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Variação na estrutura da comunidade de peixes e crustáceos na pesca de arrastão de praia em Fortaleza, Ceará

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRARIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA

VARIAgA0 NA ESTRUTURA DA COMUNIDADE DE PEIXES E CRUSTÁCEOS NA PESCA DE ARRASTA0 DE PRAIA EM FORTALEZA, CEARA

LUIZA HERMINIA F. MACHADO DE ALMEIDA

Disserta0,o Apresentada ao departamento de Engenharia de Pesca do Centro de Ciências Agrarias da Universidade Federal do Ceara, Como Parte das Exigências Para a ObtengAo'do Titulo de Engenheiro de Pesca.

FORTALEZA - CENRA - BRASIL - 1993 -

(2)

Biblioteca Universitária

Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

A448v Almeida, Luiza Herminia F. Machado de.

Variação na estrutura da comunidade de peixes e crustáceos na pesca de arrastão de praia em Fortaleza, Ceará / Luiza Herminia F. Machado de Almeida. – 1993.

34 f. : il.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 1993.

Orientação: Prof. Dr. Cassiano Monteiro Neto.

1. Engenharia de Pesca. 2. Peixes. 3. Crustáceos. 4. Pesca de arrastão. I. Título.

(3)

- orientador -

COMISSAO EXAMINADORA

Prof. adjunto CASSIANO MONTEIRO NETO, Ph.D.

- Presidente -

Prof. Adjunto CARLOS ARTUR SOBREIRA ROCHA, Ph.D.,

Prof. Substituto REYNALDO AMORIM MARINHO

VISTO:

Prof. Adjunto LUIS PESSOA ARAGAO, M.Sc. Chefe de Departamento de Engenharia de Pesca

Prof. Adjunto MOISgS ALVES DE ALMEIDA

(4)

A DEUS, por estar comigo sempre;

Ao Dr. Cassiano Monteiro-Neto, meu orientador, pela dedicada atengao nas diversas etapas desse trabalho;

A funcionaria Maria Cidronea Conceiçao Silva pelo auxilio na analise granulométrica dos sedimentos das praias;

Aos bolsistas Paulo Sérgio, Marcelo Antonio e aos demais bolsistas do Laboratório de Ciências do Mar, especialmente aqueles da Diviso da Pesca, pela participagao nas saídas de campo e/ou ajuda nos trabalhos laboratoriais;

Aos funcionários do LABOMAR pelos serviços prestados e finalmente ao Laboratório de Ciências do Mar pela utilizagao de suas dependências durante a elaboragao deste trabalho.

Agradeço em especial aos PESCADORES da praia do Meireles e da praia do Mucuripe, pela disponibilidade em todos os momentos.

(5)

VARIAgA0 ESPACIAL NA ESTRUTURA DA COMUNIDADE DE PEIXES E CRUSTÁCEOS NA PESCA DO ARRASTA0 DE PRAIA EM FORTALEZA-CE.

INTRODUgA0

A zona costeira marinha sujeita a arrebentagAo das ondas,

foi caracterizada por SPRINGER & WOODBURN (1960) como sendo um

"habitat extremo e de reduzida variedade de ninchos ecológicos". No

entanto outros autores reconhecem este habitat como portador de

vários benéficios para peixes e crustáceos, principalmente juvenis

(MONTEIRO-NETO, 1990; MONTEIRO-NETO et al., 1990; CUNHA, 1982).

WARFEL e MERRIMAN (1944) indicaram como vantagens oferecidas nas

zonas de arrebentagao, a protegAo contra predadores -e o aumento da

eficiência metabólica para aquisigAo de calor em fungo da

abundância de alimento concentrada pela aço das correntes.

Variagbes temporais e espaciais na estrutura das

comunidades de peixes e crustáceos demersais ou costeiros so

frequentemente observadas na literatura (Ex: MONTEIRO-NETO, 1990;

MODDE & ROSS, 1981; PETERS & NELSON, 1987) e estAo geralmente

associadas a mudanças sazonais diárias ou espaciais das

características físico-químicas e estruturais do habitat (PETERS &

NELSON, 1987; MOTEIRO-NETO et al., 1990; MONTEIRO-NETO, 1990).

0 litoral do município de Fortaleza, limitado pelas

embocaduras dos rios Pacoti e Cear., entre as latitudes de 32 38'

e 32 47' S e longitudes de 382 23'e 382 38' W (MORAIS, 1980)

(6)

acima e constitui uma importante Area de criagAo, reproduggo e

alimentagAo para uma significativa parte de peixes e crustáceos que

ocorrem na costa do Ceará.

Na enseada do Mucuripe, a Area próxima ao porto sofre

grande influência da contrugAo de um molhe de protegAo, no ponto de

transigAo do alinhamento da costa, denominado de ponta do Mucuripe.

Este molhe apresenta biodetritos a nordeste e uma nova área siltica

argilosa em torno deste, onde em épocas anteriores predominava a

fragAo areia grossa. A praia do Mucuripe caracteriza-se por ser uma

praia de baixa energia, parcialmente protegida do oceano contendo

silte e argila como sedimentos predominantes, sofrendo maior

influência das regiões estuarinas (MORAIS, 1980). A praia do

Meireles, localizada em uma Area mais exposta da enseada,

caracteriza-se por ser uma praia de grande energia com alto grau de

exposiçAo, possuindo areia como sedimento predominante, no

recebendo aporte considerável de Agua doce (MORAIS, 1980).

