• Nenhum resultado encontrado

Desempenho de genôtipos de aveia branca (avena sativa), e aveia preta (avena strigosa), para produção de forragem no noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Desempenho de genôtipos de aveia branca (avena sativa), e aveia preta (avena strigosa), para produção de forragem no noroeste do Estado do Rio Grande do Sul"

Copied!
31
0
0

Texto

(1)

1 UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DEAg – DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS

CURSO DE AGRONOMIA

DESEMPENHO DE GENÔTIPOS DE AVEIA BRANCA (Avena sativa), E AVEIA PRETA (Avena strigosa), PARA PRODUÇAO DE FORRAGEM NO

NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

RENÃ RAFAEL BERNARDI

Ijuí – RS 2016

(2)

RENÃ RAFAEL BERNARDI

DESEMPENHO DE GENÔTIPOS DE AVEIA BRANCA (Avena sativa), E AVEIA PRETA (Avena strigosa), PARA PRODUÇAO DE FORRAGEM NO

NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Trabalho de Conclusão de Curso de Agronomia – Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, como requisito parcial para a obtenção de título de Engenheiro Agrônomo.

Orientador: Prof°. Dr°. Emerson André Pereira

Ijuí – RS 2016

(3)

TERMO DE APROVAÇÃO

RENÃ RAFAEL BERNARDI

DESEMPENHO DE GENÔTIPOS DE AVEIA BRANCA (Avena sativa), E AVEIA PRETA (Avena strigosa), PARA PRODUÇAO DE FORRAGEM NO

NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Agronomia – Departamento de Estudos Agrários – Universidade Regional do Noroeste do

Rio Grande do Sul, aprovado pela banca abaixo subscrita.

Ijuí – RS, dezembro de 2016.

______________________________________ Prof. Dr. Emerson André Pereira

DEAg/UNIJUÍ – Orientador

_______________________________________ Dra. Gerusa Massuquini Conceição

(4)

AGRADECIMENTOS

Quero agradecer, em primeiro lugar, а Deus, pela força е coragem durante toda esta caminhada.

Agradeço, a meus pais, por todo o apoio e dedicação durante todas as etapas de minha vida.

Agradeço a namorada, por estar sempre ao lado prestando seu apoio em momentos de dificuldade e vibrando junto nos momentos de conquista.

Aos irmãos, que além do apoio serviram de exemplo pela admiração que tenho neles.

Ao grupo de pesquisa de forrageiras, que sempre quando solicitado dedicaram o seu tempo em prol deste trabalho. Em especial, ao colega Ricardo Benetti, que além de participar do grupo, foi um grande companheiro durante a trajetória acadêmica. Ao professor orientador, Emerson André Pereira, por ajudar a conduzir o trabalho da melhor forma possível estando sempre presente nos momentos de incerteza para que conseguisse concluir esta etapa.

(5)

DESEMPENHO DE GENÔTIPOS DE AVEIA BRANCA (Avena sativa), E VEIA PRETA (Avena strigosa), PARA PRODUÇAO DE FORRAGEM NO

NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Renã Rafael Bernardi Orientador: Prof. Dr. Emerson André Pereira

RESUMO

A aveia (Avena spp.) é uma cultura de fácil implantação, baixo custo de produção e apresenta boa qualidade forrageira, tornando-se uma excelente alternativa para maximizar a produção de leite e carne a base de pasto. Recentemente estão sendo lançadas novas cultivares e o conhecimento do potencial forrageiro e o comportamento produtivo dos genótipos são fundamentais para que o produtor possa escolher cultivares adaptadas para a região, garantindo maior retorno econômico e sustentabilidade do sistema de produção animal. O presente trabalho, tem o objetivo analisar o desempenho de cultivares de aveia de diferentes instituições de pesquisa e de linhagens para lançamento como cultivar com maior produção de forragem na região noroeste do estado do Rio Grande do Sul. A pesquisa foi desenvolvida no ano de 2016, no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR), localizado na região noroeste do estado do Rio Grande do Sul. Os genótipos avaliados foram 11 cultivares, sendo IPR Esmeralda e IPR Cabocla usadas como testemunhas, e mais duas linhagens, a UPF 134 e UPF 137. O experimento foi conduzido em blocos ao acaso com quatro repetições. As avaliações foram realizadas por meio de cortes, quando os genótipos atingiam altura média de 30 cm, deixando resíduo de 10 cm. As variáveis analisadas foram: massa verde, massa seca total, massa seca de folhas, relação folha:colmo, massa seca da inflorescência, habito de crescimento. O resultados demonstraram que as cultivares IPR 126 e IPR Suprema de aveia branca, são as melhores alternativas para produção de forragem visando alta produção de massa seca de folhas e relação folha:colmo. São necessários mais pesquisas para confirmar as baixas produções das linhagens UPF 134 e UPF 137 de aveia preta que visam o futuro lançamento como cultivares.

(6)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Resumo da análise de variância para os caracteres ligados a produção de forragem. UNIJUÍ, 2016. ... 17 Tabela 2. Valores de massa seca total nos períodos de corte em kg por ha-1 em

diferente genótipo de aveia spp. UNIJUÍ, 2016. ... 19 Tabela 3.Valores de Massa Seca de Folha de diferentes genótipos de aveia em avaliações por corte em kg por ha-1. UNIJUÍ, 2016. ... 21 Tabela 4. Valores de Relação Folha/Colmo de diferentes genótipos nos períodos de corte em kg por ha-1. UNIJUÍ, 2016. ... 22 Tabela 5. Teste de comparação de média entre os genótipos para os caracteres MVTotal, MSTotal e MSFolha. UNIJUÍ, 2016. ... 24 Tabela 6.Teste de comparação de média entre os genótipos para os caracteres de MS Colmo, RFC e Habito de crescimento. UNIJUÍ, 2016. ... 26

(7)

SUMÁRIO INTRODUÇÃO ... 8 1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 10 1.1 A CULTURA DA AVEIA ... 10 1.2 ECOFISIOLOGIA DA AVEIA ... 10

1.3 CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA DA AVEIA ... 11

1.4 PRODUÇÃO DE FORRAGEM ... 12 2 MATERIAIS E MÉTODOS ... 13 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 16 CONCLUSÃO ... 27 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 28

(8)

INTRODUÇÃO

O Brasil se destaca na produção da pecuária e a região noroeste do Rio Grande do Sul possui a maior bacia leiteira do país e expressiva produção de bovinos de corte. Na estação fria do ano, as áreas podem ser ocupadas com culturas de inverno podendo também ser utilizadas como pastagens de clima temperado, de boa qualidade e alta produção. Em função da produção de grão apresentar alto risco de perdas durante este período, a produção de leite e carne se tornaram uma boa alternativa. Essas atividades são baseadas na produção de pasto, permitindo flexibilidade no sistema, incrementando a renda do produtor pelo baixo custo de produção, e assim, aumentando o nível de sustentabilidade financeira das propriedades rurais.

