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Academic year: 2021

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EXPEDIÇÕES ATLAS

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SUMÁRIO

1. As Expedições Atlas... 04

1.1. Definição... 06

1.2. Como são realizadas as Expedições ... 06

1.3. A equipe... 07

1.4. As trilhas ... 08

1.5. Como se preparar para as Expedições Atlas... 09

2. Recepção e apresentação... 12

2.1. Reunião do grupo ... 12

2.2. Apresentação das Expedições Atlas... 12

2.3. Apresentação do tema e dos objetivos... 12

2.4. Apresentação da equipe... 12

2.5. Como é a Expedição ... 12

2.6. Apresentando a programação ... 13

2.7. Cuidados a serem tomados ... 13

2.8. Localização... 15

2.9. Histórico... 17

3. Caminho das Águas ... 19

3.1. Quiosque do poço profundo ... 19

3.2. Caminhos da água... 19

3.3. Poço tubular profundo ... 20

3.4. Recursos naturais: uso racional da água... 20

3.5. Cidadania ambiental ... 21 4. Sanitários ... 21 5. Abraçando a árvore ... 22 5.1. Coníferas ... 22 5.2. Pinus... 22 5.3. Monocultura ... 23

5.4. Dinâmica “Abraçando a árvore” ... 23

5.5. Árvore Guapuruvu ... 24

6. Relevo ... 25

7. Portal Principal das Expedições Atlas ... 26

7.1. Preparando a entrada nas trilhas... 26

7.2. Caracterização da área das trilhas ... 26

7.3. Campo com brachiaria... 29

8. Portal da Trilha do Bambu Imperial ... 30

8.1. Características da trilha ... 30

8.2. Bambu Imperial... 30

9. Mata Atlântica na trilha do Bambu Imperial ... 31

9.1. Mata Atlântica de várzea ... 31

10. Os elementos climáticos na trilha... 31

11. Cupinzeiro ... 32

12. Entrada na mata... 32

12.1. Serrapilheira ... 33

12.2. Área de transição entre as trilhas ... 34

12.3. Quiosque ecológico-sustentável ... 34

13. Portal da trilha do Samambaiaçu ... 34

14. Toca do tatu ... 35

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14.2. Samambaiaçu... 35

15. Liquens... 36

15.1. Micro-expedição ... 36

15.2. Orientação com bússola ... 37

16. Dinâmica dos Sentidos... 37

17. Ponte sobre o lago ... 39

17.1. A ponte ecológico-sustentável ... 39

17.2. O lago ... 39

17.3. Canal de drenagem ... 39

17.4. Estratificação vertical da mata ... 40

17.5. Herbivoria ... 40

18. Portal da Trilha do Formigueiro ... 41

18.1. Placa com as informações da trilha ... 41

18.2. Formigueiro ... 42

18.3. Mata secundária em processo de sucessão ecológica... 42

19. Mirante do Banhado ... 43

19.1. Mirante... 43

19.2. Observação do Banhado ... 43

19.3. Observação da cobertura da mata ... 44

20. Dinâmicas... 44

20.1. Mata de terraço... 45

20.2. Dinâmica “janelas da terra”... 45

21. Prática de orientação geográfica... 46

22. Dinâmica da “teia da vida”... 47

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As Expedições Atlas

As Expedições Atlas constituem um processo de ensino-aprendizagem que propicia a observação e a vivência de experiências fora do cotidiano da sala de aula, sendo uma atividade complementar às aulas teóricas, com o intuito de enriquecer seu conteúdo didático, levando ao conhecimento da natureza e seus processos.

As aulas de campo permitem, ainda, o desenvolvimento da percepção ambiental do aluno, estimulando a capacidade de aprendizado pela observação direta do seu espaço de vivência, estimulando sua capacidade de adaptação social, sua integração e autonomia.

As Expedições Atlas são parte integrante do Projeto Científico e Cultural "Atlas Ambiental de São José dos Campos" e constituem uma atividade complementar a este trabalho, integrada às informações teóricas fornecidas em sala de aula, fazendo do percorrer as trilhas interpretativas um caminho para os conhecimentos previstos nos temas transversais "Meio-Ambiente", "Cidadania", "Ética" e "Trabalho e Consumo", e para os conteúdos para as disciplinas Ciências, Biologia, Geografia e História, previstos nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN).

O professor recebe apoio completo para a realização da Expedição, incluindo o planejamento preliminar, o material pedagógico, o transporte, o acompanhamento na expedição e o auxílio na avaliação do processo extra-classe. No entanto, o professor não será apenas um agente passivo nesse processo, mas contribuirá com seus conhecimentos nas diversas etapas da expedição, podendo explorar suas vivências posteriormente em diferentes temas e disciplinas.

Educar no meio ambiente age sobre o cérebro das crianças, diz Fritjof Capra.

De: Eco-Agência de Notícias, data 23-jan-03 Time: 11:03:39.

Em sua primeira conferência, após sua chegada a Porto Alegre, no dia 22, o físico austríaco e professor da Universidade de Berkley (CA), falou sobre os trabalhos do Centro de Eco Alfabetização (Center for Eco Literacy), dirigido por ele, naquela universidade. O sistema de alfabetização ecológica, desenvolvido por ele, já está sendo adotado por diversas escolas da Califórnia.

A idéia é a de uma educação voltada para a natureza, colocando as crianças em ambientes abertos, para que compreendam como se organizam as redes vivas que dão suporte à vida em todo o planeta. Para explicar sua técnica de alfabetização ecológica, Capra exemplificou com um dos projetos adotados, baseado na jardinagem e culinária com os alimentos cultivados. "A jardinagem integra e dá vida a todas as atividades da escola. Uma das características básicas da vida é que a energia flui através dos seres e dos ciclos ecológicos. Onde se vê vida, se vê redes. Onde se vê redes vivas, se vê ciclos", explicou.

A prática da jardinagem e da culinária pelas crianças, de acordo com ele, as torna conscientes de o quanto estão integradas nessa rede, ao vivenciarem o processo de plantio, colheita, processamento dos alimentos, compostagem das sobras e novamente o plantio, em um processo que não deixa restos. "Para as crianças, estar

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no jardim é algo mágico. Você pode ensinar qualquer coisa, mas estar ali plantando, colhendo e cozinhando fica em seus corações para toda a vida", diz Capra. "No jardim pode-se acompanhar o processo de nascimento, amadurecimento, declínio e morte, seguidos de um novo nascimento e outro ciclo".

Mas, além disso, de acordo com o físico, avanços recentes das pesquisas científicas demonstram que o aprendizado no jardim tem conseqüências duradouras no cérebro dos indivíduos. "O cérebro é um sistema sensível, auto-adaptável e complexo, onde o corpo e a mente interagem continuamente", explica. "O crescimento do cérebro é o crescimento de um sistema complexo de redes neurais, e o crescimento da criança possibilita infinitas conexões nessa rede. Quais conexões se formarão e os caminhos e funções desenvolvidos dependerão muito do ambiente da criança. A rede neural modifica suas conexões conforme o ambiente, especialmente na tenra idade”.

Para Capra, a exposição precoce a um ambiente rico em experiências sensoriais, com cores, sons, odores e texturas diversos, terá efeitos benéficos duradouros, enquanto a repressão disso significará um prejuízo ao desenvolvimento. Além das experiências, ele apontou também a importância das emoções, no processo. "As emoções sempre foram consideradas como separadas do pensamento. Mas, recentemente, os cientistas descobriram que a emoção e a conexão das redes neurais interagem constantemente.", disse. De acordo com ele, o que aprendemos é, inclusive, organizado pelas emoções. Durante o desenvolvimento, as células do cérebro se agrupam para adquirir sincronia, em um processo onde as emoções são essenciais. "Por isso, é crucial uma aprendizagem socialmente segura, pois toda aprendizagem é fundamentalmente social, como já dizia Paulo Freire", afirmou, sendo bastante aplaudido pela platéia de cerca de 500 pessoas, em um anfiteatro lotado.

Por fim, Capra apresentou um terceiro elemento que considera essencial para a aprendizagem, além do ambiente sensorial rico e da segurança emocional: as comunidades saudáveis. "Isso sugere o desenvolvimento de um currículo integrado, no qual as diversas disciplinas estão a serviço de um foco central", explicou, ressaltando a importância da comunicação e da interação entre os diversos professores, pais e alunos, formando uma rede que coopera na aprendizagem.

