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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA

MONOGRAFIA

Efeito de diferentes alimentos sobre a curva de glicose em equinos sadios

Keity Laiane Gomes Trindade

Recife – PE Setembro de 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA

MONOGRAFIA

Efeito de diferentes alimentos sobre a curva de glicose em equinos sadios

Keity Laiane Gomes Trindade

Professor Dr. Hélio Cordeiro Manso Filho

Recife – PE Setembro de 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA

KEITY LAIANE GOMES TRINDADE

Graduando

Monografia submetida ao curso de zootecnia como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Zootecnia.

Aprovado em 24 de Agosto de 2018.

EXAMINADORES

Hélio Cordeiro Manso Filho, D.Sc.

Lúcia Maia Cavalcanti Ferreira, D.Sc.

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Sistema Integrado de Bibliotecas da UFRPE

Biblioteca Central, Recife-PE, Brasil

T833e Trindade, Keity Laiane Gomes

Efeito de diferentes alimentos sobre a curva de glicose em eqüinos sadios / Keity Laiane Gomes Trindade. – 2018. 18 f. : il.

Orientador: Hélio Cordeiro Manso Filho.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Zootecnia, Recife, BR-PE, 2018.

Inclui referências.

1. Milho 2. Glicemia 3. Índice glicêmico 4. Nutrição 5. Eqüinos I. Manso Filho, Hélio Cordeiro, orient. II. Título

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DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia à minha família Elias, Lourdes, Erika, Everton e Fernando, por serem meus principais incentivadores e motivadores da minha determinação.

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AGRADECIMENTOS

A Deus em primeiro lugar, por ser tão perfeito em tudo que faz e me fazer chegar até aqui.

Agradeço ao meu pai Elias, minha mãe Lourdes e minha irmã Erika por terem sido fundamentais na minha caminhada até aqui.

Ao meu esposo Everton por me auxiliar sempre que precisei.

Aos meus professores de toda a vida, desde a educação infantil, pois cada um me proporcionou um degrau durante toda a minha trajetória acadêmica. Em especial ao meu orientador Hélio Manso por me conceder várias oportunidades de crescimento acadêmico e me dar todo o suporte que precisei para este trabalho; à professora Helena Emília Manso por ter acreditado em mim e através de quem me inseri nesse grupo de pesquisa, onde fui muito bem acolhida e estou desde o segundo ano do curso; à professora Lúcia Maia por estar sempre disposta a ajudar no que fosse necessário.

Às colegas de pesquisa, com quem dividi muitos momentos e ricas experiências. Em especial a Mônica Hunka, que está sempre disposta a ajudar e compartilhar conhecimentos, sendo uma grande incentivadora e se tornou uma verdadeira amiga.

Aos amigos que a universidade me deu e agora fazem parte da minha vida, Virgínia, Daciele, Lidiana, Dijaina e todos os outros.

Aos colegas de turma, com quem passei bons momentos, compartilhando conhecimentos e boas risadas.

À universidade por ter sido uma outra casa para mim, com toda sua comunidade acadêmica e administrativa.

Ao Núcleo de Pesquisa Equina (NPE) da UFRPE e ao Laboratório de Biologia Molecular Aplicada à Produção Animal (BIOPA), onde foram realizados o experimento e as análises laboratoriais.

E a todos que de alguma forma compartilharam momentos e conhecimentos durante esses cinco anos de graduação.

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SUMÁRIO RESUMO... 7 ABSTRACT ... 8 1. INTRODUÇÃO ... 9 2. REVISÃO DE LITERATURA ... 10 3. MATERIAL E MÉTODOS ... 13 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO... 14 5. CONCLUSÃO ... 16 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ... 17

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ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Curvas das concentrações da glicose nos animais suplementados com diferentes

alimentos. ... 14

Figura 2: Curva da concentração de proteína plasmática total nos animais suplementados

