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97 ARS VETERINARIA, 16(2): , 2000.

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1 Aluno de Pós-Graduação (DVT - UFV)

2 Departamento de Veterinária - Universidade Federal de Viçosa 3 Departamento de Zootecnia - Universidade Federal de Viçosa 4 EMBRAPA - Gado de Leite

5 Universidade Federal de Viçosa - Alunos de Pós-Graduação

PERÍMETRO ESCROTAL, CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO

SÊMEN E MORFOLÓGICAS DOS ESPERMATOZÓIDES DE

TOUROS NELORE DE ALTA LIBIDO COMPARADOS COM

ANIMAIS DE LIBIDO INFERIOR

(SCROTAL PERIMETER, PHYSICAL SEMEN AND MORPHOLOGICAL

SPERMATOZOA CHARACTERISTICS FROM NELORE BULLS OF HIGH

LIBIDO COMPARED TO ANIMALS WITH LOW LIBIDO)

F. GALVANI

1

, E. P. COSTA

2

, C. A. A. TORRES

3

, J. H. BRUSCHI

4

,

M. D. SANTOS

5

, R. W. PINHEIRO

5

RESUMO

Um estudo foi realizado em fazenda de gado de corte no Sul do estado do Pará, onde se avaliou 170 reprodutores da raça Nelore, adultos e com idade média de 72 meses.

Formou-se dois tratamentos, sendo primeiro formado por 15 animais classificados como de alta libido ( 9-10 ) e o segundo formado por 155 animais com libido inferior.

As médias do perímetro escrotal, características físicas do sêmen (volume, turbilhonamento, motilidade progressiva, vigor espermático e concentração espermática) e morfológicas dos espermatozóides (defeitos maiores, menores e totais), foram 37,8 e 37,9 cm, 4,3 e 4,1 ml, 1,9 e 1,8, 58,7 e 60,0%, 4,5 e 4,7, 639,3 e 595,5 x 106 /ml, 3,9 e 4,1 %, 4,1 e 3,0 %, 8,1 e 7,1 %,

respectivamente, para os tratamentos 1 e 2.

As correlações de Pearson entre a libido e as características físicas do sêmen, morfológicas dos espermatozóides e perímetro escrotal, foram negativas, próximas de zero e não significativas.

Os animais de alta libido e os de libido inferior não diferem entre si, quanto ao perímetro escrotal e as características físicas do sêmen e morfológicas dos espermatozóides, e que a libido e as variáveis estudadas foram independentes.

PALAVRAS-CHAVE: Perímetro escrotal, sêmen, libido

SUMMARY

One hundred and seventh adult Nelore bulls, mean age of 72 months were evaluated at a beef cattle farm in the south of Pará State (Brazil).

Two treatments were formed, the first (treatment 1) was made up with 15 animals classified as having high libido ( 9-10 ) and the second (treatment 2) made with 155 animals having low libido scores.

The means of scrotal perimeter, semen physical characteristics (volume, gross motility, progressive motility, vigor and concentration of spermatozoa) and morphological spermatozoa characteristics (major defects, minor defects and total defects) were 37.8 and 37.9 cm, 4.3 and 4.1 cm, 1.9 and 1.8, 58.7 and 60.0%, 4.5 and 4.7, 639.3 and 595.5 x 106 / ml, 3.9 and 4.1

(2)

Pearson’s correlations between libido and physical semen and morphological spermatozoa characteristics and testicular biometry, were negative, close to zero and not significant.

The results showed that the animals with high libido did not differ from the one with lowe libido, considering testicular biometry and physical semen and morphological spermatozoa characteristics and that libido and the variables studied were independent.

KEY-WORDS: Escrotal perimeter, semen, libido

INTRODUÇÃO

O perímetro escrotal (PE), parâmetro reprodutivo de fácil mensuração, tem sido utilizada como indicador do potencial de produção espermática no processo de seleção de touros jovens.