A sugestão do físico, para se atingir esse tipo de ensino é a aprendizagem baseada em projetos. "Essa aprendizagem baseia-se no envolvimento dos alunos com o mundo real, então em nossas escolas nós aplicamos essa aprendizagem baseada em projetos", disse. Para Capra, a adoção desse novo tipo de ensino, integrando os indivíduos com o meio ambiente, pode levar ao desenvolvimento de uma nova geração que, consciente do seu papel e de sua integração na teia da vida, busque alternativas para reverter o processo de degradação que vivenciamos atualmente. "Um novo mundo é possível!", concluiu.

André Muggiati, REBEA (Rede Brasileira de Educação Ambiental) amuggiati@uol.com.br.

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Definição

Segundo o dicionário Aurélio, o termo "Expedição" significa "Grupo que se destina a explorar, pesquisar, estudar uma região, geralmente em caráter científico".

Conforme Oliveira e Mlynarz (2003) o termo Expedição tem sido utilizado, hoje em dia, para designar uma viagem, cujo objetivo básico é gerar conhecimento sobre algum local desconhecido ou pouco conhecido, bater algum recorde em termos de velocidade, distância e/ou duração, e/ou ter algum caráter científico, cultural ou social interessante.

As Expedições Científicas e Culturais Atlas aplicam o termo "Expedição" às atividades extra-classe, conhecidas como "aulas de campo" ou "estudos do meio", para exaltar o caráter da descoberta do espaço de vivência pelo aluno.

Para as Expedições Atlas não importa se o local é próximo da escola, se já foi descoberto, conhecido e teve suas características divulgadas em jornais, revistas e livros, o que importa é a descoberta do local pelo próprio aluno, a vivência do local. O importante é que o aluno se sinta um verdadeiro "expedicionário", envolvido em um clima de aventura, de descoberta, nos caminhos do conhecimento.

Oliveira, Marcelo Ramos; Mlynarz, Ricardo Burg. Expedições: Passo a Passo. Site Webadventure.

http://www.zone.com.br/expedicoes/index.php?destino=faq#perg_03

Como são realizadas as Expedições

As Expedições Atlas são organizadas considerando os aspectos didáticos, disciplinares e de segurança dos alunos e professores.

O professor recebe todas as instruções e material didático para preparar os alunos para as Expedições, que são realizadas, obedecendo aos horários da escola.

Há também a opção da permanência por um dia inteiro, com a parte da manhã dedicada às Expedições e a parte da tarde voltada para atividades recreacionais no Parque Aquático do Clube Thermas do Vale.

Nas Expedições os alunos são organizados em grupos de, no máximo, 10 componentes, permitindo que o monitor dê atenção e segurança a cada grupo e, também, com o intuito de diminuir o impacto nas trilhas a serem percorridas.

As Expedições Atlas incluem dinâmicas que alternam atividades educacionais e recreativas, fazendo do aprender uma atividade lúdica.

Há também atividades científicas em que o aluno utiliza instrumentos típicos de uma verdadeira expedição: Instrumentos de navegação (GPS e bússola), medição (termômetros, higrômetros, barômetros), observação (lupa, lunetas e binóculos) e comunicação (radiocomunicadores).

O custo da Expedição é baixo e acessível, dividido entre os alunos da classe. O número mínimo de participantes é de 35 alunos e o máximo de 50 alunos.

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A Equipe

Coordenação Geral

Ademir Fernando Morelli, Prof. Dr.

Bacharel em Ecologia (UNESP – Rio Claro), Mestre em Sensoriamento Remoto (INPE) e Doutor em Geociências e Meio Ambiente (UNESP – Rio Claro).

Professor e Pesquisador há 13 anos, atualmente atuando como professor na

Universidade de Taubaté (UNITAU) nos Departamentos de Engenharia Ambiental e Arquitetura e Urbanismo.

Coordenação Pedagógica

Ivone Soares Pereira, Prof.ª

Pedagoga (UNITAU) e Geógrafa (UEMG)

Professora de Geografia, há 14 anos, da Rede Estadual de Ensino.

Professores

André Stempniak – Geógrafo (UNIVAP)

Monitores Ambientais

Amanda C. da S. Gomes – Graduanda em Turismo (UNIVAP)

Charlles Jefferson de Miranda – Meteorologia (UNIVAP) Meio Ambiente (Senac) Elaine Lopes – Graduanda em Biologia (UNIVAP)

Graziela Pelegri – Graduanda em Biologia (UNIVAP) Luciana C. Santos Souza – Graduanda em Turismo (UNIVAP)

Rafael Santos Diniz – Graduando em Turismo (UNIVAP)

Wanessa Regina Nogueira – Graduanda em Ciências Sociais (História e Geografia)

Auxiliar dos Monitores

Diego Pádua Santos – Aluno do Ensino Médio

Colaboradores

Ademir Pereira dos Santos, Prof. Dr. Arquiteto Josefina Neves Mello – Redatora e Revisora

Marcello Alves – Geógrafo (UNIVAP) Marcel Fantin – Bacharel em Direito (UNIVAP)

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As Trilhas

Localização

As Trilhas Interpretativas das Expedições Atlas estão localizadas no Clube Thermas do Vale no município de São José dos Campos.

Apresenta-se uma seqüência de mapas da localização das Expedições Atlas, iniciando com a localização do município de São José dos Campos no Vale do Paraíba, seguindo de uma carta-imagem do município de São José dos Campos, com destaque para sua área central, e posteriormente uma carta-imagem da área do clube Thermas do Vale e da mata de várzea do Banhado, finalizando com a localização da área das trilhas no Clube Thermas do Vale.

Área total das Trilhas das Expedições Atlas

A área total das Trilhas das Expedições Atlas, incluindo caminhos e trilhas, é de 200.000m2. A área das trilhas tem 47.608,63m², com perímetro de 1118,90m e uma paisagem com elementos naturais e culturais, resultantes da transformação causada pelo homem.

Paisagem natural, representada pela mata, com 28.945,56m².

Paisagem cultural, representada por bambuzais e pelos campos, com 18.663,10m2 Mata de várzea, com 24.029,48 m². Perímetro de 836,85m

Mata de terraço, com 4.916,08 m². Perímetro de 295,07m

Esta área apresenta três trilhas interpretativas: a trilha do Bambu Imperial, a trilha do Samambaiaçu e a trilha do Formigueiro.

Planejamento

As trilhas interpretativas das Expedições Atlas foram planejadas especialmente para as aulas de campo, garantindo o aprendizado e a segurança aos professores e alunos.

Estão classificadas como fáceis e de média intensidade e têm uma extensão total de 3.000m entre os caminhos de acesso e as trilhas.

As trilhas interpretativas demonstram o conteúdo das paisagens natural e cultural, demonstrando os últimos remanescentes de Mata Atlântica de Várzea e de Terraço da paisagem original e as transformações decorrentes da ocupação.

Este roteiro interpretativo das trilhas foi elaborado considerando-se os principais conteúdos de acordo com os PCN para o ensino fundamental e médio.

As trilhas do Bambu imperial e da Samambaiaçu demonstram os aspectos naturais e culturais da paisagem e têm como características estar no limite entre os elementos culturais e naturais da paisagem: passa na divisa entre os bambuzais e a mata. Também, por estarem no limite entre o terraço e a várzea. A presença cultural marcante dos bambuzais é importante, pois ele tem função de proteção para o solo e acaba sendo um delimitador entre o clube e a mata.

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A trilha do Formigueiro também está no limite entre a várzea e o terraço: de um lado, apresenta a mata atlântica de várzea e a vegetação secundária do Banhado e, de outro lado, a mata atlântica de terraço.

COMO SE PREPARAR PARA A EXPEDIÇÃO ATLAS

Professor

Postura

A postura do professor para com a Expedição é exemplar para o aluno e serve como referencial para suas atitudes em campo. Assim, o professor deve participar ativamente e estimular a participação e interatividade dos alunos na Expedição, criando um clima propício ao aprendizado.

Condições Atmosféricas para a realização da Expedição

Caso a Expedição esteja já em andamento e começar a chover, os alunos e professores podem contar com os dois abrigos para chuva, com capacidade para 25 pessoas cada um. Os abrigos contêm bancos com 25 lugares e duas mesas para os pertences ou a realização do lanche coletivo. Além disso, contamos com guarda-chuvas grandes para conduzir os participantes até os quiosques e o ônibus pode se aproximar da entrada das trilhas para buscar os alunos, evitando que se molhem.

Se, no dia anterior ou no mesmo dia, desde que em tempo hábil de avisar o transporte, o professor verificar que pode haver a possibilidade de chuva, este deverá confirmar ou não a vinda ou alterar a data da Expedição. Ressaltamos que a Expedição pode ser realizada mesmo em caso de ocorrência de chuva (se esta não for muito forte), pois as trilhas foram planejadas prevendo-se essa possibilidade. Só evitamos fazer Expedições nos dias de chuva para permitir melhores condições de conforto para os professores e alunos.

