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São Paulo vê crise política tirar
força de plano de marketing
O F E R E C I M E N T O
Q U A R TA - F E I R A , 7 D E O U T U B R O D E 2 0 1 5
US$ 600 mil
o COI destinará para a ONG One
Win Leads to Another, projeto da
ONU que terá início no Rio
N Ú M E R O D O D I A
E D I Ç Ã O • 3 5 6
O São Paulo mergulhou numa das maiores crises políticas de sua história neste início de semana. Na segunda-feira, uma acalorada discussão entre o presidente Car-los Miguel Aidar e o vice Ataíde Gil Guerreiro, num hotel, termi-nou em agressão de Ataíde ao principal dirigente do clube.
O episódio tornou-se público na manhã de terça-feira e desenca-deou uma enorme crise no clube, que anunciou no fim da tarde a saída de toda a diretoria tricolor.
A crise respinga sobre o plano de marketing são-paulino. Com a saída da diretoria, o futuro de Douglas Schwartzmann à frente do departamento de marketing é uma incógnita. Ele tinha o apoio de Aidar para tentar implementar o conceito de que o clube usaria a força das mídias sociais e do relacionamento para atrair par-ceiros, reduzindo a exposição de marcas na camisa são-paulina.
A turbulência política, por ora, atravanca a prospecção de novos negócios, segundo apurou a
Má-quina do Esporte. O clube, agora, deve esperar reduzir o efeito ne-gativo da briga política para voltar ao mercado prospectar parceiros.
O problema é o momento em que a briga acontece. A equipe de marketing acreditava que atrairia mais marcas por conta de agora ser a hora de planejamento das ações das empresas em 2016.
A briga política atrapalhou até mesmo ações pontuais que se-riam feitas com torcedores.
Em meio à crise, o clube chegou a lançar no Instagram uma ação envolvendo o ator Henri Castelli.
O post gerou quase 2 mil comen-tários, boa parte deles criticando o momento para lançar a ação.
Com isso, o clube desistirá de fazer qualquer ação para a des-pedida do treinador Juan Carlos Osorio, na manhã de hoje.
Em nota, o presidente Aidar diz que a saída da diretoria servirá para unir o clube estancar a crise política. O dirigente também diz que não falará mais até anunciar a nova diretoria. A reportagem não conseguiu contato com Schwartz-mann para falar sobre o que pode acontecer com o departamento.
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Nissan ativa conceito de patrocínio
olímpico com reality show pela internet
POR REDAÇÃO Em uma brincadeira que surgiu do encontro
entre o humorista Marcelo Marrom com o velo-cista Usain Bolt, a Nissan lançou o reality show online “Desafio Nissan”. Nele, a empresa, que é uma das patrocinadoras da Olimpíada do Rio de Janeiro-2016, irá mostrar a trajetória do brasileiro para correr os 100 m tendo como objetivo supe-rar a expressiva marca de 16 segundos.
Bolt, recordista mundial da distância com 9s58, aparece no primeiro episódio. Para superar o desafio, Marrom terá a ajuda de técnicos, nu-tricionistas, dos 29 atletas paratletas do Time Nissan e de seus dois mentores, a ex-jogadora de basquete Hortência e o nadador Clodoaldo Silva, dono de 13 medalhas nos Jogos Paralímpi-cos e que se prepara para competir no Rio-2016.
O reality show começa a ser exibido nesta quarta-feira no site oficial que centraliza todas as
ações ligadas ao patrocínio da Nissan aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio-2016 (veja aqui).
“Esse programa é um exemplo do conceito de ‘atrevimento’ que é a base de nossas ações ligadas aos Jogos
do Rio-2016. Op-tamos por fazer uma ação diferen-ciada e usamos o humor para falar de esporte e engajar o público brasileiro”, expli-ca Arnaud
Char-pentier, diretor de marketing da Nissan do Brasil. O “Desafio Nissan” terá 14 episódios e irá seguir até abril de 2016, quando a marca fará o patrocínio do revezamento da tocha olímpica.
