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INFORMATIVO TÉCNICO INFOTEC N 10. Brasília, 06 de fevereiro de 2008 ANÁLISE DAS EXPORTAÇÕES DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS EM 2007

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INFORMATIVO TÉCNICO

INFOTEC N° 10

Brasília, 06 de fevereiro de 2008

ANÁLISE DAS EXPORTAÇÕES DAS COOPERATIVAS

BRASILEIRAS EM 2007

Equipe da Gerência de Mercados - GEMERC: Autor: Marcos Antonio Matos - Técnico de Mercado

Coordenação: Evandro Scheid Ninaut - Gerente

Colaboração: Flávia de A. Zerbinato Martins - Técnica de Mercado

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ANÁLISE DAS EXPORTAÇÕES DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS EM 2007 Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB

1. INTRODUÇÃO... 2

2. METODOLOGIA... 3

3. RESULTADOS... 4

3.1 DESEMPENHO DAS EXPORTAÇÕES E FATORES MACROECONÔMICOS.... 4

3.2 PRINCIPAIS MERCADOS DE DESTINO... 8

3.3 PRODUTOS EXPORTADOS... 11

3.4 ESTADOS EXPORTADORES... 16

3.5 CRUZAMENTO DAS INFORMAÇÕES APRESENTADAS... 18

3.5.1 ESTADOS EXPORTADORES E OS PRODUTOS COMERCIALIZADOS... 18

a) Estado de São Paulo... 18

b) Estado do Paraná... 20

c) Estado de Minas Gerais... 21

d) Estado de Santa Catarina... 22

e) Estado do Rio Grande do Sul... 23

3.5.2 PAÍSES, ESTADOS E PRODUTOS COMERCIALIZADOS... 24

a) Países Baixos... 24 b) China... 26 c) Alemanha... 27 d) Emirados Árabes... 28 e) Estados Unidos... 29 f) Rússia... 31 g) Japão... 32 h) Arábia Saudita... 33

3.6 PROJEÇÕES DAS EXPORTAÇÕES... 34

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS... 37

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1. INTRODUÇÃO

As cooperativas brasileiras apresentam relevante papel na economia, devido às exportações de seus produtos, empregos gerados e ao alinhamento do desenvolvimento humano com o desenvolvimento sustentável.

O movimento cooperativista brasileiro é diversificado, dividido em 13 ramos de atividades distintas, sendo eles: Agropecuário; Educacional; Crédito; Saúde; Infra-estrutura; Habitacional; Transporte; Turismo e lazer; Produção; Especial; Mineral; Consumo; Trabalho. Segundo Martins (2006) & Braga (2002) esse conglomerado cooperativo tem papel significativo no desenvolvimento da sociedade, promovendo benefícios como o acesso a crédito, saúde, educação, moradia e ao mercado de trabalho, com responsabilidade social e ambiental.

Nesse contexto, a análise das exportações das cooperativas torna-se de fundamental relevância para a avaliação da sua importância na receita cambial brasileira, considerando-se o seu desempenho, os mercados consumidores e os produtos comercializados.

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2. METODOLOGIA

O presente estudo foi elaborado pela Gerência de Apoio ao Desenvolvimento em Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras/OCB e têm por objetivo divulgar, de forma sintética mediante análise dos dados, as principais informações referentes ao desempenho das cooperativas no comércio internacional. Dessa forma, apresenta a evolução das exportações, principais mercados compradores, desempenho das exportações por Unidade da Federação e por produto comercializado, visualizando-se a relação das cooperativas exportadoras em 2007.

Os dados são inicialmente depurados e encaminhados pela Secretaria de Comércio Exterior/MDIC a partir da identificação das cooperativas exportadoras e importadoras feita pela Organização das Cooperativas Brasileiras.

Para as projeções de crescimento das exportações, foi obtida uma equação para a predição de valores futuros utilizando-se o sistema estatístico SAS® (2001). Para a obtenção dessas equações realizou-se a análise de regressão, com a inclusão de testes para o cálculo do coeficiente de correlação da variável valor exportado em função do ano. Após a quantificação do grau de associação entre as variáveis, obteve-se a equação de regressão, com a análise de variância pelo teste F em nível de significância de 1 %. A equação obtida foi então utilizada para a análise do faturamento das exportações das cooperativas brasileiras projetadas para os seguintes anos: 2010; 2015; 2020; 2025; 2030.

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3. RESULTADOS

Os resultados das exportações das cooperativas estão apresentados em cinco etapas distintas. A primeira etapa analisou o desempenho das exportações considerando-se os fatores macroeconômicos e a segunda foi voltada para a identificação dos países importadores dos produtos das cooperativas. A terceira etapa procurou avaliar os produtos exportados pelas cooperativas e a quarta, a participação do cooperativismo segundo o estado da federação. A quinta etapa englobou a integração das informações, considerando-se a intersecção entre os produtos comercializados, países importadores e estados de origem das cooperativas. Os resultados foram finalizados na sexta etapa, por meio das projeções de evolução das exportações das cooperativas brasileiras, segundo as informações disponibilizadas e os cenários macroeconômicos analisados.

3.1 DESEMPENHO DAS EXPORTAÇÕES E FATORES MACROECONÔMICOS

Dentre os fatores macroeconômicos que afetam o desempenho das exportações das cooperativas, destacam-se o comportamento do dólar frente ao real e as projeções de crescimento das economias no mundo. Segundo o cenário, a Figura 1 mostra a evolução das exportações das cooperativas ao longo dos anos, bem como a série anual do dólar no período.

As exportações diretas das cooperativas, no acumulado de janeiro a dezembro de 2007, somaram US$3,30 bilhões, enquanto que, em 2006, foram US$2,83 bilhões. A variação entre os anos de 2006 e 2007 demonstra um crescimento de 16,50% no total exportado, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Ressalta-se que foram observadas 185 cooperativas exportadoras no ano de 2007, considerando-se as centrais e as

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Os valores exportados e a cotação do dólar apresentaram tendências inversas de comportamento, pois, mesmo com os desafios impostos para a exportação da produção, destacando-se a valorização do Real de 36,58% entre 2003 e 2007 (cotação média 2003: 3,07; cotação média 2007: 1,95), as cooperativas apresentaram receitas cambiais crescentes, com participação significativa nas exportações brasileiras (Figura 1). 1.303,84 2.002,71 2.253,82 2.832,49 3.301,21 3,07 2,93 2,44 2,18 1,95 0,0 500,0 1.000,0 1.500,0 2.000,0 2.500,0 3.000,0 3.500,0 2003 2004 2005 2006 2007 Período Analisado V al o re s E xp o rt ad o s (m ilh õ es d e U S $) 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 S ér ie D ó la r C o m er ci al a V en d a (U S $. R $ -1 )

Exportações (US$ milhões) Valor do Dólar à Venda

Figura 1. Evolução das exportações das cooperativas brasileiras com a consideração

das cotações do dólar comercial à venda

Fonte: Dados das Exportações - MDIC/SECEX (2008); Série Dólar - CEPEA/ESALQ (2008) Elaboração: OCB/GEMERC (2008)

É importante ainda destacar que, embora não seja observada a influência direta do câmbio na redução da evolução das exportações, as cooperativas deixaram de faturar montantes significativamente superiores na moeda brasileira, caso a mesma estivesse desvalorizada em um ponto de equilíbrio que incentivasse as exportações (Figura 1).

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Em relação ao quantum exportado pelas cooperativas, no acumulado de janeiro a dezembro de 2007, atingiu-se o montante de 8,12 milhões de toneladas, enquanto que em 2006 foram embarcados 7,53 milhões, apresentando um aumento de 7,84% (Figura 2). De acordo com os dados analisados nas Figuras 1 e 2, os valores exportados mostraram um incremento de 14,50%, enquanto que as quantidades comercializadas, 7,84%. Isso se deve ao aquecimento dos preços das commodities como os produtos do complexo soja, milho, trigo e as carnes, principalmente.

