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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Ensino Clínico - Agrupamento de Centros de Saúde Baixo Vouga – USF Santa Joana (Aveiro)

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Enfermagem

Bruno Filipe Nunes Pessoa

julho | 2019 julho | 2012 Bruna V ieira de Pinho MODELO IPG.004.02 Licenciatura em Enfermagem

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0 Escola Superior de Saúde

Instituto Politécnico da Guarda

Curso de Enfermagem – 1º Ciclo, 4º Ano / 2º Semestre

RELATÓRIO DE ENSINO CLÍNICO – INTEGRAÇÃO À VIDA

PROFISSIONAL EM CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

Bruno Filipe Nunes Pessoa

Guarda 2019

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1 Escola Superior de Saúde

Instituto Politécnico da Guarda

Curso de Enfermagem – 1º Ciclo, 4º Ano / 2º Semestre

RELATÓRIO DE ENSINO CLÍNICO – INTEGRAÇÃO À VIDA

PROFISSIONAL EM CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

Realizado no Agrupamento de Centros de Saúde Baixo Vouga – Unidade de Saúde Familiar Santa Joana

Discente: Bruno Filipe Nunes Pessoa nº7003894

Docente: Hermínia Barbosa

Guarda 2019

ANÁLISE SWOT

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2 LISTA DE SIGLAS

ACES – Agrupamento de Centros de Saúde

ACSS -Administração Central do Sistema de Saúde DGS – Direção Geral da Saúde

FC – Frequência Cardíaca IMC – Índice de Massa Corporal IPG – Instituto Politécnico da Guarda

IPSS – Instituições Particulares de Solidariedade Social OE – Ordem dos Enfermeiros

PA – Pressão Arterial

PNV – Plano Nacional de Vacinação

SIADAP -Sistema Integrado de Avaliação do Desempenho da Administração Pública UC- Unidades Contratualizadas

UP- Unidades Ponderais

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3 INDÍCE DE FIGURAS

Figura 1- Pirâmide Faixa Etária da micro-equipa da USF Santa Joana ... 8 Figura 2-Tipos de intervenção de enfermagem ... 28

ANÁLISE SWOT

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ÍNDICE

Pág. INTRODUÇÃO ... 5 1- ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 6 1.1.OBJETIVO I ... 6 1.2.OBJETIVO II ... 9 1.3.OBJETIVO III. ... 17 1.4.OBJETIVO IV ... 19 CONCLUSÃO ... 21 BIBLIOGRAFIA ... 22

APENDICE A- ANÁLISE SWOT ... 27

ANEXO A- TIPOS DE INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM ... 28

ANEXO B- PROTOCOLO DA CONSULTA DE SAÚDE MATERNA-GRAVIDEZ DE BAIXO RISCO... 29

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho surge no âmbito da Unidade Curricular de Ensino Clínico - Integração à Vida Profissional em Cuidados de Saúde Primários, parte integrante do plano curricular do Curso de Enfermagem – 1ºCiclo, 4ºAno/2ºSemestre, da Escola Superior de Saúde (ESS) do Instituto Politécnico da Guarda (IPG).

Decorreu durante de 8 semanas, teve início a 17 de setembro e términus a 9 de novembro de 2019, com 256 horas de contacto e foi desenvolvido na USF Santa Joana.

A realização do relatório permite fazer uma descrição das atividades desenvolvidas bem como se os objetivos estipulados foram atingidos.

De acordo com Pereira (2006), o EC consiste num momento de aprendizagem com o objetivo de promover o crescimento pessoal e a preparação profissional do aluno, através da sua inclusão em ambientes que promovam a saúde.

Esta interação torna-se única e permite aplicar os conhecimentos adquiridos, mas também aprender outras áreas de interesse (Carvalho, 2005).

A escolha do local prende-se com o facto de ter estagiado já uma vez nesta USF e ter sido produtivo a nível de formação pela excelência do trabalho, bem como o facto de poder estar próximo da minha família que é um suporte que eu tenho.

A elaboração deste relatório tem como principais objetivos: descrever as atividades e cuidados de enfermagem prestados durante o EC; fazer uma análise critica e reflexiva sobre o EC e as competências desenvolvidas e consolidadas no mesmo.

Em termos de estrutura, o relatório encontra-se organizado num capítulo dividido em quatro subcapítulos.

A metodologia utilizada foi o método descritivo e reflexivo, com recurso ao Guia de Elaboração de Trabalhos Escritos e a pesquisa bibliográfica em fontes de bibliográficas baseadas na evidência.

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1- ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

1.1.OBJETIVO I- Desenvolver competências na prestação de cuidados de Enfermagem em cuidados de saúde primários sob supervisão, aplicando a metodologia do processo de enfermagem, ao individuo família e comunidade ao longo do ciclo vital:

Para uma correta prestação de cuidados de enfermagem deve-se primeiramente conhecer a estrutura física orgânica e funcional da unidade de saúde familiar (USF). Deste modo, torna-se necessário definir USF. Segundo Despacho normativo N. º9/2006 (2006), considera-se unidade de saúde familiar uma a célula organizacional elementar de prestação de cuidados de saúde individuais e familiares, constituída por uma equipa multiprofissional, com autonomia organizativa, funcional e técnica e integrada em rede com outras unidades funcionais do centro de saúde.

