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46227474 Livro de Musculacao Terapeutica

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RICARDO WALLACE DAS CHAGAS LUCAS

O Método “STS – Strength Training Strategies” de:

MUSCULAÇÃO

TERAPÊUTICA

Aplicação de padrões de movimentos anatomo-funcionais, na

Saúde, na recuperação físico-funcional e no desporto

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© Ricardo Wallace das Chagas Lucas

Edição: Sistema Wallace Consultoria Ltda – CNPJ 06.370.184-0001-68

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

LUCAS, Ricardo Wallace das Chagas

Musculação Terapêutica - Aplicação de padrões de movimentos anatomo-funcionais, na Saúde, na recuperação físico-funcional e no desporto/Ricardo Wallace das Chagas Lucas. – Florianópolis: Sistema Wallace Consultoria Ltda, SC, 2010.

1. Musculação. 2. Exercícios Físicos. 3. Treinamento com Peso. 4. Periodização do Treinamento Físico. I. Título

CDD: 613.71 CDU: 613.71

Capa: Tchubi Design – 48 3304 5056 Revisão: Alessandra Chicalé

Impresso no Brasil 2010

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6 SUMÁRIO

Prefácio 07

Contexto 08

CONTEÚDO

1. Histórico do Método “STS – Strength Training Strategies” de Musculação Terapêutica 09

2. Em quem pode ser aplicado? 09

3. Quem pode aplicá-lo? 10

4. Como ele é aplicado? 10

5. Material Utilizado 11

6. Fundamentos: 21

6.1 Movimentos Funcionais 21

6.2 Controle Contínuo da Frequência Cardíaca 27

6.3 Estímulo Óculo Motor 33

6.4 Comando Verbal 35

6.5 Toque Manual 38

7. Padrões de Movimento: 39

7.1 Padrões Básicos 39

7.2 Padrões Variantes 54

7.3 Padrões Combinados (Duplos Normais, Duplos Variantes Ventrais, Triplos Variantes Ventrais; Duplos Variantes Dorsais; Triplos Normais e Posturais)

57 7.4 Padrões Alternativos 68 8. A Sessão Personalizada: 68 8.1 Fases 70 8.2 O Cinesioalongamento 75 8.3 Gráficos de Periodização 108

8.4 Calculo de gasto calorico 113

8.5 O Teste Funcional 119

9. Glossário 121

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7 PREFÁCIO

Podemos definir exercícios resistidos, ou exercícios físicos resistidos, como atos motores que se caracterizam por contrações musculares específicas contra uma resistência externa, independentemente da técnica utilizada: pesos, borrachas, a mão, água, maquinário e etc.. Desta forma, qualquer exercício físico provoca uma musculação, ou “ação muscular”. Surge então a nômina musculação, que quando aplicada com fins de melhora ou manutenção do sistema músculo-esquelético é chamada de terapêutica. E é neste cenário que apresentamos um Método, que diferentemente da musculação utilizada para fisiculturismo, não busca a hipertrofia estética e sim o trofismo funcional, ou eutrofismo, que conseqüentemente determina o parâmetro mínimo ideal de força, flexibilidade e capacidade aeróbia.

Estas valências físicas, quando em nível adequado, são imprescindíveis para a realização de diferentes tarefas cotidianas, sendo que sua redução pode muitas vezes pode ocasionar perda antecipada da autonomia funcional, afetando diretamente a qualidade de vida. Percebe-se na literatura especializada, um consenso com relação à prescrição de musculação para populações específicas, de modo que parece não haver mais dúvidas a respeito aos benefícios que reduzem os fatores de risco ligados a doenças cardi ovasculares ao Diabetes Mellitus tipo 2, à Osteoporose, bem como para manutenção da massa magra, melhora do equilíbrio e preservação da capacidade funcional. Dessa forma, tem aumentado consideravelmente o número de praticantes de programas de exercícios resistidos em todas as faixas etárias e em ambos os sexos.

Esta obra tem o objetivo de apresentar o Método STS – Strength Training Strategies de Musculação Terapêutica, definindo suas modalidades técnicas, aplicações e controle. O leitor perceberá que se utilizá-lo em consonância com o que prescreve as ciências relacionadas ao movimento humano, tais como a biomecânica, a neurologia e a fisiologia, obterá com facilidade reproduzível os resultados buscados sobre seus clientes. Desta forma, acreditamos que a simplicidade do Método possa ser um fator contributivo ao tratamento dos diversos males físico-funcionais da população moderna.

Ricardo Wallace das Chagas Lucas CBO – 2236-05 / CREFITO 10 14404 - F Coordenador da ABMT – Associação Brasileira de Musculação Terapêutica

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8 CONTEXTO

O ACSM – American College of Sports Medicine (Colégio Americano de Medicina Esportiva), há muito tempo demonstra que a saúde está diretamente relacionada à capacidade aeróbia, à flexibilidade e à força dos indivíduos. Desta forma, qualquer modalidade de exercício físico que seja capaz de melhorar ou recuperar estes parâmetros, são úteis ao ser humano e pode se considerado terapêutico. É sobre este pilar que é executada a modalidade de exercício comumente chamada de “Musculação Terapêutica”.

O termo musculação, que na realidade é traduzido como “ação muscular” é confundido muitas vezes somente como exercícios físicos com pesos. Isto induz a se pensar que a musculação é exclusivamente realizada para fisiculturismo ou hipertrofia. Mas, qualquer técnica de “ação muscular” que oferece resistência suficiente ao movimento, para a recuperação físico-funcional, manutenção ou aprimoramento atlético, pode ser entendida como musculação. Termos comuns citados pelo ACSM são Strength Training (Treinamento de Força) e Resistive Training (Treinamento de Resistência), cujo segundo é na realidade é uma modalidade de treinamento de força.

Vários são os estudos que demonstram os benefícios dos “exercícios resistidos” no aprimoramento da composiçao corporal e no equilíbrio das relações hormonais/metabólicas humanas.

O Método STS (Strength Training Strategies) é uma técnica de treinamento de força, e seus fundamentos podem ser utilizados nos diversos campos de atuação das ciências que norteiam o movimento humano.

Sendo assim, podemos destacar destas ciências a Fisioterapia e a Educação Física como potenciais usuárias do método, pelo próprio fim que destina suas atuações profissionais.

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CONTEÚDO

1. HISTÓRICO DO MÉTODO “STS – STRENGTH TRAINING STRATEGIES” DE MUSCULAÇÃO TERAPÊUTICA

A partir da década de 90, houve um aumento significativo de produções científicas que comprovassem os benefícios dos exercícios resistidos (glicolíticos) sobre as populações especiais, onde se enquadram os idosos, diabéticos, hipertensos e obesos. Já que a referência de exercício físico para esta população seria a aplicação de exercícios aeróbios (oxidativos), poucas eram os métodos ou técnicas que direcionavam seus focos para o exercício resistido, ou musculação propriamente dita.

Aproveitando estes referenciais científicos, o CEBRAF – Centro Brasileiro de Fisioterapia, sob a coordenação do Professor Ricardo Wallace das Chagas Lucas, iniciou a formatação do Método STS (Strength Training Strategies) de Musculação Terapêutica.

O STS é a abreviação da aplicação de “estratégias para a aplicação de treinamentos e tratamentos de força”, já que o termo “Strength Training” era (e ainda é) encontrado em grande número de produções científicas relativas ao exercício resistido ou musculação.