5.340,52 7.193,19 6.516,06 7.527,59 8.118,01 5,87 34,69 -9,41 15,52 7,84 0,0 1.000,0 2.000,0 3.000,0 4.000,0 5.000,0 6.000,0 7.000,0 8.000,0 9.000,0 2003 2004 2005 2006 2007 Período Analisado Q u an ti d ad es E xp o rt ad as ( m il t) -10,0 -5,0 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 V ar ia çã o O b se rv ad a (% )

Exportações (mil t) Variações Observadas Figura 2. Evolução das exportações das cooperativas brasileiras

Fonte: Sistema ALICE/ Secretaria de Comércio Exterior (2008) Elaboração: OCB/GEMERC (2008)

A Figura 3 apresenta as taxas de crescimento dos valores monetários exportados no Brasil e nas cooperativas, no período compreendido entre os anos de 2004 e 2007.

As variações observadas nas exportações das cooperativas foram superiores em relação às médias brasileiras em 2004 e em 2006. No ano de 2005, o crescimento das

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As exportações totais brasileiras, em 2007, somaram US$160,65 bilhões representando um aumento de 16,6% em relação ao acumulado de janeiro a dezembro de 2006, contra 16,5% das cooperativas (Figura 3).

32,0 53,6 22,6 12,5 16,5 25,7 16,6 16,5 0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 Taxa de Crescimento das Exportações (%) 2004 2005 2006 2007 Período Analisado Brasil Cooperativas Figura 3. Evolução das exportações das cooperativas brasileiras

Fonte: Dados das Exportações - MDIC/SECEX (2008) Elaboração: OCB/GEMERC (2008)

A análise da balança comercial do cooperativismo, em valores totais e a respectiva taxa de crescimento, são visualizadas na Figura 4. As cooperativas brasileiras importaram US$ 293,25 milhões em 2007, registrando um superávit da balança comercial de US$ 3,01 bilhões.

O superávit do segmento cooperativista apresentou um aumento de 14,41% em relação a 2006. Destaca-se a preponderância das exportações das cooperativas sobre as importações, fato esse demonstrado pelo resultado da balança comercial do cooperativismo. Destaca-se que a maior taxa de crescimento da balança foi registrada no ano de 2004, com um incremento total de 57,76% em relação ao ano anterior (Figura 4).

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1.711,72 2.011,43 2.629,07 3.007,96 14,41 30,71 17,51 57,76 0,0 400,0 800,0 1.200,0 1.600,0 2.000,0 2.400,0 2.800,0 3.200,0 2004 2005 2006 2007 Período Analisado B al an ça C o m er ci al ( m ilh õ es U S $) 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 50,0 55,0 60,0 T ax a d e C re sc im en to ( % )

Valores (US$ milhões) Taxa de Crescimento (%) Figura 4. Balança comercial das cooperativas brasileiras.

Fonte: Dados das Exportações - MDIC/SECEX (2008) Elaboração: OCB/GEMERC (2008)

3.2 PRINCIPAIS MERCADOS DE DESTINO

O estudo do direcionamento das vendas externas das cooperativas brasileiras é de fundamental relevância para a determinação dos mercados conquistados, bem como os mercados potenciais de crescimento. Observa-se na Figura 5 a participação dos países importadores de produtos das cooperativas no ano de 2007.

Os Países Baixos destacaram-se nas importações dos produtos comercializados pelas cooperativas, representando 10,78% do total das exportações no ano de 2007. A China, a Alemanha e os Emirados Árabes aparecem na seqüência, com participações de 8,87%, 8,26% e 7,32%, respectivamente.

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Participação de Países nas Vendas das Cooperativas (%) 2007 7,32 5,58 8,26 5,45 4,85 10,78 43,86 5,03 8,87

Países Baixos China Alemanha

Emirados Árabes Estados Unidos Russia

Japão Arábia Saudita Demais Países

Figura 5. Direcionamento das exportações das cooperativas brasileiras em 2007

Fonte: Dados das Exportações - MDIC/SECEX (2008) Elaboração: OCB/GEMERC (2008)

Os Estados Unidos foram os primeiros colocados em 2006, com uma participação de 11,23%. Em 2007, o país está na sexta posição, com um total de 5,58% das exportações das cooperativas, resultado de uma redução de 42,13% nos valores das vendas externas. Destaca-se que a redução citada configura-se como desafio a ser superado, uma vez que aquele país destaca-se no comércio internacional e está consolidado como o maior mercado importador para os demais países. A redução da participação dos Estados Unidos nas exportações das cooperativas brasileiras pode representar um desalinhamento com as tendências do comércio internacional.

Ainda se deve ressaltar a representação de 43,86% dos demais países, o que demonstra a pulverização das exportações para aproximadamente 20 países importadores, incluindo a Espanha, Canadá, Reino Unido, Bélgica, França, Itália e países Africanos e Latino-Americanos (Figura 5).

O detalhamento dos países importadores dos produtos das cooperativas brasileiras ao longo dos dois últimos anos, 2006 e 2007, é visualizado na Tabela 1.

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Tabela 1. Direcionamento das exportações das cooperativas brasileiras, nos períodos

de 2006 e 2007 Valores (mil US$) Quantidades (mil t) Valores (mil US$) Quantidades

(mil t) Valores Quantidades

Países Baixos 204.308,13 404.676,51 355.724,01 731.961,52 74,11 80,88 China 215.977,14 918.355,71 292.846,12 1.001.934,39 35,59 9,10 Alemanha 180.934,71 544.958,96 272.612,24 614.465,47 50,67 12,75 Emirados Árabes 280.409,77 835.066,14 241.655,60 932.050,26 -13,82 11,61 Estados Unidos 318.203,33 449.030,92 184.143,34 263.026,86 -42,13 -41,42 Russia 161.906,49 156.870,10 180.067,23 218.948,56 11,22 39,57 Japão 117.453,83 99.175,64 166.081,61 187.749,92 41,40 89,31 Arábia Saudita 124.626,26 338.447,29 160.196,74 661.879,80 28,54 95,56 Espanha 85.373,14 499.147,64 140.872,60 518.635,80 65,01 3,90 Hong Kong 66.316,83 65.833,54 99.898,58 75.272,27 50,64 14,34 Irã 102.903,47 589.289,06 95.305,19 419.271,89 -7,38 -28,85 Canadá 43.017,78 112.324,32 76.850,96 264.270,80 78,65 135,27 Reino Unido 36.232,26 62.001,80 72.757,26 81.640,51 100,81 31,67 Nigéria 48.389,17 157.638,50 72.750,97 237.475,67 50,35 50,65 Africa do Sul 68.743,84 175.511,37 65.591,23 139.574,32 -4,59 -20,48 Argelia 23.831,12 48.663,14 63.035,93 134.414,30 164,51 176,21 Bélgica 32.413,88 35.513,37 56.644,67 53.806,46 74,75 51,51 França 44.759,52 154.787,27 54.959,22 184.091,56 22,79 18,93 Marrocos 33.442,31 106.376,80 48.527,48 192.273,39 45,11 80,75 Itália 51.025,37 117.453,15 41.406,80 77.655,88 -18,85 -33,88 Índia 13.004,17 24.271,71 32.337,28 87.097,99 148,67 258,85 Argentina 29.149,91 46.679,37 30.035,37 9.018,17 3,04 -80,68 Venezuela 5.029,77 8.277,04 28.015,16 7.707,09 456,99 -6,89 Jamaica 6.550,94 13.079,23 24.580,87 46.788,53 275,23 257,73 Tailândia 12.755,10 55.347,64 22.274,59 58.097,11 74,63 4,97 Coréia do Sul 27.962,88 140.995,50 21.728,12 57.529,07 -22,30 -59,20 Indonésia 9.263,18 18.798,72 21.449,17 58.831,31 131,55 212,95 Gana 8.168,07 20.381,95 17.326,35 52.426,58 112,12 157,22 Demais Países 480.739,10 1.329.008,75 361.537,32 750.113,62 -24,80 -43,56 Total 2.832.891,46 7.527.961,12 3.301.212,01 8.118.009,08 16,53 7,84 2006 2007 Variação Observada (%)

Fonte: Dados das Exportações - MDIC/SECEX (2008) Elaboração: OCB/GEMERC (2008)

De acordo com a Tabela 1, os Estados Unidos apresentaram um significativo decréscimo na participação dos valores exportados pelas cooperativas (-42,13%), seguido pela Coréia do Sul (-22,30%) e pelos Emirados Árabes (-13,82%). A queda acentuada das importações pelos Estados Unidos era esperada, pois os americanos estavam ampliando a sua produção doméstica de etanol a partir da cultura de milho.

