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CINE CAMPUS E A PROJEÇÃO DA CULTURA

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Academic year: 2021

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CINE CAMPUS E A PROJEÇÃO DA CULTURA

Cultura Coordenador da atividade: Antônio SILVA Instituto Federal Farroupilha – Campus São Borja (IFFar-SB) Autores: Évelin da ROSA1; Alexander da Silva MACHADO2, Antônio SILVA³

Resumo

O Cine Campus é um projeto de extensão atuante há 9 anos no Instituto Federal Farroupilha - Campus São Borja. Ele tem como objetivo proporcionar cultura, entretenimento e lazer para os espectadores, desenvolvendo o gosto pelo cinema, o senso crítico sobre nosso país e o mundo, por intermédio de debates em torno de temáticas representadas nos filmes. Tem-se como metodologia o cine-debate, isto é, ao fim de cada Tem-sessão a esquipe debatedora, ou seja, os alunos e servidores proponentes do filme recém assistido, propõem aos espectadores um debate crítico mediante cada longa-metragem. Os filmes são divididos em cinco ciclos de temáticas diferentes, ainda há um filme extra escolhido pelo público e a sessão halloween. Com as mudanças que houveram a partir do ano de 2019, a equipe organizadora passou a estimular o público nos debates. Além do controle de frequência, há o registro de intervenções dos participantes pelos bolsistas, que anotam do começo ao fim do debate quem participa. O objetivo foi estimular a participação dos expectadores. O progresso do projeto com as modificações feitas é evidente, pois os debates contam com a participação intensa. O cine Campus pretende que a comunidade são-borjense encontre no projeto um espaço que possa suprir a falta de cinema na cidade, além de criar uma aproximação direta entre comunidade e IFFar. O projeto conta com inúmeras participações em mostras de trabalho, promovendo a formação na experiência acadêmica de seus bolsistas. O presente trabalho irá por em evidência as contribuições do projeto Cine Campus na cidade de São Borja e quais foram os métodos utilizados para que fosse possível solucionar problemas que surgiram com o passar do tempo, como a necessidade ampliar a interação entre os expectadores e os debatedores que propuseram o filme, transformando o projeto efetivamente um cine-debate.

Palavra-chave: extensão; cine-debate; cultura

1 Évelin da Rosa, aluna do Curso Técnico em Eventos Integrado

2 Alexander da Machado, servidor docente colaborador do projeto.

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2 Introdução

O Cine Campus é um projeto de extensão criado em 2011 que visa proporcionar um local onde os alunos, servidores e comunidade são-borjense tenham acesso à cultura por intermédio das obras cinematográficas debatidas a cada sessão. O projeto se tornou um referencial de cinema na cidade, que infelizmente não conta com um auditório próprio para exibir as projeções de filmes cinematográficos.

A visibilidade agregou ao Cine Campus inúmeras possiblidades como a participação dos bolsistas em mais de vinte apresentações em eventos como: II Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica em 2012 (FMEPT); Mostra de Educação Profissional e Tecnológica do IFFar (MEPT); Semana de Tecnologia, Educação e Ciência do IFFar-SB (SEMTEC) e Seminário de Extensão Universitária da Região Sul (SEURS). Além de contribuir enormemente nas experiencias e formação dos alunos ao participarem desses eventos como autores e apresentadores, divulgando o trabalho realizado.

No decorrer do trabalho será apresentada parcerias com outras instituições e as participações do Cine Campus em mostras educacionais evidenciando sua importância para a vida de quem é colaborador do projeto.

Com as mudanças na metodologia de organização, diminuindo o número de participantes e fomentando a participação por meio de um mínimo de registro de participação, o projeto tem atingido seu principal objetivo, de proporcionar cultura, entretenimento e lazer para os espectadores, desenvolvendo o gosto pelo cinema, o senso crítico sobre nosso país e o mundo, por intermédio de debates em torno de temáticas representadas nos filmes.

Metodologia

A metodologia utilizada pelo Cine Campus é o cine-debate (WATSON, 1957) separando assim os filmes em cinco ciclos de diferentes temas que são escolhidos de forma democrática pelo público. Cada filme escolhido terá determinada data para a exibição de acordo com seu ciclo. Os debatedores montam suas equipes de no máximo quatro pessoas, sendo no mínimo um aluno e um servidor.

O cine-debate foi escolhido pela necessidade de estimular o debate com temas que contribuam com a ampliação do conhecimento cultural e social dos sujeitos. Portanto, o cine-debate busca promover encontros entre as pessoas e, ao mesmo tempo, aproximá-las das experiências que vivem e produzem em sociedade.

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Para colocarmos em prática um cine-debate, seguimos os seguintes passos: 1˚. A apresentação do filme com introdução e elementos gerais; 2ª: Exibição do filme, sempre legendado; 3ª – Debate e discussão, quando os debatedores buscarão articular suas ideias sobre o tema trabalhado na obra cinematográfica, abrindo à participação do público para dúvidas, acréscimos e críticas. 4ª: Avaliação: ao sair da sala cada participante deve fazer a análise do filme a partir de questionários com respostas de múltipla escolha. Os espectadores dão notas para o filme e para o debate, avaliando as formas de participação do público e a interação das temáticas trabalhadas a partir da obra exibida.

