• Nenhum resultado encontrado

Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas"

Copied!
154
0
0

Texto

(1)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 4

2 OBJETIVO ... 7

3 PARTE 1 - PROCEDIMENTOS PARA DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ... 9

3.1 Levantamento de Dados Históricos ... 9

3.2 Inspeção para Reconhecimento da Área ... 11

3.3 Caracterização do Uso e Ocupação do Solo ... 13

3.4 Elaboração de Modelos Conceituais (MC) ... 14

3.4.1 Fontes de Contaminação ... 15

3.4.2 Substâncias Químicas de Interesse (SQI) ... 15

3.4.3 Receptores Potenciais ... 16

3.4.4 Pontos de Exposição (PDE) ... 16

3.4.5 Caminhos de Exposição ... 17

3.4.6 Vias de Ingresso ... 17

3.4.7 Composição do Modelo Conceitual ... 18

3.5 Caracterização Geológica ... 18

3.6 Mapeamento da Contaminação ... 19

3.6.1 Fase Livre ... 21

3.6.2 Fase Retida ... 23

3.6.3 Água Subterrânea ... 24

3.7 Investigação de Vapores de Solo ... 25

3.8 Execução de Sondagens Ambientais ... 26

3.9 Instalação de Poços de Monitoramento ... 27

3.10 Amostragem e Análises Químicas ... 29

3.10.1 Água subterrânea ... 29

3.10.1.1 Amostragem com Amostrador descartável tipo Bailer ... 29

3.10.1.2 Micro Purga com Coleta de Baixa Vazão ... 30

3.10.2 Água Superficial e Sedimentos ... 32

3.10.2.1 Água Superficial ... 32

(2)

3.10.3 Solo ... 33

3.10.3.1 Amostragem de Solo para Análise Química ... 33

3.10.3.2 Amostragem do material construtivo: lascas, varrição e secagem ... 35

3.10.3.3 Amostragem por meio de limpeza ou secagem (wipe test) ... 36

3.10.4 Análises Químicas ... 37

3.11 Tamponamento de Poços... 39

3.12 Execução de Ensaios do tipo Slug Test ... 39

3.13 Teste de Bombeamento ... 41

3.14 Levantamento Topográfico ... 41

3.15 Determinação de Parâmetros Físico-Químicos ... 42

3.16 Monitoramento de Explosividade e Compostos Orgânicos Voláteis (COV). ... 43

4 PARTE 2 - PROCEDIMENTOS PARA REMEDIAÇÃO AMBIENTAL ... 45

4.1 Ensaio Piloto e Projeto de Remediação ... 45

4.1.1 Ensaio Piloto ... 45

4.1.1.1 Ensaio piloto para sistema fixo de Remediação por Extração Multi-Fásica: ... 45

4.1.1.2 Ensaio Piloto para Sistema de Remediação por Extração de Vapores (SVE) ... 47

4.1.1.3 Ensaio Piloto para Sistema de Remediação por Injeção de Ar (IAS) ... 48

4.1.1.4 Ensaio piloto para Sistema de Bombeamento (Extração de fase Livre) ... 50

4.1.1.5 Ensaio Piloto de Aplicabilidade para Oxidação Química: Aquisição de Dados ... 51

4.1.1.6 Ensaio Piloto de Aplicabilidade para Oxidação Química: Testes de Bancada ... 53

4.1.2 Projeto Executivo de Remediação ... 53

4.2 Instalação e Operação de Bombas Submersas... 57

4.3 Instalação e Operação de Sistema de Extração Multifásica (MPE) Portátil ou Fixo... 58

4.4 Implantação e Operação de Sistema de Extração de Vapores (SVE) ... 60

4.5 Sistema de Injeção de Ar (SIA) ... 62

4.6 Construção de Trincheiras ... 63

5 Serviços e Equipamentos Complementares ... 66

5.1 Sistema de separação de óleo e água com placas coalescentes (SAO) ... 66

5.2 Sistema de Carvão Ativado para tratamento de água contaminada ... 67

5.3 Redes e linhas de Bombeamento, Extração e Injeção ... 68

5.4 Destinação de Resíduos Oleosos Líquidos ... 69

(3)

6 PARTE 3 - ESCOPO MÍNIMO DE RELATÓRIOS TÉCNICOS ... 73 6.1 Avaliação Preliminar ... 75 6.2 Investigação Confirmatória ... 81 6.3 Investigação Detalhada ... 87 6.4 Avaliação de Risco ... 97 6.5 Plano de Intervenção ... 113 6.6 Projeto de Remediação ... 117

6.7 Monitoramento Operacional de Sistema de Extração de Fase Livre ... 118

6.8 Monitoramento de Performance ... 123

6.9 Monitoramento Ambiental e de Pós Remediação ... 132

6.10 Relatório de Encerramento de Sistema de Extração de Fase Livre ... 140

(4)

1 INTRODUÇÃO

Este manual apresenta os procedimentos técnicos e as boas práticas de campo utilizadas para o diagnóstico e remediação ambiental de áreas contaminadas, bem como as estratégias para avaliação e interpretação de dados ambientais para elaboração de relatórios técnicos para o gerenciamento de áreas contaminadas por hidrocarbonetos derivados do petróleo.

A avaliação e a recuperação da qualidade ambiental em áreas contaminadas (solo e água subterrânea) por hidrocarbonetos derivados do petróleo, deve ser efetuada com base no processo de gerenciamento descrito na resolução CONAMA 420 e em Valores Orientadores de Referência de Qualidade, de Prevenção e de Investigação recomendados na resolução supramencionada. Caso o órgão ambiental estadual competente possua Valores Orientadores Estaduais, devem ser estes utilizados.

Foram escolhidas para serem descritas no presente manual, as principais tarefas de campo a serem executadas nas etapas de avaliação preliminar, investigação confirmatória, investigação detalhada, avaliação de risco e remediação de áreas contaminadas.

Os seguintes procedimentos, normas e protocolos foram adotados:

 AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIAL - ASTM E 2081-00. Standard Guide for Risk-Based Corrective Action;

 AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIAL - ASTM PS104 (2002) Standard Guide for Risk-Based Corrective Action for Chemical Releases. EUA.

 CONAMA (2009) – CONAMA 420. Gerenciamento de Áreas Contaminadas.

 CETESB (2001) – Manual de gerenciamento de áreas contaminadas. São Paulo, SP.

 CETESB (2014) – DD 045/2014/E/C/I. Valores Orientadores para Solos e Águas Subterrâneas no Estado de São Paulo. São Paulo, SP.

 CETESB (2006) – Procedimento para identificação de passivos ambientais em estabelecimentos com sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis (SASC).

(5)

 CETESB (2009) – DD 263/2009. Investigação Detalhada e Plano de Intervenção para Postos de Serviço e Sistemas Retalhistas.

 U.S. Environmental Protection Agency (U.S.EPA). (1989). Risk Assessment Guidance for Superfund, Volume I, Human Health Evaluation Manual (Part A), Interim Final. EPA/ 540/1-89/003. Washington, D.C. December .

 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT, 1987. Norma NBR 10.004 (Revisão PN 1.603.06-008) - Resíduos Sólidos, Classificação.

 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT/NBR 15.495 – Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulares – Parte 1: Projeto e Construção e Parte 2: Desenvolvimento.

 BRASIL. Ministério da Saúde. Procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, Portaria N° 2914 de 12 de dezembro de 2011. Brasília.

 ABNT, NBR 15492 – Sondagem de reconhecimento para fins de qualidade ambiental – Procedimento (Jun/07).

 ABNT, NBR 15495-1 – Poços de monitoramento de água subterrânea em aquíferos granulados. Parte 1: Projeto e Construção (Mai/05).

 ABNT, NBR 15495-2 – Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulares. Parte 2: Desenvolvimento (Jul/08);

 ABNT NBR 15515-1:2007 Errata 1:2011- Passivo ambiental em solo e água subterrânea Parte 1: Avaliação Preliminar;

 ABNT NBR 15515-2:2011 - Passivo ambiental em solo e água subterrânea Parte 2: Investigação confirmatória. Publicação em 22/03/11.

 ABNT NBR 15515-3:2013 - Avaliação de passivo ambiental em solo e água subterrânea Parte 3 — Investigação detalhada.

(6)

 ABNT NBR 16209:2013 - Avaliação de risco à saúde humana para fins de gerenciamento de áreas contaminadas.