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As evoluções observadas entre os anos de 2006 e de 2007 foram dos Países Baixos (74,11%), China (35,59%) e Alemanha (50,67%), os três primeiros colocados nas vendas externas das cooperativas em 2007.

A Venezuela e a Jamaica, embora com uma pequena participação nas vendas das cooperativas em valores absolutos, apresentaram as maiores oscilações ao longo dos dois anos, atingindo 456,99% e 275,23%, o que reflete a política externa brasileira de direcionamento dos percentuais de exportação para os mercados não tradicionais nos últimos anos. As variações descritas das exportações das cooperativas para a Venezuela são explicadas pelas vendas de leite em pó, com um montante total de US$25,71 milhões, tendo as cooperativas mineiras a principal parcela (91,63%). Em relação à Jamaica, as importações de álcool foram as responsáveis pela participação da pauta, sendo as cooperativas paulistas de álcool (US$14,47 milhões) e as cooperativas paranaenses (US$8,33 milhões) as representantes (Tabela 1).

3.3 PRODUTOS EXPORTADOS

Para a análise da competitividade das cooperativas brasileiras frente ao mercado internacional torna-se necessário o detalhamento dos produtos exportados e o grau de agregação de valor. A Figura 6 mostra a participação percentual dos produtos exportados em função dos montantes obtidos, fixando-se o ano de 2007.

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Participação de Produtos nas Vendas das Cooperativas (%) 2007 8,32% 4,40% 17,76% 1,08% 2,68% 32,79% 6,51% 0,56% 25,91%

Setor Sucroalcooleiro Complexo Soja Carnes

Café Milho Algodão

Trigo Leite e Laticínios Outros

Figura 6. Participação dos produtos exportados pelas cooperativas brasileiras em 2007

Fonte: Dados das Exportações - MDIC/SECEX (2008) Elaboração: OCB/GEMERC (2008)

O complexo sucroalcooleiro, que correspondem aos açúcares e o álcool etílico, e o complexo soja, que engloba o grão, o óleo e o farelo, apresentou preponderância sobre os demais itens. Para o complexo sucroalcooleiro a participação nos valores obtidos com as vendas externas foi de 32,79% e para o complexo soja, 25,91%. Dessa forma, os produtos citados são considerados os principais produtos da pauta.

Em relação ao complexo soja, tradicional produto exportado pelas cooperativas, as elevações nas cotações internacionais da commodity pressionaram os preços dos produtos e subprodutos, como o óleo e o farelo. A elevação nas cotações relatadas a partir do segundo semestre de 2007 pode ser explicada devido à utilização de milho para a produção de etanol nos Estados Unidos, como uma projeção da utilização de 120 milhões de toneladas do cereal na safra 2008/09 para esse fim. Como conseqüência, foi observada uma redução da área plantada para as commodities, com

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A questão da agroenergia, associada ao aquecimento da demanda de produtos agropecuários em ordem mundial, resultou nas elevações de preços e, conseqüentemente, preocupações quanto aos impactos nas taxas de inflação e preços de alimentos básicos da alimentação nos países.

As carnes e o café figuram na seqüência, com representações de 17,76% e 8,32%, respectivamente (Figura 6).

As Figuras 7 a 9 mostram o detalhamento dos produtos pertencentes às classes complexo soja, sucroalcooleiro e carnes.

Produtos do Complexo Soja (%) 2007

29,26% 12,43%

58,31%

Óleo Grão Farelo

Participação dos Tipos de Carnes (%) 2007

26,81% 4,37%

68,82%

Bovina Suína Aves

Figura 7. Componentes do complexo soja Figura 8. Componentes das carnes

Participação dos Prdutos do Setor Sucroalcooleiro (%) 2007

70,33% 29,67%

Açúcar Álcool

Figura 9. Componentes dos produtos do setor sucroalcooleiro

Fonte: Dados das Exportações - MDIC/SECEX (2008) Elaboração: OCB/GEMERC (2008)

Para o complexo soja, os grãos representam 58,31% do total, seguido pelo farelo (29,26%) e pelo óleo (12,43%). A isenção do ICMS sobre produtos primários e

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elaborados exportados, além do aumento dos custos do processamento da soja no mercado interno (entre produtores e esmagadoras) justificaram o crescimento das exportações de grãos de soja, em detrimento ao farelo e ao óleo, produtos obtidos a partir da industrialização da oleaginosa (Figura 7).

Em relação às carnes, as aves representaram 68,82% das vendas externas das cooperativas em 2007, caracterizada como principal produto dessa natureza. As carnes suína e bovina apresentaram uma participação de 26,81% e de 4,37%, respectivamente. Destaca-se o embargo da União Européia à carne bovina brasileira, por período indeterminado, o que comprometerá as vendas externas, que foi de US$34,59 milhões em 2007 (Figura 8).

Em relação ao complexo sucroalcooleiro, os açúcares possuem destaque, com uma participação de 70,33% nesse setor e de 23,06% no total exportado. O álcool tem uma parcela de 29,67% no setor sucroalcooleiro e de 9,73% no total comercializado pelas cooperativas, respectivamente (Figura 9).

O detalhamento dos produtos exportados pelas cooperativas brasileiras é apresentado na Tabela 2.

Tabela 2. Produtos exportados pelas cooperativas, considerando-se os valores totais

ao longo dos anos

Produtos 2003 2004 2005 2006 2007 Setor Sucroalcooleiro 274.947,47 411.022,85 698.041,73 1.167.921,19 1.082.546,81 Complexo Soja 581.620,92 850.024,03 633.468,40 615.927,46 855.181,24 Carnes 248.864,94 366.561,88 520.193,80 519.628,24 662.716,81 Café 82.664,92 133.813,31 202.616,85 206.140,97 274.666,01 Milho 72.914,45 86.757,27 18.156,00 129.395,10 145.229,63 Algodão 6.389,54 13.011,70 75.979,39 43.119,76 35.551,86 Trigo 4.687,38 83.273,60 8.017,00 25.603,43 18.401,09 Outros 31.749,89 58.137,14 97.345,89 124.750,23 226.918,57 Total Cooperativas 1.303.839,50 2.002.601,78 2.253.819,05 2.832.486,37 3.301.212,01

Exportações Totais (mil de US$)

Fonte: Dados das Exportações - MDIC/SECEX (2008) Elaboração: OCB/GEMERC (2008)

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O setor sucroalcooleiro mostrou maior importância dentre os produtos exportados pelas cooperativas, atingindo um total de US$1.082,53 milhões, uma redução de 7,31% em relação a 2006. Em 2006, os açúcares lideraram a pauta, com um total de US$800,37 milhões, passando para US$761,36 milhões em 2007, fato associado à redução da sua cotação no cenário internacional.

Outro produto do setor sucroalcooleiro é o álcool etílico, que apresentou oscilação nos valores exportados pelas cooperativas. Para esse produto, o mercado encontra-se em um período de ajuste na oferta e na demanda, o que afetou as suas cotações no mercado. Contudo, considerando-se as projeções devido às preocupações ambientais, associados às porcentagens de misturas de combustíveis renováveis exigidas nos Estados Unidos, União Européia, Brasil e em diversos outros países, o produto brasileiro de procedência das cooperativas tem vantagens competitivas, podendo se consolidar nos mercados tradicionais e, concomitantemente, alcançar àqueles potenciais (Tabela 2).

