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do Agrelo, Rua do Agrelo, nº 236, Castelões, em Vila Nova de Famalicão, contribuinte

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Exmo(a). Senhor(a) Doutor(a) Juiz de Direito do Tribunal do Judicial de Vila Nova de Famalicão

4º Juízo Cível

Processo nº 89/14.5TJVNF V/Referência: Data:

Insolvência de “S. Oliveira & Filhos, Lda”

Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva, Economista com escritório na Quinta

do Agrelo, Rua do Agrelo, nº 236, Castelões, em Vila Nova de Famalicão, contribuinte nº 206 013 876, Administrador da Insolvência nomeado no processo à margem identificado, vem requerer a junção aos autos do relatório a que se refere o artigo 155º do C.I.R.E., bem como o respectivo anexo (inventário).

Mais informo que não foi elaborada a lista provisória de créditos prevista no artigo 154º do CIRE, uma vez que vai ser junto aos autos a relação de credores a que alude o artigo 129º do CIRE.

P.E.D.

O Administrador da Insolvência

(Nuno Oliveira da Silva)

Castelões, 11 de abril de 2014

(2)

Insolvência de

S. Oliveira & Filhos, Lda.

Relatório

(artigo 155º do C.I.R.E.)

Processo nº 89/14.5TJVNF do 4º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Vila Nova de Famalicão

I – Identificação do Devedor

S. Oliveira & Filhos, Lda.

”, sociedade comercial por quotas com sede na Rua

João Pereira de Lima, nº 80, freguesia de Delães, concelho de Vila Nova de Famalicão, com o NIPC 501 867 694, tendo por objecto social a fabricação e comercialização de artigos de vestuário e obras têxteis.

A sociedade, constituída em 1 de Setembro de 1987, encontra-se matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Vila Nova de Famalicão sob o número 501867694 (corresponde à anterior matrícula nº 1980/1987-09-01 desta mesma conservatória) e tem actualmente a seguinte estrutura societária:

Sócios Valor da Quota

Maria Balbina da Silva Oliveira 62.349,74 62.349,74 Delfim Filipe da Silva Oliveira 62.349,74 62.349,73

Total 249.398,95

A gerência da sociedade está atribuída à sócia Maria Balbina da Silva Oliveira desde a sua constituição. A sociedade obriga-se pela intervenção de um gerente.

II – Actividade do devedor nos últimos três anos e os seus

estabelecimentos

(alínea c) do nº 1 do artigo 24º do C.I.R.E.)

O estabelecimento da sociedade insolvente localizava-se na Rua do Fojo, nº 7, freguesia de Carreira, concelho de Vila Nova de Famalicão. O local em causa não é sua propriedade.

A sociedade dedicava-se à fabricação e comercialização de artigos de vestuário, tendo como principal destino dos seus produtos o mercado comunitário.

(3)

Insolvência de

S. Oliveira & Filhos, Lda.

Relatório

(artigo 155º do C.I.R.E.)

Processo nº 89/14.5TJVNF do 4º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Vila Nova de Famalicão

A situação de insolvência da sociedade devedora resultou principalmente de uma redução substancial do seu volume de negócios a partir do exercício de 2011, a par do aumento dos custos das respectivas matérias-primas:

2008 2009 2010 2011 2012 2013

Volume de Negócios 2.239.763 € 1.622.488 € 2.447.536 € 1.967.174 € 589.076 € 22.495 €

Interno 151.721 € 294.514 € 213.716 € 372.422 € 589.076 € 22.495 € Comunitário 2.082.958 € 1.321.925 € 2.233.820 € 1.594.752 €