A USF Santa Joana pertence à Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro e ao Agrupamento de Centro de Saúde do Baixo Vouga (ACES Baixo Vouga). Iniciou atividade a 2008.

Segundo a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) (2019) existem três modelos organizacionais possíveis de USF, sendo eles o modelo A, B e C, cada modelo com características diferentes.

A USF Santa Joana como é expectável iniciou funções com o modelo organizacional modelo-A e em 2015 a USF passou a pertencer ao modelo B.

A USF modelo B deve ter horário de trabalho base as 35 horas, mas para dar resposta ao ficheiro existem incrementos ajustados às unidades contratualizadas (UC), associado às unidades ponderadas (UP) da lista de utentes, previsto no decreto lei n. º73/2017.

A USF Santa Joana tem princípios para prestar um serviço de excelência sendo eles a Salvaguarda incondicional da Dignidade Humana; Solidariedade e Justiça social na realização da Saúde; Cidadania, como expressão de Autonomia; Prestação um Serviço de Qualidade apercebido pelos seus utentes, acrescentando, assim, valores à Organização; Carinho e Respeito.

O enfermeiro família, segundo Decreto-Lei n.º 118/2014, toma a família como unidade de cuidados e presta cuidados gerais e específicos nas diferentes fases da vida do indivíduo e da família, ao nível da prevenção primária, secundária e terciária, em articulação ou complementaridade com outros profissionais de saúde, nos termos legais aplicáveis.

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7 Em relação a estrutura física a USF Santa Joana é composta por duas salas de tratamento, duas salas de saúde infantil, duas salas polivalentes, sete consultórios médicos , duas salas de estar, uma lavandaria, uma sala de sujos, uma farmácia avançada, uma secretaria clinica, uma sala para os profissionais, vestuário, quatro casas de banho (duas para profissionais e duas para clientes) , uma sala de coordenação e uma sala de reuniões.

A estrutura organizacional e funcional tem como base os recursos e a sua utilização. O método de trabalho é em equipa ou seja, existem micro equipas formadas. Cada micro equipa contém: um enfermeiro, um médico e uma secretaria técnica e um ficheiro correspondente.

Cada enfermeiro pode ter 1.550 utentes ou 350 famílias que tem uma dimensão mínima de 1917 unidades ponderadas (UP). Caso exista mais UP, são adicionadas unidades contratualizadas em múltiplos de cinquenta e cinco UP. (Diário da República n.º 161/2007)

Existem sete enfermeiros (uma especialista e três graduadas), sete médicos, quatro assistentes técnicas e três auxiliares.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) (2010) defende que são os atores em saúde os elementos essenciais para dar forma e eficácia à prática colaborativa interdisciplinar em saúde, fundamental à excelência na prestação de serviços de saúde, ou seja, os profissionais têm um importante papel para a excelência.

Nesta USF desenvolvem-se os programas nacionais saúde nomeadamente o Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil, Programa Nacional para a Vigilância da Gravidez de Baixo Risco, Programa Nacional de Saúde Sexual e Reprodutiva/ Rastreio do Cancro do Colo do Útero, Programa Nacional para a Prevenção e Controlo da Diabetes, Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares, Programa Nacional de Vacinação, programa nacional de Saúde do Idoso bem como os Processos Assistências Integrados (PAIS) irão ser abordados no presente trabalho.

Para a uma completa prestação de cuidados em toda a totalidade dos programas nacionais de saúde é necessário conhecer a população, as necessidades da área abrangente, como é defendido no Código Deontológico dos enfermeiros.

Segundo o Plano de ação (2018), a USF tem 11200 utentes inscritos, a micro equipa em que estava inserido 1724 utentes fazendo corresponder a 2174.5 unidades ponderadas.

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Figura 1- Pirâmide Faixa Etária da micro-equipa da USF Santa Joana

Através da análise da figura 1 é possível observar que a faixa etária com mais clientes inscritos é a faixa dos 35 aos 49 anos. Deste modo, analisando os dados da pirâmide de faixa etária, é visível que corresponde a um país desenvolvido, conclui-se que existe uma baixa da natalidade e um aumento da esperança média de vida.

Estes acontecimentos irão causar um envelhecimento da população conforme a tendência mundial dos países desenvolvidos. Deste modo, é necessário adotar de medidas para promover o envelhecimento saudável e ativo. Este facto esta aliado aos cuidados preventivos executados na USF. Como se pode observar no Anexo A, a micro equipa em que estava inserido atuava ao nível da prevenção e curativo.

Pude prestar cuidados de enfermagem de modo preventivo e curativo. Na área da prevenção, realizei consultas em todos os programas anteriormente referidos. Efetuei ensinos em inúmeras áreas tais como: Alimentação saudável, exercício físico, sinais de hipoglicemia, complicações da doença diabetes, febre em idade pediátrica e administração de insulina.

Na área curativa pude executar tratamento a feridas traumáticas, cirúrgicas ou a úlceras, bem como remoção de material de sutura. Também tive oportunidade de realizar uma cateterização venosa periférica, bem como administração de terapêutica por via endovenosa, intramuscular e subcutânea.

O Horário de Enfermagem era enquadrado de modo alternado entre os enfermeiros ou seja, era otimizado os recursos físicos disponíveis. Todos os registos de enfermagem eram efetuados no sistema informático SClínico.

