• Nenhum resultado encontrado

Prática de leitura: um desafio permanente na docência.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Prática de leitura: um desafio permanente na docência."

Copied!
57
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES

UNIDADE ACADÊMICA DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA

DYLAMARA GOMES DE ALMEIDA SICUPIRA

PRÁTICA DE LEITURA:

UM DESAFIO PERMANENTE NA DOCÊNCIA

CAJAZEIRAS - PB

2007

(2)

PRÁTICA DE LEITURA:

UM DESAFIO PERMANENTE NA DOCÊNCIA

Monografia apresentada ao Curso de

Licenciatura em Plena em Pedagogia do

Centro de Formação de Professores da

Universidade Federal de Campina

Grande, como requisito parcial para

obtenção do título de Licenciada em

Pedagogia.

Orientadora: Professora Ma. Maria Gerlaine Belchior Amaral.

CAJAZEIRAS - PB

2007

(3)
(4)

PRATICA DE LEITURA: Um desafio permanente da docencia

B A N C A E X A M I N A D O R A Prof. Prof. C A J A Z E I R A S - PB • UNiVERSIDADE FEDERAL M a i o / 2 0 0 7 D E CAMPINA GRANDE

CBHRO OE FORMACAO OE PROFESSORES

(5)

U m e x c e l e n t e e d u c a d o r nao e u m ser h u m a n o perfeito, m a s a l g u e m q u e tern s e r e n i d a d e para se esvaziar e sensibiiizar para aprender.

(Autor D e s c o n h e c i d o )

"Nao importa o t a m a n h o d o s nossos o b s t a c u l o s , m a s o t a m a n h o da motivagao que t e m o s para supera-los"

(6)

compreensao, a minha filha, pela

colaboragao e entendimento dos

desencontros desta Jornada e aos

meus pais, pelo apoio nas horns

dificeis e as palavras de firmeza

necessarias e encorajadoras, aos

colegas academicos, professores,

pelo apoio no momento de

aprendizagem e • a amizade

soiidificada ao longo deste trabalho,

que certamente se eternizara, nesta

importante etapa em minha vida.

UNWERSIDADE FEDERAL

np CAMPiNAGRANDt

(7)

A Deus, por tudo que fui, sou e serei;

A minha familia, pelo incentivo dedicado;

A meu esposo e filha, que estiveram presentes em todos os momentos

dificeis e alegres;

Ao corpo Docente, que presenciou minha luta e colaborou firmemente

na realizacao deste curso;

Aos colegas, pela compreensao e apoio durante a nossa convivencia

academica;

Aos meus amigos de trabalho pela motivacao e companheirismo durante

o dia-dia.

Em fim, a todos que direto ou indiretamente contribuiram para a minha

aprendizagem profissional, social e cultural.

(8)

O trabalho ora a p r e s e n t a d o intitula-se: Pratica d e Leitura: u m desafio p e r m a n e n t e da d o c e n c i a q u e realizou-se e m u m a escola d a rede Estadual d e S o u s a - P B . O projeto tentara exercer u m papel decisivo na d i n a m i c a intelectual d a s crianeas, na tentativa d e f a v o r e c e r a d e s c o b e r t a , pelo aluno, d a relevancia d a leitura, d e s e n v o l v e n d o suas c o m p e t e n c i a s e habilidades intelectuais. O interesse d e s s a t e m a t i c a , surge a partir d a s dificuldades e n e c e s s i d a d e s enfrentadas e m sala d e a u l a . Portanto, t e m o s c o m o finalidade p r o m o v e r o habito d e leitura e proporcionar c o m p e t e n c i a para a escrita d o aluno. N e s s e sentido, a reflexao sobre a nossa pratica e f u n d a m e n t a l para p o d e r m o s esclarecer a o s e d u c a d o r e s , o sentido d a s novas praticas. M e s m o cientes d a s barreiras e n f r e n t a d a s n a e d u c a c a o , o c o m p r o m i s s o c o m a c a u s a , u m querer mudar, e e s s e n c i a l . E v i d e n c i a m o s a n e c e s s i d a d e d e t e r m o s responsabilidades e c o n s c i e n c i a e m relagao a pratica p e d a g o g i c a .

IMVERSIDADE FEDERAL DECAMPINA GRANDE raOROm FORMACto DE PROFESSORES

(9)

I N T R O D U C A O 09 C A P I T U L O 1 A D E F I C E N C I A D E L E I T U R A , P O R T A D O R A DE 13 P R E C O N C E I T O E D I S C R I M I N A C A O 1.1 Classe social 14 1.2 Processo d e a p r e n d i z a g e m 16 1.3 c o m p r e e n s a o e sensibilidade do professor 18 C A P I T U L O 2 L E I T U R A U M A D A S D I F I C U L D A D E S E N C O N T R A D A S N A S 2 0 E S C O L A S 2.1 A leitura c o m o objeto da a p r e n d i z a g e m 21 2.2 Importancia d a leitura 24 2.3 Leitura: d e v e r ou prazer? 2 8 C A P I T U L O 3 C O N T R I B U I C A O C O M R E L A C A O A P R A T I C A D E L E I T U R A 30 D O S D O C E N T E S A O S D I C E N T E S

3.1 A c a o d o c e n t e contribuir para q u e a escola c u m p r a a sua f u n c a o 32 3.2 Utilizacao d e materiais didaticos para d e s e n v o l v e r a pratica d e leitura .... 33

3.3 Analise da intervencao p e d a g o g i c a 34

C O N S I D E R A C O E S FINAIS 38

R E F E R E N C E S 4 0 A N E X O S

(10)

O trabalho a p r e s e n t a d o , resulta de u m a pesquisa feita por exigencia da disciplina Pratica d e Ensino e Estagio S u p e r v i s i o n a d o , c o m o requisito para c o n c l u s a o d o curso d e Licenciatura Plena e m P e d a g o g i a , da Universidade Federal d e C a m p i n a G r a n d e , vinculado a Unidade A c a d e m i c a d e E d u c a g a o , C a m p u s d e Cajazeiras.

A pesquisa surgiu originalmente para atender as n e c e s s i d a d e s especificas identificadas j u n t o a o n o s s o alunado c o m relacao a falta d e interesse pela leitura. A efetivacao da pesquisa ocorre na Escola Estadual d e Ensino F u n d a m e n t a l I e II, cujo o n o m e e Batista Leite, localizada no m u n i c i p i o d e S o u s a . A o n d e t o d a s as o b s e r v a c o e s e a c o e s estao s e n d o aplicadas na 1° serie inicial. A pesquisa t e v e inicio no m e s d e fevereiro d e 2 0 0 6 c o m g r a n d e a v a n g o d u r a n t e t o d o o s e u percurso e finalizaremos e m 2 0 0 7 no m e s de abril, c o m a expectativa d e u m a g r a n d e vitoria alcangada e m atingir nosso objetivo.

O nosso interesse e m pesquisar acerca d e s s a t e m a t i c a , surge a partir das dificuldades e n e c e s s i d a d e s enfrentadas e m sala d e a u l a . C o m a perspectiva de minimizar estes p r o b l e m a s existentes no d o m i n i o da leitura nas series iniciais d o Ensino F u n d a m e n t a l . Portanto, t e m o s c o m o finalidade d e s e n v o l v e r o habito d e leitura e proporcionar c o m p e t e n c i a para a escrita d o aluno d e escolas publicas.

Esta pesquisa se caracteriza c o m u m estudo exploratorio. P o r q u e pretende ter u m a visao p a n o r a m i c a d o objeto d o e s t u d o , o u seja, quais as dificuldades d o ensino d a leitura no Ensino F u n d a m e n t a l da Escola Batista Leite.

Esta investigagao foi realizada na perspectiva da pesquisa qualitativa q u e e s t a b e l e c e relacao entre o f e n o m e n o e s t u d a d o e o social.

No decorrer d a s atividades sobre leitura desenvolvida c o m as ciencias, utilizaremos textos c o n s i d e r a n d o e m primeiro lugar s e u s diferentes tipos, pois eles podera abrigar f o r m a s v a r i a d a s d e e x p r e s s a o , d e p o i s a a d e q u a g a o ao leitor d e p e n d e n t e d e u m lado d a inteligibilidade d o material, e de outro da m a t u r i d a d e e disponibilidade d o aluno.

(11)

Utilizaremos materials d e recursos didaticos c o m o por e x e m p l o ; revistas, jornais, rotulos, historias e m q u a d r i n h o s , c o n t o s , m u s i c a s , poesias e muitas outras coisas. C o m a intencao d e p r o m o v e r o d e s e n v o l v i m e n t o do c o n h e c i m e n t o da leitura por meio da a c a o construtiva.

O nosso projeto d e leitura tentara exercer u m papel decisivo da d i n a m i c a intelectual d a s criangas e n q u a n t o u m meio e nao u m f i m .

Na tentativa d e favorecer a d e s c o b e r t a , pelo aluno, d a relevancia da leitura, d e s e n v o l v e n d o s u a s c o m p e t e n c i a s e habilidades intelectuais. Nossa a b o r d a g e m mostrara q u e nao ha u m m a n u a l d e leitura a ser seguido e m sala d e sula. O q u e se faz, e n t a o ? S i m p l e s , naturalmente, le-se c o n s t a n t e m e n t e d u r a n t e o dia e m fungao d o s objetivos d a escola e d o s projetos existentes. E lendo q u e : c o m u n i c a m o s c o m o exterior; d e s c o b r i m o s as informagoes d a s quais se necessita; alimenta e estimula o imaginario e r e s p o n d e a n e c e s s i d a d e d e viver c o m os outros, na sala d e aula, na escola e na s o c i e d a d e .