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RESUMO

Atualmente, existe uma grande variedade de novos componentes utilizados na formulação da dieta para equídeos; entretanto, alguns alimentos ainda são mantidos, principalmente para animais de trabalho, por tradição ou cultura em várias regiões do país. Esse trabalho teve por objetivo avaliar a curva glicêmica de cinco diferentes alimentos comumente fornecidos para equídeos. Foram utilizados 5 equinos adultos, em manutenção, escore corporal 4,5, em uma escala até 9, distribuídos em um fatorial com 5 cavalos e 5 alimentos (milho em grão úmido, milho em grão úmido acrescido de sal comum (50g), alfafa peletizada, milho extrusado, arroz extrusado), e com um intervalo de 4 dias entre cada teste. No dia-teste, eles foram suplementados isocaloricamente (3,0Mcal/animal) e amostras de sangue foram obtidas após jejum alimentar de 12h e depois do arraçoamento nos seguintes períodos: +30, +60, +90, +120, +180, +240 minutos. As amostras foram utilizadas para determinação de glicose e proteínas plasmáticas totais (PPT). Os resultados foram submetidos ao ANOVA e ao Teste de Tukey. Os resultados indicaram diferenças entre os tratamentos (p<0,05) e entre as fases das colheitas de sangue (p<0,05), mas sem interação significativa para glicose e para PPT. A maior elevação na PPT foi na alfafa (8,10mg/dL) e no milho úmido com sal (7,90mg/dL), ambos com pico aos +30min, mas sem diferenças entre si (p>0,05). Já a maior variação na glicose ocorreu com milho extrusado, com pico aos +120min (145mg/dL). Avaliando-se as fases, independente dos tratamentos, observou-se que o pico da PPT ocorreu no +30min (~7,65mg/dL) e para a glicose foi no +120min (~131,3mg/dL). Assim, é possível afirmar que tanto a alfafa como o milho com sal aparentemente promovem um grande deslocamento de líquidos para os intestinos, elevando os níveis de PPT no sangue, e o milho extrusado é o mais glicêmico dos alimentos. Conclui-se que diferentes alimentos produzem diferentes curvas glicêmicas, sendo que o alfafa peletizada produziu a menor curva e o milho extrusado a maior. Sendo assim, todos os alimentos devem ser devidamente estudados e testados quanto a sua função metabólica, a fim de utilizá-los da forma mais adequada e que contribuam para a saúde dos animais.

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ABSTRACT

Currently, there is a wide variety of new components used in the formulation of equine diet; however, some foods are still kept, mainly for work animals, by tradition or culture in various regions of the country. This work aimed to evaluate the glycemic curve of five different foods commonly provided for equines. Five adult equines were used, in maintenance, body score 4.5 in a scale of 9, distributed in a factorial with 5 horses and 5 foods (wet corn grain, wet corn grain plus common salt (50g), pelleted alfalfa, extruded corn, extruded rice), and with an interval of 4 days between each test. On the test day, they were isocalorically supplemented (3.0 Mcal/animal) and blood samples were obtained after 12h of fasting and post-feeding in the following periods: +30, +60, +90, +120, +180, +240 minutes. The samples were used for determination of glucose and total plasma proteins (TPP). The results were submitted to ANOVA and Tukey's test. The results indicated differences between the treatments (p <0.05) and between the blood collection phases (p <0.05), but without significant interaction for glucose and for TPP. The highest increase in TPP was alfalfa (8.10 mg/dL) and wet corn with salt (7.90 mg/dL), both with a peak at + 30 min, but without differences between them (p> 0.05). The highest glucose variation occurred with extruded corn, with a peak at + 120 min (145 mg/dL). Evaluating the phases, regardless of the treatments, it was observed that the TPP peak occurred at + 30 min (~7.65 mg/dL) and for glucose was + 120 min (~ 131.3 mg/dL). Thus, it is possible to assert that both alfalfa and corn with salt apparently promote a large displacement of liquids to the intestines by raising TPP and extruded corn is the most glycemic food. It is concluded that different foods produce different glycemic curves, with the pelleted alfalfa producing the smallest curve and the extruded corn producing the largest. Therefore, all food must be properly studied and tested for its metabolic function in order to use it in the most appropriate way and that contributes to the animals’ health.

Keywords: extruded, corn, blood glucose, glycemic index, nutrition, equines.

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1. INTRODUÇÃO

O mercado equestre movimenta bilhões de reais todos os anos no Brasil, com isso, torna-se importante um melhor entendimento a cerca desses animais e sua fisiologia, inclusive os processos digestórios e a adequada nutrição, visando benefícios para a saúde e o desempenho dos equinos nos vários ramos em que são utilizados, desde o trabalho até os diversos esportes equestres. Estes herbívoros não ruminantes possuem particularidades na digestão de fibras para obtenção de energia, a partir de fermentação pós-gástrica. Com o passar dos anos e aumento da utilização dos cavalos, passou-se a incluir carboidratos não estruturais (CNEs) em maior quantidade na alimentação desses animais, visando um maior aporte energético. Porém, a utilização de CNEs em grandes quantidades pode trazer prejuízos a saúde dos equinos, destacando a necessidade de estudos sobre o efeito desses alimentos e sua utilização pelo organismo dos animais através de biomarcadores que indiquem a resposta glicêmica para cada alimento.