 ABNT NBR 16210:2013 - Modelo conceitual no gerenciamento de áreas contaminadas — Procedimento.

Por questões didáticas e para facilitar a consulta, este manual foi estruturado em três partes:

 PARTE 1: Diagnóstico Ambiental

 PARTE 2: Procedimentos de Remediação  PARTE 3: Relatórios Técnicos

(7)

2 OBJETIVO

O presente documento tem como objetivo apresentar uma orientação técnica para tarefas executadas em campo e em escritório, no desenvolvimento de projetos de gerenciamento de áreas contaminadas (GAC), a fim de promover a recuperação de áreas comprovadamente contaminadas por compostos derivados de hidrocarbonetos.

(8)

PARTE 1

(9)

3

PARTE 1

- PROCEDIMENTOS PARA DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

3.1 Levantamento de Dados Históricos

Deverão ser verificados os documentos pré-existentes, por vezes disponíveis no local, que possibilitem a identificação do histórico das instalações, operações, bem como de eventos de acidentes, derrames e/ou vazamentos ocorridos na área em estudo. Para isso deve-se levantar:

 Dados disponíveis sobre as atividades ocorridas na área de estudo e arredores antes da implantação do empreendimento, devendo considerar a interpretação de fotos aéreas históricas da área;

 Histórico das unidades operacionais, desde o início de sua operação, com descrição das instalações;

 Planta atualizada do local, com identificação de todas as unidades operacionais (Exemplo: plataformas de carregamento, balanças, tanques aéreos, bacias de conteção, tanques, bombas de abastecimento, área de lavagem de veículos, caixa separadora, área de abastecimento, área de carregamento, área de descarregamento, área de troca de óleo, filtro de diesel e tubulações);  Relatórios de investigações ambientais realizadas anteriormente na área com breve resumo sobre

os resultados referentes a passivo ambiental no solo e na água subterrânea, se disponível. Realizar a descrição cronológica dos fatos ocorridos na área relativos a:

 A instalação e operação de equipamentos;  Reformas e manutenções realizadas;

 Tipos e volumes de produtos armazenados na área;

 Geração, armazenamento temporário e destinação de resíduos;

 Outras atividades desenvolvidas na área, como lavagem de veículos, troca de óleo no caso de postos de serviço; outros processos produtivos no caso de bases e terminais;

 A evolução do uso e ocupação do solo na vizinhança;  Posicionamento de receptor e bens a proteger.

(10)

A identificação da área deve conter as seguintes informações:

 Bases e Terminais: Razão social, bandeira operadora, data em que passou a operar a base;

 Postos de Serviço: Razão social e nome fantasia da empresa, atual e histórico e respectiva bandeira fornecedora de combustível, informando-se a data em que passou a fornecer combustível ao posto;

 Localização, com endereço completo da empresa, coordenadas geográficas em projeção UTM e respectivos datum, assim como planta de localização com orientação espacial, escala gráfica e indicação da fonte do mapa-base e fonte de dados, legendas e convenções cartográficas;

 Zoneamento da área/uso do solo com referência à fonte de consulta;  Apresentação das principais vias de acesso (ruas, avenidas etc.) em planta;

 Indicação da existência de rede de esgoto, de água tratada e de águas pluviais e de outras utilidades subterrâneas, como bueiros e bocas de lobo, com localização em planta;

 Identificação e descrição em texto e mapa da geologia regional, hidrogeologia regional, geomorfologia, meteorologia e bacia hidrográfica (BH), na qual está inserida a área.

A Tabela 1 apresenta sugestão de tipos de informações a serem levantadas nesta etapa de identificação da contaminação. Não devem ser descartadas outras informações sobre a área que não estejam listadas nesta tabela.

Tabela 1 – Sugestões de tipos de informações a pesquisar sobre o histórico da área.

TIPOS DE INFORMAÇÃO DOCUMENTOS A CONSULTAR

Histórico operacional Entrevistas

Tipos e quantidades de tanques, filtros e bombas instaladas na

área Entrevistas, plantas das instalações, contratação de terceiros Tipos de produtos comercializados Entrevistas, documentos de compra e venda de combustível Tipos e locais das atividades realizadas (ex.: lavagem de veículos,

(11)

Realização e tipo de reformas Entrevistas, plantas das instalações, contratação de terceiros Local de instalação dos equipamentos Entrevistas, plantas das instalações

Captação e uso água subterrânea Inspeção da área, outorgas de poços, entrevistas

Tipo, volume e destinação de resíduo Certificados de Destinação e Manifesto de Resíduos

Notificações de Órgão Ambiental Documentos do posto Reclamações de vizinhos Entrevista

Histórico ambiental e operacional

Processos, licenças, notificações, relatórios, cadastros, plantas do posto

Dados sobre o meio físico

Histórico sobre os equipamentos e instalações

Informações sobre a situação legal do posto de serviço Processos Histórico ambiental e operacional

Processos, licenças, notificações, relatórios, cadastros, plano diretor, plantas da área

Dados sobre o meio físico

Histórico sobre os equipamentos e instalações

Histórico das instalações do posto Relatórios, plantas, notas de serviços Histórico das manutenções e reformas Relatórios, plantas, notas de serviços

Tipo, volume e destinação de resíduo. Notas de serviços

Tipos de emergências ocorridas Relatórios, notas de serviços Ocorrência de fatos marcantes relacionados ao posto Jornais, revistas

Histórico ambiental e operacional Registro de entrevistas realizadas

3.2 Inspeção para Reconhecimento da Área

A inspeção para reconhecimento da área deverá possibilitar a identificação e a avaliação das instalações atualmente operadas na área de estudo, seus vizinhos, bem como determinar os caminhos potenciais de transporte de contaminantes, além da localização e caracterização dos receptores e bens a proteger. Além da inspeção da área, devem ser realizadas entrevistas com funcionários, vizinhos da área etc.. Para isso:

 Identificar o tipo e a locação dos equipamentos instalados na área, no caso de postos de abastecimento, instalações como tanques, bombas de abastecimento, área de lavagem de veículos, caixa separadora, área de abastecimento, área de carregamento, área de descarga, área

(12)

de troca de óleo, filtro de diesel, tubulações, etc. No caso de bases e terminais, plataformas de carregamento, balanças, tanques aéreos, bacias de conteção, transformadores;

 Caracterizar e avaliar as condições de operação de cada equipamento, piso e canaletas;  Descrever as atividades desenvolvidas;

 Identificar a geração, os locais e o modo de armazenamento temporário de resíduos;  Relatar acidentes ocorridos, incluindo perda de produto, vazamentos e acidentes;  Informar sobre manuseio e armazenamento de substâncias químicas.

Nas entrevistas, devem, no mínimo, ser questionados:  Ocorrência de acidentes e vazamentos;

 Locais de disposição de resíduos;  Reclamações;

 Problemas com a qualidade do ar, água e solo;  Obras realizadas;

 Presença de captação de água subterrânea (Poço de Abastecimento, Poço Cacimba, Cisternas e Poços Artesianos).

Realizar o levantamento de uso do solo para um raio de 200 metros a partir do limite do posto de serviço, conforme proposto na DD 263/2009 CETESB, considerando:

 O levantamento das atividades realizadas a norte, sul, leste e oeste do local, por nome e tipologia;  A identificação, em imagem de satélite, de receptores potenciais ou bens a proteger, como por exemplo, áreas residenciais, áreas comerciais, áreas industriais, áreas de lazer, áreas de produção agropecuária, piscicultura, hortas, escolas, hospitais, creches, etc.;

 A representação na imagem de satélite da localização e a classificação de corpos hídricos superficiais (vereda/brejo, córrego/rio, mar, lago/laguna/lagoa), Áreas de Preservação Permanente (APP), Unidade de Conservação (UC) e áreas com tombamento histórico;

 A pesquisa e localização de poços de abastecimento ou poços cacimba, cadastrados e não cadastrados no órgão ambiental;

(13)

 A localização de Área com Potencial de Contaminação (AP), Área Suspeita de Contaminação (AS), Área Contaminada sob Investigação (AI), Área Contaminada sob Intervenção (ACI), Área em Processo de Monitoramento para Reabilitação (AMR) e Área Reabilitada para o Uso Declarado (AR), eventualmente existentes na região, conforme registro do órgão ambiental competente (CONAMA 420).