Diferenças estruturais relacionadas ao grau de esposigAo

as ondas e tipo de fundo servem de base para testar hipóteses

comparativas em relagao a mudança de comunidade dentro de uma Area

restrita. Além disso, estudos realizados em áreas costeiras,

frequentemente utilizadas como criadouros por espécies de interesse

á pesca, propiciam subsídios ao manejo e administragAo do

ecossistema e seus recursos renováveis. Este trabalho tem como

objetivo contribuir para o conhecimento da composigAo da comunidade

de peixes e crustáceos sujeita a pesca por arrastos_ de praia, em

duas Areas distintas na regiAo costeira, analisando-se a

(7)

MATERIAL E MÉTODOS

A realizaçâo do trabalho foi baseada no acompanhamento

das atividades de arrasto de praia dos pescadores de Fortaleza em

duas localidades da Enseada do Mucuripe: Praia do Meireles (Area I)

e Praia do Mucuripe (Area II) (Figura 1).

A rede de arrasto 6 constituída de um conjunto de linhas que

limitam as malhas do mesmo tamanho. A dimensAo da malha de uma rede

seleciona o tamanho do peixe que se deixa capturar. No entanto, as

artes de arrasto geralmente apresentam baixa seletividade,

capturando-se assim uma grande variedade de espécies de tamanhos

diversos. Tais atributos so desejaveis em estudos de comunidade,

fazendo do arrasto de praia um bom amostrador da comunidade de

peixes e crustáceos costeiros.

Os arrastos de praia foram realizados paralelamente A linha da

costa em profundidade inferior a 6m. Foram efetuados 20 arrastos

(10 na Area I e 10 na Area II), todos no período diurno entre 8:00

e 10:00 h. 0 material coletado foi levado ao laboratório,

evitando-se assim perdas de material biológico que poderiam causar vicio nas

estimativas de abundância e diversidade. Os indivíduos foram

medidos, contados e identificados. Nos casos em que o número de

indivíduos foi muito grande, optou-se por sub-amostras para a

análise de distribuigao de freqüências. Todos os espécimes

coletados foram fixados em formol a 10% e preservados em álcool a

70%, após processamento em laboratório.

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de FIGUEIREDO & MENEZES (1978, 1980), MENEZES & FIGUEIREDO (1980,

1985), FISCHER (1977), CERVIGON (1966). Os linguados foram

identificados através dos trabalhos de MUNROE (1990) e GUTHERZ.

(1991). Devido a grande complexidade na identifica9go, as espécies

da família Cynoglossidae pertencentes ao complexo Symphurus

plagusia (MUNROE, 1990) foram agrupadas no gênero Symphurus;

juvenis de Mugilidae no gênero Mugil; um complexo de espéciesdentro

do genero Haemulon. 0 reconhecimento de duas formas distintas de

Ophyoscion punctatissimus (Sciaenidae) nos levou a utilizar a

denominagáo de Ophyoscion spp. segundo recomendagáo do Dr. NING

LABBISH CHAO, especialista na família. A identifica9Ao dos

crustáceos baseou-se nos trabalhos de RODRIGUEZ (1980) e

FAUSTO-FILHO (1978, 1979).

fndices ecológicos descritivos da comunidade (diversidade

de Shannon-Wiener - H', eqúitabilidade - J'e riqueza de espécies -

D), foram calculados para caracterizar a estrutura da comunidade de

cada area de coleta. Os cálculos foram baseados nas seguintes

expresses (LUDWIG & REYNOLDS, 1988, MONTEIRO-NETO, 1990):

H'. -

2E

(ni/N) log (ni/N)

onde: N = número total dos indivíduo em uma determinada

amostra

ni = número dos indivíduos de uma determinada espécie

contida na amostra.

J'= H'/H'max.

onde: H'= diversidade de Shannon-Wiener

H'max. = logzS

(9)

onde: S = número de espécies

N =número de indivíduos.

Para a comparagAo das distribuições de freqüência da

tamanho por areas amostradas das espécies principais, foram feitos

agrupamentos em classe de 10 mm (peixes) e 5 mm (crustáceos) e

expressas graficamente.

Foram obtidos dados em relaçAo a salinidade para cada

Area e correlacionados com a captura.

A Analise gránulometrica foi realizada atraves da coleta

de sedimentos nas duas Areas estudadas. A coleta foi efetuada com

um busca-fundo tipo Van Veen, ao longo de um perfil perpendicular

linha da costa. A distância do perfil foi de aproximadamente 150

braças (330m), coletando-se 4 amostras em cada perfil, sendo

registrada a profundidade de coleta. As amostras foram

acondicionadas em sacos plásticos etiquetados e levados ao

laboratório. Seguindo a metodologia descrita por FREIRE (1977)

(Figura 2), foram retiradas sub-amostras e colocadas em recipientes

de porcelana, etiquetados e levados A estufa para secagem a uma

temperatura de 602C. Depois da secagem das amostras, para se

analisar uma fragao bem representativa, 6 feito a pesagem das

amostras ficando com 100g cada, facilitando assim os cálculos de

percentagem. Em seguida 6 feito um peneiramento úmido que consiste

da lavagem de cada amostra sobre uma peneira de malha de 0,062mm.

A fragAo superior a 0,062mm de cada amostra foi recolhida em

recipiente de porcelana sendo levadas A. estufa a 602C. A fragAo

inferior ficou acondicionada em baldes plásticos em repouso para

(10)

fragao superior, através de um girador tipo "ROT UP SIEVE SHAKER",

que utiliza uma bateria de 12 peneiras com aberturas segundo

intervalo de 1 a 1/2 phi e 1/4 a 1/16 phi, escala de classificagAo.

de WENTWORTH (1922). A fragao retida nas diferentes peneiras foi

pesada em balança analítica, acondicionadas e etiquetadas. Os

resultados foram anotados em fichas de análise granulométrica para

cálculos de parâmetros estatisticos.

