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como enfrentar os desafios do mercado atual

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(1)

como enfrentar

os desafios do

mercado atual

INFORMATIVO

ESPECIAL

PRINCIPAIS ASSUNTOS ABORDADOS NA 29ª EDIÇÃO DO CONGRESSO MOVERGS

CONGRESSO

MOVERGS

(2)

REFLEXÕES SOBRE

O ATUAL MOMENTO

DAS INDÚSTRIAS

E DO BRASIL

As transformações econômi-cas, políticas e sociais do Brasil nos últimos anos e o que ainda estão por vir foram apresentadas no 29º Congresso Movergs, no dia 6 de agosto, em Bento Gonçalves (RS).

Foi com enorme alegria que realizamos mais uma edição do Congresso Movergs. Trouxemos conhecimento e informações rele-vantes para o setor moveleiro. Adentramos no segundo semestre de 2019 e ele vem cercado de muitas expectativas, seja no âmbito econô-mico ou seja no âmbito político.

Alguns fatos, como a aprovação da reforma da previdência, nos dão motivos para acreditarmos que uma agenda positiva proporcionará melhorias no ambiente de negó-cios. Ações como essa são impres-cindíveis para destravar o cresci-mento. Ainda temos uma extensa pauta a ser debatida, com temas que envolvem a redução da carga tributária, a desoneração da folha de pagamento, obras de infraestru-tura e logística.

Nos últimos três anos, o setor moveleiro foi afetado, com margens de lucro reduzidas e uma ociosida-de média ociosida-de 35% nas linhas ociosida-de pro-dução, mas estamos entusiasmados, motivados com o otimismo registra-Mais de 400 pessoas tiveram

o privilégio de conferir algumas respostas para o mote do evento “E agora? Como enfrentar os desafios do mercado atual”. O Congresso proporcionou algumas respostas, mas, principalmente, muitas reflexões sobre o que cada participante realmente almeja para a sua profissão ou negócio.

O evento contou com o patrocínio da Sayerlack e Exclusive Smart Capital e o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs)

CONGRESSO

MOVERGS

do em 2018, quando a produção estadual de móveis fechou 4,5% acima na comparação a 2017, de acordo com dados do IBGE.

A crise nos trouxe alguns ensi-namentos sobre fazermos a lição de casa, sobre investirmos em tecnologias, sobre negociarmos com fornecedores e sobre bus-carmos novos mercados.

Por sinal, o comércio exterior tem se mostrado fundamental para a manutenção do cresci-mento das indústrias do ramo. As fábricas entenderam as deman-das dos países compradores e se adaptaram aos padrões de quali-dade e demais exigências. Essa sinalização agradou países como Peru, Uruguai, Estados Unidos e Reino Unido, alguns dos princi-pais clientes dos móveis brasileiros.

De janeiro a dezembro de 2018, a exportação nacional de móveis atingiu US$ 687,5 milhões, sendo o Rio Grande do Sul responsável por 28,7% do montante. Um crescimento de 7,8% em comparação a 2017, o maior dos últimos quatro anos, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX).

Outro ponto é que o consu-midor ainda se mostra reticente,

porém, aos poucos, estamos con-seguindo retomar os resultados. Uma das formas de driblar essa desconfiança é apostar em cria-ções personalizadas, atender os anseios do cliente para satisfazê--lo e incentivásatisfazê--lo a comprar.

E para contribuir com esse momento de transformações, o setor moveleiro tem um papel fundamental, visto que é um dos mais importantes para a econo-mia gaúcha. O 29º Congresso Movergs trouxe como mote um questionamento pertinente: E agora? Como enfrentar os desa-fios do mercado atual?

A intenção foi instigar, pro-mover uma reflexão sobre os inú-meros desafios. Para isso, esco-lhemos palestrantes renomados, que trouxeram subsídios, inspira-ção e motivainspira-ção para cada um de vocês olhar além. Nossa intenção foi que você saísse do evento diferente de como entrou, afinal, como diz o slogan da nossa enti-dade, a proposta é: ‘Unir para for-talecer, renovar para crescer’.

(3)

PALAVRA DO

PRESIDENTE

ROGÉRIO FRANCIO

PRESIDENTE INTERINO DA MOVERGS

Foi com enorme alegria que realizamos mais uma edição do Congresso Movergs. Trouxemos conhecimento e informações rele-vantes para o setor moveleiro. Adentramos no segundo semestre de 2019 e ele vem cercado de muitas expectativas, seja no âmbito econô-mico ou seja no âmbito político.

Alguns fatos, como a aprovação da reforma da previdência, nos dão motivos para acreditarmos que uma agenda positiva proporcionará melhorias no ambiente de negó-cios. Ações como essa são impres-cindíveis para destravar o cresci-mento. Ainda temos uma extensa pauta a ser debatida, com temas que envolvem a redução da carga tributária, a desoneração da folha de pagamento, obras de infraestru-tura e logística.

Nos últimos três anos, o setor moveleiro foi afetado, com margens de lucro reduzidas e uma ociosida-de média ociosida-de 35% nas linhas ociosida-de pro-dução, mas estamos entusiasmados, motivados com o otimismo

registra-do em 2018, quanregistra-do a produção estadual de móveis fechou 4,5% acima na comparação a 2017, de acordo com dados do IBGE.

A crise nos trouxe alguns ensi-namentos sobre fazermos a lição de casa, sobre investirmos em tecnologias, sobre negociarmos com fornecedores e sobre bus-carmos novos mercados.

Por sinal, o comércio exterior tem se mostrado fundamental para a manutenção do cresci-mento das indústrias do ramo. As fábricas entenderam as deman-das dos países compradores e se adaptaram aos padrões de quali-dade e demais exigências. Essa sinalização agradou países como Peru, Uruguai, Estados Unidos e Reino Unido, alguns dos princi-pais clientes dos móveis brasileiros.

De janeiro a dezembro de 2018, a exportação nacional de móveis atingiu US$ 687,5 milhões, sendo o Rio Grande do Sul responsável por 28,7% do montante. Um crescimento de 7,8% em comparação a 2017, o maior dos últimos quatro anos, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX).

Outro ponto é que o consu-midor ainda se mostra reticente,

porém, aos poucos, estamos con-seguindo retomar os resultados. Uma das formas de driblar essa desconfiança é apostar em cria-ções personalizadas, atender os anseios do cliente para satisfazê--lo e incentivásatisfazê--lo a comprar.

E para contribuir com esse momento de transformações, o setor moveleiro tem um papel fundamental, visto que é um dos mais importantes para a econo-mia gaúcha. O 29º Congresso Movergs trouxe como mote um questionamento pertinente: E agora? Como enfrentar os desa-fios do mercado atual?

A intenção foi instigar, pro-mover uma reflexão sobre os inú-meros desafios. Para isso, esco-lhemos palestrantes renomados, que trouxeram subsídios, inspira-ção e motivainspira-ção para cada um de vocês olhar além. Nossa intenção foi que você saísse do evento diferente de como entrou, afinal, como diz o slogan da nossa enti-dade, a proposta é: ‘Unir para for-talecer, renovar para crescer’.

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Foi com enorme alegria que realizamos mais uma edição do Congresso Movergs. Trouxemos conhecimento e informações rele-vantes para o setor moveleiro. Adentramos no segundo semestre de 2019 e ele vem cercado de muitas expectativas, seja no âmbito econô-mico ou seja no âmbito político.

Alguns fatos, como a aprovação da reforma da previdência, nos dão motivos para acreditarmos que uma agenda positiva proporcionará melhorias no ambiente de negó-cios. Ações como essa são impres-cindíveis para destravar o cresci-mento. Ainda temos uma extensa pauta a ser debatida, com temas que envolvem a redução da carga tributária, a desoneração da folha de pagamento, obras de infraestru-tura e logística.

Nos últimos três anos, o setor moveleiro foi afetado, com margens de lucro reduzidas e uma ociosida-de média ociosida-de 35% nas linhas ociosida-de pro-dução, mas estamos entusiasmados, motivados com o otimismo

registra-do em 2018, quanregistra-do a produção estadual de móveis fechou 4,5% acima na comparação a 2017, de acordo com dados do IBGE.

A crise nos trouxe alguns ensi-namentos sobre fazermos a lição de casa, sobre investirmos em tecnologias, sobre negociarmos com fornecedores e sobre bus-carmos novos mercados.

