• Nenhum resultado encontrado

O USO DE TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO: A EVOLUÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO- APRENDIZAGEM ATRAVÉS DAS FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "O USO DE TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO: A EVOLUÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO- APRENDIZAGEM ATRAVÉS DAS FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS"

Copied!
21
0
0

Texto

(1)

O USO DE TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E

COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO:

A EVOLUÇÃO DO PROCESSO DE

ENSINO-APRENDIZAGEM ATRAVÉS DAS FERRAMENTAS

TECNOLÓGICAS

THE USE OF INFORMATION AND COMMUNICATION

TECHNOLOGIES IN EDUCATION:

THE EVOLUTION OF THE TEACHING-LEARNING

PROCESS THROUGH THE TECHNOLOGICAL TOOLS

Lucas Labigalini FUINI Docente do Instituto Federal de São Paulo – campus de São João da Boa Vista Email: lucasfuini@ifsp.edu.br. Marluce Marcondes GONÇALVES Professora da Rede Pública Estadual de São Paulo

Email: marlucericetti@gmail.com. Eixo 6 – Inovações metodológicas e uso de tecnologias na formação inicial e continuada de professores

RESUMO: O presente estudo tem como finalidade apresentar, de maneira breve, a

evolução histórica das tecnologias da informação e comunicação (TIC) e aprofundar as possibilidades do uso dessas tecnologias na educação. Considerando o uso das mídias como um apoio na relação ensino-aprendizagem, foram utilizadas pesquisas de estudo de casos sobre o uso das mesmas, apresentando resultados positivos em relação a esta prática. Também foi aplicado um formulário online para professores de diversas áreas e níveis de ensino, com o objetivo de revelar o que pensam sobre o uso dessas ferramentas no âmbito escolar, e se já atuam com o auxílio das mesmas. O resultado foi de quarenta respostas, considerando o uso das ferramentas tecnológicas importantes (mais de 42%), porém, para alguns professores, falta a capacitação para o uso delas (cerca de 30%). Através dessa experiência podemos considerar que o uso das tecnologias na educação ainda está em processo. Ao mesmo tempo em que temos resultados otimistas por meio do uso delas, há o desafio para os professores que não se sentem à vontade para usá-las, seja por despreparo, uma vez que a especialização na área requer tempo e dinheiro, em muitos casos as escolas que lecionam não oferecem cursos de capacitação, ou por não estarem dispostos a conciliar os novos recursos com o método de trabalho em que estão habituados.

PALAVRAS-CHAVE: Tecnologias. Ensino-aprendizagem. Educação.

MEDIA IN EDUCATION: THE EVOLUTION OF THE TEACHING-LEARNING PROCESS THROUGH THE TECHNOLOGICAL TOOLS

(2)

ABSTRACT: This study aims to present, in a brief way, the historical evolution of

information communication technologies (ICT) and to deepen the possibilities of the use of these technologies in education. Considering the use of the media as a support in the teaching-learning relationship, case study studies on the use of the same were used, presenting positive results in relation to this practice. An online form was also applied for teachers from different areas and levels of education, with the purpose of revealing what they think about the use of these tools in the school context, and whether they already act with their help. The result was forty responses, considering the use of important technological tools (more than 42%), however, for some teachers, lack of training for their use (about 30%). Through this experience we can consider that the use of technologies in education is still in process. At the same time that we have optimistic results through their use, there is a challenge for teachers who do not feel comfortable using them, either for lack of preparation, since specialization in the field requires time and money, in many cases the schools they teach do not offer training courses, or because they are unwilling to reconcile the new resources with the method of work in which they are accustomed.

KEYWORDS: Technologies; Teaching-learning; Education.

INTRODUÇÃO

A sociedade está sempre buscando meios de comunicação e de registro, desde a antiguidade até os dias atuais. Há diversas novas formas de pensar e conviver no mundo tecnológico, as relações entre os homens dependem dessa transformação que ocorre através de meios informacionais cada vez mais avançados.

A partir do século XXI, as tecnologias de comunicação avançaram num movimento muito rápido. Cohen e Schmidt (2013) afirmam que o número de pessoas conectadas em todo o mundo aumentou de 350 milhões para mais de dois milhões. Isso significa que o mundo caminha rumo a conectividade e a educação precisa estar caminhando juntamente a essa evolução.

Se a sociedade caminha rumo a essa metamorfose tecnológica, a escola não se enquadrará nesse perfil se continuar a utilizar métodos da época em que o computador era raridade e a internet quase não sabia do que se tratava. Libâneo (2013) afirma que em meio a essa sociedade informacional, a escola convencional não teria mais espaço, a escola de quadro-negro e giz.

Posto isso, o presente trabalho traz como objetivo o de compreender o progresso das tecnologias e suas contribuições para com a educação, relacionando seu papel na relação ensino-aprendizagem numa era em que a escola passa por uma transformação em sua demanda e os alunos atuais são da geração digital, sendo que a maioria dos professores e escolas ainda estão resistentes em não os acompanhar.

(3)

O trabalho foi elaborado através de pesquisas e levantamentos bibliográficos correspondentes aos assuntos abordados com base, inicialmente, em pesquisa e revisão bibliográfica. Em um segundo momento, foram analisados alguns estudos de caso sobre Tecnologias na educação. Por último, um formulário foi produzido por meio de questionários inseridos no ambiente da web, com análise do padrão de respostas obtido. O formulário online via Google formulários foi enviado, via redes sociais, para que professores pudessem responder perguntas relacionadas ao uso de tecnologias na educação. O link do questionário foi disponibilizado via Facebook, no enunciado estava indicando que o formulário era apenas para professores da rede social da graduanda. O resultado foi de 40 respostas anônimas (Figura 1).