Nos anos de 2005 e 2006 as exportações do complexo soja mostraram reduções, o que é explicado pela crise da agricultura no Brasil devido à queda nos preços, que afetou as exportações das cooperativas do ramo agropecuário.

As carnes mostraram crescimento contínuo no período analisado, passando de US$248,86 milhões em 2003 para US$662,72 milhões no ano de 2007, crescimento de 166,30%. Outros produtos que apresentaram elevações nos valores exportados no ano de 2007 foi o café (US$274,67 milhões) e o milho (US$145,23 milhões). No caso do café, o crescimento foi contínuo, passando de US$82,66 milhões em 2003 para US$274,67 milhões em 2007, elevação de 232,26% no intervalo estudado. Para o milho, o crescimento foi acelerado, com a exceção do ano de 2005, época de crise para o agronegócio brasileiro.

Os produtos selecionados na Tabela 2 no ano de 2007 apresentaram um faturamento total de US$2.997,90 milhões em captação de divisas, representando 90,81% do total exportado pelas cooperativas. Considerando-se o ano de 2006, a participação foi de 95,96%.

(17)

3.4 ESTADOS EXPORTADORES

As exportações das cooperativas têm como origem os estados do Brasil, conforme é visualizado na Figura 10.

1.073,09 356,98 251,22 248,89 61,49 96,99 70,15 89,48 1.052,91 0,00 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00 600,00 700,00 800,00 900,00 1.000,00 1.100,00

São Paulo Paraná Minas Gerais Santa Catarina Rio Grande do Sul Mato Grosso do Sul Goiás Mato Grosso Demais Estados Estados Exportadores V al o re s E xp o rt ad o s (m ilh õ es U S $) 0,00 500,00 1.000,00 1.500,00 2.000,00 2.500,00 3.000,00 3.500,00 4.000,00 Q u an ti d ad es E xp o rt ad as ( m il t)

Valores (US$) Quantidades (mil t)

Figura 10. Estados brasileiros de origem das exportações das cooperativas em 2007

Fonte: Dados das Exportações - MDIC/SECEX (2008) Elaboração: OCB/GEMERC (2008)

Considerando-se o ano de 2007, o estado de São Paulo mostrou maior participação, apesar de uma concentração no setor sucroalcooleiro, com um total exportado de US$1.073,09 milhões, ou seja, 32,51% do total. As cooperativas do estado do Paraná, segundo maior exportador, possuem uma exportação total de US$1.052,91 milhões, participação de 31,89%.

No estado de Minas Gerais as exportações foram de US$356,98 milhões, participação de 10,81%. As cooperativas desse estado mostraram a maior taxa de

(18)

Os três estados citados somados representaram 75,21% dos valores e 79,45% das quantidades exportadas pelas cooperativas brasileiras no ano de 2007 (Figura 10).

A análise das exportações das cooperativas em todos os estados brasileiros, considerando-se o ano de 2006 e de 2007 e as variações obtidas, é apresentada na Tabela 3.

Diversos estados mostraram crescimento abrupto nos valores exportados pelas cooperativas no período estudado, com destaque para o Rio de Janeiro (3.156,35%), Rio Grande do Norte (94,00%), Rio Grande do Sul (72,88%), Minas Gerais (70,04%) e Pernambuco (69,54%).

Ainda analisando a Tabela 3, em relação aos estados que apresentaram reduções nas exportações, destacam-se Alagoas (-68,30%), Goiás (-22,70%), Tocantins (-19,32%) e Acre (-10,41%).

Tabela 3. Estados brasileiros exportadores nos anos 2006 e 2007 e as variações

observadas no período

Valores (mil US$) Quantidades (mil t) Valores (mil US$) Quantidades (mil t) Valores Quantidades

São Paulo 1.118.012,42 3.182,84 1.073.089,90 3.587,41 -4,02 12,71 Paraná 852.885,83 2.814,61 1.052.909,88 2.648,70 23,45 -5,89 Minas Gerais 209.942,32 100,32 356.983,92 213,35 70,04 112,67 Santa Catarina 196.176,87 364,17 251.224,98 350,19 28,06 -3,84 Rio Grande do Sul 143.971,99 324,53 248.892,39 501,11 72,88 54,41 Mato Grosso do Sul 79.302,35 452,84 89.475,10 420,84 12,83 -7,07

Goiás 90.743,16 105,19 70.148,75 233,46 -22,70 121,96

Mato Grosso 59.052,37 135,29 61.492,25 109,44 4,13 -19,10

Pernambuco 18.493,25 11,33 31.354,18 14,25 69,54 25,76

Tocantins 35.699,42 16,03 28.801,63 13,78 -19,32 -14,07

Bahia 12.575,05 9,21 12.186,61 6,45 -3,09 -29,96

Rio Grande do Norte 4.817,24 5,36 9.345,40 14,39 94,00 168,61

Pará 3.790,35 1,47 5.613,91 1,85 48,11 26,14 Rondônia 4.331,58 0,43 5.151,50 0,78 18,93 82,85 Rio de Janeiro 60,93 0,03 1.984,19 0,65 3.156,35 2.497,82 Espírito Santo 1.212,69 0,17 1.647,83 0,53 35,88 218,82 Acre 647,28 0,91 579,90 0,76 -10,41 -16,76 Maranhão 143,51 0,05 191,81 0,06 33,66 21,51 Paraíba 71,88 0,00 74,83 0,00 4,11 2,51 Alagoas 199,01 0,05 63,08 0,01 -68,30 -71,21 Ceará 0,72 0,00 - - - -Roraima 761,25 3,15 - - - -2006 2007 Variação Observada (%)

Fonte: Dados das Exportações - MDIC/SECEX (2008) Elaboração: OCB/GEMERC (2008)

(19)

3.5 CRUZAMENTO DAS INFORMAÇÕES APRESENTADAS

O cruzamento das informações foi realizado por meio da intersecção entre os países importadores e os estados federativos exportadores, segundo os produtos comercializados pelas cooperativas brasileiras.

3.5.1 ESTADOS EXPORTADORES E OS PRODUTOS COMERCIALIZADOS

A intersecção dos dados relativos aos produtos exportados pelas cooperativas nos estados brasileiros foi realizada considerando-se os cinco principais estados: São Paulo; Paraná; Minas Gerais; Santa Catarina; Rio Grande do Sul. As exportações das cooperativas dos cinco estados estudados representam 90,36% dos valores totais comercializados no ano de 2007.

a) Estado de São Paulo

As cooperativas do estado de São Paulo apresentaram liderança em relação aos valores exportados, com destaque para o setor sucroalcooleiro. A Figura 11 mostra os principais produtos exportados pelas cooperativas, nos dois últimos anos, 2006 e 2007.

(20)

45.126 5.586 31.118 83.114 6.487 38.150 690.814 265.389 750.012 213.618 - 100.000 200.000 300.000 400.000 500.000 600.000 700.000 800.000 900.000 Açúcar Álcool Grão Óleo Farelo P ro d u to s S el ec io n ad o s

Valores Exportados (mil US$)

2007 2006 Complexo Soja: 7,63% em 2007 11,43% em 2006 Sucroalcooleiro: 89,11% em 2007 86,19% em 2006

Figura 11. Exportações das cooperativas do estado de São Paulo

Fonte: Dados das Exportações - MDIC/SECEX (2008) Elaboração: OCB/GEMERC (2008)

O setor sucroalcooleiro representou 86,19% das exportações paulistas em 2006 e 89,11% em 2007, destacando-se as vendas externas de açúcar, atingindo o montante de US$690,81 milhões no mesmo ano, uma redução de 7,89% em relação a 2006. A redução visualizada foi explicada pela queda na cotação do açúcar, uma vez que as quantidades comercializadas mostraram um crescimento de 26,05%, passando de 2,21 milhões de toneladas em 2006 para 2,79 milhões no ano de 2007. O álcool etílico apresentou um total de US$265,39 milhões em 2007, o que representou um crescimento de 24,24% em relação ao ano anterior.