Por sinal, o comércio exterior tem se mostrado fundamental para a manutenção do cresci-mento das indústrias do ramo. As fábricas entenderam as deman-das dos países compradores e se adaptaram aos padrões de quali-dade e demais exigências. Essa sinalização agradou países como Peru, Uruguai, Estados Unidos e Reino Unido, alguns dos princi-pais clientes dos móveis brasileiros.

De janeiro a dezembro de 2018, a exportação nacional de móveis atingiu US$ 687,5 milhões, sendo o Rio Grande do Sul responsável por 28,7% do montante. Um crescimento de 7,8% em comparação a 2017, o maior dos últimos quatro anos, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX).

Outro ponto é que o consu-midor ainda se mostra reticente,

porém, aos poucos, estamos con-seguindo retomar os resultados. Uma das formas de driblar essa desconfiança é apostar em cria-ções personalizadas, atender os anseios do cliente para satisfazê--lo e incentivásatisfazê--lo a comprar.

E para contribuir com esse momento de transformações, o setor moveleiro tem um papel fundamental, visto que é um dos mais importantes para a econo-mia gaúcha. O 29º Congresso Movergs trouxe como mote um questionamento pertinente: E agora? Como enfrentar os desa-fios do mercado atual?

A intenção foi instigar, pro-mover uma reflexão sobre os inú-meros desafios. Para isso, esco-lhemos palestrantes renomados, que trouxeram subsídios, inspira-ção e motivainspira-ção para cada um de vocês olhar além. Nossa intenção foi que você saísse do evento diferente de como entrou, afinal, como diz o slogan da nossa enti-dade, a proposta é: ‘Unir para for-talecer, renovar para crescer’.

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Foi com enorme alegria que realizamos mais uma edição do Congresso Movergs. Trouxemos conhecimento e informações rele-vantes para o setor moveleiro. Adentramos no segundo semestre de 2019 e ele vem cercado de muitas expectativas, seja no âmbito econô-mico ou seja no âmbito político.

Alguns fatos, como a aprovação da reforma da previdência, nos dão motivos para acreditarmos que uma agenda positiva proporcionará melhorias no ambiente de negó-cios. Ações como essa são impres-cindíveis para destravar o cresci-mento. Ainda temos uma extensa pauta a ser debatida, com temas que envolvem a redução da carga tributária, a desoneração da folha de pagamento, obras de infraestru-tura e logística.

Nos últimos três anos, o setor moveleiro foi afetado, com margens de lucro reduzidas e uma ociosida-de média ociosida-de 35% nas linhas ociosida-de pro-dução, mas estamos entusiasmados, motivados com o otimismo

registra-do em 2018, quanregistra-do a produção estadual de móveis fechou 4,5% acima na comparação a 2017, de acordo com dados do IBGE.

A crise nos trouxe alguns ensi-namentos sobre fazermos a lição de casa, sobre investirmos em tecnologias, sobre negociarmos com fornecedores e sobre bus-carmos novos mercados.

Por sinal, o comércio exterior tem se mostrado fundamental para a manutenção do cresci-mento das indústrias do ramo. As fábricas entenderam as deman-das dos países compradores e se adaptaram aos padrões de quali-dade e demais exigências. Essa sinalização agradou países como Peru, Uruguai, Estados Unidos e Reino Unido, alguns dos princi-pais clientes dos móveis brasileiros.

De janeiro a dezembro de 2018, a exportação nacional de móveis atingiu US$ 687,5 milhões, sendo o Rio Grande do Sul responsável por 28,7% do montante. Um crescimento de 7,8% em comparação a 2017, o maior dos últimos quatro anos, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX).

Outro ponto é que o consu-midor ainda se mostra reticente,

porém, aos poucos, estamos con-seguindo retomar os resultados. Uma das formas de driblar essa desconfiança é apostar em cria-ções personalizadas, atender os anseios do cliente para satisfazê--lo e incentivásatisfazê--lo a comprar.

E para contribuir com esse momento de transformações, o setor moveleiro tem um papel fundamental, visto que é um dos mais importantes para a econo-mia gaúcha. O 29º Congresso Movergs trouxe como mote um questionamento pertinente: E agora? Como enfrentar os desa-fios do mercado atual?

A intenção foi instigar, pro-mover uma reflexão sobre os inú-meros desafios. Para isso, esco-lhemos palestrantes renomados, que trouxeram subsídios, inspira-ção e motivainspira-ção para cada um de vocês olhar além. Nossa intenção foi que você saísse do evento diferente de como entrou, afinal, como diz o slogan da nossa enti-dade, a proposta é: ‘Unir para for-talecer, renovar para crescer’.

Obrigado pela presença!

MARCELO

PRADO

SÓCIO-DIRETOR DO IEMI

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Há 15 anos apresentando o que vem acontecendo com a indústria de móveis no Brasil, Marcelo Prado, sócio-diretor IEMI- Inteligência de Mercado, apresentou um panorama do mercado de móveis e os desafios frente ao cenário atual.

Ciente de que há um enorme mercado tanto interno quanto externo a ser explorado, Prado lembrou que isso faz com que seja preciso ganhar o mercado, ou seja, é preciso ganhar de alguém. “Estamos vivendo um período de competição e ele ma-chuca e incomoda muita gente, mas a competição não é uma guerra em que dois se embatem, um morre e outro vence. A com-petição ela é como um mercado de música, as pessoas/músicos vão se diferenciando, criando seus próprios destinos e com seu público. A imitação é o maior caminho do aprendizado, mas não remunera bem qualquer negócio que exista”.

O economista destacou que não se pode esquecer o aprendi-zado dos últimos cinco anos, cujo legado da crise é: ser um dublê de marca, ser um dublê de produ-to, um copiador e tentar ganhar

mercado fazendo mais do mesmo, não inovar, não criar diferenciais próprios, não cantar sua própria música, não remunera o negócio. Na crise, essas empre-sas são punidas muito mais do que as outras. Apesar da crise, as outras crescem.

Apenas em 2018, segundo Prado, os brasileiros consumiram R$ 4,5 trilhões em bens de con-sumo, sendo R$ 84 bilhões em móveis e colchões. Apenas a Classe A gastou R$ 750 bilhões, o mercado de luxo R$ 24 bilhões. Aí vem o questionamento: por que tanto mercado na Classe A e não é explorado? Eu devolvo a pergunta a vocês fabricantes de

A competição não é

uma guerra em que

dois se embatem, um

morre e outro vence.

A competição é

como um mercado

de música, as pessoas

vão se diferenciando,

criando seus próprios

destinos com seu

público.

produtos para o mercado brasi-leiro: será que vocês exploram o potencial de Classe A no Brasil?

Dos R$ 84 bilhões, R$ 81,1 bilhões foram vendidos no varejo físico (96,1%), e R$ 3,3 bilhões B2C (3,9%). Apesar da grande diferença de percentuais entre os dois segmentos, em 2018, no varejo físico a taxa de crescimen-to nominal foi de 1,7%, enquancrescimen-to que o e-commerce saltou para 33%. “Então, se eu quero crescer mais do que o mercado, o que eu preciso fazer? Procurar os nichos, segmentar, e ao segmentar orga-nizar em grupos homogêneos de oportunidades, identificar quais crescem mais”.

Quanto às taxas de cresci-mento, a que salta aos olhos segundo Prado é a do e-commer-ce. Cerca de 35% é explorado

pelo varejo, 9% é o institucio-nal/corporativo, 3% é exporta-ção, 2,4% para outros. Dentro desse mercado, o corporativo começa a se recuperar, enquanto que o de exportações registrou 31% de alta. “São dois canais com taxas de crescimento expressivas. Além disso, é impor-tante estudar a movimentação das regiões do Brasil, não são 5 mil municípios em crise, pelo contrário, existem cidades cres-cendo. Portanto, estar nos canais de venda, nas formas de comer-cialização, nas regiões que mais crescem é uma grande oportuni-dade”.

Para Prado, só existe um indi-cador que ajuda a mostrar qual caminho a seguir: segmentar e analisar empresa versus mercado. Isso se chama Inteligência de

Mercado, ou seja, comparar indi-cadores da empresa com indica-dores similares do mercado e fazer de uma forma que a seg-mentação seja trazida para grupos homogêneos, como canais de venda, regiões, mix de ofertas, etc.

Quanto às exportações, há uma taxa de crescimento

contí-nua nos últimos anos, liderado principalmente pelos dormitórios e outros móveis de madeira. Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo são os grandes exportadores, entretanto é preciso atentar para o estado de São Paulo que tem crescido graças ao valor agregado. Os principais destinos são EUA e Reino Unido. “É preciso lembrar que o mundo não compra preço, compra produto de todos os preços, de todos os estilos, de todas as qualidades, para todos os seus públicos. Esse é nosso grande mindset, mudança de pensamento”.

