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AÇÕES DA ORQUESTRA DE CÂMARA DA UFMT EM CUIABÁ NO ANO DE 2019

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Academic year: 2021

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AÇÕES DA ORQUESTRA DE CÂMARA DA UFMT EM CUIABÁ NO ANO DE 2019

Área temática: Música

Autores (as): Emanuelle Sampaio Guedes1, Marissa Medeiros Garcino2.

Coordenador (a): Flávia Vieira Pereira3

RESUMO:

Este trabalho discorre sobre a atuação da Orquestra de Câmara da Universidade Federal de Mato Grosso (OCAM UFMT) no âmbito do curso de Música, representatividade cultural no meio universitário e na comunidade externa por meio de suas iniciativas. A orquestra no meio acadêmico do curso de música desempenha o papel de formadora, onde os participantes tem a oportunidade de desenvolver suas futuras atividades profissionais, sob orientação dos professores da graduação, experiência de imensurável relevância para o desenvolvimento dos estudantes. O laboratório orquestral tem como objetivo proporcionar um estágio aos discentes do curso, onde é dada a oportunidade de vivenciar a dinâmica orquestral de forma periódica preparando-os para o mercado artístico de trabalho. O planejamento do repertório anual é fundamental, pois deve buscar o desenvolvimento tanto dos integrantes do projeto quanto do público atingido, de forma a disseminar o saber musical de maneira a conduzir a sociedade à apreciação artística mundial. No ano do Tricentenário de Cuiabá, a orquestra trouxe para o meio erudito o instrumento de maior representatividade regional: a viola de cocho, através de uma sinfonia composta pelo mato-grossense Abel Santos, artista, compositor e professor do curso de graduação em música da UFMT.

Os bolsistas são encarregados em produzir conteúdo publicitário, adaptações, arranjos e transcrições de partituras para as aulas, como também de conduzir ensaios de naipe ou conjunto sob orientação e coordenação da professora Doutora Flávia Vieira Pereira, realizadas posteriores ao estudo de todo o programa a ser desenvolvido. Resultante do processo educacional, os concertos e apresentações são o meio de interação com a sociedade, a fim de despertar a atenção para os mais variados repertórios, principalmente o erudito. A resposta ao trabalho da orquestra de câmara em Cuiabá tem sido positiva, visto o crescimento significativo de público, procura da população e qualidade da produção artística.

Palavras-chave: Música, Orquestra de Câmara, Cuiabá, Arte.

1 INTRODUÇÃO

Este resumo trata a respeito das ações da Orquestra de Câmara da Universidade Federal de Mato Grosso (OCAM UFMT) no ano de 2019, sob orientação e coordenação da professora Doutora Flávia Vieira Pereira. É notável que o projeto tenha peso

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significativo para a formação artística profissional dos integrantes e, como consequência inerente a este desenvolvimento, o aumento de ações durante do ano e a formação de público /para apreciação das atividades realizadas. A execução das ações do projeto, visto como meio de formação, desenvolve nos alunos participantes o que Paulo Freire, citando Vieira Pinto, explica como consciência crítica " ‘é a representação das coisas e dos fatos como se dão na existência empírica. Nas suas correlações causais e circunstanciais’"4

.Os bolsistas realizam trabalhos essenciais para a manutenção do projeto, das quais podemos destacar: pesquisa de repertório; adaptações; arranjos; transcrições de partituras para orquestra; estudo individual; estudo em grupo; ensaios de naipes; ensaios em conjunto; concertos didáticos; apresentações públicas e divulgação.

2 METODOLOGIA

No ano de 2019 o trabalho da Orquestra de Câmara da Universidade Federal de Mato Grosso cresceu significativamente no ambiente do curso de música, com objetivo de atrair e dar a oportunidade aos alunos a participarem do desenvolvimento do projeto, fato este que se deve ao significativo trabalho realizado dentro e fora do curso. Para a formação acadêmica, o projeto tem trazido grande diversidade de estudo de repertório, busca proporcionar os mais variados estilos: peças do período barroco, clássico, romântico, contemporâneo, nacional e regional, corroborando o conteúdo estudado em sala de aula pelos discentes, fazendo a ponte para a prática. Neste processo os integrantes aprendem a como executar e diferenciar as particularidades de cada estilo, entendendo como funciona e se constrói a sonoridade orquestral, onde os ensaios são dados assim como uma aula, sendo os alunos orientados sobre como proceder e melhor executar aquele repertório.