A produção forragem para os animais é um fator crucial para o desempenho do sistema de produção, e uma série de fatores devem ser levados em consideração. Dentre eles, o clima, relevo, tipo de solo predominante na região, a cultivar, entre outros. O solo, apresenta condições satisfatória de fertilidade para o desenvolvimento da cultura, a qual tem característica de se adaptar a diferentes tipos de solos. O clima característico da região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul é o subtropical, que tem estações do ano bem definidas, e inclusive a formação de geadas durante a estação do inverno, exigindo culturas adaptadas a esta estação. Tudo isso contribuiu para uma situação diferenciada no mundo, a possibilidade de produzir forragem o ano todo. O cultivo de forrageiras anuais de inverno tem muitos benefícios, dentre eles, a alta produção de biomassa, qualidade, rapidez e estabilidade na produção. Estas características fazem do uso de pastagens uma maneira de

(9)

construir sistemas de produção mais sustentáveis, implicando em menos impacto ao ambiente como um todo, e proporcionando principalmente a oferta de alimentos de forma rápida e com qualidade para a população consumidora dos produtos oriundos da atividade agropecuária, seja ele o leite ou a carne.

Dentre as culturas forrageiras de inverno, destaca-se a aveia (Avena spp.). Além de sua qualidade, de fácil semeadura e manejo, permite a utilização em outras formas, como forragem, feno, silagem, capineira e pré-secado. Assim permitindo a oferta de forragem de boa qualidade e em quantidade no período frio do ano e nos períodos de vazio forrageiro (SÁ, 1995; NUNES et al, 2011).

O desenvolvimento de cultivares de aveia vem crescendo no sul do país, contribuindo muito para o aumento da produção de leite e carne. As cultivares de aveia apresentam comportamento distintos frente as regiões climáticas e constituições genéticas, podendo apresentar maior potencial forrageiro quando utilizado o genótipo mais indicado para determinado ambiente. Diante disto, o objetivo desse trabalho é de analisar o desempenho de cultivares de aveia de diferentes instituições de pesquisa, e de linhagens para lançamento como cultivar, com maior produção de forragem para a região noroeste do estado do Rio Grande do Sul.

(10)

1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1.1 A CULTURA DA AVEIA

A aveia é uma gramínea de clima temperado que se adapta a diferentes condições climáticas. Esta pode ser destinada a produção de grãos para a alimentação, animal e humana, cobertura do solo, forragem na forma de pastejo, feno, silagem, além de possuir efeito alelopático sobre plantas invasoras (SÁ, 1995; NUNES et al, 2011).

A aveia foi introduzida no sul do Brasil pelos países da Prata e, era utilizada por muito tempo como forrageira apenas (FEDERIZZI, 2012). O cultivo da aveia é uma alternativa para suprir a demanda por forragem durante a estação fria dos anos em que falta forragem tanto em qualidade como em quantidade (FLOSS, 2012).

No Brasil, principalmente na região Sul a área cultivada de aveia vem aumentando, com acréscimo de mais de 5% na área cultivada no ano de 2013 em relação ao ano de 2012 (CONAB, 2013). A região sul do país apresenta inverno frio e chuvoso, tornando esta região a maior produtora de aveia do país, tendo em vista que estes são fatores importantes para o desenvolvimento deste cereal (SPADOTTI et al., 2012).

Mais de 75% da aveia cultivada em todo o mundo é da espécie Avena sativa L. (GATTO, 2005). A cultura da aveia na região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul é de grande valia, principalmente por sua fácil produção, com baixo custo e por sua variedade de usos conforme a necessidade de cada produtor (KREMER, 2014).

1.2 ECOFISIOLOGIA DA AVEIA

A cultura da aveia possui alta adaptabilidade a diversas regiões, porém para se obter altas produções deve-se indicar regiões edafoclimaticamente aptas para seu cultivo, tendo em vista que esta espécie responde positivamente a ambientes favoráveis ao seu desenvolvimento (SPADOTTI et al., 2012). Segundo esses mesmos autores, para implantação de pastagem a

(11)

recomendação da época de plantio para a região sul do Brasil é de março a junho, se o objetivo é a produção de grãos recomenda-se a semeadura de maio a julho. A temperatura ideal para o desenvolvimento da cultura da aveia encontra-se entre 20°C a 25°C, sendo que para a sua germinação a temperatura varia entre 4°C a 31°C, temperaturas fora destes valores pode ocasionar a redução no estande de plantas (PENNING de VRIES et al., 1989).

O desempenho da cultura da aveia pode variar conforme a densidade de semeadura empregada, quando considerados alguns fatores como disponibilidade de água e nutrientes, radiação solar, competição com plantas daninha, incidência de pragas e doenças (ABREU et al., 2004; 2005). Entre estes fatores a radiação solar é responsável pela conversão de CO2 atmosférico em biomassa (HEEMST, 1986). A temperatura, não menos importante que a radiação é associada à eficiência dos processos metabólicos que promovem esta conversão (BONHOMME, 2000).

1.3 CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA DA AVEIA

A aveia pertence à família Poaceae, subfamília Poideae e gênero Avena. As diferentes espécies formam uma serie de poliploides, tendo espécies diploides 2n=2x=14, tetraploides 2n=4x=28 e hexaploides 2n=6x=42, ambas com número cromossômico básico igual a 7. A espécie hexaploide são genótipos de aveia branca (Avena sativa) cultivada no Brasil (BORÉM, 1999).

A aveia apresenta sistema radicular fibroso e fasciculado, tendo raízes seminais e adventícias. Possui colmo ereto e cilíndrico, composto por nós e entrenós, quando a planta encontra-se verde os entrenós são cheios e ficam ocos quando a planta se encontra madura. A inflorescência da aveia é uma panícula piramidal, terminal e aberta, apresentando espiguetas que contem de um a três grãos (RIZZI, 2004).

(12)

1.4 PRODUÇÃO DE FORRAGEM

A aveia é de grande importância para a pecuária de corte, uma vez que está disponível aos animais entre os meses maio e agosto, período de maior deficiência de forragem tanto em quantidade como em qualidade. Nesta época as aveias forrageiras podem apresentar teores de proteína bruta (PB) próximo aos 25%, (SOARES et al., 2013). Esta diferença qualitativa entre forragens permite alterar uma situação de pouco ganho ou perda de peso, para ganhos de até 900 gramas/animal/dia (EMBRAPA, 2000). A produtividade varia de 10 t a 30 t de massa verde/hectare, com 2 t/ha a 6 t/ha de matéria seca (DEMÉTRIO et al., 2012). Adapta-se a vários tipos de solo, não tolerando baixa fertilidade, excesso de umidade e temperaturas altas. Responde à adubação, principalmente com nitrogênio e fósforo. Suporta o estresse hídrico e geadas (EMBRAPA, 2000; OKUMURA et al., 2011; ANDREW et al., 2013).