Em se tratando de projeções, com as mudanças realizadas e ainda aquelas que estão por ocorrer, a expectativa de Prado, para os próximos cinco anos, é de expansão de 13,9% na produção de móveis e colchões no Brasil (2,6% ao ano). Entretanto, nesse ritmo, em 2023 o setor ainda não terá recuperado seus níveis de produção, registrados antes da crise (em 2013). “Estamos come-çando a reinvestir na nossa indús-tria, os empresários estão colo-cando dinheiro nos seus negó-cios, o que é muito positivo”.

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Há 15 anos apresentando o que vem acontecendo com a indústria de móveis no Brasil, Marcelo Prado, sócio-diretor IEMI- Inteligência de Mercado, apresentou um panorama do mercado de móveis e os desafios frente ao cenário atual.

Ciente de que há um enorme mercado tanto interno quanto externo a ser explorado, Prado lembrou que isso faz com que seja preciso ganhar o mercado, ou seja, é preciso ganhar de alguém. “Estamos vivendo um período de competição e ele ma-chuca e incomoda muita gente, mas a competição não é uma guerra em que dois se embatem, um morre e outro vence. A com-petição ela é como um mercado de música, as pessoas/músicos vão se diferenciando, criando seus próprios destinos e com seu público. A imitação é o maior caminho do aprendizado, mas não remunera bem qualquer negócio que exista”.

O economista destacou que não se pode esquecer o aprendi-zado dos últimos cinco anos, cujo legado da crise é: ser um dublê de marca, ser um dublê de produ-to, um copiador e tentar ganhar

mercado fazendo mais do mesmo, não inovar, não criar diferenciais próprios, não cantar sua própria música, não remunera o negócio. Na crise, essas empre-sas são punidas muito mais do que as outras. Apesar da crise, as outras crescem.

Apenas em 2018, segundo Prado, os brasileiros consumiram R$ 4,5 trilhões em bens de con-sumo, sendo R$ 84 bilhões em móveis e colchões. Apenas a Classe A gastou R$ 750 bilhões, o mercado de luxo R$ 24 bilhões. Aí vem o questionamento: por que tanto mercado na Classe A e não é explorado? Eu devolvo a pergunta a vocês fabricantes de

produtos para o mercado brasi-leiro: será que vocês exploram o potencial de Classe A no Brasil?

Dos R$ 84 bilhões, R$ 81,1 bilhões foram vendidos no varejo físico (96,1%), e R$ 3,3 bilhões B2C (3,9%). Apesar da grande diferença de percentuais entre os dois segmentos, em 2018, no varejo físico a taxa de crescimen-to nominal foi de 1,7%, enquancrescimen-to que o e-commerce saltou para 33%. “Então, se eu quero crescer mais do que o mercado, o que eu preciso fazer? Procurar os nichos, segmentar, e ao segmentar orga-nizar em grupos homogêneos de oportunidades, identificar quais crescem mais”.

Quanto às taxas de cresci-mento, a que salta aos olhos segundo Prado é a do e-commer-ce. Cerca de 35% é explorado

pelo varejo, 9% é o institucio-nal/corporativo, 3% é exporta-ção, 2,4% para outros. Dentro desse mercado, o corporativo começa a se recuperar, enquanto que o de exportações registrou 31% de alta. “São dois canais com taxas de crescimento expressivas. Além disso, é impor-tante estudar a movimentação das regiões do Brasil, não são 5 mil municípios em crise, pelo contrário, existem cidades cres-cendo. Portanto, estar nos canais de venda, nas formas de comer-cialização, nas regiões que mais crescem é uma grande oportuni-dade”.

Para Prado, só existe um indi-cador que ajuda a mostrar qual caminho a seguir: segmentar e analisar empresa versus mercado. Isso se chama Inteligência de

Mercado, ou seja, comparar indi-cadores da empresa com indica-dores similares do mercado e fazer de uma forma que a seg-mentação seja trazida para grupos homogêneos, como canais de venda, regiões, mix de ofertas, etc.

Quanto às exportações, há uma taxa de crescimento

contí-nua nos últimos anos, liderado principalmente pelos dormitórios e outros móveis de madeira. Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo são os grandes exportadores, entretanto é preciso atentar para o estado de São Paulo que tem crescido graças ao valor agregado. Os principais destinos são EUA e Reino Unido. “É preciso lembrar que o mundo não compra preço, compra produto de todos os preços, de todos os estilos, de todas as qualidades, para todos os seus públicos. Esse é nosso grande mindset, mudança de pensamento”.

Em se tratando de projeções, com as mudanças realizadas e ainda aquelas que estão por ocorrer, a expectativa de Prado, para os próximos cinco anos, é de expansão de 13,9% na produção de móveis e colchões no Brasil (2,6% ao ano). Entretanto, nesse ritmo, em 2023 o setor ainda não terá recuperado seus níveis de produção, registrados antes da crise (em 2013). “Estamos come-çando a reinvestir na nossa indús-tria, os empresários estão colo-cando dinheiro nos seus negó-cios, o que é muito positivo”.

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Há 15 anos apresentando o que vem acontecendo com a indústria de móveis no Brasil, Marcelo Prado, sócio-diretor IEMI- Inteligência de Mercado, apresentou um panorama do mercado de móveis e os desafios frente ao cenário atual.

Ciente de que há um enorme mercado tanto interno quanto externo a ser explorado, Prado lembrou que isso faz com que seja preciso ganhar o mercado, ou seja, é preciso ganhar de alguém. “Estamos vivendo um período de competição e ele ma-chuca e incomoda muita gente, mas a competição não é uma guerra em que dois se embatem, um morre e outro vence. A com-petição ela é como um mercado de música, as pessoas/músicos vão se diferenciando, criando seus próprios destinos e com seu público. A imitação é o maior caminho do aprendizado, mas não remunera bem qualquer negócio que exista”.

O economista destacou que não se pode esquecer o aprendi-zado dos últimos cinco anos, cujo legado da crise é: ser um dublê de marca, ser um dublê de produ-to, um copiador e tentar ganhar

mercado fazendo mais do mesmo, não inovar, não criar diferenciais próprios, não cantar sua própria música, não remunera o negócio. Na crise, essas empre-sas são punidas muito mais do que as outras. Apesar da crise, as outras crescem.

Apenas em 2018, segundo Prado, os brasileiros consumiram R$ 4,5 trilhões em bens de con-sumo, sendo R$ 84 bilhões em móveis e colchões. Apenas a Classe A gastou R$ 750 bilhões, o mercado de luxo R$ 24 bilhões. Aí vem o questionamento: por que tanto mercado na Classe A e não é explorado? Eu devolvo a pergunta a vocês fabricantes de

produtos para o mercado brasi-leiro: será que vocês exploram o potencial de Classe A no Brasil?

Dos R$ 84 bilhões, R$ 81,1 bilhões foram vendidos no varejo físico (96,1%), e R$ 3,3 bilhões B2C (3,9%). Apesar da grande diferença de percentuais entre os dois segmentos, em 2018, no varejo físico a taxa de crescimen-to nominal foi de 1,7%, enquancrescimen-to que o e-commerce saltou para 33%. “Então, se eu quero crescer mais do que o mercado, o que eu preciso fazer? Procurar os nichos, segmentar, e ao segmentar orga-nizar em grupos homogêneos de oportunidades, identificar quais crescem mais”.

Quanto às taxas de cresci-mento, a que salta aos olhos segundo Prado é a do e-commer-ce. Cerca de 35% é explorado

pelo varejo, 9% é o institucio-nal/corporativo, 3% é exporta-ção, 2,4% para outros. Dentro desse mercado, o corporativo começa a se recuperar, enquanto que o de exportações registrou 31% de alta. “São dois canais com taxas de crescimento expressivas. Além disso, é impor-tante estudar a movimentação das regiões do Brasil, não são 5 mil municípios em crise, pelo contrário, existem cidades cres-cendo. Portanto, estar nos canais de venda, nas formas de comer-cialização, nas regiões que mais crescem é uma grande oportuni-dade”.

Para Prado, só existe um indi-cador que ajuda a mostrar qual caminho a seguir: segmentar e analisar empresa versus mercado. Isso se chama Inteligência de

Mercado, ou seja, comparar indi-cadores da empresa com indica-dores similares do mercado e fazer de uma forma que a seg-mentação seja trazida para grupos homogêneos, como canais de venda, regiões, mix de ofertas, etc.