Equipamentos

• Câmera fotográfica (é aconselhável que, pelo menos, o professor leve uma câmera para registro de aspectos das trilhas que auxiliem os estudos em sala de aula com os alunos e também para registrar o evento, enriquecendo com essas fotos o memorial da turma e da escola);

Material

• Caderneta de anotação (pequena e, de preferência, com capa dura, para dar mais firmeza ao escrever) e preferencialmente ser levada pendurada deixando as mãos livres para caminhar e manusear os equipamentos.

• Lápis preto (em campo é preferível fazer todas as anotações a lápis para não borrar caso molhe). Desaconselha-se o uso de lapiseiras, pois sua ponta fina pode oferecer risco de machucar os alunos. O lápis deve ser amarrado à caderneta, deixando as mãos livres e evitando o risco de perda.

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Alunos

Autorização

Levar a autorização dos pais ou responsáveis.

Verificar se há algum aluno alérgico a picadas de insetos para que possamos providenciar os cuidados necessários.

Obs: Os alunos que forem sócios devem apresentar a carteira de associado para obterem o desconto no preço da Expedição.

Vestuário

Para as trilhas: Vestir-se adequadamente para caminhada com camiseta da escola (de preferência de manga comprida), calça comprida de moletom ou jeans, tênis e boné.

Para a Piscina: Homens: sunga ou shorts curto com sunga por baixo

Mulheres: Maiô, biquíni ou shorts curto com maiô ou biquíni.

Equipamentos (Identificar os equipamentos com o nome do dono). Mochila – levar só o essencial para não carregar peso em excesso. Opcional: binóculo, bússola, lupa.

Câmera fotográfica (opcional caso o aluno queira registrar a Expedição). Filmadora e Gravador.

Material

Caderneta de anotação (pequena e, de preferência, com capa dura para dar mais firmeza ao escrever) e preferencialmente deve ser levada pendurada, deixando as mãos livres para caminhar e manusear os equipamentos;

Lápis preto (em campo é preferível fazer todas as anotações a lápis para não borrar caso molhe). Desaconselha-se o uso de lapiseiras, pois sua ponta fina pode oferecer risco de machucar os alunos. O lápis deve ser amarrado à caderneta, deixando as mãos livres e evitando o risco de perda.

Alimentação

Levar lanche reforçado e suco, se possível em uma mochila separada.

Ressaltar que alimentos como batata frita, pipoca, salgadinhos, além de terem um custo mais alto, não alimentam adequadamente e provocam mais sede. Assim também, para beber, o refrigerante não sacia a sede e deve ser substituído por suco natural ou água. O aluno muitas vezes reclama que não tem o valor referente ao custo da Expedição, mas às vezes gasta mais com o “lanche” do que o próprio valor da Expedição e ainda não se alimenta adequadamente.

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EXPEDIÇÕES ATLAS – RESPONSABILIDADES

• 1 – Das responsabilidades de cada parte envolvida com a realização das

Expedições Atlas

• No Clube Thermas do Vale as Expedições serão organizadas da seguinte forma: o contato para as Expedições é feito com o professor representante da escola, sendo fornecida uma carta de autorização para a realização da Expedição, para cada professor apresentar à direção da Escola.

As Expedições Atlas se responsabilizam por fornecer:

a) a carta de autorização da realização da Expedição para a Escola; b) o agendamento com os dias disponíveis para a Expedição;

c) o transporte (ônibus) de ida e volta no trajeto entre Escola e Thermas; d) as guias de autorização dos pais ou responsável (uma para cada aluno); e) o material didático (Manual do Professor);

f) os monitores ambientais (com uma proporção de no máximo 1 monitor para 10 alunos)*;

g) as trilhas interpretativas e toda a infra-estrutura necessária para a realização das Expedições no Clube Thermas do Vale (sanitários, segurança, abrigo contra chuvas, local para lanchar);

h) os crachás de identificação dos alunos;

i) um certificado de que a turma participou da Expedição**;

j) uma foto da turma com os monitores em algum local das trilhas como lembrança**.

Ao contratar as Expedições, o professor se responsabiliza:

a) por levar a carta de autorização da realização da Expedição para a Direção da Escola assinar e devolvê-la ao representante das Expedições (anexo1); b) pela distribuição das guias de autorização dos pais ou responsáveis para

cada aluno e sua entrega ao representante das Expedições;

c) pela divulgação, arrecadação e entrega do valor referente à Expedição a ser pago pelos alunos;

d) pela organização da turma de alunos (comunicação aos alunos sobre a Expedição e sua importância, pela lista dos alunos que irão participar);

e) pela leitura do manual do professor com as instruções de preparação para a Expedição;

f) pela apresentação do material didático da Expedição aos alunos;

g) por agendar o dia e o horário da Expedição com o representante das Expedições;

h) pela organização da turma em grupos de, no máximo, 10 alunos;

i) pela segurança e condução dos alunos até o ônibus e no interior deste nos trechos de ida e de volta da Escola ao local da Expedição;

j) por avisar com 48 horas de antecedência caso haja desistência da Expedição, sob pena de arcar com 50% dos custos.

* essa proporção somente pode ser ultrapassada se for de comum acordo entre o professor e o coordenador das Expedições Atlas;

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ROTEIRO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

O Roteiro didático e pedagógico foi elaborado de forma multidisciplinar contemplando os conteúdos previstos nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para as disciplinas Ciências, Biologia, Geografia e História e para os temas transversais "Meio-Ambiente", "Cidadania", "Ética" e "Trabalho e Consumo".

O eixo central das Expedições Atlas é o tema “Cidadania Ambiental” e foi selecionado pela necessidade de se formar cidadãos conscientes em relação à crítica situação ambiental atual e seu papel nas transformações sócio-ambientais rumo a uma sociedade mais justa e sustentável.

Em torno do eixo central desenvolvem-se diversos temas correlatos de forma holística que integram os conteúdos das disciplinas e dos temas transversais:

• Expedição “Caminhos para a cidadania”

• A Expedição como instrumento de integração e sociabilidade • A Expedição no tempo: “A importância da História”

• Modificando nossa visão de mundo pela percepção da Paisagem • Vivências: “Sentir para modificar o pensar e o agir”

• Percepção do espaço geográfico: “Localização e orientação em campo” • O uso racional dos recursos naturais “água e biodiversidade”

• O naturalista: “Um cientista da natureza”

A Expedição permite ainda o desenvolvimento de uma série de habilidades e competências no aluno, que auxiliam o ensino pelo professor em sala de aula, habilidades estas que estimulam e possibilitam uma maior capacidade de aprendizado pelos alunos, como a sociabilidade, a solidariedade, o senso de responsabilidade, a autonomia, entre outros.

O Roteiro está organizado de acordo com a seqüência que se desenvolve na Expedição e contém, para cada ponto, indicação das atividades, dos temas relacionados e uma explicação detalhada de como é desenvolvida cada uma das atividades.

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ROTEIRO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Ponto 1 – Próximo à Portaria Principal do Clube Atividades: Recepção da Expedição

Ponto 1. Vista externa da Portaria do Clube Thermas do Vale Foto de arquivo do Atlas Ambiental

Ponto 2 – Largo das Samambaiaçus (atrás do chafariz)

Atividades: Apresentação das Expedições Atlas, do Clube Thermas do Vale e Organização da Expedição, Programação, Tema Central, Localização do Clube, da Escola e da rota da Expedição.

Tema: Cidadania e Meio Ambiente – Expedição “Caminhos para a cidadania”

Ponto 2. Reunião no Largo das Samambaiaçus Foto de arquivo do Atlas Ambiental

2.1. Reunião

Todos os grupos são reunidos neste ponto, onde é feita a apresentação das Expedições Atlas, da programação, a verificação do vestuário e dos equipamentos. Os grupos de Expedicionários com seus respectivos monitores permanecem juntos.

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2.2. Apresentação das Expedições Atlas

Um dos monitores explica: “Vocês são as Expedições Atlas, hoje!”. Vocês formam um grupo que saiu para explorar e pesquisar um local desconhecido: os nossos caminhos e trilhas.

“As trilhas são caminhos para o conhecimento!”

Comparando com as aulas na escola, o que fazemos é apoiar aulas de campo em trilhas interpretativas da natureza.

Nós nomeamos esta aula de Expedição para resgatar o verdadeiro sentido desta palavra, ou seja, a vivência, a descoberta de locais “desconhecidos” pelos próprios alunos.

