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Ações, atos e acontecimentos Ação é Ato é Acontecimento é

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Academic year: 2021

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(1)

Ações, atos e acontecimentos

Ação é

Ato é

Acontecimento é

Um acontecimento

Porque é algo que ocorre

Um acontecimento

Uma ocorrência, um evento

Que envolve um

agente

Porque é iniciado por

alguém. Um sujeito é

ativo

Envolve um agente

Não envolve um agente

Agente que age

intencionalmente

Porque é iniciado por

alguém

porque

quer

(intenta) fazê-lo

Que não age intencionalmente

(ressonar)

Há uma relação

causal

entre

a

intenção

e

o

acontecimento

Porque tem de haver

uma ligação causa-efeito

entre a intenção e o que

acontece

OU age intencionalmente, mas

não há uma relação causal

entre a intenção que tinha e o

acontecimento ocorrido.

(Por ex: levar o café a alguém

e entorná-lo, por distração,

sobre essa pessoa)

A intenção envolve

motivos (desejos +

crenças)

Porque a intenção tem

razões

que

movem

(motivos) o sujeito para a

ação

Motivo = desejos + crenças do agente

Desejo= é o motivo

como fim da ação

(para que?)

Crença= é o motivo

como

causa

da

ação ( por que?)

Porque as razões para

agir podem ser ideias

(crenças) ou emoções e

aspirações (desejos)

(2)

Determinismo radical

Determinismo

Radical

Ideias chave/teses

 Tudo o que acontece tem uma causa

 Qualquer evento é o resultado de estados de coisas anteriores que o causaram (cadeias causais)

A1 B1 C1---H1

 A causalidade é governada por leis (normas naturais)

Cadeia causal + Leis = evento

Qualquer evento é pois o resultado

necessário/determinado de causas anteriores que o

causaram e de leis que regulam a acção dessas causas.

Explicar um acontecimento é mostrar que,

 Devido a certas regularidades/Leis da natureza,  E devido a uma determinada cadeia causal  Este estava determinado a ocorrer

Radical porque é uma teoria incompatibilista

Defende que as duas crenças não podem ser ambas

verdadeiras

“Tudo está determinado” ≠ “Somos livres”

Nega a liberdade porque:

Um ato livre seria um ato em que a nossa deliberação seria capaz de iniciar uma nova cadeia causal

Iniciar uma nova cadeia causal significaria que nada do que aconteceu antes causaria tal decisão

Logo, Liberdade = ausência de causa = aleatoriedade

Argumentos Pró

1.Argumento da causalidade universal:

Premissa 1:

Todos os eventos do universo têm uma causa (estão determinados)

Premissa 2:

Agir é um evento do universo

_________________________________________________________

Conclusão.

A ação tem uma causa (está determinada)

2. Argumento sobre o funcionamento da ciência.

Premissa 1:

A ciência funciona com base no pressuposto determinista

Premissa 2:

A ciência tem tido um sucesso imenso na compreensão, explicação e previsão dos fenómenos do mundo com base nesse pressuposto

(3)

Conclusão:

O pressuposto de que o mundo se comporta determinísticamente deve ser verdadeiro

Objeção

Aceitar o determinismo radical implica recusar que a vontade é livre e, portanto, recusar a

moralidade e a responsabilidade individuais, bem como renunciar a sentimentos como a

vergonha por ter agido mal e o orgulho por ter agido bem

DETERMINISMO MODERADO ( COMPATIBILISMO)

DETERMINSMO

MODERADO

Ideias chave/teses

Porque é uma teoria compatibilista

As crenças/proposições

“ Tudo está determinado” & “ Somos livres”

podem ser as duas verdadeiras

Tudo está determinado (tudo tem uma causa)

As ações também têm causas (escolhemos e

agimos determinados por causas)

Causas apropriadas são as que garantem a

liberdade

Causas inapropriadas são as que não

garantem a liberdade

Causa apropriadas são as não coercivas/

que estão em nosso controlo até certo

ponto (as nossas crenças, desejos,

vontade, carácter e personalidade)

Causas inapropriadas são as coercivas/

que não estão em nosso controlo (alheias

a nós)

Somos causalmente determinados e livres, logo

também somos responsáveis

Liberdade não significa ausência de causa

Liberdade significa ausência de compulsão/coerção

Quando quero fazer algo e posso, não sendo obrigado ou impedido, sou livre

ARGUMENTOS

Argumento da experiência fenomenológica da liberdade na ação

Premissa 1:

Se queremos algo e fazemos o que queremos (sem constrangimentos), então somos livres

Premissa 2:

Algumas vezes fazemos o que queremos sem constrangimentos

____________________________________________________________________________________

Conclusão:

Algumas vezes somos livres

Objeção

A teoria é incoerente: ao admitir a tese de que todas as nossas ações são consequência das leis da natureza e de

acontecimentos precedentes que não controlamos (por exemplo, as causas dos nossos desejos, crenças e

personalidade), parece difícil admitir que possa haver margem para uma vontade livre.