As instalações e áreas representadas na imagem de satélite devem ser referendadas em texto, sendo informado sobre o bem identificado e o modo de pesquisa onde se obteve a informação.

Na impossibilidade de se obter informações sobre o histórico de operação da área e de alterações no layout, todos os locais da área em estudo onde exista a possibilidade de terem sido desenvolvidas atividades de armazenamento e manejo de combustíveis, lubrificantes ou outras substâncias deverão ser investigadas.

3.3 Caracterização do Uso e Ocupação do Solo

A caracterização do uso e ocupação do solo visa a identificar os potenciais receptores expostos à contaminação detectada na área de interesse. O levantamento das informações sobre o uso e a ocupação do solo deverá ser realizado com raio de no mínimo 200 metros em relação aos limites da área investigada, contendo os seguintes itens:

 Identificação de área industrial, residencial e comercial, bem como, escola, creche, igreja, asilo, restaurantes, hospitais, parques, plantações, criações de gado, entre outros. Destacando a existência de edificações com piso ou garagem subterrânea;

 Identificação de instalações subterrâneas como gás, esgoto, rede de distribuição de águas, redes elétricas, telefonia, entres outros;

 Localização de áreas contaminadas cadastradas no órgão ambiental responsável;  Localização de corpos de águas superficiais e sua classificação;

(14)

Deverá ser considerado um raio de 500 metros em relação aos limites da área investigada para a localização de poços de rebaixamento do lençol freático, poços de captação de água subterrânea, cadastrados e/ou outorgados em órgão competente, quando possível e disponível os não cadastrados, destacando sua profundidade, perfil construtivo, aquífero explorado e uso.

Ao final desta tarefa deverão ser apresentados:

 Texto explicativo e mapas explicativos sobre o uso e ocupação da área e sua distribuição;  Mapa de uso e ocupação contendo a localização dos poços de rebaixamento e captação de

água subterrânea (georreferenciadas), bem como todos os elementos descritos acima.

3.4 Elaboração de Modelos Conceituais (MC)

A elaboração dos cenários de exposição deverá representar todos os caminhos que permitem a evolução do contaminante partindo da origem da contaminação (fonte de contaminação) até chegar aos receptores potenciais. Os cenários de exposição são divididos em cenários de exposição direta e cenários de exposição indireta.

 Exposição Direta: quando o receptor está diretamente em contato com o compartimento do meio físico contaminado ou com a fonte de contaminação.

 Exposição Indireta: quando as SQIs atingem o receptor por meio de outros compartimentos do meio físico, que não estão contaminados, mas que poderão afetá-lo em decorrência do transporte da SQI.

Os cenários de exposição devem ser sempre relacionados aos seguintes elementos:  Fonte de Contaminação;

 Substância Química de Interesse (SQI);  Receptores Potenciais;

 Ponto de Exposição (PDE);  Caminho de Exposição;

(15)

 Via de Ingresso.

Estes elementos devem ser identificados e caracterizados para que um cenário de exposição seja considerado completo. A caracterização de cada um desses elementos servirá como base para identificação de eventos de exposição atuais e futuros relacionados ao sítio em análise. Caso um ou mais destes elementos estejam ausentes, o cenário será incompleto e não será considerado na avaliação de risco.

3.4.1 Fontes de Contaminação

A fonte de contaminação (Área Fonte) está relacionada a um determinado processo operacional que ocasionou a origem da contaminação, liberando a SQI no meio físico.

A caracterização da fonte de contaminação deve permitir avaliar quais compartimentos do meio físico podem ser impactados e como as SQIs chegarão aos receptores potencialmente expostos. Cada área fonte compreende um ponto ou área onde ocorre ou ocorreu a liberação da SQI para o meio físico. Para esta etapa é necessária a identificação e relação das fontes de contaminação.

3.4.2 Substâncias Químicas de Interesse (SQI)

As substâncias químicas de interesse (SQI) que devem ser consideradas na Avaliação de Risco à Saúde Humana são todas aquelas identificadas nas amostras de solo e água subterrânea em concentrações superiores aos VIs.

A SQI será selecionada desde que ocorra pelo menos em uma única vez em concentração superior ao VI adotado. Para esta etapa devem ser relacionadas as SQIs consideradas na avaliação de risco.

(16)

3.4.3 Receptores Potenciais

A identificação de receptores potenciais a serem considerados na avaliação de risco visa a representar indivíduos humanos expostos às SQIs, considerando situações atuais e futuras de exposição, sendo classificados em:

 Receptores Residenciais: todo residente que possa estar potencialmente exposto direta ou indiretamente às SQIs identificadas nos compartimentos do meio físico, localizados na área investigada ou em suas proximidades.

 Receptores Trabalhadores (Comercial/Industrial): todo funcionário que possa estar potencialmente exposto direta ou indiretamente às SQIs identificadas nos compartimentos do meio físico, localizados na área investigada ou em suas proximidades.

Para esta etapa devem ser relacionados os receptores potenciais considerados na avaliação de risco.

3.4.4 Pontos de Exposição (PDE)

Os pontos de exposição (PDE) são pontos onde ocorre a exposição do receptor à SQI. Os PDEs devem ser identificados para cada compartimento do meio físico impactado ou potencialmente impactado, considerando os cenários atuais e futuros de uso e ocupação do solo.

Os seguintes compartimentos devem ser considerados para a identificação de PDEs:

 Água Subterrânea: se ocorrer a utilização de poços e nascentes para abastecimento municipal, industrial, doméstico e agrícola, bem como para atividades recreacionais.

 Solo: se ocorrer contato com as SQIs presentes no solo superficial e subsuperficial.

 Água superficial: se ocorrer sua utilização para abastecimento municipal, industrial, doméstico e agrícola, bem como para atividades recreacionais e de pesca.

 Ar: na ocorrência de cenários de exposição em ambientes abertos e espaços fechados contemplando todos os potenciais receptores.

(17)

3.4.5 Caminhos de Exposição

Um caminho de exposição descreve o curso de uma SQI, desde a área fonte até o receptor, no ponto de exposição (PDE). São considerados caminhos de exposição as seguintes situações:

 Emissão de vapores e partículas a partir do solo superficial;  Lixiviação do solo para água subterrânea;

 Transporte em meio saturado de água subterrânea contaminada;

 Transporte em meio não saturado de vapores a partir do solo subsuperficial;  Transporte em meio não saturado de vapores a partir da água subterrânea;

As seguintes informações deverão ser consideradas na análise dos caminhos de exposição:  Os compartimentos do meio físico que estão impactados (ar, água e solo);  Os mecanismos de transporte das SQIs desde a área fonte até os PDEs;  A localização dos PDEs;

 Os receptores potencialmente expostos.

Para esta etapa devem ser relacionados os caminhos de exposição considerados na avaliação de risco. 3.4.6 Vias de Ingresso

Os potenciais receptores identificados podem entrar em contato com as SQIs por meio de determinadas vias de ingresso, que são:

 Ingestão de contaminantes presentes na água subterrânea, água superficial, solo.

 Inalação de contaminantes presentes no ar, incluindo vapores emitidos a partir da água subterrânea, água superficial, solo superficial e solo subsuperficial.

 Contato dérmico com contaminantes presentes na água subterrânea, água superficial e solo. Para esta etapa devem ser relacionadas as vias de ingresso consideradas na avaliação de risco.

(18)

3.4.7 Composição do Modelo Conceitual

O Modelo Conceitual (MC) deverá ser elaborado, objetivando a apresentação de uma síntese das informações relativas à área de interesse, incluindo a localização da contaminação, o transporte e a distribuição das SQIs desde as fontes primárias até os PDE e a relação com a exposição dos receptores existentes, representando o conjunto de cenários de exposição presentes na área de interesse. O MC deverá ser desenvolvido para a área de interesse considerando suas características específicas.

A consolidação do MC deverá ser apresentada por meio de fluxograma ou texto explicativo.

3.5 Caracterização Geológica

A caracterização geológica do local deverá ser realizada com base na execução das sondagens ambientais de acordo com a norma ABNT/NBR 15.492, incluindo registros existentes nos relatórios, considerando os seguintes objetivos:

 Descrição do solo, sedimento, rocha e/ou aterro de todas as sondagens executadas;

 Coleta de amostras do material perfurado, para determinação de granulometria, porosidade total, porosidade efetiva, densidade do solo, umidade do solo e fração de carbono orgânico. Estas amostras devem ser coletadas em diferentes pontos de sondagem e diferentes profundidades, considerando as camadas litológicas importantes para a distribuição dos contaminates em subsuperfície, previstas no Modelo Conceitual da Área;

 Validação da geologia regional.