BASCON & OSTERUD (1925) verificaram que alta percentagem do peso testicular é devida aos túbulos seminíferos, podendo ser determinado pela mensuração do perímetro escrotal, já que tais características são correlacionadas positivamente.

HAHN et al. (1969) observaram correlação positiva entre a mensuração testicular e a concentração espermática em touros da raça Holandesa, sendo alta nos animais jovens (um a dois anos) e tende a diminuir com a idade (seis a doze anos). Estes dados mostraram que o perímetro máximo foi atingido com cinco a seis anos de idade, permanecendo relativamente estável em animais com idade acima de seis anos. Entretanto, segundo os mesmos autores, esta correlação poderá ter pouco valor, pois outros fatores, como degeneração testicular e fibrose, podem ocorrer com o avançar da idade, mascarando a relação entre o perímetro escrotal e o potencial espermatogênico.

PALASZ et al. (1994) avaliando touros Bos taurus taurus verificaram orrelação positiva entre perímetro escrotal e produção diária de espermatozóides. Os animais com circunferência escrotal maior que 31 cm apresentaram maior produção espermática que os touros com perímetro inferior a 30 cm.

O tamanho dos testículos dos bovinos pode variar entre raças, com a idade e o peso do animal (GUIMARÃES, 1993). MACIEL et al. (1987) observaram que touros Nelore apresentaram perímetro escrotal médio de 28,2 cm (24 meses), 29,7 cm (30 meses), 31,1 cm (36 meses), 32,9 cm (48 meses), 33,8 cm (60 meses) e 35,7 cm (120 meses). Para touros azebuados aos 24 meses de idade, com predominância de animais da raça Nelore, suplementados com alto e baixo nível de concentrado, foram observados valores médios de 34,4 e 32,5 cm, respectivamente (SANTOS, 1996).

Para garantir adequada fertilidade é importante um número suficiente de espermatozóides e baixa patologia espermática (CHENOWETH, 1997 a; BARTH, 1997). Neste contexto, COULTER & KOZUB (1989) observaram

correlação negativa da percentagem de defeitos maiores com a fertilidade dos touros, avaliados pelo número de progênie.

CRUDELI et al. (1992) classificaram touros da raça Nelore quanto ao potencial reprodutivo como superiores, bons e questionáveis, de acordo com a qualidade de sêmen e perímetro escrotal, submetidos a testes de fertilidade em monta natural, numa proporção de 1:40,3 (touro : vaca). Os resultados não mostraram diferenças entre as classificações dos touros e as taxas de gestação aos 30, 60, 90 e 120 dias. Valores semelhantes foram obtidos por COSTA e SILVA et al. (1993) nas proporções 1:37,1 e 1:54,6. Possivelmente, segundo estes autores, outros fatores como a capacidade de serviço e a libido tenham influenciado os resultados. Este trabalho objetivou avaliar as características físicas do sêmen e morfológicas dos espermatozóides, o perímetro escrotal e a libido de touros da raça Nelore, comparar os valores obtidos pelos touros de alta libido ( 9-10 ) às mesmas características, de animais com baixa libido e verificar as possíveis correlações entre estas características e a libido.

MATERIAL E MÉTODOS

Este estudo foi realizado durante o mês de agosto de 1996, nas dependências da Fazenda Barreira Branca, localizada a 06º 22’ 08’’ Sul e 49º 09’ 04’’ Oeste, altitude de 221 metros do nível do mar, no sul do Estado do Pará. A região é de floresta tropical típica e topografia plana, com duas estações climáticas bem definidas, sendo uma chuvosa ( setembro a abril) e outra seca (maio a agosto), e precipitação pluviométrica média anual (1981-1994) de 1546,30 mm (PROENÇA, 1995).