P e r c e b e - s e que varias criancas, no m o m e n t o da leitura oral, se inibem, n e g a n d o - s e a ler. Isso a c o n t e c e , por elas nao se sentirem confiantes no e n t e d i m e n t o d o q u e e s t a o lendo ou s i m p l e s m e n t e por nao s a b e r e m realmente ler, sofrendo d e s s a m a n e i r a , c o n s e q u e n c i a s d e f o r m a indireta, o preconceito e a descriminagao da propria instituigao escolar.

Diante d a s experiencias d o s professores e m relacao a leitura, q u e meios p o d e r a o ser u s a d o s para minimizar as dificuldades existentes e m sala d e aula? Quais situacoes estimuladoras q u e o professor devera utilizar para despertar no aluno o g o s t o pela leitura?

Ja q u e as lamentagoes e m todos os niveis d e ensino, e q u e os a l u n o s n a o g o s t a m ou nao s a b e m ler.

C o m o trabalhar a leitura c o m quern ainda nao c o n s e g u e m decifra-la? C o m o trabalhar a leitura c o m quern j a tern u m c o n h e c i m e n t o previo da leitura? Q u e medida

(12)

adotar para q u e as tradicionais praticas d e leitura se t r a n s f o r m e m n u m processo d e letramento?

Iniciaremos nosso projeto c o m o objetivo d e contribuir para o aperfeigoamento da pratica da leitura d o c e n t e , m a s c o m relagao as dificuldades d e leitura e n c o n t r a d a s na escola. E d e f o r m a s c o m p r o m i s s a d a s , buscar solugoes q u e m i n i m i n i z e m as dificuldades v i v e n c i a d a s pelos d o c e n t e s no tocante a aquisigao d e leitura.

N e s s e sentido, a reflexao sobre a n o s s a pratica e f u n d a m e n t a l para p o d e r m o s esclarecer para nos m e s m o s e d u c a d o r e s o sentido d a s novas praticas. M e s m o cientes d a s barreiras enfrentadas na e d u c a g a o q u e f o r a m a p o n t a d a s anteriormente, o c o m p r o m i s s o c o m a c a u s a , u m querer mudar, e e s s e n c i a l .

E v i d e n c i a m o s as n e c e s s i d a d e s d e t e r m o s responsabilidades e consciencia e m relagao a pratica p e d a g o g i c a .

A s s i m e s t a r e m o s contribuindo para m u d a r o q u e a i e s t a . A l e m d a consciencia critica, p r e c i s a m o s a i n d a , d e sensibilidade para saber aproveitar a "historia previa" d o s a l u n o s e m v e z d e ignora-los, sensibilidade para p e r c e b e r - m o s a importancia da n o s s a a t u a g a o , n a o so no sentido d e diagnosticar p r o b l e m a s , m a s d e buscar f o r m a s para intervir e f i c a z m e n t e na solugao d o p r o b l e m a .

D e s s a f o r m a , q u e r e m o s dizer q u e p r e c i s a m o s dar atengao, sistematizar trabalhos, contribuir para q u e a escola c u m p r a a sua f u n g a o d e s d e a 1a serie, d a n d o

c o n t i n u i d a d e nas series seguintes. Isso por e n t e n d e r m o s q u e , q u a n d o a estrutura d a c a s a e solida, o resto da construgao nao se a b a l a c o m a c h a g a d a d a s t e m p e s t a d e s . Q u a n d o o d e s e n v o l v i m e n t o d a s linguagens s a o b e m t r a b a l h a d a s nas series iniciais, ha u m a i m e n s a contribuigao para o d e s e n v o l v i m e n t o cognitivo posterior d o aluno.

P a r e c e - n o s importante esclarecer, nesse m o m e n t o , q u e c o n c e b e m o s a alfabetizagao c o m o u m p r o c e s s o ativo d e leitura e interpretagao, o n d e a crianga nao so decifra o c o d i g o escrito m a s t a m b e m o c o m p r e e n d e , estabelece relagoes, interpreta.

(13)

D e s s e ponto d e vista, alfabetizacao nao se restringe a aplicagao d e rituais repetitivos d e escrita, leitura e calculo, m a s c o m e g a no m o m e n t o da propria e x p r e s s a o , q u a n d o as criangas f a l a m d e sua realidade e identificam os objetos q u e estao ao seu redor s e g u n d o nosso e n f o q u e , pois, alfabetizacao ou seja a p r e n d e r a ler nao se c o n f u n d e c o m u m m o m e n t o q u e se inicia r e p e n t i n a m e n t e , m a s e u m p r o c e s s o e m construgao.

C o m este trabalho p r e t e n d e m o s aprimorar n o s s o s c o n h e c i m e n t o s , b e m c o m o d e s p e r t a r nos alunos o g o s t o pela leitura, trazer para o d e b a t e educacional a d i s c u s s a o da importancia da leitura a socializar experiencias c o m outros e d u c a d o r e s q u e t a m b e m c o m p a r t i l h a m d e s s e s p r o b l e m a s .

Este trabalho dividese e m tres partes distintas, a saber: na primeira parte e n c o n t r a -se a repre-sentagao d a pesquisa; ressaltando os objetivos e a importancia do presente e s t u d o ; No primeiro capitulo, discutimos s o b a eficiencia d e leitura, portadora d e preconceito e discriminagao, o n d e e s t a r e m o s a b o r d a n d o os seguintes a s s u n t o s : classe social, p r o c e s s o de a p r e n d i z a g e m , c o m p r e e n s a o e sensibilidade do professor. N o s e g u n d o capitulo, f a l a m o s s o b r e leitura. U m a d a s dificuldades e n c o n t r a d a s nas escolas d a n d o e n f a s e a leitura c o m o objeto d a a p r e n d i z a g e m , importancia da leitura, leitura: d e v e r ou prazer? E por f i m , o terceiro capitulo, contribuigao c o m relagao a pratica d e leitura d o s d o c e n t e s aos discentes. A p r e s e n t a n d o e discutindo os d a d o s ; c o m o a agao d o c e n t e p o d e contribuir para que a escola c u m p r a a sua fungao; reflexao junto c o m os professores d a escola Batista Leite acerca d a s praticas d e leitura, utilizagao d e materials didaticos para d e s e n v o l v e r a pratica d a leitura.

(14)

1 - A D E F I C I E N C Y D E L E I T U R A , P O R T A D O R A D E P R E C O N C E I T O E D I S C R I M I N A C A O

" S o m o s criadores e v i t i m a s d o sistema social q u e valoriza o t e r e n a o o ser, a estetica e n a o o c o n t e u d o , o c o n s u m o e nao a s ideias"

( A u g u s t o Cury)

A escola e u m lugar d e f o r m a g a o , n a o s o m e n t e p o r q u e constitui a s p e s s o a s d e u m a d e t e r m i n a d a f o r m a , c o m o e proprio d e qualquer t r a b a l h o , m a s principalmente porque o produto d o seu trabalho e a f o r m a c a o d e criangas e j o v e n s .

C o m p r o v a m o s q u e alguns professores s a o d e certa f o r m a a l i e n a d o s , no q u e d i z respeito a o trabalho exercido pela escola, na f o r m a g a o educacional d a crianga. N a o s a b e n d o conduzir a questao d a qualidade d o ensino, atrelando-a a n e c e s s i d a d e a c a p a c i d a d e d o aluno. Hoje, praticamente, n a o ha d i s c u s s a o c o m d o c e n t e s sobre r e c u p e r a g a o ; o u sobre a q u e s t a o d a m a f o r m a g a o d o aluno; d e u m a deficiencia indefinida e m sala e s p e c i f i c a m e n t e d e u m a deficiencia d e leitura n a o a n a l i s a n d o o seu ponto d e o r i g e m .

H a v e n d o u m g r a n d e risco neste raciocinio, porque e l e s e abstraiu d o tipo d e qualidade a q u e esta referindo aquele aluno, p o d e n d o gerar u m a serie d e polemicas. Na m e d i d a e m q u e a s referencias d o aluno v a r i a m d e a c o r d o , c o m s u a serie, s u a o r i g e m , valores, s e u s interesses e ideias.

P o d e n d o proporcionar u m preconceito e u m a forte discriminagao.

G e r a n d o u m f r a c a s s o d o aluno e u m a visao inferiorizada no meio escolar, por s e sentirem i n c a p a z e s d e conseguir u m a a p r e n d i z a g e m a d e q u a d a a o s e u nivel d e serie escolar, s e n d o muitas v e z e s rotulados no seu meio social.

O trabalho d o professor, entao, n a o e o d e contrariar a s hipoteses iniciais insuficientes d a leitura d o s alunos, m a s oferecer, g r a d u a l m e n t e , o material d e fato

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CEMTRO OE FORMACAO DE PROFESSORES SIBUOTECA SETORiAL

(15)

necessario e a s condigoes d e trabalho satisfatorias para a c o n s t r u c a o , pelas proprias criangas, d e s s a s hipoteses sucessivas.

A construgao d e u m a perspectiva p e d a g o g i c a d a alfabetizagao d e v e envolver, e n t a o , d e u m lado, o esforgo d o s professores no sentido d e f a l a r e m sobre s u a s dificuldades e, d e outro lado, o c o m p r o m i s s o d o s p e s q u i s a d o r e s d e d i r e c i o n a r e m s e u s estudos para o s mais a g u d o s p r o b l e m a s da pratica escolar.

1.1 C l a s s e s o c i a l

E c o m a universalizagao d a escolarizagao q u e surge o f r a c a s s o escolar. A escola n a o estava preparada para atender a t o d o s . S e u s objetivos e pianos e s t a v a m v o l t a d o s para a f o r m a g a o d e excelencias, d e h o m e m d e b e m e m q u e p e n s a r i a m a s o c i e d a d e h e g e m d n i c a d a e p o c a d e q u e u n s n a s c i a m para pensar, outros para executar. A populagao desfavorecida e r a considerada u m povo s e m cultura, q u e precisava s e r civilizado, o u seja, s e r esculturado. M a s e s t e q u a d r o , j a v e m s e n d o m o d i f i c a d o g r a d u a l m e n t e , t e n t a n d o corrigir o n o s s o livro d o p a s s a d o .