As Expedições Científicas e Culturais Atlas aplicam o termo "Expedição" às atividades extraclasse, conhecidas como "aulas de campo" ou "estudos do meio", para enfatizar o caráter da descoberta do espaço de vivência pelo aluno. Para as Expedições Atlas não importa se o local está próximo à escola, se já foi descoberto, conhecido ou se tiveram divulgadas suas características em jornais, revistas e livros. O que importa é a descoberta do local pelo próprio aluno e, mais que isso, a vivência desse local.

O importante é que o aluno se sinta um verdadeiro "expedicionário", envolvido em um clima de aventura, de descoberta, nos caminhos do conhecimento.1

2.3. Apresentação do Tema e dos Objetivos da expedição a) Tema Central da Expedição: Cidadania e Meio Ambiente

Principais tópicos temáticos

• Expedição “Caminhos para a cidadania”

• A Expedição como instrumento de integração e sociabilidade • A Expedição no tempo: “A importância da História”

• Modificando nossa visão de mundo pela percepção da Paisagem • Vivências: “Sentir para modificar o pensar e o agir”

• Percepção do espaço geográfico: “Localização e orientação em campo” • O uso racional dos recursos naturais “água e biodiversidade”

• O naturalista: “Um cientista da natureza”

2.4. Apresentação da Equipe pelos Monitores Um dos monitores explica:

A equipe é composta por 10 integrantes: um coordenador geral, uma coordenadora pedagógica, oito monitores, e toda uma equipe de apoio que não está presente, mas se faz presente com seu trabalho, tais como o motorista do ônibus, o auxiliar dos monitores, a revisora deste texto, o gerente comercial, enfim, todas as pessoas que prepararam a trilha e que trabalham para sua conservação e divulgação.

a) Apresentação dos monitores

Apresentação feita pelo nome, informando sua formação profissional e identificando-os pelidentificando-os grupidentificando-os que irão representar, que são quatro, segundo identificando-os elementidentificando-os 1

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fundamentais da Terra: Grupo Água, Grupo Fogo, Grupo Terra e Grupo Ar. Ex.: Para a Lisa, a Elaine e a Graziela: A xxx é uma futura bióloga. Os biólogos estudam a fauna e a flora e os caminhos para sua conservação e preservação (Ar). Ex. Para o André e a Ivone: O(a) xxxx é geógrafo(a). O geógrafo estuda o espaço e sua organização, por ex., como as cidades crescem, evoluem e como podemos planejá-las (Terra). Ex. Para o Rafael, Amanda e Luciana: O(a) xxxx é um futuro turismólogo. O Turismólogo planeja e organiza as atividades relacionadas ao turismo (Fogo). Quando vocês viajam devem saber que há toda uma organização para que sua viagem seja a mais tranqüila possível. Ex. Para a Wanessa: A Wanessa é uma futura historiadora e geógrafa, mas gosta mais de História. O historiador, ou historiógrafo, explica o presente pelo passado (Água). O que somos e temos hoje depende do que fomos e tivemos no passado. E, quanto melhor entendermos e respeitarmos esse passado, melhor e mais integrados nos sentiremos no presente.

b) Apresentação do Clube

Nós estamos no Clube Thermas do Vale, que é atualmente um Parque Aquático,

ocupando uma área verde de 200.000m², localizado na região Oeste de São José

dos Campos (SP). O Thermas do Vale é um dos mais modernos parques do Brasil, composto por 12 piscinas, com área construída superior a 5.400m², com volume de água de 3.800 milhões de metros cúbicos. O parque tem um toboágua com 23m de altura, denominado “Free fall” (queda livre). O complexo esportivo é o maior destaque desse empreendimento, com diversos campeonatos e torneios já realizados, destacando-se como o melhor clube da região, contando, hoje, com mais de 8.200 associados. Os bosques do clube representam uma importante área verde para o município, podendo-se dizer que são parte importante do “pulmão” da cidade.

2.5. Como é uma Expedição

O Planejamento e a organização de uma Expedição, como a elaboração de qualquer expedição, requerem um planejamento prévio: a composição da equipe, a definição dos objetivos, a elaboração de um roteiro.

a) Como funciona uma Expedição

Para realizar uma expedição, todos os integrantes do grupo são importantes, geralmente cada um exercendo uma função, de acordo com sua aptidão e especialidade. Explica-se que em nossa Expedição também há uma divisão de tarefas e funções, de forma a fornecer senso de responsabilidade e cooperação aos alunos (expedicionários).

- Divisão de tarefas para cada grupo: os bandeiras, os cronometristas, os relatores, o fotógrafo, os navegadores e os responsáveis pela comunicação e pela segurança.

• Os bandeiras cuidam de manter a segurança do grupo: um aluno abre a fila e outro fecha a fila, recebem a instrução de não deixar nenhum aluno passar por eles.

• Os cronometristas verificam o tempo de trilha em relação à programação, cronometrando atrasos ou tempo disponível.

• Os relatores são os responsáveis pelo registro oficial das principais observações e ocorrências do grupo.

• O fotógrafo registra os locais visitados pela Expedição.

• Os navegadores são os responsáveis pela orientação do grupo nos caminhos e trilhas.

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2.6. Apresentar a Programação

Horário de chegada (geralmente, pela manhã, às 8h; e, à tarde, às 13h) Horário atual: diz-se aos Expedicionários: agora são X horas

Horário de lanche: (o mesmo da escola, quando possível, para não alterar o biorritmo)

Horário de retorno: (geralmente, pela manhã, às 11h30; e, à tarde, às 16h30)

2.7. Cuidados a serem tomados (passar repelente nos Expedicionários)

A natureza nos oferece muitas coisas boas, mas ao vivenciá-la devemos aceitar sua totalidade; por exemplo, os insetos fazem parte dela e, por isso, devemos nos proteger contra as picadas dos pernilongos.

(17)

2.8. Localização

Ao sair, cada monitor com seu grupo passa pela placa com a Localização do Clube, da escola em São José dos Campos e do mapa dos caminhos e do local das Trilhas.

(18)

Imagem do Satélite Ikonos (2002) do entorno do Clube. Área do Clube Thermas do Vale [no destaque]

Fotografia aérea colorida vertical da área do Thermas do Vale (vermelho), destacando-se a área das Trilhas das Expedições Atlas (amarelo).

Observação: Localização do clube no município na cidade (São José dos Campos) além da localização da escola. Seqüência: 1.o Município, 2.o Cidade, 3.o Clube. Mostrar os caminhos e pontos atrativos.

(19)

Entre o ponto 2 e ponto 3: (Entrando no “Caminho do Pomar”) Atividades: Histórico da Fazenda Serimbura, Pomar, Urbanização. Atividades opcionais: Bambuzal e Bússola

Tópicos: A Expedição no tempo “A importância da história” 2.9. Histórico

a) Histórico da Fazenda Serimbura

Esta área pertencia à antiga Fazenda Serimbura (a fazenda se estendia a Sul até o atual Shopping Vale Sul e, a Oeste, onde hoje é o Posto da Polícia Rodoviária Federal, na Rodovia Presidente Dutra). Ao implantar-se o clube, houve cuidado com a preservação de sua paisagem (arborização, pomar, instalações). O bosque contém centenas de espécies de plantas nativas e exóticas, plantadas pelo antigo proprietário. Explicam-se as informações foram colhidas através de entrevista com o Sr. Otto de Lima (filho do antigo dono da fazenda) e pesquisa bibliográfica.

b) Pomar

Comentar sobre o pomar – dizer que este ponto era o antigo pomar da fazenda, o clube conservou o viveiro de animais (explicar que foi desativado); viveiro de mudas (palmeiras e fícus). Antigamente os pomares continham poucas espécies de frutas, mas em grande quantidade, destacando as jabuticabeiras e pitangueiras.

c) Urbanização

Explicar que a área do Clube ocupa apenas uma pequena parte da antiga Fazenda Serimbura e que a maioria de suas terras foi ocupada pelos loteamentos e novos bairros, com exceção das áreas da várzea do Rio Paraíba do Sul, conhecidas como Banhado, que por suas características de solo e por apresentar matas nativas, não podem ser ocupadas. Após falar do histórico da fazenda comentar sua incorporação ao espaço urbano e que esse processo na verdade aconteceu em nível mundial, de forma diferenciada e desigual. A fazenda hoje é um clube social com finalidades recreativas, porém conserva áreas com características rurais, como a do banhado, onde encontramos atividades de agropecuária e os remanescentes de mata Atlântica.

d) Bambuzal

Espécies: Bambu Imperial2, Bambu gigante, Guadua, Tabuoca

Histórico e o porquê do plantio: Os bambuzais foram plantados na primeira

metade do século passado com finalidade de produção paisagística (o bambu é muito útil, sendo utilizado em cercas, construções) e de proteção (neste local de passagem do terraço para a várzea, o desnível formado pode acarretar erosão e os bambuzais protegem o solo da erosão).

