O
Coritiba lançou a nova marca fornecedora de material esportivo do clu-be, que recebeu o nome de 1909 e ficará no lugar da Adidas na confec-ção dos uniformes da equipe paranaense. Como não precisará dividir os ganhos com uma empresa patrocinadora, a equipe espera conseguir o maior faturamento de sua história com o licenciamento.A expectativa do Coritiba é, no primeiro ano, lucrar R$ 1 milhão com as vendas de camisa. Em comparação, o clube recebeu, pelos dois últimos anos de acordo com a Adidas, R$ 200 mil. O valor esperado agora é o dobro do recorde de ganho da equipe com o segmento. O antigo pico aconteceu em 2011, com a Lotto, e em 2012, com a Nike, com um montante que ficou por volta e R$ 500 mil. Em ambas
O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O
DO
POR REDAÇÃO
Por R$ 1 mi, Coritiba
lança marca própria
1
N Ú M E R O D O D I A
de dólares já recebeu Neymar pelo contrato com a Gillette, assinado em 2015, para ser embaixador global da marca
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mi
as temporadas, o time chegou à final da Copa do Brasil.
A marca é própria, mas cada etapa do projeto foi dividida por empresas contra-tadas. A principal, a confecção, ficou por conta da Bomache. O Coritiba também contratou companhias para ceder o tecido e para fazer o desenho, além de uma agência para promover a nova vestimenta aos torcedores.
A Bomache será também a responsável por distribuir as camisas no varejo nacio-nal; a companhia faz trabalhos semelhantes com Paysandu, Santa Cruz e Fortaleza. A entrega de material da empresa será outro diferencial: serão 20 mil uniformes, o dobro do que era fornecido pela Adidas durante as últimas temporadas.
Outra vantagem apontada pelo Coritiba é a possibilidade de fazer pedidos es-pecíficos sem a necessidade de passar pela burocracia de uma grande companhia. “Além de termos toda a gerência no desenvolvimento dos produtos, das peças de material esportivo, das camisas de jogo, a nossa expectativa é atender algumas demandas da torcida”, celebrou o vice-presidente do clube, Anibal Mesquita.
Essas mudanças passam pelas listras nas costas da camisa, por exemplo, além da confecção de uniformes com manga longa. Com o clima frio da capital paranaen-se, esse era um pedido de parte dos torcedores. Com o controle sobre a produ-ção, a entrega desse tipo de detalhe ficará mais simplificada.
O uniforme ainda não foi apresentado oficialmente. A estreia da camisa, no en-tanto, será nas próximas semanas. Na partida contra o Sampaio Correa, que mar-cará o início do segundo turno da Série B do Campeonato Brasileiro, a equipe estará em campo com a nova vestimenta.
C L U B E A C E R TA
C O M M A R C A D E
C E R V E J A
F L A M E N G O U S A V I T I N H O
PA R A AT I VA R S Ó C I O
O Flamengo acertou um patrocínio
para o time de futebol americano do
clube. Chamado de “Flamengo
Im-peradores”, a equipe terá o aporte da
cervejaria Brassaria Ampolis.
A marca, que pertence ao filho do
humorista Mussum, Sandro Gomes,
ficará exposta no uniforme do time na
área dos ombros e nas costas.
A empresa justificou a escolha pelo
futebol americano porque o perfil da
companhia busca “parcerias originais”.
Além disso, a Brassaria Ampolis
aposta no crescimento da modalidade
no país. Clubes como Corinthians,
Botafogo e Palmeiras também mantêm
esquipes no futebol americano.
O Flamengo usou a contratação do atacante Vitinho
para ativar o programa de sócio-torcedor do clube.
Uma série de iniciativas foi feita com exclusividade a
sócios-torcedores envolvendo o jogador. A primeira delas
foi o anúncio da contratação, feito em primeira mão aos
mais de 100 mil cadastrados no programa rubro-negro.
No domingo, Vitinho viu o jogo contra o Sport do
camarote reservado a sócios. Na apresentação oficial, três
torcedores acompanharam a entrevista coletiva.
O P I N I Ã O
Coritiba servirá para
avaliação no esporte
O
caso do Coritiba, com uma marca própria para fornecedora de
ma-terial esportivo, não é inédito no futebol, mas talvez seja a primeira
iniciativa mais bem estruturada de um time de Série A (ainda que
es-teja momentaneamente na B) dentro do eixo centro-sul do Brasil. Por isso mesmo, a
experiência paranaense servirá de termômetro para o mercado do futebol.
Caso a equipe seja bem-sucedida, a tendência é que outras equipes sigam o
mes-mo caminho. Vale a ressalta que não há precedente de algo do tipo no futebol de
ponta, mas talvez seja uma necessidade no mercado brasileiro.
O problema é que fornecimento de material esportivo é algo totalmente
desequi-librado. Muito se fala na televisão, pela alta diferença de valores, mas
proporcional-mente são os patrocínios de camisa que mais carregam distâncias no futebol do país.
Segundo o Coritiba, os ganhos com
a Adidas eram de R$ 100 mil por
tempo-rada. Isso significa que o Flamengo ganha
mais de 30 vezes que a equipe do Paraná
recebia da empresa alemã pela mesma
pro-priedade. Nem patrocínio, nem televisão e
nem bilheteria têm diferenças tão grandes
entre as equipes brasileiras.
O modo de pensar a parceria é muito
diferente. Em uma equipe média ou
pe-quena, as fornecedoras de material
espor-tivo fazem conta de padaria. É meramente
um produto de licenciamento. Nas grandes equipes, o acordo vale como um
patrocí-nio mais convencional. Adidas, Nike e Puma não vão, necessariamente, recuperar o
investimento financeiro feito em Flamengo, Corinthians e Palmeiras de forma direta.
