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Eficácia de Beauveria bassiana,imidacloprid e thiacloprid no controle de Bemisia tabaci e na incidência do BGMV

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M a n e j o I n t e g r a d o d e P l a g a s ( C o s t a R i c a ) N o . 61 p . 3 1 - 3 6 , 2 0 0 1

Efic‡cia de Beauveria bassiana, imidacloprid e thiacloprid

no controle de Bemisia tabaci e na incid•ncia do BGMV

SŽrgio B. Alves1 C.A.Silveira2 RogŽrio B. Lopes1 Marco Antonio Tamai1 Elizabeth Q. Ramos1 SŽrgio de Salvo2

RESUMEN. Se evalu— la eficiencia de Beauveria bassiana (cepa PL63) asociada o no con los insecticidas Calypso 480SC (thiacloprid), Gaucho 700 PM y Provado 200 SC (imidacloprid), para el control de B e m i s i a tabaci (biotipo B) y la incidencia del Virus del mosaico dorado del frijol (BGMV) en condiciones de inverna-dero y de campo. En el experimento de invernainverna-dero, las aplicaciones de B. bassiana, Calypso, y el hongo aso-ciado con este insecticida sintŽtico causaron mortalidades entre 57 a 87%.Bajo condiciones de campo, los tra-tamientos redujeron de 71 a 85% la incidencia de la enfermedad viral en las plantas, con respecto a las ‡reas no tratadas. El tratamiento Gaucho + Provado mostr— el promedio m‡s bajo, con 4 ninfas/hoja, mientras que en las ‡reas no tratadas la infestaci—n fue de 54 ninfas/hoja.Cuando se aplicaron individualmente los insectici-das Calypso y Gaucho y B. bassiana no difirieron estad’sticamente (P<0,05) en la reducci—n de las poblaciones de las ninfas (66-87%) y el porcentaje de plantas con el BGMV (71-77%). El uso de B. bassiana asociado con insecticidas es una estrategia importante para la prevenci—n del desarrollo de la resistencia de la poblaci—n de B. bassiana a estos insecticidas.

Palabras clave: Frijol, Bemisia tabaci, Beauveria bassiana, Control biol—gico, BGMV.

ABSTRACT. Efficacy of Beauveria bassiana, imidacloprid and thiacloprid for the control of Bemisia tabaci and the incidence of BGMV. The efficacy of B. bassiana (strain PL63), associated or not with the insecticides Calypso 480SC (thiacloprid), Gaucho 700PM and Provado 200SC (imidacloprid), for control of B. tabaci (B biotype) and the incidence of the Bean gold mosaic virus (BGMV) was evaluated under greenhouse and field conditions. In the greenhouse experiment,applications of B. bassiana, Calypso, and the fungus associated with this chemical insecticide caused mortality between 57 and 87%.Under field conditions, the treatments reduced the incidence of viral disease on plants by 71 to 85%, when compared to untreated areas. The treatment Gaucho + Provado showed the lowest average, with 4 nymphs per leaf, while in untreated areas the infestation was 54 nymphs per leaf. When applied separately, the insecticides Calypso and Gaucho, and the fungus B. bassiana, did not differ statistically (P<0.05) in the reduction of nymph populations (66 to 87%) or in the per-centage of plants with BGMV (71 to 77%). The use of B. bassiana associated with insecticides is an important strategy for the prevention of resistance development by the B. tabaci pest population to these insecticides. Key words: Bean, Bemisia tabaci, Beauveria bassiana, Biological control, BGMV.

1Escola Superior de Agricultura ÒLuiz de QueirozÓ. D e p t o. de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agr’cola (ESALQ/USP).Piracicaba-SP, B r a s i l.

sebalves@carpa.ciagri.usp.br

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Introdu•‹o

O v’rus do mosaico dourado do feijoeiro (Bean golden

mosaic virus, BGMV) Ž considerado o agente causal

da mais importante doen•a do feijoeiro (Phaseolus

v u l g a r i s L . ) , ocorrendo nas principais regi›es

produtoras da cultura no Brasil (Yokoyama 1995). A redu•‹o na produ•‹o ocorre em conseqŸ•ncia da diminui•‹o do nœmero de vagens por planta, nœmero de gr‹os por vagem e peso espec’fico de gr‹os (Almeida et al. 1984).A alta incid•ncia da virose nessa c u l t u r a , pode causar redu•‹o superior a 80% na produ•‹o (Bianchini et al. 1981, 1989).