Quanto às exportações, há uma taxa de crescimento

contí-nua nos últimos anos, liderado principalmente pelos dormitórios e outros móveis de madeira. Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo são os grandes exportadores, entretanto é preciso atentar para o estado de São Paulo que tem crescido graças ao valor agregado. Os principais destinos são EUA e Reino Unido. “É preciso lembrar que o mundo não compra preço, compra produto de todos os preços, de todos os estilos, de todas as qualidades, para todos os seus públicos. Esse é nosso grande mindset, mudança de pensamento”.

Em se tratando de projeções, com as mudanças realizadas e ainda aquelas que estão por ocorrer, a expectativa de Prado, para os próximos cinco anos, é de expansão de 13,9% na produção de móveis e colchões no Brasil (2,6% ao ano). Entretanto, nesse ritmo, em 2023 o setor ainda não terá recuperado seus níveis de produção, registrados antes da crise (em 2013). “Estamos come-çando a reinvestir na nossa indús-tria, os empresários estão colo-cando dinheiro nos seus negó-cios, o que é muito positivo”.

É preciso lembrar

que o mundo não

compra preço,

compra produto

de todos os preços,

de todos os estilos,

de todas as

qualidades, para

todos os seus

públicos. Esse é

nosso grande

mindset, mudança

de pensamento.

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Há 15 anos apresentando o que vem acontecendo com a indústria de móveis no Brasil, Marcelo Prado, sócio-diretor IEMI- Inteligência de Mercado, apresentou um panorama do mercado de móveis e os desafios frente ao cenário atual.

Ciente de que há um enorme mercado tanto interno quanto externo a ser explorado, Prado lembrou que isso faz com que seja preciso ganhar o mercado, ou seja, é preciso ganhar de alguém. “Estamos vivendo um período de competição e ele ma-chuca e incomoda muita gente, mas a competição não é uma guerra em que dois se embatem, um morre e outro vence. A com-petição ela é como um mercado de música, as pessoas/músicos vão se diferenciando, criando seus próprios destinos e com seu público. A imitação é o maior caminho do aprendizado, mas não remunera bem qualquer negócio que exista”.

O economista destacou que não se pode esquecer o aprendi-zado dos últimos cinco anos, cujo legado da crise é: ser um dublê de marca, ser um dublê de produ-to, um copiador e tentar ganhar

mercado fazendo mais do mesmo, não inovar, não criar diferenciais próprios, não cantar sua própria música, não remunera o negócio. Na crise, essas empre-sas são punidas muito mais do que as outras. Apesar da crise, as outras crescem.

Apenas em 2018, segundo Prado, os brasileiros consumiram R$ 4,5 trilhões em bens de con-sumo, sendo R$ 84 bilhões em móveis e colchões. Apenas a Classe A gastou R$ 750 bilhões, o mercado de luxo R$ 24 bilhões. Aí vem o questionamento: por que tanto mercado na Classe A e não é explorado? Eu devolvo a pergunta a vocês fabricantes de

ANDRÉ NUNES

DE NUNES

ECONOMISTA-CHEFE DA FIERGS

O S D E S A F I O S D A

E C O N O M I A B R A S I L E I R A

produtos para o mercado brasi-leiro: será que vocês exploram o potencial de Classe A no Brasil?

Dos R$ 84 bilhões, R$ 81,1 bilhões foram vendidos no varejo físico (96,1%), e R$ 3,3 bilhões B2C (3,9%). Apesar da grande diferença de percentuais entre os dois segmentos, em 2018, no varejo físico a taxa de crescimen-to nominal foi de 1,7%, enquancrescimen-to que o e-commerce saltou para 33%. “Então, se eu quero crescer mais do que o mercado, o que eu preciso fazer? Procurar os nichos, segmentar, e ao segmentar orga-nizar em grupos homogêneos de oportunidades, identificar quais crescem mais”.

Quanto às taxas de cresci-mento, a que salta aos olhos segundo Prado é a do e-commer-ce. Cerca de 35% é explorado

pelo varejo, 9% é o institucio-nal/corporativo, 3% é exporta-ção, 2,4% para outros. Dentro desse mercado, o corporativo começa a se recuperar, enquanto que o de exportações registrou 31% de alta. “São dois canais com taxas de crescimento expressivas. Além disso, é impor-tante estudar a movimentação das regiões do Brasil, não são 5 mil municípios em crise, pelo contrário, existem cidades cres-cendo. Portanto, estar nos canais de venda, nas formas de comer-cialização, nas regiões que mais crescem é uma grande oportuni-dade”.

Para Prado, só existe um indi-cador que ajuda a mostrar qual caminho a seguir: segmentar e analisar empresa versus mercado. Isso se chama Inteligência de

Mercado, ou seja, comparar indi-cadores da empresa com indica-dores similares do mercado e fazer de uma forma que a seg-mentação seja trazida para grupos homogêneos, como canais de venda, regiões, mix de ofertas, etc.

Quanto às exportações, há uma taxa de crescimento

contí-nua nos últimos anos, liderado principalmente pelos dormitórios e outros móveis de madeira. Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo são os grandes exportadores, entretanto é preciso atentar para o estado de São Paulo que tem crescido graças ao valor agregado. Os principais destinos são EUA e Reino Unido. “É preciso lembrar que o mundo não compra preço, compra produto de todos os preços, de todos os estilos, de todas as qualidades, para todos os seus públicos. Esse é nosso grande mindset, mudança de pensamento”.

Em se tratando de projeções, com as mudanças realizadas e ainda aquelas que estão por ocorrer, a expectativa de Prado, para os próximos cinco anos, é de expansão de 13,9% na produção de móveis e colchões no Brasil (2,6% ao ano). Entretanto, nesse ritmo, em 2023 o setor ainda não terá recuperado seus níveis de produção, registrados antes da crise (em 2013). “Estamos come-çando a reinvestir na nossa indús-tria, os empresários estão colo-cando dinheiro nos seus negó-cios, o que é muito positivo”.

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Para o economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul, André Nunes de Nunes, se fosse resumir a economia mundial numa frase seria ‘Crescendo, mas desacelerando’.

Em 2018, as previsões para a economia no ano de 2019 eram de crescimento de 3,9% no mundo, nos países desenvolvidos 2,2%, e nos emergentes 5,1%. Essa previsão foi sendo revista, com redução dos percentuais e agora, em julho de 2019, a diferença do que se imaginava é de 0,7% infe-rior. Nunes enfatiza que o recru-descimento entre EUA e China poderá gerar, até o final de 2019, um crescimento 1% abaixo do esperado. O mesmo acontece com os países avançados e emergentes. “Atenção para a Argentina, um

mercado importante em termos de demanda para os produtos ma-nufaturados brasileiros, um parcei-ro comercial importante”.

Com os embates entre EUA e China, a economia brasileira sofre consequências diretas e indiretas com a menor demanda. “Ocorre maior concorrência no mercado interno e externo com produtos chineses, impactos cambiais no sentido de desvalorização, impac-tos na atração de investimenimpac-tos”. Para Nunes, a crise entre China e EUA trará oportunidades pontuais de alguns segmentos, apesar de no contexto geral não ser positivo para o Brasil e para o mundo. A visão atual para 2019 e todo 2020 é de que o dólar estará valorizado diante das demais moedas.

E o que fazer para o Brasil

cres-cer? Nunes avisa que não existe situação fácil. Na ausência de um motor de investimento, como commodities e crédito, é preciso fazer o dever de casa. A sugestão do economista é prosseguir com a agenda de reformas, a moderniza-ção trabalhista, o teto de gastos, pois serão essas resoluções que pavimentarão o caminho para um crescimento um pouco mais vigo-roso. “A má notícia é de que parece que 1% é o nosso ritmo na atual situação em 2019. A boa notícia é que já conhecemos a agenda há bastante tempo e temos avançado lentamente”.

Em se tratando de situação fiscal, Nunes alerta que é muito grave e tem se tornado a principal fonte de incerteza, limitando os

gastos não obrigatórios. Em 10 anos, a receita reduziu em 0,9 p.p do PIB (R$ 188 bi) enquanto que a despesa se elevou em 3,6 p.p (R$ 476 bi). Em 2019, será o 6º consecutivo de déficit primário, sendo que o quadro não se rever-terá antes de 2022. Em muitos estados, a situação fiscal é ainda pior, mais da metade dos estados estouraram o limite.