Para o complexo soja, a sua participação foi de 11,43% do total comercializado pelas cooperativas de São Paulo em 2006 e de 7,63% no ano seguinte, com destaque para o grão e o farelo da leguminosa (Figura 11).

(21)

b) Estado do Paraná

Os produtos exportados pelas cooperativas paranaenses são observados na Figura 12.

As carnes apresentaram um faturamento de US$334,09 milhões com as vendas externas no ano de 2007, representando 31,73% do total exportado pelas cooperativas. Os valores observados em 2007 foram 66,81% superior em relação ao ano de 2006, quando foram comercializados US$200,28 milhões.

O complexo soja mostrou uma participação de 45,49% do total exportado em 2007 e 33,83% do montante em 2006. O incremento da participação da soja foi explicado pelos valores exportados do grão (US$223,56 milhões) e do farelo (US$185,93 milhões), considerando-se o aquecimento dos seus preços no mercado internacional.

O setor sucroalcooleiro mostrou uma participação de 23,11% em 2006 e 11,97% no total exportado em 2007. Considerando-se o ano de 2006, as exportações de álcool lideraram esse setor, com um total de US$153,92 milhões e para 2007, o açúcar possuiu a maior parcela, com um faturamento das vendas externas de US$70,25 milhões. A redução da participação do setor sucroalcooleiro é explicada pela queda nas cotações do açúcar e do álcool, devido o cenário macroeconômico para esses dois produtos (Figura 12).

(22)

69.518 334.088 66.607 107.057 68.059 113.405 200.284 99.951 185.933 223.561 70.250 55.781 43.140 153.924 - 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 350.000 400.000 Açúcar Álcool Grão Óleo Farelo Carnes Milho P ro d u to s S el ec io n ad o s

Valores Exportados (mil US$)

2007 2006 Complexo Soja: 45,49% em 2007 33,83% em 2006 Sucroalcooleiro: 11,97% em 2007 23,11% em 2006

Figura 12. Exportações das cooperativas do estado do Paraná

Fonte: Dados das Exportações - MDIC/SECEX (2008) Elaboração: OCB/GEMERC (2008)

c) Estado de Minas Gerais

Os produtos exportados pelas cooperativas do estado de Minas Gerais são observados na Figura 13. O estado de Minas Gerais é o maior produtor de café do Brasil, cuja produção está concentrada no sul, triângulo mineiro e zona da mata. Como reflexo, as exportações das tradicionais cooperativas do setor cafeeiro mostraram relevante importância, representando 93,72% do total das vendas em 2006 (US$196,75 milhões) e 74,62% no ano de 2007 (US$266,40 milhões).

Embora o faturamento com as vendas externas de café tenha crescido ao longo dos últimos dois anos, a sua participação foi reduzida devido ao crescimento das vendas de leite e de produtos lácteos na pauta das exportações das cooperativas. Dessa forma, os produtos dos laticínios representaram 5,74% do total das exportações em 2006 e 18,59% em 2007.

(23)

23.481 -266.395 66.373 196.749 12.047 - 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 350.000 Leite e Laticínios Café Complexo Soja P ro d u to s S el ec io n ad o s

Valores Exportados (mil US$)

2007 2006 Setor Cafeeiro: 74,62% em 2007 93,72% em 2006 Leite e Laticínios: 18,59% em 2007 5,74% em 2006

Figura 13. Exportações das cooperativas do estado de Minas Gerais

Fonte: Dados das Exportações - MDIC/SECEX (2008) Elaboração: OCB/GEMERC (2008)

d) Santa Catarina

As exportações das cooperativas do estado de Santa Catarina são visualizadas na Figura 14. Destaca-se que as carnes foram os principais produtos exportados pelas cooperativas, com um total comercializado de US$129,74 milhões em 2006 e de US$194,83 milhões em 2007. Dessa forma, as carnes apresentaram uma participação de 66,13% do total exportado em 2006 e 77,55% no ano de 2007.

O complexo soja apresentou significativa participação na pauta dos produtos exportados em Santa Catarina, com uma parcela de 31,88% nas vendas externas em 2006 e de 10,19% em 2007. A redução visualizada das exportações se deve à queda de 68,18% nas quantidades exportadas, reflexo da redução do preço da soja e dos derivados do complexo.

(24)

444 -28.580 197 196 270 5.586 104 149 -25.158 194.832 56.688 129.738 - 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 Carnes Grão - Soja Óleo - Soja Farelo - Soja Milho Arroz Maçãs P ro d u to s S el ec io n ad o s

Valores Exportados (mil US$)

2007 2006 Carnes: 77,55% em 2007 66,13% em 2006 Complexo Soja: 10,19% em 2007 31,88% em 2006

Figura 14. Exportações das cooperativas do estado de Santa Catarina

Fonte: Dados das Exportações - MDIC/SECEX (2008) Elaboração: OCB/GEMERC (2008)

e) Rio Grande do Sul

Os produtos exportados pelas cooperativas do estado do Rio Grande do Sul são apresentados na Figura 15.

O complexo soja mostrou uma participação de 50,62% do total exportado em 2007 e 42,59% do montante em 2006. O incremento da participação da soja foi explicado pelos valores exportados do grão (US$82,67 milhões) e do óleo (US$28,76 milhões), considerando-se o aquecimento dos seus preços.

As carnes apresentaram um faturamento de US$84,42 milhões com as vendas externas, representando 33,92% do total exportado pelas cooperativas no ano de 2007. Os valores observados em 2007 foi 26,87% superior quando comparado ao ano de 2006, sendo foram comercializados US$66,54 milhões naquele ano.

(25)

28.756 14.552 18.289 14.811 1.877 10.427 3.430 2.453 10.692 -84.422 82.670 66.544 47.456 - 25.000 50.000 75.000 100.000 125.000 Carnes Grão - Soja Óleo - Soja Farelo - Soja Trigo Calçados Milho P ro d u to s S el ec io n ad o s

Valores Exportados (mil US$)

2007 2006 Carnes: 33,92% em 2007 46,22% em 2006 Complexo Soja: 50,62% em 2007 42,59% em 2006

Figura 15. Exportações das cooperativas do estado do Rio Grande do Sul

Fonte: Dados das Exportações - MDIC/SECEX (2008) Elaboração: OCB/GEMERC (2008)

3.5.2 PAÍSES, ESTADOS E PRODUTOS COMERCIALIZADOS

A análise da intersecção das exportações das cooperativas brasileiras com a consideração dos países importadores, estados de origem e produtos comercializados, foi realizada por meio da abrangência dos oito principais países: Países Baixos; China; Alemanha; Emirados Árabes; Estados Unidos; Rússia; Japão; Arábia Saudita. A participação desses países soma 56,14% das vendas externas das cooperativas brasileiras.

a) Países Baixos

(26)

O Paraná foi o estado que efetuou a maior parte das vendas para os Países Baixos, representando 44,91% do total em 2007 (US$159,76 milhões), com destaque para a comercialização das carnes (US$69,01 milhões) e do complexo soja (US$62,59 milhões). Ao longo dos dois períodos analisados, as carnes apresentaram um crescimento de 132,33% e o complexo soja, 67,40%.