A fragAo inferior foi analisada obedecendo a uma

metodologia simples apresentada por SUGUIO (1975) que baseia-se na

velocidade de queda das partículas ou LEI DE STOKES. Das amostras

acondicionadas em baldes plásticos retira-se a Agua por meio de um

sifAo, transfere-se o sedimento que fica no balde para provetas de

1000m1 e completa-se o volume com Agua e oxalato de sódio

(antifloculante). Após este procedimento so realizadas pipetagens

em vários intervalos de tempo e na mesma profundidade, baseando-se

nas velocidades de decantagAo das fragbes diferentes fragbes finas

(11)

RESULTADOS

Parâmetros Ambientais

Salinidade

A salinidade pouco variou em ambas as areas. Na Area I,

Praia do Meireles, obteve-se 40 o/oo e 35 o/oo como valores máximo

e mínimo respectivamente, enquanto que na Area II, Praia do

Mucuripe, obteve-se 40 o/oo como valor máximo e 37 o/oo como valor

mínimo. Em ambas as areas a media de salinidade foi de 38 o/oo.

Devido a pequena variabilidade observada, este parâmetro no foi

relevante para o estabelecimento de relaçoes comparativas entre

areas.

Análise granulométrica

Na praia do Meireles houve predominância da fra9a6 areia

(62p < diâmetro < 2mm), sobre as fraçoes silte/argila (diâmetro <

62p) e cascalho (diâmetro > 2mm), com 55%, 44% e 0,43%

respectivamente (Figura 3). Na praia do Mucuripe 79% do sedimento

silte/argila, 28% de areia e 0,20 de cascalho, havendo assim a

predominância do sedimento silte/argila (Figura 3).

DistribuigAo e Abundância

As vinte amostras entre outubro de 1992 e abril de 1993

resultaram na captura de 94 espécies, 74 gêneros e 36 famílias,

sendo 73 espécies, 59 gêneros e 26 tamilias de peixes e 21 espécies

de crustáceos distribuídas em 15 gêneros e 10 famílias (Tabelas 1).

(12)

(camarao-sete-barbas), Callinectes danae e C. ornatus (siris), e

Pellona harrowerl (sardinha da noite) foram as espécies mais

abundantes perfazendo em torno de 65% da captura total em número de.

indivíduos. Aproximadamente 79 espécies foram ocasionais e

representaram menos de 1% da captura total.

Na Area I capturou-se um total de 69 espécies e 5480

indivíduos sendo 4554 exemplares de peixes (55 espécies, 47 gêneros

e 20 famílias) e 926 exemplares de crustáceos (14 espécies, 9

gêneros e 7 famílias), (Tabelas 2, 4 e 5). As espécies mais

abundantes foram Opisthonema oglinum, Xiphopenaeus kroyeri, Pellona

harroweri, Anchoa spinifera e Chloroscombrus chrysurus,

constituindo 75% da captura total. Cinquenta e sete espécies

representaram menos que 1% da captura total.

Na Area II, foram capturadas 73 espécies e 4099 indivíduos,

sendo 56 espécies de peixes com 1449 indivíduos e 17 espécies de

crustáceos com 2650 exemplares capturados (Tabelas 3, 4 e 5). As

espécies principais na Area II foram Xiphopenaeus kroyeri,

Callinectes danae, Callinectes ornatus, Bagre marinus e Penaeus

subtilis, constituindo 65% da captura total. Aproximadamente 55

espécies representaram menos que 1% da captura total em número.

A Figura 4 apresenta o número de famílias gêneros e

espécies comuns e mutuamente exclusivas captUradas nas duas Areas

amostradas. No total, aproximadamente 50% das famílias, Gêneros e

espécies foram comuns a ambas as Areas e 25% exclusivas para cada

Area respectivamente. Um padrao ,.semelhante é também observado

quando se analisa a distribuigao dos níveis taxon6micos dentro do

(13)

A figura 5 apresenta o número total de indivíduos

capturados por grupo taxonômico (peixes / crustáceos) por Area

amostrada. Observa-se que na Area I o número de exemplares de.

peixes foi muito maior que o de crustáceos, invertendo-se a

situagAo na área 2. A maior contribuiçAo para estas variações

esteve associada com a maoir abundância de Opisthonema oglinum na

Area I e Xiphopenaeus kroyeri, Callinectes danae e C. ornatus na

Area II (Tabelas 4 e 5).

Indices de Diversidade

A Figura 6 mostra que indices ecológicos (diversidade de

Shannon-Wiener, eqUitabilidade e riqueza de espécies) calculados

para cada Area. Observa-se que os valores obtidos variaram

consideravelmente sendo que a Area I apresentou menor diversidade,

equitabilidade e riqueza de espécies em relaçAo a Area II.

DistribuigAo das freqüências de Comprimento

A Figura 7 apresenta as distribuições de freqüência de

comprimento por classes de tamanho para as espécies de peixe mais

abundantes do experimento, distribuídas por Area de captura. De

acordo com a Figura 7, nas Areas I e II, as espécies Opisthonema

og2inum, Anchoa spinifera e Chloroscombrus chrysurus apresentaram

maior freqüência de indivíduos nas classes de comprimento entre 80

e 115mm na Area I, no sendo observado picos de freqüência em

nenhuma das classes na Area II. Bag,re marinus foi representada por

indivíduos maiores na Area II e menores na área I enquanto que

(14)

parvipinnis

apresentou um .pico de indivíduos maiores na Area I e uma maior participagao dos menores comprimentos na distribuigAo da area II. espécie.

A figura 8 mostra gráficos semelhantes para os crustáceos mais abundantes nas duas areas, separados por sexo. De maneira geral pode-se evidenciar a maior abundância, bem como a participago de várias classes de comprimento para os crustáceos capturados na Area II. Cabe salientar que as fêmeas maiores de

Callinectes danae

capturadas na Area I, estavam todas ovadas e que fêmeas ovadas nunca foram capturadas na area II.