Ao final desta tarefa deverão ser apresentados:

 Mapa em escala apropriada com locação e identificação das sondagens e dos pontos de coleta de amostras de solo;

 Perfis das sondagens realizadas e no mínimo, duas seções geológicas para representar o entendimento da geologia do local. Deve ser destacada a descrição do material identificado, sua cor, textura e granulometria;

(19)

 Tabela com a identificação das amostras, coordenadas geográficas UTM, elevação, perfil de sondagem, profundidade da coleta de amostra, data e hora de amostragem, número da cadeia de custódia, entre outros;

 Texto explicativo com resumo da geologia local e relação com o contexto geológico regional.

3.6 Mapeamento da Contaminação

O mapeamento da contaminação deverá ser desenvolvido com o objetivo de:

 Promover a completa delimitação vertical e horizontal da contaminação por fase retida (solo superficial e subsuperficial), fase dissolvida e fase livre;

 Possibilitar o entendimento da distribuição espacial da contaminação.

Para cumprimento dos objetivos supramencionados deverão ser executadas as tarefas:  Coletar as amostras de solo e água subterrânea conforme item 4.10 deste manual;

 Realizar análise química laboratorial para Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e isômeros de Xilenos (BTEX); Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (HAP), em todas as amostras coletadas. Caso o Modelo Conceitual da Área em estudo indique a possível ocorrência de outras substância químicas associadas a potenciais fontes de contaminação, estas também deverão ser analisadas em laboratório;

 Realizar análise química laboratorial para Hidrocarbonetos Totais de Petróleo (TPH), somente em amostras coletadas em potenciais áreas fonte de contaminação identificadas no modelo conceitual da área que indiquem a necessidade desta quantificação;

 Promover a delimitação das plumas de contaminação (fase retida e fase dissolvida) considerando os Valores de Investigação (VI), mesmo que para isto tenham que ser executadas mais de uma etapa de coleta de amostras. Para o mapeamento das plumas dissolvidas os parâmetros a serem determinados são os BTEX e HAP.

(20)

 Promover a delimitação da pluma de fase livre, por meio da instalação de poços de monitoramento com seção plena, considerando os procedimentos técnicos descritos na NBR/ABNT 15.495: Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulados parte 1: projeto e construção; e na NBR/ABNT 15.495: Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulares parte 2: desenvolvimento.

As amostras da etapa de investigação da contaminação devem, preferencialmente, ser coletadas em uma única campanha de amostragem. Se após a avaliação dos resultados analíticos se verificar que as plumas de contaminação estão abertas, deve ser realizada nova etapa de campo e consequentemente, nova coleta de amostras. Neste caso, amostras coletadas em campanhas distintas podem ser utilizadas em uma mesma etapa de investigação ambiental, se a coleta for realizada em um intervalo de no máximo 90 dias corridos contados da data da primeira amostra, comprovados pelo adequado preenchimento da Cadeia de Custódia.

Para esta etapa é necessária a apresentação dos seguintes itens:

 Cadeia de Custódia devidamente preenchida e assinada pelo responsável pela coleta das amostras, bem como funcionário do laboratório responsável pelo recebimento das amostras;  Ficha de recebimento das amostras (checklist), devidamente preenchida e assinada pelo

responsável, no laboratório, pela verificação das condições de recebimento e acondicionamento das amostras;

 Laudos analíticos laboratoriais originais, assinados pelo responsável técnico do laboratório emitidos de acordo com o especificado na ABNT NBR ISO/IEC 17025;

 Tabelas comparativas entre os resultados analíticos para as análises realizadas e os Valores de Intervenção Estadual ou CONAMA;

 Representação das plumas de contaminação em fase retida (horizontal e vertical);  Representação das plumas de contaminação em fase dissolvida (horizontal e vertical);  Representação da pluma de contaminação em fase livre;

(21)

 Texto explicativo com resumo do mapeamento da contaminação, sua relação com as fontes primárias de contaminação identificadas no modelo conceitual da área.

3.6.1 Fase Livre

Realizar o mapeamento da fase livre a partir dos poços de monitoramento onde foi verificada sua ocorrência, considerando os seguintes itens:

 O mapeamento da fase livre deverá ser realizado por meio da instalação de poços de monitoramentos com seção plena, locados estrategicamente em função do modelo conceitual da área.

 Os poços de monitoramento onde foi verificada a ocorrência de fase livre não devem ser desenvolvidos.

 As medidas do nível de produto em fase livre, tomadas com o equipamento interface de óleo e água, representam a espessura aparente de fase livre sobrenadante ao aquífero local.

 Será considerada película de produto em fase livre, espessura aparente menor ou igual a 5,00 milímetros.

 A pluma de produto em fase livre será considerada, delimitada horizontalmente, se tiver poços de monitoramento instalados na borda da pluma, sem a ocorrência produto.

 A delimitação da pluma em fase livre no plano horizontal será definida considerando a metade da distância entre o poço de monitoramento que apresentar presença de produto em fase livre e o poço de monitoramento onde for observada a ausência de fase livre.

 O mapeamento de fase livre em plano vertical deverá ser apresentado em seções hidrogeológicas, onde o limite superior da pluma será referente à cota superior do nível de fase livre medido no poço de monitoramento e o limite inferior será a cota do nível de água local medido no poço de monitoramento. Deve ser gerada a espessura real e aparente, usada para a etapa seguinte.

(22)

 Cálculo do volume de produto em fase livre mapeado, considerando as espessuras aparente e real.

 Cálculo da espessura real de produto em fase livre, a partir da espessura aparente medida em área, por meio da fórmula empírica do método de Pastrovich:

do

da

t

t

g

1

/

onde:

tg – Espessura real de fase livre

t – Espessura aparente do – Densidade do produto

da – Densidade da água

(23)

Detalhe de Fase Livre em Bailer Detalhe de Ausencia de Fase Livre em Bailer

3.6.2 Fase Retida

Realizar o mapeamento da fase retida no solo a partir das sondagens onde foi verificada a SQI acima dos VIs, considerando os seguintes itens:

 No plano horizontal a partir da sondagem onde foi identificada a contaminação, executar sondagens em malha aproximada de 5 x 5 metros com distanciamento máximo de 10 metros, podendo estas distâncias serem alteradas a critério do responsável técnico e em função do modelo conceitual da área;

 No plano vertical coletar pelo menos 03 (três) amostras de solo, sendo uma entre 0,0 e 0,5 metros de profundidade, outra na franja capilar e a última, na maior medição de COV. Caso a medição de COV seja nula, justificar tecnicamente a escolha da profundidade da amostra de solo coletada;

 O mapeamento horizontal deve ser realizado para cada SQI, onde o limite da pluma será interpolado na metade da distância entre o ponto de amostragem que apresentar concentração acima de VI e o ponto de amostragem que apresentar concentração abaixo de VI;

(24)

 Para o mapeamento de fase retida no solo em plano vertical, o ponto limite será a metade da distância entre a amostra em profundidade que apresentar concentração acima de VI e a amostra que apresentar concentração abaixo de VI. Quando a amostra de solo coletada na franja capilar apresentar concentrações acima dos VIs para as SQIs, considerar como delimitação da contaminação a profundidade do nível de água do local. Na ausência de amostras superficiais com concentração inferior a VI, o limite superior deve ser a fonte primária mais próxima.

3.6.3 Água Subterrânea

Realizar o mapeamento da fase dissolvida a partir dos poços de monitoramento onde foi verificada a SQI acima dos VIs, considerando os seguintes itens:

 No plano horizontal instalar poços de monitoramento a partir do poço onde foi identificada a contaminação, conforme o modelo conceitual da área;

 Caso o modelo conceitual da área justifique a delimitação da pluma de contaminação no plano vertical, esta poderá ser realizada com a instalação de poços multiniveis. Quando assim definido, deverão ser instalados no mínimo, dois conjuntos de poços multiníveis, localizados internamente aos limites da área de interesse, dispostos no centro de massa da pluma de contaminação da pluma em fase dissolvida, ou seja, onde forem verificadas as maiores concentrações das substâncias químicas de interesse, considerando a direção do fluxo de água subterrânea. A instalação de poços simples ou multiníveis externos aos limites da área de interesse deve ser realizada quando a pluma de contaminação em fase dissolvida ultrapassar os limites da área ou quando ocorrer fluxo vertical descendente.

