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PERFIL DE ESPECIALIDADES MÉDICAS DOS PACIENTES ENCAMINHADOS AO SERVIÇO DE FISIOTERAPIA DO HOSPITAL GERAL DE GOIÂNIA

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Academic year: 2021

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PERFIL DE ESPECIALIDADES MÉDICAS DOS PACIENTES

ENCAMINHADOS AO SERVIÇO DE FISIOTERAPIA DO HOSPITAL

GERAL DE GOIÂNIA

PROFILE OF MEDICAL SPECIALTIES OF PATIENTS SUBMITTED TO THE SERVICE OF PHYSICAL THERAPY HOSPITAL GENERAL GOIÂNIA

SOUSA, Kemil Rocha1

VIANA FILHO, Alcidinei2 VERONEZI, Rafaela Júlia Batista3

1. Fisioterapeuta; Especialista em Traumato-Ortopedia e Reumatologia. Especialista em Terapia Intensiva. Docente PUC-GO. Sub- Coordenação COREMU da ESAP/ SEST-SUS. Contato: kemil@pucgoias.edu.br

2. Fisioterapeuta; Especialista em Fisioterapia Hospitalar com Ênfase em UTI.

3. Fisioterapeuta; Doutora em Ciências Biomédicas. Coordenadora de Pós- Graduação da ESAP/ SEST-SUS.

Resumo:

Objetivo: Descrever o perfil de especialidades médicas dos pacientes

encaminhados ao serviço de fisioterapia do Hospital Geral de Goiânia. Métodos: Este é um estudo epidemiológico descritivo, transversal de abordagem exploratória e não experimental. A coleta de dados foi realizada por meio da verificação das listas diárias da Seção de Fisioterapia do HGG do período de Setembro de 2013 a Fevereiro de 2014. Comparou-se esta lista com a lista de Regulação dos Leitos por Especialidades do hospital para definição das especialidades médicas a qual pertenciam os pacientes. Resultados: De acordo om a lista de atendimentos do setor de fisioterapia do HGG constatou-se que foram atendidos 235 pacientes no período, sendo 107 do sexo feminino (45%) e 128 (55%) do sexo masculino. As especialidades médicas que mais solicitaram a interconsulta da fisioterapia foram Neurologia, Pneumologia, Cardiologia e Cirurgia Geral que, juntas, somaram mais de 30% das solicitações. O total de atendimentos realizados chegou a 4.000.

Conclusão: Observou-se, no presente estudo, que a solicitação de serviços de

fisioterapia no Hospital Geral de Goiânia varia de acordo com a especialidade clínica solicitante, com destaque para as áreas de Neurologia, Pneumologia, Cardiologia e Cirurgia Geral. Além disso, pode-se perceber que o número de atendimentos no setor de fisioterapia é bastante expressivo, o que sugere uma visão interdisciplinar da equipe de saúde do local, sendo os maiores beneficiados os pacientes atendidos nesta unidade hospitalar.

Palavras-chave: fisioterapia; prevalência; epidemiologia. Abstract:

Objective: to describe the profile of medical specialties of patients referred to the

physiotherapy service of General Hospital of Goiania. Methods: This is a descriptive epidemiological study, exploratory approach and cross non-experimental. The data were collected by means of verification of daily physiotherapy section lists the HGG September 2013 period to February 2014. Compared this list with the list of regulation of Beds by hospital Specialties for definition of medical specialities which were patients. Results: in accordance with the list of attendances in the sector of physiotherapy of HGG was found that patients were assisted in the period, 235 being

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107 females (45%) and 128 (55%) male. The medical specialties that requested the consultation liaison were physiotherapy, Neurology, Pulmonology, cardiology, and general surgery which together totaled more than 30% of the requests. The total attendances carried out reached 4,000. Conclusion: it has been observed in the present study, the request of physiotherapy services in General Hospital of Goiania varies according to specialty clinic requestor, with emphasis on the areas of Neurology, Pulmonology, cardiology, and general surgery. In addition, one can realize that the number of attendances in the sector of physiotherapy is expressive enough, which suggests an interdisciplinary health team vision of the place, being the biggest benefit the patients in this hospital unit.