No cenário brasileiro, é cada vez maior a demanda por genótipos superiores (CRESTANI et al., 2010), por isto, os ensaios de genótipos tem o propósito de avaliar os genótipos recomendadas, permitindo conhecer aquelas que expressam elevado desempenho produtivo (FRITSCHE-NETO, 2013). Desta forma, o uso de cultivares superiores é o método mais efetivo para agregar maior sustentabilidade e rentabilidade no sistema de produção (OLIVEIRA et al., 2013).

Para que uma linhagem seja lançada como cultivar ela deve atingir requisitos mínimos determinados no VCU (Valor Cultivo e Uso). Devem ser avaliados em pelo menos três locais edafoclimáticas de importância para a espécie por pelo menos dois anos de cultivo. O experimento deve ser conduzidos em solos representativos das condições edafoclimáticas da região onde se destina a espécie forrageira (MAPA, 2003).

O ensaio deve ser conduzido em blocos totalmente casualizados com pelo menos três repetições. Deverão ser usadas no mínimo duas cultivares da mesma espécie entre as mais utilizadas na região dos experimentos. Somente deverão ser validados os experimentos com coeficientes de variação de no máximo 20% (MAPA, 2003).

(13)

2 MATERIAIS E MÉTODOS

O trabalho foi vinculado ao Ensaio Nacional de Aveias Forrageiras (ENAF), e foi desenvolvido na área experimental do IRDeR (Instituto Regional de Desenvolvimento Rural), pertencente ao DEAg (Departamento de Estudos Agrário) da UNIJUÍ (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul). O IRDeR, está localizado no interior do município de Augusto Pestana/RS, geograficamente a 28° 26’ 30’’ de latitude S e 54° 00’ 58’’ de longitude Oeste no Meridiano de Greenwich e apresenta altitude de aproximadamente 298 metros.

O solo da unidade experimental é descrito como Latossolo Vermelho distroférrico típico (U.M. Santo Ângelo), originário do basalto da formação da Serra Geral, com um perfil profundo, bem drenado, coloração vermelho escuro, com altos teores de argila e predominância de argilominerais 1:1 e óxi-hidróxidos de ferro e alumínio.

De acordo com a classificação climática de Köeppen, o clima da região se enquadra na descrição de Cfa (subtropical úmido). Apresenta ainda invernos frios e úmidos, com ocorrência de geadas frequentes. Os meses de janeiro e fevereiro são os meses com temperaturas mais elevadas, superiores a 22º C, enquanto que junho e julho são os meses mais frios, com temperaturas superiores a 3º C. Quanto ao volume pluviométrico, a estação meteorológica do IRDeR registra normalmente volumes próximos a 1600 mm anuais, com ocorrência de maiores precipitações no inverno.

O delineamento experimental utilizado foi de blocos casualizados contendo quatro repetições com 13 parcelas em cada bloco, totalizando 52 parcelas. A adubação foi feita de acordo com as recomendações técnicas para forrageiras gramíneas anuais de inverno seguindo a metodologia recomendada pela Rede Oficial de Solos e Tecido Vegetal do Rio Grande do Sul e Santa Catarina (ROLAS). Após cada corte foi aplicado 20 kg por ha-1 de N em

cobertura.

A semeadura foi realizada de forma mecanizada contendo 5 linhas com espaçamento de 0,17m entre linhas e 5 m de comprimento, sendo que foi realizado o corte de 0,50m de bordadura no início e fim da parcela (Figura 1). A

(14)

densidade de semeadura utilizada foi de 350 sementes aptas por m². Foram semeadas sete cultivares de aveia branca, sendo elas: IPR Esmeralda, FAPA 2, FUNDACEPFAPA 43, IPR 126, IPR Suprema, UPFA Ouro, URSBRS Galope e seis de aveia preta: IPR Cabocla, UPFA Moreninha, IAPAR 61 Ibiporã, UPF 134, UPF 137, EMBRAPA 139. Ainda foram semeadas duas linhagens UPF 134 e UPF 137 de aveia preta. As cultivares IPR Esmeralda e IPR Cabocla utilizadas como testemunhas.

O primeiro corte foi realizado quando as plantas atingiram de 20 a 25 cm de altura em média, deixando um resíduo de 8 cm. Os demais cortes foram realizados quando as plantas atingiram 30 a 35 cm de altura, com resíduo de 10 cm. O último corte foi realizado quando 50% das plantas atingiram o estádio de emborrachamento.

Foram avaliados: a produção de Massa Verde Total por hectare, Massa Seca Total por ha-1, Massa Seca de Folha por ha-1, Massa Seca de Colmo por

ha-1, Relação Folha/Colmo e Habito de Crescimento (vertical, semi-vertical,

intermediário, semi-prostrado ou prostrado). Notas foram dadas para indicar o habito de crescimento, sendo a nota 1 para vertical, 3 para semi-vertical, 5 para intermediário, 7 para semi-prostrado e 9 para prostrado. Estas estimativas foram obtidas por meio de cortes de dois quadrados de 0.50 x 0.50 m. Após cada cortes, as amostras eram pesadas, separadas morfologicamente e colocadas para secar em estufa de ar forcado a 65°C, até peso constante, conforme metodologia de avaliação realizada por TAFERNABERRI et al. (2012). Os dados foram submetidos à análise de variância, teste F e as médias que apresentaram significância foram comparadas pelo teste de Scott-knott a 5% de significância. Foi adotado modelo fatorial “corte” x “genótipos” e foi realizado o somatório dos cortes para o teste de média dos caracteres MVT, MST, MSF, MSC. Já para a RFC foi calculado a média entre os cortes. O programa estatístico utilizado foi o Sisvar.

(15)

Figura 1. Área experimental (UNIJUI, IRDeR, 2016).

(16)

2 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na análise fatorial entre cortes x genótipos, pode ser observado que, tanto para os efeitos principais (genótipo e corte) como a interação entre os fatores (corte*genótipo), houve resultado significativo para os caracteres avaliados (Tabela 1). O corte exerceu maior influência sobre os caracteres MST, MSF e RFC que os demais fatores, por apresentar quadrado médio mais alto. Os cortes, simula o pastejo dos animais e a avaliação ao longo do tempo por este mecanismo, oferece resultados confiáveis na avaliação e seleção de genótipos mais produtivos na região em que forem avaliados. Ressalta-se, que a MST e a MSF foram os caracteres mais efetivos na identificação de genótipos superiores, com aptidão forrageira, como visto nas discussões anteriores. Os coeficientes de variação (CV) apresentados por esta pesquisa, são semelhantes aos encontrados por outros trabalhos com plantas forrageiras (TAFERNABERRI et al., 2012; Pereira et al., 2012). Por outro lado, o CV obtido na análise da RFC foi alto. A alta variação nos valores da RFC entre os genótipos, os corte e até mesmo entre os blocos contribuiu para o erro experimental e um alto CV.