2. EM QUEM PODE SER APLICADO?

Pesquisas têm mostrado que a musculação, ou exercícios físicos resistidos são seguros e eficazes para as mulheres e homens de todas as idades, incluindo aqueles que não estão em perfeita saúde. Na verdade, as pessoas com problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas ou auto-imunes, são muitas vezes os mais beneficiados por um programa de exercícios que inclui manuseamento de pesos, algumas vezes por semana.

O treinamento de força, especialmente em conjunto com exercícios aeróbios (oxidativos) regulares, também pode ter um profundo impacto sobre a saúde mental e emocional de uma pessoa.

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redução dos sinais e sintomas de várias doenças e condições crônicas, dentre elas: Artrite; Diabetes; Osteoporose; Obesidade; Lombalgias; Depressão; Doenças Arteriais Coronarianas; Acidentes Vasculares Encefálicos, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Produz benefícios ainda em transplantes de órgãos, em Programas de ginástica laboral e até em disfunções físico-funcionais de crianças e adolescentes.

3. QUEM PODE APLICÁ-LO?

Profissionais formados (no Brasil) nas faculdades de Fisioterapia e Educação Física, pois ambas são oriundas da Ciência do Movimento Humano, e como partes deste grande universo de estudo, se caracterizam hoje como áreas de atuação do mesmo.

Assim, racionalmente, devemos entender que são vários os conceitos da Ciência do Movimento Humano que podem ser aplicados nestas áreas de atuação, caracterizadas hoje como profissões constituídas, cada uma com o seu respectivo Conselho.

Dentre estes conceitos podemos citar todas as bases anatomo-fisiológicas do movimento, englobando aí a biomecânica e o metabolismo energético. Movimento este que pode estar comprometido em situações de baixo rendimento físico (sedentarismo ou doença instalada) ou de alto rendimento físico (desportistas e atletas).

Desta forma, a utilização de ferramentas ou recursos baseados nestes conceitos, que podemos entender até como técnicas, devem e podem ser usadas por ambas as profissões, cada uma no seu universo de atuação.

Não podemos então afirmar que o Método STS – Strength Training Strategies seja de uma

ou de outra profissão, devemos sim compreender que determinados conceitos podem ser utilizados pela Fisioterapia ou pela Educação Física.

4. COMO ELE É APLICADO?

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 Completa – Quando a sessão é 100% personalizada. Oferece o maior controle metabólico e periodização individual. É fundamental nas ações de emagrecimento controlado, correção postural, controle de problemas metabólicos (diabetes, SIDA, transplantes...) e melhora da performance esportiva.

 Para Grupos Homogêneos – Quando as sessões objetivam atender grupos com perfis físicos-funcionais semelhantes, ou clínicos semelhantes. Como exemplo, podemos citar indivíduos com estratificação de riscos similares para Reabilitação Cárdiopulmonar e Metabólica, Reabilitação Pulmonar, Grupos de ginástica laboral, e Turmas de ginástica em academias.

 Para recuperação ou potencialização de partes isoladas do corpo (segmentos) – Quando necessitamos tratar ou treinar um determinado membro ou articulação, como por exemplo, um pós operatório de ligamento cruzado anterior, ou treinamento específico para melhora de performance em um ombro de nadador.

5. MATERIAL UTILIZADO

PREPARAÇÃO: Esteiras Ergométrica (mecânicas ou elétricas); Bicicletas Estacionárias; Bicicletas Móveis (normais); Elípticos; Steps; Cicloergômetros e qualquer equipamento apto a realizar o “aquecimento”.

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Fig 02 – Biclicleta Ergométrica

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13 Fig 04 – Step  SESSÃO:

Pesos livres em forma de Halteres e Caneleiras, ou equipamentos de contra-resistência tais como “Thera-band” ou outras modalidades de extensores elásticos. Pode também ser realizada a contra-resistência pela mão do profissional ou pelo meio líquido, adicionado ou não de outras formas adicionais de resistência para este ambiente (pás, flutuadores ou nadadeiras).

Fig. 05 – Caneleiras de 1kg a 5 kg

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14 Fig. 07 - Flutuador

Fig. 08 – Tensor Elástico

Monitor de Frequência Cardíaca, para acompanhamento contínuo da intensidade do treinamento/tratamento.

Fig. 09 – Monitor de Frequência Cardíaca: Cinta Transmissora e Relógio Receptor

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Cronômetro, para monitorização dos intervalos entre as séries.

Fig. 10 – Cronômetro

Maquinário Específico - Poucos são os aparelhos de musculação no mercado que permitem a aplicação completa do Método STS de Musculação Terapêutica. Desta forma, sob a orientação do Dr Cristiano Dourado (Instrutor Sênior 005/2001), a equipe da então inédita R3 Academia de Reabilitação Física, da Regional de Juiz de Fora, empreendeu o desenvolvimento de equipamentos específicos para o Método. Fazendo assim com que o perfil motivacional, mercadológico e de aumento de segurança aos Padrões do Método STS de Musculação Terapêutica, fossem potencializados.

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Fig. 12. Aparelho MP (Múltiplos Padrões).

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Fig. 14. Aparelho MP (Múltiplos Padrões).

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Fig. 16. Aparelho para Padrões P1 e P2.

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Fig. 18. Aparelho para Padrões Q1 e Q2.

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Fig. 20. Aparelho para Padrões ABD 1, 2 e 3.

Planilha da Sessão, para controle metabólico e do micro-ciclo de treinamento tratamento.

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21 6. FUNDAMENTOS:

6.1 MOVIMENTOS FUNCIONAIS –

O Método STS (Strength Training Strategies) de Musculação Terapêutica tem como especificidade, a aplicação de movimentos contra-resistência sob os perfis mais naturais possíveis de ação, à luz de um metabolismo energético totalmente mensurável, e baseado na capacidade de adaptação e variabilidade do sistema cardiorespiratório. Entendemos, que em função de todas as bases neurológicas, fisiológicas e biomecânicas do Método STS, já estarem descritas em extensa literatura, convém explicitarmos estas bases, correlacionando-as com correlacionando-as fcorrelacionando-ases e os padrões da Musculação Terapêutica..

A definição de Movimento Funcional evoluiu de “movimento fundamental” ou normal, e esclarece o próprio objetivo da motricidade humana, isto é, o movimento realizado por uma conseqüência anatômica, ou anatomo-funcional, que em função disso é provido de eficiência e eficácia, e desprovido de grandes margens de erro causadoras de lesões.

Se analisarmos, em um indivíduo sadio, quais os tipos de movimento causadores (ou que predispõe) de distúrbios osteomusculares, observaremos que estes movimentos possuem características iatrogênicas à sua função. Isto quer dizer, que metabolicamente, neurologicamente ou mecanicamente, estes movimentos não deveriam ser realizados, levando em consideração o tempo ou a intensidade a esta exposição não favorável.

―.... por trás da variedade dos movimentos da pessoa normal, adaptados a cada objeto e finalidade, podemos encontrar, inscrito na anatomia humana, um movimento de base, independente do objeto e do meio externo, que chamamos de movimento fundamental.‖ (Piret e Béziers, p.12, 1992).

Isto nos remete então a um pensamento conflitante, pois a maioria dos desportos instituídos pelo homem é composta de movimentos “não funcionais”. Estaríamos então predispondo o corpo do “desportista” às lesões ou doenças metabólicas tão comuns no nosso cotidiano? Esta resposta é positiva, e muito mais agora em um mundo onde o sedentarismo apresenta-se como algo “normal” para a maioria da população.