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O enfermeiro de família ao cuidar da família em todo o ciclo vital consegue criar empatia com os clientes como Mongiovi et al. (2014) afirmaram num estudo que realizaram, um dos instrumentos mais valiosos no processo da humanização é a relação empática. No decorrer do Ensino Clínico, ao realizar ensinos e transmitir confiança nas ações desenvolvidas. Pude estabelecer esta relação empática. Em todos os casos adaptei o meu diálogo ao cliente em causa de modo a obter ganhos em saúde.

Senti dificuldade nesta área devido há falta por vezes de computadores disponível para efetuar os registos, deste modo tive de efetuar por vezes os registos manualmente para depois transcrever para o respetivo local no SClínico.

Deste modo posso afirmar que o objetivo geral I foi cumprido, consegui atingir as seguintes competências do enfermeiro de cuidados gerais da OE (2015):

(5) - Exerce de acordo com o Código Deontológico. (6) -Envolve -se de forma efetiva nas tomadas de decisão éticas. (7) - Atua na defesa dos direitos humanos, tal como descrito no Código Deontológico. (8) - Respeita o direito dos clientes ao acesso à informação.33 – Trabalha em colaboração com outros profissionais e com outras comunidades; 47 – Consulta membros relevantes da equipa e de cuidados de saúde e sociais; 69- Utiliza instrumentos de avaliação adequados para identificar riscos reais e potenciais; ; 73 – Aplica o conhecimento sobre práticas de trabalho interprofissional eficazes; 74 – Estabelece e mantém relações de trabalho construtivas com enfermeiros e restante equipa; 75 – Contribui para um trabalho de equipa multidisciplinar e eficaz, mantendo relações de colaboração;

1.2.OBJETIVO II- Aplicar conhecimentos acerca dos diferentes programas de saúde em vigor na USF Santa Joana:

De acordo com a Carta de Ottawa (1986), a promoção da saúde é um processo que visa aumentar a capacidade dos indivíduos e das comunidades para controlarem a sua saúde, no sentido de a melhorar. De facto, é necessário entrar no paradigma que pela primeira vez entrou em uso o empoderamento. O empoderamento é um processo contínuo, no qual indivíduos adquirem e ganham confiança autoestima, compreensão e poder necessários para articular os seus interesses, seguros que essas ações são tomadas para as com base no conhecimento. Este facto permite, que os clientes tenham papel ativo e consciencializado na tomada de decisões. Deste modo, a promoção de saúde irá ser efetuada por e com os clientes e não sobre os clientes. A prevenção de doenças, a promoção da saúde e autonomia dos clientes, tornando-os sujeitos ativos é de elevada importância para a problemática da prevenção, dotando os clientes de informação a que têm direito.

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10 Como foi referido inicialmente inúmeros planos são abordados na USF, pelo que seguidamente os irei abordar.

Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil

O programa nacional de saúde infantil e juvenil (PNSIJ) (DGS, 2013a) iniciou-se através da Circular Normativa 9/DSI, 6 de outubro. Este programa nos dias de hoje surgiu graças à continua evolução e retificação das normas orientadoras que permitiu a melhoria de alguns indicadores nomeadamente o da mortalidade infantil.

Deste modo e de acordo com os documentos orientadores, deve existir uma periodicidade das consultas. Segundo o Manual de procedimentos: procedimento consulta infanto juvenil (2019) que segue as normas emanadas pela DGS deve-se ter em conta as idades chave para organizar de forma oportunista consultas que sejam necessárias ou mesmo agilizar formas de reduzir as deslocações à USF.

Na primeira consulta do RN, é avaliado o peso e é marcado a próxima data para realizar a mesma atividade bem como a consulta de 1 mês.

No primeiro contacto, também realiza-se o rastreio de doenças metabólicas neonatais, este rastreio, segundo o Instituto Ricardo Jorge (2019), permite identificar as crianças que sofrem de doenças, genéticas que seja benéfico tratamento precoce. Segundo o autor supramencionado, também é importante aferir que o teste deve-se realizar a partir do terceiro até ao sexto dia. Deve-se realizar a colheita de uma amostra de sangue para a respetiva ficha para cumprir o programa nacional de rastreio precoce. Colheita deve ser efetuada após a correta desinfeção do calcanhar e preenchimento de dois círculos na ficha para o respetivo efeito. Pude experienciar esta situação, tal como se referiu anteriormente esta prática deverá ser feita até ao 6 dia. Para este ocorrer no tempo adequado as gravidas que são vigiadas na consulta de vigilância de gravidez de baixo risco são alertadas para a necessidade de comunicar o nascimento do filho mais breve possível para se agendar o teste dentro do período recomendado. Com Recurso ao Módulo de Informação e Monitorização das Unidades Funcionais pude constatar que aproximadamente 90% dos RN executaram esta tarefa no tempo adequado. Este valor pode ser justificado pelo simples facto da contagem dos seis dias é efetuada a partir do dia e não propriamente da hora de nascimento ou seja, se um RN nascer as 23:59 de um dia esse dia já entra para a contagem. Se esta situação ocorrer a uma terça feira o sexto dia será no domingo o que constitui um entrave a melhoria desse indicador.

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11 Após estas ocorrem as consultas subsequentes, com a avaliação dos parâmetros e dos cuidados antecipatórios.

Tive a hipótese de realizar avaliação dos parâmetros antropométricos e outros em idade infantil e juvenil, inicialmente tive dificuldades para verificar o perímetro cefálico devido aos movimentos normais de uma criança, com a prática e conselhos da enfermeira orientadora pude ultrapassar esta dificuldade.

