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Análise de viabilidade econômica e financeira para implantação de uma franquia de cafeteria

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS,

ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ALINE IZABEL SECCO VIEIRA

ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA

IMPLANTAÇÃO DE UMA FRANQUIA DE CAFETERIA

(Trabalho de Conclusão de Curso)

IJUÍ (RS)

2016

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ALINE IZABEL SECCO VIEIRA

ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA

IMPLANTAÇÃO DE UMA FRANQUIA DE CAFETERIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Curso de Ciências Contábeis da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Profª Orientadora: MARIA MARGARETE BACCIN BRIZOLLA

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AGRADECIMENTOS

Inicialmente agradeço à Deus, por ter me dado força em todos os momentos que pensei em desistir ou achei que não conseguiria realizar este sonho, por todas as proteções e bênçãos derramadas sobre mim.

À minha mãe, Ana, por nunca medir esforços para que eu conseguisse realizar meus sonhos, por toda a paciência nos períodos de provas durante a graduação e também na realização deste trabalho. Por sempre me incentivar e nunca me deixar desistir. Por ser a minha base e exemplo de tudo. Esta conquista também é sua, mãe!

À toda minha família e amigos, pelo incentivo, apoio e carinho de sempre.

Agradeço também a todos os colegas da graduação, os quais viraram amigos que levarei para sempre, que tornaram esta caminhada menos árdua e mais divertida. Especialmente a minha grande amiga Ana Luiza, presente que o curso de Ciências Contábeis me deu, por ser esta companheira extraordinária durante a graduação e em todos os momentos da minha vida, por compartilharmos alegrias e também tristezas, sempre uma servindo como base de força e incentivo da outra. Da mesma forma, um agradecimento especial à Paula, que tornou-se muito mais que colega, uma grande amiga que levarei por toda a vida, sempre alegre, paciente e compreensiva e muito divertida.

Agradeço a todos os professores do curso de Ciências Contábeis, os quais são exemplos de profissionais, que transmitem seus conhecimentos sempre com muito zelo e dedicação, demonstrando amor por aquilo que fazem. Também agradeço aos “puxões de orelha”, pois com certeza sempre aprende-se algo com eles. Agradeço também à professora Roselaine Filipin, por ter me ajudado na escolha do tema deste trabalho. Por ser mais que mestre, ser amiga e sempre incentivar seus alunos.

Por fim, meu agradecimento especial é para a minha professora orientadora Maria Margarete Baccin Brizolla, a querida Prof. Marga, por ser muito mais que professora, ser amiga, mãe, sempre com muita paciência, disposta a ajudar no que for preciso. Pelas dicas e pelos conselhos, pela compreensão de todas as dúvidas que surgiram e também por sempre saná-las da melhor maneira possível. Prof. Marga, você é dez! Obrigada por tudo!

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RESUMO

A análise de viabilidade de investimentos deve preocupar-se em verificar se os benefícios gerados com investimento compensam os gastos realizados. Pode ser utilizada para avaliar novos empreendimentos, bem como lançamento de novos produtos, entrada em um novo mercado e até mesmo uma reestruturação organizacional. O presente estudo trata-se da elaboração de uma análise de viabilidade econômica e financeira para estruturação de uma franquia de cafeteria na cidade de Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul. As técnicas utilizadas possuem como objetivo analisar os resultados econômicos e financeiros do empreendimento, averiguando se o mesmo terá retorno do investimento inicial e em quanto tempo isto ocorrerá, levando em consideração o desejo de retorno dos empreendedores. Primeiramente apresenta-se o referencial teórico acerca do tema abordado neste estudo. A metodologia do estudo é classificada como pesquisa aplicada, descritiva, bibliográfica, documental, pesquisa de campo e qualitativa. A partir dos dados coletados e projetados foi estruturado o fluxo de caixa, sendo que a partir dele foi projetada a taxa mínima de atratividade, calculadas a taxa interna de retorno, valor presente líquido, payback simples e descontado, possibilitando efetuar a análise financeira do empreendimento. Posteriormente, foi estruturado demonstração do resultado, bem como extraídos os índices de rentabilidade, lucratividade e prazo de retorno contábil desta demonstração, os quais foram necessários para se efetuar a análise econômica do empreendimento. Os resultados indicam que o empreendimento em estudo é viável econômica e financeiramente, pois apresentou ótimos índices e prazos de retorno, sendo que o VPL é positivo, a TIR é superior a TMA e o prazo de retorno é baixo.

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

CMV Custo da Mercadoria Vendida

CPC Comitê de Pronunciamentos Técnicos DRE Demonstração do Resultado do Exercício IL Índice de Lucratividade IR Índice de Rentabilidade IT Investimento Total LL Lucro Líquido PBS Payback Simples PBD Payback Descontado TIR Taxa Interna de Retorno TMA Taxa Interna de Retorno TR Tempo de Retorno TR% Taxa de Rentabilidade VFL Valor Futuro Líquido VPL Valor Presente Líquido VUL Valor Uniforme Líquido

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Funções da informação contábil gerencial. ... 16

Quadro 2 – Modelo de fluxo de caixa. ... 23

Quadro 3 – Modelo de demonstração do resultado do exercício. ... 29

Quadro 4 - Investimentos iniciais. ... 38

Quadro 5 – Financiamento. ... 39

Quadro 6 – Receitas estimadas. ... 40

Quadro 7 – Estimativa de CMV. ... 41

Quadro 8 – Estimativa de despesas variáveis. ... 42

Quadro 9 – Estimativa de custo total por cargo no primeiro ano. ... 43

Quadro 10 – Despesas operacionais estimadas. ... 44

Quadro 11 – Depreciação. ... 44

Quadro 12 – Fluxo de caixa. ... 46

Quadro 13 – Indicadores financeiros a partir do fluxo de caixa ... 46

Quadro 14 – Demonstração do resultado. ... 48

Quadro 15 – Demonstração do resultado médio. ... 48

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 9

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 11

1.2 DEFINIÇÃO DO TEMA EM ESTUDO ... 11

1.3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ... 12 1.4 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA ... 12 1.5 OBJETIVOS ... 13 1.5.1 Objetivo geral ... 13 1.5.2 Objetivos específicos ... 13 1.6 JUSTIFICATIVA ... 14 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 15 2.1 CONTABILIDADE ... 15 2.2 CONTABILIDADE GERENCIAL ... 16 2.3 EMPREENDEDORISMO ... 17

2.4 INVESTIMENTOS, RECEITAS, CUSTOS E DESPESAS ... 18

2.4.1 Investimentos ... 18

2.4.2 Receitas, custos e despesas ... 18

2.5 ANÁLISE DE VIABILIDADE ... 20

2.6 FLUXO DE CAIXA ... 21

2.6.1 Entradas e saídas de recursos financeiros ... 22

2.6.2 Indicadores de viabilidade ... 24 2.7 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ... 27 2.7.1 Receitas e despesas ... 28 2.7.2 Indicadores de resultado ... 29 3 METODOLOGIA DO ESTUDO ... 32 3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ... 32

3.1.1 Pesquisa quanto à natureza ... 32

3.1.2 Pesquisa quanto aos objetivos ... 33

3.1.3 Pesquisa quanto aos procedimentos técnicos ... 33

3.1.4 Pesquisa quanto à abordagem ... 34

3.2 COLETA DE DADOS ... 35

3.2.1 Instrumentos de coleta de dados ... 35

3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ... 36

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 38

4.1 INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS ... 38

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4.2.1 Receitas ... 40

4.2.2 Custo da mercadoria vendida ... 41

4.2.3 Despesas ... 41

4.3 ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÖMICA E FINANCEIRA ... 45

4.3.1 Fluxo de caixa ... 45

4.3.2 Demonstração do resultado ... 47

5 CONCLUSÃO ... 51

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1 INTRODUÇÃO

Devido às constantes mudanças que vem ocorrendo nas empresas, os gestores necessitam antecipar-se às ações, através de tomada de decisões objetivas, que trarão benefícios econômicos futuros às mesmas. Para isto, torna-se necessário contar com os instrumentos da Contabilidade, definida por Bruni (2014, p.2) como “a ciência que tem o objetivo de registrar todos os acontecimentos verificados no patrimônio de uma entidade”. Porém, não bastam apenas os relatórios e informações geradas pela Contabilidade. É preciso contar com informações mais precisas, relatórios diferenciados que ajudem no processo das decisões.

