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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO

CURSO DE BIBLIOTECONOMIA

JOICE BEZERRIL MOREIRA

ESTÁGIOCURRICULAR OBRIGATÓRIO: ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOS

EGRESSOS DO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

NATAL/RN 2019.2

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JOICE BEZERRIL MOREIRA

ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO: ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOS EGRESSOS DO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO

RIO GRANDE DO NORTE

Monografia apresentada ao curso de graduação em Biblioteconomia, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Biblioteconomia.

Orientadora: Profa. Dra Luciana de Albuquerque Moreira.

NATAL/RN 2019.2

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JOICE BEZERRIL MOREIRA

ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO: ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOS EGRESSOS DO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO

RIO GRANDE DO NORTE

Monografia apresentada ao curso de graduação em Biblioteconomia, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Biblioteconomia.

Aprovada em:02/10/2019

BANCA EXAMINADORA

______________________________________ Profa. Dra. Luciana de Albuquerque Moreira (Orientadora)

Departamento de Ciência da Informação Universidade Federal do Rio Grande do Norte

______________________________________

Prof. Me. Francisco de Assis Noberto Galdino de Araújo (Examinador) Departamento de Ciência da Informação

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

______________________________________

Profa. Dra. Gabrielle Francinne de Souza Carvalho Tanus (Examinadora) Departamento de Ciência da Informação

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Dedico este trabalho ao meu irmão Cássio, que você nunca tenha medo de alçar grandes voos.

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AGRADECIMENTOS

Quero agradecer principalmente aos meus pais, Claudia Bezerril e Jorge Moreira, por todo o apoio e suporte que tive a vida toda, amo vocês.

Aos amigos que fiz no curso, com vocês o caminho foi mais leve: Michel (por dividir as angustias e as pequenas conquistas), Brenna (por compartilhar de desespero e dicas), Miqueias (por todas as mensagens de força), Samita e Allana (pelas mensagens de incentivo), Bruna (pelas fotos e por todo o resto), Amanda, Flawber e em especial minha dupla Rafaela (por aguentar e dividir dramas todo dia sem falta). Obrigada por dividirem todas as tristezas e felicidades, foi de muita ajuda.

Ao pessoal da BPJD, sou grata demais pelo meu tempo como bolsista, ai é o melhor lugar de trabalhar e é por causa das pessoas. Obrigada Pablo e Mariana pela parceria e brincadeiras e a minha querida turma da noite pela cumplicidade: Wenderson, David, Maurício e Roberta. Vocês são os melhores!

Obrigada a toda equipe da biblioteca central do IFRN Sebastião Fernandes pelo acolhimento e aprendizagem.

E por último um agradecimento mais que especial as minhas chefes! Obrigada Eva e professora Conceição pelo carinho, compreensão e todo o conhecimento. E a Beth, por ser uma mãe que cuida, ensina e protege.

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“Na minha cabeça meio oca, às vezes acho que todo bibliotecário é um pouco parecido comigo, que no fundo todo colega de profissão também acredita que está construindo um mundo melhor”.

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RESUMO

Este trabalho acadêmico foi desenvolvido com o propósito de analisar o estágio curricular obrigatório no curso de graduação em Biblioteconomia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Analisa também se a prática da lei do estágio está sendo realizada de forma correta nas atividades desenvolvidas pelos alunos, bibliotecários e funcionários de unidades de informação. Tem por objetivo investigar se o estágio curricular obrigatório é suficiente e satisfatório enquanto prática para preparar o estagiário para a vida profissional. Apresenta uma pesquisa de caráter exploratório, tendo como técnica de pesquisa a documentação direta através da pesquisa de campo. Para coleta de dados foi aplicado um questionário, enviado por e-mail. Os sujeitos do estudo foram egressos dos anos de 2017.1 à 2019.1. Os egressos em sua grande maioria ficaram satisfeitos com seu desempenho e dos demais profissionais envolvidos na atividade do estágio. Conclui que o bibliotecário considera o estágio curricular obrigatório necessário e sua realização uma importante etapa de formação.