Por que 2019 frustrou as expectativas? Nunes aponta alguns fatores, entre eles a crise da Argen-tina, que impactou duramente as exportações de manufaturados da indústria; a greve dos caminhonei-ros, gerando desabastecimento dos setores e elevou o custo do trans-porte com o repasse de PIS e Cofins para a indústria; quadro de incerteza dentro da economia; polarização das eleições; impactos taxas de juros e câmbio; juros de mercado em alta; queda na barra-gem de Brumadinho que puxou 13% do PIB da indústria extrativa; ruídos na articulação da Reforma da Previdência reduzindo a con-fiança dos empresários.

A retomada da construção civil, um dos setores muito impor-tantes para a economia, especial-mente pelo viés do emprego de

trabalhadores de diferentes níveis e qualificações, é fundamental para a recuperação da base, tanto industrial quanto de emprego. No entanto, o economista avisa que esse segmento ainda não apresen-tou sinais claros de recuperação. “São 20 trimestres consecutivos de queda, sendo que o PIB está 32% abaixo do PIB do setor de 2008. Com a construção indo melhor nos próximos anos, respin-ga no setor moveleiro ali na frente, é o que a gente espera. Portanto, vemos o empresário da constru-ção civil mais confiante e com uma expectativa melhor”.

As expectativas para o segun-do semestre de 2019 e tosegun-do o ano de 2020 se sustentam em ele-mentos na recuperação cíclica, apesar de todos os ruídos, a con-fiança está elevada. O mercado de trabalho está desaquecido e isso faz com que preços e competitivi-dade das empresas melhorem, a ociosidade na indústria tem espaço para retomar a produção sem a necessidade de grandes investimentos, inflação controlada e juros cada vez mais baixos.

Quanto aos impactos imedia-tos da Reforma da Previdência, o economista destacou espaço para

novas quedas na Taxa Selic, a redu-ção do empoçamento de crédito, o incentivo à tomada de decisão de investimentos, o maior espaço para o progresso de agenda da competi-tividade. “Existem vários elementos de crescimento lento e gradual da nossa economia”.

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Para o economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul, André Nunes de Nunes, se fosse resumir a economia mundial numa frase seria ‘Crescendo, mas desacelerando’.

Em 2018, as previsões para a economia no ano de 2019 eram de crescimento de 3,9% no mundo, nos países desenvolvidos 2,2%, e nos emergentes 5,1%. Essa previsão foi sendo revista, com redução dos percentuais e agora, em julho de 2019, a diferença do que se imaginava é de 0,7% infe-rior. Nunes enfatiza que o recru-descimento entre EUA e China poderá gerar, até o final de 2019, um crescimento 1% abaixo do esperado. O mesmo acontece com os países avançados e emergentes. “Atenção para a Argentina, um

mercado importante em termos de demanda para os produtos ma-nufaturados brasileiros, um parcei-ro comercial importante”.

Com os embates entre EUA e China, a economia brasileira sofre consequências diretas e indiretas com a menor demanda. “Ocorre maior concorrência no mercado interno e externo com produtos chineses, impactos cambiais no sentido de desvalorização, impac-tos na atração de investimenimpac-tos”. Para Nunes, a crise entre China e EUA trará oportunidades pontuais de alguns segmentos, apesar de no contexto geral não ser positivo para o Brasil e para o mundo. A visão atual para 2019 e todo 2020 é de que o dólar estará valorizado diante das demais moedas.

E o que fazer para o Brasil

cres-cer? Nunes avisa que não existe situação fácil. Na ausência de um motor de investimento, como commodities e crédito, é preciso fazer o dever de casa. A sugestão do economista é prosseguir com a agenda de reformas, a moderniza-ção trabalhista, o teto de gastos, pois serão essas resoluções que pavimentarão o caminho para um crescimento um pouco mais vigo-roso. “A má notícia é de que parece que 1% é o nosso ritmo na atual situação em 2019. A boa notícia é que já conhecemos a agenda há bastante tempo e temos avançado lentamente”.

Em se tratando de situação fiscal, Nunes alerta que é muito grave e tem se tornado a principal fonte de incerteza, limitando os

gastos não obrigatórios. Em 10 anos, a receita reduziu em 0,9 p.p do PIB (R$ 188 bi) enquanto que a despesa se elevou em 3,6 p.p (R$ 476 bi). Em 2019, será o 6º consecutivo de déficit primário, sendo que o quadro não se rever-terá antes de 2022. Em muitos estados, a situação fiscal é ainda pior, mais da metade dos estados estouraram o limite.

Por que 2019 frustrou as expectativas? Nunes aponta alguns fatores, entre eles a crise da Argen-tina, que impactou duramente as exportações de manufaturados da indústria; a greve dos caminhonei-ros, gerando desabastecimento dos setores e elevou o custo do trans-porte com o repasse de PIS e Cofins para a indústria; quadro de incerteza dentro da economia; polarização das eleições; impactos taxas de juros e câmbio; juros de mercado em alta; queda na barra-gem de Brumadinho que puxou 13% do PIB da indústria extrativa; ruídos na articulação da Reforma da Previdência reduzindo a con-fiança dos empresários.

A retomada da construção civil, um dos setores muito impor-tantes para a economia, especial-mente pelo viés do emprego de

trabalhadores de diferentes níveis e qualificações, é fundamental para a recuperação da base, tanto industrial quanto de emprego. No entanto, o economista avisa que esse segmento ainda não apresen-tou sinais claros de recuperação. “São 20 trimestres consecutivos de queda, sendo que o PIB está 32% abaixo do PIB do setor de 2008. Com a construção indo melhor nos próximos anos, respin-ga no setor moveleiro ali na frente, é o que a gente espera. Portanto, vemos o empresário da constru-ção civil mais confiante e com uma expectativa melhor”.

As expectativas para o segun-do semestre de 2019 e tosegun-do o ano de 2020 se sustentam em ele-mentos na recuperação cíclica, apesar de todos os ruídos, a con-fiança está elevada. O mercado de trabalho está desaquecido e isso faz com que preços e competitivi-dade das empresas melhorem, a ociosidade na indústria tem espaço para retomar a produção sem a necessidade de grandes investimentos, inflação controlada e juros cada vez mais baixos.

Quanto aos impactos imedia-tos da Reforma da Previdência, o economista destacou espaço para

A má notícia é de

que parece que 1%

é o nosso ritmo na

atual situação em

2019. A boa notícia

é que já conhecemos

a agenda há bastante

tempo e temos

avançado lentamente

novas quedas na Taxa Selic, a redu-ção do empoçamento de crédito, o incentivo à tomada de decisão de investimentos, o maior espaço para o progresso de agenda da competi-tividade. “Existem vários elementos de crescimento lento e gradual da nossa economia”.

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Para o economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul, André Nunes de Nunes, se fosse resumir a economia mundial numa frase seria ‘Crescendo, mas desacelerando’.

Em 2018, as previsões para a economia no ano de 2019 eram de crescimento de 3,9% no mundo, nos países desenvolvidos 2,2%, e nos emergentes 5,1%. Essa previsão foi sendo revista, com redução dos percentuais e agora, em julho de 2019, a diferença do que se imaginava é de 0,7% infe-rior. Nunes enfatiza que o recru-descimento entre EUA e China poderá gerar, até o final de 2019, um crescimento 1% abaixo do esperado. O mesmo acontece com os países avançados e emergentes. “Atenção para a Argentina, um

mercado importante em termos de demanda para os produtos ma-nufaturados brasileiros, um parcei-ro comercial importante”.

Com os embates entre EUA e China, a economia brasileira sofre consequências diretas e indiretas com a menor demanda. “Ocorre maior concorrência no mercado interno e externo com produtos chineses, impactos cambiais no sentido de desvalorização, impac-tos na atração de investimenimpac-tos”. Para Nunes, a crise entre China e EUA trará oportunidades pontuais de alguns segmentos, apesar de no contexto geral não ser positivo para o Brasil e para o mundo. A visão atual para 2019 e todo 2020 é de que o dólar estará valorizado diante das demais moedas.

E o que fazer para o Brasil

cres-cer? Nunes avisa que não existe situação fácil. Na ausência de um motor de investimento, como commodities e crédito, é preciso fazer o dever de casa. A sugestão do economista é prosseguir com a agenda de reformas, a moderniza-ção trabalhista, o teto de gastos, pois serão essas resoluções que pavimentarão o caminho para um crescimento um pouco mais vigo-roso. “A má notícia é de que parece que 1% é o nosso ritmo na atual situação em 2019. A boa notícia é que já conhecemos a agenda há bastante tempo e temos avançado lentamente”.

