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Robert Williams Scavone Kairalla Engenheiro pela Escola Politécnica da USP (CREA /D) PERÍCIAS E AVALIAÇÕES EM ENGENHARIA E AVIAÇÃO CIVIL

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Academic year: 2021

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA 5º VARA CÍVEL DO

FORO DE GUARULHOS/SP

PROCESSO nº: 1024483-31.2016.8.26.0224

REQUERENTE: Carlos Jose Candido

REQUERIDA:

Quitéria Clementina da Silva

ROBERT WILLIAMS SCAVONE KAIRALLA, engenheiro, CREA n° 5060233532/D,

nomeado e compromissado nos autos da ação supra citada, como PERITO

JUDICIAL, tendo executado as devidas diligências, pesquisas e cálculos, vem mui

respeitosamente apresentar a V. Exa. o resultado de seu trabalho no seguinte

(2)

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

O presente Laudo visa à apuração do justo, real e atual valor de mercado do

imóvel localizado na zona urbana da cidade de Guarulhos, constituído do lote

número 5, quadra K, situado no Bairro Jardim Frizzo, localizado na Avenida

Urgandino Fanganiello, de nº 261 (antigo 255), com área de 125,25 m², medindo

7,00 ms de frente, 18,00 ms no lado que divide com o lote 6, 17,50 ms de outro

lado e 7,02 ms nos fundos, e inscrição municipal n.º 111.60.72.1369.00.000, junto

à prefeitura de Guarulhos.

A fim de atribuir o justo, real e atual valor ao bem, foi deferida prova pericial, cujo

signatário foi honrado com este mister, que executou as pesquisas, diligências e

cálculos necessários ao caso em pauta, os quais passa a apresentar na sequência.

VISITA TÉCNICA NO IMÓVEL AVALIANDO

Nos dias 07 e 16 de agosto de 2018 esteve este expert no endereço do imóvel

objeto desta perícia, com a intenção de fotografar o imóvel internamente, mas

não teve êxito em ser atendido, desta maneira este Laudo Pericial será elaborado

SEM FOTOS INTERNAS DO IMÓVEL AVALIANDO, O QUE NÃO PREJUDICA EM

NADA A AVALIAÇÃO DO MESMO

.

(3)

RESUMO DOS AUTOS

Relato inicial do autor:

Alienação de coisa comum indivisível

CARLOS JOSÉ CANDIDO, brasileiro, divorciado, portador da cédula de identidade RG n. 8.299.053

SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob n. 009.883.268-92, residente e domiciliado na Rua Manoel

Damasceno, n.º 20 – Cabugá – São Caetano- Pernambuco / CEP: 55130-000, e-mail:

contato@linoadvogados.com.br, por sua advogada, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 632 do Código Civil e 730 c/c 879 a 903, 870 a 874 do NCPC,

propor :

AÇÃO DE ALIENAÇÃO DE COISA COMUM INDIVISÍVEL

em face de QUITÉRIA CLEMENTINA DA SILVA, brasileira, portadora da cédula de identidade RG n. 15.147.869-7 SSP/SP, inscrita no CPF/MF sob n. 027.454.928-02, residente e domiciliada na Rua

Urgantino Fanganiello, n.º 261 (antigo 255) – Jd. Frizzo - Guarulhos – SP CEP.: 07031-020, pelos

fatos e motivos seguintes

Preliminarmente I

Requer-se seja concedido ao requerente, o benefício da justiça de graça, eis constituir-se em pessoa pobre e carente, tendo firmado para tanto o incluso declaração de pobreza.

O requerente é aposentado por invalidez, idoso, doente e ainda paga aluguel no valor de R$ 600,00, conforme documentos anexos.

Preliminarmente II

DA TRAMITAÇÃO PREFERENCIAL – ESTATUTO DO IDOSO

O autor possui mais de 60 anos (ATUALMENTE CONTA 69 ANOS) de idade, motivo pelo qual, tem prioridade na tramitação da presente, consoante dispõe a Lei n°.10.741/03 (estatuto do idoso).

Dos Fatos

Consoante se afere pela inclusa sentença (proferida nos autos nº 1007816- 38.2014.8.26.0224 do pedido de divórcio direito litigioso) coube ao autor, 50% (cinqüenta por cento) do imóvel comum, de que co-proprietário a requerida, a se constituir de um terreno e sua respectiva casa, localizado na zona urbana desta cidade, constituído do lote número 5, quadra K, situado no Bairro Jardim Frizzo, localizado na Avenida Urgandino Fanganiello, de nº 261 (antigo 255), com área de 125,25m², medindo 7,00ms de frente, 18,00ms no lado que divide com o lote 6, 17,50ms de outro lado e 7,02ms nos fundos, onde divide com a propriedade da S/A Colombo.

Possui inscrição municipal n.º 111.60.72.1369.00.000 e valor venal territorial (terreno e casa), referente ao exercício de 2016 (dois mil e dezesseis), de R$ 202.478,05 (duzentos e dois mil, quatrocentos e setenta e oito reais e cinco centavos), consoante inscrição anexa.

Sobre o imóvel antes descrito jaz incrustada a residência comum, da qual o autor também possui direito de 50% (cinqüenta por cento) da área construída, visto que este, contraiu núpcias com o requerido, sob o regime a comunhão universal de bens. Vide em anexo, assento de casamento.

(4)

Face o bem imóvel e a respectiva edificação ser impassível de divisão, e ante a invencível resistência da requerida, de entabular qualquer acordo pela via consensual com o autor, serve-se da presente demanda, onde anela, a alienação judicial dos bens (imóvel e casa), extinguindo, por decorrência lógica e inexorável, o condomínio existente.

Quanto a admissibilidade da presente postulação, toma-se a liberdade de coligir, ementa parida pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, a qual guarda similitude com o tema submetido a desate:

Apelação cível - Extinção de condomínio - As partes eram casadas em regime de comunhão de bens, e adquiriram o imóvel em condomínio no ano de 1980 - Não é necessário manter as partes em condomínio no imóvel após a separação judicial - A solução é a extinção do condomínio com venda em hasta pública - Apelo improvido (Voto 20764). (Relator(a): Ribeiro da Silva; Comarca: Tanabi; Órgão julgador: 8ª Câmara de Direito Privado; Data do julgamento: 03/08/2011; Data de registro: 11/08/2011;

Outros números: 994071109183)

VENDA DE COISA COMUM. Preceitua o Código Civil, art. 632: "quando a coisa for indivisível, ou se tornar, pela divisão, imprópria ao seu destino, e os consortes não quiserem adjudicá-la a um só, indenizando os outros, será vendida e repartido o preço..." É a venda compulsória. Os Tribunais do País, interpretando ao aludido dispositivo legal, assim têm entendido: "Deve ser deferido o pedido do condômino que não quer continuar no estado de indivisão, para que se realiza a venda judicial da coisa comum, no caso de não ser possível, de fato e de direito, acordo amigável versando sobre a adjudicação pelo imóvel a um

dos condôminos, mediante a competente reposição do preço." (Revista de Direito, 70:342) Sinale-se, por relevantíssimo que a requerida encontra-se no uso e gozo exclusivo dos bens supra referidos, não pagando ao autor qualquer contraprestação pela fruição da cota-parte desta. ARBITRAMENTO DE ALUGUEL - VALOR FIXADO EM RESPEITO AO QUINHÃO DO REQUERENTE A requerida mora no imóvel, enquanto que o requerido paga aluguel, com muito sacrifício, da casa onde reside na cidade de São Caetano – PE. Assim, enquanto o imóvel não é partilhado, o valor do aluguel correspondente ao seu quinhão, ou seja, 50% do imóvel, deve ser arbitrado em favor do requerente, devido desde a citação da requerida até a extinção do condomínio, sob pensa de enriquecimento ilícito conforme artigo 884 do CC:

Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários. Neste sentido, é o

entendimento de nosso Tribunal: Ementa: ARBITRAMENTO DE "ALUGUEL" – Ex-casal - Cabimento

pelo uso exclusivo do imóvel pela requerida, sob pena de enriquecimento ilícito – Autor faz jus a

receber 50% do valor de "aluguel" arbitrado, devidos desde a citação até a extinção do condomínio – Aplicação do art. 252 do Regimento Interno do Tribunal de Justiça de São Paulo – Ratificação dos fundamentos da sentença - Recurso não provido [4003522-96.2013.8.26.0038, 7ª Câmara de Direito Privado, Relator(a): Miguel Brandi, Data do julgamento: 26/04/2016]

ISTO POSTO, com sede no artigo 730, combinado com artigo 725, inciso IV, ambos do Novo Código de Processo Civil, oferece para a seleta e dilúcida consideração de Vossa Excelência, os seguintes REQUERIMENTOS:

I - ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA

Conceda Vossa Excelência, ao requerente o benefício da justiça de graça, eis constituir-se em pessoa pobre e carente, tendo firmado para tanto o incluso declaração de pobreza.