A dissemina•‹o dessa doen•a Ž feita exclusivamente pelo inseto vetor, representado por espŽcies de mosca branca, principalmente, Bemisia

tabaci (bi—tipo B) (Bellows et al. 1994).Atualmente,a

import‰ncia deste inseto vem aumentando, e m decorr•ncia da alta capacidade reprodutiva,facilidade de dispers‹o, grande nœmero de hospedeiros alternativos e desenvolvimento de linhagens resistentes a inseticidas.

A integra•‹o de diversas t‡ticas de controle pode ser efetiva na redu•‹o da infesta•‹o de B.t a b a c i.A s s i m , a utiliza•‹o de fungos entomopatog•nicos associados ou n‹o a inseticidas qu’micos seletivos,representa uma alternativa importante para o manejo integrado de mosca branca em diferentes culturas (Alves et al. 1 9 9 7 ) . Diversas espŽcies de fungos s‹o capazes de provocar doen•a e morte em popula•›es de mosca branca. Dentre as espŽcies mais promissoras, d e s t a c a m - s e

Beauveria bassiana ( B a l s.) Vu i l l . , com algumas

formula•›es comerciais no mercado europeu e norte a m e r i c a n o, e algumas espŽcies de Pa e c i l o m y c e s (Osborne et al. 1 9 9 0 , De Barro 1995, Poprawski & Lacey 1995,Alves & Pereira 1998).

O presente trabalho tem como objetivo avaliar a efici•ncia do fungo B. bassiana, associado ou n‹o aos inseticidas Calypso 480SC (thiacloprid), G a u c h o 700PM e Provado 200SC (imidacloprid), no controle de B. tabaci (bi—tipo B) e na incid•ncia do BGMV em condi•›es em casa-de-vegeta•‹o e de campo.

Material e mŽtodos

Os con’dios do fungo B. b a s s i a n a (isolado PL63), c o m viabilidade acima de 98%,utilizados nos experimentos de casa-de-vegeta•‹o e campo foram produzidos no Laborat—rio de Patologia e Controle Microbiano de Insetos (ESALQ/USP), em bandejas pl‡sticas sobre

Teste de compatibilidade em laborat—rio

O efeito t—xico dos produtos Calypso 480SC e Provado 200SC sobre B. bassiana foi determinado in

vitro, atravŽs da adi•‹o dos produtos qu’micos ao

meio de cultura BDA (batata-dextrose-‡gar) fundido, nas concentra•‹o de 50, 100, 150 e 200 ml/ha de Calypso e 800 ml/ha de Provado, correspondentes as concentra•›es utilizadas no campo. Ap—s a solidifica•‹o do meio de cultura em placas de Petri,foi feita a inocula•‹o do fungo, utilizando-se uma al•a de platina, em tr•s pontos por placa, eqŸidistantes entre s i , visando-se evitar o contato entre as col™nias durante o crescimento. As placas permaneceram em c‰mara climatizada (26 ± 1oC, 70 ± 10 % de UR e

fotofase de 12 h) por um per’odo de 7 dias. Cada tratamento consistiu de 3 placas, sendo selecionadas seis col™nias.