A RFC é carácter influenciado pela genética da cultivar, sendo carácter expressivo no melhoramento vegetal, porem sofre grande intervenção de fatores ambientais, tal como luminosidade e presença de espécies invasoras. A falta de luminosidade e a competição com plantas invasoras forçam a elongação da planta para buscar luminosidade aumentando a produção de colmo. MAZURKIEVICZ (2014) encontrou maior RFC no ano com maior precipitação. Fato que o próprio autor julga ser incomum.

(17)

Tabela 1. Resumo da análise de variância para os caracteres ligados a produção de forragem. UNIJUÍ, 2016. Quadrado Médio Fonte de variação GL Matéria Seca Total (kg ha-1) Matéria Seca de Folha (kg ha-1) Matéria Seca de Colmo (kg ha-1) Relação Folha Colmo (kg ha-1) CORTE 4 25705763** 7153979** 8374606** 98807** GENÓTIPO 12 675301** 252709** 101944** 4357** CORTE*GENÓTIPO 48 616230** 246359** 101288** 3727** BLOCO 3 434553** 158790** 37318ns 1352* ERRO 187 43970 184557 15013 925 Total 254 Média Geral 923 555 312 23 CV (%) 22,73 24,48 39,2 134,8

*=significativo em 5% de probabilidade de erro; GL=graus de liberdade; CV= coeficiente de variação.

Na Tabela 2 para os valores de MST por corte, observa-se que no primeiro corte não diferem significativamente. Isso pode ser explicado pela baixa precipitação no período, segundo dados meteorológicos obtido na estação meteorológica localizada no IRDeR, o mês de maio apresentou precipitação de 55,8 mm, e 9,8mm para o mês de junho. A partir do segundo corte os genótipos apresentam variabilidade, diferindo em 3 grupos estatisticamente distintos, as cultivares que apresentaram maior produção foram IPR Esmeralda e UPFA Ouro, com produção de 2093,65 e 1826,64 kg de MST por ha-1 respectivamente.

A menor produção de MST foi observada na linhagem UPF 134, que produziu 317,65 kg de MST por ha-1. As demais cultivares apresentaram produção

intermediaria. Observando os resultados do terceiro corte, a cultivar que apresentou maior produção de MST por ha-1 foi a IPR Suprema, com 1324,72 kg

de MST por ha-1, seguida pelas cultivares IPR 126, FAPA 2, URSBRS Galope e

EMBRAPA 139. O genótipo que apresentou menor produção novamente foi UPF 134 com 538,71 kg de MST por ha-1. Também apresentaram baixa produção as

cultivares UPFA Ouro e IPR Cabocla. As demais cultivares apresentaram produção intermediaria.

Os resultados do quarto corte (Tabela 2) demonstram que as cultivares que apresentaram maior incremento na produção de MST foram FAPA 2 e UPFA Moreninha, com 2863,23 e 2775,00 kg de MST por ha-1. Neste corte observa-se

(18)

quatro grupos estatisticamente distintos. As cultivares que apresentaram menor produção foi novamente a UPF 134 com 924,02 kg de MST por ha-1 seguida por

IPR Cabocla e UPF 137. Pode ser ressaltado que duas cultivares proporcionaram um quinto corte, foram elas IPR Suprema e IPR 126 com produção de 562,79 e 191,07 kg de MST por ha-1 respectivamente, diferenciando

estatisticamente entre as mesmas (Tabela 2). A produção de MST por corte de cada cultivar é de grande importância para organização de um planejamento forrageio. Dentro da avaliação do carácter MST por corte, observamos cultivares que expressam seu maior potencial já no segundo corte, é o caso das cultivares IPR Esmeralda e UPFA Ouro, que apresentam produção superior a 1800 kg de MST por ha-1. Segundo Hodgson (1990), a massa de forragem deve ser superior

a 1500 kg ha-1 de MS para não limitar o consumo de bovinos em gramíneas

hibernais. Esta variação na produção entre as cultivares nos diferentes momento de corte é resultado da diferença do ciclo vegetativo das mesmas. Variedades mais precoces tendem a antecipar a oferta de forragem ao contrário do que acontece com cultivares de ciclo vegetativo mais longo. Este comportamento nos permite escolher a cultivar conforme o momento da necessidade de forragem.

(19)

Tabela 2. Valores de Massa Seca Total nos períodos de corte em kg por ha-1 em

diferente genótipo de aveia spp. UNIJUÍ, 2016.

Massa Seca Total (MST kg ha-1)

Genótipos C1 C2 C3 C4 C5 Data do corte 01/07/2016 04/08/2016 28/08/2016 30/09/2016 28/10/2016 Dias ao corte 51 34 24 33 28 FAPA 2 352,7 Ca 1419,9 Bb 1217,5 Ba 2863,2 Aa - URSBRS Galope 378,0 Da 1518,4 Bb 1172,4 Ca 2222,0 Ab - IPR 126 582,7 Ca 755,5 Cc 1266,1 Ba 2436,8 Ab 191.1 Db IPR Suprema 525,3 Ca 657,9 Cc 1324,7 Ba 2450,0 Ab 562,8 Ca UPFA Ouro 378,0 Da 1826,6 Ba 737,2 Cc 2154,4 Ab - IPR Esmeralda 498,0 Da 2093,6 Aa 868,5 Cb 1483,8 Bc - UPFA 21 Moreninha 429,3 Ca 827,7 Bc 810,9 Bb 2775,0 Aa - IAPAR 61 Ibiporã 322,0 Da 1481,6 Bb 931,5 Cb 1782,3 Ac - EMBRAPA 139 452,7 Ca 1569,7 Ab 1123,7 Ba 1370,6 Ac - UPF 137 404,0 Da 1525,5 Ab 839,5 Cb 1176,5 Bd - FAPA 43 571,3 Ca 790,8 Bc 980,1 Bb 1470,6 Ac - IPR Cabocla 359,3 Ca 1648,6 Ab 609,4 Cc 995,6 Bd - UPF 134 404,0 Ba 317,6 Bd 538,7 Bc 924,0 Ad - Media 435,2 1264,1 955,4 1854,2 377,0

*Médias seguidas pela mesma letra maiúscula na HORIZONTAL e letra minúscula na VERTICAL constituem grupos estatisticamente homogêneos.