POR ERICH BETING
diretor da Máquina do Esporte
Tiger Woods deixou de ser
exem-plo de bom comportamento quando
foi revelado as tacadas fora de
casa-mento que ele costumava dar. De
número 1 do mundo e maior
golfis-ta da história, ele só conseguiu
pre-servar a segunda característica.
Dificilmente alguém será capaz de
superar os feitos de Woods no
es-porte, assim como já foi com Pelé e
Michael Jordan. Até por isso, o
ame-ricano ainda é requisitado para estar
em eventos e participar de torneios.
Nesta semana, o golfista deu mais
um exemplo de como o esporte nos
Estados Unidos caminha numa
di-reção muito mais profissional que
em qualquer outra região do globo.
Woods publicou uma nota oficial
em seu site explicando que não
se-ria possível disputar um torneio no
México por conta de uma lesão que
tem no ombro. Mas, mesmo assim,
ele iria viajar para o país por conta
de compromissos assumidos com os
patrocinadores do torneio,
desta-cando que participaria de um café
da manhã promovido pelas marcas.
Logicamente que ele é muito bem
pago para participar desse evento,
mas não precisaria se deslocar até o
México após ter se lesionado.
Mui-tos patrocinadores entendem isso e
não aplicam multas contratuais.
Mas, além do dinheiro, há um
ga-nho de imagem para Tiger Woods
ao tomar essa atitude. Como alguém
que viu a carruagem da Cinderela
se transformar em abóbora da noite
para o dia, ele consegue, aos poucos,
resgatar o prestígio com as marcas.
Woods errou e paga pelo deslize
na vida pessoal. Mas mostra como
faz diferença ele entender a posição
que tem na indústria do esporte.
Tiger Woods mostra a noção
exata do que é ser profissional
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O aumento de interesse do americano pelo futebol levou a um aumento também da Florida Cup, competição de início de ano que ocorre nos Estados Unidos.
A organização do evento con-firmou a entrada de novos times para a edição de 2016 do torneio, que no ano passado contou com Fluminense, Corinthians, Bayer Leverkusen e Colônia (Alemanha).
No ano que vem, a novidade é a entrada de um time local, o Fort Lauderdale Strikers, que tem Ronaldo como um dos sócios, além de mais equipes do Brasil, da Colômbia e até da Ucrânia.
Do Brasil, além dos veteranos Corinthians e Fluminense, farão parte do torneio Atlético-MG e Internacional. O Bayer Leverkusen dessa vez terá a companhia do
Schalke 04. Já a Ucrâ-nia será representada pelo Shakhtar Do-netski, enquanto o Independiente Santa Fé, da Colômbia, completa o rol de equipes já confirma-das até agora.
Com nove clubes
participantes, a tabela do torneio, que será realizado entre 9 e 21 de janeiro, nos EUA, deverá ser divulgada nos próximos dias.
“Ficamos felizes de poder par-ticipar e sermos uma das sedes da competição. Será um grande desafio para nosso clube e uma grande conquista para nossa cidade poder receber marcas globais de nosso esporte e seus torcedores em janeiro. Estarei
presente e apoiando o evento”, festejou o ex-atacante Ronaldo.
A expectativa da organização do evento, que tem parceria com a Bundesliga para levar equipes da Alemanha, é de que o au-mento da competição atraia mais a atenção de patrocinadores e da mídia. Em sua primeira edi-ção, mesmo com apenas quatro clubes, 127 países pagaram pelos direitos de televisionamento.
POR ADALBERTO LEISTER FILHO
Florida Cup incha e abraça time
de Ronaldo e mais brasileiros
O Coritiba fechou com a English Solutions Brazil e incluiu a empresa em seu programa de benefí-cios a sóbenefí-cios-torcedores, que terão 30% de des-conto nos cursos de idiomas. A parceria ampliou a aposta do clube paranaense em educação: das mais de cem empresas ligadas ao projeto Nação Coxa-Branca, 18 são desse segmento.
