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MÓDULO COMPLEMENTAR DE PEÇAS PRÁTICA DE TRABALHO

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Academic year: 2021

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MÓDULO COMPLEMENTAR DE PEÇAS

PRÁTICA DE TRABALHO

2º EO 2011

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PEÇAA

Tomi Lee Gando, brasileiro, casado, técnico eletricista, portador de CTPS n. 01010, série 010, inscrito no PIS sob o n. 010.010.010-10 e no CPF n. 111.111.111-11, residente e domiciliado na Rua das Luzes, n. 20, Curitiba, Paraná, CEP 80.111-111, procura-o em seu escritório de advocacia, pretendendo ingressar com Ação Judicial para receber direitos que entende sonegados por seu empregador LEVE Choque Ltda., pessoa jurídica de Direito Privado, inscrita no CNPJ sob o n 001.001.001/0001-01, com sede na Av. das Araucárias, n. 222, Curitiba, Paraná, CEP 80.222-222, narrando ter sido contratado em 01.02.2007, para trabalhar como técnico eletricista na sede da empresa empregadora, entregando-lhe neste momento o contrato de trabalho assinado. Recebe salário mensal atual de R$ 800,00, constante dos recibos salariais que lhe são entregues neste momento. Além do salário constante dos contra-cheques, Tomi recebia ainda R$ 200,00 mensais, pagos extra-folha, os quais nunca foram considerados no cômputo dos demais direitos trabalhistas. Esclarece que cumpria jornada de trabalho variada, trabalhando seis dias da semana e usufruindo uma folga semanal, conforme escala. Os horários de trabalho eram semanalmente alternados, de forma que em uma semana trabalhava das 7h20 as 15h20, na outra das 15h20 as 23h10, e em outra das 23h10 as 6h20, sempre com 40 minutos de intervalo intrajornada. Sabe que nos últimos dois anos havia um acordo coletivo que autorizava a redução do intervalo para refeição. Além destes horários, durante os cinco últimos dias de cada mês, Sr. Tomi realizava duas horas suplementares por dia, para dar conta do excesso de serviço havido nesta época. Permanecia ainda, uma vez por semana, em plantão de doze horas em sua residência, aguardando ser chamado para trabalhar, caso ocorresse alguma pane elétrica na empresa. Apesar destes horários de trabalho, nunca recebeu horas extras ou quaisquer outros valores

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3 que não fossem o salário fixo de R$ 800,00 e o valor extra-folha de R$ 200,00.

Enquanto técnico eletricista, Sr. Tomi efetuava a instalação, conservação e reparos em fusíveis e condutores, armava e desarmava chaves no quadro de força elétrica da empresa, realizando manutenção no interior da cabine de distribuição de alta voltagem com rede energizada.

Por fim, Sr. Tomi conta que desde o mês de maio/2011 não recebe salários, bem como sabe que o FGTS não tem sido mais depositado, apresentando-lhe o extrato de sua conta vinculada, cujo último depósito foi no mês de abril/2011. Em razão dos atrasos nos salários, Sr. Tomi tornou-se inadimplente no pagamento das mensalidades escolares, vendo-se obrigado a retirar vendo-seu único filho do colégio particular em que estudava, sendo que esta situação esta lhe causando profunda humilhação perante seus familiares e colegas. Sr. Tomi lhe informa que seu contrato de trabalho ainda esta em vigor, mas não possui mais condições de continuar trabalhando. Contudo, Sr. Tomi não quer pedir demissão, pois entende injusta a situação. Ante as dificuldades financeiras em que se encontra, Sr. Tomi esclarece que não possui condições de arcar com quaisquer despesas nesta ação que pretende ajuizar.

Diante do exposto, elabore a peça processual cabível para salvaguardar os direitos de seu cliente, observando todos os requisitos necessários previstos no ordenamento jurídico, indicando ainda a fundamentação legal para seus pedidos. Seu cliente lhe entrega neste momento a declaração de que não se encontra em condições de arcar com as despesas da demanda sem prejuízo do seu próprio sustento. Considere-se como advogado credenciado ao sindicato profissional da categoria do reclamante.