(15)

DISCUSSA0

A comunidade de peixes e crustáceos na pesca de arrasto

de praia em duas Areas da Enseada do Mucuripe se caracterizou pela

dominância de algumas espécies no total das capturas. Opisthonema

oglinum, Pel lona harroweri e Xiphopenaeus kroyeri são espécies

freqüêntes nas capturas artesanais efetuadas na Enseada do

Mucuripe. No entanto, variagbes na ordem de dominância das espécies

entre Areas, sugere que a distribuição das mesmas não 6 homogênea

e segue um padrão definido pela preferência de cada uma A condiçbes

ambientais determinadas.

MONTEIRO-NETO, et al. (1990) comentam que diferenças na

composição da ictiofauna e nos padres da diversidade, associados

a diferenças no ambiente fisico, são evidentes. Em sistemas

lagunares e estuários, profundidade, gradiente de salinidade e

substrato são as principais fácies ecológicas determinantes das

variagbes na distribuição dos organismos (MONTEIRO-NETO et al.,

1990; WEINSTEIN, 1982).

Na Enseada do Mucuripe a distribuição dos fundos de

areia na Area I e lama na Area II possivelmente influenciou a

comunidade de peixes e crustáceos, selecionando para que espécies

com afinidade a Areas mais calmas e com sedimentos de granulometria

fina, se distribuam preferencialmente na Area II, enquanto que

aquelas cuja afinidade 6 associada, às Areas com maior dinâmica,

concentram-se na Area I.

(16)

(abundantes na Area I) e. Diapterus Olisthostomus, Eucinostomus melanopterus (exclusivas na Area I) ocorrem em prais arenosas e em zonas de alto grau de exposigao .6. energia das ondas. A preferência. destas espécies por habitats com as características acima 6 citada por MONTEIRO-NETO et al. (1990), CUNHA (1981), PAIVA FILHO & TOSCANO (1987). Por outro lado, Xiphopenaeus kroyeri, Callinectes danae, C. ornatus, Bagre marinus (abundantes na área II) e Paradasygius turbeculatus, Gobionellus oceanicus, Batrachoides surinamensis (exclusivas na area II) so freqüentes nas praias de fundo lamoso (FAUSTO-FILHO, 1978); MONTEIRO-NETO et al., 1990), alimentando-se de detritos orgânicos, abundantes nestes substratos. A compara0o da diversidade entre Areas indicou que a Area II foi mais diversa em todos os aspectos analisados. Litorais protegidos, de baixa energia com fluxo suave de água so povoados por maior número de espécies e espécies diferentes em comparag&o com litorais de alta energia sujeitos a regimes de ondas.fortes PAIVA FILHO & TUSCAN() (1987, p.159). Segundo MONTEIRO-NETO (1990) a zona de arrebentaçAo de praia 6 caracterizada por uma comunidade de baixa diversidade, com poucas espécices dominantes e várias ocasionais. Tal fato está relacionado principalmente a dinâmica intensa do ambiente que caracateriza este habitat como inóspito para o estabelecimento de comunidades com alta diversidade.

A análise comparativa das distribuiç6es de freqüência de comprimento veio reforçar as diferenças encontradas, sugerindo uma partiggo do habitat em relagAo ao t„amanho dos indivíduos. Enquanto que a grande parte das espécies dominantes na área I foram representadas por indivíduos de maior tamanho, na área II foi

(17)

observada uma participagao maior das classes menores de

comprimento, caracterizando-a como Area preferencial de

recrutamento de juvenis. De fato, para a espécie Callinectes danae.

somente fêmeas adultas e ovadas foram capturadas na Area I enquanto

que no mesmo período vários tamanhos participavam da distribui9Ao

de freqüência na Area II. As Aguas paradas e a grande concentragào

de detritos e matéria orgânica dos sedimentos criam condigbes

semelhantes ás Areas de cria9ào em estuários (MONTEIRO-NETO et al.,

(18)

CONCLUSO

1. Noventa e quatro espécies de peixes e crustáceos foram. capturados durante o experimento de comparagAo -entre Areas na Enseada do Mucuripe, sendo que somente dez espécies representaram 80% da captura total.

2. A faixa litorânea escolhida para estudo apresentou-se de uma forma relativamente heterogênea no que diz respeito A. distribuigAo espacial das espécies e dos indivíduos entre as Areas amostradas.

3. A diversidade foi sempre maior em todos os seus componentes na área II.

4. 0 tipo de sedimento e o grau de exposiggo 6. energia das ondas das duas praias foram os fatores que determinaram as variagbes encontradas.

S. A analise comparativa das distribuig6es de freqüência de comprimento das espécies mais abundantes indicou a utilizagAo preferencial da área II por indivíduos de menor tamanho (juvenis) e na Area I por indivíduos maiores (adultos e sub-adultos).

(19)

SUMARIO

Este trabalho apresenta a lista de espécies e a análise

da variagAo espacial na estrutura da comunidade de peixes e

crustáceos coletados na Enseada do Mucuripe (Praias do Meireles e

Mucuripe), litoral de Fortaleza, Ceará, Brasil. Arrastos de praia

realizados entre outubro de 1992 e abril de 1993, resultaram na

captura de 94 espécies, 74 gêneros distribuídos em 36 famílias,

totalizando 9579 individuos. Dez espécies constituíram 80% da

captura em número de individuos. Na praia do Meireles foram

capturados 4554 exeplares de peixes (55 espécies, 47 gêneros e 20

famílias) e 926 exemplares de crustáceos (14 espécies, 9 gêneros e

7 famílias) totalizando 5480 individuos. As espécies mais

abundantes foram Opisthonema oglinum, Xiphopenaeus kroyeri, Pellona

harroweri, Anchoa spinifera, e Chloroscombrus chrysurus. Na praia

do Mucuripe a captura de peixes foi menor (1450 exemplares) porem

o número de espécies (56), gêneros (43) e famílias (18) foi quase

o mesmo. Os crustáceos dominaram a captura nesta Area com 2650

individuos, 17 espécies, 11 gêneros e 8 famílias. As espécies mais

abundantes foram Xiphopenaeus kroyeri Callinectes danae, C.

ornatus, Bagre marinus e Penaeus subtilis. As variações nos padrões

de abundância e ocorrência das espécies nas praias da Enseada do

Mucuripe parecem estar relacionadas com a distribuigAo dos

sedimentos e grau de exposigAo à,energia das ondas. A praia do

Meireles se caracteriza pela predominância de substrato arenoso com

(20)

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS'

(De acordo com a NBR - 6023, da ABNT)

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DE l

efeedit,

M UCURIPE AREA II FORTALEZA OAREA

FIGURA

at

Area

do Porto do Mucuripe identificando os locais de , monitoramento da pesca artesanal de

arrastioi.dw-Draia.

