RO FX 0644 0 13 ,00 – 14 ,00 m 8, 73 2, 71 8 49 1, 63 7 Daci to N N S 3233 TU B U VM / FB Cl or ita X is to Bi ot ita -c lor ita -c ar bona to-anf ib ól io-al bi ta x is to 2, 00 – 3, 00 m 8, 73 2, 69 6 49 1, 61 2 Foi di to S N N 3234 TU B U VM /F B Cl or ita X is to Bi ot ita -a lb ita -a nf ib ól io-ca rb ona to-cl or ita -x is to 3, 00 – 4, 00 m 8, 73 2, 69 5 49 1, 61 2 Ba sa lto S N N 3235A -U VM / FB Cl or ita X is to M et a-ga br o 4, 00 – 5, 00 m 8, 73 2, 69 5 49 1, 61 2 ---S N N 3235B TU B U VM / FB Cl or ita X is to Cl or ita -a nf ib ól io-ca rb ona to-al bi ta -x is to 4, 00 – 5, 00 m 8, 73 2, 69 5 49 1, 61 2 Ba sa lto S N N 3236 TU B U VM / FB Cl or ita X is to Cl or ita -c ar bona to-anf ib ól io-al bi ta -x is to 5, 00 – 6, 00 m 8, 73 2, 69 4 49 1, 61 2 Foi di to S N N 3237 TB U VM / FB Cl or ita X is to Cl or ita -a lb ita -a nf ib ól io-ca rb ona to-xi st o 6, 00 – 7, 00 m 8, 73 2, 69 3 49 1, 61 2 Ba sa lto-and es ito S N N 3238 CA L-A U VM / FB Pl ag ioc lá si o ca rb ona to Fe no-da ci to 7, 00 – 8, 50 m 8, 73 2, 69 2 49 1, 61 2 R iol ito N N S 3239 TU B U VM / FB Cl or ita X is to M et a-and es ito 1, 00 – 2, 00 m 8, 73 2, 70 4 49 1, 65 0 Ba sa lto S N N 3240 TU B U VM / FB Cl or ita X is to Al bi ta -a nf ib ól io-ca rb ona to-xi st o 5, 00 – 6, 00 m 8, 73 2, 70 5 49 1, 65 0 Foi di to S N N 3241A CA L-B U VM / FB M et ap el ito ca rb ono so Ca rb ona to-al bi ta -b iot ita -anf ib ól io-xi st o 9, 00 – 10 ,15 m 8, 73 2, 70 4 49 1, 65 0 Ba sa lto-and es ito N S N 3241B ----U VM / FB M et ap el ito ca rb ono so An fib ól io-ca rb ona to-al bi ta -gr af ita - xi st o 9, 00 – 10 ,15 m 8, 73 2, 70 4 49 1, 65 0 ---FU RO FX 06435 FUR O FX 06449 T ab ela 1. D es cri çã o das amos tras es tud ad as du rante es te t raba lho .

As Rochas Vulcanossedimentares do GBRI na area da MFB: Petrografia e Geoquimica Dissertacao de Mestrado - Zilda Gomes Pena

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Gru po Qu imi co Un id ad e/ Seq uen cia D escr içã o d e C amp o / M in a N ome n a P et rog ra fi a N ome n cl at u ra Li tog eoq u ími ca ICP XRF Acme Fu ro A mostr ad o/ In te rv al o d e C ol et a C oor d en ad as UTM La bor at or io d e A n ál ise Q u ími ca ur o em S ub -S up er fíc ie, F X = Fu ro d e G al er ia, S =S im , N =N ão , Seq uên ci a: C=Can to, F B= F az en da B ras ilei ro, UVM =Un id ad e Vu lc ân ic a M áf ic a, UVF = Un id ad e Vu lc ân ic a F él si ca, e S ed im en tar . T= Tol ei tic a, CAL =Cal ci oa lc al in a, S HO=S hos hon íti ca, UB =Ul tr ab ás ic as , B=B ás ic as , I=I nt er m ed iár ias , A=Ác id as , SED= Roc ha S ed im en tar . Lab or at ór ios : ICP : Pl as m a te Ac op lad o a Es pec tr omet ria d e Em is são Ót ic a d o I ns tit ut o d e G eo ci ên ci as d a U FB A, XRF : Fl uor es cên ci a d e R ai os -X d o I ns tit ut o d e Qu ím ic a d a U FB A. ACM E: L ab or at ór ios Ac m e An al íti ca L td a, an ál is es p el o p ac ot e 4 A+4B . ---TB U VM / FB Cl or ita X is to Ca rb ona to-al bi ta -a nf ib ól io-xi st o 4, 00 – 5, 00 m 8, 73 2, 70 0 49 1. 62 5 Ba sa lto S N N TI U VM / FB Cl or ita X is to M et a-ga br o 11 ,00 – 12 ,00 m 8, 73 2, 69 4 49 1, 62 5 Ba sa lto-and es ito S N N TI U VM / FB Cl or ita X is to Qua rt zo-a nf ib ól io-al bi ta -xi st o 21 ,00 – 22 ,35 m 8, 73 2, 68 5 49 1, 62 5 Ba sa lto-and es ito N N S CA L-A UVM Di or ito e Qua rt zo Di or ito pór fir o ---8, 73 7, 38 0 49 7, 81 1 R iol ito N N S CA L-A UVF Di or ito e Qua rt zo Di or ito pór fir o ---8, 73 8, 65 6 49 8, 84 1 Daci to N N S -U VF Di or ito e Qua rt zo Di or ito pór fir o ---8, 73 8, 44 4 49 4, 48 7 N N N FUR O FX 06437 --- --- ---T ab ela 1. D es cri çã o das amos tras es tud ad as du rante es te t raba lho .