(5)

O requerente é aposentado por invalidez, idoso, doente e ainda paga aluguel no valor de R$ 600,00, conforme documentos anexos.

II - CITAÇÃO DO REQUERIDO

Seja a requerida (co-proprietária) devidamente citada, no endereço alhures consignado, franqueando-lhe a contradita, no prazo estatuído pelo artigo 721 do NCPC, sob pena de revelia, e julgamento antecipado.

III - MINISTÉRIO PÚBLICO

Do pedido deduzido, e de seus incidentes, seja dada vista ao (a) representante do MINISTÉRIO PÚBLICO, que oficina nessa Vara, a teor do artigo 721 do NCPC .

IV - AVALIAÇÃO DE BENS

Nos termos do artigo 870 a 874 do NCPC, sejam os bens (imóvel e casa) avaliados por profissional habilitado, franqueando-se as partes a formulação de quesitos.

V – DO ARBITRAMENTO DE ALUGUEL

Requer-se seja arbitrado o valor do aluguel correspondente ao quinhão do requerente, ou seja, 50% do imóvel.

VI - ALIENAÇÃO JUDICIAL

Após de conhecido a quantificação monetária dos bens, objeto do item IV, sejam estes levados a hasta pública, para a venda da referida propriedade, com fundamento nos art. 632 do Código Civil e 730 c/c 879 a 903 do NCPC, resguardando-se ao autor, 50% (cinqüenta por cento) do valor do imóvel e respectiva edificação.

VII - PEDIDO FINAL

a) a apresentação de todas as provas em direito admitidas, inclusive a inquirição das testemunhas, o depoimento pessoal do requerente e da requerida e vistoria, tudo na forma e sob as penas da lei; b) o pagamento das custas processuais proporcionalmente e honorários advocatícios arbitrados por Vossa Excelência.

c) Ao final, requer a procedência da presente ação, com a extinção do condomínio existente, no que diz respeito ao bem de raiz e edificação, decorrência direta da alienação judicial, condenando-se a requerida nas verbas derivadas do princípio da sucumbência, inclusive, em honorários advocatícios, fixados, estes, em 20% (vinte por cento) sobre o valor da ação.

Estimando a presente sit et in quantum, R$ 202.478,05 (duzentos e dois mil, quatrocentos e setenta e oito reais e cinco centavos, o valor da ação corresponderá ao estimado pela avaliação.)

PEDE E ESPERA DEFERIMENTO Guarulhos, 06 de julho de 2016. ELISÂNGELA LINO

(6)

Decisão deste M.M Juízo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMARCA DE GUARULHOS

FORO DE GUARULHOS 5ª VARA CÍVEL

Rua José Maurício, 103, Sala 03, Centro, CEP 07011-060, Fone: (11) 2408-8122, Guarulhos-SP - E-mail: guarulhos5cv@tjsp.jus.br

DECISÃO Processo nº: 1024483-31.2016.8.26.0224

Classe - Assunto Alienação Judicial de Bens - Propriedade Requerente: Carlos Jose Candido

Requerido: Quitéria Clementina da Silva Prioridade Idoso

CONCLUSÃO

Aos 7 de julho de 2016, faço estes autos conclusos ao(a) MM(A). Juiz(a) de Direito da 5ª Vara Cível da Comarca de Guarulhos, Estado de São Paulo, Dr(a). Alexandre Andreta dos Santos. Eu,____, Flávia Aparecida do Amaral, Oficial Maior, subscrevi.

Vistos.

Defiro ao autor a prioridade etária. Anote-se.

O a tigo 5º, i iso LXXIV, da Co stituição Fede al, dispõe ue o Estado prestará

assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos .

Embora para a concessão da gratuidade não se exija o estado de miséria absoluta, é necessária a comprovação da impossibilidade de arcar com as custas e despesas do processo sem prejuízo de seu sustento próprio ou de sua família. A declaração de pobreza, por sua vez, estabelece mera presunção relativa da hipossuficiência, que cede ante outros elementos que sirvam para indicar a capacidade financeira. Antes de indeferir o pedido, contudo, convém facultar ao interessado o direito de provar a impossibilidade de arcar, sem o seu próprio prejuízo ou de sua família, com as custas e despesas do processo. Assim, para apreciação do pedido de Justiça Gratuita, a parte requerente deverá, em 15 dias úteis, apresentar, sob pena de indeferimento do benefício:

a) cópia da última declaração de imposto de renda;

b) cópia de do último comprovante mensal de rendimento, recibo de salário, comprovante de recebimento de benefício previdenciário, etc;

c) cópia dos extratos bancários dos últimos dois meses.

Faculto a parte requerente no mesmo prazo, o recolhimento da taxa judiciária, a taxa previdenciária relativa à procuração e taxa de postagem ou diligência de oficial de justiça, conforme o caso, sob pena de extinção, sem nova intimação.

Em igual prazo, deverá, observado que a matrícula de fls. 21/25 não está atualizada, juntar matrícula atualizada do imóvel.

Int.

(7)

AINDA O AUTOR

CARLOS JOSÉ CANDIDO, já qualificado nos autos da AÇÃO DE ALIENAÇÃO DE COISA COMUM INDIVISÍVEL que move em face de QUITÉRIA CLEMENTINA DA SILVA, por sua advogada, vem mui respeitosamente perante Vossa Excelência, informar e requerer o seguinte:

Requer-se inicialmente a juntada de certidão atualizada do imóvel, objeto dos presentes autos (doc.01).

Quanto os documentos requeridos por Vossa Excelência, para o fim de conceder ao autor os benefícios da justiça gratuita, cabe informar o seguinte:

a ópia da últi a de la ação de i posto de e da : o autor é isento, eis que não atinge a renda/alíquota para fins de declaração anual do imposto de renda, conforme declarações anexas da Receita Federal (doc.02);

ópia de do últi o o p ova te e sal de rendimento, recibo de salário, comprovante de recebimento de benefício previdenciário, etc: : Re ue -se a juntada de Extrato de pagamento do benefício de aposentadoria por invalidez do autor (doc.03);

ópia dos ext atos a á ios dos últi os dois eses : o autor reside em Pernambuco conforme consignado na petição inicial.

Contudo, a agência bancária onde possui conta é sediada em Guarulhos. O Autor tentou conseguir em sua cidade, na agência bancária filial, os extratos requeridos por Vossa Excelência, mas tendo em vista que o cartão vinculado à conta venceu, e sua agência bancária é em Guarulhos, o autor deverá aguardar o novo cartão chegar em sua residência em Pernambuco, eis que no momento não possui condições financeiras de vir até Guarulhos. Diante disto, requer-se digne Vossa Excelência conceder a DILAÇÃO DO PRAZO para mais 30 dias a fim de apresentar os extratos bancários requeridos por Vossa Excelência.

Por fim, requer-se a juntada de exame realizado pelo autor recentemente, comprovando que sofre de diabetes (doc.04) e necessita de constante acompanhamento médico, além de gastos permanentes com medicamento e com alimento necessário.