(24)

'2 1 1-1I • kr".. cr. Cr: C, c. 5 C CCCC AA !*, - L., • - I I ;". tr:

(25)

100

Cascalho Areia Siite Argila

...WifigE .., 90 60 - - 40 20 — 100 80 00 40 - 20 - • - ,4 • • , o Cascalho - _ - , Areia Silte ' 1 1"111 ' Argila Fraçao Sedimetar

Meireles

Fraçao Sedimetar

Mucuripe

Figura3: Composição das Frações Sedimentares nas

Praias do Meireles (Area I) e Mucuripe (Area II) em

Diferentes Profundidades

(26)

38

vs`b

Crustáceos

17 18

c.P

/2 7 4 3 1 0 rtP cb. VsçC25 C :1)ç<

Figura4: Famílias, Gêneros e Espécies Comuns e

Mutuamente Exclusivas Capturadas nas areas I e II do

Experimento

(27)

5

4

o

o

^

o

7

S 2

1

o

4.554

1.449

2.65,,

,

,/

,

/ /

Figura 5: Comparação do Número de Indivíduos

por Grupo Taxonewnico (Peixes, Crustáceos)

por Area Amostrada

II

Area de Coleta

(28)

Figura 6: Comparação da Diversidade (1-1), Equitabilidade (T),

e Riqueza de Espécies (D) entre as Areas Amostradas

II

Area

(29)

frN

/

Classes de Comprimento (mm) - rs 40 • o 47„ 30. IL 10 • 0

tP',13f <ARWI'titt.,,43(ti:ki*V3,41);:3

250 o yi 200-i 150 Cr 100 - o ,f30 tP 0 0 h4) 0\0\ 1,4``34V:),,h'b,,4343,Z ) Classes de Comprimento (mm) / Area Area II 11—.T7-1 Classes de Comprimento (mm) 120 e 100 j1 011 1-2 80i o 60 p rr_ 401 a. 201 o 43 cob,so cp (ID ,G3 04,43p.A4) ///./ " • •

//

Pellona harrower/ Fr eq üéno la 1,000 BOO- 600-400-1 200 260 a 200 - 5 160 I or 1001 E u. 501

/7////7;/

0

N'1.<3,13cP.N4P.-`3,..*.kkbV3,kb

Classes de Comprimento Total (mm)

Chloroscombrus chrysurus A o -/--/ rt,ebb 06343 tP.,.3 43 43,A.`343,43,0,43KkG3 Classes de Comprimento (mm) Sagre rnarinus 250 c 200 160 • i 100 2

I.'"? OGPIPA4") CO,,P,Abbs,A0 \CV'

Classes de Comprimento (mm) ;

lsopisthus parvipinnis

Figura 7: Comparação das Distribuições de Freqüências

de

Comprimento das

Principais Espécies de Peixes Capturadas por

Area Amostrada

(30)

35 301 as T.) 25 ,; 20-'3- 15-4' 10 , ,

/

,/

h h h • 41: 1,1 c// o- 20-1 O hhhhhhhhhhhhh Nqi (Cti C5CV b‘,1/ 4)q.: 250 •43 200-o

Fêmeas

50

Fêmeas

Fêmeas

30 225 0 3 15-4 u 1 !.D 10

V74/

N9Mg Vi34kti4WWZO Xiphopenaeus kroyeri Comprimento do C.sfalotorax (mm) Callinectes danae 50 .51. 40 c 30J

7/

.0

02 17 , tr 20-1 „ ar lik47071 r 101 hhhhhhhhhhhhh g?" 0)1/ ticti ySt,' oy N'1, rp,' tê: NNNN Largura (mm) Callinectes ornatus

Aggt40V641TOWN‘4<‘4a)

Largura (mm)

O

Largura (mm) Largura (mm)

Classes de Comprimento (mm)

1L/Z7

Area I Area 11

Figura8: Comparação das Freqüências de Tamanho dos Principais

Crustáceos Capturados nas Areas Amostradas, Separados por Sexo.

(31)

ESPECIE ABUNDANCIA

Numero % Media FREQ.