Nas considerações finais, buscou-se cruzar os dados teóricos e os empíricos obtidos, à guise de formular conclusões.

Figura 1- Capa do Formulário encaminhada aos educadores respeitando os códigos de Ética na pesquisa

Fonte: GONÇALVES, M. Marluce, 2017.

(https://docs.google.com/forms/d/18jKySVqETZ4rS_DR6pANz_lb4Hh7cnndmbA4Mh7ajWY/edit#re sponses)

2. DESENVOLVIMENTO

2.1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1.1. Sociedade da informação e a era digital

Para compreendermos a sociedade informacional atual, devemos nos atentar às formas sociais do tempo e suas transições. O ser humano sempre fez uso de recursos para se comunicar conforme sua época. Para Levy (1997), compreender o lugar essencial das tecnologias da comunicação e da inteligência na história cultural nos transmite uma nova

(4)

visão da verdade. Para explicar melhor seu pensamento, usa como exemplo a comunidade camponesa na qual a invenção da agricultura (revolução neolítica) foi uma forma de exploração de sua relação com o tempo. Isto é, os homens do paleolítico eram dependentes da natureza, mas descobriram o fogo, enquanto os do neolítico vivenciaram uma nova era de sobrevivência e se adaptaram aos eventos de seu tempo, pois a agricultura se organiza através das estações.

Assim ocorreu também com a escrita, utilizando o raciocínio de Levy (1997) com relação aos homens que deixaram seus registros em pedras. Através dela, vários estudos foram se estruturando ao longo da história da humanidade. Ela sempre permitiu uma situação prática de comunicação e, de geração em geração e com o passar dos anos, a escrita continuou sendo um dos principais meios de comunicação entre indivíduos. Condé (2000) diz que a geração de homens ligados à tecnologia foi responsável por diversas transformações. Na medida em que o tempo foi passando, as descobertas do homem foram se aprimorando.

Após considerarmos as formas de tecnologias desenvolvidas pelo homem na Antiguidade, daremos um salto para a modernidade dando destaque às grandes navegações que devem ser consideradas como um grande avanço tecnológico de seu tempo, uma importante inovação que promoveu a interação entre países de diversos continentes. Elas desempenharam um papel importante na construção da ideia de ciência astronômica, pois, na modernidade, surge o telescópio, deixando os olhos da humanidade voltados para a junção da ciência e da técnica. Essa relação entre os dois fenômenos estabeleceu verdadeiras consequências científicas, principalmente para a construção de mundo para o período, segundo Condé (2000).

As novas tecnologias foram se aprimorando de acordo com o tempo e suas descobertas. Condé (2000) afirma que, a cada nova tecnologia, surge a necessidade de outra tecnologia, batizando, categoricamente, a idade moderna como uma sociedade tecnológica. Para o autor, a ciência e a técnica são resultados do homem e possuem o mesmo regimento cultural.

Desse modo, Harvey (1993) apresenta a pós-modernidade e sua transição para a idade contemporânea como a principal responsável pelas mudanças no meio cultural, artístico, ciência, assim como nos avanços tecnológicos. Em A Condição Pós-Moderna (1989), o autor destaca a estética do mundo pós-moderno, dando ênfase ao espaço urbano como centro dessas modificações. Quando Harvey discute a pós-modernidade como condição histórica, deixa claro que os exercícios estéticos e culturais possuem uma condição suscetível à experiência variável do tempo e espaço, por envolverem a construção de exibição dos artefatos espaciais a partir da ação da experiência humana. Para ele, não

(5)

há maneira de negar as profundas transformações provenientes da relação entre indivíduo e os avanços tecnológicos.

As novas tecnologias causaram um impacto na sociedade e na cultura, segundo Levy (1997). O uso intensivo de ferramentas moldou a sociedade e as novas técnicas ganharam força entre os seres humanos. A técnica é uma figura de análise dos sistemas sócio-técnicos globais, carregam projetos variados. Seu uso solidifica relações de acordo com cada cenário que a solicita. No século XIX, por exemplo, as máquinas a vapor sugaram a energia dos operários, enquanto os computadores aumentaram a capacidade de interação dos indivíduos.

2.1.2. As tecnologias da informação e comunicação

Para Ferreira (2007), as novas tecnologias da informação que surgiram nas últimas décadas carregam um potencial de comunicação que altera a sociedade. Essa alteração modificou não apenas a técnica de produção, mas as bases de suporte que a transmite. Por exemplo, um texto eletrônico pela tela do computador é uma mudança mais radical, pois, podemos ler, anotar, arquivar, entre outras funções que a tecnologia permite. Castells (1999) afirma que o processamento da informação tem em foco o aprimoramento da tecnologia como fonte de produtividade, em um círculo vicioso de comunicação entre as fontes de conhecimentos tecnológicos e o uso da tecnologia como fornecedora de conhecimento. Para o autor, as novas tecnologias integram o mundo em redes globais, principalmente por meio das comunidades virtuais.

O uso das novas tecnologias, segundo Castells (1999), passou por três estágios: a automação de tarefas, as experiências de usos e a reconfiguração das aplicações. Nos dois primeiros estágios, o método da inovação tecnológica se configurou em aprender usando. Já no terceiro, os indivíduos aprenderam a usar a tecnologia, fazendo-a. O que acarretou na reconfiguração as redes e na descoberta de novas aplicações.