Nestes termos, P. deferimento. Guarulhos, 28 de julho de 2016. ELISÂNGELA LINO

(8)

NOVAMENTE O AUTOR

CARLOS JOSE CANDIDO, brasileiro, divorciado, portador da cédula de identidade RG n.º 8.299.053 SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob n.º 009.883.268-92, residente e domiciliado na Rua Manoel Damasceno, 20-A – Cabugá – São Caetano- Pernambuco-PE / CEP: 55130-000, por sua Advogada e procuradora infra-assinado, nos autos da AÇÃO DE ALIENAÇÃO DE COISA COMUM INDIVISÍVEL que

promove em relação a QUITÉRIA CLEMENTINA DA SILVA, brasileira, portadora da cédula de

identidade RG n. 15.147.869-7 SSP/SP, inscrita no CPF/MF sob n. 027.454.928-02, residente e domiciliada na Rua Urgantino Fanganiello, n.º 261 (antigo 255) – Jd. Frizzo - Guarulhos – SP CEP:

07031-020. (processo n.º 1024483-31.2016.8.26.0224 em tramite perante a 5ª Vara Cível de

Guarulhos), não se conformando, data maxima venia, com a r.decisão de fl. 47, em que o juízo a

quo lhe indeferiu os benefícios da Justiça Gratuita, vem mui respeitosamente, perante Vossa Excelência, tendo em vista decisão de primeira instância, interpor, com base no artigo 1.015, inciso V, do N.Código de Processo Civil:

AGRAVO DE INSTRUMENTO

Com pedido EFEITO ATIVO e EFEITO SUSPENSIVO, conforme argumentos de fato e de direito que a seguir expõe:

Razões do Agravo de Instrumento Agravante: CARLOS JOSÉ CANDIDO

Agravado: QUITÉRIA CLEMENTINA DA SILVA MM. JUIZ DA 5ª VARA CÍVEL DE GUARULHOS – SP. Processo: 1024483-31.2016.8.26.0224

Egrégio Tribunal

Preliminarmente I – Concessão da Assistência Judiciária Gratuita recursal

O agravante interpôs ação que versa sobre alienação judicial de coisa comum indivisível requerendo o benefício de justiça gratuita, sendo-lhe indeferido o benefício, razão pela qual a presente deverá ser recebida independente de preparo.

Por conseguinte, deixa o agravante de efetuar o recolhimento do preparo, requerendo a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, uma vez que não possui, atualmente, condições financeiras para promover o regular prosseguimento deste Agravo de Instrumento interposto e o regular processamento dos autos principais, sem prejuízo de sua sustento e de sua família, conforme declaração acostada à fl. 08 e documentos que comprovam que o agravante é aposentado por invalidez (fls.40 processo principal), idoso (atualmente 70 anos de idade), doente (fls. 09/12 e 41, processo principal) e ainda paga aluguel no valor de R$ 600,00 (fls. 13/14), confirmando assim que o agravante está impossibilitado de arcar com as custos e despesas do processo.

Preliminarmente II- Do prazo para interposição do presente recurso face a decisão de fls. 47

O agravante tomou ciência da decisão agravada de fl.47, somente em 10/11/2016, eis que a decisão agravada foi publicada no diário eletrônico da justiça em 09/11/2016.

Assim, aplicando-se o constante no artigo 1.003, do NCPC, o agravante está interpondo o presente Agravo tempestivamente, eis que o prazo expira em 05/12/2016.

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Dos Fatos

O agravante ingressou com pedido de divorcio consoante se afere sentença acostadas as fls. 16/17 dos autos principais, de cuja sentença foi proferida nos autos nº 1007816- 38.2014.8.26.0224 do pedido de divórcio direito litigioso e que, coube ao agravante o direito de 50% (cinquenta por cento) do imóvel comum, de que coproprietário a requerida, a se constituir de um terreno e sua respectiva casa, localizado na zona urbana desta cidade, constituído do lote número 5, quadra K, situado no Bairro Jardim Frizzo, localizado na Avenida Urgandino Fanganiello, de nº 261 (antigo 255), onde divide com a propriedade da S/A Colombo .

Sobre o imóvel antes descrito jaz incrustada a residência comum, da qual o agravante também possui direito de 50% (cinquenta por cento) da área construída, visto que este contraiu núpcias com o requerido, sob o regime a comunhão universal de bens.

Não havendo acordo amigável entre o casal, para a venda do imóvel de maneira amigável, o agravante entrou com AÇÃO DE ALIENAÇÃO DE COISA COMUM INDIVISÍVEL (extinção de condomínio).

O agravante pediu tramitação preferencial, que foi concedido pelo Juiz, porém o pedido de concessão dos benefícios da Justiça Gratuita lhe foi negado.

DA DECISÃO AGRAVADA

Apreciando a questão, assim decidiu o MM. Juiz a quo:

I defi o ao autor os benefícios da justiça gratuita, visto que, pena análise dos documentos apresentados, anoto que o autor possui recursos para custeio das despesas processuais sem o prejuízo do próprio sustento.

Providencie o autor o recolhimento da taxa judiciária, taxa de postagem e taxa de mandato em dez dias. [...] GRIFO NOSSO.

Assim sendo, o MM Juiz, não aceitou a justificativa e os documentos do agravante, os quais demonstram que o agravante está em situação econômica que não permite demandar sem sacrifício do sustento próprio e/ou familiar.

Nesse rumo, passa a expor as razões de reforma dessa decisão acima descrita, e anexada a esse agravo.

DAS RAZÕES PARA A REFORMA

Data vênia, o argumento utilizado, pelo juízo, para negar a gratuidade da justiça, não procede, haja vista que o agravante é DOENTE, aposentado por invalidez, não podendo trabalhar para complementar sua aposentadoria, paga aluguel e o dinheiro que ganha MAL dá para seu sustento e de sua família.

O agravante é aposentado por invalidez (fls.40 processo principal), idoso (atualmente 70 anos de idade), doente (fls. 09/12 e 41, processo principal) e ainda paga aluguel no valor de R$ 600,00 (fls. 13/14). Diante de tais fatos, o agravante não tem condições de arcar com as despesas processuais atuais e futuras, necessitando assim de assistência judiciária gratuita. Conforme demostrado abaixo:

(10)

_ Taxa Judiciária (1% sobre o Valor da causa, que in caso, é o valor do imóvel), ao ser atualizado, o valor da causa corrigido é aumentado.

_ Taxa de postagem _ Taxa de mandato

_ Avaliador, afim de que seja o bem (imóvel) avaliados por profissional habilitado (artigo 870, § único NCPC), franqueando-se as partes a formulação de quesitos.

_ Praça/Leilão/Hasta pública, depois de avaliado o bem deverá ser alienado em praça.

Além dos gastos do presente recurso e as taxas já requeridas pelo Excelentíssimo Juiz de primeira instância.

Para se ter idéia de custo, segue abaixo tabela:

TABELA DE VALORES

Ora, conforme comprovado, o agravante é isento do pagamento de imposto de Renda eis que não atinge a renda/alíquota para fins de declaração anual do imposto de renda (fls. 38/39), conforme declarações anexas da Receita Federal. Isto prova que o agravante não possui renda suficiente para sustentar o ônus do processo.