Pude fazer ensinos sobre a alimentação no primeiro ano de vida, cólicas intestinais no primeiro trimestre, abordar sinais de boa pega, precauções de segurança entre outros. Não estava familiarizado com as vacinas extraplano, investiguei em fontes bibliográficas e consultei o panfleto existente na USF sobre a temática em causa, fiquei a conhecer diferentes vacinas que poderiam ser administradas bem como o seu esquema de administração.

Colaborei na elaboração do manual de procedimentos que me ajudou no aumento da gnose sobre esta temática e permitiu me perceber mais sobre o processo de acreditação de uma instituição.

Em relação a consultas nesta idade, pode colocar em prática o PAI da Febre em idade infantil bem como os registos segundo as orientações necessárias emanadas pela DGS, no entanto é necessário referir que a USF Santa Joana não tem oxímetro pediátrico, apesar de já ter sido solicitado ainda não foi fornecido pelas entidades responsáveis.

Pude melhorar a prática a minha técnica de administração de terapêutica por via intramuscular e subcutânea através da administração das vacinas do PNV de acordo com DGS (2017)

Aquando de uma situação vacinal presenciei uma reação anafilática após a administração de vacinas do PNV. A reação anafilática originou uma paragem cardiorrespiratória, cooperei na medida do possível, providenciando o material e a adrenalina que foi administrada durante as manobras de reanimação cardiorrespiratória. A criança foi reanimada com sucesso, esta situação permitiu me perceber a qualidade de organização e a importância da cooperação da equipa multidisciplinar, pois todos os profissionais presentes desenvolveram um papel importante para o sucesso.

No decorrer das consultas tentei sempre manter os pais a vontade para expor qualquer dúvida, deste modo consegui estabelecer uma relação empática e deste modo facilitar a partilha de conhecimento, com os pais. Efetuei cerca de 120 consultas em idade infantojuvenil. O registo era efetuado no programa informático SClínico e na primeira consulta procedia-se a marcação de todas as consultas até ao ano de idade.

Inicialmente não me senti preparado para realizar as consultas de SIJ como referi anteriormente, mas com recurso ao PNSIJ, ao Manual de procedimentos de consulta

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12 infantojuvenil e experiências vividas colmatei as minhas falhas e consequentemente a minha prática neste sentido.

Programa Nacional para a Vigilância da Gravidez de Baixo Risco

A gravidez, segundo DGS (2015) é um momento do ciclo de vida promotor de saúde. Este momento prolonga-se durante toda a gravidez e consequente todo ciclo de vida da criança. São momentos em que pode existir alteração de hábitos para ações mais saudáveis bem como términus de hábitos aditivos.

De acordo com DGS (2015), a gravidez de baixo risco tem três áreas de abordagem, a educação para a saúde, os cuidados pré-natais/ preparação para o parto e a parentalidade. As consultas de vigilância de gravidez de baixo risco seguem um protocolo estabelecido com o Centro Hospitalar Baixo Vouga presente no Anexo B que vão de acordo com o Programa Nacional para a Vigilância da Gravidez de Baixo Risco da DGS.

Este ciclo inicia-se com a preconceção, infelizmente só presenciei uma consulta deste âmbito. Pude iniciar a consulta sobre os estilos de vida saudável e a necessidade de cessão de substâncias aditivas e seus respetivos danos tanto a nível pessoal como posteriormente no desenrolar da gravidez.

Pude realizar aproximadamente dezasseis consultas dentro da abrangência deste programa de saúde. O intervalo de idade com mais mulheres nestas consultas foi dos 30 aos 39 anos. Esta tendência acompanha a tendência mundial instalada, cada vez mais tardiamente se tem filhos.

Tive a oportunidade de preencher o boletim de saúde da grávida, abordar os desconfortos do 1º, 2º e 3º trimestre, os estilos de vida saudável, sexualidade e sinais de alerta na gravidez. Também consegui dedicar especial atenção ás temáticas referentemente a prevenção de doenças infeciosas.

Tive dificuldade em relação a esta temática nomeadamente na parte dos ensinos, com o planeamento prévio da consulta através da consulta do protocolo e do plano nacional de saúde correspondente, e deste modo consegui colmatar falhas. Durante as consultas procedi à avaliação da PA, FC, TA e valores antropométricos, nomeadamente, peso, altura e IMC e medição da altura do fundo de útero bem com auscultação cardíaca fetal. Nas consultas abordei diversas temáticas como alterações fisiológicas, possíveis desconfortos durante a gravidez e uso de medidas corretivas para os mesmos, bem como esclarecimento de algumas dúvidas que possam existir no momento. Tive a oportunidade de administrar a vacinação aconselhada nestes momentos.

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13 Após o parto entramos na fase puerpério, segundo Mesquita, Paulino e Nogueira (2017) tem duração de seis semanas após o parto, pude assistir a consulta de revisão do parto bem como respetivos aconselhamentos. Nesta fase de alterações a nível fisiológico e psicológico o enfermeiro, segundo Mesquita, Paulino e Nogueira (2017), procura promover a independência e autocuidado bem com os vínculos afetivos. São reforçados alguns ensinos relativos a cuidados com a amamentação.