De acordo com Levy (1997), um computador é uma montagem particular de unidades de processamento e, ao ser conectado ao ciberespaço, pode se dirigir a diversas funções da informática disponíveis nesse elemento. Nesse espaço físico, social e informacional, a universalização da cibercultura é complementar na tendência virtual a que estamos habitados. A cibercultura encontra-se ligada ao meio virtual por meio da digitalização da informação e através da virtualização das questões da sociedade.

Em A Nova Era Digital (2013), Cohen e Schmidt comentam como as tecnologias de comunicação progrediram. Para eles, houve um aumento muito rápido em relação ao número de indivíduos conectados, já na primeira década do século XXI. Se esse avanço insistir, os seres humanos serão pessoas crescentemente produtivas, eficientes e

(6)

criativas. Em suma, todos na Terra estarão conectados, mas caberá às pessoas descobrirem o que estar conectado significa para elas.

“As revoluções midiáticas são uma peça essencial de nossa história e cultura, desencadeavam e ainda desencadeiam dinâmicas no processo da civilização” (SCHLOBINSKI, 2012, p.140). A sociedade da informação e a era digital estão inseridas de forma complementar, como argumenta Lévy (1997), quando diz que o saber informacional não visa apenas manter a verdade e nem uma sociedade que viva sem mudanças, ele procura a agilidade de sua execução. Ao aproveitar de sua capacidade de armazenamento de dados, a sociedade, ao longo dos anos, viu que a mudança está em não depender apenas da memória para guardar informações, mas dos sistemas operacionais que desenvolvem essa função.

Essas revoluções tecnológicas deram espaço para a educação se reciclar, isto é, surgiram novos meios tecnológicos que deram oportunidades para o ensino. Em

Cibercultura (1997), Pierre Lévy esclarece que

[...] organizando a comunidade entre empregadores, indivíduos e recursos de aprendizagem de todos os tipos, as universidades do futuro contribuiriam assim para a animação de uma nova economia do conhecimento. (1997, p. 159).

A partir dessas informações, aprofundaremos a introdução das tecnologias na educação no próximo subtema.

2.1.3. Tecnologias na educação

Segundo Lévy (1995), existem três formas de apropriação do conhecimento: a primeira, a linguagem falada; a segunda, a linguagem escrita e, por último, a linguagem digital. Ela se enquadra no espaço das novas tecnologias eletrônicas de comunicação e de informação das quais falaremos no decorrer do excerto.

Kenski (2007), diz que a tecnologia serve para fazer guerra, assim como serve para a educação. O importante é saber usá-la. As tecnologias, o poder e o conhecimento estão vinculados a todas as épocas e relações sociais. A educação é uma ferramenta importante para desenvolver conhecimento, por isso, é necessário estar inserida nos avanços tecnológicos. O avanço tecnológico ocorre numa velocidade progressiva, no entanto, a multiplicidade de tecnologias que surgiram nas últimas décadas não atingiu todas as pessoas de forma integral. Embora existam muitas pessoas que não possuem acesso, existem também aqueles que não a obtém, ou ainda, aqueles que não utilizam as Tecnologias da informação e comunicação da maneira apropriada.

Para Kenski (1997), com o avanço das tecnologias informacionais e comunicacionais, a rotina da escola se altera gradualmente. Aos professores é importante que elas se

(7)

insiram em sua carga horária de trabalho, tempo para aprofundar suas pesquisas e desenvolver atividades fazendo uso dos recursos tecnológicos disponíveis na escola. Uma vez praticado, irá se tornar mais fácil de reproduzir a experiência, ampliando o conhecimento e tornando a didática mais moderna.

Laurrillard (1995) aponta que as funções do professor e aluno podem ser desenvolvidas através de novas tecnologias de comunicação. O professor pode substituir uma história, por um vídeo. Imagens, por slides. O professor pode provocar o aluno para que ele faça pesquisas, aprendendo por descobertas e ordenando os seus conhecimentos da maneira que quiser. Assim o aluno se torna um colaborador da aprendizagem, trocando informações com a turma e professor.

Para Kenski (1997, p.60),

[...] as velozes transformações tecnológicas da atualidade impõem novos ritmos e dimensões à tarefa de ensinar e aprender. É preciso que se esteja em permanente estado de aprendizagem e de adaptação ao novo. Não existe mais a possibilidade de considerar-se alguém totalmente formado, independentemente do grau de escolarização alcançado.

A citação acima afirma sobre a urgência do professor em se preparar para a nova

era e continuar se preparando, pois é nítido que com o passar do tempo, os meios

tecnológicos vão se aprimorando e o professor deve acompanhar essa evolução.

Imbernón (2010) ressalta que o professor deve facilitar o processo de ensino

aprendizagem do aluno. Ou seja, deve partir dele a iniciativa de utilizar recursos

tecnológicos para ensinar e aprender. São iniciativas que revelam a inclusão das

mídias na prática pedagógica. Em complemento, Moran (2012, p.13) sugere que

[...] a educação fundamental é feita pela vida, pela reelaboração mental emocional das experiências pessoais, pela forma de viver, pelas atitudes básicas da vida e de nós mesmos’. Assim, o uso das TIC na escola auxilia na promoção social da cultura, das normas e tradições do grupo, ao mesmo tempo, é desenvolvido um processo pessoal que envolve estilo, aptidão, motivação.

2.1.4. As tecnologias da informação e comunicação e o ensino

De acordo com Coll e Moreno (2010), as TIC, em todas as suas fases, tem sido sempre ferramentas para aprender, pensar, conhecer, representar e transmitir para as outras pessoas os conhecimentos adquiridos. “A entrada em cena das TIC [...] leva os processos educacionais para além das paredes da escola”. (p.30). Com isso, as mudanças que ocorrem em meio a esse processo de introduzir as TIC no ambiente escolar, possibilitam ao aluno e ao professor habilidades e interações.