É o entendimento de nossos tribunais:

EMENTA - AGRAVO DE INSTRUMENTO – JUSTIÇA GRATUITA - COMPROVAÇÃO DE

INSUFICIÊNCIA DE RECURSOS ATRAVÉS DE DOCUMENTOS HÁBEIS - DECLARAÇÃO DE ISENÇÃO ANUAL DE IMPOSTO DE RENDA - DEFERIMENTO DOS BENEFÍCIOS DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA. O benefício da assistência judiciária somente será concedido quando restar devidamente comprovada a alegada insuficiência de recursos para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, em atendimento ao disposto no inciso LXXIV, do artigo 5º, da Constituição da República, de 1988. Se a parte apresenta nos autos declaração de isenção de imposto de renda, documento apto a indicar sua incapacidade para arcar com as custas e despesas processuais sem comprometer o seu sustento e o de sua família, os benefícios da gratuidade de justiça devem ser concedidos. Recurso provido. Processo AI 10024130301252001 MG - Orgão Julgador: Câmaras Cíveis / 10ª CÂMARA CÍVEL Publicação 06/09/2013. [GRIFO NOSSO]

(11)

EMENTA JUSTIÇA GRATUITA - DECLARAÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA QUE COMPROVA A HIPOSSUFICIÊNCIA - Não há impedimento em se exigir um mínimo de comprovação da parte, relativamente ao alegado estado de pobreza - Documento juntado pela parte (declaração de imposto de renda) suficiente para que se admita como verdadeira a alegação de pobreza-Inexistência de elementos que contradigam a declaração firmada pela parte de não poder arcar com custas judiciais, sem prejuízo do próprio sustento. Agravo provido. Nº 1196393- 0/0 TRIBUNAL ACÓRDÃO/DECISÃO DE JUSTIÇA MONOCRÁTICA DE SÃO PAULO Comarca de SÃO VICENTE 6.V.CÍVEL REGISTRADO (A) SOB Nº Processo 1259/08 '01872453 '[GRIFO NOSSO]

Assim, fica demostrado, que o agravante possui o direito de ter assistência judiciaria gratuita, pois se mostrou isento a declaração de imposto de renda e ainda demostrou que não tem condições de arcar com ás custas do processo, prova é de que não possui dinheiro em conta poupança conforme fls. 45 dos autos principais, sendo assim, dependendo da assistência jurídica integral gratuita conforme prevê a nossa Constituição Federal, in verbis:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

[...]

LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;

Ante o exposto, resta claro o direito da Agravante ao benefício da Assistência Judiciária Gratuita, devendo ser dado provimento ao presente recurso de agravo de instrumento, a fim de reformar a r. Decisão agravada, deferindo a gratuidade da justiça, nos termos do requerimento formulado pelo agravante.

EFEITO SUSPENSIVO

Requer-se, outrossim, seja concedido ao presente Agravo o efeito suspensivo, nos termos do 1.019, inciso I e artigo 932 inciso II do N. Código de Processo Civil, considerando a enorme possibilidade da r.decisão agravada ser cumprida antes da decisão do presente recurso, eis que o juízo agravado, determinou que o agravante recolha taxa judiciária, taxa de postagem e taxa de mandato em dez dias, razão pela qual a decisão tardia do presente Agravo, poderá trazer prejuízos irreparáveis ante ao obstáculo que haverá na utilização da via recursal, se necessária, estando caracterizado, assim, o periculum in mora.

EFEITO ATIVO

Isto posto, o agravante REQUER a Vossas Excelências, pela relevância e correção dos argumentos expostos, a concessão do efeito ativo ao presente recurso, invalidando a r.decisão agravada e com

base nos artigos 300 e 1.019, inciso I do NCPC, determinar a expedição de ofício ao agravado, para:

a) Seja deferido o efeito ativo ao presente agravo de instrumento para suspender os efeitos da decisão interlocutória, determinando o prosseguimento do feito sem o recolhimento das custas e despesas processuais.

b) Seja deferido o efeito ativo ao presente agravo de instrumento para suspender os efeitos da decisão interlocutória, determinando o prosseguimento do feito sem o recolhimento das custas e despesas processuais.

(12)

c) Seja dado provimento ao presente recurso a fim de reformar a r. Decisão agravada, deferindo a gratuidade da justiça, nos termos dos requerimentos formulados pela Agravante na declaração de pobreza firmada e juntada aos autos, além dos documentos comprobatórios de sua insuficiência financeira, e pelos motivos expostos nos corpo deste recurso.

c) Deixar de recolher custas recursais, considerando não ter condições de arcar com as custas processuais, nos moldes da declaração de pobreza firmada e juntada aos autos, requerendo, desde já, o benefício da gratuidade da justiça.

PEDIDO

Finalmente, o agravante REQUER de Vossas excelências, se dignem conhecer e dar provimento ao presente agravo de instrumento para confirmar o efeito ativo acima requerido, para:

a) Seja o presente Agravo de Instrumento recebido e distribuído incontinentemente;

b) Seja deferido o efeito ativo ao presente agravo de instrumento para suspender os efeitos da decisão interlocutória, determinando o prosseguimento do feito sem o recolhimento das custas e despesas processuais;

c) Seja dado provimento ao presente recurso a fim de reformar a r. Decisão agravada, deferindo a gratuidade da justiça, nos termos dos requerimentos formulados pela Agravante na declaração de pobreza firmada e juntada aos autos, e pelos motivos expostos nos corpo deste recurso;

d) Deixa de recolher custas recursais, considerando não ter condições de arcar com ás custas processuais, nos moldes da declaração de pobreza firmada e juntada aos autos, requerendo, desde já, o benefício da gratuidade da justiça;

Cumprindo o estabelecido no inciso IV do artigo 1.016 do Código de Processo Civil, o agravante

informa a seguir o o e e o e de eço completo dos advogados o sta tes o p o esso :

Procuradora do Agravante: Dra. Elisângela Lino, OAB/SP 198.419, com endereço na Rua Jardim Alegre, nº 209, Centro – Guarulhos – SP / CEP.: 07090-220. Procurador do Agravado:

A advogada que funciona no processo é apenas o advogada do Agravante, já que o Agravado não possui advogados constituídos nos autos até o presente momento. O Agravante junta cópia integral dos autos, declarada autêntica pelo advogado nos termos do artigo 1.017 e incisos do Código de Processo Civil, e, entre elas, encontram-se as seguintes peças obrigatórias.

1 - Inicial ( fls. 01/06);

1- Procuração outorgada à advogada do agravante (fls.7); 2- Declaração de Hipossuficiência (fls. 8);

3- Comprovante que o agravante está doente (fls. 09/12 e 41); 4- Recibos de Aluguel ( fls. 13/14)

5- Comprovante de que o agravante é idoso (fls. 15); 6- Termo de audiência divórcio (fls. 16/17)

7- Certidão de Casamento (fls. 18/19)

8- Certidão Valor Venal Prefeitura de Guarulhos (fls. 20.)

9- Cópia autenticada da Matricula no imóvel do 1° Oficial registro de Imóveis (fls.21/25) 10- Despacho/decisão juízo agravante (fls. 27/29);

(13)

12- Matricula no imóvel do 1° Oficial registro de Imóveis atualizada (fls.32/37); 13- Declaração anual de Isenção do Imposto de renda (fls. 38/39);

14- Comprovante que o agravante é aposentado por invalidez (fls.40); 15- Despacho/decisão juízo agravante (fls. 42/43)

16- Petição informando as Cópias dos extratos bancários dos últimos meses (fls.45/46) 17- Decisão que indeferiu Justiça Gratuita ao agravante (fls.47)

18- Certidão de publicação da decisão supra (fls. 48) Nestes termos,

Pede e espera deferimento.

Guarulhos, 02 de dezembro de 2016. ELISÂNGELA LINO

(14)

DECISÃO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADO DE SÃO PAULO

9ª Câmara de Direito Privado

Agravo de Instrumento nº 2247038-34.2016.8.26.0000

Comarca: Guarulhos

Agravante: CARLOS JOSÉ CANDIDO

Agravado: Quitéria Clementina da Silva

Vistos.

1. Cuida-se de agravo de instrumento tirado de decisão que, em ação de alienação

de coisa comum indivisível, indeferiu os benefícios da assistência judiciária

gratuita perseguidos pelo autor.

Sustenta o recorrente, em síntese, é aposentado e doente, sobrevive com os

rendimentos recebidos do INSS (R$ 2.185,00) e paga aluguel no valor de R$

600,00. Diz

que, assim, não possui condições de arcar com o valor das despesas relativas ao

feito, não possui qualquer dinheiro em conta poupança e também é isento

perante o Fisco Federal. Pede o deferimento do pleito.