O contexto escolar deveria s e r o local p o r excelencia d a s tentativas proprias d e solugao d e p r o b l e m a s , s e g u i d a s d e u m e x a m e critico p o r parte d o professor. S e e v e r d a d e q u e e v e n t u a l m e n t e a p r e n d e m o s d e t o d o s a q u e l e s q u e n o s r o d e i a m , e

inegavel q u e o s professores e a s e s c o l a s tern no ensino e n a a p r e n d i z a g e m n a o u m a meta e v e n t u a l , m a s a razao de ser d e seu trabalho.

N e s s e sentido, a reflexao s o b r e a nossa pratica e f u n d a m e n t a l para p o d e r m o s esclarecer, para n o s m e s m o s , e d u c a d o r e s , o sentido d e n o s s a s agoes, a s c o n c e p g o e s q u e norteiam a nossa pratica, m e s m o antes d a s barreiras enfrentadas na e d u c a g a o e o r a a p o n t a d a s , o c o m p r o m i s s o c o m a c a u s a , u m querer mudar, e s s e n c i a l .

E c o m a a p r e n d i z a g e m , q u e a crianga p o d e construir a s u a identidade e d a r u m significado a sua v i d a .

UNtVERSIDADE FEDERAL

DE CAMPINA GRANDE

CEMTRO DE FORMACAO DE PROFESSORES IfUOtiCASHOfWL

(16)

A o analisar sua produgao de c o n h e c i m e n t o , sobre seu m u n d o letrado, e q u e o professor podera despertar o prazer e a importancia do e n t e n d i m e n t o da leitura para aquela crianga.

T e m o s q u e aceitar o desafio proposto no m u n d o da e d u c a g a o q u e e f o r m a r criangas leitoras e m t o d o s s e u s significados nao se i m p o r t a n d o c o m seu nivel cultural.

Nos professores p r e c i s a m o s construir u m a m b i e n t e s e g u r o e de qualidade para facilitar a a p r e n d i z a g e m d a leitura, entao para q u e isso possa a c o n t e c e r e necessario c o n h e c e r m e l h o r o s alunos. T e m o s q u e possuir u m a visao global sobre a f a s e do d e s e n v o l v i m e n t o fisico e psicologico no qual a t u r m a esta. E f u n d a m e n t a l o professor c o n h e c e r a realidade social e m que v i v e m os a l u n o s , isso se torna mais facil q u a n d o a propria escola recruta os e d u c a d o r e s q u e m o r a m por perto, e portanto, v i v e n c i a m p r o b l e m a s s e m e l h a n t e s .

P r e c i s a m o s e n t e n d e r e aceitar q u e t e m o s u m a populagao f o r m a d a por diversos g r u p o s e t n i c o s , cada u m deles c o m seus c o s t u m e s , s e u s ritmos, s u a s crengas, suas condigoes financeiras variadas e muitas o u t r a s coisas. D e v e m o s valorizar d e v e r d a d e e s s a diversidade, tanto pela s o c i e d a d e c o m o pela e s c o l a .

"Falar e m diversidade significa constatar as varias diferengas s o c i o - e c o n o m i c a s socio-culturais". A f i r m a Roseli F i s c h m a n n , professora d e pos-graduagao da F a c u l d a d e d e Educagao d a Universidade d e S a o Paulo.

A classe social nao implicara no fato d e a p r e n d e r a ler e s e u s significados, ou seja, aquela crianga q u e v e m d e u m a o r i g e m p o b r e ; pobre de cultura, espirito, f i n a n c e i r a m e n t e e outras p o b r e z a s existentes. N a o p o d e m o s e m hipotese n e n h u m a rotula-las de incapazes d e a p r e n d e r diferenciando-as d e outras criangas que p o s s a m ter a classe social superior.

Leitura e para t o d o s , nao i m p o r t a n d o quern vai aprender.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

(17)

A tarefa m a i s importante d a nossa pratica educativa e d o a p r e n d e r a ler e c o m isso proporcionar a s condigoes favoraveis e m q u e o s e d u c a n d o s s a i b a m se relacionar c o m os outros e enfrentar o m u n d o competitivo q u e os e s p e r a .

P o d e n d o a s s i m , a s s u m i r - s e . C o n c o r d a m o s c o m Freire ( 1 9 9 6 , p. 4 1 ) , q u a n d o diz:

Assumir-se como ser social e historico como ser pensante, comunicamente, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de ter raiva porque capaz de amar. Assumir-se como sujeito porque capaz de reconhecer-se como objeto. A assungao de nos mesmos nao significa a exclusao dos outros. E a "outredade" do "nao eu", ou do tu, que me faz assumir a radicalidade de meu eu.

1.2 P r o c e s s o d e a p r e n d i z a g e m

T r a n s f o r m a r u m a escola e m u m a c o m u n i d a d e d e a p r e n d i z a g e m e u m processo d e inovagao q u e leva o s professores a u m trabalho d e pesquisa-agao c o m a finalidade d e elaborar u m n o v o projeto educativo comunitario.

A escola d e v e ter seu proprio p r o g r a m a e d u c a c i o n a l b a s e a d o na realidade v i v e n c i a d a por e l a . D e v e m o s trabalhar c o m m e t o d o l o g i a s a d e q u a d a s , procurando alternativas didatico-metodologicas para as aulas. T o r n a n d o - a s criativas, prazerosas e facilitadora o n d e p o s s a despertar no aluno o g o s t o pela leitura e a p r e n d i z a g e m .

D e v e m o s inicialmente realizar u m trabalho e m q u e cada crianga tera possibilidade d e aprender, d e realizar atividades ludicas, m o t i v a d o r a s e d e s a f i a n t e s , d e s c o b r i n d o , no seu dia-a-dia novas situagoes e a p r e n d e n d o o q u e o meio o s o f e r e c e .

Explorar a s i m a g e n s , questionado e criando situagoes p r o b l e m a s , para q u e a crianga reflita sobre elas. Aproveitar para d e s e n v o l v e r atividades diversas q u e p e r m i t a m a c o m p r e e n s a o da leitura e toda c o m p r e e n s a o do s e u significado.

A p o s a leitura, e c o n v e n i e n t e realizar d e b a t e s , a exploragao v e r b a l , duvidas d e significados enfatizando trabalhos d e leitura c o m a identidade d a crianga.

UNIVERSIDADE FEDERAL

DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE FORMACAO DE PROFESSORES

IIBLIOTICA SETORWL

(18)

"Tudo o q u e se ensina na escola esta diretamente ligada a leitura e d e p e n d e dela para se m a n t e r e se desenvolver". A s s i m fala Cagliari ( 1 9 9 4 , p. 149). Pois e atraves dela q u e a crianga dar a s a s a sua imaginagao, criando s e u proprio texto.

E importante q u e o professor priorize novos m e t o d o s e d u c a c i o n a i s , q u e p o s s a m ser facilitadores d o processo d e ensino e d e a p r e n d i z a g e m , para q u e o s estudantes p o s s a m atingir a m e t a d e s e j a d a . E ainda q u e atraves d e c o n h e c i m e n t o d a leitura v e n h a tornar-se c i d a d a o s criticos.

Minha posieao q u a n t a ao significado q u e atribuo a alfabetizacao ( c o m o processos d i n a m i c o s q u e c o n v e r g e m para a construgao d e u m objeto d e c o n h e c i m e n t o , c o n c r e t i z a n d o - s e e m u m produto q u e e e x a t a m e n t e a leitura e a escrita) e, d e certa f o r m a , u m a b u s c a d e superar o a n t a g o n i s m o q u e c o r r e m o s o risco d e cristalizar-se se c o n t i n u a r m o s a insistir n e s s a dicotomia: ou se e n s i n a passiva e m e c a n i c a m e n t e as criangas a ler e escrever ou se possibilita s e u contato e convivio c o m produgoes f a v o r e c e n d o sua construgao ativa e d i n a m i c a da l i n g u a g e m escrita.

Para o d o m i n i o efetivo da leitura e da escrita acontecer, e preciso existir a c o m p r e e n s a o de q u e a l i n g u a g e m escrita tern u m a s p e c t o simbolico (as palavras r e p r e s e n t a m , significam, q u e r e m dizer coisas, s e n t i m e n t o s , ideias), m a s e preciso haver t a m b e m aquisigao d o s m e c a n i s m o s basicos d e s s e codigo, d o contrario nao se le e nao se e s c r e v e . A s s i m , o problema nao e tanto se d e v e m f a z e r "exercicios" na a p r e n d i z a g e m d a leitura e d a escrita: e preciso q u e eles e s t e j a m vinculados a u m c o n t e x t o , q u e s e j a m u m a estrategia u s a d a d e n t r e as d e m a i s , evitando-se q u e as criangas a p e n a s repitam exercicios indefinidamente s e m c o m p r e e n d e r para o n d e e s t a o indo, qual e o significado d o q u e fazer, o q u e e ler e escrever, qual e a fungao d a leitura. E e s s a c o m p r e e n s a o d o significado nao so p o d e c o m o t a m b e m d e v e ser t r a b a l h a d a na produgao e na utilizagao direta d e materials e textos escritos (jornais, livros, cartas, bilhetes, a l b u n s , cartazes).

(19)

1.3 C o m p r e e n s a o e s e n s i b i l i d a d e d o p r o f e s s o r

"Ensinar e u m g e s t o d e g e n e r o s i d a d e , h u m a n i d a d e e humildade".