O efeito t—xico dos inseticidas sobre B. bassiana foi determinado medindo-se o crescimento vegetativo e a reprodu•‹o de seis col™nias. O crescimento vegetativo foi determinado pela medi•‹o dos di‰metros mŽdios das col™nias em dois sentidos o r t o g o n a i s. Para a avalia•‹o da reprodu•‹o, a s col™nias foram recortadas, juntamente com o meio de cultura, transferidas para tubos de vidro com ‡gua destilada estŽril mais espalhante adesivo (Tween 40¨

-0,2 ml/L),procedendo-se o pincelamento da superf’cie para a retirada dos con’dios, e posterior quantifica•‹o em c‰mara de Neubauer. Os valores mŽdios da porcentagem de esporula•‹o e crescimento vegetativo das col™nias de B. b a s s i a n a, comparados com a t e s t e m u n h a , foram aplicados a um modelo de classifica•‹o de produtos fitossanit‡rios quanto ˆ toxicidade para fungos entomopatog•nicos desenvolvido por Alves et al. (1998).

Bioensaio em casa-de-vegeta•‹o

Nesta fase, os testes foram conduzidos no Setor de Entomologia da ESALQ/USP, em Piracicaba-SP, no per’odo de 20 de agosto a 24 de outubro de 1998.

Os insetos foram multiplicados em condi•›es de l a b o r a t — r i o, sobre plantas de feij‹o, P. v u l g a r i s variedade ÒcarioquinhaÓ, constituindo-se assim sua col™nia estoque. As plantas foram produzidas em vasos pl‡sticos tendo como substrato uma mistura de terra e areia, na propor•‹o de 1:1. Em cada vaso, foram semeadas sete sementes, sendo os vasos mantidos em casa-de-vegeta•‹o por 20 dias. Nessa

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utilizadas para a manuten•‹o da col™nia estoque e bioensaios com o inseto.

Po s t e r i o r m e n t e, os vasos pl‡sticos permaneceram durante 24 h expostos a alta popula•‹o de adultos de

B. t a b a c i bi—tipo Ò B Ó , na col™nia estoque, para postura

nas folhas. Ap—s este per’odo, os vasos foram transferidos para casa-de-vegeta•‹o (27 ± 5¡C e 80 ± 10% de UR), para eclos‹o e desenvolvimento nas n i n f a s.As plantas foram ent‹o pulverizadas uma œnica vez com suspens›es dos tratamentos, com o aux’lio de um micropulverizador manual PulverJet P500, 10 dias ap—s a infesta•‹o. Neste momento, os insetos se encontravam no est‡dio de ninfa de terceiro ’nstar.

As suspens›es foram preparadas misturando-se os con’dios do fungo em ‡gua destilada com espalhante adesivo (Tween 40¨ Ð 0,2 ml/L), minutos antes da

a p l i c a • ‹ o. Os tratamentos utilizados foram: a-d) B.

b a s s i a n a (200 g de con’dios/ha ou 3x101 3c o n ’ d i o s / h a )

associado ao inseticida Calypso 480SC nas dosagens de 2 0 0 , 1 5 0 , 100 e 50 ml/ha; e) B. b a s s i a n a (200 g de con’dios/ha ou 3x101 3 c o n ’ d i o s / h a ) ; f) Calypso (200

m l / h a ) . A testemunha recebeu apenas ‡gua destilada com espalhante adesivo. Cada tratamento consistiu de seis vasos, sendo cada vaso uma repeti•‹o. Fo r a m utilizados 10 ml de suspens‹o por vaso, volume que proporcionou boa cobertura das plantas sem perdas por escorrimento.A concentra•‹o utilizada de con’dios de B. b a s s i a n a c o r r e s p o n d e u , a p r o x i m a d a m e n t e, a 30 kg/ha do produto Boveril PM¨(Itaforte Industrial de

BioProdutos Agro-Florestais Ltda).

Foi feita uma œnica avalia•‹o, ap—s 7 dias da p u l v e r i z a • ‹ o, determinando-se o nœmero de ninfas vivas e mortas por discos foliares de 2,5 cm de d i ‰ m e t r o,recortados de forma aleat—ria de uma planta de cada vaso. Para confirma•‹o da mortalidade dos insetos pelo pat—geno, os discos foliares foram colocados em placas pl‡sticas contendo ‡gar + ‡gua a 1 % , onde permaneceram durante sete dias em c‰mara climatizada (26 ± 1¡C,70 ± 10% de UR e fotofase de 12 h ) . Nessas condi•›es foi poss’vel observar o crescimento e reprodu•‹o do fungo sobre os cad‡veres, evitando o secamento precoce dos discos foliares.