2. Processe-se.

Presente o risco de dano processual, defiro o pedido liminar para sustar os efeitos

da decisão combatida até final apreciação do tema pelo colegiado.

3. Dê-se ciência ao juízo a quo, servindo este como ofício. Desnecessárias

informações e contraminuta, uma vez ainda não composta a lide.

Voto nº 21.168

À mesa.

(15)

São Paulo, 12 de dezembro de 2016.

Galdino Toledo Júnior

Relator

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Registro: 2017.0000054375

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento nº

2247038-34.2016.8.26.0000, da Comarca de Guarulhos, em que é agravante C. J. C., é

agravado Q. C. DA S.. ACORDAM, em 9ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de

Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Deram provimento ao recurso.

V. U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão.

O julgamento teve a participação dos Exmo. Desembargadores COSTA NETTO

(Presidente sem voto), MAURO CONTI MACHADO E ALEXANDRE LAZZARINI.

São Paulo, 7 de fevereiro de 2017.

Galdino Toledo Júnior

RELATOR

Assinatura Eletrônica

(16)

DECISÃO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADO DE SÃO PAULO

9ª Câmara de Direito Privado

Agravo de Instrumento nº 2247038-34.2016.8.26.0000

Comarca: Guarulhos

Agravante: CARLOS JOSÉ CANDIDO

Agravado: Quitéria Clementina da Silva

Voto nº 21.168

JUSTIÇA GRATUITA Ação de

alienação de coisa comum -

Cabimento

Elementos

constantes

dos

autos

insuficientes para afastar a

presunção

de

pobreza

atribuída à parte Renda

mensal comprovada que não

se mostra elevada Recurso

provido.

1. Cuida-se de agravo de instrumento tirado de decisão que, em ação de alienação

de coisa comum indivisível, indeferiu os benefícios da assistência judiciária

gratuita perseguidos pelo autor.

Sustenta o recorrente, em síntese, é aposentado e doente, sobrevive com os

rendimentos recebidos do INSS (R$ 2.185,00) e paga aluguel no valor de R$

600,00. Diz que, assim, não possui condições de arcar com o valor das despesas

relativas ao feito, não possui qualquer dinheiro em conta poupança e também é

isento perante o Fisco Federal. Pede o deferimento do pleito.

Recurso regularmente processado, deferido o efeito suspensivo perseguido.

Dispensadas informações e contraminuta, uma vez ainda não composta a lide.

2. Comporta acolhida o reclamo.

(17)

Com efeito, a Constituição Federal em seu artigo 5º, LXXIV, prevê a obrigação do

Estado de prestar assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem

insuficiência de recursos. De outra parte, o artigo 99, §2º, do NCPC, dispõe que o

juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que

evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão da gratuidade.

Nada obstante, imperioso frisar que inexiste na lei critério objetivo para a

apreciação dos requisitos autorizadores da benesse, nada impedindo que o

magistrado ordene a comprovação do alegado.

No entanto, ao que consta dos autos, o autor é aposentado perante o INSS e não

possui outras fontes de renda, de modo que os rendimentos comprovados (fl. 49)

não se mostram elevados a ponto de afastar a presunção de hipossuficiência

financeira.

Importante ressaltar, por fim, como vem sendo reiteradamente entendido por

esta Câmara, que é totalmente equivocado, sendo repudiado pela doutrina e

jurisprudência dominante, o entendimento de que somente miseráveis devem ter

direito à justiça gratuita.

Nada impede, também, que a parte adversa, se entender pertinente, postule a

revogação dos benefícios ora deferidos, demonstrando para tanto a inveracidade

do alegado pela recorrente (artigo 100, NCPC).

3. Ante o exposto, meu voto dá provimento ao recurso.

Galdino Toledo Júnior

Relator

(18)

Decisão deste M.M Juízo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMARCA DE GUARULHOS

FORO DE GUARULHOS 5ª VARA CÍVEL

Rua José Maurício, 103, Sala 03, Centro, CEP 07011-060, Fone: (11) 2408-8122, Guarulhos-SP - E-mail: guarulhos5cv@tjsp.jus.br

DECISÃO Processo nº: 1024483-31.2016.8.26.0224

Classe - Assunto Alienação Judicial de Bens - Propriedade Requerente: Carlos Jose Candido

Requerido: Quitéria Clementina da Silva

Prioridade Idoso Justiça Gratuita CONCLUSÃO

Aos 12 de abril de 2017, faço estes autos conclusos ao(a) MM(A). Juiz(a) de Direito da 5ª Vara Cível da Comarca de Guarulhos, Estado de São Paulo, Dr(a). Alexandre Andreta dos Santos. Eu,____, Josafat de Paulo Maciel, Escrevente Técnico Judiciário, subscrevi.

Vistos.

Cumpra-se o v. acórdão que deferiu os benefícios da Justiça Gratuita ao autor. Anote-se.

Observado que o Centro Judiciário de Solução de Conflitos da Comarca de Guarulhos CEJUSC, em razão da estrutura física e funcional, não possui condições de atender, em prazo razoável, a demanda de todas as ações distribuídas nesta Comarca – cerca de 267 ações apenas nesta Vara Judicial no mês de fevereiro/2016 e, considerando que o princípio da duração razoável do processo é regra constitucional a ser observada por todos, prejudicada está a designação de audiência para fins do artigo 334 do Código de Processo Civil.

Cite-se, advertindo-se do prazo de 15 (quinze) dias úteis para apresentar a defesa, sob pena de ser considerado revel.

Fica o réu advertido de que na defesa deverá informar endereço eletrônico de parte e patrono, para os fins do artigo 270 do Código de Processo Civil, quanto a eventuais intimações.

Int.

(19)

RELATO DO RÉU:

QUITERIA CLEMENTINA DA SILVA, brasileira, divorciada, cadastrada no CPF sob o nº

027.454.928-02 e RG nº 15.147.869-7, residente domiciliada na Rua Urgandino Fanganiello, nº 261 – Jardim

Frizzo – Guarulhos/SP – CEP: 07031-020, endereço eletrônico rvianaadv@gma il.com, por meio de

sua advogada, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar:

CONTESTAÇÃO NA AÇÃO DE EXTINÇÃO DE CONDOMINIO

Em face de CARLOS JOSÉ CANDIDO, devidamente qualificado nos autos, pelos fatos e fundamentos que passam a expor:

1- JUSTIÇA GRATUITA

A Ré é beneficiaria do INSS, recebendo portanto a quantia de R$ 937,00 (novecentos e trinta e sete reais), conforme documento anexo aos autos, não possuindo condições financeiras de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do seu sustento.

Por tais razões, pleiteiam-se os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015 (CPC), artigo 98 e seguintes.

A condômina e o autor da ação, quando do Divórcio Litigioso em 30/11/2015, já estavam de fato separados há 23 anos, suportando a ré, até os dias atuais com todas as despesas e benfeitorias realizadas no imóvel.

Ocorre que, na sentença proferida nos autos de nº 1007816- 38.2014.8.26.0224, foi partilhado o imóvel com a proporção de 50% (cinquenta por cento) para cada uma das partes, porém em nenhum momento a condômina foi procurada pelo autor para que o imóvel, sua única moradia fosse colocada à venda ou houvesse sido feito uma proposta de compra, vale lembrar, que, no momento da sentença o autor renunciou ao pedido de alugueres aos quais faria jus, permitindo que a ré permanecesse no imóvel e desta forma continuasse a arcar com as despesas costumeiras e a manutenção do imóvel.

Ciente, de que é possuidora apenas de 50% (cinquenta por cento) do imóvel, a mesma não se opõe a venda, mas que o mesmo seja avaliado por pessoa especializada, pois, o valor oferecido na inicial não condiz com a realidade, o que levaria a ré a ter prejuízos financeiros, o que também dificultaria em muito sua sobrevivência, já que não é mais jovem e não tem condições de retornar ao mercado de trabalho por problemas de saúde.