Uma particularidade da orquestra acadêmica é a rotatividade na instrumentação e dos integrantes. Isto porque, além de projeto de extensão, a OCAM UFMT funciona como uma disciplina curricular dos discentes da graduação em música. A rotatividade proporciona diversas oportunidades de crescimento. A adaptação a essa nova instrumentação é um trabalho de grande enriquecimento para os bolsistas e integrantes, faz com que seja pesquisado, estudando a melhor maneira de inserir e reelaborar a peça, como explica da Prof. Dr. Flávia Vieira “a prática de reelaborar uma peça requer uma reflexão não apelem relação aos problemas que a mudança instrumental produz como, à

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possibilidade de preservar a coerência e a proposta contidas na obra original, ao mesmo tempo em que procura sua autenticidade"5. Ao regente o trabalho de buscar dentro

daquele contexto a mensagem original da obra, por meio de estudo profundo de todos os aspectos estilísticos, históricos, interpretativos, de instrumentação e orquestração a fim de que aquela reelaboração esteja mais próxima à sonoridade original, adaptando aos instrumentos disponíveis no semestre; e aos músicos e buscar o equilíbrio dentro dessa adaptação.

A OCAM UFMT tem tido maior representatividade dentro do âmbito cultural em Cuiabá. O êxodo dos concertos, antes realizados no auditório da Faculdade de Comunicação e Artes para o Teatro Universitário foi essencial para estender todo esse trabalho à comunidade externa, dando livre acesso à população a musica de concerto. Outro aspecto relevante é a apresentação dos acadêmicos em música ao público, os artistas estudantes ao meio profissional, fazer a ponte com a plateia, trazendo a população para a universidade e a elevando como meio de criação e disseminação de cultura e arte.

Os bolsistas do projeto são imbuídos de auxiliar todos estes processos: desde a pesquisa de repertório, adaptações, transcrições, arranjos, ensaios individuais, ensaios de naipe e em conjunto, logística de ensaios e concertos até a divulgação por meio das mídias sociais.

2.1 PESQUISA DE REPERTÓRIO:

A pesquisa de repertório busca apresentar ao público o trajeto histórico musical de forma a trazer obras dos diferentes períodos e formações, a fim de somar maior conhecimento prático aos estudantes do projeto, como também formar um público familiarizado ao repertório erudito.

2.2 ADAPTAÇÕES E ARRANJOS:

Usufruindo do conhecimento adquirido nas disciplinas de instrumentação e orquestração esse trabalho é realizado tendo em vista a instrumentação disponível no semestre, levando em primazia a ideia que o compositor desenvolveu na peça, escrevendo adaptações ou arranjos que cumpram essas funções.

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Trabalho feito com a finalidade de compor toda a instrumentação da peça escolhida, transcrevendo a parte de um instrumento para outro de tessitura semelhante, de maneira que não comprometa a parte.

2.4 ESTUDO INDIVIDUAL

O estudo individual é realizado por todos os membros do projeto, primordialmente para seu desenvolvimento, onde os estudantes [sob orientação dos professores] aprendem como aplicar seus conhecimentos, assim proporciona-se crescimento profissional e de repertório, que é essencial para a sua formação.

2.5 ENSAIOS DE NAIPES SEPARADOS:

Neste ensaio os instrumentistas tem a oportunidade de se desenvolverem auditivamente, corporalmente, tecnicamente e musicalmente dentro das obras propostas. Os ensaios de naipe são ações basilares de qualquer orquestra, sendo eles a ação de propulsão e apuração do nível de sonoridade de um grupo musical. Neste processo, os instrumentistas encontram desafios principalmente com salas e horários para que esses ensaios aconteçam, pois, a maioria cursa a graduação e a estrutura da Universidade não comporta lugares mais preparados para receber os estudantes de música e seus afazeres. Esses ensaios se dão nos dias de ensaio pela manhã e tem seu foco no trabalho em conjunto, para que um pequeno naipe de cinco músicos soe como se apenas um músico estivesse tocando.

2.6 ENSAIOS EM CONJUNTO:

Os ensaios ocorrem duas vezes na semana, com carga horária de 64 horas por semestre, os quais possuem o intuito de unir os trabalhos individuais de cada aluno e também dos ensaios de naipe; todos os ensaios tem conteúdo altamente didático, que oferecem crescimento técnico e prático aos participantes da orquestra.