Keywords: physical therapy; prevalence; epidemiology. INTRODUÇÃO

Com a evolução da epidemiologia, como era de se esperar em uma disciplina que com o passar do tempo tornou-se muito abrangente, a mesma necessitou apresentar subdivisões, sendo uma delas o estudo dos serviços de saúde1.

A apresentação de um estudo desta natureza contribui significativamente para o despertar da realidade de atendimento e prestação de serviços de saúde, principalmente quando se trata de uma unidade que assiste pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Dentro deste contexto, o presente estudo ocupa-se justamente em estudar um serviço de saúde do SUS, buscando verificar o perfil diagnóstico dos pacientes de enfermarias encaminhados à Seção de Fisioterapia do Hospital Geral de Goiânia (HGG), com vistas a identificar as especialidades do hospital que mais encaminham pacientes a este setor, e assim, demandar com mais propriedade as ações necessárias a tornar o serviço mais eficiente.

O Hospital Alberto Rassi ou Hospital Geral de Goiânia (HGG) é uma unidade pública de saúde terciária com especialidade de média e alta complexidade, atuando também em nível ambulatorial e como Hospital de Ensino. Atualmente é gerido pela Organização Social Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano- IDTECH, mediante Contrato de Gestão estabelecido com a Secretaria de Estado de Saúde do Estado de Goiás (SES/GO).

Iniciou suas atividades na década de 1960 e oferece atualmente 204 leitos hospitalares em Clínica Médica e Cirúrgica, 40 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), possuindo 26 especialidades médicas, 9 programas especiais de atendimento, 61 vagas de residência médica, 20 vagas de residência multidisciplinar,

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equipe multidisciplinar com fisioterapia, enfermagem, nutrição, fonoaudiologia, cirurgia bucomaxilofacial e psicologia. Tem em seu quadro 1.064 trabalhadores2.

A Seção de Fisioterapia do HGG conta com 15 fisioterapeutas e mais uma executora administrativa. Destes fisioterapeutas, 9 são lotados na UTI, enquanto os demais oferecem atenção fisioterapêutica nas Clínicas Médica e Cirúrgica, ambulatórios de Fisioterapia Ortopédica, Bucomaxilofacial, Bronquiectasia e Reabilitação Pulmonar.

A Seção de Fisioterapia foi responsável, no ano de 2013, segundo dados da Estatística Anual da Seção, por 17.965 atendimentos, sendo 8.433 na UTI, 2.001 na Clínica Cirúrgica, 3.975 na Clínica Médica, 906 de Ginástica Laboral e 2.650 nos ambulatórios.

Por tudo isso, buscou-se com esta pesquisa, verificar qualitativamente e quantitativamente as especialidades médicas que encaminham os pacientes para atendimento pela fisioterapia nas enfermarias, para assim nortear a capacitação técnica do corpo de fisioterapeutas do hospital.

METODOLOGIA

Este é um estudo epidemiológico descritivo, transversal, de abordagem exploratória e não experimental.

A coleta de dados foi realizada por meio da verificação das listas diárias da Seção de Fisioterapia do HGG do período de Setembro de 2013 a Fevereiro de 2014. Comparou-se esta lista com a lista de Regulação dos Leitos por Especialidades do hospital para definição das especialidades médicas a qual pertenciam os pacientes.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com a análise dos dados obtidos, pode-se constatar que a Seção de Fisioterapia do HGG realizou um total de 4.000 atendimentos, no período de setembro de 2013 a fevereiro de 2014. Estes atendimentos foram prestados a 235 pacientes, sendo 107 do sexo feminino (45%) e 128 (55%) do sexo masculino.

A distribuição do número de pacientes da amostra por especialidade encontra-se ilustrada na Tabela 1, onde evidencia-se que a especialidade que mais

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solicitou parecer à Seção de fisioterapia do HGG no período analisado foi a Neurologia (12,76%), seguido da Pneumologia (10,21%), Cardiologia (8,51%) e Cirurgia Geral (7,23%).