Palavras-chave: Estágio curricular obrigatório- Biblioteconomia. Bibliotecários. Estagiários de Biblioteconomia. Formação profissional-bibliotecários. Egressos de Biblioteconomia da UFRN.

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ABSTRACT

This academic paper was developed with the purpose of analyzing the mandatory curricular internship in the graduation course in Library Science of the Federal University of Rio Grande do Norte. Also analyzing if the practice of internship law is being followed correctly in the activities developed by students, librarians and staff of information units. It aims to investigate whether the required internship is sufficient and satisfactory as a practice to prepare the intern for professional life. The research is exploratory, and the research technique was direct documentation through field research. For data collection a questionnaire was applied, sent by email. The study subjects were graduates from 2017.1 to 2019.1. Most graduates were satisfied with their performance and with the other professionals involved in the internship activity. It is concluded that the librarian considers the mandatory curricular internship essential and its accomplishment an important stage of formation.

Keywords: Mandatory curricular internship-library science. Librarians. Librarian interns. Professional qualification. University graduates in Library Science of UFRN.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1 - Habilidades e competências gerais e específicas... 18

Tabela 1 - Divisão de horas... 21

Quadro 2 - Processo seletivo para estágio... 24

Quadro 3 - Legislação sobre o estágio... 26

Quadro 4 - Diferenças entre estágio obrigatório e não obrigatório... 28

Quadro 5 - Semelhanças entre estágio obrigatório e não obrigatório... 29

Gráfico 1 – Faixa etária dos egressos... 33

Gráfico 2 - Sexo... 34

Gráfico 3 - Semestre de formação dos egressos... 34

Gráfico 4 - Atuação em Biblioteconomia atualmente... 35

Gráfico 5 - Atuação em Biblioteconomia anteriormente... 36

Gráfico 6 - Instituição realizada o estágio... 36

Gráfico 7 - Tipo de unidade de informação... 37

Gráfico 8 - Atividades realizadas no estágio... 38

Gráfico 9 - Contribuição do estágio curricular obrigatório... 39

Gráfico 10- Local do estágio não obrigatório... 40

Gráfico 11- Disciplinas que mais influenciam... 41

Gráfico 12- Opinião sobre bibliotecário orientador... 43

Gráfico 13- Atividade de preferência... 43

Gráfico 14- Grau de satisfação... 44

Figura 1 - Fotografia do setor de informação e referência BCZM... 45

Figura 2 - Fotografia obras raras... 46

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LISTA DE SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas BCZM Biblioteca Central Zila Mamede

IFRN Instituto Federal do Rio Grande do Norte UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte CNE Conselho Nacional de Educação

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO... 12

2 ESTÁGIO: FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DA INFORMAÇÃO... 16

2.1 Contextualizando a atividade do estágio... 22

2.2 Estágio obrigatório e não obrigatório... 27

3 4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS... ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS... 32 33 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 47

REFERÊNCIAS... 48

APÊNDICE – QUESTIONÁRIO ESTÁGIO... 50

ANEXO – PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA...

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1 INTRODUÇÃO

É preciso ver o estágio curricular como um desenvolvimento pessoal e uma forma de adquirir mais autonomia profissional. Segundo a lei nº 11.788 de 25 de setembro de 2008, art.º 2 diz que “Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma”.No estágio, o estudante é colocado em atividades práticas de aprendizagem da profissão, é o aprofundamento da teoria estudada, sendo necessário para a construção de um bom profissional. A lei nº 11.788 de 25 de setembro de 2008 frisa que:

O estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, com o objetivo de preparar para o trabalho produtivo além de ser parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do educando, pretende também ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.

A lei vigente determina, a indicação de um professor orientador, da área desenvolvida no estágio, para o acompanhamento das atividades. Niskier e Nathanael (2006, p. 126) indicam que “A função do estágio é holística e diz respeito ao conjunto de conhecimento do curso com um todo”. Ou seja, não é centrado em um assunto específico, mas vai buscar a prática de todos os assuntos possíveis. E nesse sentido, o papel da universidade é rodeado pela importância da teoria e absorção da prática que o mercado de trabalho exigirá futuramente.