Para q u e p o s s a a c o n t e c e r u m b o m d e s e m p e n h o d a a p r e n d i z a g e m d o s a l u n o s , e f u n d a m e n t a l q u e haja entre o corpo d o c e n t e e discente u m relacionamento respeitoso. O n d e o professor possa exercer e s s a fungao s e m s e valer d a s u a posigao d e autoridade, ele e visto c o m o u m m e d i a d o r d o c o n h e c i m e n t o , diante d o a l u n o q u e e o sujeito d a s u a propria f o r m a g a o . O a l u n o precisa construir e reconstruir c o n h e c i m e n t o a partir d o q u e faz. Para isso, o professor t a m b e m precisa ser curioso, b u s c a r sentido para o que f a z e apontar novos sentidos para o q u e fazer d o s seus a l u n o s . Ele deixara d e s e r s o m e n t e u m t r a n s m i s s o r d e c o n t e u d o s para ser u m o r g a n i z a d o r d o c o n h e c i m e n t o e d a a p r e n d i z a g e m , e u m forte a m i g o .

O professor precisa e n t e n d e r q u e c a d a aluno tern o s e u ritmo d e a p r e n d i z a g e m e dificuldades. Facilitar a s d e s c o b e r t a s d o s alunos a o c o n h e c i m e n t o s , e u m desafio p e r m a n e n t e para o s d o c e n t e s .

O p r o c e s s o d e a p r e n d i z a g e m individual e diferente e u m b o m professor precisa s a b e r lidar c o m esta diversividade.

Para s e r u m m e s t r e , n a o basta ter o d o m i n i o d o c o n h e c i m e n t o e d a l i n g u a g e m . E preciso: sentir-se f i s i c a , psicologica e eticamente b e m ; esta c a p a c i t a d o para atingir s e u s objetivos; estar atento a tudo q u e possa m e l h o r a r ainda mais s u a f u n g a o ; e n t e n d e r o aluno; c o n s i d e r a n d o a etapa d o d e s e n v o l v i m e n t o na qual e l e s e e n c o n t r a ; inteirar-se d o s interesses pessoais q u e p o s s a m ajuda-lo no a p r e n d i z a d o .

O professor d e v e despertar c a d a v e z mais o interesse e o gosto pela leitura, para q u e ela p o s s a melhorar mais ainda o aperfeigoamento d o s e u c o n h e c i m e n t o critico. T e r espirito critico significativo n a o s o questionar, m a s f u n d a m e n t a l m e n t e a p r e n d e r a julgar, c o m p a r a r , aprovar, rejuntar a s dificuldades, colocagoes e pontos d e vista d e u m texto/obra. Isso significa n a o admitir ideias s e m discutir, n e m raciocinios s e m e x a m e . T e r espirito critico e a p r e n d e r a emitir j u i z o d e valor, p e r c e b e n d o no texto o

UNtVERSlDADE FEDERAL

DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE FORMACAO DE PROFESSORES BIBUOIECA SETORIAL •

(20)

b o m e o m a u a r g u m e n t o , da m e s m a f o r m a q u e o v e r d a d e i r o e o falso, o fraco e o forte, o m e d i o c r e e o relevante.

C o m toda esta b a g a g e m adquirida atraves da leitura o professor se profissionalizara mais e tera certa facilidade para trabalhar no p r o c e s s o d e d e s e n v o l v i m e n t o da leitura. P o d e n d o c o l o c a r e m pratica sua c o m p r e e n s a o e sensibilidade, pois s a b e m o s q u e e necessario t o d a esta atengao c o m os alunos na hora da a p r e n d i z a g e m , j a que e s t a m o s t e n t a n d o f o r m a r alunos leitores c a p a z e s d e exercer s e u c e n s o critico.

No d e s e n v o l v i m e n t o d e alguns e s t u d o s feitos na escola publiea constata-se c o m o muitos professores c o n j u g a m sua efetividade c o m a disciplina estabelecida na t u r m a (entendida esta disciplina nao so c o m o m a n u t e n g a o da o r d e m , m a s t a m b e m c o m o organizagao para o trabalho) e c o n j u g a m - n a , a i n d a , c o m a e n f a s e q u e d a o aos c o n t e u d o s .

Essa c o m b i n a g a o e c o r r e s p o n d i d a , por sua vez, por u m e n t u s i a s m o manifesto pelas criangas por aprender, por adquirir o s c o n t e u d o s . A realidade d a s criangas e ponto d e partida, a i , na medida e m que os professores o b s e r v a d o s tern u m profundo c o n h e c i m e n t o sobre as experiencias d a s criangas no seu cotidiano familiar, e esse c o n h e c i m e n t o e necessario para q u e e s t a b e l e g a m u m a ponte c o m seus alunos. A l i a d o ao c o n h e c i m e n t o da realidade vivencial d o s a l u n o s , esta presente t a m b e m o s e n t i m e n t o tanto d e valorizagao d e s s a realidade e das a p r e n d i z a g e n s ja a c o n t e c i d a s , q u a n t a d e confianga na possibilidade d e novas a p r e n d i z a g e n s , estas viabilidades gragas a atuagao sistematica e intencional d o s professores na sala d e aula. E a propria atuagao se beneficia e enriquece pelo c o n h e c i m e n t o d o universo cultural d o s alunos.

UNtVERSIDADE FEDERAL

(21)

2 - L E I T U R A ; UMA D A S D I F I C U L D A D E S E N C O N T R A D A S N A S E S C O L A S

"A m e m o r i a h u m a n a e u m canteiro de informagoes e experiencias para q u e cada u m d e nos produza u m fantastico m u n d o d e ideias".

(Augusto Cury)

S a b e m o s q u e u m d o s g r a n d e s p r o b l e m a s da e d u c a g a o hoje, enfrentado pelos d o c e n t e s e a falta d e habito d e leitura, por parte d o s alunos e muitas v e z e s do proprio professor. Isso acarreta deficiencias na f o r m a g a o d o s profissionais que muitas v e z e s s a o f o r m a d o s , m a s nao s a b e m o u n a o se s e n t e m c a p a z e s d e d e f e n d e r s e u s direitos, por nao ter u m certo d o m i n i o d e leitura. E por falta d e s s e d o m i n i o de c o n h e c i m e n t o se o m i t e m , s e m buscar s u a s d e f e s a s . Portanto, d e v e m o s trabalhar professores e alunos n u m a perspectiva d e que t o d o s se t o r n e m leitores criticos.

Devido a t o d o s estes p r o b l e m a s os alunos s e n t e m - s e d e s m o t i v a d o s e v a o para a escola so por ir, s e m n e n h u m a perspectiva d e d e s e n v o l v e r s u a s habilidades e c o m p e t e n c i a , c o m o ser consciente, c a p a z d e e x e r c e r sua cidadania.

A escola nao d e v e taxa-las c o m o incapazes. C o m o fala os o r g a n i z a d o r e s ; G o m e s e S e n a ( 1 9 9 6 , p a g . 52); "A escola o p e r a c o m o o principio d e q u e o p r o b l e m a esta nos a l u n o s e q u e s o m e n t e eles proprios p o d e r a o resolve-lo". D e s s a f o r m a , faz c o m q u e se p e r c e b a m c o m o os c u l p a d o s da situagao, levando-os a a s s u m i r a culpa pelo f r a c a s s o . A l e m disso, e dificuldade d a escola nos p r o c e s s o s d e e n s i n o -a p r e n d i z -a g e m .

Para tentar minimizar e s s a s carencias d e c o n h e c i m e n t o , e necessario d e s e n v o l v e r projetos para incentivar e despertar o habito d e leitura nos a l u n o s d e maneira e s p o n t a n e a e prazerosa s e m oposigao.

A t r a v e s d e projetos t e m o s a possibilidade d e d e s p e r t a r o interesse da leitura d e m o n s t r a n d o seu valor e importancia. C a b e n d o a o professor este dever.

(22)

Entao, c a b e ao professor se auto-avaliar e ver q u e ele t a m b e m faz parte d e s t e f r a c a s s o , e que dele proprio podera colaborar na busca d e solugao, d e p e n d e n d o t a m b e m do seu c o n h e c i m e n t o profissional e c o m p r o m i s s o pessoal d e querer m u d a r esta situagao.

2.1 I m p o r t a n c i a d a leitura

U m dos requisitos f u n d a m e n t a i s da atividade p e d a g o g i c a consiste e m conseguir que a crianga adquira a c a p a c i d a d e d e c o m u n i c a r - s e atraves d o codigo escrito. Essa iniciagao dar-se-a por meio da a p r o x i m a g a o d o e d u c a n d o aos signos visuais r e p r e s e n t a d o s e m qualquer tipo de suporte a f i m d e buscar a c a m i n h o progressivo, q u e vai dar a i m a g e m a o texto.

A crianga d e s d e c e d o ja c o m e g a a entender o significado da leitura atraves das o b s e r v a g o e s q u e e n v o l v e m s e u cotidiano. S e g u n d o Paulo Freire ( 2 0 0 1 , p.11): "A

crianga aprende a ler atraves do seu contexto pessoal, tendo observando e refletindo mesmo sem possuira menor nogao das letras".

M e s m o n a o lendo a palavra escrita e nao t e n d o total d o m i n i o linguistico oral, o interior ou o corpo ( c o m o u m t o d o ) d o ser infantil d e m o n s t r a q u e e presente no m u n d o e e respectivo as estimulagoes externas.

A m a t u r i d a d e linguistica e o contexto cultural s a o , d e s s e m o d o , d e t e r m i n a n t e s . A articulagao fonetica na primeira leitura d e v e , portanto, referir-se a objetos e t e m a s c o n h e c i d o s . Isso prepara o e d u c a n d o para a p r e n d e r a c o m b i n a g a o d e palavras q u e g e r a m significados identificaveis e coerentes c o m a i m a g e m ou situagao.

S e g u n d o os principios p r o p a g a d o s no a m b i t o educacional o principio d e progressividade se substitui, cada v e z c o m maior f r e q u e n c i a pelos m e t o d o s globais, os quais d e f e n d e m a criangas c o m o s e n d o c a p a z d e a p r e n d e r a palavra antes de s a b e r distinguir s e u s constituintes, d e s d e que tal palavra c o r r e s p o n d a a s e u contexto cultural e vivencial.