Tabela 4. Produtos exportados para os Países Baixos em função do estado federativo

Estados Brasileiros Produtos Valores Exportados

(mil US$) Quantidades (t)

Valores Exportados

(mil US$) Quantidades (t)

Paraná Carnes 29.702,85 14.690,33 69.007,81 25.350,89

Complexo Soja 37.390,10 141.448,63 62.590,51 232.016,25 Complexo Sucroalcooleiro 10.151,31 18.606,71 10.078,79 18.300,08

Sucos 8.706,05 5.792,31 9.408,84 5.025,99

Milho 2.015,50 14.500,00 6.976,50 39.400,00

Produtos de Origem Animal 187,42 613,95 173,96 563,50

Outros 4.431,56 2.008,07 1.528,23 558,99

Total 92.584,79 197.660,00 159.764,64 321.215,69

São Paulo Complexo Sucroalcooleiro 36.772,38 56.969,09 66.394,79 112.850,24 Complexo Soja 16.837,53 77.144,37 18.956,52 76.143,18 Produtos Hortícolas 4.632,29 6.824,49 3.604,27 4.325,00 Frutas 569,57 680,50 342,47 439,94 Flores 17,80 7,03 7,62 3,60 Sucos e Bebidas 606,59 366,65 333,60 225,52 Outros 14,28 51,00 48,96 204,00 Total 59.436,17 141.992,12 89.639,27 193.987,47

Minas Gerais Café 13.485,25 6.766,80 22.946,02 10.075,80

Complexo Soja 0,00 0,00 4.112,35 13.676,65

Total 13.485,25 6.766,80 27.058,37 23.752,45

Goiás Complexo Soja 2.995,45 16.000,00 20.279,80 71.195,55

Carnes 10.802,05 1.888,67 104,31 10,83 Total 13.797,50 17.888,67 20.384,10 71.206,38 25.004,43 40.368,93 58.877,63 121.799,52 204.308,13 404.676,51 355.724,01 731.961,52 2007 2006 Total Geral Demais Estados

Fonte: Dados das Exportações - MDIC/SECEX (2008) Elaboração: OCB/GEMERC (2008)

As exportações das cooperativas do estado de São Paulo, segunda posição nas vendas, apresentaram uma participação de 25,20% no ano de 2007, sendo as vendas externas de US$89,64 milhões e destaque para o complexo sucroalcooleiro (US$66,39

(27)

milhões). O estado de Minas Gerais mostrou um montante total de US$27,06 milhões e o café foi o principal produto do estado em 2007, ou seja, 84,80% da pauta.

b) China

De acordo com a Tabela 5, as cooperativas dos principais estados que direcionaram as exportações para a China foram: Paraná; Rio Grande do Sul; São Paulo; Mato Grosso do Sul.

Tabela 5. Produtos exportados para a China em função do estado federativo

Estados Brasileiros Produtos Valores Exportados (mil US$) Quantidades (t) Valores Exportados (mil US$) Quantidades (t)

Paraná Complexo Soja 34.823,66 135.214,05 115.853,49 402.794,05

Carnes 1.118,12 1.441,90 2.306,28 1.635,79

Outros 16,51 13,76 0,00 0,00

Total 35.958,30 136.669,70 118.159,77 404.429,84

Rio Grande do Sul Complexo Soja 30.759,19 141.269,47 43.376,98 134.701,91

Vinhos 0,00 0,00 30,24 7,56

Carnes 36,70 75,55 0,00 0,00

Total 30.795,89 141.345,02 43.407,22 134.709,47

São Paulo Complexo Soja 69.548,34 303.458,62 39.780,64 138.595,51

Carnes 23,78 25,50 20,40 25,50

Total 69.572,11 303.484,12 39.801,04 138.621,01

Mato Grosso do Sul Complexo Soja 16.036,68 85.710,22 37.513,06 142.407,20

Algodão 517,19 476,70 60,45 47,28 Total 16.553,88 86.186,91 37.573,52 142.454,47 63.096,97 250.669,95 53.904,57 181.719,60 215.977,14 918.355,71 292.846,12 1.001.934,39 2006 2007 Demais Estados Total Geral

Fonte: Dados das Exportações - MDIC/SECEX (2008) Elaboração: OCB/GEMERC (2008)

As cooperativas do estado do Paraná foram as principais direcionadoras de produtos para a China, representando 40,35% do total em 2007, com destaque para o complexo soja (US$115,85 milhões). Ressalta-se que as exportações das cooperativas

(28)

As exportações das cooperativas do estado do Rio Grande do Sul, segunda posição nas vendas, apresentaram uma participação de 14,82% no ano de 2007, com um faturamento de US$43,41 milhões e destaque para o complexo soja (US$43,38 milhões). O estado de São Paulo mostrou um montante total de US$39,80 milhões em 2007, sendo o complexo soja o principal produto do estado (99,95%). Ressalta-se que as exportações do estado mostraram redução de 42,80% ao longo dos anos analisados, o que é explicada pela diminuição das quantidades exportadas dos produtos do complexo.

c) Alemanha

As exportações das cooperativas direcionadas para a Alemanha, considerando-se os principais estados e os respectivos produtos, são visualizadas na Tabela 6. Os estados selecionados que se destacaram foram: Paraná; Minas Gerais; Santa Catarina; Rio Grande do Sul.

O Paraná foi o estado que efetuou a maior parte das vendas para a Alemanha, representando 77,06% do total em 2007, com destaque para a comercialização do complexo soja. Analisando-se os dois períodos de anos visualizados, esse complexo mostrou um crescimento de 46,73%. As carnes aparecem na seqüência, com uma participação de US$64,77 milhões em 2007 e crescimento de 80,93% nas vendas ao longo dos anos.

As exportações das cooperativas mineiras, segundo estado nas vendas direcionadas para a Alemanha, apresentaram uma participação de 17,90% no ano de 2007, com vendas externas de US$48,79 milhões. O café foi o produto com importância absoluta na pauta, com um total de US$48,78 milhões em 2007 e crescimento de 86,98% quando comparado ao ano de 2006.

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Tabela 6. Produtos exportados para a Alemanha em função do estado federativo

Estados Brasileiros Produtos Valores Exportados (mil US$) Quantidades (t) Valores Exportados (mil US$) Quantidades (t)

Paraná Complexo Soja 96.319,17 447.120,03 141.330,71 526.850,32

Carnes 35.796,55 16.676,27 64.766,10 23.282,44

Milho 0,00 0,00 2.153,11 11.041,59

Café 4.510,47 2.289,48 927,24 432,00

Outros 745,06 860,88 890,59 1.970,68

Total 137.371,26 466.946,65 210.067,75 563.577,02

Minas Gerais Café 26.091,14 12.567,00 48.784,33 21.325,80

Bebidas (Cachaças) 0,80 0,25 3,60 2,52

Outros 0,17 0,01 0,09 0,00

Total 26.092,12 12.567,26 48.788,02 21.328,32

Santa Catarina Carnes 192,44 98,96 5.160,38 1.910,16

Milho 0,00 0,00 4.191,46 20.040,98

Outros 23,34 12,28 0,00 0,00

Total 215,78 111,25 9.351,84 21.951,14

Rio Grande do Sul Complexo Soja 0,00 0,00 1.444,55 4.592,28

Maçãs 69,80 139,61 112,90 134,06 Sucos 32,98 17,16 62,40 16,87 Total 102,79 156,77 1.619,85 4.743,21 17.152,77 65.177,03 2.784,79 2.865,78 180.934,71 544.958,96 272.612,24 614.465,47 2006 2007 Demais Estados Total Geral

Fonte: Dados das Exportações - MDIC/SECEX (2008) Elaboração: OCB/GEMERC (2008)

O estado de Santa Catarina mostrou um montante total de US$9,35 milhões, e uma taxa de evolução de 4.233,97%, sendo as carnes e o milho os principais produtos exportados em 2007.

d) Emirados Árabes

Na Tabela 7 são observados os produtos exportados para os Emirados Árabes, considerando-se as cooperativas dos estados brasileiros nos dois últimos anos, 2006 e 2007 que efetuaram as vendas para esse país. São Paulo foi o estado que realizou a

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As exportações das cooperativas do estado do Rio Grande do Sul, segunda estado nas vendas direcionadas para os Emirados Árabes, apresentaram uma participação de 4,46% no ano de 2007, com vendas externas de US$10,77 milhões. As carnes foram os principais produtos em 2007 (US$10,21 milhões), com uma taxa de crescimento de 65,92% comparando-se ao ano anterior.