(20)

Bambusa vulgaris "vittata – Bambu imperial Bambusa vulgaris "vittata" – detalhe do Bambu Imperial Fotos do Bambu imperial

e) Apresentação da bússola 3

Esquema da bússola com régua

f) Como usar a bússola

1. Coloque a bússola sobre o mapa de maneira que a lateral fique posicionada sobre o rumo escolhido.

2. Gire o compasso da bússola que indica o norte "N" até coincidir com as linhas paralelas que indicam o Norte e o Sul no mapa. Mova o mapa com a bússola em cima, mantendo a posição desejada até que a ponta vermelha da agulha magnética coincida com o "N" indicado no compasso giratório.

3. Aponte para o horizonte a ser atingido e gire o compasso da Bússola até que o "N" coincida com a ponta vermelha da agulha magnética. A flecha na base acrílica indicará a direção a ser seguida e, no compasso, serão indicados com precisão quantos graus se está do destino.

4. Escolher um ponto nítido como referência no horizonte entre sua posição atual e o

destino, na mesma linha de visada (Azimute4). Caminhar até esta referência

intermediária e verificar novamente se o seu destino desejado foi alcançado.

3

(21)

Ponto 3 – Caminho das águas

Atividades: Quiosque, Poço profundo (captação, tratamento e utilização) Ciclo da água e Cidadania e meio ambiente: “Uso racional da água” Tema: “Uso racional dos recursos naturais”

Foto do local do Poço profundo (Arquivo Atlas Ambiental)

3.1. Quiosque do Poço Profundo – Construção ecológica e sustentável

Características construtivas do Quiosque: O material selecionado foi o bambu, pois este se apresenta como material alternativo para a construção ecológica e sustentável. O bambu apresenta uma produtividade muito maior e com menor impacto que a madeira. Este quiosque é um dos primeiros exemplares, no Brasil, a utilizar o bambu numa estrutura espacial, semelhante à estrutura metálica, com distribuição de cargas. O quiosque terá: a) uma maquete do poço profundo e dos caminhos da água até as piscinas, b) um esquema, no seu piso, que ensinará sobre o caminho da água (ciclo hidrológico e o caminho da água em sua utilização pelo homem) e c) pôsteres da disponibilidade de água doce no mundo e de seu consumo.

3.2. Caminhos da água: Ao entrar no quiosque os Expedicionários passarão pelas

placas no chão, demonstrando o Ciclo da água, com interferência do homem.

4

(22)

1 6 2 5 7 4 3

O ciclo da água. Esquema simplificado (Arquivo Atlas Ambiental)

a) Como explicamos: (1) O ciclo da água é impulsionado pela energia solar, (2) que

aquece a superfície terrestre, as árvores, os rios e lagos, (3) provocando a evaporação e a evapotranspiração, (4) a água em forma de vapor forma as nuvens, (4) que se condensam e retornam em forma de chuva (5); a água da chuva pode evaporar e evapotranspirar novamente, ou penetrar o solo, o subsolo, escorrer até os rios e lagos e começar, com a luz solar, a evaporar novamente (1), completando o ciclo natural. A água que infiltra penetra as camadas mais profundas do subsolo até atingir o aqüífero (6) e, de aí, o homem extrai a água pelo poço profundo (7).

3.3. Poço tubular profundo (captação de toda a água usada no Thermas do Vale)

a) Definição

Poço através do qual emerge a água subterrânea, por bombeamento, até o nível da superfície.

b) Água subterrânea

Água subterrânea é toda água que ocupa vazios em formações rochosas. Ela chega à profundidade pelo processo de infiltração. A infiltração é o processo mais importante de recarga da água no subsolo5.

c) Maquete do poço: faz-se aqui uma demonstração prática de como funciona o poço profundo

A maquete contém um perfil do poço profundo, com as camadas geológicas e o aqüífero.

Demonstrando o aqüífero

Não há rio subterrâneo no local, a água fica armazenada no solo ou rocha. A rocha fica saturada de água. Na hora que é feita a perfuração, a água vai para o espaço vazio, da mesma forma que, quando fazemos um buraco na areia da praia, este se enche de água. O poço tem 142m de profundidade e produz 10.000 litros/h de água.

5 {(D

UNNE E LEOPOLD, [1978]. Decifrando a Terra. pág. 118-128.) "A zona subsuperficial saturada ou zona freática representa a fonte de água fresca mais importante no mundo: 21% do total da água doce do planeta ou 97% da água doce não-congelada". GUERRA, Antonio José Teixeira e CUNHA, Sandra Baptista. Geomorfologia: uma atualização de bases e

(23)

3.4. Recursos Naturais: “Uso Racional da Água” (consumo sustentável)

a) Destaca-se o uso racional da água como resultado da postura consciente do cidadão

O mais abundante componente da matéria viva, a água, precisa ser necessariamente reciclado para a garantia de vida no planeta. A água que tomamos hoje pode ter sido a mesma água que um dinossauro tomou. A água daqui tem a idade do planeta. Existe uma falsa noção de abundância, já que menos de 1% de toda a água do planeta está acessível para consumo, e a água não se distribui regularmente pelo planeta, tanto espacialmente, quanto temporalmente. Além disso, temos o problema da contaminação das águas que afeta sua qualidade, reduzindo ainda mais a água disponível para o consumo do homem.

3.5. Cidadania X Meio Ambiente

a) Perguntamos: O que é ser um cidadão consciente?

Respondemos: É cuidar do ambiente em que vivemos, desde os pequenos gestos e atitudes diárias até o pensar em todo o planeta, preocupando-nos com as futuras gerações.

Cidadania [s.f.] Qualidade ou estado de cidadão; vínculo jurídico e político entre o indivíduo e o Estado, estabelecendo obrigações, direitos e deveres civis e políticos do Brasil.

Cidadãos todos são. Mas poucos exercem de fato a cidadania. Exercer a cidadania significa atuar em prol da coletividade. No caso do meio ambiente, pode-se resumir a fazer a sua parte, tentar conscientizar outras pessoas e, ainda, exigir das esferas sociais (poder público, família, sociedade de bairro, escola) atitudes para melhor qualidade do meio ambiente.

Leitura recomendada: Guia de Cidadania e Meio Ambiente de São José dos Campos6.

Ponto 4 – Sanitários

Atividades: Recomendar para que as crianças usem o banheiro

Os monitores devem acompanhar os alunos ao banheiro, sendo destacado um monitor masculino para os rapazes/meninos e um feminino para as moças/meninas. No final deste ponto, os monitores devem conferir o número de alunos e verificar se não ficou algum aluno no banheiro.

6

FANTIN, Marcel; MORELLI, Ademir Fernando; ALVES, Marcelo. Guia de Cidadania e Meio Ambiente de São José dos Campos. São José dos Campos: UNIVAP, 2002.

(24)

Entre os pontos 4 e 5

Atividades: Domínio do Homem pela Natureza; Quiosques para churrasco

Cerca-viva de fícus (logo após os sanitários)

Essa cerca é formada por uma fileira árvore da espécie Fícus sp. Esta árvore não tem essa forma na natureza! Essa forma retangular é conseqüência das podas sofridas, para que fiquem no formato desejado pelo homem. Isso configura o domínio do homem sobre a natureza. Vocês, crianças, desde cedo são estimuladas a achar bonita essa forma, mas isso representa um desequilíbrio para a planta, tirando suas características naturais. Esta mentalidade precisa mudar, começando por vocês. A natureza já é bela, não necessita desse tipo de intervenção: podas, pinturas, ou qualquer outra coisa que mude seu formato original.

Quiosques para Churrasco

Área para lazer, mas que ainda faz parte do antigo pomar da fazenda e que foi adaptado à situação do clube. Este gesto representa um avanço no pensamento das pessoas que elaboraram os espaços sociais do clube.

Ponto 5 – Conhecendo a árvore

Atividades: Coníferas e Pinus (árvore exótica, monocultura) Dinâmica “Abraçando a árvore”

(25)

5.1. Coníferas

São representadas por cerca de aproximadamente 570 espécies, mas compreendem algumas das mais extensas florestas do mundo e representam a mais importante fonte de madeira. Quase um quinto de todas as coníferas pertencem à espécie do pinheiro verdadeiro, o pinus (mostram-se as árvores). O traço mais distintivo das coníferas é a folhagem, que na maioria das árvores consiste em pequenas folhas em forma de agulha, tendo como característica principal o fato de que persistem por vários anos.