2- DO DIREITO

Injustificável é a atitude do autor de buscar a proteção judicial que, mesmo estando o imóvel ocupado pela condômina e sua família por todos estes anos, jamais se opôs a referida alienação e que neste ato, declina de seu direito de preferência na aquisição do imóvel, requerendo somente a sua cota parte de igual valor correspondente a 50% (cinquenta por cento), as benfeitorias feitas ao longo dos anos e as despesas.

Logo, como bem menciona o professor Silvio Rodrigues:

É justa e te de aco do co essa f ação ue são repartidos os ônus e benefícios, direitos e obrigações entre os co u hei os (Sílvio Rodrigues. Reflexões sobre o

(20)

O que desde já deve ser analisado, pois, todas as despesas, benfeitorias e manutenção sempre correram por parte da condômina, não havendo interesse algum da outra parte em custear os ônus aos quais cabiam a sua cota parte.

A solução mais justa e que atenderia aos interesses de ambos seria a avaliação do imóvel e venda pelos valores praticados no mercado imobiliário, já que levar o imóvel a leilão judicial significa enorme perda de dinheiro e grande desgaste emocional.

Arbitramento de Aluguel Ora Excelência, na sentença proferida nos autos de nº

1007816-38.2014.8.26.0224, o autor da lide, renunciou ao direito de alugueres, conforme transcrito abaixo:

O auto e u cia ao pedido de alugue es, os te os do a tigo 269, V, do CPC.

Vem o mesmo, agora, agindo de má fé e usando a lide para conseguir obter objetivo ilegal e contrário ao da sentença já proferida, acusando a ré de enriquecimento ilícito, o que de fato não ocorreu, porque em nenhum momento houve tal decisão que devesse ser cumprida.

Devendo desde já não prosperar o pedido feito pelo autor, mesmo porque a ré, não tem condições

de arcar no momento com o ônus de um aluguel e sobrevive com um salário mínimo nacional, o que mal dá para uma subsistência digna, sabendo o autor da lide que quem custeava as despesas

junto a condômina era seu filho falecido em 01/04/2017.

3- DO PEDIDO

Ante o exposto, requer:

1- A concessão do benefício da Justiça Gratuita, nos termos das Constituição Federal (art. 5º,

LXXIV) e da Lei n. 1.060/1950 (art. 2º, caput e parágrafo único);

2- Requer-se, que seja indeferido o arbitramento de alugueres,

3- Requer-se, que sejam os bens avaliados por pessoa especializada em imóveis,

4- Por todo o exposto, requer a Contestante seja intimado o Autor a se manifestar sobre a

proposta de venda do imóvel por valor de mercado, evitando-se maiores delongas na solução dessa pendenga, e, caso não se chegue a bom termo, requer, então, sejam julgados improcedentes todos os pedidos do Autor, por representarem medida antijurídica e não refletirem a necessária JUSTIÇA !!!

5- Protesta pela produção de prova documental, testemunhal e pericial contábil, além de depoimento pessoal do autor, sob pena de confissão.

Nestes Termos; Pede Deferimento.

São Paulo, 10 de maio de 2017.

DIRLEIA PALMA GOMES OAB/SP 372.846

(21)

NOVAMENTE O AUTOR

CARLOS JOSÉ CÂNDIDO, já qualificado nos autos da Ação de ALIENAÇÃO DE COISA COMUM

INDIVISÍVEL, processo em epígrafe, que move em face de QUITÉRIA CLEMENTINA DA SILVA, por sua advogada e procuradora que esta subscreve, em atendimento ao r. despacho de fl,105 vem, respeitosamente, à honrosa presença de Vossa Excelência apresentar resposta à contestação de fls. expondo e requerendo o que segue.

Das Alegações da Requerida

Em breve síntese, alega a requerida que em razão da decisão proferida na ação de divorcio o autor renunciou os aluguéis e por isto não deve ser cobrados os alugueis alega ainda que não houve enriquecimento ilícito, e se ainda for arbitrado o aluguel do imóvel a requerida não teria condições de arcar com tais custos, alegando hipossuficiência.

A requerida pleiteia que o imóvel não deva ir para leilão judicial, pois o encargo seria muito grande e que causaria desgaste emocional e muitos gastos.

Tais alegações não devem prosperar, senão vejamos:

Da alegada vedação do arbitramento dos aluguéis.

Quanto às alegações do arbitramento dos aluguéis, a requerida alega que o autor não possui esse direito porque o renunciou [?].

Contudo, o autor renunciou pedido para recebimento de alugueres realizado nos autos do processo de divórcio 1007816-38.2014.8.26.0224, eis que haviam atrasados referente ao aluguel de sua

parte no imóvel e, renunciou o recebimento NAQUELES AUTOS, referente ao pedido realizado no referido processo.

Ora, a lei é clara em dizer que é direito do autor cobrar aluguel quando o uso é exclusivo de um dos condôminos.

Dispõe do artigo 1.319 do Código Civil:

Art. 1.319. Cada condômino responde aos outros pelos frutos que percebeu da coisa e pelo dano que lhe causou.

Co o e si a Silvio Rod igues ue se o p édio de todos é habitado por apenas um dos condôminos, deve este, àqueles, alugueres correspondentes aos seus qui hões i Di eito Civil Di eito das Coisas vol. 5, 5ª ed., Saraiva, São Paulo, 1975, p. 192).

O imóvel foi adquirido pelo esforço comum do casal e atualmente é ocupado com exclusividade pela ré, de forma que ela deve pagar os alugueis, enquanto o imóvel não é partilhado, o valor do aluguel correspondente ao seu quinhão, ou seja, 50% do imóvel, deve ser arbitrado em favor do autor, devido desde a citação da requerida até a extinção do condomínio, sob pena de enriquecimento ilícito conforme artigo 884 do CC.

Somente por amor à discussão, cabe ressaltar que enquanto a requerida usufrui do imóvel por inteiro, ou seja da parte que pertente ao autor, o requerente paga aluguel da casa onde reside.

Da Proposta de Venda do Imóvel por valor de Mercado

A requerida alegou que se o imóvel for para leilão judicial, causará grande desgaste emocional e financeiro, além de alegar que é uma grande perca de tempo, e propôs a venda do imóvel por valor de mercado e não por leilão judicial.

(22)

Como dito antes na inicial, a requerida nunca se manifestou a respeito do imóvel ser leiloado a fim de que ambos possuam seu respectivo quinhão, de direito. O código de Processo Civil estabeleceu que não havendo acordo entre as partes sobre o modo de alienação do bem, o juiz mandará aliena-lo em leilão.

Vejamos o que a lei diz na integra:

Art. 730. Nos casos expressos em lei, não havendo acordo entre os interessados sobre o modo como se deve realizar a alienação do bem, o juiz, de ofício ou a requerimento dos interessados ou do depositário, mandará aliená-lo em leilão, observando-se o disposto na Seção I deste Capítulo e,

no que couber, o disposto nos arts. 879 a 903.Art. 879. A alienação far-se-á: I - por iniciativa particular;

II - em leilão judicial eletrônico ou presencial (art.903).

Não houve concordância entre partes com relação à venda do imóvel por valor de mercado, haja vista que o próprio autor entrou com a ação de extinção de condomínio, fica claro que não houve consenso entre os condôminos e que não resta alternativa a não ser por leilão Judicial.