Realizarei ensinos neste âmbito bem como reforcei ensinos previamente realizados pela equipa de enfermagem. Era encorajada a participação do casal nas atividades que envolvessem o RN e respetivos irmãos. Nestas consultas era referida a importância do aleitamento materno e os seus benefícios.

Presenciei um caso relativo ao aleitamento materno, deparei me com um caso de incapacidade de ganhar peso não orgânica nomeadamente por nutrição inadequada. Segundo Raab (2017) esta pode acontecer por falta de estímulo ou falta de alimento. Após várias tentativas os pais acabaram por aceitar os conselhos sobre suplementação, o RN aumentou de peso e passado umas semanas passou novamente para aleitamento materno exclusivo.

Programa Nacional de Saúde Sexual e Reprodutiva/ Rastreio do Cancro do Colo do Útero

Segundo a Amnistia Internacional (2007) é uma componente essencial do direito universal ao mais alto padrão de saúde física e mental, consagrado na Declaração Universal dos Direitos do Homem e noutras convenções, declarações e acordos internacionais.

Segundo a DGS (2008a) estes programas abrangem a área da saúde da mulher, deste modo torna-se pertinente abordar ambos em conjunto. Numa consulta de planeamento podem ser abordados inúmeros temas de elevada pertinência para a obtenção de bons resultados/ganhos em saúde. Podem ser abordados estilos de vida e hábitos aditivos bem como métodos contracetivos e fornecer alternativas mais adequadas a cada pessoa em questão. Estas consultas tornam-se também importantes pela oportunidade de rastreio do cancro do colo do útero (CCU) e do Rastreio da mama.

O cancro do colo do útero (CCU) tem uma etiologia bem conhecida, relacionada com a infeção por Vírus do Papiloma Humano (HPV) segundo DGS (2008b).

Umas das estratégias adotadas foi a introdução da vacina conta HPV em 2008, o programa de rastreio DGS (2008b).

Na USF Santa Joana a convocatória das utentes tendo em consideração os anos de idade, as utentes elegíveis desde início da atividade sexual até 54 anos são convocadas por Planeamento Familiar, a partir dessa idade, passam a ser convocadas pelo RCCU. Existem 2 tipos de colpocitologia, o convencional (CC) e em meio líquido (CBL).

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14 Segundo Tato (2010) a colpocitologia em meio líquido não apresenta uma sensibilidade relativa superior ao do método convencional na identificação de lesões pré-malignas/malignas do colo do útero, fornecendo forte evidência de que a precisão de ambos o método é equiparado. A única diferença existente é que o meio líquido permite a tipagemdo HPV

Segundo Campagnoli E. (2011), as vantagens da CBL em relação à CC são: • simplificação da técnica de amostragem

• diminuição dos artefactos celulares levando a uma menor quantidade de diagnósticos inadequados

• aplicabilidade de investigações adicionais, nomeadamente tipagem do HPV se presente E as desvantagens são:

• alterações no aspeto morfológico de algumas lesões • aumento da carga de trabalho da equipe técnica • elevação dos custos

Atualmente só as colpocitologias dentro do planeamento familiar são efetuadas em meio líquido.

Anteriormente o registo que ocorria era executado pelos profissionais, com a introdução deste novo método, o registo do resultado ficou a cargo do laboratório. Por este motivo o registo do resultado pode não corresponder à data de recolha mas sim da análise. Esta ação poderá influenciar os indicadores deste âmbito.

No decorrer das consultas pude estabelecer uma relação de empatia com as utentes, para que estas se sentissem mais à vontade em falar e colocar questões, esta situação é mais difícil por eu ser do sexo masculino. Deste modo, previamente perguntei se puderia ser eu a efetuar a consulta. Na grande maioria não apresentou objeção a minha presença.

Desta forma consegui obter informações acerca dos seus antecedentes, tipo de contraceção a ser utilizada no momento, estado vacinal, hábitos nocivos bem como esclarecer alguma dúvida. Pude sugerir troca de alguns meios de contraceção, mais adequados a cada pessoa com os devidos esclarecimentos. Acabei por monitorizar PA, FC, peso corporal, altura e IMC. Também tive a oportunidade de cooperar e aprender a técnica utilizando um método de colpocitologia recente, que era desconhecido por mim no momento, como também a preparação do material e cooperando na medida do possível com o médico presente. Pude efetuar o registo no SiiMA rastreios, estes podem ser realizados pelo enfermeiro ou medico da equipa.

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15 O Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes (PNPCD) tem como objetivos gerir de forma integrada a diabetes, reduzir a prevalência da diabetes, atrasar o início das complicações da diabetes e reduzir a incidência e reduzir a mortalidade por diabetes (DGS, 2017).

Nestes programas também era efetuado o programa assistencial integrado, segundo DGS (2013b), os PAIS são uma abordagem multidisciplinar que pressupõe a reanalise de todas as atuações em que o utente é alvo, dando início ao processo assistencial. As atividades desenvolvidas são baseadas na evidencia científica disponível tendo atenção a parte holística mas homogeneizando a atuação.

Com esta nova atuação começou a existir uma maior uniformização de registos, na primeira consulta é entregue um circuito da consulta do cliente na USF bem como cinco panfletos relativos a ensinos efetuados para posterior consulta por parte do cliente, nomeadamente um sobre exercício físico, alimentação saudável, hipoglicemia, diabetes e cuidados com o pé diabético.