Tabela 7. Produtos exportados para os Emirados Árabes em função do estado

federativo

Estados Brasileiros Produtos Valores Exportados (mil US$) Quantidades (t) Valores Exportados (mil US$) Quantidades (t)

São Paulo Complexo Sucroalcooleiro 265.213,20 813.488,16 220.424,90 914.370,68

Carnes 118,07 76,50 214,71 127,50

Total 265.331,26 813.564,66 220.639,61 914.498,18

Rio Grande do Sul Carnes 6.155,05 6.197,62 10.212,54 8.312,30

Complexo Soja 2.331,32 10.274,46 558,35 2.000,00

Total 8.486,37 16.472,07 10.770,89 10.312,30

Santa Catarina Carnes 2.922,97 2.969,59 9.471,13 6.955,41

Total 2.922,97 2.969,59 9.471,13 6.955,41 3.669,17 2.059,83 773,96 284,37 280.409,77 835.066,14 241.655,60 932.050,26 2006 2007 Total Geral Demais Estados

Fonte: Dados das Exportações - MDIC/SECEX (2008) Elaboração: OCB/GEMERC (2008)

e) Estados Unidos

A Tabela 8 mostra as exportações das cooperativas direcionadas para os Estados Unidos, englobando-se as vendas das cooperativas dos principais estados e os respectivos produtos comercializados. Os principais representantes foram os estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.

São Paulo foi o estado que realizou a maior parte das vendas para os Estados Unidos, representando 65,39% do total em 2007, com destaque para a comercialização do complexo sucroalcooleiro (US$118,13 milhões). Analisando-se os dois períodos de anos visualizados, o setor de açúcar e álcool mostrou um crescimento de 1,15%.

(31)

As exportações das cooperativas do estado de Minas Gerais, segundo estado nas vendas direcionadas para os Estados Unidos, apresentaram uma participação de 18,74% no ano de 2007, com vendas externas de US$34,50 milhões, destacando-se as exportações de café com um total de US$33,68 milhões em 2007. Contudo, observa-se uma redução de 36,76% quando comparado aos valores obtidos no ano de 2006. Tal queda é explicada pela bianualidade da cultura, quando anos de alta produção sucedem anos de baixa. Dessa forma, o ano de 2007 é considerado de baixa produção dos cafezais mineiros.

Tabela 8. Produtos exportados para os Estados Unidos em função do estado federativo

Estados Brasileiros Produtos Valores Exportados (mil US$) Quantidades (t) Valores Exportados (mil US$) Quantidades (t)

São Paulo Complexo Sucroalcooleiro 116.785,83 211.286,34 118.129,75 212.315,84

Café 925,81 403,20 835,11 345,60

Flores 783,13 117,32 781,34 102,06

Outros 1.075,15 923,86 673,89 488,30

Total 119.569,91 212.730,72 120.420,09 213.251,80

Minas Gerais Café 53.261,42 24.401,88 33.681,00 14.228,64

Leite e Laticínios 1.160,57 560,04 793,64 259,80

Outros 95,34 113,03 26,26 24,17

Total 54.517,32 25.074,95 34.500,90 14.512,61

Paraná Complexo Sucroalcooleiro 128.677,26 199.897,02 15.401,62 30.497,74

Carnes 102,80 128,28 306,95 253,13 Café 165,76 76,80 88,05 38,40 Outros 1.200,54 1.635,17 52,68 41,28 Total 130.146,35 201.737,27 15.849,30 30.830,54 13.969,75 9.487,98 13.373,05 4.431,90 318.203,33 449.030,92 184.143,34 263.026,86 2006 2007 Demais Estados Total Geral

Fonte: Dados das Exportações - MDIC/SECEX (2008) Elaboração: OCB/GEMERC (2008)

O estado do Paraná apresentou um montante total de US$15,85 milhões, sendo os produtos do complexo sucroalcooleiro a maior parcela (US$15,40 milhões). Contudo, quando se compara aos dados observados em 2006, as exportações das cooperativas

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significativa nas vendas dos produtos do setor sucroalcooleiro, o que é um desafio do estado frente à perda de um importante mercado.

f) Rússia

Na Tabela 9 são observadas as exportações das cooperativas direcionadas para a Rússia, sexto país em importância nas importações das cooperativas brasileiras. Os principais estados foram: Rio Grande do Sul; Santa Catarina; Paraná; Tocantins.

Tabela 9. Produtos exportados para a Rússia em função do estado federativo

Estados Brasileiros Produtos Valores Exportados (mil US$) Quantidades (t) Valores Exportados (mil US$) Quantidades (t)

Rio Grande do Sul Carnes 45.116,01 19.187,58 51.468,31 21.931,50

Vinhos 164,74 334,20 173,16 266,40

Total 45.280,75 19.521,78 51.641,47 22.197,90

Santa Catarina Carnes 38.561,47 19.554,54 47.213,27 21.114,37

Sucos 27,09 19,08 0,00 0,00

Total 38.588,56 19.573,62 47.213,27 21.114,37

Paraná Complexo Sucroalcooleiro 17.647,55 58.900,00 32.708,04 116.945,10

Carnes 535,25 272,95 1.825,05 850,00 Milho 1.023,33 8.602,71 0,00 0,00 Total 19.206,13 67.775,66 34.533,09 117.795,10 Tocantinas Carnes 31.962,07 12.805,05 20.939,11 9.116,56 Total 31.962,07 12.805,05 20.939,11 9.116,56 26.868,98 37.194,00 25.740,29 48.724,63 161.906,49 156.870,10 180.067,23 218.948,56 2006 2007 Demais Estados Total Geral

Fonte: Dados das Exportações - MDIC/SECEX (2008) Elaboração: OCB/GEMERC (2008)

O Rio Grande do Sul foi o estado que efetuou a maior parte das exportações para a Rússia, com parcela de 28,68% do total comercializado pelas cooperativas em 2007. Nesse ano, as exportações de carne lideraram a pauta, com vendas de US$51,47 milhões. Analisando-se os dois períodos de anos visualizados, as carnes apresentaram um crescimento de 14,30%.

(33)

As exportações das cooperativas do estado de Santa Catarina apresentaram um montante total de US$47,21 milhões, sendo as carnes os produtos absolutos da pauta, com faturamento de US$38,56 milhões em 2006 passando para US$47,21 milhões, elevação de 22,44%.

As exportações das cooperativas paranaenses mostraram um montante total de US$19,21 milhões em 2006 e de US$34,53 milhões em 2007, o que resulta em uma taxa de crescimento de 79,75%. Os produtos do complexo sucroalcooleiro possuem a maior parcela (US$17,65 milhões em 2006 e US$32,71 milhões no ano seguinte).

Outro estado que figura nas vendas externas para a Rússia é o Tocantins, sendo as carnes os produtos únicos da pauta, com uma queda nas exportações de 34,49% ao longo dos dois anos analisados.

g) Japão

Na Tabela 10 são observados os produtos exportados para o Japão, considerando-se os quatro principais estados brasileiros nos dois últimos anos, 2006 e 2007.

O Paraná foi o estado que efetuou a maior parte das vendas para o Japão, representando 56,69% do total em 2007 (US$94,14 milhões). As carnes foram os produtos com liderança na pauta, passando de US$59,69 milhões em 2006 para US$80,70 milhões em 2007, aumento de 35,20% no intervalo analisado.

As exportações das cooperativas do estado de Minas Gerais ocuparam a segunda posição nas vendas direcionadas para o Japão, com uma parcela de 13,96% e vendas externas de US$23,18 milhões no ano de 2007. Destacaram-se as exportações de café, atingindo o montante de US$18,64 milhões em 2007.