A definição de TIC é Tecnologia de Informação e Comunicação. É um termo geral utilizado para definir a metodologia do uso das tecnologias na educação. As TIC

(8)

oferecem recursos didáticos direcionados a diferentes casos e necessidades de cada aluno. Possibilitam que o professor apresente de forma diversificada informações e conhecimentos. Por meio das TICs, conseguimos adquirir informação no momento em que necessitamos, de acordo com nossos interesses.

Kenski (2007) defende que as tecnologias são utilizadas como auxiliar no processo educativo. Elas estão presentes em vários momentos pedagógicos, “desde o planejamento das disciplinas, a elaboração da proposta curricular até a certificação dos alunos que concluíram um curso” (p.44). Portanto, as TIC atuam, diretamente e/ou indiretamente, no meio educacional. A presença de algum item tecnológico na educação proporciona diversas formas de organizar o ensino.

A seguir, veremos alguns relatos e experiências do uso das tecnologias no meio educacional.

2.1.5. Estudos de caso de Tecnologias na Educação

A partir de análises de pesquisas realizadas por meio do uso de tecnologias no ambiente educacional de ensino público, ficou evidente a necessidade de estar conscientizando alunos e professores a utilizarem os recursos de maneira correta e prazerosa para auxiliarem o processo de ensino-aprendizagem. Nota-se também a escassez de cursos capacitadores nessa área oferecidos gratuitamente aos docentes.

Em estudo de caso, Pereira (2012 p.22) conclui que alguns professores reconheceram que as tecnologias ampliam o conhecimento, as aulas ficam mais interessantes e os alunos mais motivados e interessados em aprender. Os professores relataram a necessidade de estarem realizando cursos de capacitação para domínio dos programas e aplicação de conteúdos que requerem ser mais detalhados. Necessitam dominar essas ferramentas.

Isso significa que as secretarias educacionais devem estar atentas em oferecer capacitações para os professores ingressados nas redes públicas do país. Nota-se a insuficiência de profissionais capacitados nas áreas tecnológicas, muitos deles sem saberem o básico.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1. Pesquisa empírica: Tecnologias e Mídias na Educação

A proposta da pesquisa envolve uma breve análise exploratória sobre o que

pensam os professores de diversas áreas e níveis de ensino a respeito do uso

das TICs em sala de aula. Elaborada e respondida online, através de contatos em

(9)

redes sociais (Facebook e Whatsapp), a pesquisa obteve resultados referentes ao

uso das TICs e garantiu anonimato aos entrevistados, conforme protocolo de

Ética usado no IFSP, se apoiando apenas em informações sobre idade,

escolaridade e município em que leciona.

O resultado alcançado do questionário foi de 40 profissionais/respostas para as

16 perguntas. Das respostas, há uma variação etária no público atingido que vai

de 23 a 61 anos. As idades que mais predominaram foram 28 anos e 35 anos.

Figura 2. Formação dos educadores Fonte: GONÇALVES, M. Marluce, 2017.

(https://docs.google.com/forms/d/18jKySVqETZ4rS_DR6pANz_lb4Hh7cnndmbA4Mh7ajWY/edit#re sponses)

Pós-graduação completa é o nível de formação que predomina nas 40 respostas (Figura

2), em segundo lugar, o ensino superior com 25%. Considerando as disciplinas que os

profissionais lecionam, História é a área que mais respondeu ao formulário, o segundo lugar houve um empate entre as disciplinas de Geografia e Língua portuguesa.

Diversos municípios de atuação dos entrevistados foram citados na pesquisa, inclusive em estados como Rio Grande do Sul, Paraná, Acre, Rondônia, Santa Catarina, Pernambuco, Bahia e Minas Gerais. Espírito Santo do Pinhal e São Paulo, capital, seguem como os munícipios que mais obtiveram respostas.

(10)

Figura 3. Tempo em que leciona

Fonte: Fonte: GONÇALVES, M. Marluce, 2017.

Sobre a pergunta “Há quanto tempo leciona” (Figura 3), houve um empate nas respostas entre 6 a 10 e acima de 10 anos, como podemos ver no gráfico. Isso demonstra que uma parcela significativa dos professores hoje lecionando nas escolas regulares, já possuem certa experiência em exercício, qualificação importante para o incremento de novos recursos didáticos em sala de aula, como das tecnologias da comunicação.

Figura 4. Nível em que atua Fonte: GONÇALVES, M. Marluce, 2017.

O gráfico acima (Figura 4) corresponde ao nível de ensino em que os professores participantes atuam. Como podemos ver, o Ensino Médio esteve à frente com 57,5% das respostas, seguido do nível do “Ensino fundamental”.

(11)

Figura 5. Sobre a existência de Laboratório de Informática na Escola Fonte: GONÇALVES, M. Marluce, 2017.

Constatamos que 80% das instituições em que os profissionais trabalham possuem laboratórios de informática (Figura 5). Em relação a esse gráfico, 45% das respostas foram que o laboratório de informática é de uso razoável (Figura 6), com problemas no acesso e quantidade dos aparelhos não atendem à demanda. Enquanto 30% afirmam que é de uso satisfatório, pois funcionam todos os aparelhos, todos os equipamentos atendem à demanda dos alunos. Apenas 10% possui caráter insatisfatório. As outras respostas variaram entre “não tem laboratório de informática”, “tinha, mas os computadores ficaram obsoletos ou queimaram”, “o acesso não é liberado com frequência”.