(4)

LIBERTISMO

Ideias chave/teses

Teoria incompatibilista

Porque defende que as duas crenças não podem ser

ambas verdadeiras

“Tudo está determinado” ≠ “Somos livres”

Noção de liberdade do compatibilismo é insuficiente

Compatibilismo: Liberdade = eu quero +

eu posso

Libertismo: Liberdade = eu quero +

eu posso

+ poderia ter

querido e feito outra coisa

Nem todos os eventos têm o mesmo tipo de

causalidade:

Causalidade natural (própria do mundo

físico)

Causalidade do agente (própria de uma

mente)

Os agentes humanos são causa das suas ações

(autodeterminam-se).

Conseguem iniciar efeitos no mundo.

Algumas ações (as livres) têm uma causalidade

própria

(5)

Argumentos Pró

1- Argumento da experiência da liberdade/responsabilidade

Premissa 1:

Se sentimos que somos livres, então somos livres

Premissa 2:

A experiência da liberdade é evidente porque sentimos que podíamos ter agido de outro modo _______________________________________________________________________________________________

Conclusão:

somos livres

2.Argumento da responsabilidade moral ( modus Ponens)

Premissa1:

Se não somos livres, então não somos responsáveis e não faz sentido elogiar e punir as pessoas pelas suas ações

Premissa 2

: Mas faz sentido responsabilizar, elogiar e punir as pessoas pelas suas ações

______________________________________________________________________________________________________

Conclusão:

Somos livres

3.Argumento de que o universo não constitui um sistema totalmente determinista

Premissa 1:

Do facto de sermos parte de um universo determinista não se segue que as nossas ações estão determinadas

Premissa 2:

O princípio da incerteza mostra que nem todo o universo é determinado

Conclusão:

As nossas ações não estão determinadas (somos livres)

4. Argumento da causalidade própria do agente

Premissa 1:

O ser humano é constituído por corpo e mente que são de natureza diferente: o corpo está sujeito à leis naturais, mas a mente não.

Premissa 2:

A mente é capaz de se autodeterminar por intermédio da vontade

_____________________________________________________________________________________________________________

Conclusão:

Temos livre arbítrio

Objeção

Parece difícil imaginar e aceitar que a nossa mente, ou parte dela, possa funcionar em nós à margem de leis

causais e do cérebro enquanto estrutura biológica, física e química, pois isso contraria o que sabemos acerca do

funcionamento do mundo por intermédio da ciência

(6)

Tipos de juízo

Juízo de facto

Juízo de valor

Descrevem a realidade: acontecimentos, ações, coisas.

Referem-se a factos e por isso têm um valor de verdade

(são verdadeiros ou falsos) justificável pela experiência.  São meramente informativos sobre o real

Apreciam a realidade: acontecimentos, ações, coisas

Referem-se a valores ou princípios nos quais se

baseiam para produzir a avaliação. Dependem de argumentação para a sua justificação

São em grande medida normativos: prescrevem normas que obrigam sobre que deve ou não deve fazer-se

Natureza dos valores

Psicologismo

Ideias

principais

 O valor não é uma coisa nem existe nas coisas.

Os valores são subjetivos: existem porque há um sujeito que atribui valor

O valor corresponde a uma preferência do sujeito.

Os juízos de valor expressam essas preferências.

O emotivismo é a forma extrema de psicologismo: os valores correspondem a emoções

Objeções

 Não permite explicar a permanência de certos valores ao longo da história da humanidade.

 Discussões e argumentações morais são inúteis.

 Os acordos morais baseados na argumentação são impossíveis.