(23)

O primeiro contato q u e a crianga tern c o m a leitura nao e feito por ela propria, m a s s i m por a l g u e m q u e le por ela.

A o ouvir, a crianga atribui u m sentido ao texto lido, t r a n s p o r t a n d o - s e para o universo d a historia.

U m a leitura oral s e m p r e exige expressividade e m u s i c a l i d a d e para q u e os ouvintes s i n t a m as e m o g o e s q u e o texto quis transmitir. Ela simboliza o ouvinte e o estimula as novas experiencias. E portanto, de e x t r e m a importancia que o clima para a leitura, seja o mais favoravel p o s s i v e l . O m a n u s e i o f r e q u e n c i a d e livros, a leitura de ilustragoes, a leitura d o texto pelo professor v a o p r o v o c a n d o no aluno o interesse para leitura.

A s leituras feitas e m sala d e aula, pelos alunos ou pelo proprio professor permitem diferentes tipos d e exploragao: leituras e m v o z alta, e m silencio, e m j o r n a l , e m coro etc. No decorrer d e s s a s leituras, o professor p o d e ajudar no esclarecimento do v o c a b u l a r i o d e s c o n h e c i d o o u entao solicitar q u e seja feita u m a pesquisa para a c o m p r e e n s a o dos t e r m o s mais dificeis ou p o u c o usuais. A c o m p r e e n s a o d o q u e se leu e u m a etapa importante, q u e nao d e v e ser e s q u e c i d a . U m a leitura e s e m p r e u m ponto d e p a l l i d a para outras praticas, e m especial a d e produgao d e texto. C o m seu t r e i n a m e n t o , a leitura p o d e ser o m o m e n t o interessante para q u e ele possa a p r e n d e r a realizagao d o dialeto d a escola. Cagliari ( 1 9 9 4 , p. 148) 'Ve a leitura como uma

extensao da escola na vida das pessoas". E q u e e s s e p r o c e s s o n a o e u m a tarefa

especifica da escola, ela j a c o n h e c e muito antes d o q u e a m e s m a imagina. C o m o diz Paulo Freire ( 2 0 0 2 , p. 11) "antes da crianga comegar a ser alfabetizada, ja sabe

ver o mundo ampliando esse processo ao longo dos anos subsequentes". Diante

d i s s o , e importante ensinar a crianga partindo d o s e u proprio dialeto.

O p r o c e s s o d e alfabetizagao visto, e m sentido estreito, refere-se a o ato d e ensinar a ler e escrever. A m b a s as atividades, sao novas para a crianga e p r e c i s a m , portanto, d e u m t r a t a m e n t o especial na f a s e inicial. Pretende-se q u e a crianga no final d e u m d e t e r m i n a d o espago d e t e m p o saiba ler e escrever, p o r e m nao n e c e s s a r i a m e n t e , c o m extrema precisao.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE FORMACAO DE PROFESSORES BtBUOTECA SET0RIA1

(24)

A leitura nao d e v e ser t r a b a l h a d a i s o l a d a m e n t e d a s outras atividades escolares. D e v e s i m , ser u m a pratica habitual. O professor precisa oferecer f r e q u e n t e m e n t e situagoes q u e e n v o l v a m leitura no cotidiano escolar. Para Cagliari ( 1 9 9 4 , p. 148) "a

atividade fundamental a ser desenvolvida pela escola para a formagao dos alunos e a leitura". P o d e m o s a s s i m , considerar o q u e Ferreiro ( 2 0 0 1 , p. 07) afirma, "ser leitor nao e conhecer as letras e seu valor sonoro sem ser capaz de construir significado",

S e m d u v i d a este significado esta relacionado c o m algo q u e vai a l e m d a escrita, atraves d o ato de ler.

Estudos d e s e n v o l v i d o s por Goulart, para u m a analise mais profunda sobre dificuldades d e leitura, d e m o n s t r a m q u e , m e s m o antes d e entrar na escola, muitas criangas j a tern contato c o m a leitura principalmente a q u e l a s q u e v i v e m nas c i d a d e s , pois p r e c i s a m saber ler, pelo m e n o s placas d e o n i b u s , n u m e r o s , n o m e s , etiquetas, rotulos, etc. Esse d a d o ratifica a n e c e s s i d a d e d e q u e a leitura trabalhada na escola seja a m p l a , nao restrita a o texto das cartinhas. Entao, e necessario ensinar as criangas c o m o p r o c e d e r e m cada c a s o , e n s i n a n d o - l h e s q u e se le d e f o r m a diferente u m a revista, u m a placa, u m a etiqueta, u m j o r n a l , etc.

C o m o afirma Goulart (1999, p.101):

E lendo os varios sinais, as varias linguagens que se aprende a ler a leitura. Quando a crianga entra, na escola, a sua leitura de mundo ja esta bastante desenvolvida. E como aprender as letras entre as letras.

Por ser a leitura, na sua experiencia, u m a atividade individual, a escola nao d e v e t o r n a - l a u m mero pretexto, para avaliar outros e l e m e n t o s , c o m o pronuncia, rapidez d e decifragao etc. Nao d e v e t a m b e m passar a o s alunos a falsa ideia d e q u e a ortografia so permite a leitura d a s palavras, s e g u n d o a fonetica do dialogo padrao q u e a escola usa. E e m outras palavras, a escola d e v e ensinar as criangas a ler no dialeto trazido por elas, e s s a atitude e f u n d a m e n t a l para f o r m a r bons leitores. V a l e salientar q u e , a medida q u e o aluno vai e n t e n d e n d o o q u e esta escrito atraves do ato d e ler. Martins ( 1 9 9 4 , p.8) exemplifica da seguinte f o r m a :

As vezes passamos anos vendo objetos comuns, um vaso, um cinzeiro, sem jamais ve-los de jeito exagerado, limitamo-los a sua

(25)

fungao decorativa e utilitaria. Um dia por motivo os mais diversos, nos encontramos diante de um deles como se fosse algo totalmente novo...Podemos pensar a sua historia circunstancia de sua criacao, o trabalho de sua realizacao e diversos outros processos.

N e s s e caso p o d e m o s dizer q u e afinal t e m o s objetivo, s e m intencao consciente, m a s porque h o u v e u m conjunto d e fatores pessoais c o m o m o m e n t o , lugar e as circunstancias.

C a b e a o professor propor aos e d u c a d o r e s atividades d e leitura e m sala de aula, t o d o s os dias a fim d e buscar exito na a p r e n d i z a g e m d a leitura, por e n t e n d e r q u e a leitura e u m a d a s atividades d e g r a n d e importancia no d e s e n v o l v i m e n t o e na f o r m a g a o d o e d u c a n d o , f a z e n d o c o m q u e as criangas v i a g e m e m sua imaginagao, t o r n a n d o prazeroso o ato d e ler.

A leitura so desperta interesse q u a n d o interage c o m o leitor, q u a n d o faz sentido e tras conceitos que se articulam c o m as informagoes q u e se tern. A p r e n d e r a ler e u m a d a s atividades escolares importantissimas, u m a d a s maiores experiencias de vida escolar. E u m a vivencia unica para t o d o ser h u m a n o .

2.2 A leitura c o m o objeto d a a p r e n d i z a g e m

A a p r e n d i z a g e m da l i n g u a g e m oral e u m d o s e l e m e n t o s importantes para as criangas a m p l i a r e m s u a s possibilidades d e insergao e d e participagao das diversas praticas sociais, contribuindo para a f o r m a g a o do sujeito na sua interagao c o m o outro, na construgao d o c o n h e c i m e n t o e no d e s e n v o l v i m e n t o d o p e n s a m e n t o .

Para que u m a crianga a p r e n d a a ler inicialmente e necessario q u e ela e n t e n d a a relagao simbolica q u e existe entre as letras e os s o n s da fala, s e m esse e n t e n d i m e n t o dificilmente ela tera a v a n g o s , precisara ter c a p a c i d a d e de perceber q u e nao existe d u a s letras identicas. E necessario que saiba estabelecer diferengas entres os sons q u e houve d e m o d o q u e possa estabelecer a letra certa para r e p r e s e n t a - l a .

UNIVERSIDADE FEDERAL

DE CAMPINA GRANDE

CEMTRO OE FORMAQAO OE PROFESSORES BSUOTSCASETORIAI,

(26)

A l i n g u a g e m e u m a f o r m a d e a c a o inter-individual orientada u m a finalidade especifica, u m processo d e interlocucao q u e s e realiza nas praticas sociais existentes nos diferentes g r u p o s sociais e u m a s o c i e d a d e .

E m parceria c o m A n a T e b e r o s k y , Emilia Ferreiro analisa c o m o as criangas c o n s t r o e m s e u processo d e alfabetizagao, vivendo conflitos cognitivos para c h e g a r ao sistema alfabetico. S u a s ideias nao p r e t e n d e m ser guia para os professores, ao contrario, f o r n e c e m e l e m e n t o s d e reflexao e d a o f u n d a m e n t a g a o teorica para o p r o c e s s o evolutivo d e d e s c o b e r t a d a crianga. S e g u n d o Ferreiro ( 1 9 9 1 , p.51),

"Nenhuma crianga chega a escola ignorando totalmente a lingua e a escrita. Elas nao aprendem porque veem e escutam ou por ter lapis e papel a disposigao, e sim porque trabalham cognitivamente com o que o meio Ihe oferece".

Da afirmagao d a autora p o d e m o s d e p r e e n d e r q u e a crianga constroi o seu c o n h e c i m e n t o d e leitura i n d e p e n d e n t e d a c a m a d a social a q u e pertence, d e v e n d o ser aproveitado t o d o o rico c o n h e c i m e n t o q u e a crianga j a t e n h a adquirido anteriormente c o m o experiencia vivenciada no s e u cotidiano.