Para que o uso das TIC signifique uma transformação educativa que se traduza em melhora, muitas coisas terão que mudar. Muitas estão nas mãos dos próprios professores, que terão que redesenhar seu papel e sua responsabilidade na escola atual. Mas outras tantas escapam de seu controle e se inscrevem na esfera da direção da escola, da administração e da própria sociedade (IMBÉRNON, 2010, p.36)

(12)

Figura 6. Condições do Laboratório de Informática Fonte: GONÇALVES, M. Marluce, 2017.

Posto isso, Almeida et al. (2013) analisam criticamente a realidade dos alunos em relação a monótona rotina das aulas em que os professores se limitam em utilizar os mesmos recursos repentinamente. Isso causa um descontentamento, uma vez que estão habituados ao uso das tecnologias e observam que a escola caminha num caminho contrário. Do outro lado, temos os professores que até se sentem com vontade de utilizar as ferramentas tecnológicas, mas possuem dificuldades em acompanhar a evolução das TICs.

Figura 7. Existência de Data Show Fonte: GONÇALVES, M. Marluce, 2017.

(13)

Figura 8. Funcionalidade do Data Show Fonte: GONÇALVES, M. Marluce, 2017.

97,5% das instituições possuem data show (Figura 7). Nota-se que 60% das respostas dizem que o data show da instituição de ensino é de uso satisfatório (Figura 8), 30% razoável e apenas 2,5% é insatisfatório. Em outras respostas apareceram afirmações do tipo: “o aparelho não é liberado com frequência” e “temos apenas um aparelho, mas funciona certinho”.

Figura 9. Uso dessas ferramentas tecnológicas da informação e comunicação Fonte: GONÇALVES, M. Marluce, 2017.

De acordo com o gráfico (Figura 9), o uso do laboratório de informática ou data show, uma ou mais vezes na semana, é de maior intensidade. Porém, 20 % responderam que utilizam algumas vezes no ano, o que significa um número alto de profissionais que utilizam raramente essas ferramentas.

Desse modo, Moran (2000) comenta que o professor é a figura mais importante nesse processo de inclusão da internet na educação, devendo-se partir dele a vontade em aprimorar seus saberes para depois transmitir em sala de aula, da mesma forma que se fez com o livro em outros tempos. O docente deve ver a tecnologia como uma forte aliada do processo ensino-aprendizagem. Ela, como recurso, contribui para uma notável mudança no eixo educacional. Mesmo que haja insegurança ou resistência em seu uso,

(14)

as instituições de ensino devem oferecer formação complementar para capacitar esses professores que se sentem ameaçados em utilizá-la.

Figura 10. Capacitação em TIC Fonte: GONÇALVES, M. Marluce, 2017.

Cerca de 70% das instituições (Figura 10) em que os profissionais trabalham não oferecem cursos de capacitação na área de tecnologia, o que implica na dificuldade em que os professores encontram em utilizar as ferramentas. Sousa e Moita (2011) complementam, por sua vez, que a escola deve se reinventar se deseja sobreviver como instituição educacional. É fundamental que o professor de aproprie e se informe das tecnologias digitais para que estas possam ser ordenadas em sua prática pedagógica. A prática consiste no uso de computadores e das ferramentas multimídia em sala de aula. Mas, para isso, o professor deve estar interessado para não se sentir ameaçado e nem acuado diante dessas transformações.

Figura 11. Aptidão ao uso de TIC Fonte: GONÇALVES, M. Marluce, 2017.

(15)

Os dados acima apontam que dos 40 entrevistados (Figura 11), 69,2% assumem estarem aptos em utilizar as ferramentas, 28,2% talvez e 2,6% afirmam que não estão. Em uma questão em que profissional teria que se autoavaliar e definir uma nota para seus conhecimentos na área de tecnológica, 32,5% deram nota 7, 25% nota 8, 10% nota 10, o que equivale a um conhecimento elevado, e apenas 2,5%, nota 4. De acordo com as respostas, esse total de 69,2% considera aptos a utilizarem ferramentas como computador, datashow, etc., tecnologias que as instituições em que trabalham, oferecem. Segundo Masseto (2012), é importante relacionar o ensino com o cotidiano do aluno, devendo-se aproximar ele de todas as formas e estímulos didático-tecnológicos possíveis. Portanto, a necessidade de o professor estar se adaptando a essas transformações tecnológicas é de extrema relevância. O docente deve dominar as ferramentas para chegar mais próximo do aluno, uma vez que o discente vive a realidade digital.

Tabela 1- Relevância da Inclusão de TIC no Ensino

Idade Formação Você considera importante a inclusão de mídias na educação? Por quê?

23 Pós-graduação

(Lato Senso) Completo

Em parte. Acredito que elas ajudam até certo ponto (exposição de fatos, imagens, pesquisas), mas muitas vezes os alunos não as usam de forma consciente. 28 Ensino Superior Sim, pois aí o aluno tem mais opções de aprendizagem. 31 Doutorado - Incompleto Sim. Lidamos com uma geração muito estimulada e

conectada. É importante estar atualizada.

35 Doutorado - Completo Sim, como uma ferramenta didática para demonstrações, ilustrações e pesquisa.

37 Doutorado - Completo Sim. Porque a tecnologia tem se convertido cada vez mais em uma linguagem comum para os jovens, e os professores precisam estar adaptados às novas mudanças.

52 Pós-graduação

(Lato senso) Completo

Sim, pois ela é uma das linguagens contemporâneas.

61 Pós-graduação

(Stricto sensu, nível mestrado) - Completo

Sim, nas ciências a pesquisa é fundamental

Fonte: GONÇALVES, M. Marluce, 2017.