Desta forma, surge a Contabilidade Gerencial, a qual é uma vertente da Contabilidade, destinada a auxiliar na gestão dos negócios e nos processos de tomada de decisão. Iudícibus (1998, p.21) afirma que a Contabilidade Gerencial “está voltada única e exclusivamente para a administração da empresa, procurando suprir informações que se ‘encaixem’ de maneira válida e efetiva no modelo decisório do administrador”. Utiliza-se de técnicas que não obedecem às normas e princípios fundamentais de Contabilidade, pois os relatórios por ela gerados são utilizados apenas pelos usuários internos da empresa, ajustando-os de acordo com as necessidades dos gestores.

Utilizando as técnicas da Contabilidade Gerencial é possível realizar uma análise de viabilidade de investimentos, a fim de saber se é viável investir em um negócio, se traz retornos e em quanto tempo isto ocorrerá. Para Bruni (2008, p.129) “a análise de viabilidade de investimentos deve preocupar-se em verificar se os benefícios gerados com investimento compensam os gastos realizados”. Pode ser utilizada para avaliar novos empreendimentos, bem como lançamento de novos produtos, entrada em um novo mercado e até mesmo uma reestruturação organizacional.

Através da análise de viabilidade são realizadas diversas projeções acerca do investimento, como do fluxo de caixa, definido por Silva (2008b, p.446) como “um dos principais instrumentos de análise, propiciando-lhes identificar o processo de circulação do dinheiro, através da variação de caixa (e equivalentes)”. Ainda, são calculados indicadores de viabilidade e de resultado, que irão demonstrar se é viável investir ou não no projeto.

Neste sentido, este estudo visa desenvolver uma análise de viabilidade para implantação de uma franquia de cafeteria na cidade de Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul, demonstrando se o investimento é viável, se traz retornos para a empresa e em quanto tempo isto irá ocorrer.

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Para o desenvolvimento deste trabalho, no capítulo 1 são abordados a caracterização da empresa em estudo, o problema a ser estudado, os objetivos, justificativa e a metodologia empregada no mesmo.

Na sequência, no capítulo 2 foi desenvolvida a revisão teórica acerca do tema objeto deste estudo, sendo apresentadas definições a respeito da Contabilidade, da Contabilidade Gerencial, empreendedorismo, investimentos, receitas, custos e despesas, análise de viabilidade, fluxo de caixa e indicadores de viabilidade, bem como da demonstração do resultado e os indicadores de resultado.

No Capítulo 3 estão apresentados os procedimentos metodológicos utilizados para o estudo, ou seja, de que modo se classifica a pesquisa, a forma de coleta, interpretação e análise dos dados.

O capítulo 4 apresenta o estudo de caso, demonstrando os investimentos necessários, receitas, custos, despesas e as análises de viabilidade econômica e financeira do empreendimento. Por fim, foram apresentadas a conclusão do estudo, considerando a retomada dos objetivos e da questão de pesquisa, bem como as referências consultadas para a realização do estudo.

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1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Neste capítulo apresenta-se a contextualização do presente estudo, bem como a caracterização da empresa, problematização do tema, os objetivos a serem alcançados e a justificativa.

1.2 DEFINIÇÃO DO TEMA EM ESTUDO

A Contabilidade é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades através dos aspectos quantitativos e qualitativos nela existentes, a qual foi concebida para ser capaz de gerar informações aos seus usuários, tornando-se útil à sociedade na qual está inserida (BASSO, 2011).

Ocorre que cada vez mais informações de cunho gerencial são demandadas, em virtude do crescimento das organizações de forma acelerada nos últimos anos. Assim, surge o ramo da Contabilidade denominada Contabilidade Gerencial, com o intuito de fornecer informações para os administradores da empresa, responsáveis pela tomada de decisão e controle de suas operações (SILVA, 2008a).

Conforme Frezatti (2007 p.28), “um instrumento gerencial é aquele que permite apoiar o processo decisório da organização, de maneira que ela esteja orientada para os resultados pretendidos”. Nesta mesma linha, Warren; Reeve; Fess (2001, p.3) destacam que as informações geradas pela contabilidade gerencial devem apresentar dados históricos e estimados, “usados pela administração na condução de operações diárias, no planejamento de operações futuras e no desenvolvimento de estratégias de negócios integradas”.

Os relatórios gerados pela Contabilidade Gerencial fornecem dados objetivos a respeito de operações passadas, bem como dados subjetivos, que auxiliam na resposta à oportunidade de negócios. Além disso, tais relatórios não precisam estar de acordo com as normas e princípios fundamentais de contabilidade, uma vez que somente são utilizados pelos usuários internos da empresa, sendo que o contador pode fornecê-los de acordo com as necessidades da administração (WARREN; REEVE; FESS, 2001).

Neste sentido, o presente trabalho de conclusão de curso aborda um estudo referente à análise de viabilidade econômica e financeira para a implantação de um empreendimento comercial na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

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1.3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

Esta entidade tem como objetivo central comercializar cafés, chás, doces e chocolates, visando atender as necessidades dos clientes, proporcionando conforto, segurança e qualidade de vida; além de prestar serviço diferenciado no atendimento.

A estrutura física da empresa será localizada no bairro Moinhos de Ventos, na cidade de Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul, sendo composta por um espaço alugado de aproximadamente 80m², incluindo recepção, salão e cozinha, conforme premissas do franqueador. Terá características próprias, receitas exclusivas, arte na apresentação dos produtos com padrão Europeu, contando com trilha sonora francesa, para que os clientes desfrutem de uma decoração inspirada na charmosa Paris.

Primeiramente esta empresa conta com uma estrutura funcional enxuta, sendo os dois sócios proprietários contando com a colaboração de quatro funcionários. Três destes funcionários serão atendentes, sendo dois atuando diretamente no atendimento aos clientes no salão da cafeteria e o outro atendente e o barista atuarão na preparação dos pedidos da cozinha, bem como nas bebidas quentes e especiais, respectivamente. O sócio proprietário desenvolve suas atividades de gerente, sendo responsável pelas decisões de compra, controle de qualidade dos produtos e auxílio no atendimento aos clientes, sendo que a sócia proprietária atua na área administrativa da empresa. A opção tributária da empresa é enquadrada no regime de tributação do Simples Nacional.

O objetivo é obter o reconhecimento como a melhor empresa no ramo de cafeteria, com uma proposta diferenciada que poderá ser referência de qualidade, luxo e sofisticação, buscando atingir o mercado com produtos e serviços de boa qualidade e preços condizentes com a realidade do público que frequenta o ambiente, visando ampliar sua seus clientes e se consolidar no mercado.

1.4 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA

Constituir uma empresa nos dias de hoje é tarefa fácil, qualquer pessoa pode abrir o empreendimento dos seus sonhos. O difícil é dar continuidade à mesma, conquistar espaço no mercado atual, fidelizar clientes, crescer e gerar lucros aos empresários. Muitos dos empreendimentos encerram suas atividades por falta de planejamento dos empresários/gestores, por não saberem se realmente existe espaço para o empreendimento no mercado e se o investimento em tal atividade é viável ou não.