As porcentagens de ninfas mortas em plantas de f e i j ‹ o, obtidas para cada repeti•‹o, f o r a m transformadas em raiz quadrada (x + 5), e posteriormente submetidas a an‡lise de vari‰ncia e as mŽdias comparadas pelo teste de Tukey (P ² 5%).

Experimento em campo

O experimento foi conduzido em ‡rea de cultivo comercial de feij‹o, P. vulgaris variedade ÒpŽrolaÓ,em Goi‰nia-GO, no per’odo de 28 de outubro a 12 de dezembro de 1998.

Cinco dias ap—s a semeadura houve a emerg•ncia das pl‰ntulas, e a infesta•‹o da cultura pela praga ocorreu, em seguida, naturalmente. Cada tratamento foi representado por uma ‡rea total de 24 m2, dividido

em 4 repeti•›es.

Foram realizadas tr•s aplica•›es, ap—s 7, 14 e 21 dias da emerg•ncia das plantas, atravŽs da pulveriza•‹o das suspens›es com o aux’lio de um pulverizador costal Jacto PJH (bico cone JD-12P), no final da tarde, per’odo em que a temperatura (27 a 30¡C) era menos prejudicial ao pat—geno. Fo r a m utilizados 200 L/ha de suspens‹o, v o l u m e rotineiramente empregado nos tratamentos fitossanit‡rios da propriedade.

As suspens›es foram preparadas misturando-se o fungo B. bassiana em ‡gua destilada com espalhante adesivo, como descrito anteriormente. Os tratamentos utilizados foram:a-c) B.bassiana (200 g de con’dios/ha ou 3x1013con’dios/ha) associado ao inseticida Calypso

480SC nas dosagens de 150, 100 e 50 ml/ha; d) B.

bassiana (200 g de con’dios/ha ou 3x1013con’dios/ha);

e) Calypso (200 ml/ha); f) Gaucho 700PM (200 g/100 kg de semente); g) B. bassiana (200 g de con’dios/ha ou 3x101 3 con’dios/ha) + Gaucho; h) Gaucho +

Provado 200SC (800 ml/ha). O tratamento testemunha recebeu apenas ‡gua com espalhante adesivo. Os tratamentos com o inseticida Gaucho 700PM foram feitos antes da semeadura, incorporando a formula•‹o ˆs sementes.

Foram avaliados o nœmero de ninfas vivas em tr•s fol’olos por repeti•‹o e o nœmero de plantas com sintomas de BGMV, 7 e 17 dias ap—s a terceira pulveriza•‹o, respectivamente. O nœmero de ninfas vivas em tr•s fol’olos de feij‹o, transformado em log (x + 5), e o nœmero de plantas doentes, obtidos para cada repeti•‹o, foram submetidos a an‡lise de vari‰ncia e as mŽdias comparadas pelo teste de Tukey a n’vel de 5% de probabilidade.

Resultados e discuss‹o

Teste de compatibilidade em laborat—rio

Os inseticidas Provado 200SC, na concentra•‹o de 800 ml/ha, e Calypso 480SC nas concentra•›es de 50, 100,

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150 ml/ha foram compat’veis ou moderadamente compat’veis com o fungo B. bassiana. O Calypso na maior concentra•‹o (200 ml/ha) foi t—xico ao p a t — g e n o, n‹o sendo utilizado em associa•‹o no experimento de campo (Tabela 1).

De acordo com os valores de T, que correlaciona o crescimento vegetativo e a esporula•‹o do p a t — g e n o, o desenvolvimento das col™nias nas concentra•›es de 50 ml/ha de Calypso e 800 ml/ha de Provado foi maior do que na testemunha. Neste caso, o fungo pode ter utilizado nutrientes da formula•‹o dos inseticidas para seu desenvolvimento.