Cento e setenta touros da raça Nelore, adultos e com idade média de 72 meses, usados como reprodutores na fazenda, foram submetidos a exame andrológico, quando se realizou a mensuração do perímetro escrotal (P.E.), segundo GUIMARÃES, (1993) e BARTH, (1995).

O sêmen foi colhido pelo método da eletroejaculação, conforme adotado por GUIMARÃES (1993) e para a análise das características físicas utilizou-se a metodologia proposta por FONSECA et al. (1991), onde foram avaliados o volume do ejaculado, o

(3)

turbilhonamento do sêmen, a motilidade progressiva retilínea, o vigor espermático e a concentração espermática. Na avaliação das características morfológicas dos espermatozóides, segundo adotado por GUIMARÃES (1993), uma amostra do ejaculado, suficiente para turvar o meio, foi adicionada a um frasco contendo 1 ml de solução de formol-salina tamponada (HANCOCK, 1957), e desta retirou-se uma gota de aproximadamente 20 microlitros da amostra previamente armazenada, adicionada de uma gota de 10 microlitros de uma solução do corante Rosa de Bengala a 1,5%, acondicionadas entre lâmina e lamínula. Utilizou-se os critérios descritos por BLOM (1973) , contabilizando 200 células por ejaculado e de acordo com os padrões estabelecidos por FONSECA et al. (1992).

A seguir, os animais foram avaliados quanto a libido, segundo a metodologia de PINEDA (1996), onde grupos de cinco touros foram colocados em piquete de aproximadamente um hectare, com duas vacas em estro e duas fora do estro, estando contida uma de cada categoria. O comportamento dos animais foi observado, com auxílio de um binóculo e atribuiu-se notas de zero a dez.

Após a avaliação, os animais foram distribuídos em dois grupos, sendo o primeiro (tratamento 1) formado por quinze animais classificados como de alta libido ( 9-10) e o segundo (tratamento 2) formado por 155 animais com a libido inferior.

As médias do perímetro escrotal, características físicas do sêmen e morfológicas dos espermatozóides, foram submetidas à análise da variância, a 5% de probabilidade. As correlações de PEARSON à 5% de probabilidade, entre libido e características físicas do sêmen e morfológicas dos espermatozóides e perímetro escrotal, foram realizadas utilizando-se o “Sistema de Análises Estatísticas e Genéticas”- SAEG , segundo EUCLYDES (1982).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As médias do perímetro escrotal, características físicas do sêmen e morfológicas dos espermatozóides, são mostradas na Tabela 1.

Animais de alta libido não diferiram dos demais com libido inferior quanto ao perímetro escrotal e as características físicas do sêmen e morfológicas dos espermatozóides.

Os valores obtidos foram inferiores aos encontrados por DIAZ & MANDLHATE (1983), que trabalhando com touros zebuínos da raça Africander, com 60 meses de idade, encontraram P.E. de 41 cm.

Valores semelhantes aos encontrados neste experimento foram reportados por PINEDA & LEMOS (1994) e FONSECA et al. (1996) com a mesma categoria de animais,

com respectivamente, 37,07 e 37,06 cm, o que pode ser justificado pelo uso de rebanhos selecionados. MORRIS et al. (1989), trabalharam com animais da raça Brahman, com 36 meses de idade e encontraram P.E. de 36,6 cm, podendo-se considerar que a raça sofreu maior pressão de seleção para estas características, além do manejo nutricional superior normalmente utilizado na pecuária de corte dos Estados Unidos.

As medidas da P.E. deste experimento, foram superiores às encontradas por MACIEL (1987), 33,8 cm para animais de 60 meses de idade, valor este mais próximo da realidade dos animais zebuínos sem seleção. PINTO et al. (1989) e SANTOS (1996) também encontraram valores inferiores, trabalhando com touros da raça Nelore, porém com idade média de 24 meses.