2.7 CONCERTOS DIDÁTICOS:

Como faculdade de música, a formação de orquestra e apresentações em concertos são ações indispensáveis, uma vez que simulam futuros ambientes e situações de trabalho dos estudantes, de forma a prepara-los para o mercado de trabalho. Os concertos didáticos são a parte final de todo o trabalho da orquestra que, ao longo do

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período de ensaios desenvolveu e levantou obras a serem tocadas. Além do aprendizado individual, a realização desses eventos propicia á população o acesso à música erudita barroca, clássica, romântica, contemporânea e vanguardista como forma de lazer e cultura.

2.8 APRESENTAÇÕES:

As apresentações podem ser realizadas por toda orquestra ou em grupos reduzidos, onde são executadas obras que compõe repertório de concerto ou obras que sejam adequadas a outras formações, como por exemplo, grupos menores ou peças solo. A ação tem intuito de corresponder à demanda da sociedade, em eventos sociais, acadêmicos, homenagens e datas comemorativas.

2.9 PUBLICIDADE:

No início do ano de 2019 o trabalho com mídias da orquestra passa a ser mais explorado, atualizações mais frequentes no Facebook e uma conta nova no Instagram, que a partir de promoções - embora com recursos escassos – colaboraram para o aumento significativo do número de pessoas na plateia. Desde então, se deu início a uma nova fase de formação de público atingido por meio da divulgação pelas mídias sociais, contribuindo para disseminação das opções de manifestações culturais oferecidas pela Universidade Federal do Mato Grosso. Nos bastidores desse nicho existe a criação de cartazes artísticos, que além de serem virtuais também são colocados em pontos estratégicos no campus e na cidade, também a produção de vídeos com conteúdo de propaganda e posts nas redes sociais.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Embora com dificuldades de execução por falta de recursos disponíveis, o projeto caminha à diante. As práticas que envolvem a Orquestra de Câmara da Universidade Federal do Mato Grosso são de suma importância no cenário cultural estadual, para os alunos do curso de licenciatura e bacharelado em música, de grande valia ao público que gradualmente tem sido criado pela equipe da orquestra e como convite aos alunos do ensino médio, que ao verem os concertos desejam também ingressar na instituição.

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No ano de 2019 o número de ações, apresentações e concertos, tiveram aumento de 75% comparado ao ano anterior. A orquestra tem produzido conteúdo artístico cultural de forma periódica, que executadas no teatro, dão oportunidade a um maior número de pessoas a prestigiarem os concertos. O trabalho de reaproximação do público com a Universidade como meio de disseminação e criação da arte tem se concretizado, e é possível chegarmos a esse diagnóstico devido ao aumento do contato do publico em relação às ações que a orquestra realiza.

A academia tem também como função permitir a população livre acesso à música de diferentes gêneros, ação que será evidenciada no projeto de gravação do CD, onde a OCAM UFMT pretende disponibilizar a população um repertório de música brasileira e regional, com os compositores Roberto Victorio e Nestor de Hollanda, naturais do Rio de Janeiro, e Abel Santos Anjos, natural de Minas Gerais, que em 1996 recebeu o titulo de ‘cidadão cuiabano’, figura de grande importância no estado mato-grossense, sendo autor da única obra no mundo escrita para viola de cocho e orquestra, executada em concerto pela OCAM em comemoração ao tricentenário de Cuiabá.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A organização da orquestra persegue metas, e a cada dia se aproxima um pouco mais delas: elevação do nível musical, capacitação de instrumentistas e regentes, inclusão da população para a apreciação do conteúdo oferecido, registro de atividades e gravações de obras. Existe um trabalho árduo construído, que a partir de ferramentas e metodologias corretas, apesar dos obstáculos, caminham para o sucesso. A OCAM UFMT continuará a contribuir, com o apoio da Universidade, para que todos tenham acesso a uma produção artística de qualidade, levando ao conhecimento da população o trabalho dos discentes e docentes no projeto da Orquestra de Câmara da Universidade Federal de Mato Grosso.

5 REFERÊNCIAS

FREIRE,PAULO.EDUCAÇÃO COMO PRÁTICA DE LIBERDADE.RJ,PAZ E TERRA –29°

EDIÇÃO.PÁGINA 113.

PEREIRA,FLÁVIA VIEIRA.AS PRÁTICAS DE REELABORAÇÃO MUSICAL. TESE (TESE EM MUSICOLOGIA)–USP.SÃO PAULO, PÁGINA 13.

Referências

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