 Valor e valoração não são a mesma coisa. A valoração é sempre subjetiva, mas o valor pode não o ser

Naturalismo

Ideias

principais

 Forma de objetivismo axiológico, pois defende que os valores existem objetivamente nas coisas

 Os valores são modos de ser das coisas como as suas qualidades naturais tal como a altura, peso, etc.

 Os juízos de valor são como juízos de facto, podendo ser verdadeiros ou falsos.

Objeções

 Se os valores fossem qualidades naturais das coisas deveriam poder ser percebidos pelos nossos sentidos como as outras (peso, cor, etc.). Ora o certo é que tal não sucede pois como explicar as diferenças e os desentendimentos entre os homens em relação aos valores?

Objetivismo

Ideias

principais

 Forma extrema de objetivismo: os valores não estão nas coisas, existem em si mesmos como entidades autónomas.

 Os valores também não são coisas. São entidades ideais e imateriais e intemporais, que existem independentemente das coisas e do sujeito.

 As coisas só têm valor por causa dos valores objetivos. Ex: uma coisa é bela por causa do valor Beleza

Objeções

 Se os valores estão separados e independentes das coisas, de que modo se dá a relação entre o mundo ideal do valores e o mundo material

 Se os valores são objetivos como explicar as diferenças e os desentendimentos entre os indivíduos, sociedades e épocas históricas em relação aos valores?

(7)

Moral Kantiana

Utilitarismo de Stuart Mill

Natureza

Deontologismo: dever como valor supremo Hedonismo: prazer/felicidade como valor supremo

Ação moral

A que for motivada apenas pelo dever A que maximiza imparcialmente a

prazer/felicidade do maior número

Citério da moralidade

Imperativo categórico: possibilidade de

universalização das máximas (transformá-las em leis)

Princípio da maior felicidade

Pontos fortes da

teoria

 Respeito pelos princípios morais

 Recusa em instrumentalizar o ser humano (não usar as pessoas como meios, mas apenas como fins)

 Valorização dos resultados da ação

 Valorização das condições específicas em que se pratica a ação

Objeções à teoria

 O cumprimento cego das obrigações pode ter más consequências.

 Conflito entre deveres absolutos: em algumas situações cumprir uma obrigação pode impedir de cumprir outra

 Pode colocar em causa os direitos individuais ou de minorias em nome da felicidade da maioria

 Em certas circunstâncias pode indicar como obrigatórias ações que consideraríamos imorais. Ex: sacrificar um inocente para usar os seus órgãos para salvar várias pessoas

 Nem sempre é fácil calcular em toda a sua extensão as consequências das nossas ações

ARGUMENTOS A FAVOR DA EXISTÊNCIA DA DEUS

Argumento ontológico ou de Santo Anselmo

Natureza

É um argumento à priori

(Baseia-se apenas na razão. Nenhuma das premissas é conhecida por meio da experiência)

Tipo

É um argumento do tipo dedutivo.

Na forma chamada “redução ao absurdo”, isto é, aceita-se uma hipótese inicial (Deus existe no

pensamento, mas não na realidade) e tenta-se deduzir dela um absurdo lógico, uma contradição

(neste caso Deus seria e não seria simultaneamente aquilo maior do qual nada pode ser pensado.) Se se conseguir obter essa contradição temos de abandonar a hipótese que a ela conduziu.

Argumento

Premissa1: Deus é aquilo maior do qual nada pode ser pensado (existe no pensamento) Premissa2: Existir na realidade é ser maior do que existir só no pensar

Premissa3: Aquilo maior do qual nada pode ser pensado existe no pensamento e não existe na realidade (hipótese absurda)

______________________________________________________________________________________________

Conclusão: Aquilo maior do qual nada pode ser pensado é aquilo maior do qual algo pode ser pensado (conclusão absurda) Mantêm-se as duas primeiras premissas

Rejeição da hipótese absurda _____________________________ Nova conclusão: Deus existe

Críticas

Leva a consequências absurdas: através deste género de definições poderia ser demonstrada a existência de todo

o género de coisas que podem existir no pensamento, mas não existem na realidade, como unicórnios, sereias, ilhas feitas de ouro, etc.