 O mapeamento horizontal deve ser realizado para cada SQI, onde o limite da pluma será interpolado a ¾ da distância entre o ponto de amostragem que apresentar concentração acima do VI e o ponto de amostragem que apresentar concentração abaixo do VI;

 Caso o modelo conceitual da área justifique a delimitação da pluma de contaminação no plano vertical, esta deverá ser realizada para cada SQI, onde o limite da pluma será interpolado na metade da distância entre a base da seção filtrante do poço que apresente

(25)

concentração abaixo do VI e a base da seção filtrante do poço adjacente que apresente concentração da SQI acima do VI.

3.7 Investigação de Vapores de Solo

Os trabalhos de avaliação de vapores no solo deverão obedecer ao procedimento específico do Órgão Ambiental Regulador local. Quando não houver, será adotado o procedimento “Identificação de Passivos Ambientais em Estabelecimentos com Sistema de Armazenamento Subterrâneo de Combustíveis - SASC” da CETESB e as considerações deste manual.

Deverá ser feita a avaliação da presença destes vapores, em malha regular com execução de sondagens de 1,5 metros de profundidade, com diâmetro de 25 a 50 mm, nas quais será introduzida uma sonda para a medição de concentrações de vapores a cada 0,5 metro, por sucção do ar de seu interior, contemplando toda a área do empreendimento e com a apresentação dos perfis litológicos das sondagens, caso julgue-se necessário.

Adicionalmente, deverá ser realizada medição de explosividade e vapores orgânicos, bem como avaliação quanto à presença de produto (combustíveis) em tubulações, redes (pluvial, esgoto, água, energia e telecomunicações, etc.), câmaras de contenção e poços (PIs, PMs, PEs, PBs) existentes no empreendimento e em seu entorno, num raio de 200 metros. Deve-se indicar no croqui e listar em tabela, os pontos medidos. Também, serão alvo deste levantamento os pontos de captação de água (cursos d’água, poços) do entorno imediato do estabelecimento e a verificação dos mesmos quanto à presença de produto. No caso de poço tubular, informar dados construtivos, uso da água, vazão captada e perfil litológico do poço.

Caso o levantamento esteja sendo desenvolvido em área de posto de serviço, deverá ser realizada a sua classificação (com justificativas) conforme ABNT NBR 13.786, apresentando mapa de ocupação do entorno, no raio de 100 metros (ou conforme definição do órgão ambiental local), em escala compatível, detalhando adequadamente o entorno, indicando: elementos constantes na ABNT NBR 13.786, uso e ocupação das áreas e empreendimentos potencialmente poluidores (postos, oficinas, etc).

O empreendimento deverá ser georreferenciado por meio do levantamento das coordenadas UTM do empreendimento, com a utilização de GPS, estação total e levantamento topográfico.

(26)

Deverá ser apresentado um relatório conclusivo contendo os resultados das avaliações descritas acima e a caracterização da extensão da ocorrência de vapores orgânicos derivados de combustíveis no solo (por meio inclusive, de desenho da pluma de contaminação com curvas de iso-concentração a 0,5, 1,0 e 1,5 metros), considerando-se, sempre que possível, o tipo de contaminante, as condições do meio e as limitações técnicas do local, tais como solo, edificações, espaço físico para instalação de equipamentos, dentre outras.

3.8 Execução de Sondagens Ambientais

As perfurações a serem realizadas têm por objetivo a descrição da litologia / pedologia / geologia em subsuperfície, coleta de amostras de solo, instalação de poços de monitoramento de seção plena (PM) ou multiníveis (PMN), bombeamento (PB), de extração (PE) e/ou de injeção (PI), bem como a coleta de amostras para análise química.

As sondagens devem ser realizadas em conformidade com a Norma ABNT NBR 15.492 – Sondagem de Reconhecimento Para Fins de Qualidade Ambiental –Procedimento.

O material perfurado deve ser descrito e amostrado a cada metro ou a cada mudança pedológica / litológica / Geológica. A concentração de COVs deve ser medida a cada 0,5 metro perfurado. Deve ser feita a identificação e a descrição do solo, sedimento, rocha e/ou aterro de acordo com as recomendações do Manual de Descrição Coleta de Solos no Campo, da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo e outros documentos aplicáveis à descrição de materiais em subsuperfície;

As perfurações devem penetrar no máximo, 4,0 metros abaixo do nível d’água ou, a profundidades maiores em função do Modelo Conceitual da Área. Caso haja impedimento de ordem da natureza do substrato investigado, a perfuração poderá ser finalizada fora das condições descritas acima. Ao término das perfurações, os furos devem ser limpos através de caçamba / balde. Devido à constituição pedológica / litológica da área, caso haja necessidade, deverá ser revestido o furo, a fim de atender às condições de perfuração descritas acima.

Não será permitida a utilização de fluídos de perfuração para a completação do furo, após atingir o nível d’água. Para a completação do furo após atingir o nível d’água, pode ser utilizado o sistema de

(27)

caçamba/balde ou lavagem com água para aprofundar o furo até a profundidade exigida, desde que o mesmo esteja revestido.

A definição dos equipamentos a serem utilizados para realização das sondagens deverá ser feita com base no Modelo Conceitual da Área, previamente desenvolvido pelo Responsável Técnico.

Caso seja indicado no Modelo conceitual da Área, serão coletadas amostras de solo durante a execução das sondagens para análises químicas laboratoriais. O amostrador e o material de sondagem devem ser lavados com sabão neutro e água desmineralizada, antes e após cada amostragem de solo.

Em cada sondagem, deverão ser obtidas pelo menos 03 (três) amostras de solo, sendo uma entre 0,0 e 0,5 metro de profundidade, outra na franja capilar e a última, na maior medição de COV. Caso a medição de COV seja nula, justificar tecnicamente a escolha da profundidade da amostra de solo coletada, devendo todas serem encaminhadas para análise química.

Todos os pontos onde ocorrerem sondagens deverão ser georreferenciados. As coordenadas dos pontos medidos no site deverão ser vinculadas ao Sistema Geodésico Brasileiro (SGB). Todas as medições devem ser realizadas por meio de Estação Total.

Elaborar modelo hidrogeológico conceitual em conformidade com a ABNT NBR

15.495-1 – Poços de Monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulares –Parte 1: Projeto e construção.

3.9 Instalação de Poços de Monitoramento

Os poços devem ser construídos e instalados em total conformidade com a Norma ABNT NBR 15.495-1 – Poços de Monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulares – Parte 1: Projeto e construção. O desenvolvimento dos poços deverá ser realizado em conformidade com a Norma ABNT NBR 15.495-2 – Poços de Monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulares – Parte 2: Desenvolvimento.

Os poços serão instalados nos furos de sondagem com diâmetros de 2”, 4“ou 6” a serem executados conforme exposto no item 4.7 (Execução de Sondagens Ambientais).

Os poços serão construídos com tubos do tipo geomecânico/PVC (liso e/ou filtro) ou similar, nos diâmetros de 2” ou 4”, ou se forem piezômetros no diâmetro de 1”. Os poços de monitoramento devem

(28)

ser instalados com: (1) seção filtrante plena, com comprimento máximo de 3 metros, sendo 1 metro na zona não saturada e 2 metros na zona saturada; (2) seção filtrante afogada com comprimento máximo de 1 metro abaixo do nível d’água estabilizado (cerca de 25 cm). O Modelo Conceitual da Área deverá ser utilizado para escolha entre a seção plena ou afogada.

O espaço anular entre o filtro e a parede de perfuração deve ser preenchido por um

pré-filtro definido de acordo com a Norma ABNT NBR 15.495-1. O espaço anular superior ao pré-filtro deve ser preenchido por bentonita ou por mistura de bentonita com cimento.O acabamento final dos poços deverá constar de proteção sanitária em concreto e colocação de câmara de calçada construída no nível da superfície do terreno. O cap superior dos poços será móvel, acoplado ao tubo e deve ter a sua tampa trancada com trava via cadeado (segredo único) e o cap inferior do tubo deve ser fixado. O cap superior deve garantir a perfeita vedação do poço.