Vejamos o que diz os nossos tribunais:

EXTINÇÃO DE CONDOMÍNIO - Imóvel havido em condomínio entre as partes na proporção de 75% aos autores e 25% à ré Alienação judicial de bem indivisível

-Medida que se impõe ante a ausência de solução amigável entre os comunheiros

(art. 1.322 do CC)- O direito de preferência do condômino poderá ser exercido oportunamente (art. 1.118 do CPC)- Preço fixado segundo o valor venal - Descabimento - Necessidade de avaliação prévia por perito especializado, que observará as reais condições do imóvel, a fim de se evitar arrematação por preço vil (art. 1.114 do CPC)- Condenação no pagamento de alugueres – Impossibilidade - Uso comum do bem afirmado por ambas as partes - Prestação de contas sobre eventuais despesas inerentes à manutenção do imóvel deve ser objeto de ação própria - Recurso dos autores desprovido e da ré parcialmente provido para determinar a realização de avaliação prévia do imóvel por perito especializado.TJ/SP, Apelação nº 0009007-51.2008.8.26.0223. Relator: Des. Mendes Pereira, 7ª Câmara de Direito Privado, julgado em 13/03/2013. (Grifo nosso).

EXTINÇÃO DE CONDOMÍNIO. Bem indivisível. Ausência de consenso entre os

condôminas. Necessidade de alienação judicial. Condômina poderá adquirir a parte

ideal da outra após avaliação judicial. Sentença mantida. - RECURSO DESPROVIDO. Processo:APL 00323082120128260309 SP 0032308 21.2012.8.26.0309 Órgão Julgador-6ª Câmara de Direito Privado Publicação 30/10/2014 -Julgamento 30 de Outubro de 2014 Relator Paulo Alcides. (Grifo nosso).

Portanto, não havendo concordância entre partes com relação à venda do imóvel por valor de mercado, não resta alternativa a não ser vende-lo, por leilão Judicial.

Diante do exposto, ratificam-se todos os pedidos da inicial.

Termos em que, Pede deferimento. Guarulhos, 06 de junho de 2017. ELISÂNGELA LINO

(23)

Decisão deste M.M Juízo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMARCA DE GUARULHOS

FORO DE GUARULHOS 5ª VARA CÍVEL

Rua José Maurício, 103, Sala 03, Centro, CEP 07011-060, Fone: (11) 2408-8122, Guarulhos-SP - E-mail: guarulhos5cv@tjsp.jus.br

CONCLUSÃO

Aos 21 de junho de 2017, faço estes autos conclusos ao MM. Juiz de Direito 5ª Vara Cível da Comarca de Guarulhos, São Paulo, Dr.Alexandre Andreta dos Santos.Eu, Patrícia Serrano Magalhães, Assistente Judiciário, digitei.

DECISÃO Processo nº: 1024483-31.2016.8.26.0224

Classe - Assunto Alienação Judicial de Bens - Propriedade

Requerente: Carlos Jose Candido

Requerido: Quitéria Clementina da Silva

Prioridade Idoso Justiça Gratuita Juiz de Direito: Dr. Alexandre Andreta dos Santos

Vistos.

Trata-se de ação em que pretende o autor a extinção do condomínio que mantém com a requerida em relação ao imóvel constituído pelo lote 05, quadra K, do Bairro Jardim Frizzo, sito à Avenida Urgandino Franganiello, 261, Guarulhos-SP, adquirido pelas partes a constância do casamento, e partilhado em ação divórcio no percentual de 50% para cada. Pugna o autor pela fixação de aluguel pelo uso exclusivo pela requerida.

Citada, a requerida confirma os fatos narrados na exordial, e concorda com a extinção do condomínio pela alienação judicial, contudo, afirma que não mantém condições de arcar com o pagamento de aluguéis sem prejuízo de sua subsistência.

Decido.

Nenhuma das partes pugnou pelo direito de preferência na aquisição do imóvel.

No mais, a requerida rechaça o pedido de arbitramento de aluguéis até a efetiva alienação, afirmando que não possui condições de arcar com tal ônus, contudo, não impugna a alegação de utilização exclusiva do imóvel comum.

Considerando as circunstâncias narradas pelas partes, e a relação familiar que os envolve, observo a necessidade de promover tentativa de composição amigável.

Para tanto, designo audiência de tentativa de conciliação a realizar-se aos 30 de Agosto de 2017 14:30 horas.

Faculto as partes a apresentação, em audiência, de avaliações de imobiliárias idôneas sobre o imóvel objeto do litígio, a fim de viabilizar a composição.

Intime-se.

(24)

Decisão deste M.M Juízo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMARCA DE GUARULHOS

FORO DE GUARULHOS 5ª VARA CÍVEL

Rua José Maurício, 103, Sala 03, Centro, CEP 07011-060

TERMO DE AUDIÊNCIA

Processo nº: 1024483-31.2016.8.26.0224

Classe – Assunto: Alienação Judicial de Bens - Propriedade Requerente: CARLOS JOSE CANDIDO, CPF 009.883.268-92

Requerido: QUITÉRIA CLEMENTINA DA SILVA, CPF 027.454.928-02 Data da audiência: 20/09/2017 às 14:30h

Aos 20/09/2017 às 14:30h, nesta Cidade e Comarca de Guarulhos, na sala de audiências da 5ª Vara Cível sob a presidência do Meritíssimo Juiz de Direito, Dr. Alexandre Andreta dos Santos, comigo escrevente abaixo assinado, foi aberta a audiência de Conciliação, nos autos da ação e entre as partes acima referidas. Aberta, com as formalidades legais, e apregoadas as partes, compareceu a parte autora, Carlos Jose Candido e sua patrona, Dra. Elisângela Lino OAB 198419/SP. Presente ainda, a parte requerida Quitéria Clementina da Silva e sua patrona, Dra. Dirleia Palma Gomes OAB 372846/SP. Iniciados os trabalhos e proposta a conciliação, esta restou infrutífera. Pelo MM. Juiz foi deliberado o quanto segue: "Vistos. Trata-se de ação em que pretende o autor a extinção do condomínio que mantém com a requerida em relação ao imóvel constituído pelo lote 05, quadra K, do Bairro Jardim Frizzo, sito à Avenida Urgandino Franganiello, 261, Guarulhos-SP, adquirido pelas partes a constância do casamento, e partilhado em ação divórcio no percentual de 50% para cada. Pugna o autor pela fixação de aluguel pelo uso exclusivo pela requerida. Citada, a requerida confirma os fatos narrados na exordial, e concorda com a extinção do condomínio pela alienação judicial, contudo, afirma que não mantém condições de arcar com o pagamento de aluguéis sem prejuízo de sua subsistência. A audiência de tentativa de conciliação restou infrutífera. É o relatório. Decido. Procedo ao pronto julgamento, pois a matéria em debate é unicamente de direito, e os fatos relevantes ao seu deslinde encontra-se abojados aos autos. As partes não se compuseram quanto ao objeto desta ação, quais sejam, a venda do imóvel e o pagamento do aluguel pela ocupante ré. Segundo a contestação, os fatos descritos na inicial são incontroversos. Informou o autor nesta audiência que os poucos interessados na aquisição do imóvel desistiram após a requerida exigir preço superior. Sendo assim, diante do direito já reconhecido em outro feito consistente na copropriedade sobre o imóvel na proporção de 50%, bem como da falta de interesse do autor em manter o condomínio, nomeio para fins de alienação judicial, o leiloeiro Fábio Zukerman, que deverá igualmente providenciar a avaliação do bem. No que toca ao aluguel, deverá o autor no prazo de trinta dias, juntar três avaliações de imobiliárias da região, sendo considerado para fins deste feito o de menor valor. Esta quantia será calculada a contar da propositura da ação até a efetiva desocupação, e descontada da parte que cabe a ré do preço de venda do imóvel, tudo devidamente corrigido e atualizado, isto porque a requerida informa não possuir condições para pagar o aluguel. Posto isto, julgo procedente o pedido nos termos acima expostos. Tratando-se de justiça gratuita para ambas as partes, sem custas ou honorários. Extingo o processo com resolução de mérito na forma do artigo 487, inciso I do Código de Processo Civil.Saem os presentes intimados. NADA MAIS. Lido e ratificado o teor deste termo por todos os presentes, é o mesmo assinado digitalmente apenas pelo MM. Juiz por se tratar de processo digital. Eu, Valéria Brandão Henrique, Escrevente Técnico Judiciário, digitei.