A existência não é uma propriedade: quando se diz que algo existe não estamos a qualificar esse algo com mais

uma propriedade. A existência não faz parte da definição de algo, é a condição para que as coisas tenham certas propriedades (objeção de Kant)

(8)

Argumento Cosmológico de São Tomás de Aquino

Natureza

É um argumento à posteriori

(pelo menos uma das premissas baseia-se em dados da experiência)

Tipo

É um argumento dedutivo

Argumento

Premissa 1: Tudo o que existe tem uma causa Premissa 2: Nada pode ser causa de si própria

Premissa 3: As cadeias causais não podem regredir até ao infinito (porque sem primeira causa não haveria efeitos)

____________________________________________________________________________________________________-Conclusão: tem de haver uma primeira causa. Essa causa é Deus

Críticas

 Podemos desafiar a ideia de que uma série infinita de causas não é possível

Não temos razões para pensar que lá porque tudo tem uma primeira causa, que há uma única primeira causa de tudo.

 Mas mesmo que isso fosse o caso, não temos razões para achar que essa primeira causa é Deus

Argumento do desígnio ou teleológico de William Paley

Natureza

É um argumento à posteriori

(pelo menos uma das premissas baseia-se em dados da experiência)

Tipo

É um argumento indutivo por analogia pois tira conclusões a partir de uma comparação entre aspetos que considera semelhantes para outros

Argumento

Premissa 1: Se abrirmos um relógio e inspecionarmos o modo como todas as peças do mecanismo trabalham conjunta e

harmoniosamente, compreendemos que o relógio teve de ser criado por alguém inteligente

Premissa 2: O universo e os organismos vivos são muito semelhantes aos relógios. Revelam complexidade, organização e

harmonia (desígnio)

____________________________________________________________________________________________________ Conclusão: o universo e os organismos vivos devem de ter um criador inteligente, que é Deus

Críticas

 A analogia é fraca pois entre uma máquina e o universo há diferenças substanciais que suplantam as semelhanças

 Deus não é a única explicação possível para a complexidade e harmonia do universo

 Não há razões para aceitar que foi um só Deus que fez o universo poderiam ser vários deuses (não apoia o monoteísmo)

 Mesmo que fosse um só Deus que causou o universo há razões para pensar que não é todo-poderoso e perfeito pois o Universo parece ter vários defeitos de conceção (a existência do mal e do sofrimento são dois exemplos)

ARGUMENTO CONTRA A EXISTÊNCIA DE DEUS

Problema do mal : Como é possível conciliar as seguintes proposições ?

1- Deus é infinitamente Bom

2- Deus é omnipotente

3- Deus é omnisciente

4- O mal desnecessário existe

A lógica do argumento é defender que há uma incompatibilidade entre a noção de um Deus bom, sábio e

poderoso e a existência do mal

(9)

Argumento sobre a

existência do mal

Objeções ao argumento

do mal

Contra objeções

Premissa 1:

Deus é um ser sumamente bom, omnipotente e omnisciente

Premissa 2:

O sofrimento existe

Premissa 3: Deus sabe do mal e não o evita

Conclusão:

Deus não é bom

Premissa 1:

Deus é um ser sumamente bom, omnipotente e omnisciente

Premissa 2:

O sofrimento existe

Premissa 3

: Deus sabe do mal quer evitá-lo, mas não consegue

Conclusão:

Deus não é omnipotente

Premissa 1:

Deus é um ser sumamente bom, omnipotente e omnisciente

Premissa 2:

O sofrimento existe

Premissa 3:

Deus não sabe do mal

Conclusão: Deus não é omnisciente

Um teísta responderia que existem

razões moralmente suficientes para que

Deus opte por não eliminar o mal. O principal argumento é o da existência do livre arbítrio, e a sua existência como condição essencial da moral:

 A existência da livre vontade no homem implica que tenha de haver bem e mal, para ele poder optar. Se só pudéssemos escolher o bem seria um real exercício do nosso livre arbítrio (estávamos obrigados a escolher sempre o bem)

 Se só pudéssemos escolher o bem nada de extraordinário estaríamos a fazer do ponto de vista moral (não

poderíamos ser

responsabilizados e elogiados por ela)

É possível imaginar que alguma dose de mal pudesse ser necessária ser autorizada por Deus para atingir certos objetivos morais, mas sendo a natureza de Deus a de um ser sumamente bom, é incoerente com tal natureza que o mal exista por duas razões:

 A dose do mal atinja, por vezes, proporções calamitosas.

O sofrimento que o mal causa atinja muitas das vezes pessoas completamente inocentes (pode um Deus bom deixar sacrificar inocentes para que outros seres humanos exerçam o seu livre arbítrio?)

Referências

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