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A análise modal das amostras objetivou o conhecimento do percentual de volume dos minerais, com a finalidade de quantificá-lo volumetricamente. Contudo, tratando-se de rochas de origem vulcânica, com matriz muito fina a afanítica, este cálculo modal ficou comprometido, e optou-se por utilizar os diagramas de classificação normativa para nomear as amostras.

1.5.4 Análises Litogeoquímicas

Das 43 (quarenta e três) amostras coletadas, 35 (trinta e cinco) foram selecionadas para estudos litogeoquímicos em rocha total. Nesta fase elas foram lavadas, visando à eliminação de resíduos de solo e vegetação e secas em temperatura ambiente.

Nas dependências do GPA foram aplicados métodos clássicos de preparação de amostras de rochas para estudos litogeoquímicos com redução granulométrica no britador de mandíbulas, seguida por pulverização em shatterbox de panela de carbeto de tungstênio (< 200 mesh).

As analises foram realizadas no Laboratório de Plasma Indutivamente Acoplado a Espectrometria de Emissão Óptica (ICP OES, 12 amostras), no Laboratório de Fluorescência de Raios-X (XRF, 4 amostras) da UFBA, e nos Laboratórios do AcmeLab (23 amostras). Para detalhes sobre o método analítico aplicado a cada amostra veja a Tabela

1.

1.5.4.1 Análises Litogeoquímicas no ICP-OES do IGEO-UFBA

Além da obtenção do dado analítico, a realização desta etapa na UFBA objetivou o treinamento da mestranda em análises litogeoquímicas de rocha para estudos petrológicos. Os métodos para realização das análises de elementos maiores em rotina no GPA (Figura 4 E) observam os seguintes procedimentos:

(i) Pesa-se aproximadamente 3 g da amostra no pesa-filtro e deixa secar por 3

horas a temperatura de 105°C a 110°C. Com o uso de dissecador, coloca-se a amostra para esfriar em temperatura ambiente.

As Rochas Vulcanossedimentares do GBRI na area da MFB: Petrografia e Geoquimica Dissertacao de Mestrado - Zilda Gomes Pena

(43)

(ii) No cadinho de teflon, colocar-se 0,01 g da amostra, utilizando balança analítica.

(iii) Adiciona-se 0,5 ml de água régia (3 HCl + HNO3) e 3 ml de ácido fluorídrico

(HF).

(iv) Coloca o cadinho de teflon dentro da Bomba de Paar. A Bomba de Paar é

colocada em estufa a 136 °C, por 45 minutos.

(v) Retira-se a Bomba de Paar da estufa e deixa esfriar a temperatura ambiente por cerca de 3 horas (3h). Com cuidado, abrem-se os cadinhos na capela de exaustão.

(vi) Adiciona-se à amostra 2,8 g de acido bórico com agitação e aquecimento para dissolver os fluoretos insolúveis e obter total solubilidade dos sais. (vii) É feita a transferência das soluções dos cadinhos para um balão volumétrico

de 100 ml e resfria-se à temperatura ambiente de 25°C.

(viii) Avoluma-se a solução para 100 ml, acrescentando-se água pura e agitando para garantir a homogeneização.

(ix) Transferem-se as soluções do balão volumétrico para frascos de polietileno de capacidade de 100 ml para aguardar a leitura no aparelho.

Para as análises de elementos menores e traços, o procedimento de abertura química das amostras em rotina no Laboratório do Plasma são os seguintes:

(i) Seguem-se os procedimentos de pesagem e secagem do método anterior (elementos maiores). O processo para menores difere do anterior por utilizar becker de teflon e não necessitar de Bomba de Paar.

(ii) O ataque ácido utiliza ácido fluorídrico (HF), ácido perclórico (HNO4) e ácido

Referências

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