Foram selecionadas, sete das quarenta repostas que obtivemos na pesquisa, com idade entre 23 a 61 anos e com formações diversificadas (Tabela 1). Nota-se, de acordo com as justificativas, um resultado positivo em relação à inclusão das mídias na educação. Todas as respostas estão de acordo com as apontadas na tabela, concluindo então, que os professores participantes da pesquisa (independente da faixa etária) consideram

(16)

importante a inclusão de mídias na educação, por se tratar de uma ferramenta atual na vida dos alunos.

Tabela 2. Respostas qualitativas sobre uso do Celular em sala de aula

Vai depender da escola e o tipo de clientela, na maioria das vezes é adequado para o nível médio com orientação do professor

Adequado quando se relaciona a um tema a ser desenvolvido na aula

Em nossa realidade, inadequado. Pois os alunos acabam utilizando para o que não deve. Adequado, desde que usados para fim didático

Adequado com conscientização dos alunos e professores

Adequado, desde que seu uso seja planejado, haja intencionalidade pedagógica. O uso do celular precisa estar a serviço da aprendizagem, isto é, ser usado para facilitar/favorecê-la.

Adequado, utilizo demais a internet para pesquisas reais com os alunos Inadequado

Adequado se as escolas tivessem estrutura para wi-fi para o uso pedagógico Adequado se usado de uma forma correta, de usar para fins de pesquisa. Adequado, desde que utilizado para fins didáticos.

Se usado corretamente pode ser adequado. Adequado, se for para uso pedagógico.

O uso é adequado quando o professor permite, pode ser utilizado para pesquisa de conceitos na aula... inadequado para a atenção ao conteúdo exposto, daí a demanda por metodologias ativas de aprendizagem Inadequado. Muitas vezes, mesmo com um bom objetivo, ainda há o uso inadequado do celular pelos educandos.

Inadequado, pois os alunos quando tem essa permissão usam para tirarem fotos e para acesso a redes sociais, não prestando atenção na aula.

Inadequado. Não vejo maturidade dos acadêmicos para utilizar tal recurso sem desviar a atenção para assuntos alheios a discussão em sala de aula

Depende do nível de uso. Responder mensagens etc. não me incomodam. Mas acho desrespeito quando o aluno não dá a mínima, mas continua na sala.

Adequado. Os docentes necessitam refletir sobre suas práticas de ensino e aprendizagem. Pois, é evidente, que o professor não o detentor dos conhecimentos, das informações. Elas estão na internet, nas redes sociais, no WhatsApp e dentro desse contexto educacional de áudios, de imagens, de visualidades que o educador necessita pensar ao elaborar suas aulas para não ficar falando para alguns estudantes e/ou ficar nos monólogos e pior ficar chamando a todo instante a atenção dos educandos.

Adequado desde que o professor saiba conduzir o uso do mesmo. Inadequado

Acredito que os smartphones dos alunos possam ser utilizados em algumas práticas pedagógicas, mas não em todas e a todo momento, pois muitos estudantes não conseguem manter o foco de atenção em uma atividade e acabam desviando do que está sendo proposto na prática.

Adequado se usar o celular para pesquisa ou outro aplicativo que auxilia a aula. Inadequado se o uso for livre, sem limites.

Adequado. Facilita as aulas

Adequado, se o uso for feito para pesquisas, retirar de dúvidas e aprofundar o conhecimento. Adequado ajuda em pesquisa

Adequado e o aluno deve ser avisado que a pesquisa é somente naquela aula.

Adequado para pesquisa. Infelizmente dependemos da internet dos alunos. Não temos wifi na escola. Trabalho na rede estadual de SP.

Inadequado quando seu uso é indiscriminado pelos alunos, prendendo sua atenção em concorrência com o tema da aula. Mas seria muito útil se seu uso fosse direcionado para o contexto da aula, e os alunos soubessem respeitar essa delimitação.

(17)

Por mais que seja uma ferramenta de fácil acesso o celular oferece distrações que os alunos não têm maturidade para lidar, assim sendo preciso um trabalho árduo para que se possa usá-lo na sala de aula. Ambas as situações. Seria adequado desde que os alunos realmente soubessem fazer um bom uso dele em sala de aula.

O uso do celular em sala de aula, quando bem conduzido, é adequado, pois os alunos estão constantemente em contato com essa tecnologia. Utilizá-la adequadamente faz com que o aluno se interesse mais pelo conteúdo.

Adequado, desde que os alunos estejam preparados para utilizá- lo no ambiente escolar. Dependendo da atividade proposta e é da finalidade desta, acho o uso válido.

Na minha visão o uso do celular em sala de aula é adequado, mas quando o mesmo é utilizado como um recurso de aprendizagem. Como por exemplo: usar a lista de contatos para trabalhar a ordem alfabética, calculadora, calendário, relógio e entre outros aplicativos.

Inadequado pois, infelizmente, a maioria dos alunos não sabe utilizar essa ferramenta tecnológica da maneira correta

A proposta é boa. Através do celular, os alunos poderão usá-lo como ferramenta de pesquisa. Porém, no lugar em que eu trabalho, seria bem desafiante, pois a maioria não possui maturidade para isso e a escola não oferece navegação gratuita.

Fonte: GONÇALVES, M. Marluce, 2017.

A última pergunta da pesquisa (Tabela 2) possui um caráter instigador, pois, na pergunta anterior, foi proposto para os entrevistados discutirem a importância da inclusão das mídias no ambiente escolar. Os resultados foram positivos, mas, quando se tratou do uso de celular em sala de aula como ferramenta de estudos/pesquisas, nem todas as respostas foram positivas.