Opisthomena oglinum 2025 21.14 203 9 Xiphopenaeus kroyeri 1715 17.9 172 18 Callinectes danae 715 7.46 72 16 Callinectes ornatus 665 6.94 67 19 Pellona harroweri 656 6.85 66 18 Anchoa spinifera 574 6 54 16 Chloroscombrus chrysurus 509 5.31 51 16 Bagre marinus 319 3.33 32 8 Stellifer sp. 222 2.32 22 15 Isopisthus parvipinnis 213 2.22 21 14 Penaeus subtilis 183 1.91 18 17 Exhippolysmata oplophoroides 175 1.83 18 11 Pomadasys corvinaeformes 149 1.55 15 13 Mugil sep. 140 1.46 14 5 Bagre bagre 113 1,18 11 11 Stellifer brasiliensis 87 0.91 9 11 Penaeus schmitti 77 0.8 8 18 Lycengraulis grossidens 70 0.73 7 14 Stellifer rastrifer 69 0.72 7 14 Chirocentrodon bleekerianus 65 0.68 7 5 Symphurus spp. 61 0,64 El 14 Polydactilus virginicus 58 0.6 6 14 Stellifer stellifer 57 0.59 6 11 Conodon nobilis 51 0.53 5 9 Trichiurus lepturus 48 0.5 5 13 Citharichthys spilopterus 41 0.43 4 11 Cetengraulis edentulus 34 0.35 3 6 Selene vomer 34 0.35 3 10 Cynoscion leiarchus 32 0,33 3 9 Stellifer naco 32 0.33 3 5 Batrachoides surinamensis 30 0,31 3 8 Larimus breviceps 27 0.28 3 9 Notarius'grandicassis 26 0.27 3 6 Anchoviella lepidentostole 26 0.27 3 8 Ophioscion spp. 24 0.25 2 8 Anchovia clupeoides 18 0,19 2 10 Panulirus laevicauda 18 0.19 2 5 Sphoeroides testudineus 15 0.16 2 9 Caranx latus 14 0.15 1 4 Anchoa filifera 12 0.13 1 3 Bairdiella ronchus 11 0.11 1 4 Dipterus olistostomus 9 0.09 1 5 Scomberomorus brasiliensis 8 0.08 1 2 Menticirrhus litoralis 7 '0.07 1 3 Trachinotus coralinus 7 0.07 1 4 Lagocephalus laevigatus 6 0.06 1 3 Genyatremus luteus 6 0.06 1 5 Colomesus psittacus 6 0.06 1 6 Hexanematichthys grandoculis 6 0.06 1 2 Sicyonia dorsalis 5 0.05 1 3 Thalassophryne nattereri 5 0.05 1 5 Sciadeichthys luniscutis 5 0.05 1 3 Callinectes marginatus 5 0.05 1 3 Netuma barba 5 0.05 1 3 Chaetodipterus faber 5 0.05 1 2 Sphyraena guachancho 5 0.05 1 1 Menticirrhus americanos 4 0.04 4 Paralonchurus brasiliensis 4 0.04 2 Mugil curema 4 0,04 2 Arius spixii 4 0,04 2 Peprilus paru 4 0.04 1 Gobionelus oceanicus 4 0.04 3 Anchoa januaria 4 0.04 1 Haemulon spp. 4 0.04 1 Eucinostomus melanopterus 4 0,04 1 Cynoscion acoupa -3 0.03 2 Nematopalaemon schmitti 3 0.03 1 Selene setapinnis 3 0.03 3 Panulirus argus 3 0.03 2 Gymnura micrura 2 0.02 2 Penaeus brasiliensis 2 0.02 2 Lutjanus sinagris 2 0.02 2 Macrodon ancylodon 2 0.02 1 Hepatus pudibundus 2 0.02 1 Prionotus punctatus 2 0.02 1 Eugerres brasilianus 1 0.01 1

(32)

ESPECIE ABUNDÂNCIA FREQ. Numero % Media Gymnothorax vicinus 1 0.01 1 Arenaeus cribarius 1 0.01 1 Libinia belicosa 1 0.01 1 Squilla spp. 1 0.01 1 Anisotremus surinamensis 1 0.01 1 Narcine brasiliensis 1 0.01 1 Dasyatis guttata 1 0.01 1 Lutjanus jocu 1 0.01 1 Lutjanus analis 1 0.01 1 Callinectes exasperatus 1 0,01 I Alpheidae 1 0.01 1 Synodus foetens 1 0.01 1 , Amphichthys cryptocentrus 1 0.01 1 Citharichithys cornutus 1 0.01 1 Syacium papillosum 1 0.01 1 Dardanus venosus 1 0.01 1 Petrochirus diagenis 1 0.01 1 Paradasygius turbeculatus 1 0.01 1 TOTAL (94 Especies) 9579 100 N=20

(33)

ABUNDÂNCIA FREQ.

ESPECIE Numero % Media OCORR.

Opisthonema oglinum 1981 36.16 198 7 Xiphopenaeus kroyeri 600 .10.95 60 8 Pellona harroweri 551 10.05 55 9 Anchoa spinifera 509 9.29 51 6 Chloroscombriis chrysurus 457 8.34 46 9 Callinectes ornatus 156 2.85 16 9 Isopisthus parvipinnis 149 2.72 15 7 Pomadasys corvinaeformes 137 2.50 14 8 Bagre marinus 120 2.19 12 5 Bagre bagre 82 1.50 8 6 Stellifer sp. 61 1.11 6 5 Lycengraulis grossidens 55 1,00 6 9 Polydactilus virginicus 49 0.89 5 8 Conodon nobilis 49 0.89 5 7 Penaeus schmitti 48 .0.88 5 8 Callinectes danae 47 0.86 5 6 Chirocentrodon bleekerianus 47 0.86 5 3 Exhippolysmata oplophoroldes 34 0.62 3 5