Na Tabela 3 são apresentadas os valores da produção de MSF por ha-1

relacionada a cada corte. Apesar das cultivares FAPA 43 e IPR 126 apresentarem melhores produções, não houve diferença significativa para este carácter no primeiro corte. No segundo corte, a cultivar que apresentou maior produção de MSF foi a IPR Esmeralda com 1579,07 kg de MSF por ha-1, e a que

apresentou menor produção foi a UPF 134 com 294,12 kg de MST por ha-1. Os

resultado do segundo corte separam as cultivares em 4 grupos distintos estatisticamente e as demais cultivares apresentam valor intermediários de produção de MSF. As cultivares que se sobressaem nos primeiros cortes podem ser alternativas para antecipar a produção de forragem. No terceiro corte os genótipos diferiram significativamente em quatro grupos distintos. As cultivares que apresentaram maior produção foram IPR Suprema com 1110,3 kg de MSF por ha-1 e IPR 126 com 997,6 kg de MSF por ha-1, evidenciando que estas

(20)

cultivares sejam de ciclo mais longo. Cultivares com ciclo mais tardio apresentam prolongamento do ciclo vegetativo, proporcionando maior acumulo de biomassa, possibilitando prolongar a oferta de forragem. As cultivares que apresentaram menor produção para este corte foram IPR Cabocla com 308,9 kg de MSF por ha-1 e novamente a cultivar UPF 134 com 399,8 kg de MST por ha-1. As demais

cultivares apresentam produção intermediaria.

Os valores da produção no terceiro corte (Tabela 3), apresentam a cultivar IPR 126 como a mais produtiva com 1276,5 kg de MSF por ha-1, seguida pela

cultivar IPR Suprema, as menores produções foram obtidas nas cultivares IPR cabocla, UPF 137 e UPF 134. Níveis de produção intermediários foram observados nas demais cultivares. O quinto corte, foi proporcionado pelas produções das cultivares IPR Suprema e IPR 126. O desempenho foi de rendimento de 146,6 kg de MSF por ha-1 para a cultivar IPR Suprema e 28,6 kg

de MSF por ha-1 para a cultivar IPR 126, não diferindo estatisticamente uma da

outra. Mesmo com valores baixos para esta última avaliação, é importante ressaltar que cultivares de ciclos maior podem contribuir para a diminuição do uso de concentrados e silagem na alimentação dos animais.

(21)

Tabela 3.Valores de Massa Seca de Folha de diferentes genótipos de aveia em avaliações por corte em kg por ha-1. UNIJUÍ, 2016.

Massa Seca de Folha (MSF kg ha-1)

Genótipos C1 C2 C3 C4 C5 Data 01/07/2016 04/08/2016 28/08/2016 30/09/2016 28/10/2016 Dias ao corte 51 34 24 33 28 FAPA 2 349,3 Da 1281,3 Ab 892,4 Bb 486,7 Cc - URSBRS Galope 376,7 Ca 1253,1 Ab 771,3 Bb 658,8 Bc - IPR 126 564,7 Ca 693,4 Cc 997,6 Ba 1276,5 Aa 28,6 Da IPR Suprema 519,3 Ba 620,6 Bc 1110,3 Aa 1172,1 Aa 146,6 Ca UPFA Ouro 370,0 Ca 1346,6 Ab 502,0 Bc 622,1 Bc - IPR Esmeralda 488,7 Ba 1579,1 Aa 537,5 Bc 486,8 Bc - UPFA 21 Moreninha 402,7 Ca 671,2 Bc 536,4 Bc 989,7 Ab - IAPAR 61 Ibiporã 318,0 Ca 1256,2 Ab 366,3 Bc 795,6 Bb - EMBRAPA 139 435,3 Ca 1204,2 Ab 628,8 Bc 251,5 Dd - UPF 137 389,3 Ba 1185,2 Ab 494,0 Bc 245,6 Cd - FAPA 43 567,3 Ba 763,0 Ac 790,8 Ab 585,3 Bc - IPR Cabocla 344,7 Ba 1154,2 Ab 308,9 Bd 232,3 Bd - UPF 134 390,00 Aa 294,1 Ad 399,8 Ad 327,0 Ad - Medias 424,3 1023,2 641,2 625,4 87,6

*Médias seguidas pela mesma letra maiúscula na HORIZONTAL e letra minúscula na VERTICAL constituem grupos estatisticamente homogêneos.

Na Tabela 4, observa-se os valores da Relação Folha Colmo (RFC) nos diferentes corte. Apenas no primeiro corte ouve variabilidade entre os genótipos, sendo a cultivar URSBRS Galope a que apresenta melhor resultado para este carácter. Nos demais corte há uma diferença expressiva entre os genótipo, porém não diferem estatisticamente. No segundo corte, pode se observar maior RFC para as cultivares FAPA 43, IPR suprema, UPF 134, IPR 126 e FAPA 2, não diferindo das demais cultivares. Na mesma tabela para o terceiro corte, a maior RFC é da cultivar IPR Suprema, e no quarto corte IPR 126 e IPR Suprema. A RFC isoladamente não serve de parâmetro pera escolha de uma cultivar, seu carácter está ligado mais a qualidade da forragem.

(22)

Tabela 4. Valores de Relação Folha/Colmo de diferentes genótipos nos períodos de corte em kg por ha-1. UNIJUÍ, 2016.

Relação Folha Colmo (RFC)

Genótipos C1 C2 C3 C4 C5 Data 01/07/2016 04/08/2016 28/08/2016 30/09/2016 28/10/2016 dias ao corte 51 34 24 33 28 FAPA 2 174,1 Ab 9,5 Ba 2,9 Ba 0,2 Ba - URSBRS Galope 232,3 Aa 4,7 Ba 2,4 Ba 0,4 Ba - IPR 126 59.3 Ad 11,3 Ba 3,9 Ba 1,1 Ba 2,0 Ba IPR Suprema 166,5 Ab 16,8 Ba 5,0 Ba 1,0 Ba 2,0 Ba UPFA Ouro 99,3 Ac 2,8 Ba 2,1 Ba 0,4 Ba - IPR Esmeralda 84,8 Ac 3,1 Ba 1,7 Ba 0,5 Ba - UPFA 21 Moreninha 44,3 Ad 4,4 Ba 3,0 Ba 0,5 Ba - IAPAR 61 Ibiporã 141,2 Ab 5,6 Ba 2,1 Ba 0,8 Ba - EMBRAPA 139 34,1 Ad 3,3 Aa 1,3 Aa 0,2 Aa - UPF 137 35,0 Ad 3,5 Aa 1,5 Aa 0,3 Aa - FAPA 43 170,0 Ab 28,4 Ba 4,1 Ba 0,7 Ba - IPR Cabocla 26,6 Ad 2,3 Aa 1,2 Aa 0,3 Aa - UPF 134 28,4 Ad 12,5 Aa 2,6 Aa 0,6 Aa - Médias 95,1 8,3 2,6 0,5 2,0

*Médias seguidas pela mesma letra maiúscula na HORIZONTAL e letra minúscula na VERTICAL constituem grupos estatisticamente homogêneos.