A comparação com a P.E. de animais cruzados ou taurinos, demonstrou que os valores obtidos eram superiores aos reportados por SMITH et al. (1981) e BOYD et al. (1989) que encontraram P.E. de 35, 3 e 34,2 cm, trabalhando com touros cruzados, de 24 e 13 meses de idade, respectivamente. BOYD et al. (1991) encontrou P.E. de 34,0 cm para touros de várias raças européias, com um ano de idade, o que se pode atribuir à maior seleção nas raças britânicas.

Os valores encontrados neste experimento, para touros da raça Nelore, justificaram-se pelo manejo a que foram submetidos estes animais que, ao serem adquiridos, já possuíam exame andrológico e foram classificados como aptos a reprodução e, principalmente por serem animais provenientes de planteis selecionados, onde a avaliação da P.E. faz parte dos programas de melhoramento genético. Considerando as tabelas propostas para a classificação dos animais zebuínos quanto o perímetro escrotal, os touros deste experimento foram classificados como muito bons (FONSECA, 1989 e FONSECA et al., 1997 b) e como bons por VALE FILHO (1989).

Com relação ao volume do ejaculado, vale salientar que a metodologia adotada para a coleta do ejaculado foi a eletroejaculação, devido a maior facilidade na obtenção do mesmo, embora não seja a melhor metodologia para aferir esta característica, em função do maior volume e a dificuldade na obtenção do ejaculado completo do animal.

Os valores obtidos para os tratamento 1 e 2, foram 4,29 e 4,11 ml respectivamente, estando estes valores ligeiramente abaixo dos valores médios citados por MIES FILHO (1987), o que se pode atribuir à não obtenção do volume total dos ejaculados e ao método de coleta (eletroejaculação).

O turbilhonamento do sêmen não tem sido observado em muitos estudos pelo fato de estar correlacionado ao volume, concentração, motilidade e vigor espermáticos, dependendo sua avaliação de fatores

(4)

Tabela 1 - Perímetro escrotal e características físicas do sêmen e morfológicas dos espermatozóides, dos animais de alta

libido (Trat. 1) e dos animais com libido inferior (Trat. 2).

V ariável M édias

T r a t. 1 T ra t. 2 T r at. 1 e 2

Perím e tro escrotal (c m ) 37,7 9 3 7,94 37,9 3

C aract. físicas do sê m e n

V olum e (m l) 4,29 4,11 4,12

T urbilh ona m ento (0-5) 1,87 1 ,7 9 1,79

M otilidad e (% ) 58 ,6 7 6 0,00 59,88

V igor (0-5) 4,4 7 4 ,7 3 4,71

C on cen tração x 106/m l 6 39 ,33 59 5,45 599,3 2

C a ra ct. m or fológicas dos esper m atozóide s

D efeitos m aiores 3,93 4,05 4,04

D efeitos m en ores 4,13 3 ,0 2 3,12

D efeitos tota is 8,0 7 7 ,0 8 7,16

M édia s na m esm a lin h a não diferem entre si (p>0,05)

Tabela 2 - Correlações simples entre a libido e características físicas do sêmen e morfológicas dos espermatozóides e a

circunferência escrotal dos touros utilizados neste estudo.

Variável Libido ( r )

Características físicas do sêmen

Volum e - 0,18

T urbilh onam ento - 0,40

M otilidade espermática - 0,40

Vigor espermático 0,00

Con cen tração espermática - 0,34

Características morfológicas dos espermatozóides

Defeitos m aiores - 0,33

Defeitos m en ores - 0,05

Defeitos totais - 0,05

Perímetro escrotal (cm) - 0,02

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extrínsecos, como o método da coleta e condições ambientais onde o sêmen está sendo analisado. Esta característica não é considerada desclassificatória, embora se deseje em touros de boa qualidade, um turbilhonamento de escore elevado (FONSECA et al., 1992).