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PEÇAB

Kelly Amaral, assistida por advogado particular não vinculado ao seu sindicato de classe, ajuizou reclamação trabalhista, pelo Rito Ordinário, em face do Banco Finanças S/A (RT nº 1234/2010), em 13.09.2010, afirmando que foi admitida em 04.08.2002, para exercer a função de gerente geral de agência, e que prestava serviços diariamente de segunda-feira a sexta-feira, das 09h00min às 20h00min, com intervalo para repouso e alimentação de 30 (trinta) minutos diários, apesar de não ter se submetido a controle de ponto. Seu contrato extinguiu-se em 15.07.2009, em razão de dispensa imotivada, quando recebia salário no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), acrescido de 45% (quarenta e cinco por cento), a título de gratificação de função. Aduziu, ainda, que desde a sua admissão, e sempre por força de normas coletivas, vinha percebendo o pagamento de auxílio-educação, de natureza indenizatória, para custear a despesas com a instrução de seus dependentes.

O pagamento desta vantagem perdurou até o termo final de vigência da convenção coletiva de trabalho de 2006/2007, aplicável à categoria profissional dos bancários, não tendo sido renovado o direito à percepção do referido auxílio nos instrumentos normativos subsequentes.

Em face do princípio da inalterabilidade contratual sustentou a incorporação do direito ao recebimento desta vantagem ao seu contrato de trabalho, configurando direito adquirido, o qual não poderia ter sido suprimido pelo empregador. Nomeada, em janeiro/2009, para exercer o cargo de delegado sindical de representação obreira, no setor de cultura e desporto da entidade e que inobstante tal estabilidade foi dispensada imotivadamente, por iniciativa de seu empregador. Inobstante não prestar atividades adstritas ao caixa bancário, por isonomia, requer o recebimento da parcela quebra de caixa, com a devida integração e reflexos legais. Alegou, também, fazer jus a isonomia salarial com o Sr. Osvaldo Maleta, readaptado funcionalmente por causa previdenciária, e por

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5 tal desde janeiro/2008 exerce a função de Gerente Geral de Agência, ou seja, com idêntica função ao autor da demanda, na mesma localidade e para o mesmo empregador e cujo salário fixo superava R$ 8.000,00 (oito mil reais), acrescidos da devida gratificação funcional de 45%. Alega a não fruição e recebimento das férias do período 2007/2008, inobstante admitir ter se retirado em licença remunerada, por 32 (trinta e dois) dias durante aquele período aquisitivo.

Diante do exposto, postulou a reintegração ao emprego, em face da estabilidade acima perpetrada ou indenização substitutiva e a condenação do banco empregador ao pagamento de 02 (duas) horas extraordinárias diárias, com adicional de 50% (cinquenta por cento), de uma hora extra diária, pela supressão do intervalo mínimo de uma hora e dos reflexos em aviso prévio, férias integrais e proporcionais, décimo terceiro salário integral e proporcional, FGTS e indenização compensatória de 40% (quarenta por cento), assim como dos valores mensais correspondentes ao auxílio educação, desde a data da sua supressão até o advento do término de seu contrato, do recebimento da parcela denominada quebra de caixa, bem como sua integração e reflexos nos termos da lei, diferenças salariais e reflexos em aviso prévio, férias integrais e proporcionais, décimo terceiro salário integral e proporcional, FGTS + 40%, face pleito equiparatório e férias integrais 2007/2008, de forma simples e acrescidos de 1/3 pela não concessão a tempo e modo. Pleiteou, por fim, a condenação do reclamado ao pagamento de indenização por danos morais e de honorários advocatícios sucumbenciais.

Considerando que a reclamação trabalhista foi ajuizada perante a 1ª Vara do Trabalho de Boa Esperança/MG, redija, na condição de advogado contratado pelo banco empregador, a peça processual adequada, a fim de atender aos interesses de seu cliente.