Tabela 1. Número de pacientes atendidos pela equipe de fisioterapia, de acordo com a especialidade médica de internação dos paciente

ESPECIALIDADE NÚMERO DE PACIENTES

NEUROLOGIA 30 PNEUMOLOGIA 24 CARDIOLOGIA 20 CIRURGIA GERAL 17 DIÁLISE 15 CLÍNICA MÉDICA 13 ENDÓCRINOLOGIA 13 UROLOGIA 12 REUMATOLOGIA 10 GASTROLOGIA 9 ISOLAMENTO 9 ORTOPEDIA 9 VASCULAR 9 BUCOMAXILOFACIAL 8 CIRURGIA PLÁSTICA 8 RT/ BAR 8 BARIÁTRICA 7 INTERCORRÊNCIA 4 PROCTOLOGIA 3 REPOUSO 2 CABEÇA/ PESCOÇO 2 CIRURGIA TORÁCICA 1 OTORRINOLARINGOLOGIA 1 PLASC/ BARI 1

TOTAL DE PACIENTES ATENDIDOS NO PERÍODO 235

Jorge et al3 verificaram um maior número de solicitações de interconsultas nas especialidades de otorrinolaringologia, seguido de cuidados paliativos, neurologia e nefrologia.

Os dados dispares encontrados podem demonstrar as peculiaridades de cada hospital ou ainda estarem ligados ao fato que no referido estudo as solicitações de interconsulta são direcionadas à fisiatria e no presente estudo este encaminhamento é feito à fisioterapia. No entanto, a similaridade quanto à especialidade de neurologia pode estar demonstrando o quanto é importante os cuidados físicos e a reabilitação no paciente neurológico.

Em outro estudo, desenvolvido por Taquary et al4, em que se verificou o perfil clínico de crianças atendidas em uma emergência de hospital público em Goiânia,

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os distúrbios neurológicos também aparecem como de grande prevalência, estando em terceiro lugar nas hipóteses diagnósticas.

Gráfico 1: Origem das solicitações de interconsulta para fisioterapia.

O número de atendimentos fisioterápicos aponta para uma questão relevante quanto a assistência hospitalar dentro do SUS: a consolidação da inserção do profissional de fisioterapia dentro da equipe multidisciplinar. Dentro desta abordagem, Abreu et al5 cita que a fisioterapia respiratória pode atuar na prevenção e no tratamento das doenças respiratórias, utilizando-se de diversas técnicas e procedimentos terapêuticos em nível ambulatorial, hospitalar ou de terapia intensiva, objetivando estabelecer ou restabelecer um padrão respiratório funcional no intuito

C IR UR G IA T O R Á C IC A O TO R R INO LAR . P LAS C / B A R I INT ER C O R R ÊN C IA C A B EÇ A / P ES C O Ç O RE P OUS O P R O C TO LO G IA O R TO P ED IA B A R IÁ TR IC A B UC O M A X ILO FA C IA L C IR UR G IA P LÁS TIC A R T/ B A R IS O LAM EN TO VA SC ULAR G A ST R O LO G IA R EUM A TO LO G IA D IÁ LIS E C LÍN IC A M ÉD IC A EN D Ó C R INO LO G IA C A R D IO LO G IA UR O LO G IA C IR UR G IA G ER A L P N EUM O LO G IA N EUR O LO G IA 0 100 200 300 400 500 600 700 2 8 12 16 32 40 50 66 89 117 128 130 159 177 194 196 207 226 227 239 276 331 399 679 0,0005 0,002 0,003 0,004 0,008 0,01 0,0125 0,0165 0,02225 0,0292 0,032 0,0325 0,0397 0,0442 0,0485 0,049 0,0517 0,0565 0,0567 0,0597 0,069 0,0827 0,0997 0,1697

Origem Solicitação Interconsulta

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de reduzir os gastos energéticos durante a ventilação, capacitando a pessoa para realizar as mais diferentes atividades de vida diária sem gerar grandes transtornos e repercussões negativas em seu organismo.

Florentino et al6 explicita que os fisioterapeutas buscam a construção e manutenção da independência funcional do paciente, por meio da preservação da vida buscando alívio de dor e dos sintomas psicofísicos, atua nas complicações osteomioarticulares, na reabilitação das complicações linfáticas, cardiopulmonar, na fadiga, em alterações neurofuncionais e úlceras de pressão.