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Neste sentido, realizar um análise de viabilidade econômica e financeira é importante, Segundo Filho (2005, p.75), menciona que “a decisão de fazer um investimento ou escolher a alternativa mais vantajosa entre dois investimentos é medida importante que, mais cedo ou mais tarde, qualquer administrador terá que tomar”. Uma escolha mal sucedida de investimento, sem uma análise de viabilidade, acarreta apenas em desembolsos por parte dos proprietários, sem retorno nenhum do investimento inicial.

A análise de viabilidade econômica e financeira possibilita a obtenção de informações acerca do retorno do investimento inicial no negócio, bem como se o mesmo é viável ou não, considerando fatores do mercado externo como concorrentes, fornecedores, capacidade do poder aquisitivo do público alvo, inflação, entre outros.

A decisão de investir ou não em um empreendimento é estruturada nos seguintes passos: identificar oportunidades de investimentos, efetuar uma avaliação acerca dos fluxos de caixa, selecionar qual o método de avaliação será utilizado e realizar a implementação do negócio (SEGUNDO FILHO, 2005).

Diante do exposto, levantou-se a seguinte questão: Como a análise de viabilidade econômica e financeira de investimentos em uma franquia de cafeteria pode auxiliar na decisão de investir?

1.5 OBJETIVOS

Considerando o tema proposto, e tendo como norte responder a questão problema deste estudo, na sequência apresenta-se o objetivo geral e os objetivos específicos.

1.5.1 Objetivo geral

O objetivo geral deste estudo é identificar como a análise de viabilidade econômica e financeira de investimentos em uma franquia de cafeteria pode auxiliar na decisão de investir.

1.5.2 Objetivos específicos

 Efetuar a revisão bibliográfica, que embasa o tema proposto;

 Identificar os custos, despesas e receitas, separando os custos fixos e variáveis para os produtos vendidos;

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 Identificar os investimentos permanentes (fixos) e capital de giro necessário ao investimento;

 Estruturar a Demonstração do Resultado e o Fluxo de Caixa a partir dos dados coletados, com vista a identificar o desempenho econômico e financeiro da organização.

1.6 JUSTIFICATIVA

A decisão de efetuar um estudo na área de análise de viabilidade justifica-se pela real intenção de terceiros em estruturar o empreendimento, a fim de verificar se o alto investimento é viável ou não, se terá retorno e em quanto tempo isto acontecerá. Desta forma, é imprescindível que o estudo seja estruturado dentro da realidade acerca do mercado e índices inflacionários atuais.

Para a acadêmica, a escolha do tema levou em consideração o gosto e a afinidade com o assunto, possibilitando aprofundar os conhecimentos teóricos e práticos obtidos durante a caminhada na graduação do Curso de Ciências Contábeis, e até mesmo possibilidade de traçar linhas de atuação no mercado após conquistar o título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Para a Universidade, bem como para o Curso de Ciências Contábeis, o presente estudo ficará à disposição para servir como fonte de pesquisa pelos alunos do referido curso, pois contempla todo o conhecimento obtido durante a graduação. Poderá também ser utilizado como fonte de pesquisa pela comunidade em geral, a quem se interessar pelo tema em estudo, servindo como forma de desenvolver a profissão.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo apresenta-se o referencial teórico acerca da Contabilidade Gerencial, investimentos, custos, receitas, despesas, análise de viabilidade entre outros assuntos ligados ao presente estudo. Este referencial possui o intuito de buscar na teoria o embasamento necessário para compreender da melhor forma os temas abordados na prática.

2.1 CONTABILIDADE

A Contabilidade é uma ciência que estuda e controla o patrimônio da entidade, fornecendo informações acerca de sua composição e suas variações qualitativas e quantitativas (BRAGA, 2012).

Para Basso (2011, p.26), “[...] é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico), [...] se constitui na técnica de coletar, catalogar, e registrar informações de suas variações e situação [...]”.

A contabilidade é uma ciência que registra, verifica e analisa os fatos financeiros e econômicos que decorrem da situação patrimonial de uma pessoa física ou jurídica, mostrando ao usuário que tem interesse de avaliar a situação da entidade mediante as demonstrações contábeis e os relatórios gerenciais. A contabilidade é uma ciência social que estuda e pratica as funções de controle e de registro relativos ao atos e fatos de administração e de economia (SILVA, 2008a, p.3).

Vale ressaltar que o objeto de estudo da Contabilidade é o patrimônio da entidade, o qual é definido por Silva (2008a, p.4) “como um conjunto de bens, direitos e obrigações para com terceiros, pertencente a essa entidade”. Braga (2012, p.36) complementa que o patrimônio “é um conjunto de elementos, com conteúdo econômico, avaliáveis em moeda, pertencente a uma entidade, que o explora ou o utiliza com um objetivo determinado”.

Conforme Silva (2008a, p.4), “basicamente, o objetivo principal da contabilidade é prover informação útil e consistente para a tomada de decisões econômicas e financeiras”.

Diante do exposto, pode-se dizer que a Contabilidade exerce seu controle sobre o patrimônio das entidades (o qual é o seu objeto de estudo), através de diversos mecanismos que posteriormente irão gerar informações acerca de aspectos econômicos e financeiros, os quais serão úteis aos administradores, bem como aos demais interessados na entidade.

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2.2 CONTABILIDADE GERENCIAL

A Contabilidade Gerencial, conforme Silva (2008a, p.119), “é voltada para o fornecimento de informações para os administradores, ou seja, os profissionais que estão dentro da instituição e que são responsáveis pela direção, tomada de decisões e controle de suas operações”. Ela é capaz de produzir relatórios gerenciais para os administradores da empresa, os quais são preparados de acordo com as necessidades destes (WARREN; REEVE; FESS, 2001).

Contabilidade Gerencial é o processo de produção de informações financeiras e operacionais para funcionários e gerentes. O processo deve ser orientado pelas necessidades de informação interna e deve dirigir suas decisões operacionais e de investimentos (ATKINSON et al, 2011, p.36).

Esta linha da contabilidade não observa os princípios contábeis, pois possui finalidade gerencial. A categoria das informações da contabilidade gerencial é mais subjetiva, interpretativa e importante (SILVA, 2008a).

A Contabilidade Gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório (IUDÍCIBUS, 1998, p.21).

Atkinson et al (2011, p.45) salienta que “a demanda por informação contábil gerencial difere, dependendo do nível da organização”. Ela orienta várias funções organizacionais diferentes, conforme demonstra o quadro a seguir.

Quadro 1 – Funções da informação contábil gerencial.

Controle operacional Fornecer informação de feedback sobre a eficiência e a qualidade das tarefas

desempenhadas.

Custeio de produto e cliente

Mensurar os custos dos recursos usados para fabricar um produto ou executar um serviço, vendê-lo e entregá-lo aos clientes.

Controle gerencial Fornecer informações sobre o desempenho de gerentes e unidades operacionais.

Controle estratégico

Fornecer informações sobre o desempenho competitivo da empresa a longo prazo, as condições de mercado, as preferências dos clientes e as inovações tecnológicas.

Fonte: Atkinson et al (2011, p. 45).

Conforme Padoveze (2010, p.41) a “Contabilidade Gerencial não é um existir, mas um fazer. Contabilidade Gerencial é ação, e não técnicas específicas de contabilidade”. Ela

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utiliza-se de técnicas já deutiliza-senvolvidas por outras disciplinas, enfocando todos os temas destas no processo de tomada de decisão (PADOVEZE, 2010, p.41). Desta forma, percebe-se que a Contabilidade Gerencial passou a ser um diferencial competitivo nas empresas, gerando informações precisas na hora certa. Ela auxilia os gestores da empresa no processo de tomada de decisão, dando uma maior segurança aos mesmos. Além disso, controla os processos dentro da empresa e assegura que os recursos serão utilizados da melhor maneira possível.