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PEÇAC

João Protetor, brasileiro, casado, vigilante, portador da CTPS n. 3333, série 033, residente e domiciliado na rua Rui Barbosa, 33, Curitiba, Paraná, CEP 80100-000, ingressou com reclamatória trabalhista (RT 100.000/2004, tramitando perante a 21ª Vara do Trabalho de Curitiba, Paraná), ajuizada em 10/02/2004, em face de Segurança Total Ltda. (1ª Reclamada), pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ n. 111.111.111/0001-11, com sede na Rua das Flores, 22, Curitiba, Paraná, CEP 81111-111, e Banco Explorando SA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ n. 222.222.222/0001-22, com sede na rua das Águas, 221, Curitiba, Paraná, CEP 82222-222 (2ª Reclamada). O reclamante alegava ter sido contratado pela 1ª Reclamada em 10/04/1995, na função de vigilante, para prestar serviços no estabelecimento da 2ª Reclamada. Em razão disto, pretendia o reconhecimento de vínculo empregatício diretamente com a 2ª Reclamada, com as devidas anotações na CTPS. Sucessivamente, requeria a condenação solidária do banco reclamado pelas verbas trabalhistas supostamente suprimidas pelo real empregador, qual seja, a 1ª Reclamada. Cumpria a jornada de trabalho de segunda a sexta-feira, das 8h00 às 17h00, com 30 minutos de intervalo intrajornada, e aos sábados das 8h00 às 12h00. Em duas ocasiões na semana, geralmente nas segundas e quintas-feiras, o reclamante alegava prorrogar a sua jornada até as 18h00, sem nunca ter recebido o pagamento de horas extras. Por prestar seus serviços em agência bancária, o reclamante postulava o pagamento de horas extraordinárias a partir da 6ª diária e 36ª semanal. Alegava ainda que até o mês de novembro de 1998, recebia gratificação mensal adicional de R$100,00, espontaneamente paga pelo empregador, sendo tal parcela suprimida a partir de então, requerendo o pagamento das parcelas em atraso desde 12/12/2003. Atribuiu o valor da causa em R$ 20.000,00.

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7 A 1ª Reclamada foi notificada via postal, no endereço Rua das Flores, 22, Curitiba, Paraná, CEP 81111-111, em 20/02/2004, para comparecer em audiência una a ser realizada no dia 05/04/2004, bem como, para apresentar defesa e prestar depoimento, sob pena de revelia e confissão. A 2ª Reclamada foi igualmente notificada via postal em 20/02/2004 a respeito da audiência una a ser realizada no dia 05/04/2004, para apresentar defesa e prestar depoimento, sob pena de revelia e confissão, porém a notificação foi enviada por engano para o endereço Rua das Águas, 2221, Curitiba, Paraná, CEP 80200-000.

No dia 05/04/2004 foi realizada audiência una, na qual compareceu apenas o reclamante, em cujo depoimento pessoal informou o seguinte: “Foi contratado em 10/04/1995, como vigilante, pela 1ª Reclamada, mas sempre prestou serviços no estabelecimento da 2ª Reclamada. Sua jornada era fiscalizada pelo supervisor de segurança da 1ª Reclamada, sendo por esta empresa também remunerado. Nunca recebeu ordens de qualquer preposto da 2ª Reclamada, bem como não atuava nas atividades bancárias propriamente ditas, mas apenas fazia a vigilância do banco. Cumpria jornada de trabalho de segunda a sexta-feira, das 8h00 às 17h00, com 1h00 de intervalo, salvo em uma ocasião na semana, quando usufruía apenas 30 minutos. Aos sábados o trabalho era das 8h00 às 12h00. Uma vez ao mês, em média, estendia seu trabalho até as 18h00. Recebeu algumas horas extras, como consta dos contracheques juntados por ele com a petição inicial, mas acredita que existam diferenças não pagas. Nada mais.”