A maioria dos trabalhos realizados visando detectar o efeito de produtos fitossanit‡rios sobre fungos entomopatog•nicos foi conduzida in vitro (Raramaje et al. 1967, Ignoffo et al. 1975, Alves et al. 1993). Assim, faltam dados referentes ˆs intera•›es entre os entomopat—genos e agrot—xicos em condi•›es de campo. Apesar disso, os estudos in vitro t•m a vantagem de expor ao m‡ximo o microrganismo ˆ a•‹o da formula•‹o, fato que n‹o ocorre em condi•›es de campo, onde v‡rios fatores servem de obst‡culo a essa exposi•‹o, protegendo o e n t o m o p a t — g e n o. Dessa forma, constatada a inocuidade de um agrot—xico em laborat—rio, n‹o h‡

dœvidas sobre a sua seletividade em condi•›es de c a m p o. Por outro lado, a alta toxicidade de um produto in vitro nem sempre significa elevada toxicidade em campo, mas sim a possibilidade da ocorr•ncia de danos dessa natureza.

Bioensaio em casa-de-vegeta•‹o

A mortalidade mŽdia de ninfas de B.tabaci em plantas de feij‹o nos tratamentos com o fungo B. bassiana associado com o inseticida Calypso 480SC, bem como a aplica•‹o isolada dos mesmos, foi significativamente maior do que a testemunha,com mortalidades mŽdias entre 56,7 a 86,7% (Tabela 2). Nos tratamentos com pat—geno, foi observado crescimento e reprodu•‹o do fungo sobre 100% dos cad‡veres.

Apesar de n‹o ter ocorrido diferen•a estat’stica entre os tratamentos contendo B. bassiana e Calypso, a mŽdia de mortalidade foi diretamente proporcional ˆ concentra•‹o utilizada do inseticida qu’mico, exceto, para a concentra•‹o de 150 ml/ha. Ap—s a constata•‹o de que Ž poss’vel a redu•‹o da dosagem do produto qu’mico sem perda da efici•ncia, foi realizado o experimento seguinte em condi•›es de campo visando o controle associado da praga.

Tabela 1. Compatibilidade dos inseticidas Calypso 480SC e Provado 200SC, em diferentes concentrações, ao fungo Beauveria bassiana de acordo ao crescimento e a concentraçao de conídios. Piracicaba, Brasil. 1998.

Tratamento ESP1(conídios) CV2(mm) VALOR DE T3 Categoria

Testemunha 5,10x107 25,83 100,00

-Calypso 50 ml/ha 14,60x107 25,34 248,70 compatível

Calypso 100 ml/ha 2,60x107 24,67 59,20 mod. compatível

Calypso 150 ml/ha 2,70x107 22,17 59,50 mod. compatível

Calypso 200 ml/ha 1,10x107 22,50 34,70 tóxico

Provado 800 ml/ha 8,50x107 24,50 152,20 compatível

1produção média de conídios/colônia

2crescimento vegetativo (diâmetro médio da colônia)

3correlação dos parâmetros (ESP e CV) segundo modelo proposto por Alves et al. (1998)

Tabela 2. Porcentagem de mortalidade de ninfas de terceiro ínstar de B. tabaci (biótipo B) em plantas de feijão. Piracicaba, Brasil,1998.

Tratamento Dose (g ou ml/ha) Média ± DP1

Calypso 480SC 200 86,7 ± 24,2 A B. bassiana + Calypso 480SC 200 + 200 83,3 ± 19,7 A B. bassiana + Calypso 480SC 200 + 100 70,0 ± 30,3 A B. bassiana + Calypso 480SC 200 + 150 66,7 ± 39,3 A B. bassiana + Calypso 480SC 200 + 50 66,7 ± 37,2 A B. bassiana 200 56,7 ± 29,4 A

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Experimento em campo

A testemunha apresentou maior nœmero mŽdio de ninfas de B. tabaci (53,5) e plantas com BGMV (57,8), em ambos os casos, diferenciando-se dos demais tratamentos. Na observa•‹o do nœmero de plantas doentes, os tratamentos reuniram-se, estatisticamente, em dois grupos: o primeiro representado pela testemunha e o segundo, pelos demais tratamentos, com redu•‹o de 70,6 a 85,3%, em rela•‹o ao nœmero mŽdio de plantas doentes nas parcelas n‹o tratadas (Tabela 3).