2.3 EMPREENDEDORISMO

Empreender não é apenas criar seu próprio empreendimento, inovando apenas no começo e somente uma vez. O empreendedor precisa saber conduzir o negócio, sustentá-lo e obter retornos dos seus investimentos (CHIAVENATO, 2012). Segundo Chiavenato (2012, p.1) “empreender representa basicamente uma ação social e não apenas individual, pois envolve equipes de colaboradores, fornecedores e uma variedade de clientes [...]”. Nesta mesma linha, Dornelas (2012, p.28) afirma que “empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades”.

Dornelas (2012, p.8) conceitua empreendedor como “pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular, apaixonadas pelo que fazem, não se contentam em ser mais um na multidão, querem ser reconhecidas e admiradas, referenciadas e imitadas, querem deixar um legado”.

Chiavenato (2012, p.3) explica que “o empreendedor é a pessoa que inicia e/ou dinamiza um negócio para realizar uma ideia ou projeto pessoal assumindo riscos e responsabilidades e inovando continuamente”. É uma pessoa altamente motiva e proativa, aquela que faz com que as coisas aconteçam.

O empreendedorismo refle a prática de criar novos negócios ou revitalizar negócios já existentes. Por isso, a atividade do empreendedor é muitas vezes associada à incerteza, principalmente quando o seu negócio envolve algo realmente novo ou quando o mercado para o seu produto sequer existe (CHIAVENATO, 2012, p.5).

O empreendedor identifica uma oportunidade e cria um negócio, assumindo riscos calculados. Deve possuir iniciativa e paixão pelo que faz, utilizar os recursos que possui de forma criativa e assumir riscos calculados e a possibilidade de fracasso (DORNELAS, 2012, p.29).

Identificar oportunidades de negócio e apostar nelas pode ser uma alternativa para sair da crise em que vivemos atualmente. O empreendedorismo gera riquezas para o país,

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desenvolvendo a economia, bem como oportunidades de emprego e uma melhor distribuição de renda.

2.4 INVESTIMENTOS, RECEITAS, CUSTOS E DESPESAS

Ao realizar uma análise de viabilidade de um investimento, é necessário realizar a projeção das receitas, bem como identificar os custos e despesas necessários à empresa. Desta forma, faz-se necessário conhecer os conceitos acerca dos investimentos, receitas, custos e despesas, os quais estão contidos neste item.

2.4.1 Investimentos

Segundo Bruni; Famá (2004, p.25), os investimentos “representam gastos ativados em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuros períodos. Ficam temporariamente ‘congelados’ no ativo da entidade e, posteriormente e de forma gradual, são ‘descongelados’ e incorporados aos custos e despesas”.

Para Marion (2010, p.154) “investimento é toda aplicação realizada pela empresa com o objetivo de lucro (retorno)”. Padoveze (2010, p.319) conceitua investimentos como “gastos efetuados em ativo ou despesas e custos que serão imobilizados ou diferidos. São gastos ativados em função de sua via útil ou benefícios futuros”.

Analisar os investimentos necessários para um novo projeto é tarefa importante, capaz de prever o capital necessário para implantação do negócio.

2.4.2 Receitas, custos e despesas

Conforme Braga (2012, p.26) as “receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de entrada de recursos ou aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultem em aumentos do patrimônio líquido [...]”. São recursos resultantes de vendas de mercadorias, produtos e/ou prestação de serviços.

Entende-se por receita a variação que provoca a entrada de elemento no ativo sob forma de dinheiro ou de direitos a receber, provenientes da realização das atividades principais ou secundárias da entidade, e que geralmente correspondem à venda de mercadorias, produtos e bens, ou à prestação de serviços. Uma receita pode, entretanto, também derivar de rendas sobre títulos, juros de poupanças e outros ganhos eventuais (BASSO, 2011, p. 85).

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A receita significa um acréscimo de Ativo (com consequente acréscimo de Patrimônio Líquido), o qual deriva de operações habituais da empresa e de operações acessórias, como receita de serviços, de vendas, de comissões, de juros, entre outras (IUDÍCIBUS; MARION, 2009, p. 28).

Custos, na visão de Bruni; Famá (2004, p.25) “representam os gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços. Portanto, estão associados aos produtos ou serviços produzidos pela entidade”. Perez Jr.; Oliveira; Costa (2005, p.18) complementam que os custos são “gastos relativos aos bens e serviços (recursos) consumidos na produção de outros bens e serviços”.

Os custos podem ser classificados em diretos e indiretos, variáveis e fixos. Segundo Sá (2006, p.140), “são custos diretos aqueles que se relacionam ao que fisicamente se identifica no produto quando este é fabricado”. Para Padoveze (2010, p.336) os “custos diretos são os custos que podem ser fisicamente identificados para um segmento particular sob consideração”.

São os custos que podem ser quantificados e identificados no produtos ou serviço e valorizados com relativa facilidade. Dessa forma, não necessitam de critérios de rateios para serem alocados aos produtos fabricados ou serviços prestados, já que são facilmente identificados (PEREZ JR.; OLIVEIRA; COSTA, 2005, p. 25).

Também denominado primário, os custos diretos não representam a verdade do custo de produção, já que são apenas uma etapa deste (SÁ, 2006, p.141).

Já os custos indiretos são aqueles que, conforme Perez Jr.; Oliveira; Costa (2005, p. 27) “por não serem perfeitamente identificados nos produtos ou serviços não podem ser apropriados de forma direta para as unidades específicas [...]. Necessitam, portanto, da utilização de algum critério de rateio para a sua alocação”.

Nesta mesma linha, Sá (2006, p. 141) nos diz que “são indiretos os custos que se realizam para produzir mas que não são identificáveis fisicamente no produto, servindo para atender a todo o complexo do que se produz”.

Custos fixos são aqueles que independem do volume de produção, não variam de acordo com esta. Conforme Bruni; Famá (2004, p. 32), os custos fixos “são custos que, em determinado período de tempo e em certa capacidade instalada, não variam, qualquer que seja o volume de atividade da empresa. Existem mesmo que não haja produção”.

Para Sá (2006, p. 142), “são custos fixos os que ocorrem sem se alterarem porque se aumentou ou diminuiu a produção normal”. Nesta mesma linha, Perez Jr.; Oliveira; Costa (2005, p.22) afirmam que os custos fixos “permanecem constantes dentro de determinada capacidade instalada, independem do volume de produção [...]”.

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Conforme Sá (2006, p. 142), “São variáveis os custos que se alteram em razão do aumento ou da diminuição da quantidade produzida”. Para Perez Jr.; Oliveira; Costa (2005, p.24), “são os custos que mantêm relação direta com o volume de produção ou serviço. Dessa maneira, o valor absoluto dos custos variáveis cresce à medida que o volume de atividades da empresa aumenta”. Também denominados custos comuns, os custos variáveis são gastos que não podem ser alocados diretamente aos produtos, necessitando de um critério de distribuição. (PADOVEZE, 2010, p.336).

Despesas, segundo Silva (2008a, p.71), “correspondem aos valores dos insumos consumidos com o funcionamento da companhia e não identificados com a produção do produto; são as atividades à parte da área de produção [...]”.

Gastos relativos aos bens e serviços consumidos no processo de geração de receitas e manutenção dos negócios da empresa. Todas as despesas estão diretamente ligadas ou indiretamente associadas à realização de receitas. As empresas têm despesas para gerar receitas e não para produzir seus bens e serviços (PEREZ JR.; OLIVEIRA; COSTA, 2005, p.18).

Conforme Basso (2011, p.85), “a característica básica da despesa é que ela se constitui num gasto que não se materializa, isto é, são gastos que se consomem na sua realização”. As despesas não se materializam, são aplicações de recursos que contribuem negativamente para a situação líquida da empresa (BASSO, 2011, p. 85).