Os movimentos funcionais, e o substrato energético para a sua realização, estão intimamente ligados, e o grande objetivo de ambos é conseguir agir perante uma perfeita sintonia

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econômica, isto é, gastar a menor quantidade de energia possível, com o máximo de vantagem mecânica. Por isso a existência do torque, que nos induz às espirais de movimento, por isso a coordenação intramuscular e intermuscular, e por isso um controle neurológico central e periférico das ações motoras. Isto demonstra que falar em movimento funcional não é simplesmente relacionar a ação do movimento com a biomecânica.

Mas, como a motricidade humana inicia realmente os seus estudos sob a égide da arquitetura osteomuscular, hoje se demonstra que um movimento articular não se processa isoladamente. Daí a nômina muito utilizada atualmente, para nortear um movimento funcional, é “unidade de coordenação”, onde se verifica realmente a mobilidade sobre vários planos e eixos de movimento, caracterizando o que seria o movimento “normal”. Esse movimento fundamental está baseado nos seguintes princípios, de acordo com Piret e Béziers (1992):

―É importante salientar que um osso vivo, muito diferente dos ossos mortos utilizados nos estudos de anatomia, é plástico, maleável e deformável. É um tecido conjuntivo densificado, com uma relativa elasticidade. Criam goteiras definitivas e podem deformar-se de acordo com as tensões musculares que atuam sobre eles.

A densificação do tecido conjuntivo ocorre devido a uma maior interligação das fibras colágenas, reticulares e elásticas, e ao espessamento da substância fundamental amorfa — que tornam-se mais ―sol‖ do que ―gel‖.

Certos músculos pluriarticulares são organizadores do movimento porque transmitem a contração aos músculos subseqüentes, monoarticulares, assegurando o início do trabalho destes. Por conduzirem o movimento de intervalo a intervalo, são chamados de músculos condutores. Cada um dos músculos condutores do movimento realiza seu trabalho a partir do precedente e assegura o trabalho do seguinte.

O estado de tensão do corpo se baseia no tônus muscular, na organização dos músculos dois a dois (antagonistas) e na de todos os músculos entre si, constituindo-se, assim, a coordenação motora. O estado de tensão é constituído de

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Há cinco unidades de coordenação, sendo elas: as transacionais, representadas pelos quatro membros, onde as três dimensões no espaço são indissociáveis, e a de enrolamento, representada pelo tronco e pela cabeça, que tem duas formas, uma vez que as três dimensões no espaço são dissociáveis.

Cada unidade de coordenação se relaciona com sua unidade de coordenação vizinha por encaixe de um elemento esférico e pela ação dos músculos pluriarticulares e monoarticulares que a envolvem. A forma das superfícies articulares e a disposição dos músculos, em particular os pluriarticulares, favorecem a torção dos segmentos ósseos, uns em relação aos outros, durante seus deslocamentos. Essa torção gera uma tensão que dá ao segmento considerado sua estrutura e sua forma.

A coordenação motora nos permite compreender o movimento como um

todo organizado, capaz de situar-se paralelamente ao psiquismo, com ele e perante ele‖.

Complementando o entendimento de movimento funcional, normal, ou fundamental, Denys-Struyf (1995) destaca três noções básicas advindas dos conceitos utilizados por Piret e Béziers:

―As tensões e as torções presentes nas unidades de coordenação determinam a estrutura e a forma do corpo;

A forma do corpo é influenciada pelo gesto; e

O gesto está ligado às estruturas psíquicas do indivíduo‖.

Para uma releitura mais moderna dos textos de Piret e Béziers, citamos Santos, que em seu livro intitulado “Biomecânica da Coordenação Motora”, editado em 2002, apresenta didaticamente as unidades de coordenação:

―Unidade de Coordenação é um segmento corporal constituído por dois elementos rotatórios capazes de girarem simultaneamente em sentidos opostos graças à contração de um músculo poli-articular denominado condutor, realizando uma torção que cria uma tensão capaz de manifestar-se em uma articulação situada entre os dois elementos rotatórios sob

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forma de flexão. Em outras palavras, toda flexão é fruto de duas rotações, que ocorrem em sentidos opostos de um lado e outro da articulação que se move.

Este segmento é capaz de um movimento reconhecível como humano, porque é um movimento fluido, continuo, sem interrupções bruscas, um compromisso entre vários movimentos. O movimento humano não é aquele descrito pelos livros de anatomia ou cinesiologia tradicional com um segmento movendo-se em um único plano em torno de um eixo situado em um plano perpendicular ao do movimento, descrito um a um. A unidade de coordenação envolve várias articulações e vários pequenos movimentos concomitantes ao movimento básico‖.

A unidade de coordenação braço

―A porção longa do bíceps parte da região superior da glenóide. Não se insere sobre o úmero, dirige-se para fora, encaixa-se na goteira bicipital e desce para o antebraço. Distalmente insere-se na região póstero-interna do rádio.

Ao se contrair, este músculo traciona o membro superior para fora, porque vai de uma região medial, glenóide, para uma lateral, goteira bicipital; para frente, porque é um músculo anterior e para dentro porque, ao contrair-se, apoia fortemente contra a tuberosidade interna da goteira bicipital, rodando o osso internamente. Ao mesmo tempo flete o cotovelo e gira o antebraço e mão para fora em supinação.

O bíceps longo não é capaz de realizar sozinho todo este movimento, mas é o único capaz de fazer tudo isto concomitantemente com a ajuda de músculos mono articulares que reforçam o movimento, contraindo-se na fase para a qual é mais adequado.

Assim, este músculo poli-articular é como um maestro, conhecedor e capaz de executar cada porção de uma sinfonia e que a conduz solicitando a entrada de cada instrumento mono articular no momento preciso.

O úmero realiza um movimento que é uma composição de flexão, abdução, rotação interna, enquanto o antebraço realiza flexão e rotação externa - isto cria um estado de tensão exatamente como quando uma peça de roupa é torcida girando-se uma extremidade para cada lado. Em um dado momento, a peça torcida se dobra. O cotovelo é a estrutura situada no centro do segmento para que ele se dobre sempre no mesmo local. A porção longa do bíceps é o músculo que "conduz" a ação, por isso é denominado músculo condutor.

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Podemos generalizar este conceito dizendo que: Dois elementos rotatórios - cabeça umeral e punho-mão, opõem suas rotações - interna no úmero, externa na mão, graças a um músculo poli-articular dito "músculo condutor" - bíceps longo, criando um estado de tensão que se manifesta em uma articulação intermediária - o cotovelo, cujo movimento principal é a flexo-extensão.

Todo o corpo pode ser subdividido em segmentos que são unidades de coordenação: Para cada uma destas unidades podemos descrever

(02) dois elementos esféricos rotatórios,

(01) um elemento intermediário de flexo-extensão, (01) um sistema muscular condutor,

(01) um movimento básico, característico da unidade de coordenação.

Cada unidade de coordenação une-se à unidade vizinha através de encaixe de elementos côncavos e convexos unidos por músculos mono articulares. Assim, o movimento de uma unidade é indissociável daquele da unidade vizinha.

O músculo condutor é aquele capaz de realizar o movimento da unidade de coordenação a partir do precedente e transmiti-lo para o segmento seguinte.

Mas se assim for, de onde vem o primeiro movimento e para onde vai? Qual o movimento de origem?

Unidades transicionais e unidades de enrolamento

Conforme já definido, Unidade de Coordenação é o segmento corporal que contém dois elementos rotatórios capazes de opor suas rotações graças à contração de um músculo condutor, o que cria um estado de tensão que acaba por manifestar-se sob forma de flexão em uma articulação intermediária.

