Sr. Presidente da Assembleia Nacional, Excelência, Srs. Membros do Governo,
Colegas deputadas e deputados,
Caras cabo-verdianas e caros cabo-verdianos,
Cabo Verde conhece ganhos assinaláveis ao nível da sua política externa,
com o Governo da IX Legislatura, sabiamente liderado pelo Dr. Ulisses Correia e Silva, com a determinação e o forte engajamento do ex-Ministro Luís Filipe Tavares, a quem reconhecemos o excelente trabalho à frente do Ministério dos Negócios Estrangeiros e do Ministério da Defesa, bem como pela excelência das relações diplomáticas em que Cabo Verde granjeou
rasgados reconhecimentos a nível internacional, com ganhos assinaláveis
para a nossa política externa.
O PAICV, uma vez mais, coloca de lado questões prementes e desafios
urgentes como o combate à pandemia da covid-19 e os seus impactos sanitários, sociais e económicos, para, em geringonça com a UCID,
questionar os incontestáveis ganhos da nossa política externa nos últimos anos, criando narrativas de deriva inexistentes, com clara má-fé, ódio e malvadez, à imagem que o PAICV já nos habituou.
O GPMPD está ciente de que as perguntas constantes da interpelação não
dignificam, em nada, a política externa cabo-verdiana. Estamos perante atos de campanha política partidária na vizinhança de eleições legislativas.
O GPMPD demarca-se da lógica populista e eleitoralista do PAICV e da UCID que colocam a lógica do voto acima dos superiores interesses que é servir Cabo Verde!
O PAICV e a UCID continuam com uma leitura enviesada e interesseira na saga da caça ao voto, criando factos, na tentativa clara de colocar areia
Como disse, e bem, um experiente Diplomata: “Um erro não apaga toda a
política externa dos últimos cinco anos”.
A política externa de Cabo Verde está boa e recomenda-se. A nossa Diplomacia é credível e respeitada!
O PAICV quer confundir os cabo-verdianos quanto a Embaixadores de Carreira e Embaixadores que não são de Carreira. Todos os Embaixadores
são políticos, ao serviço dos interesses de Cabo Verde e de todos os cabo-verdianos. A diferença é que as Embaixadas deixaram de ser sedes de campanha do PAICV para passarem a servir todos os cabo-verdianos.
Podemos exemplificar os extraordinários resultados das Embaixadas de Lisboa, Washington, Bruxelas, Luanda e tantos outros. Que os nossos cabo-verdianos em Nice sejam testemunhos da qualidade do serviço prestado atualmente. Hoje nenhum cabo-verdiano dorme à porta do Consulado, sob a chuva, frio e outras condições desumanas.
Os resultados extraordinários da nossa diplomacia, nesta legislatura, são resultados de um trabalho árduo e abnegado, com proveitos indestrutíveis
para a nossa arquipelágica e diaspórica nação, tendo como pano de fundo
uma política externa que se adapta e se adequa aos novos contextos nacional e internacional mais exigente, mais competitivo, mais seletivo e mais complexo, ancorada num paradigma de cooperação e cumplicidade
estratégica que permitam a inserção segura e vantajosa de Cabo Verde no mundo, reforçando o seu capital de prestígio internacional, assentes
no bem-estar, na dignidade humana, na paz, na ética, na justiça social, na segurança e na estabilidade. Senão vejamos:
1. O Governo augurou dinamizar a parceria especial com a União Europeia, tal como aconteceu com a paridade fixa do escudo cabo-verdiano com o euro em 1998. O Governo cumpriu, elevando a
parceria especial para uma parceria estratégica, explorando a parceria para a mobilidade com a União Europeia;
2. Aumento do pacote financeiro disponibilizado pela U.E. no período 2016-2020, sendo:
➢ 30 Milhões de Euros para luta contra a pobreza; e ➢ 20 Milhões de Euros de reforço da parceria;
➢ Apoio orçamental extraordinário superior a 30 milhões de euros, com destaque para o Plano de Recuperação de Santo Antão em virtude das Cheias de 2016, os planos de mitigação para as secas de 2017 e 2018, o apoio orçamental para as medidas emergenciais relacionadas com a Covid-19 e o reforço de capacidades institucionais do TC, Estatística e Planeamento; ➢ Novo quadro financeiro 2021-2027, com as alocações
financeiras e áreas temáticas a ser ultimado.