Diante do exposto, pode-se perceber a importância de reconhecer e registrar de forma correta as receitas, custos e despesas, determinando, assim, o resultado do período. Uma gestão de custos eficaz permite ao gestor determinar seus preços de venda e de serviços, auxiliando no planejamento e controle das operações, bem como gerando informações a respeito do desempenho e rendimento das atividades da empresa.

2.5 ANÁLISE DE VIABILIDADE

Conforme Hoji (2010, p.167), “um investimento envolve sacrifício de grande volume de recursos humanos, intelectuais, materiais e financeiros, e seu retorno deve ser compatível com o nível de risco assumido”. Bruni (2008, p.129) afirma que “investir consiste em fazer um desembolso presente em prol da obtenção de uma série de fluxos de caixa futuros”.

Hoji (2010, p.167) explica que “as decisões de investimentos devem ser tomadas com base em informações cuidadosamente analisadas, pois comprometem os recursos de uma

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empresa por longo tempo e seu retorno efetivo pode ser somente estimado no presente, o que gera incertezas”.

A análise de viabilidade deve ser elaborada com métodos e técnicas que demonstrem o retorno sobre o investimento com bastante clareza, dando suporte às decisões de investir ou não em um projeto (HOJI, 2010). Ponto de equilíbrio, fluxo de caixa positivos e prazo de retorno do investimento são a base para a tomada de decisão quando se efetua uma análise de viabilidade de um empreendimento (DORNELAS, 2012, p.58).

Selecionar novos investimentos baseiam-se em conceitos relacionados à valor, os quais confrontam os investimentos comprometidos no presente e os fluxos de benefícios futuros que são esperados. A análise de viabilidade é um recurso extremamente importante, o qual é capaz de determinar se o projeto atenderá as expectativas dos investidores, escolhendo pela melhor alternativa.

2.6 FLUXO DE CAIXA

Conforme o CPC 03 (2010, p.3), “fluxos de caixa são as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa”. As informações acerca do fluxo de caixa de uma entidade são utilizadas pelos usuários das demonstrações contábeis como base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como suas necessidades de liquidez (CPC 03, 2010).

Para Hoji (2010 p.76) “o fluxo de caixa é um esquema que representa as entradas e saídas de caixa ao longo do tempo. Em um fluxo de caixa, deve existir pelo menos uma saída e pelo menos uma entrada (ou vice-versa).”. Sá (2009, p.11) complementa que o fluxo de caixa é o “método de captura e registro dos fatos e valores que provoquem alterações no saldo de caixa e sua apresentação em relatórios estruturados, de forma a permitir sua compreensão e análise”.

Nesta mesma linha, Brizolla (2015) ressalta que o fluxo de caixa de uma empresa geralmente é igual à receita das vendas, em dinheiro, menos os custos operacionais em dinheiro, menos os custos de juros e menos impostos, não sendo considerados no fluxo de caixa as receitas e despesas que não provocam ingressos ou desembolsos de recursos financeiros no período. Sendo definido o fluxo de caixa como a diferença entre pagamentos e recebimentos em um determinado período.

Padoveze (2010, p.87) afirma que o fluxo de caixa “representa efetiva entrada ou saída de numerário, valores pagos ou recebidos [...]. [...] Se registra exatamente o valor financeiro efetivado na operação”. Dornelas (2012, p.176) afirma que o fluxo de caixa “trata-se de uma

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ferramenta estratégica que auxilia o empreendedor no gerenciamento e no planejamento das ações que serão tomadas no dia a dia e no futuro da empresa”.

Segundo Silva (2008a, p.184) “o fluxo de caixa é o principal instrumento de gestão financeira que planeja, controla e analisa as receitas, as despesas e os investimentos, considerando determinado período projetado”. É um instrumento gerencial que permite apoiar o processo de tomada de decisão da empresa, dada a sua fácil compreensão e rapidez no fluxo de informações (SILVA, 2008a).

O fluxo de caixa é fundamental no controle das operações da empresa, demonstrando como a mesma gera os recursos de caixa e equivalentes de caixa, bem como de que forma os aplica. Cada vez mais torna-se um instrumento de planejamento vital para as empresas, possibilitando o planejamento e controle de suas ações.

2.6.1 Entradas e saídas de recursos financeiros

O fluxo de caixa é dividido em três grandes áreas: atividades operacionais, atividades de investimento e atividades de financiamento. O item de atividades operacionais é composto pelos dados de recebimento e pagamento provenientes da demonstração do resultado. Possuem ligação com o ativo e passivo circulante, pois representam as necessidades líquidas de capital de giro da empresa (PADOVEZE, 2010, p.84).

Nesta mesma linha, Hoji (2010, p.154), afirma que “as atividades de operações correspondem às contas da demonstração do resultado”. Para Padoveze (2010, p.84) as atividades operacionais “são os gastos e receitas das atividades de industrialização e comercialização dos produtos ou serviços da empresa”.

Já com relação às atividades de investimentos, Hoji (2010, p.154), explica que elas “refletem os efeitos das decisões tomadas sobre aplicações, em caráter permanente, de recursos necessários para a operacionalização do empreendimento”. Padoveze (2010, p.85) complementa que as atividades de investimentos possuem como foco “o conceito de ativo como aplicações de recursos. Devem ser registrados os valores de saída para pagamento dos novos investimentos, bem como os valores de entrada por venda de bens ativados anteriormente”.

Segundo Padoveze (2010, p.85) as atividades de financiamento possuem como foco “o conceito de passivo como fontes de recursos”. Neste item devem ser registrados como valores de entrada os novos empréstimos obtidos e as eventuais integralizações de capital, bem como os valores de saída relacionados a amortização de empréstimos (parcelas do principal e juros), pagamentos referentes à devolução de capital, pagamentos das remunerações de sócios e

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acionistas (dividendos, lucros distribuídos e participação nos lucros) (PADOVEZE, 2010, p.85).

Para Hoji (2010, p.154), “as atividades financeiras refletem as atividades executadas para o financiamento das operações e investimentos”. Conforme Souza (2003, p.50) “as entradas de caixa representam os valores estimados de vendas à vista, dos recebimentos de vendas a prazo [...], recebimento de dividendos, recebimento de juros, venda de ativo fixo, venda de ações ou títulos da empresa [...]”. Souza (2003, p.50) explica, ainda, que “as saídas representam os valores estimados dos pagamentos realizados no período considerado. Entre estes, os mais comuns são as compras à vista, pagamento de duplicatas, pagamento de salários, impostos, juros, dividendos [...]”.

Quadro 2 – Modelo de fluxo de caixa.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 TOTAL RECEBIMENTOS Receitas à vista Receitas a prazo Faturamento (vendas) PAGAMENTOS

Custos/ Despesas Variáveis Compras à vista Compras a prazo Frete Comissão Impostos Variáveis Terceirização Custos Fixos Salários Encargos Sociais Aluguel Água Energia Elétrica Telefone Despesas Contador Despesas Bancárias/Juros Pró-labore Investimentos Impostos Fixos Outras Despesas Custo Total SALDO DE CAIXA Fonte: Dornelas (2012, p.177).

O fluxo de caixa é uma ferramenta estratégica e essencial, o qual melhora o desempenho financeiro da empresa e presta suporte aos gestores no gerenciamento e planejamento das suas ações.

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2.6.2 Indicadores de viabilidade

Neste item apresenta-se os indicadores de viabilidade utilizados nas análises de viabilidade de investimentos. São eles: Taxa Interna de Retorno (TIR), Taxa Mínima de Atratividade (TMA), Valor Presente Líquido (VPL), Valor Futuro Líquido (VFL) e Valor Uniforme Líquido (VUL).