Os valores médios da motilidade espermática para os tratamentos, (Tabela 1), estão acima do mínimo de 50% recomendado por FONSECA et al., (1992), porém são inferiores aos encontrados por SANTOS (1996), o que pode ser explicado pela condição experimental em que foi realizado o experimento, pela faixa etária dos animais (jovens) e ainda pelo nível nutricional dos animais. Valores semelhantes foram reportados por vários autores (CRUDELI, 1990; PINEDA & LEMOS, 1994; FONSECA et al.,1996; FONSECA et al., 1997 a, b), sendo os animais classificados quanto a esta característica por BARTH (1995) e FONSECA et al., (1997 b) como bons, confirmando assim a grande adaptação dos reprodutores da raça Nelore às várias condições de manejo a que são submetidos estes reprodutores. Por outro lado, SMITH et al. (1981), encontraram valores inferiores, trabalhando com animais da raça Santa Gertrudes, com idade de dois anos, o que pode estar refletindo a existência de animais em puberdade. Os valores obtidos para vigor espermático (Tabela 1) estão acima do estabelecido por FONSECA et al., (1992), o que provavelmente demonstra boa atividade das glândulas acessórias masculinas destes animais, responsáveis pelas secreções, contendo nutrientes e capacitantes (hiperatividade) para os espermatozóides realizarem seus movimentos.

Os valores obtidos para a concentração espermática de 639,33 e 595,45 para os tratamento 1 e 2 respectivamente, foram superiores aos valores reportados por SANTOS (1996) e inferiores ao valor médio reportado por MIES FILHO (1987). Estas diferenças, conforme discutido anteriormente, prenderam-se ao fato de ser a característica estudada sujeita a variações, devido a fatores extrínsecos como, o método de coleta, que foi a eletroejaculação, quando o sêmen tende a estar mais diluído, além do tempo de repouso sexual do touro e o condicionamento do animal. Não é uma característica desclassificatória, apesar de sua importância intrínseca (FONSECA et al., 1992).

FONSECA (1995) não considerou a concentração espermática para a classificação dos animais quanto à reprodução e justifica seu procedimento por meio das variáveis que interferem sobre esta característica, anteriormente mencionada.

Os bons valores obtidos para as características físicas do sêmen, o foram pelo pequeno número de animais classificados como inaptos à reprodução, o que foi justificado pelo manejo reprodutivo adotado na fazenda.

A quantidade de células anormais (defeitos

maiores, menores e totais) encontradas por ejaculado neste experimento, foi menor que os valores encontrados por FONSECA et al. (1997 b) e semelhante aos encontrados por PINEDA & LEMOS (1994). Vale ressaltar que ambos os trabalhos foram conduzidos com a mesma categoria de animais, mostrando assim a grande capacidade de adaptação dos animais zebuínos aos trópicos e o efeito da seleção aplicada às características ligadas à reprodução nos rebanhos de origem destes animais e na fazenda onde foi realizado o experimento.

Os animais deste experimento foram classificados como excelentes, quanto às características morfológicas dos espermatozóides segundo a classificação de FONSECA et al. (1992, e 1997 a, b).

As correlações simples (Tabela 2) entre a libido e as características físicas do sêmen e morfológicas dos espermatozóides foram negativas, próximas de zero e não significativas, indicando que as características estudadas são independentes. Portanto, animais com alta libido poderão apresentar sêmen de baixa qualidade e animais com sêmen bom poderão apresentar baixa libido, fatos estes verificados neste experimento e anteriormente reportados por PINEDA & LEMOS (1994); FONSECA et al. (1996) e PINEDA et al. (1997).

CONCLUSÕES

Touros da raça Nelore classificados como de alta libido, não diferem daqueles de baixa libido, quanto ao perímetro escrotal e características físicas do sêmen e morfológicas dos espermatozóides.

A libido, perímetro escrotal e as características físicas do sêmen e morfológicas dos espermatozóides são variáveis independentes na caracterização reprodutiva dos machos bovinos da raça Nelore.

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Referências

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