(25)

HONROSA NOMEAÇÃO POR ESTE M.M.JUÍZO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

COMARCA DE GUARULHOS

FORO DE GUARULHOS

5ª VARA CÍVEL

Rua José Maurício, 103, Sala 03, Centro, CEP 07011-060, Fone:

(11)

2408-8122,

Guarulhos-SP

-

E-mail:

guarulhos5cv@tjsp.jus.br

DECISÃO

Processo nº:

1024483-31.2016.8.26.0224

Classe

– Assunto:

Alienação Judicial de Bens - Propriedade

Requerente:

Carlos José Candido

Requerido:

Quitéria Clementina da Silva

Prioridade Idoso

Justiça Gratuita

CONCLUSÃO: Em 06 de novembro de 2017, faço os presentes autos conclusos ao

Dr.Alexandre Andreta dos Santos, MM Juiz de Direito da 5ª Vara Cível da Comarca

de Guarulhos. Eu, Flávia Aparecida do Amaral, Oficial Maior, matrícula M355812,

digitei.

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Alexandre Andreta dos Santos

Vistos.

Ante a manifestação de fls. 127, designo para a avaliação do bem o Dr. Robert

Williams Scavone Kairalla.

Oficie-se à Defensoria Pública para a transferência da reserva de honorários para o

perito ora nomeado e anote-se no portal de auxiliares da justiça e nos controles

cartorários.

Cumpra-se com urgência.

O perito apenas deverá apresentar o laudo após a intimação da Serventia para

inicio dos trabalhos.

Intime-se.

(26)
(27)
(28)
(29)
(30)
(31)
(32)

LOCAL

Segundo a Planta Genérica de Valores do Município de Guarulhos, o imóvel

situa-se na Folha 11 - Parâmetro 060 - Quadra 072 e tem índice fiscal (I. F.) de 784,41.

(33)

LEGENDA ZONEAMENTO

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USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Quanto ao uso e ocupação do solo, a edificação localiza-se em Zona ZMA, ou seja,

ZONA DE USO MISTO A, segunda a legenda de zoneamento emitida pela Prefeitura

Municipal de Guarulhos.

(35)
(36)

DESCRIÇÃO

O presente Laudo visa à apuração do justo, real e atual valor de mercado do

imóvel localizado na zona urbana da cidade de Guarulhos, constituído do lote

número 5, quadra K, situado no Bairro Jardim Frizzo, localizado na Avenida

Urgandino Fanganiello, de nº 261 (antigo 255), com área de 125,25 m², medindo

7,00 ms de frente, 18,00 ms no lado que divide com o lote 6, 17,50 ms de outro

lado e 7,02 ms nos fundos, e inscrição municipal n.º 111.60.72.1369.00.000, junto

à prefeitura de Guarulhos.

O bairro onde se encontra o imóvel é de ocupação residencial, composto por

imóveis residenciais de padrão baixo e simples, situados em vias pavimentadas

dotadas de todos os melhoramentos públicos existentes na cidade de Guarulhos, a

saber, ruas pavimentadas, postos de gasolina, rede de energia elétrica, rede de

esgoto, rede de telefonia, rede de internet, rede de água, rede de gás, rede de

televisão a cabo, coleta de lixo, iluminação pública, vasta rede de linhas de ônibus.

Especificamente, o imóvel localiza-se próximo a corredores viários de grande

movimento, a saber, Avenida Guarulhos, Rodovia Presidente Dutra e Rodovia

Ayrton Senna.

BENFEITORIAS

O terreno, onde foi edificado o imóvel, mostra-se regular e plano. A edificação

localiza-se em MEIO DE QUADRA com entrada única pela Avenida Urgandino

Fangianello, no bairro Jardim Frizzo, Guarulhos/SP.

O imóvel localiza-se no número 261 (antigo 255) da Avenida Urgandino

Fangianello, para a qual faz frente, conforme já citado e possui calçada entre o

leito carroçável asfaltado e o imóvel com aproximadamente três metros de

largura.

O imóvel possui 01 entrada independente pela Avenida Urgandino Fangianello,

com entrada social e de serviço pela mesma rua.

O imóvel possui duas vagas de garagem, sala, cozinha, lavanderia, banheiros e 4

dormitórios, além de uma edícula aos fundo com cozinha, banheiro e um

dormitório.

Adjacente ao imóvel em questão encontram-se outros imóveis residenciais de

baixo e médio padrão.

(37)

AVALIAÇÃO

Segundo a Norma NBR 14653-2, os trabalhos desta natureza devem receber

graus de especificação no que diz respeito à FUNDAMENTAÇÃO e à PRECISÃO

atingida nos cálculos e argumentações propostas pelo Perito. Tais aspectos são

classificados em 3 grupos crescentes, denominados GRAUS.

Maiores detalhes serão discutidos no Anexo IV deste Laudo. Este trabalho,

conforme foi desenvolvido, atingiu um GRAU II DE FUNDAMENTAÇÃO, uma vez

que alcança 11 pontos de fundamentação e atende aos itens 3, 5 e 6 da Tabela

4 da Norma.

Quanto à precisão, este trabalho atinge também GRAU III DE PRECISÃO, pois a

amplitude do intervalo de confiança de 80% dos valores homogeneizados é

menor que o limite mínimo de 30% em relação aos pontos centrais amostrais.

Portanto, pode-se classificá-lo como sendo muito preciso e muito

fundamentado.

CONSIDERAÇÕES DE CÁLCULO

Os fatores utilizados encontram-se de listados a seguir:

a) FATOR DE OFERTA: representa um desconto médio existente nas transações

imobiliárias, tendo sido adotado um valor de 0,90 no caso de ofertas e de 1,00 no

caso de tran

sações efetuadas, o fo e i di ado a No a pa a avaliação de

i óveis u a os I ape ;

b) FATOR IDADE (depreciação pelo obsoletismo e pelo estado de conservação):

utilizado o fo e o ité io esta ele ido o estudo de o i ado Valo es de

edificações de imóveis urbanos

– I ape , ue espe ifi a a utilização do étodo

Ross/Heidecke.

c) FATOR PADRÃO: refere-se a classificação do padrão construtivo do imóvel,

segundo os índices unitários de valores de venda estabelecidos no estudo

de o i ado Edifi ações – Valo es de Ve da , p o edido pela Co issão de

Peritos nomeada pelos M.M. Juízes de Direito das Varas da Fazenda Municipal da

Capital de São Paulo, de o i ado de Valo es de edifi ações de i óveis u a os

– I ape/SP .

d) FATOR LOCAL: relativo às diferenças do ÍNDICE FISCAL da Planta Genérica de

Valores, e atualizados pelos índices de correção, referentes aos logradouros

caracterizados por via, setor e quadra;

(38)

MEMÓRIA DE CÁLCULO e HOMOGENEIZAÇÃO

Perfaz a área total de 130,00 m². Conforme os fatores de Homogeneização

determinou-se um Valor Unitário Médio de R$ 3.776,44 / m² para o imóvel

avaliando.

Através dos cálculos apresentados em anexo, obteve-se o valor unitário médio

de venda por metro quadrado de área útil para o imóvel avaliando.

Desta forma, o valor de venda do imóvel resulta em:

VM = vum x Au

onde:

VM = valor de mercado (valor de venda)

vum = valor unitário de mercado

Au = área útil

VM = R$ 3.776,44 / m² x 130,00 m²

VM = R$ 490.937,20

VM = R$ 490.000,00

(QUATROCENTOS E NOVENTA MIL REAIS)

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CONCLUSÃO

O valor encontrado do imóvel é de R$ 490.000,00 (QUATROCENTOS E

NOVENTA MIL REAIS) por mês válido para o mês de setembro de 2018.

ENCERRAMENTO

Segue o presente Laudo,

Acompanham mais 02 Anexos:

I

– Tabelas de Especificação;

II

– Elementos da Avaliação;

São Paulo, 25 de agosto de 2018.

ROBERT WILLIAMS SCAVONE KAIRALLA

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