Podemos notar que os que disseram inadequado justificaram explicando que os alunos não possuem essa maturidade para o uso do celular como ferramenta de aprendizagem. Para as respostas adequado, o resultado foi satisfatório, pois os próprios professores concordaram em que o uso do celular é uma ferramenta para compartilhar os conhecimentos e para fins de pesquisas.

Ramos (2013) nos ajuda a refletir sobre esses dados ao trazer resultados de pesquisa realizada com professores de Sociologia e Filosofia durante seu estágio supervisionado. Os recursos utilizados para o estudo foram as tecnologias que os alunos possuem, como celulares, por exemplo. O resultado da pesquisa deixou evidente que alguns alunos não utilizaram os recursos como deveriam, alguns enviavam mensagens, escutavam músicas, até fizeram ligações. Nesse sentido, a proposta segue caminho oposto do que as tecnologias oferecem ao processo de ensino-aprendizagem.

(18)

Nesta pesquisa surgiram respostas do tipo: “Adequado para pesquisa”, “Infelizmente dependemos da internet dos alunos”, “Não temos wifi na escola”, “Trabalho na rede estadual”. Apesar de não sabermos a qual estado da federação se refere, estas respostas apontam as principais dificuldades em que as escolas estaduais enfrentam na tentativa de estarem utilizando o celular como mídia educacional, uma vez que nem todos os alunos possuem recursos para acessarem por conta própria, e as escolas ainda não possuem uma estrutura informatizada e esclarecida para oferecer aos alunos acesso livre à internet.

De acordo com Cysneiros (1999, p.12)

[...] o professor encontra-se sobrecarregado com aulas em mais de um estabelecimento, falta-lhe tempo para estudar e experimentar coisas novas, recebem baixos salários. Em tais escolas tem-se encontrado pessoas ensinando matérias que não dominam [...].

Essa é uma realidade vivenciada por muitos profissionais, ora falta tempo, ora falta recurso financeiro para estarem se especializando em informática na educação e/ou em outras áreas. Segundo Lévy (1999, p.163), a ocasião não é de utilizar as tecnologias a qualquer custo, mas de estar acompanhando detidamente a mudança que ocorre na civilização que questiona as formas institucionais e a cultura dos sistemas educacionais e, sobretudo, os papéis de professor e aluno.

4. CONCLUSÕES

Os estudos sobre tecnologias na educação concluíram-se que desde muito tempo vem se falando da necessidade do ambiente escolar estar se adaptando aos novos fenômenos da era digital. Através deste trabalho, ficou evidente a preocupação acerca das tecnologias estarem inclusas no dia a dia dos professores como ferramenta de trabalho.

Quando empregada para fins escolares, a tecnologia da informação e comunicação pode contribuir para a produção de conhecimento e serve como benefício no processo ensino-aprendizagem. Para que isso aconteça, o professor deve se especializar na área e reconhecer que a adoção de mídias na educação possui reflexos positivos para o alcance de um resultado satisfatório em relação ao conhecimento e aprendizagem.

Não obstante, há uma realidade um tanto preocupante na rotina dos professores, falta tempo para a capacitação na área ou recursos financeiros para estarem realizando cursos profissionais que habilitam os profissionais da educação a utilizarem as mídias e tecnologias. Nota-se também a ausência ou insuficiência das secretarias de educação de estarem oferecendo especializações gratuitas na área. Portanto, faz-se necessário

(19)

planejar alguns trilhos para a formação de professores numa expectativa inovadora, imprescindível para beneficiar a qualidade da escola.

Através das respostas encaminhadas via Formulários Google, concluiu-se que alguns professores concordam com os alunos no uso do celular como recurso de pesquisa, porém, nem todas as escolas amadureceram a ideia de inclusão de tecnologias em sala de aula. Por isso, o professor fica numa situação complicada para inovar suas técnicas resultando na inutilização do mesmo.

Alguns consideram a falta de maturidade dos alunos em relação ao uso do celular preocupante, mas talvez não seria pelo fato de nunca terem usado para estes fins? Porventura, a solução estaria na experiência e prática deste ato, se caso não se adaptarem, o professor pode estar procurando outras alternativas para a inclusão das TICs em sala de aula.

De acordo com o resultado da pesquisa empírica, o uso de recursos tecnológicos ainda está em processo, aos poucos os professores estão ganhando autonomia e planejando as suas aulas de forma mais dinâmica.

O ser humano está em constante evolução, assim como as tecnologias, e a relação entre ambos é muito forte. O próprio ser humano que faz as tecnologias evoluírem, é ele que está sempre buscando novidades e priorizando invenções. Tudo isso é permitido através dos estudos e criatividade que o ser humano produz, portanto, as tecnologias devem estar inseridas no meio educacional.

Quando bem utilizadas, as tecnologias podem trazer resultados essenciais no âmbito escolar aos discentes dessa nova geração e, assim, o professor não deixará de explicar e nem os livros perderão sua importância. No entanto, em compromisso com a educação integral, as tecnologias trarão resultados significantes e prazerosos aos alunos, basta saber usá-las.

REFERÊNCIAS

CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede. vol 1, São Paulo: Paz e Terra, 1999.

COHEN, Jared. SCHMIDT, Eric. A nova era digital: Reformulando o futuro das pessoas, das nações e dos negócios. Edição digital. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2013.

COLL, César; MAURI, Teresa; ONRUBIA, Javier. A Incorporação das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação: Do projeto técnico-pedagógico às práticas de uso. In: COLL, César; MONEREO, Carles (Orgs.). Psicologia da Educação Virtual: Aprender e ensinar com as tecnologias da informação e comunicação. Porto Alegre: Artmed, 2010.