Analisando os valores entre as medias acumuladas houve variabilidade em todos os caracteres entre as linhagens e cultivares de aveias para forragem (Tabela 5). Para o carácter MV, a produção média dos genótipos avaliadas foi de 31228,3 kg de MV por ha-1. As maiores produções foram apresentadas pelas

cultivares FAPA 2, URSBRS Galope, IPR 126, IPR Suprema, UPFA Ouro, IPR Esmeralda, UPFA 21 Moreninha, IAPAR 61 Ibiporã e EMBRAPA 139. Produção intermediaria foi expressada na linhagem UPF 137 e cultivares IPR Cabocla e FAPA 43. Por outro lado, a linhagem UPF 134 apresentou menor produção de MV.ha-1. A produção de MV é utilizado no VCU (valor de cultivo e uso) para o

lançamento de cultivares de forrageiras pelas normas vigentes no Brasil (MAPA, 2003). Segundo Demétrio et al. (2012), a produtividade pode variar de 10 t a 30 t de massa verde por ha-1, ou até mais. Esse carácter é fácil de mensuração no

(23)

Em relação a MS Total, a média obtida no ensaio foi de 4536,9 kg de MST por ha-1 (Tabela 5). A maior produção obtida foi pela cultivar FAPA 2 com 5853,4

kg de MST por ha-1, seguida por URSBRS Galope, IPR 126, IPR suprema, UPFA

Ouro, IPR Esmeralda, UPFA 21 Moreninha, IAPAR Ibiporã, EMBRAPA 139, as cultivares que apresentaram produção intermediaria foram, UPF 137, FAPA 43, IPR Cabocla, a cultivar que apresentou menor produção de MST foi a UPF 134, com produção de 2184,3 kg de MST por ha-1, diferindo estatisticamente das

demais cultivares. A produção média foi similar a demais trabalhos na região sul do brasil (MAZURKIEVICZ, 2014), produção que comprova a existência de genótipos bem adaptados a região. A produção de MST incluindo MSF e RFC são os carácteres de maior expressão no momento de selecionar plantas forrageiras, extremamente importante também na indicação de uma cultivar para produção de carne e leite via animais (ASSIS et al., 2008; TAFERNABERRI et al., 2012; PEREIRA et al., 2015).

Para o carácter produção de MS de Folha, houve maior variabilidade entre os genótipos avaliados (Tabela 5). As cultivares avaliadas apresentaram produção média de 2740 kg de MSF por ha-1. A cultivar IPR 126 foi a que

expressou maior produção, com 3560,67 kg de MSF por ha-1 e a IPR Suprema,

com produção de 3464,30 kg de MSF por ha-1. Superioridade que também foi

encontra por MAZURKIEVICZ, 2014, em ensaio realizado no município de Augusto Pestana nos anos de 2011, 2012 e 2013. Produção de MSF intermediaria foram obtidos nas cultivares IPR Esmeralda, URSBRS Galope, FAPA2, IAPAR 61Ibiporã, UPFA Ouro, FAPA 43, UPFA 21 Moreninha, EMBRAPA 139, que diferiram das cultivares UPF 137 e IPR Cabocla. A cultivar que apresentou menor produção e diferiu estatisticamente das demais, foi a UPF 134, com produção de 1410.8 kg de MSF por ha-1. A produção de MSF além de

ser carácter expressivo na seleção de plantas forrageiras, é o componente da planta que apresenta maior valor nutricional e tem melhor digestibilidade (PEREIRA et al., 2015; TAFERNABERRI et al., 2012;). Além disto, é o componente preferencial a ser consumidos pelos animais e apresentar maior teor de proteína bruta e digestibilidade (BRATTI et al., 2009).

(24)

Tabela 5. Teste de comparação de média entre os genótipos para os caracteres MVTotal, MSTotal e MSFolha. UNIJUÍ, 2016.

GENÓTIPO TIPO MVTotal MSTotal MSFolha

FAPA 2 Aveia Branca 33461,5 a 5853,4 a 3012,8 b URSBRS Galope Aveia Branca 33650,6 a 5290,9 a 3059,9 b IPR 126 Aveia Branca 33409,3 a 5232,1 a 3560,6 a IPR Suprema Aveia Branca 34136,9 a 5130,8 a 3464,3 a UPFA Ouro Aveia Branca 34564,3 a 5096,3 a 2840,6 b IPR Esmeralda Aveia Branca 37945,2 a 4944,0 a 3091,9 b UPFA 21 Moreninha Aveia Preta 33616,6 a 4842,9 a 2599,9 b IAPAR 61 Ibiporã Aveia Preta 32141,9 a 4517,4 a 3003,1 b EMBRAPA 139 Aveia Preta 33503,1 a 4516,6 a 2519,9 b UPF 137 Aveia Preta 28287,7 b 3945,4 b 2314,1 c FAPA 43 Aveia Branca 25837,5 b 3812,8 b 2706,4 b IPR Cabocla Aveia Preta 28141,8 b 3612,9 b 2040,2 c UPF 134 Aveia Preta 17271,2 c 2184,3 c 1410,8 c

MÉDIA 31228,3 4536,9 2740,3

*Médias seguidas pela mesma letra formam grupos estatisticamente homogêneos. MVTotal =

massa verde total, MSTotal = massa seca total, MSFolha = massa seca de folhas em kg.ha-1

para todos os caracteres.

Em relação ao carácter MSC, as cultivares apresentaram valor médio de produção de 1537,8 kg de MSC por ha-1 (Tabela 6). A cultivar que apresentou

maior produção de MSC foi a URSBRS Galope, com produção de 1967,65 kg de MSC por ha-1, seguido pelas cultivares UPFA 21 Moreninha, UPFA Ouro, IPR

Esmeralda, EMBRAPA 139 e FAPA 2. Produções intermediarias foram obtidas pelas cultivares IPR Suprema, IAPAR 61 Ibiporã, UPF 137, IPR Cabocla, IPR 126. E, as cultivares que apresentaram menor produção de MSC foi a FAPA 43, produzindo 959,4 kg de MSC por ha-1, e a UPF 134, que produziu 697 kg de

MSC por ha-1. A produção de colmo das plantas forrageiras do ponto de vista

nutricional tem pouca importância, tendo em vista que tem baixo valor nutricional, baixa digestibilidade por tratar da parte da planta mais lignificada, tendo sua principal função na planta com sustentação (PEREIRA et al., 2012). O aumento da produção de colmo pela forrageira resulta no estreitamento da relação folha colmo diminuindo expressivamente a qualidade da forragem (Gomide, 2001).