Na generalidade os utentes aceitavam e compreendiam os ensinos, tive a experiência de poder fazer a consulta a um cliente que não apresentava adesão aos ensinos. Com esta situação tive de adaptar e tentar abordar os ensinos de uma maneira mais prática. No fim, o utente demonstrou interesse na matéria abordada e disse que compreendeu. Deste modo e segundo OE (2011), a educação para a saúde inclui as oportunidades de aprendizagem criadas conscientemente que supõe uma forma de comunicação com o intuito de aumentar a literacia em saúde, deste modo estamos na temática do empoderamento anteriormente referida.

Procedi à avaliação do peso, altura, IMC, o perímetro abdominal (importante para calcular a razão entre o peso e o perímetro abdominal, PAI da Pré-obesidade), a PA e FC e proceder ao registo do mesmo.

Tive a oportunidade de monitorizar o risco do pé diabético e aconselhar a toma de vacina da gripe por ser um grupo de risco.

Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares

Segundo DGS (2019) o programa nacional para as doenças cérebro cardiovasculares tem como visão a promoção e atuação planeada e organizada ao longo de todo o sistema de saúde, que tente não apenas evitar as doenças cérebro cérebro-cardiovasculares, mas também reduzir as incapacidades por elas causadas e prolongar a vida.

À semelhança do programa de saúde anterior pude avaliar o peso, estatura, o IMC e o perímetro abdominal (para verificar a necessidade de aplicar o PAI de Pré-obesidade), bem como

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16 TA e FC. Caso a TA esteja alterada são fornecidos quadros para apontamento da TA no domicílio, pois por vezes o facto de estar na USF pode alterar os valores por ser uma situação de stress. Realizei ensinos alimentação saudável e entrega do respetivo panfleto, exercício físico e panfleto e por fim um panfleto sobre a doença em causa HTA. Por vezes existiam situações de não cumprimento do regime dietético medicamentoso e de exercício físico. Apesar dos consecutivos ensinos alguns clientes rejeitavam o regime dietético que se refletia em aumento do risco cardiovascular. Realizei registos autonomamente neste âmbito cumprindo as indicações previamente fornecidas para cumprimento do PAI e indicadores respetivos.

Saúde do Adulto/Idoso

Apesar de não existir nenhuma consulta especifica nesta área de atuação é necessário sempre uma prática preventiva, a população portuguesa tem vindo a diminuir a natalidade e aumentar a esperança média de vida deste modo, existe um aumento da idade média da população tal como é referido no Programa Nacional para a Saúde das Pessoas Idosas (DGS, 2006)

É necessário promover o envelhecimento ativo, organizar a prestação de cuidados de saúde promoção de ambientes facilitadores de autonomia.

Atuando a nível da promoção e prevenção é possível obter ganhos, através de contacto oportunistas e no empoderamento dos clientes. Um estudo realizado por Machado, Moutinho e Figueiredo (2013) comprova que as ações intersetoriais focadas na saúde do idoso provocaram a redução do número de procedimentos hospitalares envolvendo idosos; redução de complicações decorrentes da hipertensão arterial e diabetes; diminuição significativa na ocorrência de quedas e de doenças respiratórias.

Deste modo posso afirmar que o objetivo geral II foi cumprido, consegui atingir as seguintes competências do enfermeiro de cuidados gerais da OE (2015):

1-Aceita a responsabilidade e responde pelas suas ações e pelos juízos profissionais que elabora; 2- Reconhece os limites do seu papel e da sua competência; 3- Consulta peritos em enfermagem, quando os cuidados de enfermagem requerem um nível de perícia que esta para alem da sua competência atual ou que saem do âmbito da sua área do exercício; 4- Consulta outros profissionais de saúde ou organizações, quando as necessidades dos indivíduos ou dos grupos estão para além da sua área de exercício; 5-Exerce de acordo com o código deontológico; 8-Respeita o direito dos clientes ao acesso à informação;9- Garante a confidencialidade e a segurança da informação, escrita e oral, adquirida enquanto profissional; 11- Respeita o direito do cliente à escolha e à autodeterminação referentes aos cuidados de

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17 enfermagem e de saúde; 38 – Fornece informação de saúde relevante para ajudar os indivíduos, a família e a comunidade a atingirem os níveis ótimos de saúde e reabilitação; ; 42 – Aplica o conhecimento sobre estratégias de ensino e de aprendizagem nas interações com os indivíduos, as famílias e as comunidades. 68- Cria e mantém um ambiente de cuidados seguro, através da utilização de estratégias de garantia da qualidade e de gestão do risco;

1.3.OBJETIVO III- Participar na gestão de uma unidade de cuidados nas áreas de gestão de cuidados de enfermagem, recursos humanos e materiais.

Qualquer unidade/equipa necessita de gestão para dar uma resposta eficaz às necessidades. Deste modo torna-se necessário perceber de que modo esta área é trabalhada na presente USF.

O método de trabalho adotado na USF é o Enfermeiro de família, têm uma ligeira particularidade, cada enfermeiro pertence a uma equipa composta por um enfermeiro, um médico e uma secretaria técnica, a vantagem segundo a presente instituição é a mais fácil organização.

Em relação a liderança, eu classifico-a como uma liderança do tipo democrática, a discussão de problemas é feita em grupo nomeadamente em Conselhos gerais que tive a hipótese de assistir a um, para perceber melhor o seu funcionamento.