5.2. Pinus (uma das espécies de coníferas)

Esta árvore é da espécie Pinus ellioti; é uma árvore utilizada para reflorestamento comercial. No Brasil, a partir da década de 50, devido à devastação das matas originais brasileiras, passou a ser cultivada, sendo sua madeira usada para fins comerciais sendo cultivado em grandes extensões caracterizando uma monocultura. Ela não é nativa, então os animais da nossa região não a utilizam para alimentação, ou seja, não é interessante para nossa fauna. Entretanto isso não tira a importância destas árvores como seres vivos e em pequenos bosques como esse servem como exemplo da flora mundial. Em suas raízes só crescem espécies adaptadas á sua acidez, devido à decomposição das folhas que caem do próprio pinus. Esse processo de acidez do solo é denominado de “defesa química”, e serve para não ocorrer competição dos nutrientes do solo com outras espécies7.

5.3. Monocultura

É o cultivo exclusivo de uma mesma espécie, geralmente em extensas áreas. A monocultura acarreta a não-reposição natural dos nutrientes do solo e, por isso, o esgota, reduzindo sua produtividade primária e, conseqüentemente, a cobertura vegetal protetora, modificando suas propriedades físicas de resistência à erosão (redução do húmus). Salienta-se que é um cultivo baseado no sistema agroindustrial (a natureza como fábrica). Lembramos às crianças que plantar árvores não é a mesma coisa que preservar a mata. A monocultura, defendida pelo sistema agroindustrial nada tem a ver com a preservação.8

5.4. Dinâmica “Abraçando a Árvore”

a) O monitor começa abraçando a árvore e explicando que a árvore é um ser vivo.

Nessas ocasiões, se, por exemplo, se diz a uma criança “sinta a árvore”, ela não reagirá com o mesmo interesse que quando dizemos “encoste seu rosto na casca da árvore”. Em vez de dizer “examine a árvore”, somos específicos e dizemos:

– “Será que esta árvore ainda está viva?”

– “Você consegue colocar os braços ao redor dela?” – “A árvore é mais velha que você?”

– “Você pode encontrar alguma planta crescendo nela?”

Uma árvore poderá ser uma experiência inesquecível na vida das crianças. Muitas vezes, elas retornam, um ano após termos brincado de abraçar a árvore, e nos arrastam, literalmente, até a mata para nos dizer: “Olha, esta é a minha árvore!”.

7

(26)

Foto de uma dinâmica “Abraçando a árvore” (Arquivo Atlas Ambiental)

Entre o ponto 5 e 6 (ponto alternativo para esperar outros grupos) Atividades: O Guapuruvu (árvore nativa, início de sucessão ecológica) 5.5. Árvore Guapuruvu

Exemplar de Guapuruvu Foto de arquivo do Atlas Ambiental

a) Nome científico X nome vulgar

Provocar: Esta árvore é uma Schizolobium parahyba!

O que é isto? Algo para comer? Não, é o nome científico dessa planta. Geralmente, nós conhecemos seu apelido, ou seja, o nome vulgar, que muda de região para região. Uma mesma planta ou animal pode ter vários apelidos ou vários nomes vulgares, dificultando sua identificação, mas sempre terá um único nome científico. O nome científico é obtido a partir da classificação dos seres vivos, num sistema fundado pelo naturalista Lineu9 e aperfeiçoado por outros cientistas.

9

LINEU, Carl von Linaeus, dito. Naturalista sueco, nascido em Rashult (1707). Elaborou uma classificação das plantas em 24 classes, com base nos caracteres relativos ao número e à disposição dos estames (hoje desenvolvida), que serviu de base

(27)

b) Descrição do guapuruvu: Nome científico: Schizolobium parahyba

Com altura de 20 a 30m, e tronco de 60 a 80cm de diâmetro.

Pode ser encontrado desde a Bahia até Santa Catarina, na floresta pluvial da encosta atlântica. Apresenta madeira muito leve, textura grossa. Essa madeira é empregada para fabricar miolo de portas, brinquedos, saltos e solas [para calçados]. É ótima para reflorestamento de áreas degradadas. É uma planta característica e exclusiva da Mata Atlântica. Floresce a partir do final de agosto, com a planta totalmente despida de folhagem, prolongando-se até meados de outubro. Os frutos amadurecem entre abril-julho. É uma planta do início da sucessão ecológica, pois germina somente em clareiras e cresce rapidamente, alcançando sua maturidade em poucos anos e, por isso, seu ciclo de vida é curto.10

_______________ TEXTO DE APOIO

Classificação dos seres vivos: é um arranjo sistemático dos nomes vegetais e animais em categorias ou agrupamentos, baseado em um plano definido, considerando relações evolutivas, fisiológicas, citogenéticas, bioquímicas, morfológicas, comportamentais e outras11.

para os estudos atuais. Sua nomenclatura binominal por gênero e espécie ainda é empregada e goza de aceitação geral. Lineu morreu em Uppsala, aos 71 anos (1778).

10

RIZZINI, Carlos Toledo. Tratado de Fitogeografia do Brasil: aspectos ecológicos, sociológicos e florísticos. 2. ed. Rio de Janeiro: Âmbito Cultural, 1997.

(28)

Ponto 6 – Ponto do Desnível (Ponto alternativo em frente ao toboágua) Atividades: Formas de relevo: terraço e várzea

Foto do ponto 6. Estrada com desnível (Arquivo Atlas Ambiental)

6.1. Relevo (desníveis e formas de relevo da superfície)

a) O Thermas do Vale está localizado no terraço e o banhado, na várzea.

Terraço. superfície horizontal, ou levemente inclinada, constituída por depósito sedimentar, ou superfície topográfica modelada pelas erosões fluviais, marinhas ou lacustres, limitadas por dois declives no mesmo sentido [...].12

Várzea ou vargem. trecho de um vale onde o terreno se alarga e é plano. O mesmo que várzea; veiga.13.

b) Falar sobre a evolução e dinâmica da paisagem (tempo geológico) Provocar: Este local já foi um grande lago, e o rio Paraíba já passou por aqui!

A paisagem muda no tempo geológico e o nosso tempo de vida representa menos de um segundo para o tempo geológico.

Banhado. Segundo Cêurio de Oliveira, banhado é um terreno baixo inundado por curso d’água e que periodicamente fica enxuto. Hoje, o Banhado de São José dos Campos não inunda mais porque foram construídas as represas de Jaguari, Santa Branca e Paraibuna, nas décadas de 60-70, com a finalidade de, pela concentração do volume de água, otimizar o aproveitamento energético e regularizar seu volume de vazão, para diminuir as inundações das várzeas.14

12

OLIVEIRA, Cêurio. Dicionário Cartográfico. 4. ed. Rio de Janeiro: IBGE, pág. 534. 13

Idem, pág. 556. 14

(29)

Ponto 7 – Portal Principal para a área das trilhas

Atividades: Preparo para entrada na área das trilhas “Campo com braquiárias” Plantas daninhas

Portal da entrada da área das Trilhas das Expedições Atlas (Arquivo Atlas Ambiental)

7.1. Preparando as crianças quanto à postura

a) Procedimentos de conduta nas trilhas durante a expedição

Esse portal representa a passagem para o mundo das Expedições Atlas, um local planejado para a aventura do conhecimento.

b) Cuidados que devemos ter ao visitar áreas naturais

Caminhando com baixo impacto, falando com voz suave, evitando movimentos bruscos e exclamações em tom elevado da voz. A mata é silenciosa e devemos respeitar o ambiente.

7.2. Caracterização da área das Trilhas (após a passagem pelo portal) a) A paisagem da área das Trilhas

Área total das Expedições Atlas (incluindo caminhos e trilhas, 200.000m2)

A área das trilhas é de 47.608,63m2, perímetro 1118,90m e apresenta uma

paisagem com elementos naturais e culturais, resultantes das transformações provocadas pelo homem.

Paisagem natural, representada pela mata, de 28.945,56m2

(30)

Mata de várzea, de 24.029,48m2, com perímetro de 836,85m Mata de terraço, de 4.916,08 m2, com perímetro de 295,07m

A observação das relações entre os aspectos naturais e culturais da paisagem pode nos ensinar muito sobre como promover a construção de paisagens sustentáveis.

Tabela da relação entre os aspectos naturais e culturais da paisagem

Paisagem Natural Paisagem cultural

-Resultante da evolução dos ecossistemas -Resultante da transformação da paisagem natural -Mecanismos próprios de controle – auto-estáveis -Dependem de controle pelo homem

-Auto-sustentabilidade promovida pela adaptação das comunidades de espécies ao clima e ao ambiente local (solo, relevo, etc.)