Extra-Comunitário 5.084 € 6.409 €

Outros rendimentos e ganhos 7.847 € 12.213 € 4.463 € 9.616 € 429 € 250.161 €

CMVeMC 658.832 € 440.122 € 780.126 € 927.620 € 479.222 € 20.590 €

Fornecimentos e serviços externos 1.195.186 € 826.233 € 1.253.725 € 1.150.575 € 300.946 € 635 € Gastos com pessoal 323.569 € 288.771 € 315.761 € 320.567 € 90.652 € 255.865 € Resultado operacional 124.131 € 70.501 € 78.038 € -720.135 € -649.929 € -489.014 €

Nº colaboradores 35 33 34 32 30 29

Como se pode verificar no quadro anterior, o volume de negócios da sociedade insolvente apresenta grandes variações de ano para ano, mais parecendo uma “montanha russa”. Estes aumentos de procura eram colmatados com o recurso a subcontratação, já que a estrutura humana da sociedade insolvente foi-se mantendo constante ao longo dos anos.

No exercício de 2011, perante o aumento substancial no custo das matérias-primas (cerca de 19% em relação ao exercício anterior) e uma redução de quase meio milhão de Euros no volume de negócios face ao exercício anterior (cerca de 20%), a sociedade acumulou, ao nível operacional, prejuízos de cerca de Euros 720.000,00.

Perante esta calamidade de resultados e o risco eminente da perda dos dois principais clientes – a “Euro Disney Associes, SCA” e a “Win.s Co., SRL” – por causa dos constantes problemas com a qualidade das mercadorias e o cumprimento dos prazos de entrega das encomendas1, os actuais sócios da sociedade insolvente decidem constituir a sociedade “Balbina & Filipe – Têxtil, Lda.”2.

1 A sociedade insolvente alega baixa produtividade dos seus colaboradores e da reiterada necessidade de

recorrer a subcontratação para completar as encomendas dentro dos prazos estabelecidos pelos clientes

2 Sociedade comercial por quotas, constituída em 17 de Maio de 2011, com o NIPC 509 881 815 e com

sede na Rua do Fojo, nº 7, freguesia de Carreira, concelho de Vila Nova de Famalicão, com capital social de Euros 2.500,00, correspondente a duas quotas de igual valor pertencentes a Maria Balbina da Silva Oliveira e Delfim Filipe da Silva Oliveira, sendo actualmente gerente este último sócio

(4)

Insolvência de

S. Oliveira & Filhos, Lda.

Relatório

(artigo 155º do C.I.R.E.)

Processo nº 89/14.5TJVNF do 4º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Vila Nova de Famalicão

Esta nova sociedade, criada com o objectivo de ser um intermediário entre estes dois clientes e a sociedade insolvente, teria a capacidade de colocar parte das encomendas noutras empresas, salvaguardando dessa forma a qualidade das mercadorias e os prazos de entrega.

A solução preconizada contudo na prática acabou por ter outros resultados, já que os clientes da sociedade insolvente acabaram por optar em trabalhar em exclusivo com a sociedade “Balbina & Filipe – Têxtil, Lda.”, abandonando-a.

Assim, e sem que os primeiros meses do ano de 2012 indiciassem uma melhoria substancial da situação (aliás, os valores destes meses sugeriam que a situação ainda se iria agravar perante a fuga dos seus clientes), a gerência da sociedade insolvente decidiu celebrar, em Junho de 2012, um contrato de cessão de exploração de mão-de-obra com a sociedade “Balbina & Filipe – Têxtil, Lda.”

A celebração deste contrato enquadra-se também num outro negócio celebrado entre ambas as sociedades, em Julho de 2011, e no qual a sociedade insolvente vendeu a quase totalidade do seu activo fixo3.

Em minha opinião, com o conjunto destas duas operações – venda do activo e cessão de exploração da mão-de-obra – verificou-se, na prática, a transferência do estabelecimento da sociedade insolvente para a sociedade “Balbina & Filipe – Têxtil, Lda.”, mantendo-se contudo o vínculo dos trabalhadores (e as respectivas obrigações) na sociedade insolvente.