Existem unidades que efetivamente só podem tensionar-se desta forma, através de duas rotações opostas dos elementos rotatórios. Outras conseguem também tensionar-se por enrolamento, isto é, pela aproximação dos dois elementos rotatórios. Por exemplo: na unidade de coordenação tronco os dois elementos rotatórios: a abóboda pélvica, para cima e a abóboda esfenoidiana, para baixo podem girar para lados opostos, o que faz com que todo o tronco tensione, fletindo-se ligeiramente pela somatória de pequenos movimentos ao longo das articulações vertebrais interapofisárias. No entanto, estes dois

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elementos podem também aproximar-se um do outro, tensionando esta mesma estrutura pelo enrolamento, que também é uma flexão.

As unidades que têm a possibilidade de tensionar-se por torção, ou oposição das rotações, e também por enrolamento são denominadas unidades de enrolamento. Aquelas que só se tensionam por torção denominam-se unidades transicionais.

As unidades transicionais têm a função de transmitir movimento. As unidades de enrolamento têm a função de originar ou recepcionar movimento.

Unidades de enrolamento são: tronco, mãos e pés.

Unidades transicionais são: escápula, braço, ilíaco e perna.

Assim, do tronco partem movimentos que têm o objetivo de chegar às mãos, para a função de preensão, passando pela escápula e braço; ou aos pés, para a função de locomoção, passando pelo ilíaco e perna. As unidades de origem e recepção dos movimentos são as de enrolamento. As unidades intermediárias são transicionais, com função de transmitir o movimento.

No tronco, o músculo condutor capaz de tensioná-lo por enrolamento não é um músculo, mas um sistema muscular - o sistema reto. O músculo capaz de tensioná-lo por torção, também é um sistema muscular - o sistema cruzado.

O aprofundamento desses conceitos, conhecendo cada uma dessas unidades de coordenação, de que forma o movimento ocorre em cada uma, obtemos um vastíssimo material para a construção do movimento ideal, coordenado, econômico. Formas de realizar movimentos fluem a partir desse trabalho original.

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Fig. 22 – Unidades de Coordenação

6.2 CONTROLE CONTÍNUO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA –

A prática da atividade física, exercício físico, ou atividade laboral há muito já utiliza parâmetros de freqüência cardíaca como preditor de carga e de evolução da performance. Assim, se é capaz de verificar a importância dos dados de freqüência cardíaca, pois suas respostas e adaptações são objeto de investigação científica, sendo inclusive apontada, como a mais destacada informação extraída de um teste de exercício c ardiopulmonar ou teste ergoespirométrico.

Com o Método STS procuramos aproveitar o mínimo de tempo que o cliente/aluno/paciente possui, para obtermos o máximo de adaptação neuromotora, e conseqüentemente metabólica. Desta forma, considerando ainda as controvérsias, entendemos que um trabalho físico com objetivos reais deve possuir uma média mínima de consumo de oxigênio por volta de 55% do VO2 Máximo, ou por volta de 60 % da FC Máxima.

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A partir da década de 80, com a evolução tecnológica, inúmeros trabalhos científicos baseados em evidências demonstraram o real valor deste sinal vital, verificando inclusive a relação linear existente entre a elevação da freqüência cardíaca e a captação de oxigênio.

Fig. 23 – Relação linear do VO2 com a FC. Fonte: Pini (1983); McArdle & Katch & Katch (1986); Wallace (1993); Powers & Howley (2000).

O controle da freqüência cardíaca também serve para análise clínica do indivíduo, onde os parâmetros dor e variabilidade (VFC) podem servir de pilares para esta modalidade de evolução, ou seja, o controle contínuo da freqüência cardíaca (realizada com monitor portátil modelo cinta/relógio) potencializa as ações benéficas do exercício resistido, ou da cinesioterapia contra-resistida.

Nas ciências do movimento humano verificamos que quando um determinado exercício físico é aplicado, independentemente da modalidade, ele pode desenvolver efeitos agudos e efeitos crônicos. Entende-se que se estes efeitos podem ter caráter temporário ou duradouro, de acordo com sua interrupção ou continuidade. Desta forma, para potencializar as ações benéficas do exercício resistido, (cinesioterapia contra-resistida ou musculação terapêutica), é fundamental o controle contínuo da variável citada, pois ao menos não permitimos que o praticante fique com valores de freqüência abaixo do limite mínimo estimado, ou que ultrapasse o limite máximo predito, principalmente quando realizamos uma sessão individualizada do Método STS.

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Mecanismos Viscerais de Controle da Frequência Cardíaca.

Existe grande responsabilidade do sistema nervoso visceral (vegetativo ou automático e anteriormente conhecido como sistema nervoso autônomo), através dos seus ramos simpático e parassimpático na modulação da freqüência cardíaca.

O nervo vago (décimo par craniano) principal condutor do sistema parassimpático predomina sobre a ação cardíaca, por estarmos na maior parte do tempo em situações que não caracterizam exercícios físicos, ou seja, utilizando um consumo de oxigênio abaixo de 40% do VO2 Máx.

À luz da fisiologia, a aceleração da freqüência cardíaca acontece na realidade pela inibição parcial ou completa da atividade vagal, pois ao começar um exercício, somente após alguns segundos a participação adrenérgica, ou simpática, aumentará. A figura 14 demonstra resumidamente a cascata de eventos que caracterizam o controle autonômico da freqüência cardíaca.

Fig. 24. Controle autonômico da freqüência cardíaca.

Observa-se que as etapas para o simpático e para o parassimpático são idênticas, onde o diferencial entre ambos é determinado pela constituição química do neurotransmissor hormonal, seus receptores e o tipo de proteína G. Existe uma oscilação constante nos valores de freqüência cardíaca, já que ambas as estimulações acontecem ao mesmo tempo. A esta oscilação constante, dá-se o nome de “variabilidade da freqüência cardíaca” (VFC).

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Desta forma admite-se que a variabilidade da freqüência cardíaca seja um marcador da atividade autonômica, ou seja, quanto maior sua oscilação em repouso, maior a participação parassimpática.

Quanto maior a variabilidade da freqüência cardíaca em repouso, menor o risco cardiovascular, ou seja, quanto maior for o número de variações no domínio de tempo, entre os intervalos dos batimentos cardíacos (intervalos de R a R na curva do eletrocardiograma), maior é a capacidade do coração se ajustar autonomicamente. Funcionalmente, especula-se que este perfil de variabilidade de freqüência cardíaca seria óbvio, em função até da grande capacidade que o organismo humano possui, por intermédio da propriocepção, de se adaptar aos mais diversos estímulos. Dando a entender que quanto maior a capacidade de adaptação aos movimentos (que aqui chamamos de variabilidade proprioceptiva), maior a variabilidade de frequência cardíaca. Podendo extrapolar então a mais um fator de elevação de risco cardiovascular ao indivíduo sedentário. Em outras palavras, podemos dizer que a “máquina cardíaca” está diretamente relacionada com a “máquina proprioceptiva”.

Comportamentos da Frequência Cardíaca no Exercício

No exercício continuado, levando em consideração que a intensidade do esforço se mantém constante, a demanda energética também será constante, e por isso a oferta de oxigênio aos músculos ativos será equivalente. Esta condição é fisiologicamente conhecida como steady

state. Durante a fase de equilíbrio energético, ao se conservarem as condições metabólicas,

não devemos esperar alterações dos valores de frequência cardíaca, mas, no exercício intermitente, tal qual uma sessão personalizada do Método STS de Musculação Terapêutica, a freqüência cardíaca responde às modulações da intensidade, sendo os maiores valores referentes à maior intensidade de esforço.