Mas estar com os três é uma questão de posicionamento das maiores marcas.
Ter uma marca própria passa a ser o caminho para, pelo menos, ter mais direitos
a royalties de venda. Só que isso não é simples. Fabricar camisetas está longe do
know--how de qualquer clube de futebol. É necessária uma estrutura muito profissional,
com parceiros muito específicos, para a experiência ser minimamente positiva. E o
pior: distribuição de produtos no varejo é algo que exige companhias fortes por trás.
Caso contrário, a expectativa de lucrar com as vendas vai por água abaixo com as
su-cessivas rupturas nos principais pontos de venda do mercado nacional.
São esses empecilhos que fazem da experiência do Coritiba algo arriscado e sem
um grande espelho, seja no Brasil ou no mercado europeu. Mas caso o time
final-mente consiga fazer dar certo, esse deverá ser um caminho a ser seguido por outros.
Proporcionalmente, os fornecedores
de camisa formam os contratos com
maior discrepância no futebol
POR DUDA LOPES
Clubes da América
têm valorização
de 21%, diz Forbes
A Nestlé, por meio da marca
Nescau, ampliou a relação com a
NBA. Em ação inédita no país, a
marca lançará copos personalizados
da liga de basquete dos EUA.
São sete modelos diferentes, que
serão distribuídos a quem comprar
R$ 20 em produtos Nescau. A
ini-ciativa é mais uma da marca com a
liga americana.
Em abril, foi lançada a
pro-moção “Partiu NBA”, em que dez
consumidores ganharam uma
via-gem com acompanhante para ver
um jogo da próxima temporada da
NBA em Orlando.
Além disso, a empresa trouxe
para a sua sede o troféu da NBA,
que ficou exposto aos funcionários.
N O S E S TA D O S
U N I D O S , N E S C A U
C R I A C O P O S
C O M A N B A
O Cruzeiro tem promovido uma
“invasão do bem” no Mineirão.
As-sim tem sido chamada a ação que
tem levado cachorros para adoção no
gramado do estádio. A campanha tem
sido realizada em parceria do clube
com a administração da arena, além
da ONG Cãoviver e da Popcorn.
A ação faz parte do esforço do
Mineirão em se mostrar amigável aos
cachorros. O estádio já chegou a criar
um espaço nas arquibancadas para
torcedores levarem seus cães em jogos.
C R U Z E I R O
A P O S TA E M
A Ç Ã O PA R A
A D O Ç Ã O D E
C Ã O E M A R E N A
POR REDAÇÃOOs 50 clubes mais valiosos da América estão avaliados em US$ 7,3 bilhões de dólares, quase R$ 30 bilhões. O número representa um aumento de 21% em relação ao último ano, segundo a revista Forbes; a publicação dos Estados Unidos faz o levantamento anualmente.
Pelo sexto ano seguido, o líder da lista é o Corinthians, ava-liado em US$ 462 milhões. Logo abaixo, está o maior rival, o Palmeiras, com US$ 424 milhões. Os times se valorizaram nos últimos anos graças a construção de suas arenas; soma-das, elas passam de R$ 2 bilhões em construção. O valor de direitos de televisão e patrocínios também têm sido um fator relevante para a valorização de marca dos times.
Arenas costumam valorizar os clubes dentro da pesquisa da Forbes. O terceiro colocado, por exemplo, é um abso-luto novato: Los Angeles FC. O time que estreou na MLS, a liga de futebol dos Estados Unidos, construiu um novo está-dio, que conta com o naming rights do Youtube. A marca do Google também faz aporte à equipe.
Outros times com estádios de destaque também foram co-locados entre os primeiros da lista. É o caso do Grêmio, além do Chivas do México e do New York Red Bull, dos Estados Unidos. O Flamengo ficou em apenas 14º na lista.
Os brasileiros permanecem como maioria no levantamento da Forbes, seguidos dos times americanos e mexicanos. A lista da revista considera três fatores: valor do elenco de jo-gadores, valor da marca do clube e custo do estádio.
POR ERICH BETING
O Vasco da Gama estará a partir do próximo domingo com um novo patroci-nador na camisa. O clube acertou um contrato de patrocínio com o Zoom, site e aplicativo comparador de preços e produtos. Em acordo válido até o final do ano, a mara ficará na parte das costas do uniforme vascaíno já na partida contra o São Paulo, pela 17ª rodada do Brasileirão Assaí, que será transmitida pela Globo.
“O patrocínio do Zoom é mais um passo na firme reaproximação do Vasco com o mercado publicitário. É uma marca jovem, digital, com um modelo de negócio moderno e medidas de performances absolutamente contemporâneas, exatamen-te na medida do que o Vasco precisa para mostrar o novo momento que vive”, afirmou em nota Bruno Maia, vice-presidente de marketing do Vasco.
Segundo o dirigente, a proposta é utilizar a parceria também para o meio digital. “As plataformas digitais são uma prioridade de comunicação para nós e tê-los conosco vai ajudar muito nisso. O Vasco fará um trabalho muito forte para que eles atinjam os objetivos que nos mostraram e desejamos que seja o nascimento de uma longa parceria. Temos confiança que a torcida vai abraçar o Zoom”, afirmou.
O primeiro resultado digital já foi celebrado. O anúncio do patrocínio colocou a expressão #zoomnovasco entre o assunto mais comentado do Twitter no Brasil.
“Nosso público, é apaixonado por futebol e encontramos muita sinergia nessa parceria. Outro ponto importante é o alto impacto em termos de visibilidade de marca que essa ação proporciona, já que o Brasileirão apresentou a maior audiên-cia em 11 anos em 2017”, disse Thiago Flores, diretor executivo do Zoom.
Vasco fecha patrocínio
com aplicativo
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