Em se tratando de situação fiscal, Nunes alerta que é muito grave e tem se tornado a principal fonte de incerteza, limitando os

gastos não obrigatórios. Em 10 anos, a receita reduziu em 0,9 p.p do PIB (R$ 188 bi) enquanto que a despesa se elevou em 3,6 p.p (R$ 476 bi). Em 2019, será o 6º consecutivo de déficit primário, sendo que o quadro não se rever-terá antes de 2022. Em muitos estados, a situação fiscal é ainda pior, mais da metade dos estados estouraram o limite.

Por que 2019 frustrou as expectativas? Nunes aponta alguns fatores, entre eles a crise da Argen-tina, que impactou duramente as exportações de manufaturados da indústria; a greve dos caminhonei-ros, gerando desabastecimento dos setores e elevou o custo do trans-porte com o repasse de PIS e Cofins para a indústria; quadro de incerteza dentro da economia; polarização das eleições; impactos taxas de juros e câmbio; juros de mercado em alta; queda na barra-gem de Brumadinho que puxou 13% do PIB da indústria extrativa; ruídos na articulação da Reforma da Previdência reduzindo a con-fiança dos empresários.

A retomada da construção civil, um dos setores muito impor-tantes para a economia, especial-mente pelo viés do emprego de

trabalhadores de diferentes níveis e qualificações, é fundamental para a recuperação da base, tanto industrial quanto de emprego. No entanto, o economista avisa que esse segmento ainda não apresen-tou sinais claros de recuperação. “São 20 trimestres consecutivos de queda, sendo que o PIB está 32% abaixo do PIB do setor de 2008. Com a construção indo melhor nos próximos anos, respin-ga no setor moveleiro ali na frente, é o que a gente espera. Portanto, vemos o empresário da constru-ção civil mais confiante e com uma expectativa melhor”.

As expectativas para o segun-do semestre de 2019 e tosegun-do o ano de 2020 se sustentam em ele-mentos na recuperação cíclica, apesar de todos os ruídos, a con-fiança está elevada. O mercado de trabalho está desaquecido e isso faz com que preços e competitivi-dade das empresas melhorem, a ociosidade na indústria tem espaço para retomar a produção sem a necessidade de grandes investimentos, inflação controlada e juros cada vez mais baixos.

Quanto aos impactos imedia-tos da Reforma da Previdência, o economista destacou espaço para

São 20 trimestres

consecutivos de

queda, sendo que

o PIB está 32%

abaixo do PIB do

setor de 2008.

Com a construção

indo melhor nos

próximos anos,

respinga no setor

moveleiro ali na

frente, é o que a

gente espera.

Portanto, vemos o

empresário da

construção civil mais

confiante e com uma

expectativa melhor.

novas quedas na Taxa Selic, a redu-ção do empoçamento de crédito, o incentivo à tomada de decisão de investimentos, o maior espaço para o progresso de agenda da competi-tividade. “Existem vários elementos de crescimento lento e gradual da nossa economia”.

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Para o economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul, André Nunes de Nunes, se fosse resumir a economia mundial numa frase seria ‘Crescendo, mas desacelerando’.

Em 2018, as previsões para a economia no ano de 2019 eram de crescimento de 3,9% no mundo, nos países desenvolvidos 2,2%, e nos emergentes 5,1%. Essa previsão foi sendo revista, com redução dos percentuais e agora, em julho de 2019, a diferença do que se imaginava é de 0,7% infe-rior. Nunes enfatiza que o recru-descimento entre EUA e China poderá gerar, até o final de 2019, um crescimento 1% abaixo do esperado. O mesmo acontece com os países avançados e emergentes. “Atenção para a Argentina, um

mercado importante em termos de demanda para os produtos ma-nufaturados brasileiros, um parcei-ro comercial importante”.

Com os embates entre EUA e China, a economia brasileira sofre consequências diretas e indiretas com a menor demanda. “Ocorre maior concorrência no mercado interno e externo com produtos chineses, impactos cambiais no sentido de desvalorização, impac-tos na atração de investimenimpac-tos”. Para Nunes, a crise entre China e EUA trará oportunidades pontuais de alguns segmentos, apesar de no contexto geral não ser positivo para o Brasil e para o mundo. A visão atual para 2019 e todo 2020 é de que o dólar estará valorizado diante das demais moedas.

E o que fazer para o Brasil

cres-cer? Nunes avisa que não existe situação fácil. Na ausência de um motor de investimento, como commodities e crédito, é preciso fazer o dever de casa. A sugestão do economista é prosseguir com a agenda de reformas, a moderniza-ção trabalhista, o teto de gastos, pois serão essas resoluções que pavimentarão o caminho para um crescimento um pouco mais vigo-roso. “A má notícia é de que parece que 1% é o nosso ritmo na atual situação em 2019. A boa notícia é que já conhecemos a agenda há bastante tempo e temos avançado lentamente”.

Em se tratando de situação fiscal, Nunes alerta que é muito grave e tem se tornado a principal fonte de incerteza, limitando os

gastos não obrigatórios. Em 10 anos, a receita reduziu em 0,9 p.p do PIB (R$ 188 bi) enquanto que a despesa se elevou em 3,6 p.p (R$ 476 bi). Em 2019, será o 6º consecutivo de déficit primário, sendo que o quadro não se rever-terá antes de 2022. Em muitos estados, a situação fiscal é ainda pior, mais da metade dos estados estouraram o limite.

Por que 2019 frustrou as expectativas? Nunes aponta alguns fatores, entre eles a crise da Argen-tina, que impactou duramente as exportações de manufaturados da indústria; a greve dos caminhonei-ros, gerando desabastecimento dos setores e elevou o custo do trans-porte com o repasse de PIS e Cofins para a indústria; quadro de incerteza dentro da economia; polarização das eleições; impactos taxas de juros e câmbio; juros de mercado em alta; queda na barra-gem de Brumadinho que puxou 13% do PIB da indústria extrativa; ruídos na articulação da Reforma da Previdência reduzindo a con-fiança dos empresários.

A retomada da construção civil, um dos setores muito impor-tantes para a economia, especial-mente pelo viés do emprego de

trabalhadores de diferentes níveis e qualificações, é fundamental para a recuperação da base, tanto industrial quanto de emprego. No entanto, o economista avisa que esse segmento ainda não apresen-tou sinais claros de recuperação. “São 20 trimestres consecutivos de queda, sendo que o PIB está 32% abaixo do PIB do setor de 2008. Com a construção indo melhor nos próximos anos, respin-ga no setor moveleiro ali na frente, é o que a gente espera. Portanto, vemos o empresário da constru-ção civil mais confiante e com uma expectativa melhor”.

As expectativas para o segun-do semestre de 2019 e tosegun-do o ano de 2020 se sustentam em ele-mentos na recuperação cíclica, apesar de todos os ruídos, a con-fiança está elevada. O mercado de trabalho está desaquecido e isso faz com que preços e competitivi-dade das empresas melhorem, a ociosidade na indústria tem espaço para retomar a produção sem a necessidade de grandes investimentos, inflação controlada e juros cada vez mais baixos.

Quanto aos impactos imedia-tos da Reforma da Previdência, o economista destacou espaço para

novas quedas na Taxa Selic, a redu-ção do empoçamento de crédito, o incentivo à tomada de decisão de investimentos, o maior espaço para o progresso de agenda da competi-tividade. “Existem vários elementos de crescimento lento e gradual da nossa economia”.

JULIO CESAR

TRAJANO

RODRIGUES

DIRETOR EXECUTIVO MAGAZINE LUIZA

A I N C L U S Ã O D I G I T A L

D O M A G A Z I N E L U I Z A

(14)

Fundada em Franca (SP) há 62 anos, a Magazine Luiza aboca-nha 14% do mercado nacional e, de acordo com Julio Cesar Traja-no Rodrigues, diretor executivo, hoje são 50 milhões de acessos nas plataformas e a categoria de móveis é o carro-chefe. No pri-meiro trimestre de 2019, a marca atingiu R$ 5,7 bilhões de fatura-mento, 18 milhões de clientes ativos e 959 lojas físicas. Com o foco em pessoas e inovação, o e-commerce participa com 41% das vendas da marca, sendo 33 milhões de downloads no aplica-tivo. “Sofremos muito com a crise, 2015 foi difícil, as ações bateram R$ 1,00. Mas o nosso propósito sempre foi muito claro, foco em pessoas e inovação. Temos uma máxima que loja é gerente de loja, o resultado depende muito das pessoas que colocamos em determinado lugar. Capacitação é fundamental no nosso negócio”.