2.6.2.1 Taxa interna de retorno - TIR

Segundo Souza (2003, p.75) a Taxa Interna de Retorno (TIR) “representa a taxa que torna o valor presente das entradas de caixa associadas ao projeto igual ao investimento inicial”. Em outras palavras, utiliza o valor presente para calcular a taxa de retorno dos fluxos de caixa líquidos previstos (WARREN; REEVE; FESS, 2001, p.358).

A TIR é uma taxa de juros implícita numa série de pagamentos (saídas) e recebimentos (entradas), que tem a função de descontar um valor futuro ou aplicar o fator de juros sobre um valor presente, conforme o caso, para trazer ou levar cada valor do fluxo de caixa para uma data focal (HOJI, 2010, p.77).

Também conhecida como taxa de desconto do fluxo de caixa, Hoji (2010, p.78) explica que “o conceito de TIR é utilizado para calcular a taxa i quando existe mais de um pagamento e mais de um recebimento ou quando as parcelas de pagamento ou recebimento não são uniformes”. Se a TIR for maior que a taxa mínima de atratividade, o investimento é considerado economicamente atraente (HOJI, 2010, p.171). Porém, caso a TIR seja menor que a TMA exigida, o investimento não será atraente e, consequentemente, o projeto será rejeitado (SOUZA, 2003, p.76).

Como ponto forte pode-se citar que a TIR possui informações acerca da margem de segurança do projeto. Porém não leva em conta o tamanho do projeto, tornando este item como ponto fraco deste método (SOUZA, 2003, p.76).

A TIR é considerada uma técnica sofisticada empregada para avaliar a viabilidade dos investimentos. É a taxa de retorno que a empresa terá anualmente, caso receber as entradas conforme o previsto.

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2.6.2.2 Taxa mínima de atratividade - TMA

A Taxa Mínima de Atratividade (TMA) é definida por Kassai et al (2000, p.58) como “a taxa mínima a ser alcançada em determinado projeto; caso contrário, o mesmo deve ser rejeitado”. A TMA é utilizada para descontar os fluxos de caixa quando o método do VPL é empregado, servindo, ainda, como critério de comparação para a TIR (KASSAI et al, 2000).

É definida por Souza (2003, p.75) como “taxa de retorno considerada satisfatória pelos tomadores de decisão”. Pilão; Hummel (2003, p.89) complementam que a TMA “representa o mínimo que um investidor se propõe a ganhar quando faz um investimento [...]”. Esta taxa é formada pelo custo de oportunidade, o risco do negócio e a liquidez do negócio (PILÃO; HUMMEL, 2003). A TMA é definida de acordo com as políticas da empresa, não existindo uma fórmula de cálculo para a mesma.

2.6.2.3 Período de payback

Conforme Souza (2003, p.74) “o período de payback é um indicador que mostra o prazo de retorno do investimento total de recursos financeiros aplicados no empreendimento”. Gitman (2010, p.366) complementa que “o período de payback é o tempo necessário para que a empresa recupere o investimento inicial em um projeto, calculado a partir das entradas de caixa”.

Segundo Warren; Reeve; Fess (2001, p.353) “o tempo necessário para o fluxo de caixa líquido igualar o dispêndio inicial em ativo fixo é o período de retorno de caixa do investimento ou período de payback”. Caso o período de payback for menor do que o período máximo aceitável, o projeto deve ser aceito. Porém, se for maior que o aceitável, o projeto deve ser rejeitado. Este período máximo aceitável é definido pelos gestores da empresa (GITMAN, 2010, p.366).

O período de payback é dividido em simples e descontado. Segundo Brizolla (2015, p.30) “se o método não leva em consideração o custo de capital da empresa, estaremos aplicando o método do payback simples, denominado de PBS, que mede o prazo de recuperação do capital investido”.

Ao PBS foi adicionado o custo de capital da empresa, para contornar a deficiência de não considerar o valor do dinheiro no tempo, definindo este novo método como payback descontado (PBS), que mede o valor do prazo de recuperação do capital investido (BRIZOLLA, 2015).

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Saber qual será o tempo de retorno do investimento representa um elemento complementar no processo de tomada de decisão. O método do payback fornece aos gestores da empresa uma ideia de liquidez e risco do projeto, sendo que o PBS mostra o tempo em que o investimento terá retorno e o PBD o equivalente financeiramente deste prazo.

2.6.2.4 Valor Presente Líquido - VPL

Segundo Hoji (2010, p.82), “o Valor Presente Líquido (VPL) é a soma das entradas e saídas de um fluxo de caixa na data inicial”. Se o VPL for positivo, o investimento é considerado economicamente atraente (HOJI, 2010). Neste sentido, Silva (2008a, p.204) afirma que “se o valor dos fluxos futuros for igual ou superior ao valor atual a ser investido, o investimento deve ser realizado [...]”.

Silva (2008a, p.204) conceitua VPL como “técnica que permite analisar o resultado líquido do investimento, trazendo todos os fluxos de caixa para o valor presente, considerando determinada taxa de desconto”. Qualquer investimento possui riscos, sendo que quanto mais tempo se leva para alcançar retorno do investimento, maior será o risco (SILVA, 2008a). Conforme Souza (2003, p.74) “o VPL corresponde à diferença entre o valor presente das entradas líquidas de caixa associadas ao projeto e o investimento inicial necessário”.

Consiste em determinar o valor no instante inicial, descontando o fluxo de caixa líquido de cada período futuro (fluxo de caixa líquido periódico) gerando durante a vida útil do investimento, com a taxa mínima de atratividade, e adicionando o somatório dos valores descontados ao fluxo de caixa líquido do instante inicial (HOJI, 2010, p.170).

O VPL é considerado uma das ferramentas mais sofisticadas utilizadas para avaliação de investimentos, pois contempla a riqueza em valores monetários do investimento. É mensurado através da diferença entre o valor presente das entradas e saídas de caixa, utilizando uma determinada taxa de desconto (KASSAI et al., 2000). É um dos indicadores mais utilizados nas análises de viabilidade, devido a sua fácil implementação e acompanhamento.

2.6.2.5 Valor futuro líquido - VFL

O VFL, conforme Brizolla (2015, p.32), “compara todas as entradas e saídas de dinheiro na data terminal n do projeto, capitalizando todos os valores do fluxo de caixa na taxa de juros k que mede o custo de capital”. Segundo Souza (2003, p.33), o “Valor Futuro (FV) é o montante

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em dinheiro em que um investimento se transformará ao longo de certo período de tempo (n), dada determinada taxa de juros (i)”.

Para Hoji (2010, p.83), “o Valor Futuro Líquido (VFL) é a soma das entradas e saídas de um fluxo de caixa na data final”. Neste método sempre que o valor futuro das entradas for maior que o valor futuro das saídas, o projeto deverá ser aceito (BRIZOLLA, 2015).

2.6.2.6 Valor uniforme líquido - VUL

Para Hoji (2010, p.171), o método do valor uniforme líquido “consiste em transformar uma série de valores diferentes em valores uniformes, por meio da aplicação de uma taxa mínima de atratividade”.

Nesta mesma linha, Brizolla (2015, p.33) afirma que este método “converte todo o fluxo de caixa do projeto numa série de capitais iguais e postecipados entre as datas 1 e n do fluxo de caixa”. O VUL estabelece que se o valor da série uniforme das entradas for maior que o valor da série uniforme das saídas, o projeto deve ser aceito (BRIZOLLA, 2015). O valor uniforme líquido é uma variação do valor presente líquido, porém, o VUL pode ser utilizado quando os investimentos possuem vida útil diferentes.

2.7 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

Conforme Dornelas (2012, p.174), “a demonstração do resultado é uma classificação ordenada e resumida das receitas e das despesas da empresa em determinado período”. Mostra o lucro ou o prejuízo atingido pela empresa em determinado período. A Demonstração do resultado engloba as receitas, custo dos produtos, mercadorias ou serviços e despesas referentes ao período (SILVA, 2008b).