Em uma sessão personalizada de Musculação Terapêutica, realizamos séries progressivas até um padrão de pico (exercício quase máximo), e não permitimos que a freqüência cardíaca após as séries nunca adquiram valores menores que a série anterior, e nem abaixo de 60% da freqüência cardíaca máxima. Este procedimento da metodologia ocorre, porque freqüência cardíaca após exercícios intermitentes não determina uma única relação temporal entre os estímulos fortes e fracos, ou seja, não determina um estado estável. Isto pode ser

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justificado pelo fato da presença de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) na corrente sanguínea, exercendo forte influência sobre o ritmo cardíaco.

Desta forma, com a estratégia do micro-ciclo de sessão personalizada, acabamos por conduzir o perfil do exercício intermitente para um perfil de exercício continuado. Podemos dizer então, que a sessão personalizada e planilhada do Método STS, trabalha ao mesmo tempo com exercícios intermitentes e contínuos, tal como um treinamento de circuito com máquinas de musculação. Consideramos então que se desenvolve com exercícios aeróbios (oxidativos) e anaeróbios (glicolíticos) concomitantemente, já que os parâmetros de freqüência cardíaca são coerentes com sua relação linear com o VO2 Máx, e adquire um desenho de periodização compatível à curva “preparação, pico, recuperação”, ou em dente de serra, conforme figura 25.

Fig. 25. Demonstração da curva de oscilação da FC entre as séries de uma sessão personalizada de Musculação Terapêutica. Observa-se ainda como o micro e o mesociclo das sessões respeitam o perfil da curva eletrocardiográfica.

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Considerações a respeito dos Limites de Frequência Cardíaca

Para o Método STS, como se faz necessária a monitorização contínua da freqüência cardíaca, é importante verificarmos qual o intervalo de trabalho cardíaco ao qual poderí amos submeter o cliente/aluno/paciente. Pois, baseando o procedimento na relação de aumento linear existente entre o consumo de oxigênio durante o exercício, e a freqüência cardíaca de trabalho, sabemos que existe uma coincidência perante os seus limites máximos, ou seja, no valor da freqüência cardíaca máxima, teremos o valor do VO2 máximo. E, para verificarmos mudanças em composição corporal, desempenho e aspectos clínicos, estes parâmetros precisam ser comparados sessão a sessão (avaliação seriada). Mas, existem algumas discordâncias metodológicas em relação à determinação de valores máximos e mínimos de freqüência cardíaca e VO2.

Citando os aspectos funcionais da motricidade humana, podemos qualificar a caminhada ou a corrida, como as modalidades de exercícios físicos mais apropriados, se os tratarmos como atos desportivos. Sendo assim, não nos causa estranheza, os estudos científicos demonstrarem que as freqüências cardíacas máximas atingidas em testes ergoespirométricos que se valem de protocolos de caminhada ou corrida, serem relativamente mais altas que demais formas de testes de busca de freqüência cardíaca máxima. Desta forma, em nossa base protocolar procuramos solicitar previamente à aplicação do Método valores que demonstrem o VO2 Máximo e a Freqüência Cardíaca Máxima conseguida através de teste ergoespirométrico.

Mas, não são raras as equações de predição de freqüência cardíaca máxima, e eventualmente se faz necessário lançar mão de alguma delas para obter o procurado, mesmo que permaneça maior a margem de erros em relação à ergoespirometria. A ABMT (Associação Brasileira de Musculação Terapêutica), por análise retrógrada da bibliografia e de dados de clientes já atendidos pelo método, resolveu padronizar uma modalidade de equação de predição de freqüência cardíaca máxima para homens e para mulheres. Utilizamos a equação de Tanaka et al, de 2001 (208 – [0,7 x idade]), para indivíduos do sexo masculino, e a equação de Gulat de 2009 (206 – 88% da idade), para indivíduos do sexo feminino.

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33 6.3 ESTÍMULO ÓCULO-MOTOR –

O Método STS de Musculação Terapêutica lançou mão desta modalidade de estímulo para este fundamento, baseada na sua longa utilização pela fisioterapia e das aulas de ginástica de academia. Em ambas as atividades são utilizados espelhos, e os benefícios de sua utilização para o aprendizado neuro-motor e correção postural são evidentes quando comparados a grupos que não fazem uso dos mesmos.

Muito se especulava sobre a verdadeira ação deste reforço neuro-motor e estímulo de aprendizagem. Recentemente, com a utilização de equipamentos sofisticados de análise de funções cerebrais, confirmou-se a presença dos “Neurônios Espelhos”, e atribui-se aos mesmos grande parte desta ação.

Acreditamos que ao se pôr um indivíduo perante um espelho, onde o mes mo possa ver a execução dos padrões funcionais realizado pela sua própria imagem, estamos potencializando a ativação ou reativação destes neurônios espelhos. E por se tratar de funções também funcionais, ou seja, estes neurônios foram desenvolvidos para realizarem esta função, estamos também retroalimentando a função cognitiva que desencadeia a memória motora (ou a ativa).

Os neurônios espelho desempenham uma função crucial para o comportamento humano. Eles são ativados quando alguém observa uma ação de outra pessoa. O mais impressionante é o fato desse espelhamento não depender obrigatoriamente da nossa memória. Se alguém faz um movimento corporal complexo que nunca realizamos antes, os nossos neurônios-espelho identificam no nosso sistema corporal os mecanismos proprioceptivos e musculares correspondentes e tendemos a imitar, inconscientemente, aquilo que observamos, ouvimos ou percebemos de alguma forma. E no caso do Método STS de Musculação Terapêutica, este alguém é o próprio indivíduo que recebe os padrões de exercício.

De acordo com Rizzolatti e Craighero (2004), o que caracteriza e garante a sobrevivência dos seres humanos é o fato de sermos capazes de nos organizar socialmente, e isso só é possível porque somos seres capazes de entender a ação de outras pessoas. Além disso, também somos capazes de aprender através da imitação e essa faculdade é a base da cultura humana.

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Os neurônios espelho foram descobertos na área pré-motora de macacos Rhesus na década de 90. Onde se demonstrou que alguns neurônios da área F5, localizada no lobo frontal, que eram ativados quando o animal realizava um movimento com uma finalidade específica (tipo apanhar uma uva passa com os dedos) também eram ativados quando o animal observava um outro indivíduo realizando a mesma tarefa.

De acordo com Lameira (2006): “A importância desta descoberta para a compreensão direta

da ação e/ou da intenção do outro animal ou ser humano foi imediatamente percebida). Ou seja, os neurônios espelho, quando ativados pela observação de uma ação, permitem que o significado da mesma seja compreendida automaticamente (de modo pré-atencional) que pode ou não ser seguida por etapas conscientes que permitem uma compreensão mais abrangente dos eventos através de mecanismos cognitivos mais sofisticados. A lém de um estímulo visual explícito (observação de uma ação), estes neurônios podem também ser ativados por eventos que possuem apenas relação indireta com uma determinada ação:

1. A partir de um som habitualmente associado a uma ação, como por exemplo, o barulho da quebra da casca de um amendoim (Kohler et al., 2002)

2. Pela dedução implícita da continuidade de uma ação, como, por exemplo, quando um macaco observa o movimento de uma mão na direção de um objeto oculto por um anteparo colocado posteriormente à apresentação do objeto ao animal (Umiltà et al., 2001).