Stellifer brasiliensis 34 0.E.;. 3 4

Notarius grandicassis ". 25., 0.4 3 5

Larimus breviceps 22 0.40 2 7

Stellifer rastrifer 20 0.3u L 6

Symphurus spp. 19 0.35 2 5 Ophloscion spp. 17 0.31 2 5 Penaeus subtliis 16 0.29 2, 8 Panulirus laevicauda 16 0.29 2 4,. Stellifer stellifer 16 0.29 2 6 Ancnovia clupeoides 10 0.18 1 5 Cetengraulis edentulus 10 0.18 1 3 Anchoviella lepidentostele 9 0.16 1 2 Sphoeroides testudineus 9 0.16 1 6 Dipterus olistostomus 9 0.16 1 5 Scomberomorus brasiliensis 8 0.15 1 2 Trichiurus lepturus 7 0.13 1 5 Menticirrhus litoralis 7 0.13 1 3 Trachinotus cor.alinus 7 0.13 1 4 Bairdiella ronchus 5 0.09 1 3 Chaetodipterus faber 5 0.09 1 2 Sphyraena guachancho 5 0.09 1 1 Stellifer naso 5 0.09 1 3 Caranx latus 5 0.09 1 2 Hexanemactichthys grandoculis 5 0.09 1 1 Sciadeichthys luniscutis 5 0.09 1 3 Menticirrhus americanus 4 0.07 0 4 Eucinostomus melanopterus 4 0.07 0 1 Paralonchurus brasiliensis 4 0.07 0 2 Selene vomer 4 0.07 0 2 Netuaa barba 3 0.05 0 2 Mugil curema 3 0.05 0 1 Arius spixii 3 0.05 0 1 Nematopalaemon schmitti 3 0.05 -0 1 Selene setapinnis 2 0.04 0 2 Geniatremus luteus 2 0.04 0 2 Citharichthys spilopterus 2 0.04 0 2 Macrodon ancylodon 2 0.04 0 1 Prionotus punctatus 2 0.04 0 1 Colomesus psittacus 2 0.04 0 2 Eugerres brasilianus 1 0.02 0 1 Gymnothorax vicinus 1 0.02 0 1 Penaeus brasiliensis - 1 0.02 0 1 Panulirus argus 1 0.02 0 1 Callinectes marginatus 1 0.02 0 1 Arenaeus cribarius 1 0.02 0 1 Libinia belicosa 1 0.02 0 1 Squilla spp 1 0.02 0 1 Anisotremus surinamensis 1 0.02 0 1 Narcine brasiliensis 1 0.02 0 1 Dasyatis guttata 1 0.02 0 1 Anchoa filifera 1 0.02 0 1 TOTAL (69 Especies) 5480 100 N.10

(34)

ESPECIE ABUNDANCIA Numero S Media FREQ. OCORR. Xiphopenaeus kroyeri 1115 27.22 112 10 Callinectes danae 668 16,32 67 10 Callinectes ornatus 509 12.42 50 10 Bagre marinus 199 4.85 20 3 Penaeus subtilis 167 4.07 17 9 Stellifer sp 161 3.93 16 10 Exhippolysmata oplophoroides 141 3.44 14 6 Mugil spp 140 3.42 14 5 Pellona harroweri 105 2.56 11 9 Anchoa spinifera 65 1.59 7 10 Isopisthus parvipinnis 64 1.56 6 7 Stellifer brasiliensis 53 1.29 5 7 Chloroscombrus chrysurus 52 1.27 5 7 Stellifer rastrifer 49 1.20 5 8 Opisthonema oglinum 44 1.07 4 2 Symphurus spp 42 1.02 4 9 Trichiurus lepturus 41 1.00 4 8 Stellifer stellifer 41 1.00 4 5 Citharichthys spilopterus 39 0.95 4 9 Cynoscion leiarchus 32 0.78 3 9 Bagre bagre 31 0.76 3 5 Selene vomer 30 0.73 3 8 Batrachoides surinamensis 30 0.73 3 8 Penaeus schmitti 29 0.71 3 10 Stellifer naso 27 0.66 3 2 Cetengraulis edentulus 24 0.59 2 3 Chirocentrodon bleekerianus 18 0.44 2 2 Anchoviella.lepidentostole 17 0.41 2 6 , Lycengraulis grossidens 15 0.37 2 5 Pomadasys corvinaeformis 12 0.29 1 5 Anchoa filifera 11 0.27 1 "2 Polydactilus virginicus 9 0,22 1 6 Caranx latus 9 0.22 1 2 Anchovia clupeoides 8 0.20 1 5 Ophioscion spp 7 0.17 1 3 Sphoeroides testudineus 6 0.15 1 3 Bairdiella ronchus 6 0.15 1 1 Lagocephalus laevigatus 6 0.15 1 3 Sicyonia dorsaris 5 0.12 1 3 Thalassophryne nattereri 5 0.12 1 5 Lariaus breviceps 5 0.12 1 2 Haemulon sp 4 0.10 0 1 Anchoa januaria 4 0.10 0 1 Gobionelus oceanicus 4 0,10 0 3 Callinectes marginatus 4 0.10 0 2 Genyatremus luteus 4 0,10 0 3 Colomesus psittacus 4 0.10 0 4 Peprilus paru 4 0.10 0 1 Cynoscion acoupa 3 0.07 0 2 Hepatus pudibundus 2 0.05 0 1 Conodon nobilis 2 0.05 0 2 Panulirus argus 2 0.05 0 1 Panulirus laevicauda 2 0.05 0 1 Gymnura micrura 2 0.05 0 2 Netuma barba 2 0.05 0 1 Lutjanus sinagris 2 0.05 0 2 Lutjanus jocu 1 0.02 0 1 Lutjanus analis 1 0.02 0 1 Selene setapinnis 1 0.02 0 1 Penaeus brasiliensis 1 0.02 0 1 Callinectes exasperatus 1 0.02 0 . 1 Alpheidae - 1 0.02 0 1 Mugil curema 1 0.02 0 1 Synodus foetens 1 0.02 0 1 Hexanematichthys grandoculis 1 0.02 0 1 Arius spixii 1 0.02 0 , 1 Amphichthys cryptocentus 1 0.02 0 1 Citharichthys cornutus 1 0.02 0 1 Syacium papillosum 1 0.02 0 1 Dardanus venosus 1 0.02 0 1 Petrochirus diagenis 1 0.02 0 1 Paradasygius turbeculatus 1 0.02 0 1 Notarius grandicassis 1 0.02 0 1