A demanda energética do animal varia de acordo com seu estado fisiológico (gestação, idade, saúde e etc.) e sua utilização (animal de trabalho, esporte ou em manutenção). Para suprir a demanda energética de animais em atividade, apenas alimentos volumosos não são tão eficientes, levando à utilização de alimentos concentrados mais energéticos. Os cavalos em atividade necessitam desse tipo de dieta não só para terem um melhor desempenho na tarefa em que serão utilizados, mas também para se manterem sem perda de massa muscular. Entretanto, esse aumento na inclusão de concentrados na dieta está associado a distúrbios metabólicos como obesidade, Síndrome Metabólica Equídea (SME), Síndrome de Cushing, laminite, dentre outros.

Cada alimento produz uma curva de glicose, pois além da diferença na composição, como quantidade de carboidratos e gorduras, o tempo de ingestão e as taxas de digestibilidade e absorção irão ocasionar em diferentes respostas glicêmicas, além de fatores como adição de sódio, já que este favorece a absorção da glicose. Também o processamento do alimento pode tornar o carboidrato contido nele mais acessível à digestão, fazendo com que seja mais bem aproveitado, aumentando a digestibilidade e, consequentemente, a quantidade de energia disponibilizada. Contudo, para avaliar o índice glicêmico dos alimentos, os testes de digestibilidade não são eficientes, fazendo-se necessária a análise da glicose plasmática em diferentes momentos. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar a curva glicêmica de cinco diferentes alimentos comumente oferecidos para equinos.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

A indústria do cavalo movimenta cerca de 7,5 bilhões de reais anualmente no Brasil, atingindo valores mais elevados em outros países, parte desse montante possui associação com o cavalo atleta e toda a sua formação. Para esses animais de diferentes disciplinas equestres, há programas alimentares e de treinamento bastante diferentes, e que nem sempre produzem os resultados esperados. Sendo assim, o entendimento dos biomarcadores ligados ao metabolismo energético é bastante importante, principalmente os ligados à glicose e ao lactato (FRANK, 2011; MANSO et al., 2015).

Cada dia se busca mais conhecimento a respeito da nutrição, digestão e da influência dos alimentos sobre metabólitos sanguíneos nos cavalos. É importante entender a eficiência do sistema digestório e suas particularidades, bem como a resposta fisiológica aos diversos componentes nutricionais utilizados na dieta desses animais, a fim de utilizar os componentes mais indicados para cada situação e de forma adequada, visando um melhor desempenho e benefícios à saúde dos equinos, além de possibilitar a correção de manejos nutricionais inadequados (GOBESSO; ETCHICHURY; TOSI, 2009).

Os alimentos ingeridos pelos equinos são submetidos a dois tipos de digestão, uma parte da dieta é digerida a partir de enzimas próprias dos animais, a digestão pré-cecal, e outra parte é digerida através de fermentação bacteriana no ceco, a pós-ileal. O tipo de digestão pode influenciar na absorção dos nutrientes e na perda de energia digestível. Assim, são realizados processamentos físicos e mudanças físico-químicas favorecem o aumento de digestibilidade e absorção de grãos de milho na parte anterior do intestino, aumentando a suscetibilidade às enzimas pancreáticas. Além disso, o tipo de alimentação a qual o animal está adaptado também pode influenciar no índice glicêmico em resposta aos diferentes alimentos oferecidos. Estudos indicam que as avaliações de glicose e insulina dos alimentos utilizados na dieta dos equinos através de testes de digestibilidade podem não ser tão eficientes, sendo melhor avaliados através da concentração plasmática (CASALECCHI et al., 2012; (GOBESSO; ETCHICHURY; TOSI, 2009).