(25)

A RFC também apresentou variabilidade, separando as cultivares em apenas três grupos, e apresentaram uma média de 1,8 para este caráter (Tabela 6). As cultivares FAPA 43 e IPR 126, apresentaram os melhores valores, com 2,8 e 2,6 respectivamente. A cultivar IPR 126 também mostrou superioridade em relação ao carácter em trabalho realizado por MAZURKIEVICZ (2014), nos anos de 2011, 2012 e 2013, nesta mesma estação experimental. A RFC intermediaria foi verificada nas cultivares IPR Suprema, IAPAR Ibiporã e UPF 134, também se verificou RFC abaixo da média as cultivares IPR Esmeralda, FAPA2, UPF 137, URSBRS Galope, UPFA Ouro, IPR Cabocla, EMBRAPA 139 e UPFA 21 Moreninha. A RFC permite avaliar a qualidade de forragem produzida por uma cultivar forrageira tendo em vista que o componente de uma planta forrageira com melhor qualidade nutricional e digestibilidade são as laminas foliares. A Relação FC confere maior potencial de utilização daqueles genótipos que apresentam maiores valores (Wilson & t’Mannetje, 1978, MARANÃO et al., 2010).

Quanto ao carácter hábito de crescimento, as cultivares apresentam na maioria, hábito de crescimento semi-vertical (Tabela 6). Sendo que 1 é vertical, 3 é semi-vertical, 5 é intermediário, 7 é semi-prostrado e 9 é prostrado. As cultivares FAPA 43 e IPR Suprema, apresentaram hábito de crescimento entre intermediário e semi-prostrado, enquanto as demais cultivares apresentam comportamento conforme a média. O hábito de crescimento das plantas forrageiras tem importância no momento de decidir o tipo de pastejo a ser empregado, plantas com habito de crescimento prostrado tem maior tolerância a pisoteio e assim podem ser indicas para sistemas de pastejo continuo, enquanto plantas com habito de crescimento mais ereto são destinadas principalmente para sistemas de pastejo rotacionado. (PEREIRA et al., 2012)

(26)

Tabela 6.Teste de comparação de média entre os genótipos para os caracteres de MS Colmo, RFC e Habito de crescimento. UNIJUÍ, 2016.

GENÓTIPO TIPO MSCOLMO RFC Habito de

Crescimento

FAPA 2 Aveia Branca 1734,7 a 1,7 c 3,5

URSBRS Galope Aveia Branca 1967,6 a 1,5 c 3,2

IPR 126 Aveia Branca 1389,2 b 2,6 a 2,7

IPR Suprema Aveia Branca 1571,3 b 2,2 b 5,5 UPFA Ouro Aveia Branca 1841,0 a 1,5 c 3,2 IPR Esmeralda Aveia Branca 1781,4 a 1,7 c 3,2 UPFA 21

Moreninha Aveia Preta 1962,0 a 1,3 c 3,0 IAPAR 61 Ibiporã Aveia Preta 1514,2 b 2,0 c 3,2 EMBRAPA 139 Aveia Preta 1757,0 a 1,4 c 3,0

UPF 137 Aveia Preta 1426,8 b 1,6 c 3,0

FAPA 43 Aveia Branca 959,4 c 2,8 a 6,0

IPR Cabocla Aveia Preta 1390,4 b 1,5 c 3,2

UPF 134 Aveia Preta 697,0 c 2,2 b 3,2

MÉDIA 1537,8 1,8 3,5

*Médias seguidas pela mesma letra formam grupos estatisticamente homogêneos. MSColmo = massa seca de colmo, RFC = Relação folha:colmo.

Através dos resultados obtidos pela avaliação das produções acumuladas (Tabela 5 e Tabela 6), podemos conferir quais as cultivares que apresentam maior desempenho durante todo o ciclo de cultivo. Isto permite de forma geral indicar os genótipos com maior potencial para uso ou para lançamento como cultivar

A avaliação da produção das cultivares por corte (Tabela2, Tabela3 e Tabela4), permite avaliar o comportamento de cada cultivar em diferentes momentos do ciclo de cultivo. Através desta avalição conseguimos identificar cultivares que possam fornecer forragem em diferentes momentos de necessidade. Algumas cultivares expressam sua máxima produção no início do cultivo, enquanto outras tem comportamento mais tardio.

(27)

CONCLUSÃO

Há variabilidade entre os genótipos avaliados. As cultivares IPR 126 e IPR Suprema de aveia branca, mostram ser as melhores alternativas para produção de forragem visando alta produção de lamina foliar bem como relação folha/colmo.

As linhagens UPF 137 e UPF 134 de aveia preta não apresentaram produção superior as testemunhas.

O experimento deverá ser conduzidos nos anos seguintes para confirmar os desempenho de todos os genótipo.

(28)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABREU, G.T. de; SCHUCH, L.O.B.; MAIA, M. de S.; et al. Produção de biomassa em consórcio de aveia branca (Avena sativa L.) e leguminosas forrageiras. Revista Brasileira de Agrociência, Pelotas, v. 10, n. 1, 2005.

ANDREWS, M.; LEA, P.J. Our nitrogen footprint: the need for increased crop nitrogen use efficiency. Annals of Applied Biology, v.163, p.165-16, 2013. BONHOMME, R. Bases and limits to using “degree.day” units. European Journal of Agronomy, v. 13, n. 1, p. 1-10, 2000.

BORÈM, Aluísio. Melhoramento de Espécies Cultivadas. Viçosa: Ed.: UFV, 1999. 817 pg.

CECATO, U.; SARTI, L. L.; SAKAGUTI, E. S.et al., Avaliação de cultivares e linhagens de aveia (Avena spp.). Acta Scientiarum, v.20, n.3, p.347-354, 1998. CONAB, Companhia Nacional de Abastecimento. Disponível em: < http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/14_01_10_10_12_36_bol etim_portugues_dezembro_2013.pdf> Acesso em: 12 mai 2016. Acompanhamento da safra de grãos.

CRESTANI, M.; CARVALHO, F. I. F.; OLIVEIRA, A. C.; SILVA, J. A. G.; GUTKOSKI, L. C. ; SARTORI, J. F.; BARETTA, D. ; LUCHE, H. S. ; TESSMANN, E. W. ; PAIVA, R. P. Desempenho de cultivares de aveia branca quanto ao conteúdo de B-glicana no grãos conduzidas em diferentes ambientes. In: XXX.

CRESTANI, M.; et al. Desempenho de cultivares de aveia branca quanto ao conteúdo de B-glicana no grãos conduzidas em diferentes ambientes. In: XXX Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Aveia, 2010, São Carlos-SP. Resultados Experimentais da XXX Reunião da Comissão Brasileira de

(29)

Pesquisa de Aveia. São Carlos-SP : Embrapa Pecuária Sudeste, v. 1. p. 127-131, 2010.

DEMÉTRIO, José Valdir et al. Produção de biomassa de cultivares de aveia sob diferentes manejos de corte. Pesq. Agropec. Trop., Goiânia, v. 42, n. 2, p. 198-205, abr./jun. 2012

EMBRAPA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Disponível em: <http://www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/divulga/GCD45.html>Acesso em: 09 out. 2013. épocas de semeadura. Bioscience Journal, 27 : 59-69.