A demonstração do resultado do exercício (DRE) é um demonstrativo financeiro que serve para exprimir com clareza o resultado que a empresa obteve no exercício social. [...] Mostra as consequências – o lucro ou o prejuízo – das operações da empresa realizadas em um determinado período, bem como os fatores – despesas e receitas – que determinaram esse resultado positivo ou negativo (CHIAVENATO, 2012, p.284).

Segundo Braga (2012, p.78) “a finalidade básica da demonstração do resultado do exercício é descrever a formação do resultado gerado no exercício, mediante especificação das receitas, custos e despesas por natureza dos elementos componentes, até o resultado líquido final – lucro ou prejuízo”. O lucro demonstra o ganho efetivo da empresa, capaz de remunerar

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os sócios ou acionistas e fortalecer o patrimônio da empresa. Já o prejuízo demonstra o desgaste sofrido pelo patrimônio, indicando que as receitas não foram suficientes para cobrir os custos e despesas do período (BRAGA, 2012).

A demonstração do resultado deve ser apresentada de forma dedutiva, visto que inicia-se com a receita operacional bruta, deduzindo-inicia-se os custos e despesas, até chegar ao lucro líquido (HOJI, 2010). Este demonstrativo apresenta apenas o fluxo econômico e não o fluxo monetário (dinheiro). Não importa se uma receita ou despesa tenha reflexos em dinheiro, basta que afete o patrimônio líquido (BRIZOLLA, 2008).

A demonstração do resultado é um importante relatório gerencial, pois retrata a realidade da empresa acerca de suas operações e, consequentemente, do resultado gerado no período. Possibilita a tomada de decisão dos gestores, bem como a avaliação do desempenho da empresa, gerenciando e aprimorando suas operações.

2.7.1 Receitas e despesas

Segundo Silva (2008b, p.128) “a receita operacional decorre das operações normais e habituais da empresa”. A receita operacional bruta é o faturamento bruto da empresa, enquanto que a receita operacional líquida é de fato a parte da receita que permanecerá na empresa, cobrindo seus custo e despesas e gerando lucros. Esta última é obtida através da diferença entre a receita operacional bruta, devoluções, abatimentos e impostos sobre vendas (SILVA, 2008b). Conforme Silva (2008b, p.134) “são operacionais as despesas não computadas nos custos, necessárias à atividade da empresa e à manutenção da respectiva fonte produtora, ou seja, as despesas necessárias às atividades da empresa”. Neste grupo são identificadas as despesas com vendas (comissões, salários e encargos do pessoal da área de vendas, aluguéis referente ao escritório de vendas, propaganda, entre outras), despesas administrativas (salários e encargos do pessoal da administração, aluguéis, despesas legais e judiciais, entre outras), despesas financeiras e outras despesas operacionais (SILVA, 2008b)

No item receitas não operacionais, são incluídos, conforme Silva (2008b, p.138), “os valores relativos às receitas decorrentes de transações eventuais, isto é, algo que não é recorrente, que não se repete habitualmente [...]”. Para as despesas não operacionais são relacionados, segundo Silva (2008b, p.138), “os valores atinentes às perdas em transações eventuais [...]”.

A partir da receita total deve-se subtrair os impostos, abatimentos e devoluções concedidas, resultando na receita líquida. Da receita líquida, são deduzidos os custos dos

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produtos vendidos, fabricados ou dos serviços prestados, totalizando o lucro bruto. Desta são subtraídas as despesas operacionais, que são os gastos necessários para que a receita seja alcançada. A partir disto, é efetuado o cálculo do imposto de renda e somado o lucro ou prejuízo do período (DORNELAS, 2012).

Quadro 3 – Modelo de demonstração do resultado do exercício. RECEITA OPERACIONAL BRUTA

(-) Vendas canceladas (-) Abatimentos sobre vendas (-) Impostos dobre vendas

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA

(-) Custo dos produtos, mercadorias ou serviços vendidos LUCRO BRUTO

(-) Despesas com vendas (-) Despesas administrativas

(-) Despesas financeiras (líquidas das receitas) (-) Outras receitas e despesas operacionais (+ ou -) Resultado de equivalência patrimonial LUCRO OPERACIONAL

(+) Receitas não operacionais (-) Despesas não operacionais

LUCRO ANTES DOS IMPOSTOS, CONTRIBUIÇÕES E PARTICIPAÇÕES (-) Provisão para Imposto de Renda

(-) Provisão para contribuição social sobre o lucro (-) Participações

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO Fonte: Silva (2008b, p.128).

Diante do exposto, é possível perceber a importância da diferenciação de despesas e custos, pois a DRE é composta apenas pelas despesas que foram necessárias para se atingir as receitas daquele período. A partir dela é possível gerenciar as despesas da empresa, visto que a DRE às apresenta de forma separada, identificando de onde surgiram.

2.7.2 Indicadores de resultado

Os indicadores de resultado indicam a posição atual da empresa, evidenciando o desempenho de suas atividades através da síntese dos resultados obtidos no período. Neste item apresenta-se os índices de lucratividade e de rentabilidade.

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2.7.2.1 Índice de lucratividade

Conforme Souza (2003, p.75) o índice de lucratividade “representa a relação entre o valor presente das entradas líquidas de caixa do projeto e o investimento inicial, utilizando [...] uma taxa mínima de atratividade”. Desta forma, o projeto de investimento será lucrativo quando o valor presente das entradas líquidas de caixa forem superiores ao investimento inicial (SOUZA, 2003). Porém, em outros entendimentos, basta que o investimento apresente índice de lucratividade maior ou igual 1,00 (KASSAI et al., 2000).

Kassai et al (2000, p.78) afirma que o índice de lucratividade “é medido por meio da relação entre o valor presente dos fluxos de caixa positivos (entradas) e o valor presente dos fluxos de caixa negativos (saídas), usando-se como taxa de desconto a taxa de atratividade do projeto (TMA)”. O índice de lucratividade compara os estágios do lucro com a receita operacional líquida, tornando-se essencial para fins de análise de viabilidade.

2.7.2.2 Índice de rentabilidade

Conforme Silva (2008a, p.126) “a rentabilidade relaciona o lucro alcançado com o investimento realizado ou existente, sua finalidade verificar se o retorno real estava de acordo com o retorno programado, sendo sempre uma medida percentual (relativa). A taxa de rentabilidade (TR%) de um investimento reflete o retorno deste investimento em termos relativos, ou seja, em porcentagem. Será atraente todo o investimento que apresentar TR maior ou igual a zero (KASSAI et al., 2000).

Silva (2008a, p.195) afirma que “esse tipo de análise é importante, porque não vincula o investimento realizado (o ativo) ao financiamento (passivo) levantado para financiar este investimento”. Assim, é possível realizar uma análise comparativa no decorrer do tempo com relação às outras empresas, à própria empresa e outros ativos ou investimentos financeiros (SILVA, 2008a).

O índice de rentabilidade indica qual o percentual de retorno o investimento foi capaz de gerar, ou seja, o grau de remuneração de um negócio. Evidencia o sucesso ou insucesso do empreendimento.

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2.7.2.3 Retorno do investimento

Silva (2008a, p.210) apresenta a taxa de retorno contábil, a qual “compara os investimentos, considerando a razão entre o lucro líquido, a depreciação e o valor do investimento inicial”.

Também pode-se utilizar a técnica do tempo de retorno, utilizando o total dos investimentos (que representa 100%) dividido pelo % de lucro do período (TR=100/%LL), ou ainda, pode-se dividir o total dos investimentos pelo lucro líquido do período em moeda (TR=IT/LL), mostrando ao empreendedor em quanto tempo ele terá retorno sobre o que investiu (BRIZOLLA, 2008). Analisar o retorno dos investimentos está ligado ao sucesso ou não dos mesmos, sendo possível identificar se o investimento é bom ou ruim.