Da mesma forma, não é só a ação manual que é capaz de ativar os neurônios espelho. Por exemplo, existem neurônios-espelho que são ativados quando o macaco executa e/ou observa ações relacionadas com a boca, tais como lamber, morder ou mastigar alimentos. Além disso, na mesma região onde são encontrados estes neurônios existe uma pequena percentagem de células que dispara quando macaco observa o experimentador fazer ações faciais comunicativas na sua frente (Ferrari, Gallese, Rizzolatti, & Fogassi, 2003).

Em outro estudo foram comparadas as regiões cerebrais ativadas pela observação de ações comunicativas da região orofacial de cães (latir), macacos (movimentos labiais) e humanos (fala em silêncio). Os resultados, em seres humanos, mostraram que a observação da fala em silêncio ativa a área de Broca no hemisfério esquerdo e a observação dos movimentos labiais de macacos ativam uma parte menor da mesma região cerebral em ambos os

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hemisférios, mas que a observação do latir do cão só ativa áreas visuais extra-estriadas (Buccino, Binkofski, & Riggio, 2004). Ou seja, quando a ação observada (o latir) não faz parte do repertório de ações do ser humano, os neurônios espelho não são ativados.. Além disso, considerando que a capacidade humana de abstrair intenção a partir da observação de conspecíficos é considerada crucial na transmissão de cultura, a descoberta dos neurônios-espelho é de importância fundamental para compreendermos o que nos faz diferente de outros animais, em termos cognitivos‖.

Podemos suspeitar inclusive, a partir destas informações a respeito dos neurônios espelho, que a fala nas crianças e até o mecanismo de aprendizado de sotaques, estejam relacionados. A fala se utiliza do mecanismo visual e do auditivo para se desenvolver, pois a criança visualiza o movimentar da boca das pessoas que falam para elas, e ouvem o som de suas vozes, e por este mecanismo viso-auditivo-motor tenta reproduzir a fala. Já o sotaque se vale somente do mecanismo auditivo para se desenvolver, e não é necessária nenhuma consciência para tal, por isso a maioria das pessoas não chega nem a perceber que “pegou” determinado sotaque. Aí estaria a ação dos neurônios espelho, que empresta suas características não só para o aspecto visual mas também para o auditivo, relacionando-se assim também com o fundamento de “Comando Verbal” do Método STS de Musculação Terapêutica.

É importante levar em consideração que o estímulo visual também pode desencadear mecanismos negativos à correta postura dinâmica e estática, em um indivíduo que não possua uma boa relação com sua imagem corporal. Desta forma o profissional que aplica o Método deve se preocupar com este detalhe, quando realizar a sua anamnese.

6.4 COMANDO VERBAL –

Quando se executa os Padrões de Movimento do Método STS de Musculação Terapêutica em uma sessão segmentada, personalizada completa ou de grupo, o fundamento “Comando Verbal” (ou estímulo vocal) tem o objetivo de estimular à coordenação intermuscular, potencializar a concentração no exercício, motivar e reforçar a memória motora por conseqüência.

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Segundo Voss (1987), o comando verbal, ou estímulo vocal direcionado, seria a codificação em palavras que deve ser compreendida por um sujeito sob a atuação de um profissional (de reabilitação, exercício físico e até nas forças armadas), para a obtenção de uma determinada expressão motora, ou mudança de comportamento.

Profissionais de Educação Física e Fisioterapeutas utilizam o comando verbal tanto no trabalho individualizado ou em grupo, para diferentes atividades elaboradas e com diferentes objetivos terapêuticos e de condicionamento físico. Assim como o Método STS de Musculação Terapêutica, diferentes métodos de cinesioterapia (e exercícios físicos), como o Método Kabat de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva, o Método de Reeducação Postural Global, Ginásticas de Grupo em academias, e o Método de Godelieve Denys -Struyf, fazem uso de diferentes modalidade de aplicação de comando verbal.

De acordo com Pardo (2005), são feitas as seguintes considerações em relação ao comando verbal: ―... no treinamento de exercícios cinesioterapêuticos, ao passo que o fisioterapeuta fornece o comando verbal, o sujeito ouve e executa conforme o ordenado, sendo informado da adequação do movimento ou, se necessário, seguindo correções determinadas verbal e/ou gestualmente pelo fisioterapeuta.

Acredita-se que o comando verbal pode interferir no sucesso da tarefa a ser executada, bem como na execução da técnica e nos resultados do tratamento como um todo. Pequenas mudanças no comando verbal podem implicar diferenças significativas na resposta do movimento realizado, podendo afetar, por exemplo, a velocidade da execução, a trajetória, o recrutamento de grupos musculares, os grupos musculares estabilizadores do segmento em movimento e do corpo. Os efeitos do treinamento também poderão variar na melhora da coordenação motora, na amplitude de movimento ou em sua intensidade.

Skinner (1957), citado por Hübner (1999), introduziu a expressão comportamento verbal no livro Verbal Behavior, em substituição ao termo linguagem, pois este permitia várias interpretações, gerando distorções ao uso, à prática e à ação.

A introdução da expressão comportamento verbal determina um melhor uso e entendimento da palavra, dando ênfase à ―linguagem como comportamento modelado‖ (Hübner, 1999), isto é, a linguagem utilizada como instrumento consciente de reforço de uma prática, para que a resposta seja a do aprendizado.

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A Teoria da Aprendizagem por Meio de Reforço descrita por Skinner (1954) e citada por Lysaught & Williams (1974) determina que ―o reforço ocupa uma posição central em qualquer programa de aprendizagem‖.

Lysaught e Williams (1974) mencionam algumas generalizações derivadas da teoria da aprendizagem por meio de reforço, que se relacionam com a aprendizagem programada:

1. Um indivíduo aprende, ou modifica sua maneira de agir, observando as conseqüências de suas ações.

2. Conseqüências que fortalecem a possibilidade de repetição de um ato são denominadas reforços.

3. Quanto mais prontamente o reforço sucede à execução desejada, tanto maior é a probabilidade de que o comportamento se repita.

4. Quanto mais freqüentemente ocorre o reforço, tanto maior é a probabilidade de que o ‗estudante‘ repita o ato.

5. A ausência e, até mesmo, o retardamento de reforço após uma ação, enfraquece a probabilidade da repetição do ato.

6. O reforço intermitente de um ato aumenta a amplitude de tempo durante o qual o estudante persistirá numa tarefa, sem a ocorrência de novo reforço.

7. O comportamento de aprendizado de um ‗estudante‘ pode ser desenvolvido ou modelado gradualmente, por meio de reforço diferencial, isto é, reforçando-se os comportamentos que devem ser repetidos e retirando-se o reforço no caso de atos indesejáveis.

8. Além de fazer com que a repetição de um ato seja mais provável, o reforço aumenta a atividade do ‗estudante‘, acelera seu ritmo e eleva seu interesse na aprendizagem. A isto se pode denominar de efeitos motivacionais de reforço.

Hübner (1999) explica que ―a casuística definidora do comportamento verbal é a de que ele é estabelecido e mantido por reforço mediado por outra pessoa‖.

Para que o sujeito seja adequadamente influenciado pela ação do comportamento verbal, será necessário passar por um treinamento específico, aumentando seu aprendizado e fortalecendo seu entendimento.

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Para isso é preciso que o sujeito aja de acordo com o comportamento verbal operado (Hübner, 1999).

De Rose (1999) afirma que a utilização de recursos verbais não se limita à Psicologia, mas ocorre em praticamente todas as ciências que lidam com o homem, e está sujeita a limitações de atenção, memória, acessibilidade e, ainda, às possibilidades de distorções deliberadas por parte do ouvinte. No caso da Fisioterapia, o comportamento verbal utiliza o reforço, na forma de feedback e de instrução verbal, geralmente associada ao modelo gestual, como forma de ensino do comportamento motor a ser apreendido.