A p r e n d e r a ler e entender, interpretar e representar o s significados d a s palavras d e a c o r d o c o m o meio socio-cultural, portanto d e v e p r o m o v e r experiencias significativas d e a p r e n d i z a g e m d e leitura e ampliar c a p a c i d a d e s d e c o m u n i c a g a o e e x p r e s s a o , a s s o c i a d a s a s quatro habilidades linguisticas basicas: escutar, falar, ler e escrever. Pois c o m o afirma a escritora Emilia Ferreiro ( 1 9 9 4 , p a g . 5 2 ) . "Para aprender a ler e a

escrever e preciso apropriar-se desses conhecimentos, atraves, da reconstrugao do meio como ele e produzido, isto e, do saber".

Para a p r e n d i z a g e m d a leitura, a crianga q u e precisa c o m p r e e n d e r n a o so d a f o r m a c o m o ela e representada g r a f i c a m e n t e , m a s o q u e ela representa linguisticamente. O papel d o professor na classe e f u n d a m e n t a l . Ele e importante no d e s e n v o l v i m e n t o d o aluno, d e v e r a saber reconhecer e valorizar a leitura do sujeito, e n c o r a j a n d o - o e m suas d e s c o b e r t a s . F a z e n d o - s e necessario d e s e n v o l v e r t o d o u m processo e d u c a c i o n a l d e s d e o seu c o n h e c i m e n t o previo ao s e u d e s e n v o l v i m e n t o escolar.

UNIVERSIDADE FEDERAL

DE CAMPINA GRANDE

CENTRO OE FORMACAO DE PROFESSORES BI8U0TECA SETORIAL

(27)

A crianga d e s d e c e d o c o m e g a a entender o significado d a leitura atraves d a s o b s e r v a g o e s q u e e n v o l v e m s e u cotidiano. S e g u n d o Paulo Freire ( 2 0 0 1 , p. 11). "A

crianga aprende a ler atraves do seu contexto pessoal, lendo observando, refletindo mesmo sem possuir a menor nogao das letras."

M e s m o nao lendo a palavra escrita e nao t e n d o total d o m i n i o linguistico oral, o sujeito c o n s e g u e entender a m e n s a g e m analisando a l g u m a figura d e s e n h a d a ou m e s m o pela explicagao dita.

O primeiro contexto q u e a crianga tern c o m a leitura nao e feita por ela propria, m a s s i m por a l g u e m q u e le por ela, ao ouvir, a crianga atribui u m sentido ao texto lido, t r a n s p o r t a n d o - s e para o universo da historia.

U m a leitura oral s e m p r e exige e x p r e s s i v i d a d e , musicalidade para q u e os ouvintes sintam e m o g o e s q u e o texto quis transmitir. Ela simboliza o ouvinte e o estimula as novas experiencias. E, portanto, d e extrema importancia q u e o clima para a leitura seja o mais favoravel p o s s i v e l . O m a n u s e i o f r e q u e n t e d o s livros, a leitura de ilustragoes, a leitura d o texto pelo professor v a o p r o v o c a n d o no a l u n o o interesse pela leitura.

A c o m p r e e n s a o d o q u e se leu e u m a etapa importante, q u e nao d e v e ser e s q u e c i d a . U m a leitura e s e m p r e u m ponto d e partida para outras praticas dentro e fora da escola. N a o d e v e n d o ser trabalhada i s o l a d a m e n t e das outras atividades escolares d e v e n d o s i m , ser u m a pratica habitual. O professor precisa oferecer f r e q u e n t e m e n t e situagoes q u e e n v o l v a m leitura no cotidiano escolar. Para Cagliari ( 1 9 9 4 : 1 4 8 ) "a

atividade fundamental desenvolvida pela escola para a formagao dos alunos e a leitura". P o d e m o s a s s i m , considerar o que Ferreiro ( 2 0 0 1 , p.07) afirma: "Ser leitor nao e conhecer as letras e seu valor sonoro, e sim ser capaz de construir significado." S e m duvida este significado esta relacionado c o m a decodificagao d a

escrita, atraves d o ato de ler.

A a p r e n d i z a g e m e m geral, e da leitura e m particular, significa u m a conquista de a u t o n o m i a , permitindo a ampliagao d o s horizontes.

UNIVERSIDADE FEDERAL

DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE FORMACAO DE PROFESSORES BiBUOTECA SET0R1AL

(28)

A p r e n d e r a ler equivale a descobrir o significado d a s palavras d o texto a pronunciar c o r r e t a m e n t e , a localizar as ideias e permitindo ver o m u n d o c o m outra visao.

O ato d e ler permite a d e s c o b e r t a d e caracteristicas c o m u n s e diferengas entre as culturas, incentiva tanto a fantasia c o m o consciencia da realidade objetiva propiciando u m a postura critica a p o n t a n d o alternativa. S e g u n d o Martins (1990, p.29) "A implicaqao da noqao de leitura pressupoe transformaqoes na visao do mundo em

geral e na cultura em particular".

A i n d a d e acordo c o m o autor: "A leitura tern mais misterios e sutilezas do que a mera

decodificaqao de palavra escrita tern tambem um lado de simplicidade que os letrados nao se preocupam muito em aprender".

A construgao da c a p a c i d a d e d e produzir e c o m p r e e n d e r as m a i s diversas linguagens d i r e t a m e n t e ligada as condigoes para leitura. Ela possui u m carater i m e d i a t a m e n t e reflexivo e d i n a m i c o . O autor sai d e si e m b u s c a da realidade d o texto lido. Sua percepgao implica u m a volta a sua experiencia pessoal t o r n a d o - s e u m a visao da propria historia d o texto.

O s pais q u e praticam a leitura e c o m p a r t i l h a m c o m s e u s filhos c o m historia q u e c o n t e m i m a g e n s , e s s e tipo d e participagao e atividades d e s e n v o l v i d a s pelos pais ajuda para o d e s e n v o l v i m e n t o intelectuai do aluno, Kleiman ( 1 9 9 0 , p.66). A l e m disso, as trocas entre adultos e criangas possibilitam a interagao entre si, a f o r m a g a o que os pais t r a n s m i t e m nessas situagoes n a o a p e n a s a d e s i g n a g a o tipica dos rotulos, m a s t a m b e m a interagao c o m u m tipo especifico d e texto: A s m o d a l i d a d e s d e uso d o s m a n u a i s d e instrugao.

O m e s m o a c o n t e c e c o m as revista, c o m as diferengas q u e as revistas p o s s u e m , u m a maravilha d e fatos q u e p o d e m ser o l h a d o s , recortados ou c o l e c i o n a d o s , ou g u a r d a r certos fatos ou i m a g e n s ; ou adultos f a z e m crianga participar da leitura d e j o r n a i s , c o s t u m a t a m b e m orienta-los, ao assistir a televisao este tipo d e leitura e

mais informativa, e nao e f e m e r o e d u r a d o u r a c o m o os livros. No que se refere ao livro, Kleiman ( 1 9 9 0 , p.09) diz q u e : "O livro trata d a c o m p r e e n s a o de textos escritos, ele d e s c r e v e varios a s p e c t o s q u e constituem a leitura revelando a c o m p l e x i d a d e do

(29)

ato d e c o m p r e e n d e r e a multiplicar d e processos cognitivos para construir o sentido d e u m texto escrito".

A leitura proporciona u m b o m contexto para a p r e n d e r a l i n g u a g e m , proporciona o d e s e n v o l v i m e n t o d e habilidades linguisticas e cognitivas e a p r e n d i z a g e m d e vocabulario, permite a crianga construir hipoteses, resolver p r o b l e m a s e elaborar conceituagoes sobre a escrita.

2.3 L e i t u r a d e v e r o u p r a z e r ?

O d o m i n i o da lingua tern estreita relagao c o m a possibilidade d e plena participagao social. Pois e por meio dela que o h o m e m se c o m u n i c a , tern a c e s s o a informagao, expressa e d e f e n d e pontos d e vida, partilha, constroi v i s o e s d e m u n d o e produz c o n h e c i m e n t o . A s atividades d e leitura d e v e m estimular o prazer e fruigao do ato d e ler, habilitando o aluno a perceber a proposta do texto e sua intencionalidade, d o t a n d o - o d e c a p a c i d a d e a u t o n o m a d e c o m p r e e n s a o e interpretagao. C o m o afirma Marcelo ( 1 9 9 9 , p. 122). O objetivo do trabalho c o m a leitura e a f o r m a g a o d e leitores c o m p e t e n t e s . S e g u n d o os P C N ' s :

Formar um leitor competente supoe formar alguem que compreenda o que le, que a possa aprender a ler tambem o que nao esta escrito, identificado elementos implicitos, que estabelega relacoes entre o texto que le e outros ja lidos, que saiba que varios sentidos podem ser atribuidos a um texto, que consigo justificar e avaliar a sua leitura a partir da localizagao de elementos discursivos (p.54).

N e s s e sentido e importante apresentar a o a l u n o u m a multiplicidade d e textos q u e e n v o l v a m diferentes respostas ao " p o r q u e " e "para q u e " a pratica d e leitura se faz necessario, pois o q u e q u e r e m o s e f o r m a r cidadaos c a p a z e s d e c o m p r e e n d e r os diferentes textos q u e estao a sua volta. E preciso organizar o planejamento p e d a g o g i c o d e maneira q u e o aluno possa vivenciar as diferentes m o d a l i d a d e s d e leitura, ler para informa-los, estudar, escrever o u revisar o q u e produz, para resolver p r o b l e m a s d o cotidiano, para divertir-se. Neste sentido, e importante estimula-lo a perceber o p r o c e d i m e n t o utilizado. Para identificar a intengao d e u m escritor e diferente, por e x e m p l o , d e buscar inadequagoes e erros no texto q u e produziu e q u e r revisar. UNIVERSIDADE FEDERAL

DE CAMPINA GRANDE CENTRQ DE FORMACAO DE PROFESSORES

(30)

P o d e - s e fazer circular na sala d e aula diferentes materiais d e leitura que estao presentes no cotidiano d o aluno. Os panfletos, as bulas, os rotulos, as receitas culinarias, as contas d e a g u a , luz, telefone, rotulos d e presentes v a r i a d o s , entre outros, o s portadores sociais d e texto sao otimos para s e r e m lidos pelos alunos.