A gestão do serviço é delegada a certos elementos mas todos os outros participam ativamente num processo de auto ajuda, caso exista necessidade.

Cada enfermeiro tem uma área pela qual esta responsável, deste modo tem responsabilidades acrescidas. Estes enfermeiros servem de elo de ligações. Entre as responsabilidades acrescidas podem se aferir algumas: pedir material em falta, anotar acontecimentos, fazer gestão de recursos humanos entre outros. Esta organização funciona de maneira eficiente, pois cada a organização está bem definida e conhecida pelos profissionais.

O horário dos enfermeiros é fixo e com horários definidos para a concretização de cada programa/ação, por este motivo a gestão dos cuidados torna-se mais eficaz e normalizada mas sempre com capacidade de flexibilidade, deste modo e seguindo os horários definidos efetuei marcação de consultas programadas.

Todas as equipas têm facilidades no componente de acesso, nomeadamente tem a possibilidade de contacto com a USF por telefone, tem horário de atendimento de telefone de enfermeiro e médico, também existe a possibilidade de entrar em contacto via e-mail com a secretaria administrativa, enfermeira ou médico. O horário da equipa contempla períodos pré-definidos para o atendimento presencial, para o atendimento por telefone e por email.

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18 Neste momento, a USF Santa Joana encontra-se em processo de acreditação pela agência de Calidad sanitária de Andalucía (ACSA), assim tive a possibilidade de cooperar na elaboração do manual de procedimentos: procedimento consulta infanto juvenil (2019) para a acreditação em curso da presente unidade. Segundo o estudo realizado por Manzo, Brito, Corrêa (2012) um dos aspetos negativos da acreditação é o estresse das equipas multidisciplinares, mas esse estresse pode ser atenuado pelo aumento do conhecimento e valorização do trabalho desenvolvido. De facto, pude constatar que graças as características da equipa presentes na análise SWOT (APENDICE A), a equipa conseguiu aguentar o estresse inerente a esta atividade. Pude presenciar uma avaliação externa de riscos e auditorias internas a inúmeros procedimentos internos, tais como a correta identificação do utente, registos e cumprimento dos procedimentos normalizados.

Na área da gestão dos recursos materiais, este é gerido por duas enfermeiras responsáveis apesar de existir cooperação de outros enfermeiros quando se justifica. Sempre que é retirado material da farmácia avançada é necessário dar baixa no programa informático GLINTT. É verificada a quantidade de material existente e requisitado mais material de forma a evitar rotura de stock. O stock era reposto normalmente ás quartas feiras. Verifiquei que por vezes o material pedido não era fornecido, nomeadamente o material de pensos. Pude cooperar e dar baixa no programa informativo de dei baixa da farmácia avançada.

Chiavenato e Sapiro (2003) defendem que os pontos fortes devem apresentar fatores positivos que realcem a instituição, pontos fracos devem representar desvantagens em relação a concorrentes, oportunidades aspetos externos competitivos e ameaças aspetos externos negativos.

Em relação a análise SWOT (APENDICE A), posso afirmar que existem dois pontos fortes, A experiência da equipa e a boa organização/companheirismo. Estes pontos fortes são importantes para oportunidades existentes. O processo de acreditação em curso bem como a formação diferenciada. Apesar da boa organização da equipa, o material informático insuficiente tornava a tarefa mais complicada. Os pontos fracos eram ampliados e justificado pela insuficiência de material mas também pela falta de disponibilização de verbas. Existiam falta de salas, o que por vezes tornava difícil agilizar as consultas mas também por falta de material (material de pensos, material de emergência e afins). O Sistema informático nomeadamente o SClínico a meu ver é um ponto fraco pois não é intuitivo e apresenta muitas falhas técnicas e de parametrização.

Segundo OE (2014), cada USF deve ter no máximo 1500 utentes ou 1917 unidades ponderada. Esta situação foi colmatada através da introdução de incrementos associados a um aumento de carga horaria de 2 horas. A cada 55 UP esta associado 1 unidade de

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19 contratualização. Deste modo podemos afirmar que a nível na presente USF existe 4,6 unidades de contratualização.

A USF Santa Joana não possui uma carteira adicional.

Relativamente à avaliação de desempenho de acordo com o Sistema Integrado de gestão e Avaliação do Desempenho da Administração Pública (SIADAP) é aplicada na USF, ou seja cada enfermeiro tem indicadores que se compromete a cumprir. Deste modo, serve de avaliação em termos de indicadores.

Deste modo posso afirmar que o objetivo geral III foi cumprido, consegui atingir as seguintes competências do enfermeiro de cuidados gerais da OE (2015): 28 - Atua como um recurso para os indivíduos, para as famílias e para as comunidades que enfrentam desafios colocados pela saúde, pela deficiência e pela morte.29- Apresenta a informação de forma clara e sucinta; 66-Utiliza a tecnologia de informação disponível, de forma eficaz e apropriada; 70- Garante a segurança da administração de substâncias terapêuticas; 74- Estabelece e mantém relações de trabalho construtivas com enfermeiros e restante equipa; 80- Delega noutros, atividades proporcionais às suas capacidades e ao seu âmbito de prática; 83- Promove e mantém a imagem profissional da Enfermagem; 88- Assume responsabilidades de liderança quando for relevante para a prática dos cuidados de Enfermagem e dos cuidados de saúde;

OBJETIVO IV- Consolidar conhecimentos e competências ao nível cientifico, técnico e relacionais :

Como é expetável, surgiram dificuldades e dúvidas relativamente a algumas consultas e ensinos. Graças a disponibilidade dos profissionais associado a bibliografia consultada consegui atualizar o meu conhecimento e melhorar a prestação de cuidados colmatando as necessidades dos clientes de forma eficiente.