(35)

de Abundancia

ABUNDANCIA AREA TI ABUNDANCIA

Numero % Numero % AREA I ,:lpisthonema oglinum 1981 43.50 Pellona harrower' 551 12.10 Anchoa spinifera 509 11.18 Chloroscombrus chrysurus 457 10.04 Isopisthus parvipinnis 149 3.27 Pomadasys corvinaeformes 137 3.01 Bagre marinus 120 2.64 Bagre bagre 82 1.80 Stellifer sp. 61 1.34 Lycengraulis grossidens 55 1.21 Conodon nobilis 49 1.08 Polydactilus virginicus 49 1.08 Chirocentrodon bleekerianus 47 1.03 Stellifer brasiliensis 34 0.75 Notarius grandicassis 25 0.55 Larimus breviceps 22 0.48 Stellifer rastrifer 20 0.44 Symphurus spp. 19 0.42 Ophioscion spp. 17 0.37 Stellifer stellifer 16 0.35 Anchovia clupeoides 10 0.22 Cetengraulis edentulus 10 0.22 Anchoviella lepidentostele 9 0.20 Dipterus olistostomus 9 0.20 Sphoeroides testUdIneus 9 0.20 Scomberomorus brasiliensis 8 0.18 Menticirrhus litoralis 7 0.15 Trachinotus coralinus 7 0.15 Trichiurus lepturus 7 0.15 Bairdiella ronchus 5 0.11 Caranx latus 5 0.11 Chaetodipterus faber 5 0.11 Hexanemactichthys grandoculi 5 0.11 Sciadeichthys luniscutis 5 0.11 Sphyraena guachancho 5 0.11 Stellifer naso 5 0.11 Eucinostomus melanopterus 4 0.09 Menticirrhus americanus 4 0.09 Paralonchurus brasiliensis 4 0.09 Selene vomer 4 0.09 Arius spixii 3 0.07 Mugil curema 3 0.07 Netuma barbs 3 0.07 Citharichthys spilopterus 2 0.04 Colomesus psittacus 2 0.04 Geniatremus luteus 2 0.04 Macrodon ancylodon 2 0.04 Prionotus punctatus 2 0.04 Selene setapinnis 2 0.04 Anchoa filifera 1 0.02 Anisotremus surinamensis 1 0.02 Dasyatis guttata 1 0.02 Eugerres brasilianus 1 0.02 Gymnothorax vicious 1 0.02 Narcine brasiliensis 1 0.02 Bagre marinus Stellifer sp Mugil spp Pellona harroweri Anchoa spinifera Isopisthus parvipinnis Stellifer brasiliensis Chloroscombrus chrysurus Stellifer rastrifer Opisthonema oglinum Symphurus spp Stellifer stellifer Trichiurus lepturus Citharichthys spilopterus Cynoscion leiarchus Bagre bagre Batrachoides surinamensis Selene vomer Stellifer naso Cetengraulis edentulus Chirocentrodon bleekerianus Anchoviella lepidentostole Lycengraulis grossidens Pomadasys corvinaeformis Anchoa filifera Caranx latus Polydactilus virginicus Anchovia clupeoides Ophioscion spp Bairdiella ronchus Lagocephalus laevigatus Sphoeroides testudineus Larimus breviceps Thalassophryne nattereri Anchoa januaria Colomesus psitactus Genyatremus luteus Gobionelus oceanicus Haemulon sp Peprilus paru Cynoscion acoupa Conodon nobilis Gymnura micrtira Lutjanus sinagris Netuma barba Amphichthys cryptocentus Arius spixii Citharichthys cornutus Hexanematichthys grandoculis Lutjantis analis Lutjanus jocu Mugil curema Notarius grandicassis Selene setapinnis Syacium papillosum Synodus foetens 199 161 140 105 65 64 53 52 49 44 42 41 41 39 32 31 30 30 27 24 18 17 15 12 11. 9 9 8 7 6 6 6 5 5 4 4 4 4 4 4 3 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 13.73 11.11 9.66 7.25 4.49 4.42 3.66 3.59 3.38 3.04 2.90 2.83 2.83 2.69 2.21 2.14 2.07 2.07 1.86 1.66 1.24 -1.17 1.04 0.83 0.76 0.62 0.62 0.55 0.48 0.41 0.41 0.41 0.35 0.35 0.28 0.28 0.28 0.28 0.28 0.28 0.21 0.14 0.14 0.14 0.14 0.07 0.07 0.07 0.07 0.07 0.07 0.07 0.07 0.07 0.07 0.07

(36)

1115 668 509 167 141 29 5 4 2 2 2 1 1 1 1 1 1 42.08 25.21 19.21 6.30 5.32 1.09 0.19 0.15 0.08 0.08 0.08 0.04 0.04 0.04 0.04 0.04 0.04

Tabela 5; Crustaceos Capturados nas Areas I e II Distribuídos por Ordem Decrescente

de Abundancia AREA I ABUNDANCIA Numero % AREA II ABUNDANCIA Numero % Xiphopenaeus kroyeri Callinectes ornatus Penaeus schmitti Callinectes danae Exhippolysmata oplophoroides Panulirus laevicauda Penaeus subtilis Nematopalaemon schmitti Arenaeus cribaraus Callinectes marginatus Libinia belicosa Panulirus argus Penaeus brasiliensis Squilla spp 600 64.79 I Xiphopenaeus kroyeri 156 16.85 I Callinects danae 48 5.18 I Callinectes ornatus 47 5.08 Penaeus subtilis 34 3.67 Exhippolysmata oplophoroides 16 1.73 Penaeus schmitti 16 1.73 Sicyonia dorsalis 3 0.32 Callinectes marginatus 1 0.11 Hepatus pudibundus 1 0.11 I Panulirus argus 1 0.11 Panulirus laevicauda 1 0.11 Alpheidae .1 0.11 Callinectes exasperatus 1 0.11 I Dardanus venosus Paradasygius turbeculatus Penaeus brasiliensis Petrochirus diagenis

Referências

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