A avaliação dos efeitos de diferentes comportamentos verbais sobre um mesmo objetivo terapêutico, como, por exemplo, a influência do comportamento verbal na condução da prática de exercícios físicos, não é explorada na literatura.

Semelhantemente, não se encontram na literatura científica trabalhos que investiguem a influência do comportamento verbal como instrumento de ensino e feedback (reforço positivo) para obtenção de melhores resultados de ordem motora.‖

6.5 TOQUE MANUAL –

Os circuitos neurais de cada padrão de movimento são anatomicamente distintos, mas todos eles estão física e funcionalmente integrados. O toque realizado no indivíduo que é submetido às várias modalidades de cinesioterapia manual, também é responsável pela potencialização dos mecanismos posturais. Lembrando que a postura pode ser referida à situação estática ou dinâmica, e de forma segmentada ou global, e os mecanismos posturais são desencadeados por vários “detectores” locais, aferência somatossensorial e eferência motora.

Os circuitos proprioceptivos têm preferência no estudo do controle do movimento, e o Método STS de Musculação Terapêutica usa o fundamento do toque, no ventre muscular do músculo motor primário do movimento funcional (durante o movimento excêntrico principalmente). Pois se acredita poder somar o estímulo tátil suave, que é conduzido por vias de grande velocidade e calibre (fascículo grácil e cuneiforme), ao estímulo proprioceptivo.

Agora vejamos a seqüência de eventos neurais que podem ocorrer durante um padrão de movimento do Método STS de Musculação Terapêutica: O indivíduo prepara-se interpretando

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as informações visuais (utilizando o espelho de postura ou da sala de ginástica), auditivas (comandos verbais do profissional) proprioceptivas (sua própria posição do corpo, da cabeça e dos membros) e vestibulares (seu próprio movimento da cabeça). Todas essas informações são enviadas para as áreas associativas, e o indivíduo obtém uma noção de posição do seu corpo no espaço em relação ao movimento segmentar e a contra-resistência (integração realizada no córtex parietal posterior). Com as experiências previamente acumuladas pela memória motora e levando-se em consideração o grau de dificuldade do movimento, o peso absoluto empregado, a velocidade do movimento, e as descargas aferentes, ele tem algumas alternativas de como fixar realmente o padrão motor.

Esta soma de ações e fundamentos do Método STS de Musculação Terapêutica e seus padrões de movimento são co-avaliados pelos núcleos da base e pelo cerebelo. O córtex motor e o cerebelo elaboram a tática de execução do movimento (planejamento) e instruem os neurônios motores do tronco encefálico e da medula que inervam os grupos de músculos que serão recrutados. Desta forma, a execução no dia a dia de movimentos fundamentais (funcionais, originais, naturais ou anatomo-funcionais), acaba por reforçar o resultado neurológico e metabólico propiciado pelo exercício, ou cinesioterapia, contra-resistidos.

7. PADRÕES DE MOVIMENTO:

7.1 PADRÕES BÁSICOS -

O Método STS de Musculação Terapêutica determina 16 (dezesseis) Padrões Básicos de movimentos, e estes movimentos são sempre caracterizados com uma contra-resistência. E esta pode ser determinada por pesos livres (halteres e caneleiras), maquinário específico, tensores elásticos, o meio líquido e a mão do profissional dentre outros meios. Estes padrões podem ser feitos de forma individual ou combinados entre si, e a postura (posição) para suas realizações podem ser diversas e normalmente relacionadas ao objetivo do tratamento ou do treinamento, podendo variar então os graus de dificuldade para sua execução. Assim, entendemos que os padroes não são fixos, isto é, os exercícios não são iguais, eles podem

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aumentar ou diminuir o seu grau de dificuldade, e através das primeiras sessões, chamadas experimentais, descobre-se quais são estes graus.

Com um grau de dificuldade mais baixo diminui-se a carga física de trabalho imposto, e um grau de dificuldade mais alto aumenta-se a carga física de trabalho imposto. Um maior ou menor grau de dificuldade é verificado pelo aumento ou diminuição da freqüência cardíaca monitorada. Existem padrões de massa e padrões alternados. Alguns padrões de massa são também excelentes corretores posturais.

Nos padrões de massa os membros movimentam-se juntos. São considerados padrões "primitivos” de movimento, de acordo com o processo neuroevolutivo. Os padrões são executados de forma seqüencial e progressiva, respeitando a forma de micro-ciclo em “dente de serra”, cuja característica principal é a de corresponder à curva cardíaca de progressão e recuperação. Assim, as freqüências cardíacas máximas atingidas pelos padrões subseqüentes devem ser maiores que as anteriores, até se atingir o padrão de pico. A partir deste, as freqüências cardíacas máximas devem ser regressivas.

Para a sessão de membros superiores, a freqüência cardíaca de pico ocorre no quarto padrão de movimento, e na sessão de membros inferiores (que ocorre junto com a sessão de abdominais), ocorre no quinto padrão.

Os padrões funcionais são assim descritos e nominados, em suas posturas de médio grau de dificuldade:

B1 ou Bíceps 1 - Movimentação conjunta de ambos os MMSS, com flexo-extensão do cotovelo concomitantemente à prono-supinação das mãos. Em função da mobilidade conjunta dos MMSS é considerado um padrão de massa.

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Figura 26 – Sequência do Padrão Bíceps 1, com baixo grau de dificuldade

B2 ou Bíceps 2 - Movimentação alternada de ambos os MMSS, com flexo-extensão do cotovelo concomitantemente à prono-supinação das mãos.

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D1 ou Deltóide 1 – Movimentação conjunta de ambos os MMSS, com abdução do ombro concomitantemente à sua rotação lateral ou externa. Em função da mobilidade conjunta dos MMSS é considerado um padrão de massa do tipo postural.

Figura 28 – Sequência do Padrão Deltóide 1, com baixo grau de dificuldade

D2 ou Deltóide 2 – Movimentação conjunta de ambos os MMSS, com isometria de rombóides e fibras superiores de trapézio, com inclinação anterior do tronco, com ambos cotovelos a 135º de flexão em posição de Bíceps 1, promove-se abdução. Em função da mobilidade conjunta dos MMSS também é considerado um padrão de massa do tipo postural.

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Figura 27 – Sequência do Padrão Deltóide 2, com baixo grau de dificuldade

P1 ou Peitoral 1 - Movimentação conjunta de ambos os MMSS, a partir de decúbito dorsal, com isometria de rombóides e fibras superiores de trapézio, partindo da posição de abdução de ombros em rotação lateral, promove-se a adução. Em função da mobilidade conjunta dos MMSS é considerado um padrão de massa.

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Figura 28 – Sequência do Padrão Peitoral 1, com baixo grau de dificuldade

P2 ou Peitoral 2 - Movimentação alternada de ambos os MMSS, a partir de decúbito dorsal, com isometria de rombóides e fibras superiores de trapézio, partindo da posição de abdução de ombros em rotação lateral, promove-se a adução.

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Figura 29 – Sequência do Padrão Peitoral 2, com baixo grau de dificuldade

T1 ou Tríceps 1 - Movimentação conjunta de ambos os MMSS, a partir de decúbito dorsal, com isometria de rombóides e fibras superiores de trapézio, partindo da posição de flexão do cotovelo e ombros a 90º em posição de B1, promove-se a extensão dos cotovelos. Em função da mobilidade conjunta dos MMSS é considerado um padrão de massa.