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3 METODOLOGIA DO ESTUDO

Metodologia é o conjunto de métodos traçados no caminho para abordar o objeto em estudo, apresentando as principais regras para uma produção científica. Segundo Richardson (2010, p.22), “metodologia são regras estabelecidas para o método científico, por exemplo: a necessidade de observar, a necessidade de formular hipóteses, a elaboração de instrumentos etc”. Método é o caminho para se chegar ao objetivo, conforme define Marconi; Lakatos (2011, p.46), “é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros -, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista”.

Andrade (2010, p.117) define metodologia como “conjunto de métodos ou caminhos que são percorridos na busca pelo conhecimento”. Ou seja, através dos procedimentos elencados na pesquisa, as hipóteses serão colocadas à prova da veracidade através dos caminhos definidos na metodologia do estudo.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

Pesquisa é um procedimento formal pelo qual torna-se possível descobrir novos conhecimentos. Para Gil (2010, p.26), é o processo que desenvolve o método científico, sendo que “o objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos”.

Marconi; Lakatos (2010 p. 139) definem pesquisa como “procedimento formal, com método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais”. Neste sentido, apresentam-se as classificações da pesquisa quanto a sua natureza, quanto aos objetivos, quantos aos procedimentos técnicos e quanto a sua abordagem.

3.1.1 Pesquisa quanto à natureza

A pesquisa aplicada objetiva obter conhecimento para solucionar problemas aplicados na prática, utilizando-se, assim, dos instrumentos da pesquisa básica (desenvolvimento de teorias). Para Andrade (2010, p.110) a pesquisa aplicada “visa às aplicações práticas, com o objetivo de atender às exigências da vida moderna”. Contribui para solução de problemas, ou seja, é prática.

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A pesquisa aplicada, por sua vez, apresenta muitos pontos de contato com a pesquisa pura, pois depende de suas descobertas e se enriquece com o seu desenvolvimento; todavia, tem como característica fundamental o interesse na aplicação, utilização e consequências práticas dos conhecimentos (GIL, 2010, p.27).

Diante do exposto, o presente estudo classifica-se como pesquisa aplicada, visto que o objetivo é desenvolver uma análise de viabilidade econômica e financeira para a implantação de uma empresa, a partir dos conceitos já abordados pela literatura acerca do tema, utilizando-se dos procedimentos de pesquisa estabelecidos neste capítulo.

3.1.2 Pesquisa quanto aos objetivos

A pesquisa quanto aos seus objetivos pode ser classificada em exploratória, explicativa e descritiva. A primeira, conforme Gil (2010, p. 27) “tem como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores”. É utilizada quando o assunto em pesquisa é pouco explorado, constituindo a primeira etapa de uma investigação mais ampla (GIL, 2010).

Já a pesquisa explicativa é o tipo que possui maior complexidade em virtude de que busca aprofundar o conhecimento da realidade, ou seja, objetiva “identificar os fatos que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos” (GIL, 2010, p.28).

Utilizando-se de técnicas padronizadas de coleta de dados, durante a pesquisa descritiva fatos são analisados, interpretados e registrados sem nenhuma interferência do pesquisador. Para Vergara (2009, p.42), “[...] a pesquisa descritiva expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno [...]. Não tem compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de tal base para tal explicação”.

Neste sentido, o presente estudo classifica-se como pesquisa descritiva, visto que os dados são organizados, registrados, analisados e interpretados de modo a auxiliar na definição de viabilidade ou não do investimento.

3.1.3 Pesquisa quanto aos procedimentos técnicos

Quanto aos procedimentos técnicos, a pesquisa pode ser classificada em bibliográfica, documental, levantamento de campo e estudo de caso. A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, busca informações a respeito do tema em estudo através de materiais já publicados

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anteriormente, tendo como finalidade colocar o pesquisador em contato direto com tais documentos (MARCONI; LAKATOS 2010, p.166). Para Gil (2010, p.50), “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”.

Segundo Marconi; Lakatos (2010, p.157) a pesquisa documental caracteriza-se pela fonte de coleta de dados, chamada primária, restrita a documentos sejam eles escritos ou não. Para Gil (2010, p.51), este tipo de pesquisa possui larga semelhança com a pesquisa bibliográfica, sendo que a diferença está na natureza das fontes.

Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa (GIL, 2010, p.51).

A pesquisa de campo é caracterizado, conforme Gil (2010, p.55), “pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer”. Neste método, solicita-se a um grupo de pessoas informações acerca do estudo, a fim de obter as conclusões condizentes aos dados que foram coletados (GIL, 2010).

Diante do exposto, o presente estudo caracteriza-se como pesquisa bibliográfica, em virtude da revisão teórica realizada, tendo o autor contato diretamente com livros e artigos científicos que retratam os temas em estudo (fontes secundárias); pesquisa documental, pois levantou dados a partir de documentos disponibilizados pelas demais unidades que estão em funcionamento; levantamento de dados, em virtude da interrogação aos futuros empreendedores, bem como aos que já possuem a franquia; e estudo de caso, em virtude do estudo aprofundado para a estruturação e análise de viabilidade de um novo empreendimento, efetuada a partir de uma proposta de um novo negócio que se deseja identificar a viabilidade econômica e financeira.

3.1.4 Pesquisa quanto à abordagem

Existem duas formas diferentes de abordagem do problema: o método quantitativo e o método qualitativo. Este método precisa estar apropriado ao tipo de pesquisa que se deseja realizar, sendo que a escolha é feita através da natureza do problema e o seu nível de aprofundamento (RICHARDSON, 2010).

O método quantitativo, segundo Richardson (2010, p. 70), “caracteriza-se pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento delas

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por meio de técnicas estatísticas [...]”. Tem como finalidade garantir a precisão nos resultados, evitando distorções de análise e interpretação (RICHARDSON, 2010). O método qualitativo difere-se do quantitativo, conforme Richardson (2010, p.79), “à medida que não emprega um instrumental estatístico como base do processo de análise de um problema”.

Para Marconi; Lakatos (2011, p.269), a diferença entre os métodos vai além do não emprego de métodos estatísticos por parte da pesquisa qualitativa, “mas também pela forma de coleta e análise dos dados”. Este método analisa e interpreta os dados de forma mais profunda, sendo que os resultados são apresentados na forma de relatório.

Sendo assim, o presente estudo classifica-se como pesquisa qualitativa, em virtude de que os resultados estão apresentados em forma de relatório, não sendo utilizada nenhuma forma de quantificação dos mesmos.

3.2 COLETA DE DADOS

Nesta seção apresentam-se os instrumentos de coletas de dados utilizados no estudo, os quais são fundamentais para coletar os dados que são organizados de forma estruturada visando alcançar os objetivos propostos, no intuito de responder a questão de pesquisa norteadora deste estudo.

3.2.1 Instrumentos de coleta de dados

Dentre as técnicas de coleta de dados, destacam-se as que foram utilizadas neste estudo: observação e entrevista semi estruturada. Conforme Marconi; Lakatos (2010, p.173) “a observação é uma técnica de coleta de dados para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou fenômenos que se deseja estudar”.

A observação é fundamental em qualquer método de pesquisa científica, pois pode unir-se a demais técnicas de coleta de dados bem como unir-ser utilizada de forma independente (RICHARDSON, 2010).

Segundo Marconi; Lakatos (2011, p.276) a observação sistemática “utiliza instrumentos para a coleta de dados ou fenômenos observados e realiza-se em condições controladas, para responder a de estudo”. Neste tipo de observação o observador já sabe o que procura e deve eliminar sua influência sobre o que vê (MARCONI; LAKATOS, 2010).

Referências

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