FANCELLI, A. L.;DOURADO-NETO, D. Produção de milho. Guaíba: Agropecuária, 360 p. 2000.

FLOSS, E.L. Manejo forrageiro de aveia (avena sp) e azevém (Lolium sp.) In: SIMPÓSIO SOBRE MANEJO DE PASTAGEM, 9., 1988, Piracicaba. Anais... Piracicaba: FAELQ, 1988.

FONTANELI, R.S.; Silagem de Cereais de Inverno. Cereais de inverno de duplo propósito para a integração lavoura-pecuária no sul do Brasil. Passo Fundo: Embrapa Trigo, p. 143 – 149. 2006.

FRITSCHE-NETO, R. Técnicas experimentais e suas relações com a Lei de Proteção de Cultivares. Piracicaba: Departamento de Genética, ESALQ, USP, 2013. Disponível em: http://www.genetica.esalq.usp.br/lgn0313/clsj/Aula06-TecnicasExpeaLPC.pdf

GOMIDE, C.A.M. Características morfofisiológicas associadas ao manejo do capim-Mombaça (Panicum maximum Jacq.). Tese de Doutorado - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2001

HEEMST, H. D. van. 1986. Physiological principles. 1986. En: Keulen, H. e Wolf, J. (eds.). Modelling of agricultural production: Weather soils and crops. Wageningen: Pudoc. p. 13-26.

HODGSON, J. Grazing management: science into pratice. London: Longman Scientific & Techinical, 1990. 203p.

IAPAR – INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ. Aveia preta IAPAR 61

Ibiporã, 2001. Disponível em

http://www.IAPAR.br/arquivos/File/zip_pdf/nIAPAR61.pdf> acesso 28 de agosto de 2013.

(30)

KREMER, D.I.M. Modelagem matemática da aveia direcionada a produção de forragem ligada a estímulos genéticos e ambientais. Dissertação para título de Mestre em Modelagem Matemática. UNIJUÍ. 99pg, 2014.

MAPA, Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento. Requisitos mínimos para a determinação do valor de cultivo e uso de aveia preta forrageira (avena strigosa Schreb) e inscrição no registro nacional de cultivares – RNC. Diário oficial da união, seção 1, 2003.

MARANHÃO, C.M.A. et al. Características produtivas do capim-braquiária submetido a intervalos de cortes e adubação nitrogenada durante três estações. Acta Scientiarum - Animal Sciences. v.32, p.375-384, 2010.

MAZURKIEVICZ, Gustavo. O desempenho forrageiro de cultivares de aveia e a proposição de combinações para elevada produtividade com adaptabilidade e estabilidade. Trabalho de conclusão de curso para Engenheiro Agrônomo. UNIJUÍ, 2014.

NUNES, A.S.; SOUZA, L.C.F.; MERCANTE, F.M. Adubos verdes e adubação mineral nitrogenada em cobertura na cultura do trigo em plantio direto. Bragantia, v.70, p.432-438, 2011.

OKUMURA R. S.; MARIANO, D. C.; ZACCHEO, P. V. C. Uso de fertilizante nitrogenado na cultura do milho: uma revisão. Pesquisa Aplicada e Agrotecnologia, Guarapuava, v. 4, n. 2, p. 26-244, 2011.

OLIVEIRA, Saulo Alves Santos de et al. Resistance to Fusarium dry root rot disease in cassava accessions. Pesq. agropec. bras. [online]. 2013, vol.48, n.10, pp. 1414-1417.

PENNING de VRIES, EWT.; JANSEN, D.M.; TEM BERGE, H.F.M.; BAKEMA, A.H. Simulation of ecophysiological processes in several annual crops. Wageningen: PUDOC, 271p., 1989.

PEREIRA, E. A. et. al. Variabilidade genética de caracteres forrageiros em Paspalum.Pesq. agropec. bras., Brasília, v.47, n.10, p.1533-1540, out. 2012. REUNIÃO DA COMISSÃO BRASILEIRA DE PESQUISA DE AVEIA, 2010, São Carlos-SP. Resultados Experimentais da XXX Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Aveia. São Carlos-SP : Embrapa Pecuária Sudeste, v. 1. p. 127-131. 2010.

(31)

RIZZI, S. P. Caracteres morfo-fisiológicos e produtividade de cultivares de aveia branca. 2004. 86 f. Mestrado (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Passo Fundo.

SÁ, J.P.; OLIVEIRA, J.C.; ARAGÃO, A.A. Ensaio nacional de aveia forrageira, em Londrina, PR, 2008. In: REUNIÃO DA COMISSÃO BRASILEIRA DE PESQUISA DE AVEIA, 29., 2009, Porto Alegre. Resultados experimentais... Porto Alegre, 2009b. p.455-456.

SOARES, André Brugnara; PIN, Edison Antônio; POSSENTI, Jean Carlo. Valor nutritivo de plantas forrageiras anuais de inverno em quatro épocas de semeadura. Cienc. Rural, Santa Maria , v. 43, n. 1, jan. 2013

SPADOTTI, G. et al. Ecofisiologia da aveia branca. v. 11, p. 1–15, 2012.

TAFERNABERRI, V.J.;DALL’AGNOL, M.; MONTARDO, D.M.; PEREIRA, E.M.; PERES, E.R.; LEÃO. M.L. Avaliação agronômica de linhagens de aveia-branca em duas regiões fisiográficas do Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Zootecnia, v.41, n.1, p.41-51, 2012.

WILSON, J.R.; tMANNETJE, L. Senescence, digestibility and carbohydrate content of buffel gran and green panic leaves in swards. Australian Journal Agricultural Research, v.29, p.503-519, 1978.

Referências

Documentos relacionados

Our contributions are: a set of guidelines that provide meaning to the different modelling elements of SysML used during the design of systems; the individual formal semantics for

Taking into account the theoretical framework we have presented as relevant for understanding the organization, expression and social impact of these civic movements, grounded on

O fortalecimento da escola pública requer a criação de uma cultura de participação para todos os seus segmentos, e a melhoria das condições efetivas para

[r]

Ressalta-se que mesmo que haja uma padronização (determinada por lei) e unidades com estrutura física ideal (física, material e humana), com base nos resultados da

Outras possíveis causas de paralisia flácida, ataxia e desordens neuromusculares, (como a ação de hemoparasitas, toxoplasmose, neosporose e botulismo) foram descartadas,

Dessa maneira, os resultados desta tese são uma síntese que propõe o uso de índices não convencionais de conforto térmico, utilizando o Índice de Temperatura de Globo Negro e

Possuía os seguintes objetivos: implementar de ações educativas, em parceria com instituições locais, objetivando a difusão e preservação do patrimônio