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Figura 30 – Sequência do Padrão Triceps 1, com baixo grau de dificuldade

T2 ou Tríceps 2 - Movimentação alternada de ambos os MMSS, a partir de decúbito dorsal, com isometria de rombóides e fibras superiores de trapézio, partindo da posição de flexão dos cotovelos e ombros a 90º em posição de B1, promove-se a extensão dos cotovelos.

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Figura 31 – Sequência do Padrão Triceps 2, com baixo grau de dificuldade

Q1 ou Quadríceps 1 - Movimentação conjunta de ambos os MMII, a partir de decúbito dorsal, com flexão a 90º das coxo-femorais e joelhos, com dorsi-flexão dos tornozelos, com leve inversão dos pés, promove-se a extensão do joelho. Em função da mobilidade conjunta dos MMII é considerado um padrão de massa.

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Figura 32 – Sequência do Padrão Quadríceps 1, com baixo grau de dificuldade

Q2 ou Quadríceps 2 - Movimentação alternada de ambos os MMII, a partir de decúbito dorsal, com flexão a 90º das coxo-femorais e joelhos, com dorsi-flexão dos tornozelos, com leve inversão do pés, promove-se a extensão do joelho.

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IT1 ou Ísquiotibial 1 - Movimentação conjunta de ambos os MMII, a partir de decúbito ventral, com extensão das coxo-femorais e joelhos, com dorsi-flexão dos tornozelos, com leve inversão do pés, promove-se a flexão dos joelhos ao máximo de 45º. Em função da mobilidade conjunta dos MMII é considerado um padrão de massa.

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IT2 ou Ísquiotibial 2 - Movimentação alternada de ambos os MMII, a partir de decúbito ventral, com extensão das coxo-femorais e joelhos, com dorsi-flexão dos tornozelos, com leve inversão do pés, promove-se a flexão dos joelhos ao máximo de 45º.

Figura 35 – Sequência do Padrão Ísquiotibial 2, com baixo grau de dificuldade

G/S ou Gastrocnêmio e Sóleo – Movimentação conjunta de ambos os MMII, a partir da postura bípede ostostática, com calcanhares elevados, posição final de D1, promove-se a flexão dos joelhos ao máximo de 90º. Em função da mobilidade conjunta dos MMII é considerado um padrão de massa, também do tipo postural.

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Figura 36 – Sequência do Padrão Gastrocnêmio/Sóleo, com baixo grau de dificuldade A1 ou Abdominal 1 – Isometria de abdominais, a partir de decúbito dorsal, com flexão a 90º das coxo-femorais e joelhos, com dorsi-flexão dos tornozelos, com leve inversão dos pés sem contato com o solo.

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A2 ou Abdominal 2 – Movimentação rotacional de abdominais, a partir de decúbito dorsal, com flexão a 90º das coxo-femorais e joelhos, com dorsi-flexão dos tornozelos, com leve inversão do pés, apoiados.

Figura 38 – Sequência do Padrão Abdominal 2, com baixo grau de dificuldade

A3 ou Abdominal 3 – Movimentação flexora de abdominais, a partir de decúbito dorsal, com flexão a 90º das coxo-femorais e joelhos, com dorsi-flexão dos tornozelos, com leve inversão dos pés apoiados.

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54 7.2 PADRÕES VARIANTES –

Posição Inicial Posição Final Fig. 40 – 1VD1/Primeiro Padrão Variante de D1

Posição Inicial Posição Final

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Posição Inicial Posição Final Fig. 42– 3VD1/Terceiro Padrão Variante de D1

Posição Inicial Posição Final Fig. 43– 4VD1/Quarto Padrão Variante de D1

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Posição Inicial e Final Posição Intermediária Posição Intermediária Fig. 44– 1VD2/Primeiro Padrão Variante de D2

O 2VD2 – Segundo Padrão Variante de D2 realiza-se o movimento com um membro superior alternadamente ao outro.

Fig. 45– 3VD2/Terceiro Padrão Variante de D2

O 4VD2 – Quarto Padrão Variante de D2 realiza-se o movimento com um membro superior alternadamente ao outro.

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57 7.3 PADRÕES COMBINADOS –

DUPLOS NORMAIS

Posição Inicial Posição Final

Fig. 46 – P1/Q1

Posição Inicial Posição Final

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Posição Inicial Posição Final

Fig. 48 – T1/Q1

Posição Inicial Posição Final

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Posição Inicial Posição Final

Fig. 50 – P1/A1

Posição Inicial Posição Final

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Posição Inicial Posição Final

Fig. 52 – T1/A1

Posição Inicial Posição Final

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Posição Inicial Posição Final

Fig. 54 – P1/A3

Posição Inicial Posição Final

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Posição Inicial Posição Final

Fig. 56 – A1/Q1

Posição Inicial Posição Final

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Posição Inicial Posição Final

Fig. 58 – A1/A3

DUPLOS VARIANTES VENTRAIS

Posição Inicial Posição Final

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Posição Inicial Posição Final

Fig. 60 – 2VD1/A1

Posição Inicial Posição Final

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Posição Inicial Posição Final

Fig. 62 – 4VD1/A1

Posição Inicial e Final Posição Intermediária Posição Intermediária Fig. 63 – 1VD2/A1

O 2VD2 – Segundo Padrão Variante de D2 com A1 realiza-se o movimento com um membro superior alternadamente ao outro.

Posição Inicial e Final Posição Intermediária Posição Intermediária Fig. 64 – 3VD2/A1

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O 4VD2 – Quarto Padrão Variante de D2 com A1 realiza-se o movimento com um membro superior alternadamente ao outro.

TRIPLOS VARIANTES VENTRAIS

Posição Inicial Posição Final

Fig. 65 – 1VD1/Q1/A1

Posição Inicial Posição Final

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Posição Inicial Posição Final

Fig. 67 – 3VD1/Q1/A1

Posição Inicial Posição Final

Fig. 68 – 4VD1/Q2/A1

Posição Inicial e Final Posição Intermediária Posição Intermediária Fig. 69 – 1VD2/Q1/A1

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Posição Inicial e Final Posição Intermediária Posição Intermediária Fig. 70 – 3VD2/Q1/A1

O 4VD2 – Quarto Padrão Variante de D2 com Q2 e A1 realiza-se o movimento com um membro superior alternadamente ao outro, simetricamente ao membro inferior.

Vídeos de DUPLOS VARIANTES DORSAIS, TRIPLOS NORMAIS e POSTURAIS estão incluídos no CD que acompanha este livro, assim como padrões alternativos.

7.4 PADRÕES ALTERNATIVOS –

São considerados os padrões de movimento do Método STS que diferem do tradicional uso de halteres e caneleiras, podendo ser possível a aplicação em superfícies instáveis tais como: bolas, plataformas vibratórias, pranchas de equilíbrio, dentre outras.

Os padrões onde também se utiliza também as mãos do profissional, e outros meios contra-resistência também são considerados padrões alternativos. padrões alternativos.

8. A SESSÃO PERSONALIZADA:

No trabalho personalizado, todo o processo de execução do Método é registrado em uma planilha diária, que gera um gráfico de periodização da sessão. Nesta planilha, procura-se ressaltar os erros, ou situações fora do normal obtidas na sessão, em cor vermelha, com o objetivo de corrigi-los na sessão subseqüente. As sessões são realizadas (normalmente) de forma diária intercalada, sendo o ciclo composto de sessões de padrões diferentes, ou seja, um dia de membros superiores por um dia de membros inferiores. O mais importante nesta sessão é permitir uma construção de um gráfico dos padrões com o melhor perfil fisiológico

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