Deve ser garantida a identificação, vedação e inviolabilidade dos PMs, PBs, PEs e

PIs instalados. As tampas e câmaras de calçada para proteção sanitária devem suportar o tráfego de veículos pesados, serem estanques, possuir fixação que evite seu deslocamento e identificação de poço de monitoramento. Tais câmaras de calçada deverão ter diâmetro mínimo de 12”.

Todos os detalhes da instalação dos poços e execução das sondagens, bem como informações sobre o perfil construtivo, pedológico e litológico dos poços, profundidade do NA, cota altmétrica, coordenadas UTM (medidas por EstaçãoTotal e vinculadas ao Sistema Geodésico Brasileiro - SGB) e informação sobre a existência ou não de fase livre nos poços, devem constar no relatório técnico de investigação ambiental (confirmatória, detalhada).

Os piezômetros deverão ser compostos por um tubo de PVC rígido com diâmetro de 1”, devendo sua extremidade inferior ser vedada com um cap e o tubo perfurado num trecho que esteja limitado a uma única unidade estratigráfica, limitado ao comprimento máximo de 100 cm a partir da extremidade inferior. Os furos do trecho perfurado deverão apresentar diâmetro de 3 mm distribuídos aleatoriamente entre si com distância circular de no máximo, 10 cm. O trecho do tubo perfurado deve ser envolto por, no mínimo, duas camadas de tela de nylon de malha nominal de 2 mm. O espaço anelar entre o tubo de PVC e o furo deve ser preenchido com areia somente no trecho onde o tubo foi perfurado e envolto com tela; o restante deve ser preenchido com bentonita na forma de calda. Para servir de vedação, quanto à entrada de águas pluviais, a parte superior de 50 cm do espaço anelar será preenchida por uma

(29)

argamassa de cimento e areia. Deve ser previsto cap de pressão para a extremidade superior do tubo (boca).

Detalhe de Acabamento de Poços Detalhe de Acabamento de Câmara de Calçada

3.10 Amostragem e Análises Químicas

O procedimento para a coleta de amostras de água e solo deve seguir o estabelecido neste escopo, nas normas brasileiras aplicáveis ou na ausência destas, a EPA SW-846, Test Methods for Evaluating Solid Wastes.

3.10.1 Água subterrânea

A coleta das amostras de água deverá ser realizada por um dos métodos a seguir: (1) Amostragem com Amostrador descartável tipo Bailer; (2) Micro Purga com Baixa Vazão.

3.10.1.1 Amostragem com Amostrador descartável tipo Bailer

Deverá ser utilizado amostrador de água manual tipo bailer nos poços de monitoramento. O material constituinte do bailer deverá possuir as seguintes características: não adsorver, absorver ou liberar

(30)

constituintes das ou para as amostras, ser resistente a ataque químico (deterioração de parte plástica) e ataque biológico, ser transparente, descartável, longilíneo (90cm) e de diâmetro compatível com o ponto de coleta, permitir estimar a espessura e coloração de fases formadas na solução dentro do bailer, principalmente a espessura de produto dentro dos poços.

A amostragem através de bailer deverá ser sempre precedida por purga, a qual consistirá no esgotamento de 3 a 5 vezes o volume do poço, devendo seu efluente ser devidamente acondicionado e descartado.

A coleta deve ocorrer, no mínimo, após 24 horas da conclusão da purga, sendo que a introdução do bailer no poço não provoque distúrbio na coluna d’água (misturar, aerar ou aumentar sua turbidez). O bailer utilizado para purga do poço não poderá ser utilizado para sua coleta.

Todos os bailers utilizados para coleta e purga, devem ser identificados, quantificados, fotografados agrupados e cortados transversalmente (de forma a permitir sua contagem) e corretamente destinados, devendo ser seus certificados de destinação apresentados em anexo ao relatório técnico de serviços. Preferencialmente, os materiais plásticos devem ser destinados à reciclagem.

3.10.1.2 Micro Purga com Coleta de Baixa Vazão

O responsável deverá utilizar equipamentos que sejam compostos por materiais que não adsorvam, absorvam ou liberem constituintes das ou para as amostras, sejam resistentes a ataques químicos (corrosão das partes metálicas e deterioração das partes plásticas) e ataques biológicos e sejam resistentes aos procedimentos de limpeza (produtos de limpeza específicos sucedidos por limpeza com sabão neutro e água deionizada).

A amostragem por equipamento de baixa vazão deve ser precedida por purga de baixa vazão que permita a coleta de amostras representativas. O procedimento de coleta da amostra deve ser iniciado somente após a purga apresentar estáveis parâmetros monitorados (em tempo real) de turbidez, condutividade, pH, oxigênio dissolvido (OD) e potencial de óxido redução (Redox Potencial) da água. Três leituras consecutivas devem apresentar variações máximas de ±0,1 para o pH, ±3% para a condutividade, ±10mv no potencial de redox e ±10% para oxigênio dissolvido e turbidez. O intervalo de tempo entre as

(31)

leituras deve variar em função da velocidade de bombeamento e pode ocorrer, no mínimo, a cada 1 minuto.

O equipamento deverá ter vazão de coleta máxima de 100ml/min e rebaixamento máximo de 10cm na coluna d’água estabilizada (monitorada por equipamento denominado como Interface) durante o bombeamento de coleta e purga. Durante o processo, não deverá haver distúrbio na coluna d’água de forma a misturá-la (homogeneizar as zonas distintas) e provocar aumento de turbidez. A amostra deverá ser coletada na metade da seção filtrante do poço, ou seja, a captação da bomba deve ser posicionada nesse ponto indicado. As partes do equipamento (ex. mangueiras), anteriores à bomba, que entrarem em contato direto com o líquido amostrado, devem ser sempre substituídas para cada ponto de coleta durante o processo de amostragem. O frasco de coleta da amostra deve estar sempre em posição anterior à bomba. Durante a coleta de amostra de água devem-se obter os valores de turbidez, condutividade, potencial hidrogeniônico (pH), oxigênio dissolvido (OD) e potencial de óxido redução (Redox Potencial) para cada amostra, devendo os dados ser inseridos no relatório.

Os resíduos gerados pela coleta devem ser identificados e corretamente destinados. Todas as partes do equipamento (ex. mangueiras), anteriores à bomba, que entrarem em contato direto com o líquido amostrado, utilizados para coleta e purga, devem ser identificados, quantificados, fotografados, agrupados, destruídos e corretamente acondicionados e destinados, devendo ter seus certificados de destinação apresentados em anexo ao relatório técnico de serviços. Preferencialmente, os materiais plásticos devem ser destinados à reciclagem.

(32)

Equipamentos para Amostragem de Baixa Vazão Equipamentos para Amostragem de Baixa Vazão

Equipamentos para Amostragem de Baixa Vazão Equipamentos para Amostragem de Baixa Vazão

3.10.2 Água Superficial e Sedimentos

3.10.2.1 Água Superficial

A coleta das amostras de água superficial será realizada com base no “Guia Nacional de Coleta de Amostras” – CETESB e ANA, 2012. A coleta deverá ser realizada em embarcação adequada, caso necessário, para o porte do corpo d’água em questão, sendo ancorada para coleta em cada ponto de amostragem definido no modelo conceitual. Caso a época da amostragem, o corpo d’água em questão tenha largura e profundidade que permitam a sua amostragem pelas margens, esta poderá ser realizada desta forma.

A amostragem das águas superficiais será realizada por meio da inserção dos frascos de coleta na água, na profundidade média de 25 a 30 cm da superfície ou ainda com o uso de amostradores apropriados para coleta em profundidade. Deverá ser realizada a leitura dos parâmetros físico-químicos (pH, condutividade elétrica, potencial de oxirredução, temperatura, e oxigênio dissolvido).

Após a coleta, os frascos foram devidamente identificados e posteriormente acondicionados em caixa térmica com gelo, garantindo um ambiente com baixas temperaturas (4 oC ± 2) até o envio ao laboratório,

(33)

3.10.2.2 Sedimentos

A coleta de amostras de sedimentos deve ser realizada com base no “Guia Nacional de Coleta de Amostras” – CETESB e ANA, 2012. O amostrador de fundo deve obter amostras representativas dos sedimentos, sendo que a escolha do equipamento mais apropriado dependerá das características do corpo d´água em questão no momento da amostragem, sendo considerado a princípio, os pegadores de Ekman-Birge, Petersen e Van Veen®. A amostragem de sedimentos poderá ser realizada utilizando-se pegadores ou testemunhadores (“core sampler” ou “corer”), que devem ser preferencialmente usados sobre uma superfície de apoio (ex.: barco ou plataforma).