Se dúvidas podem existir sobre a “oportunidade” destas duas operações e as consequências para a sociedade insolvente (e seus credores), elas ficam dissipadas quando se constata que para o período posterior à celebração do referido contrato de cessão de exploração da mão-de-obra foi constituída uma dívida perante a segurança social (contribuições) de mais de Euros 100.000,00, sendo que o exercício de 2012 terminou com prejuízos operacionais de quase Euros 650.000.

Os prejuízos operacionais acumulados pela sociedade insolvente nos exercícios de 2011 e 2012, e que foram superiores a 1,3 milhões de Euros, deveriam ter sido mais

3 Esta venda foi objecto de acção pauliana que correu termos no 5º Juízo Cível deste mesmo Tribunal, sob

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Insolvência de

S. Oliveira & Filhos, Lda.

Relatório

(artigo 155º do C.I.R.E.)

Processo nº 89/14.5TJVNF do 4º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Vila Nova de Famalicão

do que suficientes para convencer a gerência da sociedade a parar e ponderar a apresentação da sociedade à insolvência.

Importa ainda salientar que para a situação de insolvência contribuiu também de forma relevante a incapacidade da sociedade insolvente cobrar mais de Euros 460.000 junto dos seus clientes, a esmagadora maioria dos quais clientes comunitários. A incobrabilidade destes créditos sobre clientes, que explica em grande parte os problemas de tesouraria da sociedade insolvente, também deveria ter sido um factor a ter em conta pela gerência da sociedade, em termos de ponderação quanto à manutenção da actividade

III – Estado da contabilidade do devedor

(alínea b) do nº 1 do artigo 155º do C.I.R.E.)

A contabilidade da sociedade encontra-se processada até ao final do mês de Março de 2014, tendo sido cumpridas as obrigações declarativas daí emergentes.

Pela análise que foi feita da contabilidade, tudo indica que esta reflecte uma imagem verdadeira e apropriada da sua situação patrimonial e financeira.

IV – Perspectivas futuras

(alínea c) do nº 1 do artigo 155º do C.I.R.E.)

Foi já promovido no passado dia 26 de Março o encerramento antecipado do estabelecimento da sociedade insolvente, tendo-se feito cessar os 29 contratos de trabalho que ainda se encontravam em vigor.

Esta opção foi tomada pelo facto de, em minha opinião, não haver racionalidade económica em manter-se em actividade uma sociedade cuja principal receita é a proveniente da cedência da sua mão-de-obra.

Porque a sociedade “Balbina & Filipe – Têxtil, Lda.” acabou por substituir no mercado a sociedade insolvente, esta não tem condições para, por si só, retomar uma actividade normal e recuperar os clientes perdidos.

(6)

Insolvência de

S. Oliveira & Filhos, Lda.

Relatório

(artigo 155º do C.I.R.E.)

Processo nº 89/14.5TJVNF do 4º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Vila Nova de Famalicão

Assim, é minha opinião que a assembleia de credores deve deliberar no sentido de ratificar a minha decisão de encerramento do estabelecimento da sociedade insolvente bem como a liquidação do activo.

Castelões, 11 de Abril de 2014 O Administrador da Insolvência

______________________________________ (Nuno Oliveira da Silva)

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Insolvência de “S. Oliveira & Filhos, Lda.”

Processo nº 89/14.5TJVNF do 4º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Vila Nova de Famalicão

(8)

Insolvência de

S. Oliveira & Filhos, Lda.

Inventário

(artigo 153º do C.I.R.E.)