Com o passar dos anos, notou-se que o púbico não estava mais tendo uma boa porcentagem de participação nos debates, pois para os participantes obterem seus certificados referentes ao projeto, precisaria de apenas 75% de presença nas sessões. Além disso, estava-se privilegiando a quantidade de participantes, pois eram ofertadas 200 vagas. Se entendeu, a partir disso, que seria necessário a mudança do sistema com objetivo de aumentar o número dessas participações, para que assim, o Cine Campus pudesse atingir seus objetivos como projeto. A partir de 2019, para obter os certificados foram disponibilizadas apenas 80 vagas, sendo cobrado, além dos 75% de frequência dos participantes, 10 participações em 10 debates diferentes. Isso tudo com o propósito de aumentar a interação do público nos debates, o que de fato vem ocorrendo.

Desenvolvimento e processos avaliativos

Ao longo dos anos o projeto produziu muitos desdobramentos, atingindo ações que envolveram tanto a pesquisa quanto o ensino. Além disso, o cine-campus projetou a instituição na comunidade ao ser um espaço aberto, uma vez por semana, de abril à novembro, para toda a comunidade, ao mesmo tempo que criou parcerias com instituições municipais, estaduais e federais da cidade. Podemos relatar algumas ações que desenvolvemos ao longo desses 9 anos de existência. Em 2014, além cumprir seu cronograma de atividades dentro do campus, atuou com atividades externas exibindo o filme “Getúlio”, no Asilo da cidade e o filme “A missão”, em parceria com o Centro Cultural de São Borja. Em 2016, foi realizada a exibição externa do filme “O menino e o Mundo”, na Feira do Livro do Município. Em 2017 o projeto ampliou sua participação na comunidade externa com a solicitação de uma parceria pela prefeitura de São Borja, sendo exibidos três filmes: “Divertidamente”, exibido na Feira do Livro para crianças das séries iniciais; “O

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Senhor das Moscas”, apresentado para as crianças do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e “Preciosa”, relacionado a Campanha pelo fim da violência contra as mulheres.

Em 2011, foram três trabalhos na II MEPT, realizada em Santa Rosa e um no II FMEPT, em Florianópolis. Em 2012, na III MEPT, apresentaram um trabalho. Em 2014 apresentaram três trabalhos na SEMTEC. Em 2015 foram expostos trabalhos na SEMTEC e no 33° SEURS, realizado em Bagé/RS e na V MEPT, sediada em São Borja. Em 2016, mais uma vez participaram da SEMTEC, SEURS e na MEPT, onde o projeto Cine Campus foi escolhido o melhor projeto de extensão do evento. Em 2017, o projeto novamente participou destes três eventos, apresentando dois trabalhos na SEMTEC e um na MEPT, ficando em segundo lugar na apresentação oral de projetos de extensão.

Em 2018 tivemos alguns problemas para desenvolver o projeto, especialmente pela dificuldade de estimular os debates e envolver o público nos temas propostos. Apesar disso, conseguimos novamente aprovar o projeto em todos os eventos que apresentamos. Mas, tendo em vista a insatisfação dos rumos tomados pelo projeto e das avaliações que vinham caindo, especialmente dos debates, resolvemos mudar a dinâmica. A redução do número de participantes e a obrigação de que eles tenham que participar, perguntar alguma coisa ou se manifestar dizendo o que entenderam, sentiram ou viram nos filmes, fez o cine-campus retomar os rumos iniciais, tornando um local de projeção cultural, levando temas polêmicos, atuais e instigantes à um público majoritariamente jovem.

Considerações Finais

Percebeu-se que o objetivo de aumentar a participação do público com o novo requisito de participação está tendo um ótimo resultado, hoje o público não só debate para cumprir o novo requisito, mas porque esta dinâmica despertou no púbico o interesse para expor suas ideias e opiniões. Temos dificuldades de encerrar as atividades, pois o público fica e não quer encerrar as atividades.

Tendo em vista que a cidade carece de lugares com o foco centrado a cultura o Cine Campus continua em evolução e com a voz mais ativa do que nunca. Vale ressaltar que esses novos temas estão mais ligados as atividades de ensino, ajudando nos temas que são trabalhados em sala de aula, especialmente porque a maioria dos servidores que acompanham os alunos são os docentes, que acabam utilizando o cine para ampliar o debate de forma mais descontraída e com novas informações.

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Além disso, os espectadores tem percebido que o cinema é um meio que possibilita fazer encontros envolventes e muito criativos e os debates possibilitam o uso da liberdade de expressão, pois todas as opiniões são igualmente ouvidas e válidas para a construção de um debate ideal, respeitável e provocativo.

Quando o cinema entra na escola, não se trata de fazer com os alunos apenas façam uma análise do tema abordado, mas assumir o lugar do cineasta, questionar por que escolheu este plano e não aquele outro. Por que se optou por esta cena? Ou, “o que ainda era possível antes da decisão”? (BERGALA, 2008, p. 131)

Referências

BERGALA, A. A hipótese-cinema: pequeno tratado de transmissão do cinema dentro

e fora da escola. Rio de Janeiro: Booklink; CINEAD-LISE -FE/UFRJ, 2008.

Referências

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