Portanto, estes benefícios tornam-se ainda mais evidentes quando se trata de assistência a pacientes de um hospital geral, onde a permanência destes na internação tende a ser maior devido às múltiplas patologias e incapacidades apresentadas pelos usuários.

Ao observar-se os dados comparativamente a outras pesquisas de mesma natureza, chama a atenção o número de atendimentos fisioterápicos dispensados no período da pesquisa (6 meses). No estudo de Jorge et al3, por exemplo, que analisou os pacientes encaminhados à Medicina Física de um Hospital Geral da cidade de São Paulo por período de um ano, os dados mostraram que foram atendidos um total de 174 pedidos de interconsultas. Assim, pode-se concluir que em um período de tempo 50% menor do que no estudo de Jorge et al3, o presente trabalho mostrou que um número de pacientes assistidos pela equipe de fisioterapia foi 35% maior. Este fato pode ser explicado, talvez, pelo diferencial do perfil entre os hospitais, como já citado anteriormente. Porém, o que não se pode negar é que este número expressivo de atendimentos retrata uma equipe de saúde comprometida com a assistência interdisciplinar ao enfermo do SUS.

Neste estudo verificamos ao relacionarmos o número total de atendimentos com o número de pacientes atendidos, encontramos uma média total de aproximadamente 17 atendimentos por paciente. Levando-se em consideração que em geral os pacientes recebem um atendimento por dia, sugere-se com o resultado verificado, que o tempo médio de internação é de cerca de 17 dias.

Relativo a especialidades, as médias encontradas estão apresentadas no gráfico 2.

Verificando-se as médias de atendimento por especialidades observamos que aquelas com maior número de pacientes também apresentam as maiores médias,

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levando a crer que nessas especialidades os pacientes ficam internados por maior tempo.

Gráfico 2: Média de atendimentos por especialidades.

CONCLUSÃO

A fisioterapia, dentro de uma equipe multidisciplinar, tem papel importante na assistência ao paciente internado em hospital geral, uma vez que atua não apenas no tratamento de incapacidades, mas também na prevenção de complicações decorrentes da internação.

No HGG, um dos principais hospitais terciários de atendimento aos usuários do SUS do estado de Goiás, esta equipe é bastante solicitada, principalmente pelas especialidades de Neurologia, Pneumologia, Cardiologia e Cirurgia Geral.

O número de atendimentos fisioterápicos realizados mostrou-se bastante significativo durante o período analisado, o que sugere que a equipe de fisioterapia do HGG está intimamente inserida na reabilitação dos pacientes do SUS.

Os dados encontrados têm relevância para a gestão local pois, através deles é possível, inclusive, propor investimentos em treinamento e contratação de fisioterapeutas de acordo com o perfil deste profissional por especialidade.

0 5 10 15 20 25 30 35 32 23 22 20 19 19 19 17 17 17 16 16 16 16 16 14 13 12 11 8 7 4 2

Média de atendimentos por especialidades

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REFERÊNCIAS

1. Pereira MG. Epidemiologia: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995.

2. Goiás. Secretaria Estadual de Saúde. Relatório Anual 2012/2013. Hospital Geral de Goiânia. Goiânia Goiás.

3. Jorge LL, et al. O paciente internado em um hospital geral encaminhado à Medicina Física: Perfil epidemiológico e nível funcional. Acta Fisiátrica. 2006;13(3):124-29.

4. Sass T, et al. Perfil clínico e atuação fisioterapêutica em pacientes atendidos na emergência pediátrica de um hospital público de Goiás. Fisioterapia e Pesquisa. 2013;20(3):262-67.

5. Abreu LC, et al. Uma visão da prática da fisioterapia respiratória: ausência de evidência não evidência de ausência. Arq Med ABC; 2007;32(Supl.2):76-8.

6. Florentino DM et al. A Fisioterapia no Alívio da Dor: uma visão reabilitadora em cuidados paliativos. Revista do Hospital Universitário Pedro Ernesto, UERJ. 2012;11.

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