Ainda recentemente foi demonstrado que devido às “condições modernas de criação”, com o uso em larga escala de carboidratos solúveis como fontes de energia oriundos dos grãos de cereais, além da busca por alternativas alimentares mais baratas e que resultem em um bom desempenho, um grande grupo de cavalos passou a desenvolver quadros típicos de

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síndrome metabólica (ERTELT et al., 2016; FRANK et al., 2010; MANSO et al., 2015), mesmo sob regime de treinamento intensivo, por isso eles devem ser sempre avaliados através das curvas glicêmicas. Hoje esse quadro refere-se à Síndrome Metabólica Equídea, e acomete cavalos de sela, pôneis, jumentos e muares ao redor do mudo (FRANK, 2011). O efeito dos alimentos sobre o organismo dos animais pode ser avaliado através da concentração de metabólitos sanguíneos conhecidos como biomarcadores, formando curvas de glicose características para cada dieta, importantes para uma melhor avaliação e seleção dos alimentos utilizados (MANSO et al., 2015). A análise da concentração plasmática de insulina pode completar a avaliação do índice glicêmico de um alimento, indicando a concentração de açúcar no sangue (GOBESSO; ETCHICHURY; TOSI, 2009).

Outro fator importante que interfere no índice glicêmico no organismo dos cavalos em resposta a cada alimento é a adição de sal, pois a absorção intestinal da glicose acontece de duas maneiras, através de transportador ativo de glicose dependente do sódio (SGLT1) e pelo transporte facilitado de glicose independente do sódio (GLUT2). Juntas, essas duas vias são as responsáveis pela absorção de glicose no organismo dos animais, portanto, a adição de sódio favorecerá a absorção da glicose também pelo SGLT1, proporcionando uma maior absorção (ARAÚJO; MARTEL, 2009).

. O uso de elevadas quantidades de carboidratos não estruturais no alimento concentrado ocasiona em aumento dos índices glicêmicos e podem resultar em prejuízos a saúde dos cavalos, pois alimentos que causem uma grande elevação dos níveis de concentração de glicose e insulina podem resultar em vários distúrbios metabólicos. (MANSO et al., 2015). Os carboidratos solúveis ingeridos em grande quantidade podem ainda influenciar em diversas funções do organismo dos animais, como a concentração plasmática de hormônios da tireoide mediados pela insulina (GOBESSO; ETCHICHURY; TOSI, 2009). Entretanto, quando não se tem uma boa elevação nos índices glicêmicos a partir de alimentos ricos em carboidratos solúveis, como o milho não processado, podem causar distúrbios intestinais (MAGALHÃES et al., 2017). E alimentos ricos em óleo têm sido bastante utilizados na dieta de equinos atletas por favorecer o desempenho dos animais, poupando o glicogênio intramuscular e retardando a fadiga (MAGALHÃES et al., 2017). Estudos indicam que a análise química dos alimentos pode não ser a forma ideal de avaliar a resposta de índice glicêmico dos alimentos no organismo dos equinos, com isso, a verificação dos biomarcadores sanguíneos após o fornecimento dos alimentos pode facilitar o entendimento de aspectos nutricionais e do metabolismo geral dos equinos, inclusive da digestão pré-cecal.

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Assim, o entendimento dos efeitos dos biomarcadores sanguíneos sobre os diferentes alimentos e processamentos pode auxiliar em um manejo nutricional adequado e bem-estar para os cavalos (MANSO et al., 2015).

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3. MATERIAL E MÉTODOS

Todos os procedimentos utilizados no presente trabalho foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade Federal Rural de Pernambuco (CEUA-077/2016).

Foram utilizados 5 equinos adultos, em manutenção, escore corporal 4,5, em uma escala até 9, distribuídos em um fatorial com 5 animais e 5 alimentos (milho em grão úmido, milho em grão úmido acrescido de sal comum (50g), alfafa peletizada, milho extrusado, arroz extrusado), e com um intervalo de 4 dias entre cada teste. Previamente, os animais passaram por um período de 60 dias recebendo somente feno de Tifton ad libitum. Nos dias teste, eles foram suplementados isocaloricamente (3,0Mcal/animal) e amostras de sangue foram obtidas após jejum alimentar de 12h e depois do arraçoamento nos seguintes períodos: +30, +60, +120, +180, +240 minutos. As amostras foram utilizadas para determinação de glicose plasmática [GLIC] e proteínas plasmáticas totais [PPT]. A glicose foi avaliada através de glicosímetro portátil e a proteína plasmática total foi analisada pela refratometria.