CONDÉ, Mauro Lúcio Leitão. Ciência e técnica: As tecnologias de navegação na época dos descobrimentos e a construção da ciência astronômica. UFMG Observatório

(20)

Astronômico Frei Rosário. 2010. Disponível em: <http://www.observatorio.ufmg.br/pas22.htm>. Acesso em 19/09/2017.

CYSNEIROS, Paulo G. Novas tecnologias na sala de aula: melhoria do ensino ou inovação conservadora? UNIANDES- LIDIE, Bogotá-Colômbia, v. 12, n.1, p. 11-24, 1999.

Acesso 22/10/2017. Disponível em: <

http://www.pucrs.br/famat/viali/doutorado/ptic/textos/articles-106213_archivo.pdf>.

FERREIRA, Jorge Carlos Felz. Mutações Sociais e Novas Tecnologias: O potencial radical da Web. 2007. Acesso em 21/07/2017. Disponível em: <

http://www.bocc.ubi.pt/pag/felz-jorge-potencial-radical-da-web.pdf>

GONÇALVES, Marluce M. Tecnologias e Mídias na Educação. Formulários Google.

(2017). Acesso: 01/11/2017. Disponível em:

<https://docs.google.com/forms/d/18jKySVqETZ4rS_DR6pANz_lb4Hh7cnndmbA4Mh7aj WY/edit#responses>.

HARVEY, David. Condição Pós-Moderna. São Paulo: Edições Loyola, 1993.

IMBERNÓN, Francisco. Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2010.

KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. 6. ed. Campinas: Papirus, 2007.

KENSKI, Vani. Memórias e formação de professores: interfaces com as novas tecnologias de comunicação. In: CATANI, D. et al. Docência, memória e gênero: estudos sobre formação. São Paulo: Escrituras, 1997.

KOHN, Karen. MORAES, Cláudia Herte de. O impacto das novas tecnologias na sociedade: conceitos e características da Sociedade da Informação e da Sociedade Digital. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Santos. 2007. Acesso:

19/09/2017. Disponível em:

<http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2007/resumos/R1533-1.pdf>.

LAURILLARD, Dianna. Multimedia and the changing: experience of the learner. British Journal of Educational Technology, v. 26, n. 3, Londres, 1995.

LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: O futuro do pensamento na era da informática. 1ª. ed., São Paulo: Editora 34, 1995.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. 1ª. ed. São Paulo: Editora 34, 1997.

LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora?: Novas exigências educacionais e profissão docente. 13. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

MORAN, José Manuel, MASSETTO, Marcos T., BEHRENS Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediações pedagógicas. Campinas, SP. Papirus, 2012.

PEREIRA, Bernadete T. O uso das tecnologias da informação e comunicação na prática pedagógica da escola. 2012. Acesso 23/10/2017. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1381-8.pdf>.

(21)

RAMOS, Márcio R. Vieira. O uso de tecnologias em sala de aula. Revista Eletrônica: LENPES-PIBID de Ciências Sociais-UEL. v. 1, n. 2, Londrina, 2012. Acesso 21/10/2017.

Disponível em:

<http://www.uel.br/revistas/lenpes- pibid/pages/arquivos/2%20Edicao/MARCIO%20RAMOS%20-%20ORIENT%20PROF%20ANGELA.pdf>

SANTO, Janete A. do E. Santo. CASTELANO, Karine Lobo. ALMEIDA, Jaqueline Maria de. Uso de tecnologias na prática docente: Um estudo de caso no contexto de uma escola pública do interior do Rio de Janeiro. 2013. Acesso 21/10/2017. Disponível em: <http://ticeduca.ie.ul.pt/atas/pdf/24.pdf>.

SCHLOBINSKI, Peter. Linguagem e comunicação na era digital. Pandaemonium, São Paulo, v. 15, n. 19, Julho, 2012, p. 137-153.

SOUZA, Robson Pequeno de. MOITA, Filomena da M. C. da S. C. CARVALHO, Ana Beatriz Gomes. Tecnologias digitais na educação. Campina Grande, EDUEPB, 2011.

Acesso em 11/09/2017. Disponível em: <

Referências

Documentos relacionados

Biodiesel was produced from high free fatty acid raw Jatropha curcas oil (around 18% 396. w/w) using acid esterification followed by conventional

Desse modo, o Plano de Ação construído procurou focar na atuação da equipe diretiva das UEs – especificamente no gestor escolar e no supervisor educacional

(MEC, 2014, p.29). E no campo da Gestão Educacional, a Secretaria de Educação, ao elaborar o PAR, deve sinalizar qual é o método de escolha de gestores escolares e quais são os

Ao ampliarmos um pouco mais a reflexão, poderemos retomar novamen- te a importância do professor no desenvolvimento de relações mais próximas com as famílias, fato que nos remete a

Esta dissertação pretende explicar o processo de implementação da Diretoria de Pessoal (DIPE) na Superintendência Regional de Ensino de Ubá (SRE/Ubá) que

O Fórum de Integração Estadual: Repensando o Ensino Médio se efetiva como ação inovadora para o debate entre os atores internos e externos da escola quanto às

É importante destacar também que, a formação que se propõem deve ir além da capacitação dos professores para o uso dos LIs (ainda que essa etapa.. seja necessária),

Fonte: elaborado pelo autor. Como se pode ver no Quadro 7, acima, as fragilidades observadas após a coleta e a análise de dados da pesquisa nos levaram a elaborar