Durante a coleta, cada amostra deverá ser acondicionada em embalagem apropriada devidamente identificada com etiqueta. Essas alíquotas serão destinadas às análises química e sedimentológica.

Após a coleta, os frascos serão devidamente identificados e posteriormente acondicionados em caixa térmica com gelo, garantindo um ambiente com baixas temperaturas (4 oC ± 2) até o envio ao laboratório,

dentro do tempo de validade das mesmas. 3.10.3 Solo

3.10.3.1 Amostragem de Solo para Análise Química

As informações sobre o compartimento solo devem estar de acordo com a Norma ABNT NBR 15.492 - Sondagem de reconhecimento para fins de qualidade ambiental, bem como adequadas para possibilitar a caracterização do comportamento dos contaminantes no meio físico, sendo necessário:

 Definir as dimensões da área de estudo com base no modelo conceitual da área;

 Executar o número suficiente de sondagens com distribuição adequada para o entendimento espacial deste compartimento do meio físico;

 Executar sondagens ambientais até profundidades que permitam a caracterização detalhada dos materiais que ocorrem em subsuperfície, identificando e procedendo a caracterização das propriedades físicas do solo, como: classe textural, determinação estrutural, densidade, porosidade, determinação dos agregados e definição da cor dos diferentes horizontes utilizando-se da tabela Munutilizando-sell para esta definição (BRADY, 2009);

(34)

 Quando disponíveis, verificar a consistência da interpretação dos dados geofísicos. Quando não disponíveis, verificar a necessidade de realização de métodos não destrutivos de varredura screening para maior detalhamento do entendimento da distribuição espacial dos materiais em subsuperfície;

 Considerar na interpretação da geologia local, as características geológicas regionais, estabelecendo de maneira clara as correlações texturais entre o que foi observado nas sondagens e o que é descrito na literatura;

 Elaborar seções geológicas em número suficiente para caracterização do meio físico em subsuperfície, considerando o sentido longitudinal e transversal do escoamento da água subterrânea;

 Executar a determinação de granulometria, pH, potencial redox, fração de carbono orgânico, capacidade de troca catiônica (CTC), densidade aparente, umidade, permeabilidade, porosidade total e efetiva, para cada uma das camadas da zona não saturada1 representativas para a

caracterização do meio físico em subsuperfície, obtidas por meio de amostras indeformadas e deformadas.

As informações do compartimento solo podem ser complementadas por meio de pesquisa bibliográfica junto ao meio acadêmico e a outras fontes governamentais acessíveis, tais como CPRM - Serviços Geológicos do Brasil (http://www.cprm.gov.br/), DNPM - Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (http://www.dnpm.gov.br/) e EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (2006 e 2007).

Visando à adequada coleta das amostras significativas para a área de interesse, deverá ser desenvolvido um plano de amostragem. Nele, deverão ser considerados:

 Local, número do projeto, data, nomes do chefe do projeto e do responsável pela amostragem;  Localização dos pontos de amostragem;

1

Zona não Saturada: zona situada entre a superfície do terreno e o nível de água

(35)

 Número e profundidade das amostras;

 Tipo de amostragem a ser desenvolvida (deformada ou indeformada);  Técnicas de amostragem;

 Tipos de equipamentos a serem utilizados;

 Identificação dos pontos de amostragem e respectivas amostras;  Tipos de análises;

 Técnicas de preservação de amostras;  Laboratórios a serem enviadas as amostras e

 Descontaminação dos equipamentos envolvidos na amostragem.

3.10.3.2 Amostragem do material construtivo: lascas, varrição e secagem

A tomada de amostras do material construtivo de um imóvel ou edificação, segundo IHOBE (1998) e EPA (1994), dependem basicamente das características físicas e do estado do material construtivo a ser amostrado, bem como o poder de penetração que determinados grupos contaminantes possuem em relação à porosidade e à dureza dos materiais construtivos a serem amostrados.

Estes métodos de amostragem podem ser utilizados para superfícies contaminadas por bifenilas policloradas (PCB), Dioxinas (PCDD), furanos (PCDF), metais, amianto, cianeto, agrotóxico e outros grupos contaminantes.

3.10.3.2.1 Amostragem por meio de lascas ou pedaços (chip test).

Esta técnica é indicada para se avaliar tanto contaminação superficial como em profundidade, em materiais que tenham superfícies porosas (EPA, 1994).

Para se efetuar a amostragem, deve-se selecionar uma área e marcar um quadrado com dimensões de 0,30 x 0,30 m.

(36)

Utilizando-se um martelo manual ou elétrico e um formão (todos previamente descontaminados), deve-se coletar uma amostra do material, no sentido horizontal e outra no sentido vertical, em profundidade de 0,04 a 0,10 m, dentro do quadrado.

A amostra deverá ser coletada e envasada, segundo indicação do laboratório que irá proceder a análise.

É aconselhável a manutenção da amostra, em ambiente refrigerado com temperatura de 4oC, até o

envio ao laboratório e o preenchimento da cadeia de custódia.

3.10.3.2.2 Amostragem por meio de varrição (sweep test)

Se a suposta substância se encontra na forma de pó ou poeira, depositado sobre uma superfície qualquer, preferencialmente na posição horizontal, deve-se varrê-lo utilizando para isto um pincel ou escova, previamente descontaminados, e recolhê-lo no envase que o laboratório indicar.

É aconselhável a manutenção da amostra, em ambiente refrigerado com temperatura de 4o C, até o

envio ao laboratório e deve-se preencher a cadeia de custódia.

3.10.3.3 Amostragem por meio de limpeza ou secagem (wipe test)

O procedimento básico de amostragem, por este método, em superfícies não porosas, se inicia delimitando-se uma área de 0,30 x 0,30 m no objeto a ser amostrado.

Após a demarcação do local, toma-se um pedaço de gaze (descontaminada previamente) e embebe-se com agente de extração adequado à substância.

Com a gaze molhada, deve-se limpar toda a área delimitada, com movimentos na posição horizontal e depois na vertical, para se assegurar que toda a área foi limpa (amostrada). Esta gaze é envasada e levada para análise.

É aconselhável a manutenção da amostra, em ambiente refrigerado com temperatura de 4oC, até o

envio ao laboratório e deve-se preencher a cadeia de custódia. É recomendável, para todos os testes, que sejam tomadas amostras de branco.

(37)

3.10.4 Análises Químicas

Para as amostras de água subterrânea e solo, destinadas ao mapeamento de plumas de contaminação originadas nas fontes de contaminação identificadas no modelo conceitual da área em estudo, deverão ser realizadas análises químicas para a determinação das concentrações de BTEX (benzeno, tolueno, etilbenzeno e isômeros de xilenos) por cromatografia gasosa e HPA (Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos). Em função do modelo conceitual da área, poderão ser realizadas também amostras de Hidrocarbonetos Totais de Petróleo (TPH) finger print, DRO ou GRO.

Os limites de quantificação deverão ser inferiores aos valores mais restritivos de referência estabelecidos (devem ser considerados o CONAMA 420/2009, as listas da CETESB, Lista Holandesa e a lista de órgão ambientallocal, se existir).

As amostras de água e solo deverão ser remetidas ao laboratório de análises químicas no prazo máximo de 24 horas após a coleta. Durante o período de armazenamento e transporte das amostras do campo para o laboratório, as mesmas deverão ser mantidas em recipientes térmicos, acondicionadas com gelo, à temperaturade no máximo, 4 graus Celsius.

Serão coletados padrões brancos inicial e final, para cada dia de amostragem, antes do início e após o término da amostragem de água. Também, deverá ser coletada e analisada uma amostra réplica de água subterrânea em ponto definido pelo responsável técnico em campo, visando a avaliar a confiabilidade do laboratório.