Processo nº 89/14.5TJVNF do 4º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Vila Nova de Famalicão

Relação dos bens e direitos passíveis de integrarem a massa

insolvente:

Verba

Descrição da Verba

Valor

1

1 máquina de ponto corrido da marca DURKOPP, mod, 72525 - 101, com o nº de série 500134 100,00 €

2

1 máquina da marca PEMAL, mod, PM, com o nº de série 6508057 50,00 €

3

1 máquina da marca MITSUBISHI, mod, LT2-250 80,00 €

4

1 máquina corta e cose da marca KINGTEX, mod, SHF-6004 M14 80,00 €

5

1 máquina da marca RMT, mod, RM-624 120,00 €

6

1 máquina da marca REFREY, mod, 430/525 20,00 €

7

1 máquina da marca KANSAY SPECIAL, mod, DPW-1302-W 100,00 €

8

1 máquina de picar com a referência DZ3-1D 10,00 €

9

1 máquina corta e cose da marca KINGTEX, mod, SH6004 40,00 €

10

1 máquina da marca PEGASUS, mod, MX5214-MO3-333-2X4 120,00 €

11

1 máquina da marca SUNSTAR, mod, KM 250 40,00 €

12

1 máquina da marca SUNSTAR 50,00 €

13

1 máquina da marca JUKI, mod, DDL-8700-7, com o nº de série 4DOAG11174 120,00 €

14

1 máquina da marca JUKI, mod, DDL-8700-7 100,00 €

15

1 máquina da marca YAMATO, mod, VC 3611 40,00 €

16

1 máquina corta e cose da marca YAMATO, mod, AZ 802046DF54 60,00 €

17

1 máquina corta e cose da marca YAMATO, mod, AZ 8020 60,00 €

18

1 máquina corta e cose da marca KINGTEX, mod, SH7004-A43-M14 100,00 €

19

1 máquina da marca KINGTEX, sem mod. visível 50,00 €

20

1 máquina da marca YAMATO, mod, VC2611-048L-VT-A2 30,00 €

21

1 máquina da marca YAMATO, mod, VG2730 200,00 €

22

1 máquina de pregar botões da marca JUKI, mod, MB-373 150,00 €

23

1 máquina de pregar molas sem marca visível 10,00 €

24

1 rebobinadora de fio da marca MILLION SPECIAL 20,00 €

(9)

Insolvência de

S. Oliveira & Filhos, Lda.

Inventário

(artigo 153º do C.I.R.E.)

Processo nº 89/14.5TJVNF do 4º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Vila Nova de Famalicão

Verba

Descrição da Verba

Valor

26

1 máquina da marca JUKI, mod, LBH-780 80,00 €

27

1 gerador de vapor 50,00 €

28

1 gerador de vapor com a referência GV2 50,00 €

29

1 mesa da marca DIMATEX 10,00 €

30

1 mesa da marca DIMATEX 10,00 €

31

1 corta amostras, 1 tesoura, 2 ferros de engomar, 30,00 €

32

1 máquina de água com sistema de filtragem 50,00 €

33

1 tesoura vertical 50,00 €

34

1 máquina de água da marca EMAX 50,00 €

35

1 balança da marca HANDLESOELEIDEN 1000 5,00 €

36

1 balança de precisão 50,00 €

37

2 telefones, 1 computador, 1 impressora da marca HP, laserjet P1102, 1 fotocopiadora da marca RICOH, 1 calculadora da marca OLIVETi, mod. LOGOS 662, 1 conjunto de estantes, armários e divisórias

120,00 €

38

1 sistema WEARCADFE 1.000,00 €

39

1 veículo ligeiro de passageiros da marca TOYOTA HIACE, com a matrícula 97-09-RS de Junho de 2001 1.500,00 €

40

1 veículo ligeiro de mercadorias da marca RENAULT MASTER T35, com a matrícula 60-00-NM de Junho de 1999 750,00 €

41

1 veículo ligeiro de passageiros da marca PEUGEOT 307 CC, com a matrícula 47-30-XC de Fevereiro de 2004 4.500,00 €

Total dos bens inventariados

10.105,00 €

Os bens constantes do inventário encontram-se no local a que correspondia o estabelecimento da sociedade insolvente.

Castelões, 11 de Abril de 2014 O Administrador da Insolvência

______________________________________ (Nuno Oliveira da Silva)

Referências

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