No primeiro trimestre de 2019, o e-commerce da Magazine Luiza cresceu 50%, de uma base de 60% de crescimento no último trimestre, contra 8% de alta nas lojas físicas, totalizando R$ 138 milhões de lucro líquido. “Temos grupos de trabalho para controle

de despesa, visto que a margem do varejo é baixo, portanto é pre-ciso um trabalho específico”.

Do final de 2015 até o mo-mento, a marca passou pelo desa-fio de transformar uma empresa tradicional em uma plataforma digital, com pontos físicos. “Muitos

ouviram falar entre 2013/2014 com a chegada do e-commerce que as lojas físicas iriam acabar. O nosso norte sempre foi muito claro, o nosso diferencial eram as lojas físicas, com calor humano”.

Outro propósito foi garantir a inclusão digital. Porém, antes disso, a marca garantiu a inclusão das equipes de trabalho e também a digitalização de cada loja. Cada loja tem uma comuni-cação própria, um canal nas redes, pois as cidades e regiões têm suas particularidades. “Não existe

inclusão social sem inclusão digi-tal. Hoje a rede social é muito poderosa, 70% dos clientes que procuram as lojas físicas já pes-quisaram no virtual”.

Apesar de toda a ousadia, Tra-jano reforçou que é preciso tomar decisões baseados em dados. Atualmente, são 50 milhões de acessos na plataforma digital da marca, a que tem mais acesso é a de móveis. “Nenhum moveleiro me procurou para ter acesso aos números, para saber o motivo de a marca dele estar sendo muito

Sofremos muito com

a crise, 2015 foi

difícil, as ações

bateram R$ 1,00.

Mas o nosso

propósito sempre foi

muito claro, foco em

pessoas e inovação.

Temos uma máxima

que loja é gerente de

loja, o resultado

depende muito das

pessoas que

colocamos em

determinado lugar.

Capacitação é

fundamental no

nosso negócio

Sofremos muito com

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a crise, 2015 foi

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difícil, as ações

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bateram R$ 1,00.

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Mas o nosso

Mas o nosso

Sofremos muito com

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Sofremos muito com

Sofremos muito com

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difícil, as ações

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difícil, as ações

bateram R$ 1,00.

difícil, as ações

Mas o nosso

ou pouco procurada, o que o cliente está buscando, o que está comentando”.

Como acompanhar a transfor-mação digital, a tecnologia e a cabeça do consumidor? “O Maga-zine Luiza utiliza muito do medo de não errar, começamos a rabis-car para depois tomar forma, com muita velocidade. Dentro disso, é deixar de ser uma empresa

multi-canal pra nos transformar em uma plataforma completa com menos investimento, mais margem, mais crescimento. Para isso temos mil desenvolvedores de tecnologia. Temos vários aplicativos próprios. O próximo desafio é o super apli-cativo, para contemplar compras, pagamentos, recarga de celular, serviço de transporte, serviço de montagem, redes sociais, jogos, tudo”.

Como aproveitar as lojas físi-cas nesse mundo online? “Esta-mos abrindo muitas lojas físicas, serão 50 lojas no Pará. Se tem uma coisa que faz a diferença no nosso negócio é a entrega, temos investido muito na logística. Temos mais de 1200 carreteiros que fazem o abastecimento das lojas. O celular está na mão, quem chegar primeiro vai levar, podem ter certeza disso”.

Apesar dos expressivos núme-ros, o Magazine Luiza representa 14% do mercado. “O Brasil tem muita oportunidade, estamos em busca disso, entrar nas lacunas e enxergar onde conseguimos atuar, em todos os segmentos, é o nosso propósito“.

(15)

Fundada em Franca (SP) há 62 anos, a Magazine Luiza aboca-nha 14% do mercado nacional e, de acordo com Julio Cesar Traja-no Rodrigues, diretor executivo, hoje são 50 milhões de acessos nas plataformas e a categoria de móveis é o carro-chefe. No pri-meiro trimestre de 2019, a marca atingiu R$ 5,7 bilhões de fatura-mento, 18 milhões de clientes ativos e 959 lojas físicas. Com o foco em pessoas e inovação, o e-commerce participa com 41% das vendas da marca, sendo 33 milhões de downloads no aplica-tivo. “Sofremos muito com a crise, 2015 foi difícil, as ações bateram R$ 1,00. Mas o nosso propósito sempre foi muito claro, foco em pessoas e inovação. Temos uma máxima que loja é gerente de loja, o resultado depende muito das pessoas que colocamos em determinado lugar. Capacitação é fundamental no nosso negócio”.

No primeiro trimestre de 2019, o e-commerce da Magazine Luiza cresceu 50%, de uma base de 60% de crescimento no último trimestre, contra 8% de alta nas lojas físicas, totalizando R$ 138 milhões de lucro líquido. “Temos grupos de trabalho para controle

de despesa, visto que a margem do varejo é baixo, portanto é pre-ciso um trabalho específico”.

Do final de 2015 até o mo-mento, a marca passou pelo desa-fio de transformar uma empresa tradicional em uma plataforma digital, com pontos físicos. “Muitos

ouviram falar entre 2013/2014 com a chegada do e-commerce que as lojas físicas iriam acabar. O nosso norte sempre foi muito claro, o nosso diferencial eram as lojas físicas, com calor humano”.

Outro propósito foi garantir a inclusão digital. Porém, antes disso, a marca garantiu a inclusão das equipes de trabalho e também a digitalização de cada loja. Cada loja tem uma comuni-cação própria, um canal nas redes, pois as cidades e regiões têm suas particularidades. “Não existe

inclusão social sem inclusão digi-tal. Hoje a rede social é muito poderosa, 70% dos clientes que procuram as lojas físicas já pes-quisaram no virtual”.

Apesar de toda a ousadia, Tra-jano reforçou que é preciso tomar decisões baseados em dados. Atualmente, são 50 milhões de acessos na plataforma digital da marca, a que tem mais acesso é a de móveis. “Nenhum moveleiro me procurou para ter acesso aos números, para saber o motivo de a marca dele estar sendo muito

ou pouco procurada, o que o cliente está buscando, o que está comentando”.

Como acompanhar a transfor-mação digital, a tecnologia e a cabeça do consumidor? “O Maga-zine Luiza utiliza muito do medo de não errar, começamos a rabis-car para depois tomar forma, com muita velocidade. Dentro disso, é deixar de ser uma empresa

multi-canal pra nos transformar em uma plataforma completa com menos investimento, mais margem, mais crescimento. Para isso temos mil desenvolvedores de tecnologia. Temos vários aplicativos próprios. O próximo desafio é o super apli-cativo, para contemplar compras, pagamentos, recarga de celular, serviço de transporte, serviço de montagem, redes sociais, jogos, tudo”.

Como aproveitar as lojas físi-cas nesse mundo online? “Esta-mos abrindo muitas lojas físicas, serão 50 lojas no Pará. Se tem uma coisa que faz a diferença no nosso negócio é a entrega, temos investido muito na logística. Temos mais de 1200 carreteiros que fazem o abastecimento das lojas. O celular está na mão, quem chegar primeiro vai levar, podem ter certeza disso”.

Apesar dos expressivos núme-ros, o Magazine Luiza representa 14% do mercado. “O Brasil tem muita oportunidade, estamos em busca disso, entrar nas lacunas e enxergar onde conseguimos atuar, em todos os segmentos, é o nosso propósito“.

(16)

Fundada em Franca (SP) há 62 anos, a Magazine Luiza aboca-nha 14% do mercado nacional e, de acordo com Julio Cesar Traja-no Rodrigues, diretor executivo, hoje são 50 milhões de acessos nas plataformas e a categoria de móveis é o carro-chefe. No pri-meiro trimestre de 2019, a marca atingiu R$ 5,7 bilhões de fatura-mento, 18 milhões de clientes ativos e 959 lojas físicas. Com o foco em pessoas e inovação, o e-commerce participa com 41% das vendas da marca, sendo 33 milhões de downloads no aplica-tivo. “Sofremos muito com a crise, 2015 foi difícil, as ações bateram R$ 1,00. Mas o nosso propósito sempre foi muito claro, foco em pessoas e inovação. Temos uma máxima que loja é gerente de loja, o resultado depende muito das pessoas que colocamos em determinado lugar. Capacitação é fundamental no nosso negócio”.