Gaucho 700PM + Provado 200SC apresentou o menor nœmero mŽdio de ninfas (4,0). Entretanto, o produto Gaucho 700PM apresentou a mesma efici•ncia no controle de ninfas de B. tabaci quando usado isoladamente no tratamento de sementes (7,0), ou associado com pulveriza•›es de con’dios do fungo

B. bassiana (12,0) e Provado 200SC. A utiliza•‹o do

inseticida imidacloprid (Gaucho 700PM) no tratamento de sementes resultou no controle de B.

tabaci na fase inicial do desenvolvimento da planta,

per’odo de maior suscetibilidade da cultura ao BGMV.

Os produtos Calypso 480SC, Gaucho 700PM e o fungo B. bassiana, quando aplicados isoladamente, n‹o se diferenciaram estatisticamente na redu•‹o de ninfas de B. tabaci (65,9 a 86,9%) e na incid•ncia de plantas com BGMV (70,6 a 76,6%) (Tabela 3).

A aplica•‹o de B. bassiana em associa•‹o com o inseticida Calypso 480SC nas concentra•›es de 50 e 100 ml/ha proporcionou redu•‹o de 90,7 e 83,6% no nœmero de ninfas, r e s p e c t i v a m e n t e. Esses valores

foram superiores ao apresentado pelo produto qu’mico na sua maior dosagem (200 ml/ha), quando observou-se redu•‹o de 65,9%.

Assim, visando o manejo da resist•ncia, pode-se sugerir que a utiliza•‹o de B. bassiana associada ao Calypso ou ao Gaucho constitui uma estratŽgia adequada para o controle dessa praga. A redu•‹o da concentra•‹o do inseticida Calypso em 50 e 75%, alŽm de representar economia e menos polui•‹o, resulta em menor press‹o de sele•‹o para o desenvolvimento de resist•ncia na popula•‹o da p r a g a . Ta m b Ž m , a utiliza•‹o de entomopat—genos constitui avan•o para o manejo dessa resist•ncia.

Literatura citada

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Tabela 3. Número médio de ninfas de B.tabaci (biótipo B) por amostra e número de plantas de feijão com sintomas de BGMV. Goiânia, Brasil. 1998.

Tratamento Dose Numéro de ninfas Plantas com BGMV

(g ou ml/ha) MÉD. ± DP1 %RED2 MÉD. ± DP %RED

Testemunha Água 53,5 ± 15,0 A 57,8 ± 9,2 A Calypso 200 18,3 ± 7,6 B 65,9 16,0 ± 7,1 B 72,3 Bb 200 15,8 ± 4,2 BC 70,6 17,0 ± 2,6 B 70,6 Bb+Calypso 200 + 150 15,3 ± 6,0 BCD 71,5 15,5 ± 7,7 B 73,2 Bb+Gaucho 200g+200g/100 kg 12,0 ± 4,8 BCD 77,6 15,0 ± 6,2 B 74,0 Bb+Calypso 200 + 100 8,8 ± 7,6 BCD 83,6 14,0 ± 6,7 B 75,8 Gaucho 200g/100kg 7,0 ± 2,9 BCD 86,9 13,5 ± 4,4 B 76,6 Bb+Calypso 200 + 50 5,0 ± 4,2 CD 90,7 8,8 ± 2,2 B 84,9 Gaucho+Provado 200g/100kg+ 800ml 4,0 ± 0,8 D 92,5 8,5 ± 1,9 B 85,3

1Médias seguidas por letras distintas, diferem entre si pelo Teste de Tukey (P 5%) 2[(Tratamento x 100) / Testemunha] - 100

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Referências

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