O laboratório deverá apresentar os resultados das análises de surrogates compounds. O critério de aceitação e a taxa de recuperação dos surrogates deverão ser apresentados e interpretados pelo responsável técnico. Os resultados das análises deverão estar acompanhados dos respectivos cromatogramas. Todos os laudos analíticos deverão estar de acordo com o definido na norma ISSO – IEC 17.025, devendo necessariamente ser identificado o local onde foi coletada a amostra, acompanhados da ficha de recebimento de amostras (checklist) emitida pelo laboratório no ato de recebimento das mesmas e da cadeia de custódia referente às amostras coletadas, devidamente preenchidas e assinadas. Os resultados de ensaios somente serão aceitos quando realizados por laboratórios de ensaio acreditados,

(38)

nos parâmetros determinados, segundo a Norma ABNT NBR ISO/IEC 17.025, pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO ou outro organismo reconhecido por ele.

Os certificados de acreditação devem ser apresentados previamente ao início das atividades do presente contrato. Tais certificados devem ser apresentados sempre que revalidados.

Para as análises químicas de POTABILIDADE, deverão ser realizadas análises dos seguintes parâmetros: Al, Amônia, cloreto, dureza, Fe, Mn, Na, Sólidos Dissolvidostotais, sulfato, sulfeto de hidrogênio, surfactantes, Zn, pH, temperatura, OD, turbidez, condutividade elétrica, coliformes totais e fecais.

Para as análises químicas de EFLUENTES deverão ser realizadas análises dos seguintes parâmetros: pH, temperatura, Sólidos Suspensos, Sólidos Sedimentáveis, DQO, DBO5, Surfactantes e O&G (óleos e graxas).

Para as análises de Metais em solo e água deverão ser realizadas análises dos seguintes metais: Alumínio, Antimônio, Arsênio, Bário, Boro, Cádmio, Chumbo (Total, Orgânico e Inorgânico), Cobalto, Cobre, Cromo (Total e Hexavalente), Ferro, Manganês, Mercúrio (Total, Orgânico, Inorgânico), Molibdênio, Níquel, Prata, Selênio, Vanádio e Zinco.

Se após o desenvolvimento dos poços for detectado produto em fase livre, o cliente deve ser comunicado imediatamente. Devem ser inseridos, como anexos, as cadeias de custódia, completamente preenchidas, bem como as fichas de recebimento das amostras pelos laboratórios. Caso haja exigência, devem ser informados os cadastramentos dos laboratórios nos órgãos ambientais, bem como apresentar documento de responsabilidade técnica do órgão de classe competente dos responsáveis técnicos pelos laboratórios (ART ou equivalente). Devem ser entregues junto aos relatórios, as vias originais dos laudos. O responsável deverá obter junto aos laboratórios que usar e fornecer, os dossiês de validação para cada parâmetro analisado.

Os laudos devem apresentar os limites de detecção e quantificação dos parâmetros analisados, bem como o método analítico utilizado. Quando as análises se destinarem aos serviços de investigação confirmatória, conforme DDs 103/2007 e 263/2009 da CETESB, a contratada deverá informar, em no máximo 2 dias úteis após a data de emissão do laudo, a existência de resultados com concentrações acima dos padrões legais aplicáveis.

(39)

Em função do Modelo Conceitual da Área, o responsável técnico deverá coletar amostras para análises químicas de todas as substâncias descritas nos sub-grupos existentes na Resolução CONAMA 420/2009, para cada item específico. Por exemplo, deverão ser realizadas análises químicas na água das seguintes substâncias: Cloreto demetileno, clorofórmio e tetracloreto de carbono.

Todos os pontos onde ocorrerem medições (coleta de amostras diversas, leitura direta de dados, etc) deverão ser georreferenciados. As coordenadas dos pontos medidos no site deverão ser vinculadas ao Sistema Geodésico Brasileiro (SGB). Todas as medições devem ser realizadas por meio de Estação Total. Especial atenção deve ser dada aos pontos de medição tais como: coleta de amostrasem águas superficiais, efluentes e outros similares onde ocorram coleta de dados/amostragens.

3.11 Tamponamento de Poços

O poço de monitoramento ou de remediação deverá ser preenchido com material inerte de baixa permeabilidade (bentonita umedecida ou calda de cimento). Deverá ser contemplada a remoção da câmara de calçada e o preenchimento com concreto, na espessura mínima de 50 cm abaixo do piso, o qual deverá ser reconstituído de acordo com o existente no local.

3.12 Execução de Ensaios do tipo Slug Test

Os ensaios de permeabilidade serão executados nos furos de sondagens e/ou nos PMs, PBs, PEs e PIs e em conformidade com as diretrizes da ABGE (Associação Brasileira de Geologia de Engenharia) contidas no boletim vigente.

Nas sondagens revestidas, sem a instalação dos poços, o trecho de ensaio corresponderá ao intervalo entre o final do revestimento e o fundo do furo e no caso de ser executado em PMs, PBs, PEs e/ou PIs, o trecho de ensaio corresponderá ao comprimento do filtro.

Procedimento para execução de ensaios de infiltração à carga constante:

 Enche-se o furo com água até a boca, tomando-se este instante como tempo zero.

 O nível de água no furo deve ser mantido constante, alimentado por uma fonte apropriada, medindo-se o volume de água introduzido durante um certo intervalo de tempo (vazão).

(40)

 É aconselhável a elaboração de um gráfico onde sejam lançados na abscissa, o tempo e na ordenada, o volume acumulado ou vazão. Tal gráfico possibilita a observação da estabilização da vazão, que é caracterizada por uma reta. Essa é a vazão que será utilizada no cálculo da permeabilidade (vazão constante).

 Pode-se estimar um tempo médio de 30 minutos por ensaio, não ultrapassando 60 minutos. Procedimento para execução dos ensaios de rebaixamento à carga variável:

 Enche-se o furo até a boca, tomando-se este instante como tempo zero. Nos ensaios realizados tanto acima e abaixo do nível d’água do terreno, o nível d’água do furo deve ser mantido na boca, estável por cerca de 10 minutos para saturação.

 Interrompe-se o fornecimento d’água, e a intervalos curtos no início e mais longos em seguida, por exemplo, 15”, 30”, 1’, 2’, 3’, 4’, 5’, etc., acompanha-se o rebaixamento do nível d’água no furo. O ensaio será dado por concluído quando o rebaixamento atingir 20% da carga inicial aplicada ou 30 minutos de ensaio, não ultrapassando 120 minutos.

Procedimento para execução dos ensaios de recuperação:

 Os ensaios serão executados mediante a extração de água e posterior monitoramento da recuperação do nível de água em intervalos de tempo pré-definidos. Para o tratamento dos dados pode ser utilizada a Equação de Hvorslev ou por outro método definido.

 O ensaio será considerado concluído quando a coluna de água do poço atingir 80% de recuperação em relação ao nível estático medido no início da extração de água do poço.

Execução e acompanhamento dos ensaios no campo:

 Para o acompanhamento adequado dos ensaios, os dados de campo devem ser lançados em uma tabela, conforme modelo da ABGE.

 As medições da variação do nível d’água, quando da realização dos ensaios, devem ser necessariamente, efetuadas com medidor de nível d’água elétrico.

Referências

Documentos relacionados

Este trabalho é resultado de uma pesquisa quantitativa sobre a audiência realizada em 1999 envolvendo professores e alunos do Núcleo de Pesquisa de Comunicação da Universidade

Não podem ser deduzidas dos nossos dados quaisquer informações sobre uma dada característica específica, nem sobre a aptidão para um determinado fim. Os dados fornecidos não eximem

Esta realidade exige uma abordagem baseada mais numa engenharia de segu- rança do que na regulamentação prescritiva existente para estes CUA [7], pelo que as medidas de segurança

Médias seguidas da mesma letra minúscula, em cada agrupamento de colunas, não diferem entre si pelo teste de Tukey 5% de probabilidade.. Médias mm do teste de comprimento das

São considerados custos e despesas ambientais, o valor dos insumos, mão- de-obra, amortização de equipamentos e instalações necessários ao processo de preservação, proteção

Posteriormente, após a análise da intervenção estatal na ordem econômica e do contexto histórico em que essa participação do Estado na economia teve

c.4) Não ocorrerá o cancelamento do contrato de seguro cujo prêmio tenha sido pago a vista, mediante financiamento obtido junto a instituições financeiras, no

O Patrimônio Histórico, concebido aqui como uma relação entre memória social (CARLAN, 2008, p.82) e soma dos bens culturais, agrega conjuntos de informações,