E b o m lembrar q u e m e s m o q u a n d o nao l e e m , o professor d e v e ler para eles, discutir as m e n s a g e n s lidas, para q u e eles p o s s a m ir se familiarizando c o m a l i n g u a g e m dos textos escritos. A o trabalhar a leitura d e textos significativos, o professor estara

possibilitando aos alunos o exercicio d e ouvir, c o m e n t a r ideias, f o r m u l a r perguntas, dramatizar historias lidas, e a s s i m , eles estao exercitando a l i n g u a g e m oral. O professor d e v e t a m b e m discutir c o m os alunos sobre as caracteristicas e finalidades d o s diferentes textos t r a b a l h a d o s , c h a m a n d o a atengao para a f o r m a c o m o o texto esta estruturado, a sua fungao social, ou seja, para q u e ele foi escrito, as palavras s i n o n i m a s ou a n t o n i m o s , e m p r e g o s d e letras m a i u s c u l a s , pontuagao etc. O aluno precisa resolver p r o b l e m a de natureza logica ate c h e g a r a c o m p r e e n d e r de que f o r m a a leitura representa a l i n g u a g e m , e a s s i m , p o d e r e m ler e escrever por si m e s m o . Q u a n t a a o s textos, a c r e d i t a m o s q u e e s s e s d e v e m ser curtos, p o r e m variados q u a n t a a funcionalidade, d e s d e palavras q u e c o m p o e listas de s u p e r m e r c a d o s etc. ate textos informativos ou bilhetes.

Q u a n d o a leitura e u m a n e c e s s i d a d e , u m gosto apreciado no a m b i e n t e e m q u e a crianga vive, se e partilhado, usufruida e m c o m u m , a crianga d e s e n v o l v e r a o m a x i m o possivel a c a p a c i d a d e d e ler, m e s m o que ainda n a o c o n h e g a , nao d o m i n e a letra e a palavra escrita.

(31)

3 C O N T R I B U I Q A O C O M R E L A C A O A P R A T I C A D E L E I T U R A D O S D O C E N T E S A O S D I C E N T E S ?

"se p o d e m o s sonhar, t a m b e m p o d e m o s t o m a r nossos sonhos realidade". (Walt

Disney)

Neste terceiro C a p i t u l o relataremos as experiencias educativa, v i v e n c i a d a s durante o p e r i o d o d o Estagio S u p e r v i s i o n a d o .

Iniciamos no dia primeiro d e margo a visita e m sala, realizando u m diagnostico da t u r m a , o b s e r v a n d o seu c o m p o r t a m e n t o , sua a p r e n d i z a g e m , oralidade, escrita, interpretagao de texto, leitura e metodologia a d o t a d a . O relato d o diagnostico pode ser visto nos a n e x o s .

C o m t o d a experiencia v i v e n c i a d a , ficou claro q u e ensinar e saber e c o m p r e e n d e r que nao posso duvidar u m m o m e n t o s e q u e r da minha pratica educativa-critica e o d e q u e , c o m o experiencia especificamente h u m a n a , a e d u c a g a o e u m a f o r m a de intervengao no m u n d o . A f o r m a g a o d o s professores devia insistir na constituigao deste s a b e r necessario q u e m e faz certo desta coisa o b v i a , q u e e a importancia inegavel q u e tern sobre nos o contorno ecologico, social e e c o n o m i c o e m q u e v i v e m o s . E ao saber teorico desta influencia t e r i a m o s q u e j u n t a r o saber teorico-pratico d a realidade concreta e m q u e os professores t r a b a l h a m . N a o ha duvida que v i v e m os e d u c a n d o s Ihes c o n d i c i o n a m a c o m p r e e n s a o do proprio m u n d o , sua c a p a c i d a d e d e aprender, d e responder a o s desafios.

O q u e importa e q u e professor e alunos se a s s u m a m e p i s t e m o l o g i c a m e n t e curiosos,

para q u e os alunos se t o r n a m u m cidadao consciente e critico, e preciso, ler para estudar, ler para se informar e ler por prazer.

O professor precisa saber teorizar sua pratica, partir d e l a s , a l e m d o representar u m

ponto d e partida a b s o l u t a m e n t e proximo e familiar, permite perceber melhor o efeito inovador e direcionar melhor a teoria para a pratica ^docente, s o m o s obrigados a

UNIVERSIDADE FEDERAL. DE CAMPINA GRANDE

CENTRO OE FORMACAO OE PROFESSORES 6IBUOTECA SETORWL

(32)

realizar pesquisa sobre os t e m a s mais exoticos possiveis, t e m o s q u e atinar que n o s s a pratica e a primeira coisa a ser p e s q u i s a d a .

O professor pesquisador nao c o n c e b e o c o n h e c i m e n t o c o m o algo definitivo, pronto, a c a b a d o . Mais, e aquele q u e o c o n c e b e c o m o algo d i n a m i c o , possivel de construgoes e reconstrugoes. Por isso, ele m e s m o , constroi-se a se c o m o ou ser refletivo, c a p a z d e pensar criticamente a sua pratica e encaminha-la dentro de u m a perspectiva d i n a m i c a , o n d e o processo tern u m lugar d e d e s t a q u e , e e m b o r a os "resultados" s e j a m perseguidos c o m o todo e m p e n h o p o s s i v e l , sua pratica o b e d e c e ao ritmo e interesses d o seu a n u l a d o .

A n a l i s a n d o a reflexao e a mostra do b o m professor c o m o s e u aluno na sala d e aula, a questao p o s i c i o n a m e n t o politico e x p r e s s o nao e u m a constante.

E m alguns c a s o s a c o n t e c e , m a s e m muitas outras nao. Para os n o s s o s alunos atuais o b o m professor e o q u e tern d o m i n i o d o c o n t e u d o e a p r e s e n t a a materia e tern relacionamento c o m o g r u p o e m u m todo. Buscar e s s e s ideais nao e u m s o n h o v a o , e a tentativa d e por e m pratica o principio basico e f u n d a m e n t a l d e direito, que constitui e m garantia a dignidade. O e n s i n o - a p r e n d i z a g e m d e v e fazer parte d e s s e processo d e libertagao, e d u c a r para v i d a , de buscar e descobrir, crescer e progredir. " F o r m a r h o m e n s c a p a z e s d e transformar o m u n d o " (Piaget, 1970).

O nosso papel e situar o aluno diante da qualidade e orienta-los na busca e analise d o s fatos sao principios f u n d a m e n t a l s para a c a b a r c o m as visoes manipuladoras q u e tanto mal j a c a u s a r a m ao planeta e seus habitantes. A l e m d e agugar o olhar da g a r o t a d a e s s e jeito d e ensinar traz a tona a importancia d a e d u c a g a o para os valores s i m , no m u n d o e m crise nada melhor d o q u e receber o dialogo e a a m i z a d e e lutar c o m t o d a s as forgas, contra o preconceito e a ira. "Mais d o q u e n u n c a , p r e c i s a m o s exercer nossa c a p a c i d a d e d e lidar c o m os diferentes", e m sala d e aula, e muito simples e eficiente para mostrar a realidade c o m u m aluno e m pe na frente d o q u a d r o - n e g r o , o professor diz q u e a intolerancia "e u m virus q u e percorre todo o planeta p r o v o c a n d o a cada dia novas feridas".

(33)

"E preciso dar o p o r t u n i d a d e para teu aluno e m sala d e aula, c o m base e m u m a d i s c u s s a o sobre questao presentes no cotidiano do professor p o s s a m refletir o respeito d o seu d e s e m p e n h o , e s u a s a c o e s m a r c a d a s pelo uso da esperteza".

E o nosso b o m s e n s o q u e nos adverte d e q u e e x e r c e a nossa autoridade de professor na classe, t o m a n d o decisoes, orientando atividades, e s t a b e l e c e n d o tarefas, c o b r a n d o a produgao individual e coletiva d o g r u p o , nao e sinal de autoritarismo da n o s s a parte. E a nossa autoridade c u m p r i n d o o s e u dever.

3.1 A c a o d o c e n t e , contribuir p a r a q u e a e s c o l a c u m p r a a s u a f u n g a o

A p r e n d e - s e a ler a m e d i d a que se vive. Ler livros g e r a l m e n t e se a p r e n d e nos bancos d a escola, outras leituras se a p r e n d e m por a i , na c h a m a d a escola da v i d a . Le-se para entender o m u n d o , para viver melhor. E m n o s s a cultura, quanta mais a b r a n g e n t e a c o n c e p c a o d e m u n d o e d e vida, mais i n t e n s a m e n t e se le, n u m a espiral q u a s e s e m f i m , q u e pode e d e v e c o m e e a r na e s c o l a , m a s nao p o d e encerrar-se nela.

S a b e m o s q u e a disponibilidade de materiais s a o necessarias para facilitar as a c o e s d e d e s e n v o l v i m e n t o da leitura e q u e a maioria d a s v e z e s a escola nao disponibilizam d e s s e s materiais entao c o n c o r d a m o s p l e n a m e n t e q u a n d o Ferreiro (1993, p. 102) coloca q u e : "E necessario i m a g i n a c a o p e d a g o g i c a para dar as criangas o p o r t u n i d a d e s ricas e variadas de interagir c o m a l i n g u a g e m escrita. E necessaria f o r m a g a o psicologica para c o m p r e e n d e r as respostas e as perguntas d a s criangas".