As exportações das cooperativas do estado de Santa Catarina apresentaram uma participação de 12,42% no ano de 2007, sendo as vendas externas de US$20,63

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Tabela 10. Produtos exportados para o Japão em função do estado federativo

Estados Brasileiros Produtos Valores Exportados (mil US$) Quantidades (t) Valores Exportados (mil US$) Quantidades (t)

Paraná Carnes 59.690,59 38.856,27 80.699,55 42.955,58 Complexo Sucroalcooleiro 1.794,48 3.807,04 12.630,80 27.451,31 Bebidas 226,08 322,42 323,19 453,87 Algodão 0,00 0,00 134,58 39,11 Queijos 120,15 33,99 86,19 20,58 Outros 384,90 391,03 269,49 340,32 Total 62.216,21 43.410,75 94.143,80 71.260,76

Minas Gerais Café 17.210,73 7.530,64 18.643,49 7.887,84

Complexo Soja 0,00 0,00 4.270,16 14.952,80

Outros 504,21 7,40 270,76 4,06

Total 17.714,94 7.538,04 23.184,41 22.844,69

Santa Catarina Carnes 14.579,07 10.219,13 17.466,80 9.782,30

Milho 0,00 0,00 2.722,03 15.734,26

Complexo Soja 0,00 0,00 255,75 1.000,00

Outros 129,86 60,02 181,87 84,02

Total 14.708,93 10.279,16 20.626,45 26.600,59

São Paulo Complexo Sucroalcooleiro 17.423,12 33.428,83 15.195,91 27.279,39

Sucos 0,00 0,00 1,19 0,20 Café 586,25 268,80 0,00 0,00 Total 18.009,36 33.697,63 15.197,11 27.279,59 4.804,39 4.250,06 12.929,85 39.764,29 117.453,83 99.175,64 166.081,61 187.749,92 2006 2007 Total Geral Demais Estados

Fonte: Dados das Exportações - MDIC/SECEX (2008) Elaboração: OCB/GEMERC (2008)

h) Arábia Saudita

As exportações das cooperativas direcionadas para a Arábia Saudita, considerando-se os principais estados e os respectivos produtos, são visualizadas na Tabela 11.

Os estados selecionados que se destacaram foram: São Paulo; Rio Grande do Sul; Paraná.

(35)

Tabela 11. Produtos exportados para a Arábia Saudita em função do estado federativo

Estados Brasileiros Produtos Valores Exportados (mil US$) Quantidades (t) Valores Exportados (mil US$) Quantidades (t)

São Paulo Complexo Sucroalcooleiro 106.615,29 282.924,00 155.417,10 645.733,50 Complexo Soja 6.469,72 30.393,72 2.000,00 9.081,00

Total 113.085,01 313.317,72 157.417,10 654.814,50

Rio Grande do Sul Complexo Soja 0,00 0,00 1.792,34 6.500,00

Carnes 351,13 511,73 0,00 0,00

Total 351,13 511,73 1.792,34 6.500,00

Paraná Sucos e Bebidas 303,40 152,28 559,89 271,58

Complexo Sucroalcooleiro 4.750,64 15.350,00 0,00 0,00 Outros 498,76 6.759,51 0,00 0,00 Total 5.552,81 22.261,79 559,89 271,58 5.637,32 2.356,05 427,41 293,72 124.626,26 338.447,29 160.196,74 661.879,80 2006 2007 Demais Estados Total Geral

Fonte: Dados das Exportações - MDIC/SECEX (2008) Elaboração: OCB/GEMERC (2008)

São Paulo foi o estado que efetuou a maior parte absoluta das vendas para a Arábia Saudita, representando 98,26% do total em 2007 (US$157,42 milhões). O complexo sucroalcooleiro apresentou relevância significativa, com um faturamento de US$106,62 milhões em 2006 e de US$157,42 milhões no ano seguinte, evolução de 47,65% no período estudado.

3.6 PROJEÇÕES DAS EXPORTAÇÕES

A avaliação da série histórica das exportações das cooperativas, bem como o modelo polinomial obtido na análise de regressão é mostrada na Figura 16. Destaca-se que as exportações apresentaram uma tendência positiva de evolução, ajustando-se significativamente ao modelo polinomial de segundo grau, visualizado pelo coeficiente de correlação dos dados obtidos (R2) de 90,64%.

(36)

y = 14,926x2 - 157,74x + 1001,4 R2 = 0,9064 0,00 500,00 1.000,00 1.500,00 2.000,00 2.500,00 3.000,00 3.500,00 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008

Período Analisado (Anos)

E xp o rt õ es d as C o o p er at iv as (m ilh õ es U S $)

Exportações das Cooperativas

Figura 16. Exportações das cooperativas brasileiras e modelo de regressão obtido

Fonte: OCB/GEMERC (2008)

A partir da análise realizada na Figura 16, considerando-se o modelo de regressão obtido e as tendências esperadas do crescimento econômico do Brasil, foi calculado o faturamento das cooperativas brasileiras com as vendas externas, englobando-se as taxas de crescimentos anuais nos respectivos anos (Tabela 12).

De acordo com as projeções encontradas, as exportações das cooperativas brasileiras apresentarão evoluções significativas, passando de US$4,27 bilhões em 2010 para US$19,62 bilhões em 2030. Para a verificação do cenário, considerou-se que o desempenho será aquele observado a partir do intervalo de dados visualizados na Figura 16. Dessa forma, as cooperativas brasileiras se consolidarão no mercado internacional com taxas de crescimento acima do projetado para a média esperada para o Brasil. Destaca-se que diversos fatores devem ser analisados, como as estratégias de comercialização nos mercados tradicionais e abertura de oportunidades naqueles países potenciais.

(37)

Tabela 12. Evolução projetada das exportações das cooperativas brasileiras

Anos Valores Exportados

(milhões de US$) Taxas de Crescimento (%) 2010 4.271,23 11,90 2015 6.990,14 63,66 2020 10.455,35 49,57 2025 14.666,86 40,28 2030 19.624,67 33,80

Projeção de Evolução das Exportações

(38)

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como considerações finais, um cenário otimista está sendo estruturado, com destaque para as cooperativas ligadas ao agronegócio, principalmente os grãos, devido à demanda aquecida, o setor sucroalcooleiro em função da agroenergia e das preocupações ambientais, e o setor cafeeiro, sendo o Brasil o maior produtor, exportador e, dentre de alguns anos, consumidor de café no mundo.

A elevação nos preços das commodities, como a soja e o milho, e aumento das vendas de carnes promoverão oportunidades para as cooperativas exportarem seus produtos, aumentando o faturamento do setor. Nesse sentido, as atenções são voltadas para as barreiras não-tarifárias, como ocorreu com o embargo da União Européia à carne bovina brasileira, para as variações cambiais e para o momento de incertezas que pairam sobre os investidores internacionais, devido a uma eventual desaceleração da economia norte-americana e japonesa.

Segundo as projeções realizadas, o cooperativismo se consolidará como grande força da economia brasileira, por meio do desenvolvimento sustentável e da geração de emprego e renda para os associados.

(39)

5. REFERÊNCIAS

BRAGA, Marcelo José, REIS, Brício dos Santos, (organizadores). Agronegócio

cooperativo: reestruturação e estratégias. Viçosa: UFV, DER, 2002. (305 páginas).

CEPEA - Centro de Estudos em Economia Aplicada. Mercado Agropecuário. Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”.

www.cepea.usp.br. Acesso dia 29 de janeiro de 2008.

MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Dados Estatísticos das

Safras. Site: www.agricultura.gov.br. Acesso dia 31 de janeiro de 2008.

MARTINS, F.A.Z. Como Inserir as Cooperativas nas Ações de Políticas Públicas de

apoio ao Desenvolvimento do Biodiesel. Brasília. 2006. 53 p.

MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Indicadores

Estatísticos: Balança Comercial do Cooperativismo. www.desenvolvimento.gov.br. Acesso dia 31 de janeiro de 2008.

Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB. O Cooperativismo Brasileiro: “Uma

História” - Brasília, DF: Versão Br Comunicação e Marketing, 2004. (150 páginas).

SAS INSTITUTE. SAS/STAT Guide for personal computers. 8th.ed. Cary, 2001. 943p.

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