Segundo Pereira (2016), a prática baseada na evidência é “processo através do qual as enfermeiras tomam decisões clínicas usando a melhor evidência científica, a sua experiência clínica e as preferências do paciente, no contexto dos recursos disponíveis.” De acordo com Pearson (2010, 123), “os cuidados de saúde baseados na evidência resultam de um processo contínuo que suscita interrogações, preocupações ou interesses a partir da identificação das necessidades globais de cuidados de saúde quer por técnicos, quer por clientes”.

Seguindo a mesma linha de pensamento e segundo o Código Deontológico, o enfermeiro deve manter a atualização contínua dos conhecimentos, sem esquecer a formação permanente e aprofundada nas ciências humana

Segundo a OE (2011), dos domínios da competência dos enfermeiros é a prática profissional, ética e legal. Deste modo é necessário associar um modelo bioético,

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20 nomeadamente o modelo principialista para atingir os domínios suprarreferidos. Perante uma sociedade que está sempre em evolução tecnológica no âmbito da saúde, por vezes o foco tende a afastar-se de âmbitos importantes. Este modelo é composto por quatro pilares, segundo Rodrigues (2015) estes são o princípio da autonomia; princípio da beneficência; princípio da não maleficência e princípio da justiça.

O cuidado prestado ao cliente foi sempre aplicado tendo em base este modelo, deste modo mantém se a humanização do cuidado e a melhoria do conhecimento.

Em relação a aquisição das competências em enfermagem é uma construção continua e complexa que se inicia por pequenos passos e com dedicação para chegar ao nível da excelência dos cuidados de enfermagem.

Phaneuf (2005) a base da competência profissional de enfermagem reside, em primeiro lugar, nas qualidades pessoais, ou seja, na personalidade do enfermeiro, que é determinante para a aquisição de formação e experiência.

Deste modo e com este estágio consegui obter atingir competências que foram descritas ao longo dos objetivos abordados.

Deste modo posso afirmar que o objetivo geral IV foi cumprido, consegui atingir as seguintes competências do enfermeiro de cuidados gerais da OE (2015): 2- Reconhece os limites do seu papel e da sua competência; 12- Aborda de forma apropriada as práticas de cuidados que podem comprometer a segurança, a privacidade ou a dignidade do cliente; 20- Aplica os conhecimentos e as técnicas mais adequadas na prática de enfermagem; 35- Participa nas iniciativas de promoção da saúde e prevenção da doença, contribuindo para a sua avaliação; 38- Fornece informação de saúde relevante para ajudar os indivíduos, a família e a comunidade a atingirem os níveis ótimos de saúde e de reabilitação; 53- Implementa os cuidados de Enfermagem planeados para atingir resultados esperados 96- Aproveita as oportunidades de aprender em conjunto com os outros, contribuindo para os cuidados de saúde.

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CONCLUSÃO

Posso constatar que este Ensino clínico foi uma mais valia para a minha formação, pois pude experienciar inúmeras situações que me conseguiram dar uma visão completamente diferente em relação aos cuidados ao cliente. O Ensino clínico deu-me a oportunidade de conseguir atingir os objetivos a que me tinha proposto. De facto, pude constatar a importância da área da prevenção em cuidados de saúde primários para deteção e redução da mortalidade e morbilidades da população. Durante este período, experienciei inúmeras situações que me enriqueceram a nível pessoal e profissional.

Senti dificuldade inicialmente com o SClínico pois ele não é intuitivo e apresenta muitas falhas, a semelhança do programa estatístico da USF, pois este também não é intuitivo e não apresenta dados de forma sintetizada. Tive dificuldades em algumas particularidades dos planos nacionais de saúde mas consegui adaptar-me. Sempre que tive dúvidas, questionei os profissionais que me demonstraram técnicas para agilizar e melhorar os cuidados. Deste modo, eu ultrapassei as dificuldades e os obstáculos que encontrei. Devido às dificuldades sentidas, desenvolvi competências de autocrítica e capacidades para melhorar o meu método de trabalho, tendo sempre em vista uma visão holística e individualizada de cada cliente. Pude também melhorar a minha componente comunicacional e relacional.

Deste modo, consegui atingir os objetivos propostos através do esforço, humildade e dedicação inerente a profissão que pretendo desempenhar no futuro.

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APENDICE A- ANÁLISE SWOT

ANÁLISE SWOT

Pontos Fortes Pontos Fracos

Equipa Experiente Boa organização e companheirismo Pequenas instalações Falta de material Sistema de informatização ainda com muitas falhas na parametrização, Oportunida des Formação diferenciadas x Acreditação X X Ameaças Falta de disponibilização de verbas x X Material Informático Insuficiente X X

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ANEXO A- TIPOS DE INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM

Figura 2-Tipos de intervenção de enfermagem Fonte: Modulo de informação e Monitorização das unidades funcionais

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ANEXO B- PROTOCOLO DA CONSULTA DE SAÚDE

Referências

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