Para tentar minimizar as dificuldades existentes e m sala d e aula e char situagoes e s t i m u l a d o r a s para despertar no aluno o gosto pela leitura, n e c e s s a r i a m e n t e t e m o s q u e usar t o d a nossa imaginagao, produzir aulas criativas, d i n a m i c a s , utilizando diversos materiais didaticos, tais c o m o : m u s i c a s , rotulos, revistas, j o r n a i s , paineis, v i d e o s , d r a m a t i z a g o e s , passeios, brincadeiras, p e s q u i s a s e muitas outras coisas.

T e m o s q u e trabalhar c o m muito carinho, e total paciencia, c o m a q u e l e s q u e tern dificuldade d e decifrar a leitura, nao desistindo j a m a i s d e enfrentar os obstaculos e n c o n t r a d o s , s e m p r e utilizando metodologias novas e d e facil e n t e n d i m e n t o .

UNIVERSIDADE FEDERAL

DE CAMPINA GRANDE

mm m FORMACAO DE PROFESSORES

(34)

N a o d e v e m o s m a i s procurar buscar na ausencia da famflia, o motivo das dificuldades de leitura ou ate m e s m o a escrita a p r e s e n t a d a s pelas criangas. E sim b u s c a r solugoes q u e m u d e totalmente este q u a d r o , no entanto, nao p o d e m o s deixar d e considerar a importancia d o s pais na e d u c a g a o da crianga.

S o m o s conscientes da nossa responsabilidade no incentivo da t u r m a e admitimos q u e p r e c i s a m o s trabalhar ainda mais a leitura.

A p e s a r d o s alunos s e r e m provenientes d e a m b i e n t e s desfavoraveis a leitura, nao sao vazios de c o n h e c i m e n t o s . A c r e d i t a m o s que e preciso trabalhar partindo d o que as criangas j a s a b e m , c o n s i d e r a n d o o c o n h e c i m e n t o previo d e s e u s a l u n o s , e d u r a n t e os e n c o n t r o s , d e i x a n d o b e m claro q u e se trabalha levando e m conta a cultura a p r e s e n t a d a pelos m e s m o s .

3.2 Utilizacao d e materiais d i d a t i c o s p a r a d e s e n v o l v e r a pratica d a leitura

A metodologia aplicada na intervengao p e d a g o g i c a foi desenvolvida atraves das atividades tais c o m o : interpretagao d o livro didatico, revistas, j o r n a i s , rotulos, dramatizagao, pesquisas, tarefas m i m e o g r a f a d a s e dinamica de g r u p o e musica t u d o contextualizado dentro d o piano d e aula do m e s d e margo. P o d e n d o ser visto nos a n e x o s .

A partir d o s objetivos propostos a s e r e m d e s e n v o l v i d o s neste estagio utilizamos os seguintes p r o c e d i m e n t o s metodologicos: nosso objetivo e incentivar os alunos para f o r m a g a o d e v o v o s leitores, v i s a n d o conscientiza-los para pratica de leitura. O piano sera e x e c u t a d o j u n t o aos alunos d a 1a serie d o Ensino F u n d a m e n t a l d a Escola

Estadual Batista Leite. No primeiro m o m e n t o sera a p r e s e n t a d o a proposta de trabalho e e m s e g u i d a iremos intervir c o m agoes centradas e m atividades grupais e individuals, relatos orais e escritos, trabalhos diversos e o resgate d o c o n h e c i m e n t o previo d o aluno.

T e r e m o s q u e estabelecer relagoes entre o texto e o contexto. Entao, mais u m a vez, p o d e m o s reafirmar as ideias d e Ferreiro. O b s e r v a n d o e m n o s s o s sujeitos as m e s m a s e t a p a s por ela identificadas e m seu estudo. A s s i m verificamos q u e na

(35)

primeira etapa na tentativa d o aluno buscar significado d o contexto. E m s e g u n d o m o m e n t o a relagao inicial estabelecido pelo e d u c a n d o ao interpretar u m a escrita e mantida a despeito da mudanga d e contexto.

3.3 A n a l i s e d a interpretacao P e d a g o g i c a

E m Estagio realizado na Escola d e Ensino F u n d a m e n t a l Batista Leite, n o p e r i o d o d e 1 a 30 d e margo d e 2 0 0 7 , tive a o p o r t u n i d a d e d e implementar minhas ideias j u n t a m e n t e c o m o s pianos d e aula elaborados c o m a professora da primeira serie, u m a t u r m a c o m p o s t a por 2 5 alunos da referida escola.

No primeiro dia fui a p r e s e n t a d a a t u r m a , a seguir observei a aula ministrada pela professora e m exercicio, o c o n t e u d o q u e a m e s m a estava explicando para o s alunos era a leitura d e textos. O n d e pude constatar u m a b o a a d e q u a g a o da materia desenvolvida para o s alunos.

Nos dias seguintes c o m e c e i a interagir c o m o s a l u n o s , a p r e s e n t a n d o a s propostas q u e iriamos trabalhar j u n t o s durante m e u Estagio, d a n d o continuidade a o s pianos e l a b o r a d o s .

Fiz f r e q u e n c i a , apresentei trabalhos d e leitura coletiva d a n d o boas vindas a o s a l u n o s , apresentagao d e textos q u e introduzia a s vogais, c o n s o a n t e s e variados assuntos q u e s e r i a m expostos a o decorrer d o s dias, t o d o s o s textos tinha c o m o objetivo, mostrar para eles c o m o e importante o a t o d e ler.

Expliquei a eles q u e para ler textos e importante s a b e r ouvir, h o u v e a leitura coletiva e individual, t o d o s f i z e r a m interpretagao d o s textos, o n d e pude observar s e u s e n t e n d i m e n t o s , a p r e n d i z a d o s , duvidas q u e alguns t i n h a m e ideias criativas citadas por eles m e s m o .

T r a b a l h a m o s variadas atividade; tarefas m i m e o g r a f a d a s , ditado d a s palavras mais importante contida dentro d o texto, h a v e n d o s e m p r e corregao d a s palavras, o n d e p u d e constatar falhas na ortografia, frases incompletas, e outras t r o c a d a s a s letras m u d a n d o a pronuncia d a s palavras,. t o d a s estas falhas f o r a m orientadas e.supridas

. * . UNIVERSIDADE FEDERAL

DE CAMPINA GRANDE

(36)

pelos m e s m o s , trabalhos c o m materiais didaticos, distribuigao d e livros de historias infantis, utilizando a leitura individual e interpretagao do m e s m o .

A l g u m a s d e s t a s tarefas estao expostas nos a n e x o s .

Q u a n t o a leitura t o d o s a p r e s e n t a r a m u m a otima condigao d e a p r e n d i z a d o , atingindo m i n h a s expectativas. D a n d o sequencia ao m e u Estagio, no decorrer d o s outros dias t r a b a l h a d o s c o m a leitura, a c o m e m o r a c a o do dia d a poesia.

Neste t e m a houve u m otimo aproveitamento d e leitura, c o m os alunos m o n t a m o s u m p e q u e n o teatro, c o m a pega dos tres porquinhos. F i z e m o s c o m que t o d o s eles p a r t i c i p a s s e m . Primeiramente, houve o estudo d a historia, leitura e interpretagao de textos, d e p o i s o u v i m o s as ideias q u e os alunos iam falando c o m g r a n d e e n t u s i a s m o .

Nos m e s m o s c o n f e c c i o n a m o s o material e a apresentagao d o teatro foi no auditorio da escola no dia da poesia, as outras t u r m a s f o r a m assistir e foi u m maior s u c e s s o .

Fotos da apresentagao estao contidas nos a n e x o s .

C o m a p e n a s alguns dias d e aulas diferente, acredito e u , q u e eles e n t e n d e r a m a importancia d a leitura e o prazer e diversao que ela p o d e proporcionar.

U m a experiencia maravilhosa, constatei u m b o m d e s e m p e n h o da diregao c o m os a l u n o s , e professores, material didatico f o r n e c i d o s , o corpo d o c e n t e d a escola fez presente as aulas, professores, diretora e supervisora.

No d e s e m p e n h o d o s alunos, constatei que t o d o s tiveram u m a otica frequencia e participagao nas aulas, nos c o n t e u d o s a p r e s e n t a d o s neste Estagio fiquei muito c o n t e n t e e senti a importancia d e ser professor.

Ensinar exige c o m p e t e n c i a do professor, d i s s e m o s q u e , para a escola cumprir o seu papel d e t r a n s m i s s a o d e m o c r a t i c a , exige u m professor c o m p e t e n t e . A c o m p e t e n c i a profissional varia caracteristicas q u e sao importante indicar e m primeiro lugar, o d o m i n i o a d e q u a d o d o s a b e r escolar a ser transmitido, j u n t a m e n t e c o m a habilidade

Referências

Documentos relacionados

Este trabalho mostra uma ferramenta para geração automática de código fonte acoplada a ferramenta F AST CASE, que é uma ferramenta CASE para suporte

Os objetivos do presente estudo foram avaliar três medidas de persistência da lactação através da utilização de modelo de regressão aleatória, e também estimar

The enamel around conventional glass cement ionomer (Ketac Molar Easy Mix) showed statistically lower ∆H values than resin-modified glass ionomer cement (Vitremer) for

Results: Rats with HF developed euthyroid sick syndrome (ESS) and treatment with T4 restored the T3 values to the Sham level and increased Serca2 and Ryr2 gene expression,

Waist Circumference Percentiles and Cut-Off Values for Obesity in a Large Sample of Students from 6 To 10 Years Old Of The São Paulo State, Brazil.. José

Dessa forma, diante das questões apontadas no segundo capítulo, com os entraves enfrentados pela Gerência de Pós-compra da UFJF, como a falta de aplicação de

Frente tamanha insegurança jurídica, bem como a ausência de uniformidade no tratamento jurisprudencial sobre o tema, nasce a problemática e, por linha de desdobramento,

O primeiro conjunto de artigos, uma reflexão sobre atores, doenças e instituições, particularmente no âmbito da hanse- níase, do seu espaço, do seu enquadramento ou confinamen- to