-Dependentes do gasto de energia e materiais pelo homem: poda, irrigação, tratamento fitossanitário

-Composto por espécies nativas e naturalizadas -Composto por espécies cultivadas e exóticas

-Alta biodiversidade -Baixa diversidade

Fonte: MORELLI, A. F. Atlas ambiental. São José dos Campos: UNESP, tese de doutoramento em Ecologia, 2002.

A transformação da paisagem gera desequilíbrios que permanecem como cicatrizes do passado, demonstrando os erros cometidos e sugerindo, aos que têm consciência desse processo, os caminhos para o seu uso de forma correta. O trecho de Mata Atlântica encontrado nessa área é uma mata secundária, em estágio sucessional de médio a médio avançado. Traduzindo: é uma mata que já foi completa (totalmente desmatada para o cultivo de arroz) ou parcialmente alterada (extração de madeira, abertura de caminhos, queimada) pelo homem, no passado e, agora, por um processo natural de recuperação (sucessão ecológica), que apresenta várias fases de regeneração, tenta reaver seu equilíbrio e voltar ao estado original.

Provocar: Qual destas paisagens tem futuro? A natural ou a cultural? Não respondam agora, as trilhas responderão a vocês!

b) As características das trilhas

Esta área comporta três trilhas interpretativas: 1) a do Bambu Imperial; 2) a da Samambaiaçu e 3) a do Formigueiro. As trilhas do Bambu imperial e da Samambaiaçu demonstram os aspectos naturais e culturais da paisagem e têm como características estar no limite entre os elementos culturais e naturais da paisagem (passa-se na divisa entre os bambuzais e a mata). Estão também no limite entre o terraço e a várzea, com presença cultural marcante dos bambuzais. O bambuzal serve para proteção do solo e acaba sendo um delimitador entre o clube e a mata. A trilha do Formigueiro também está no limite entre a várzea e o terraço; de um lado apresenta mata atlântica de várzea e a vegetação secundária do Banhado e, de outro lado, a mata atlântica de terraço.

(31)

Foto-Carta-imagem com a área das trilhas Fonte: MORELLI, 2002.

Medida das trilhas – (inserir no mapa das trilhas que será exposto no Portal)

Do ponto 1 ao 2 – portaria até o Largo das Samambaiaçus: 90 metros Do ponto 2 ao 3 – Largo das Samambaiaçus ao poço profundo: 240 metros Do ponto 3 ao 4 – Poço profundo até sanitários: 38 metros

Do ponto 4 ao 5 – Sanitários até “Abraçando a árvore”: 150 metros

Do ponto 5 ao 6 – “Abraçando a Árvore” até Ponto do Desnível: 210 metros

Do ponto 6 ao 7 – Ponto do desnível até o Portal principal de Entrada nas Trilhas: 42 metros

Do ponto 4 ao 7: Sanitários até entrada da Trilha do Bambu Imperial: 450 metros Do ponto 7 ao 8 – Portal principal até Portal Bambu Imperial: 17 metros

- Trilha do Bambu Imperial: 88 metros

- parte externa da trilha do Bambu Imperial: 96 metros - Trilha da Samambaiaçu: 140 metros

- parte externa da Trilha da Samambaiaçu: 127 metros

- ligação da Trilha da Samambaiaçu até a Trilha do Formigueiro: 29 metros - Trilha do formigueiro (caminho alternativo): 72 metros

- Trilha do formigueiro: 138 metros

- Trilha do formigueiro (parte externa): 83 metros

Trilha planejada para primeiro contato (iniciação) Classificação das trilhas

1 – Quanto à função: são caracterizadas como trilhas de Interpretação, com

(32)

2 – Quanto à forma: as trilhas do Bambu Imperial e da Samambaiaçu formam um

trajeto em oito. A trilha do Formigueiro tem formato semicircular.

3 – Quanto ao grau de dificuldade

3.1- Intensidade: são consideradas trilhas leves. 3.2- Nível técnico: são consideradas trilhas fáceis.15

4 – Quanto aos impactos ambientais presentes nas trilhas

4.1- Situa-se em uma área de preservação ambiental; compõe um ecossistema frágil e carente de proteção;

4.2- Solo compacto, porém erodido.

Surgimento da trilha e seu uso

As mais antigas trilhas surgiram como conseqüência direta dos movimentos migratórios dos grandes mamíferos, principalmente herbívoros, fugindo de áreas com inverno rigoroso. O ser humano adotou as trilhas para vários fins, desde a procura de alimentos (trilhas de caça) e água, até peregrinações religiosas, viagens comerciais e ações militares. A principal função das trilhas sempre foi suprir a necessidade de deslocamento. Ao longo dos anos, houve uma alteração de valores em relação ás trilhas. De simples meio de deslocamento, as trilhas surgem como novo meio de contato com a natureza. As trilhas que iremos utilizar eram caminhos para os moradores da fazenda que, depois de vendida, foi transformada em parque. Ela começou a ser utilizada como pista de motocross e hoje terá finalidade para trilhas interpretativas pedagógico-educativas.

7.3. Campo com Braquiária (elemento da paisagem cultural)

Da entrada da trilha avista-se o campo com Braquiária e falamos sobre suas características.

Brachiaria sp (gramínea ou capim, originário da África)

A Braquiária foi trazida da África para ser utilizada como forragem para o gado. Nesse trecho, explica-se que a braquiária expandiu-se e está tomando o espaço de plantas nativas deste local (explica-se que, como era uma fazenda, a presença de braquiárias era inevitável, mas deixa-se claro que o correto seria permitir o crescimento de plantas nativas, evitando a proliferação maciça da braquiária).16

Esse ambiente está sendo recuperado gradativamente, de forma a ser possível resgatar suas características originais a médio e longo prazo. Aos poucos, a braquiária está sendo substituída por espécies nativas arbóreas e herbáceas.

15

Classificação adotada pela FREE WAY. Trilhas e Natureza, 1987. 16

(33)

Ponto 8 – Portal da Trilha do Bambu Imperial

Atividades: Características da Trilha do Bambu Imperial

Portal da Trilha do Bambu Imperial Foto de Arquivo do Atlas Ambiental

8.1. Características da Trilha

a) Placa com as informações sobre a Trilha (dados)

Extensão: 184m (88m internos – 96m externos) Formato: circular cruzada (forma de oito)

Largura: 0,75m (conforme convenção OMT17) Tempo estimado: 30 minutos

Grau de dificuldade: baixo Intensidade: leve Nível técnico: fácil Altitude: 560m

Atrativos: Bambu Imperial, Mata Atlântica, Cima, Cupim, Solo da Mata.

8.2. Bambu Imperial

Planta exótica, originária da Ásia, especificamente da China. Espécie: Bambusa

vulgaris. Ocorre em todo o território brasileiro, apresentando colmos grossos e ocos,

diferente da cana-de-açúcar, que tem colmos cheios. Também é conhecido como bambu brasileiro, imperial ou verde e amarelo. É empregado como matéria-prima de polpa de papel, além de constituir-se fonte de alimento (broto de bambu) e de bebida alcoólica.18

17

(34)

Ponto 9 – Mata Atlântica na Trilha do Bambu Imperial Atividades: Características da mata Atlântica de várzea

Aspecto da Mata Atlântica de várzea, no ponto 9 Foto de Arquivo do Atlas Ambiental

9.1. Mata Atlântica de várzea

Orientam-se as crianças para que observem a mata (prática de percepção ambiental) e pede-se-lhes que digam espontaneamente o que mais lhes chama a atenção. Chamar a atenção para a biodiversidade (grande número de plantas, a estratificação, as plantas mais abundantes).

Ponto 10 – Os elementos climáticos na trilha do Bambu Imperial Atividades: Temperatura (atual, máxima e mínima) e umidade relativa

Foto do Ponto 10. Neste local estão sendo instalados o termômetro e o higrômetro.

a) Medição das temperaturas máxima e mínima

Explica-se aqui sobre a medição da temperatura ambiente, no momento, e marcamos as temperaturas mínima e máxima, registradas no período. Vamos também medir a umidade relativa do ar da mata, no momento. Esses dados serão utilizados para serem comparados com as medidas de temperatura e umidade fora da mata, e devem ser registrados na caderneta de campo dos expedicionários.