Desse número, oito são instituições de ensino nacionais e internacionais, seis são escolas de idiomas, duas escolas de música e duas institui-ções de intercâmbio, também focado no apren-dizado de outra língua. Atlético Paranaense e Coritiba são os únicos clubes, entre os grandes
do Brasil, que não estão associados ao Movimen-to por um Futebol Melhor. Apesar disso, os dois times já possuem parcerias com empresas locais para fornecer descontos e projetam lançar um Clube de Vantagens em conjunto, seguindo o mo-delo implementado pela Ambev aos clubes.
Unidos, o objetivo é ampliar o leque de opções para os torcedores. Recentemente, as duas agre-miações fizeram o anúncio em conjunto de novos patrocinadores: 99Taxis e TIM. O novo clube de vantagem já está encaminhado, mas ainda não tem data para ser lançado. Segundo o jornal Ga-zeta do Povo, o Coritiba conta com 22 mil sócios.
Aos poucos os clubes de fu-tebol no Brasil têm entendido a força de suas marcas para pro-mover causas sociais. Neste mês, vários aderiram à campanha do Outubro Rosa, realizando ações para a prevenção ao câncer.
Corinthians, Palmeiras, Interna-cional e Vasco anunciaram ações.
O líder do Brasileiro é quem fez a ação mais extensa. Lançou a marca “Corinthians é Preto e Branco, Outubro é Rosa”. Duran-te todo o mês, o clube promove-rá ações para as torcedoras.
“A campanha, além de traba-lhar a conscientização da corintia-na para que faça os exames pre-ventivos, vai realizar mamografia em cerca de mil mulheres, que ainda terão todo o atendimento pós-exame graças à parceria com o Hospital Santa Marcelina e a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo”, diz Donato Votta, diretor de Cultura e Responsabili-dade Social do Corinthians.
Em parceria com ONGs do setor e patrocínio da Kalunga, entre os dias 26 e 31, o clube fará exames gratuitos na Arena Corinthians, que serão agendados através de um site específico. Caso o número de interes-sadas seja superior
à disponibilidade, haverá sorteio. O clube também planeja pales-tras e vídeos de conscientização nas redes sociais e no telão da Arena Corinthians. Além disso, no jogo contra o Flamengo, no dia 25, haverá uma série de ativida-des relacionadas ao movimento.
Já o Palmeiras promoveu seu “Sábado Rosa” no último fim de semana, com atividades esporti-vas voltadas aos alunos do clube.
No mesmo dia, o Internacional deu às primeiras 3.000 torcedoras
que foram ao Beira-Rio para o jogo contra o Sport e doaram um lenço ou echarpe entrada gratui-ta para áreas vips do estádio. O material doado irá para mulheres em tratamento contra o câncer.
O Vasco, por sua vez, lançou os pins Laço Rosa na loja oficial do clube, em São Januário, por R$ 10. O dinheiro arrecadado com as vendas será destinado à Funda-ção Laço Rosa, ONG voltada para auxiliar mulheres que foram diag-nosticadas com câncer de mama.
POR ADALBERTO LEISTER FILHO
Clubes de futebol abraçam
campanha do Outubro Rosa
Próximo de encerrar a carreira, o goleiro Rogé-rio Ceni lançou uma linha de relógios exclusiva para celebrar seus 25 anos em campo. A coleção celebra os feitos, títulos, conquistas e recordes do maior goleiro-artilheiro da história do futebol, tendo marcado 130 gols pelo São Paulo.
Em conjunto com a marca Technos, serão
lan-çados cinco modelos de relógios, num acordo de licenciamento similar ao que há com clubes.
“Fui procurado no início do ano e me sinto privi-legiado pela careira no São Paulo, há tanto tempo em um clube e pela parceria com uma empresa que tem mais de 40% do mercado”, afirmou Ceni.
A coleção será colocada à venda neste mês.