3. Parceria para a mobilidade de modo a facilitar a emissão de vistos Schengen de curta duração e readmissão, bem-assim, a simplificação das regras relativas a vistos, tais como a redução da taxa de visto, possibilidade de múltiplas entradas com período de validade mais longo e simplificação da lista de documentos;
4. Com Portugal, registamos o Programa Estratégico de Cooperação no período 2017-2021 no valor de 120 Milhões de Euros, além de apoios na integração dos cabo-verdianos que emigraram para Portugal;
5. Com o Luxemburgo reforçamos o diálogo político e de cooperação, com a assinatura do PIC V, 2021-2025, no valor de 78 Milhões de Euros;
6. Com os EUA reforçamos a cooperação nos domínios da Defesa e da
7. Com a China reforçamos a cooperação na Educação, Saúde,
Infraestruturas, Defesa e Segurança, bem como a mobilização de
cerca de 31 milhões de dólares nas relações diplomáticas com a China; 8. Com o Brasil reforçamos as relações económicas e de cooperação
em matéria da Defesa;
9. Com Israel redimensionamos as relações com a acreditação de um
embaixador não residente;
10. Cabo Verde é um parceiro estratégico no plano da segurança e
estabilidade, do domínio marítimo e na estratégia da U.E. para o Golfo da Guiné;
11. Reforço das pontes com os PALOP, com destaque para a instalação da Embaixada de Cabo Verde na Guiné-Bissau, bem como pela valorização das comunidades cabo-verdianas, bem como a prestação de serviços de melhor qualidade, aliadas a duplicação da pensão social mínima na diáspora;
12. Com a criação da Embaixada da República de Cabo Verde na
República Federal da Nigéria, o Estado-sede da CEDEAO, Cabo
Verde garante uma melhor cobertura diplomática na sub-região oeste africana e assegura com mais eficácia a proteção dos interesses nacionais. Relembramos que pela 1ª vez, temos um Ministro destacado para a pasta da Integração Regional;
13. Cabo Verde assume a presidência da CPLP e coloca o acento tónico na temática da mobilidade de pessoas e bens no espaço territorial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, com ganhos
assinaláveis, considerado por muitos como a presidência mais ativa na CPLP;
14. Com Angola, conseguimos o acordo de isenção de vistos e a retoma dos voos da TAAG;
15. Com São Tomé e Príncipe, destacamos a colocação, pela 1ª vez, de um embaixador de Cabo Verde naquele país irmão.
Sr. Presidente da Assembleia Nacional, Caros cabo-verdianos,
Residentes e na diáspora,
Pelo exposto, é claro e evidente, que avaliando os vários eixos da nossa política externa neste mandato, Cabo Verde cresceu mais e granjeou mais
ganhos, que não podem ser escamoteados por estratégias mesquinhas, demagógicas, populistas e eleitoralistas do PAICV e da UCID. Os
cabo-verdianos estão atentos e reconhecem os sucessivos ganhos da nossa
diplomacia.
O Movimento para a Democracia assume a sua matriz ideológica enquanto
membro do IDC – Internacional Democrática do Centro, colocando a pessoa
humana no centro de toda a sua ação governativa, demarcando-se de
qualquer outra matriz político-ideológica.
Ao contrário, constata-se que há partido que se esconde atrás do comunismo, da ditadura, da opressão às liberdades individuais e coletivas, do nepotismo, da corrupção e do enriquecimento ilícito, da manipulação da verdade, do populismo e da demagogia para atingir o poder, a qualquer custo.
Um partido que negoceia Acordo Político e Comercial com o regime do Apartheit de África do Sul não tem lições a dar! Uma monstruosidade, em troca de pão! disse um Diplomata de excelência, com provas dadas.
Sr. Presidente da Assembleia Nacional, Caros cabo-verdianos,
A nossa política externa é muito boa, melhor do que no passado recente, ancorada em parcerias estratégicas que sirvam os interesses dos cabo-verdianos. As nossas Embaixadas e Postos Consulares deixaram de fazer política partidária para servir cada cabo-verdiano, com qualidade e celeridade.
Hoje, Cabo Verde goza de um capital de prestígio internacional, vertido pela credibilidade e pela confiança que inspira e transmite aos parceiros
de desenvolvimento, alicerçadas no bom desempenho do país e da sua
imagem junto dos principais parceiros, com destaque para o Grupo de Apoio Orçamental: o BAD, o Banco Mundial, a União Europeia, o Luxemburgo e Portugal, bem como junto do FMI, consolidadas pelas importantes classificações internacionais insuspeitas, figurando entre as melhores democracias em áfrica e ao nível das liberdades e garantias individuais dos cidadãos.
O GPMPD regozijar-se com os resultados alcançados pelo Governo, no
domínio da Política Externa, promovendo a nossa diplomacia em todos os eixos da governação, bem como a presença ativa de Cabo Verde e dos
cabo-verdianos em Organismos Internacionais.
Bem-haja o Governo, na sua nobre missão de servir Cabo Verde sempre com Humildade, Competência e Responsabilidade, protegendo o nosso ativo maior: A CONFIANÇA E A CREDIBILIDADE EXTERNA DE