(35)

Ponto 11 – Cupinzeiro na trilha do Bambu Imperial Atividades: Insetos sociais (cupins)

Ponto do Cupinzeiro Foto de Arquivo do Atlas Ambiental

a) Cupinzeiro

Os cupins vivem em um cupinzeiro geralmente construído no solo e, em muitas espécies, o cupinzeiro pode ser resistente e estruturalmente complexo. Os cupins diferem das formigas e abelhas, como insetos sociais, pois os operários são indivíduos estéreis, de ambos sexos. Como os cupins têm metamorfose incompleta (ovo, ninfa e inseto), os operários podem ser juvenis ou adultos. O macho reprodutor é membro permanente da colônia e suas asas ocorrem somente durante um breve vôo nupcial, como também ocorre nas rainhas, e depois as perdem. Os soldados têm cabeças e mandíbulas grandes e são os defensores da colônia. A presença de cupinzeiros serve para indicar que o local não está propício a alagamentos, e os índios usavam esse sistema de leitura de solo para escolher o local da construção de suas ocas.19

Ponto 12 – Entrada na Mata

Atividades: Solo da mata e suas camadas (estrutura da mata)

Aspecto da mata do Thermas do Vale Foto de Arquivo do Atlas Ambiental

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12.1. Serrapilheira

Sensibiliza-se o aluno para a percepção da mata, orientando-o para que anote aquilo que mais lhes chamar a atenção. Mostra-se o solo da mata, manuseando as folhas e restos vegetais, chamando atenção para a cor escura do solo, em função da decomposição da matéria orgânica e de sua importância para a ciclagem de nutrientes. 20

Saída da Trilha do Bambu Imperial

Atividades: Observação do trajeto da trilha

Aspecto do solo da saída da Trilha do Bambu Imperial Foto de arquivo do Atlas Ambiental

20

(37)

Área de transição entre as trilhas

Atividades: Transição (tempo para descanso, para tomar água e passar repelente)

Foto do quiosque ecológico-sustentável, construído em bambu Madac e coberto com telhas de material reutilizado

(38)
(39)

Ponto 13 – Portal da Trilha da Samambaiaçu Atividades: Características da Trilha

Foto do Portal da Trilha da Samambaiaçu (Arquivo do Atlas Ambiental)

a) Mostrar a Placa com as informações da Trilha e explicá-la

Extensão: 267m (140m internos – 127m externos) Formato: em forma aproximada de “oito”

Largura: 1,5m a 2,5m (a trilha já existia e está sendo manejada para ter, no máximo, 1,5m)

Tempo estimado do percurso: 40 minutos Grau de dificuldade: baixo

Grau de intensidade: leve Avaliação do nível técnico: fácil Altitude: 580m

Atrativos: toca do tatu, samambaiaçu, Mata Atlântica de várzea, Ponte de Bambu, laguinho...

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Ponto 14 – Toca do Tatu

Atividades: Toca do tatu, Samambaiaçu, Epifitismo, Embaúba, Lírio do Brejo 14.1. Toca do Tatu

Foto da toca do tatu (Arquivo Atlas Ambiental)

Após mostrar a toca do tatu, sem contudo nomeá-la, pergunta-se o que eles acham o que é aquele buraco, aguçando a curiosidade do expedicionário: “Será que o animal que fez essa toca ainda vive nela? Será que outros animais vivem nela?”

14.2. Samambaiaçu

Aspecto da mata na Trilha da Samambaiaçu Foto de Arquivo do Atlas Ambiental

Atividade: Percepção ambiental do aluno para a mata

________________ Texto de apoio

Samambaiaçu: É um arbusto semilenhoso, com tronco ereto, espesso, nativo do Brasil, mede de 2 a 4m, apresenta folhagem ornamental e de crescimento lento. As folhas ficam concentradas na extremidade, dando-lhe uma aparência de palmeira, ou de um guarda-sol. É uma planta que prefere a sombra ou pouca luz solar direta, e se desenvolve em terra fértil e umedecida. Em algumas espécies, o tronco dá origem ao xaxim e por isso tem sido muito depredada. É resistente ao frio e é uma das maiores espécies entre as samambaias. O tronco pode regenerar a planta. A samambaiaçu é uma

pteridófita, que são plantas que apresentam raízes, caules e folhas bem diferenciadas. Apresentam

vasos lenhosos, que conduzem água e sais minerais da raiz até as folhas e vasos liberianos, conduzem soluções de substâncias orgânicas das folhas para o caule e para as raízes.21

21

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Ponto 15 – Liquens

Atividades: Micro-expedição (observação dos liquens, musgos e fungos com lupa, simbiose, bio-indicador de qualidade do ar e orientação com a bússola)

Aspecto de árvore com liquens Foto de Arquivo do Atlas Ambiental

15.1. Atividade: Micro-expedição (observação dos liquens, fungos e musgos com a

lupa). Distribuem-se as lupas para o grupo (são cinco lupas: cinco duplas de alunos com uma lupa cada) e orienta-se que eles observem e digam algo sobre o que estão vendo.

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15.2. Orientação com a bússola, de acordo com os mapas (Geografia)

Pede-se aos navegadores para verificarem qual o sentido a seguir (Norte, Sul, Leste ou Oeste).

Ponto 16 – Dinâmica dos sentidos

Atividade: Vivência da “Dinâmica dos sentidos”

Local da Vivência dos sentidos Foto de Arquivo do Atlas Ambiental

Alunos na dinâmica dos Sentidos Foto de Arquivo do Atlas Ambiental

A organização de uma boa “Dinâmica dos Sentidos”, também chamada “trilha cega”, requer bastante tempo, porém mesmo que seja rapidamente improvisada, valerá a pena. Os elementos importantes que se deve ter em mente são “variação”, “tema” e “mistério”. Por exemplo, poder-se-á criar experiências variadas de tato, audição e

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olfato; ou ainda proporcionar contrastes dentro de qualquer um desses sentidos – uma rocha áspera e outra lisa, folhas novas e tenras e folhas secas, quebradiças e mortas, um aroma forte de umidade e uma doce fragrância de primavera. Outra forma de variar a brincadeira é deixar a corda ora abaixada ora levantada, prendendo-a em objetos interessantes no solo e em lugares altos.

Tem-se que identificar árvores, explorar o habitat de um animal ou comparar climas locais. (Clima local é uma área bem definida – como o lado norte sombrio de uma montanha – com suas próprias e exclusivas condições de temperatura, umidade e vegetação). “Não esquecer de citar o vandalismo nas árvores – pessoas que escrevem nas mesmas”. Mostrar a diferença através do tato entre o musgo (mais liso) e o líquen (mais áspero). Mostrar o tipo de solo na hora da dinâmica, amarrando a linha até o chão. Vamos utilizar outros sentidos para a percepção do que está ao seu redor.

Ponto 17 – Ponte sobre o lago

Atividades: Ponte de bambu, lago, canal de drenagem, rio intermitente, Estratificação, herbivoria

17.1. Ponte sobre o lago

Ponte de bambu sobre o lago Foto de arquivo do Atlas Ambiental

A ponte sobre o lago das Expedições foi construída inteiramente em bambu em um método construtivo inovador, que utiliza o sistema de treliças para sustentar até

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1500kg em apenas quatro vigas de bambu. O bambu utilizado foi o cultivar madac, conhecido pela sua rigidez e durabilidade (desde que adequadamente pré-tratado).

17.2. Lago das Expedições

O lago das Expedições foi concebido em uma área inundável das trilhas próximo a um canal de drenagem intermitente ou temporário [que ocorre na época chuvosa].22 e foi construído no formato de uma gota de água. O lago possui diferentes profundidades possibilitando o desenvolvimento de diferentes espécies de plantas aquáticas e a formação de diferentes ambientes para a ictiofauna nativa.

Professores observando o lago das Expedições (Foto de arquivo do Atlas Ambiental)

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17.3. Canal de drenagem

Canal: sulco natural ou artificial por onde corre a água. No caso do Thermas do Vale, o canal tem a função de escoar a água oriunda de uma nascente intermitente.

Canal de drenagem Foto de arquivo

17.4. Estratificação

Atividade: Percepção do ambiente pelo aluno e chamar a atenção para os diferentes estratos da formação vegetal e seus diferentes componentes

17.5. Herbivoria

Faz-se as crianças observarem as folhas e pergunta-se: “porque elas estão furadinhas?”

Herbivoria: É a relação entre os animais herbívoros e as plantas das quais se

alimentam. Sob o ponto de vista individual existe prejuízo para as plantas que são devoradas parcial ou totalmente, porém é um benefício para os animais. As plantas têm defesas físicas (camada de celulose, pêlos) e químicas (princípios ativos).

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Área de Transição entre trilhas

Atividades: Transição (local para o lanche, água, descanço)

Referências

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