ANÁLISE ESTATÍSTICA: Os resultados foram submetidos ao ANOVA, com dois fatores (tratamentos e fases) e como teste post hoc foi utilizado o teste de Tukey, com o valor de P <0,05, para todas as análises. O programa SigmaPlot 13.0 foi utilizado em todas as análises e os resultados estão expressos em média +/- erro padrão médio.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os diferentes alimentos apresentaram resultados para glicose que indicaram diferenças entre os tratamentos e entre as fases (p<0,05), mas sem interação entre si, sendo possível observar na figura 1 uma curva maior para o milho extrusado, com pico na fase +120min (145mg/dL) e uma curva menor para o milho em grãos, também com pico em +120min. Outro ponto observado foi a diferença na curva glicêmica do milho em grão úmido acrescido de sal, este apresentando uma curva maior do que o milho em grão úmido.

Figura 1: Curvas das concentrações da glicose nos animais suplementados com diferentes

alimentos.

O milho extrusado apresenta uma maior curva por ter uma maior concentração de CNE em sua composição, este resultado é corrobado por Manso et al. (2015), onde ocorre diferença na concentração de glicose plasmática para os diferentes processamentos do milho. Já o milho em grãos apresentou uma menor curva, pois, apesar de ser um alimento energético, quando comparado ao arroz extrusado, por exemplo, o arroz obtém uma curva maior devido à quantidade de extrato etéreo em sua composição e ao milho em grãos estar mais indisponível

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com relação a digestão e absorção dos seus nutrientes. Segundo CASALECCHI et al. (2015), o processamento do alimento pode influenciar na sua resposta glicêmica, pois pode melhorar a digestibilidade do alimento. O resultado para o milho em grão úmido acrescido de sal era esperado, pois o sal favorece a absorção da [GLIC] pelos enterócitos, como descrito por Araújo; Martel (2009).

Já nos resultados para [PPT], a alfafa apresentou maior pico, seguida do milho em grãos acrescido de sal, ambos na fase +30min (8,10mg/dL) e (7,90mg/dL), respectivamente (Figura 2). Também com diferença entre os tratamentos e entre as fases (p<0,05), sem interação entre si.

Figura 2: Curva da concentração de proteína plasmática total nos animais suplementados

com os diferentes alimentos.

O resultado para PPT pode ser explicado pelo fato de a alfafa peletizada ser um alimento mais fibroso, assim, demandando uma maior retenção de líquido para digestão e absorção, assim como o milho em grãos acrescido de sal, que provoca retenção de líquidos nos tecidos, levando a um aumento da concentração de proteínas no sangue, e podem influenciar na glicemia, devido ao deslocamento de fluidos corporais para outras partes do corpo do animal (MAGALHÃES et al., 2017).

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5. CONCLUSÃO

Alimentos ricos em CNE produzem curvas mais elevadas de glicose, mas fatores como a quantidade de extrato etéreo também podem influenciar no índice glicêmico.

Diferentes alimentos produzem diferentes curvas glicêmicas, sendo influenciadas não só pela composição nutricional, mas também pelo processamento que o alimento é submetido. O milho em grão úmido produziu uma menor curva glicêmica e o milho extrusado uma curva maior, assim, todos os alimentos devem ser devidamente estudados e testados quanto a sua função metabólica, a fim de utilizá-lo da forma mais adequada e que contribuam para a saúde dos animais.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ARAÚJO, J. R.; MARTEL, F. Regulação da absorção intestinal de glicose. Arquivos de

Medicina, v. 23, n. 2, p. 35–43, 2009.

CASALECCHI, F. L. et al. Digestibilidade aparente total e resposta glicêmica de dietas para equinos contendo milho submetido a diferentes processamentos Total apparent digestibility and glycemic response of diets for horses containing maize subjected to different processings.

Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, v. 49, n. 3, p. 232–238,

2012.

FRANK, N. Equine metabolic syndrome. The Veterinary clinics of North America. Equine

practice, v. 27, n. 1, p. 73–92, abr. 2011.

GOBESSO, A. A. DE O.; ETCHICHURY, M.; TOSI, H. Resposta plasmática de glicose e insulina em eqüinos alimentados com diferentes fontes de amido. Brazilian Journal of

Veterinary Research and Animal Science, v. 46, n. 4, p. 324–331, 2009.

MAGALHÃES, F. J. R. et al. Efeito da suplementação com concentrados ricos em óleo sobre biomarcadores metabólicos para cavalos. Medicina Veterinária (UFRPE), v. 11, n. 2, p. 114–121, 2017.

MANSO, H. . C. . et al. Biomarcadores sangüíneos de cavalos consumindo milho processado de diferentes formas ou farelo de algaroba. Revista Acadêmica de Ciências Agrárias e

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