E, 10/10/2004 foi prolatada a sentença declarando as duas reclamadas revéis, pois, embora notificadas via postal, não compareceram à audiência. Assim, a decisão judicial considerou que se presumem verdadeiros os fatos alegados pelo reclamante na peça vestibular, reconhecendo o vínculo empregatício diretamente com a 2ª Reclamada, determinando anotação na CTPS do reclamante após o trânsito em julgado, sob pena de ser realizado pela Secretaria da Vara. Considerou também ambas as reclamadas solidariamente responsáveis pelo pagamento dos valores acolhidos em sentença. Reconheceu

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8 inicial, condenando ao pagamento de horas extraordinárias, inclusive quanto ao intervalo intrajornada diário suprimido, calculadas a partir da 6ª diária e 30ª semanal, já que o reclamante trabalhava em agência bancária. Determinou também o pagamento da gratificação adicional de R$ 100,00 mensais, devidas desde novembro de 1998 até a rescisão contratual, juros e correção monetária na forma da lei. Por fim, a sentença vedou a realização de qualquer retenção referente a contribuições previdenciárias do total devido ao reclamante, considerando a Justiça do Trabalho incompetente para determinar as ditas retenções previdenciárias. Fixou a condenação em R$ 40.000,00, e custas de R$ 800,00.

Em 19/10/2004 (terça-feira), a 2ª Reclamada foi intimada pessoalmente da sentença, através de oficial de justiça, quando então tomou conhecimento da presente ação. No mesmo dia, o Banco Explorando SA procura seu escritório de advocacia, informando que somente tomou conhecimento da reclamatória trabalhista proposta por João Protetor naquele momento, sendo que não recebeu qualquer notificação anterior. O cliente vai ao seu escritório e leva consigo uma cópia integral dos autos, esclarecendo que jamais controlou as atividades ou horários do reclamante, pois o mesmo não era seu empregado, mas mero prestador de serviços terceirizado, apresentando-lhe o Contrato de Prestação de Serviços firmado com a empresa Segurança Total Ltda., em cuja cláusula segunda consta a inexistência de responsabilidade do contratante pelos haveres trabalhistas dos empregados da contratada envolvidos na execução dos serviços contratados. Seu cliente outorga-lhe procuração ad judicia neste momento, entregando-lhe também uma cópia do seu Estatuto Social e guias GFIP e GRU pagas, relativas ao depósito recursal e custas, respectivamente.

Diante do exposto por seu cliente, elabore a peça processual cabível.

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1) A data a constar na peça processual deve corresponder ao último

dia do prazo processual respectivo à medida que deve ser adotada.

2) Informar, na petição, o pagamento do depósito recursal e custas processuais que foram efetuadas pelo seu cliente.

Atenção: Não identifique a prova. Se achar necessário, use o nome fictício Armando A. Justiça, OAB/PR 2005, escritório profissional Rua da Paz, 20.000, Curitiba, Paraná, CEP 80333-333.

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PEÇAD

“A” propôs reclamação trabalhista contra “B” pleiteando horas extras e verbas rescisórias, ação esta julgada procedente e transitada em julgado. Iniciada a execução, os cálculos foram homologados em R$ 25.000,00 e após a tentativa frustrada de penhora de bens do executado, foi requerida a desconsideração da personalidade jurídica do reclamado e requerida a penhora de bens de “C”, antigo sócio da reclamada que se retirou da sociedade 4 anos antes do ingresso do reclamante na mesma. Assim, o Sr. Oficial de Justiça efetivou a penhora da única residência de “C”, onde ele inclusive reside com sua família, avaliada em R$ 150.000,00. Não admitindo o ato constricional, “C” opôs embargos de terceiro, cuja decisão manteve o ato de penhora na íntegra. QUESTÃO: Como advogado de “C”, atue.

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PEÇAE

João foi dispensado por justa causa (art. 482, “k”, CLT) da empresa Esmeralda. Ajuizou reclamação postulando o pagamento, entre outros títulos, de férias vencidas. A sentença julgou o pedido totalmente improcedente, sob a alegação de que a gravidade da falta praticada – agressão física a superior hierárquico – afasta a possibilidade de qualquer crédito ao empregado, mesmo sob a rubrica de férias vencidas. Tendo o prazo legal decorrido sem a interposição de recurso, apresente a medida processual adequada para a defesa dos interesses do empregado.

Referências

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