No primeiro trimestre de 2019, o e-commerce da Magazine Luiza cresceu 50%, de uma base de 60% de crescimento no último trimestre, contra 8% de alta nas lojas físicas, totalizando R$ 138 milhões de lucro líquido. “Temos grupos de trabalho para controle

de despesa, visto que a margem do varejo é baixo, portanto é pre-ciso um trabalho específico”.

Do final de 2015 até o mo-mento, a marca passou pelo desa-fio de transformar uma empresa tradicional em uma plataforma digital, com pontos físicos. “Muitos

ouviram falar entre 2013/2014 com a chegada do e-commerce que as lojas físicas iriam acabar. O nosso norte sempre foi muito claro, o nosso diferencial eram as lojas físicas, com calor humano”.

Outro propósito foi garantir a inclusão digital. Porém, antes disso, a marca garantiu a inclusão das equipes de trabalho e também a digitalização de cada loja. Cada loja tem uma comuni-cação própria, um canal nas redes, pois as cidades e regiões têm suas particularidades. “Não existe

inclusão social sem inclusão digi-tal. Hoje a rede social é muito poderosa, 70% dos clientes que procuram as lojas físicas já pes-quisaram no virtual”.

Apesar de toda a ousadia, Tra-jano reforçou que é preciso tomar decisões baseados em dados. Atualmente, são 50 milhões de acessos na plataforma digital da marca, a que tem mais acesso é a de móveis. “Nenhum moveleiro me procurou para ter acesso aos números, para saber o motivo de a marca dele estar sendo muito

ou pouco procurada, o que o cliente está buscando, o que está comentando”.

Como acompanhar a transfor-mação digital, a tecnologia e a cabeça do consumidor? “O Maga-zine Luiza utiliza muito do medo de não errar, começamos a rabis-car para depois tomar forma, com muita velocidade. Dentro disso, é deixar de ser uma empresa

multi-canal pra nos transformar em uma plataforma completa com menos investimento, mais margem, mais crescimento. Para isso temos mil desenvolvedores de tecnologia. Temos vários aplicativos próprios. O próximo desafio é o super apli-cativo, para contemplar compras, pagamentos, recarga de celular, serviço de transporte, serviço de montagem, redes sociais, jogos, tudo”.

Como aproveitar as lojas físi-cas nesse mundo online? “Esta-mos abrindo muitas lojas físicas, serão 50 lojas no Pará. Se tem uma coisa que faz a diferença no nosso negócio é a entrega, temos investido muito na logística. Temos mais de 1200 carreteiros que fazem o abastecimento das lojas. O celular está na mão, quem chegar primeiro vai levar, podem ter certeza disso”.

Apesar dos expressivos núme-ros, o Magazine Luiza representa 14% do mercado. “O Brasil tem muita oportunidade, estamos em busca disso, entrar nas lacunas e enxergar onde conseguimos atuar, em todos os segmentos, é o nosso propósito“.

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Fundada em Franca (SP) há 62 anos, a Magazine Luiza aboca-nha 14% do mercado nacional e, de acordo com Julio Cesar Traja-no Rodrigues, diretor executivo, hoje são 50 milhões de acessos nas plataformas e a categoria de móveis é o carro-chefe. No pri-meiro trimestre de 2019, a marca atingiu R$ 5,7 bilhões de fatura-mento, 18 milhões de clientes ativos e 959 lojas físicas. Com o foco em pessoas e inovação, o e-commerce participa com 41% das vendas da marca, sendo 33 milhões de downloads no aplica-tivo. “Sofremos muito com a crise, 2015 foi difícil, as ações bateram R$ 1,00. Mas o nosso propósito sempre foi muito claro, foco em pessoas e inovação. Temos uma máxima que loja é gerente de loja, o resultado depende muito das pessoas que colocamos em determinado lugar. Capacitação é fundamental no nosso negócio”.

No primeiro trimestre de 2019, o e-commerce da Magazine Luiza cresceu 50%, de uma base de 60% de crescimento no último trimestre, contra 8% de alta nas lojas físicas, totalizando R$ 138 milhões de lucro líquido. “Temos grupos de trabalho para controle

de despesa, visto que a margem do varejo é baixo, portanto é pre-ciso um trabalho específico”.

Do final de 2015 até o mo-mento, a marca passou pelo desa-fio de transformar uma empresa tradicional em uma plataforma digital, com pontos físicos. “Muitos

ouviram falar entre 2013/2014 com a chegada do e-commerce que as lojas físicas iriam acabar. O nosso norte sempre foi muito claro, o nosso diferencial eram as lojas físicas, com calor humano”.

Outro propósito foi garantir a inclusão digital. Porém, antes disso, a marca garantiu a inclusão das equipes de trabalho e também a digitalização de cada loja. Cada loja tem uma comuni-cação própria, um canal nas redes, pois as cidades e regiões têm suas particularidades. “Não existe

inclusão social sem inclusão digi-tal. Hoje a rede social é muito poderosa, 70% dos clientes que procuram as lojas físicas já pes-quisaram no virtual”.

Apesar de toda a ousadia, Tra-jano reforçou que é preciso tomar decisões baseados em dados. Atualmente, são 50 milhões de acessos na plataforma digital da marca, a que tem mais acesso é a de móveis. “Nenhum moveleiro me procurou para ter acesso aos números, para saber o motivo de a marca dele estar sendo muito

ou pouco procurada, o que o cliente está buscando, o que está comentando”.

Como acompanhar a transfor-mação digital, a tecnologia e a cabeça do consumidor? “O Maga-zine Luiza utiliza muito do medo de não errar, começamos a rabis-car para depois tomar forma, com muita velocidade. Dentro disso, é deixar de ser uma empresa

multi-canal pra nos transformar em uma plataforma completa com menos investimento, mais margem, mais crescimento. Para isso temos mil desenvolvedores de tecnologia. Temos vários aplicativos próprios. O próximo desafio é o super apli-cativo, para contemplar compras, pagamentos, recarga de celular, serviço de transporte, serviço de montagem, redes sociais, jogos, tudo”.

Como aproveitar as lojas físi-cas nesse mundo online? “Esta-mos abrindo muitas lojas físicas, serão 50 lojas no Pará. Se tem uma coisa que faz a diferença no nosso negócio é a entrega, temos investido muito na logística. Temos mais de 1200 carreteiros que fazem o abastecimento das lojas. O celular está na mão, quem chegar primeiro vai levar, podem ter certeza disso”.

Apesar dos expressivos núme-ros, o Magazine Luiza representa 14% do mercado. “O Brasil tem muita oportunidade, estamos em busca disso, entrar nas lacunas e enxergar onde conseguimos atuar, em todos os segmentos, é o nosso propósito“.

ALEXANDRE

GARCIA

JORNALISTA

C O N J U N T U R A

P O L Í T I C A N A C I O N A L

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O jornalista Alexandre Garcia abordou o tema ‘Conjuntura políti-ca nacional’. Com sua experiência de quase meia década de ativida-des na imprensa brasileira, sendo boa parte vivenciada em Brasília, Garcia fez apontamentos sobre o atual cenário político do País. Garcia começou dizendo que cres-ceu ouvindo dizer que o Brasil é o país do futuro, no entanto, até o momento isso não aconteceu. Para ele, o brasileiro precisa ser mais otimista, acreditar que as ações em andamento darão certo e colocarão o Brasil novamente no rumo certo.

Para Garcia, assim que passar a Reforma da Previdência, os brasi-leiros terão otimismo e entusiasmo. “Vai demorar cerca de 10 anos para sentirmos os efeitos da redução do déficit, mas o entusiasmo e o inves-timento serão uma realidade, pois haverá uma certeza do futuro. Em seguida haverá a Reforma

Tributá-ria, com a desoneração da folha de pagamento, por exemplo, ou seja, o empresário que tem quatro funcio-nários não precisará pagar por oito”. O governo atual está trabalhan-do para tirar as amarras da burocra-cia, essa bola de ferro no pé dos em-presários. A Medida Provisória da Liberdade Econômica está nesse sentido, assim como outras refor-mas, o que aumentará a possibilida-de do comércio interno e externo, assim como, numa primeira etapa, simplificar os impostos para uma garantia de futuro, a garantia de que os contratos serão cumpridos.

O jornalista concluiu sua partici-pação no Congresso instigando os presentes com a seguinte reflexão: “E se toda a população brasileira fosse morar no Japão e o japoneses viessem morar no Brasil? Eu tenho certeza de que em 10 anos o Brasil seria um país de primeiro mundo”.

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MARCOS

PIANGERS

COLUNISTA

U M A E S P I A D A

N O F U T U R O

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