A Lei em questão oferece suporte para o desenvolvimento das atividades tanto na Instituição de ensino, quanto à concedente e ao estagiário. É obrigatório o acompanhamento tanto nos estágios obrigatórios quanto nos estágios não obrigatórios. É importante o estagiário ter consciência e ética ao iniciar o estágio, saber que vai além de uma prática como diz Bianchi e Alvarenga e Bianchi(2009, p.16)

O estágio, quando visto como uma atividade de que pode trazer imensos benefícios para a aprendizagem, para a melhoria do ensino e para o estagiário, no que diz respeito à sua formação, certamente trará resultados positivos. Estes tornam-se ainda mais importantes quando se tem consciência de que os maiores beneficiados serão a sociedade e, em especial, a comunidade a que se destinam os profissionais egressos da universidade.

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Este trabalho tem por objetivo investigar se o estágio supervisionado obrigatório é suficiente enquanto prática para preparar o estagiário para a vida profissional, tendo como foco o estágio obrigatório do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Os objetivos específicos são:

1. Identificar, junto aos sujeitos de pesquisa, quais as principais lacunas deixadas no estágio supervisionado;

2. analisar se o estágio supervisionado é suficiente como prática para todos de maneira uniforme;

3. descrever como são realizadas as etapas do estágio supervisionado e seu acompanhamento.

A pesquisa é de caráter exploratório, com a técnica de pesquisa sendo documentação direta através da pesquisa de campo, utilizando-se de um questionário online com dezoito perguntas, com perguntas de múltipla escolha, respostas breves e extensas, além de grau de satisfação. Na elaboração das perguntas, procurou-se investigar se o estágio curricular obrigatório realizado pelos egressos do curso de Biblioteconomia da UFRN é de fato o suficiente para a preparação profissional dos mesmos. O instrumento foi aplicado a vinte e dois egressos dos anos de 2017.1 a 2019.1, eles responderam o questionário online via e-mail. Após a coleta de dados, as informações foram digitalizadas e colocadas em quadros que podem ser vistas na seção três deste trabalho, depois transcritas todas as respostas.

Observa-se a importância do aluno estar ciente da importância desta atividade e da instituição dar seu devido suporte.

[...] A instituição tem o compromisso social de transmitir a informação, criando valores éticos para o desenvolvimento de dimensões do ser humano, considerando suas capacidades, bem como o comportamento informacional no que tange à busca e à utilização da informação para suprir uma determinada necessidade. (LAGE et al., 2013)1.

A Coordenação do Curso de Biblioteconomia, entre outras diversas atividades, é encarregada de gerenciar a atividade de estágio supervisionado obrigatório dos estudantes que se encontram no último período. A realização da matrícula no estágio é feita presencialmente na secretaria e a reunião é marcada por e-mail, para escolha e divisão dos locais para os futuros estagiários e demais informações.

É necessário visualizar o comportamento entre aluno e orientador, e a contribuição dela para o aperfeiçoamento da relação teórica e prática, onde tudo se conecta e se compara.

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Sobre estágios e atividades complementares o Conselho Nacional de Educação (CNE) (2001, p. 33) diz que:

Mecanismos de interação do aluno com o mundo do trabalho em sua área, os estágios serão desenvolvidos no interior dos programas dos cursos, com intensidade variável segundo a natureza das atividades acadêmicas, sob a responsabilidade imediata de cada docente. Constituem instrumentos privilegiados para associar desempenho e conteúdo de forma sistemática e permanente.

O estágio apenas poderá começar quando todas as assinaturas exigidas forem coletadas, sendo elas da instituição de ensino, no caso a UFRN, o contratante e a do próprio aluno, a partir disso, o aluno deve se atentar a todas as suas atividades e buscar orientação sempre que necessário.

No entanto, quando o estágio está confirmado e inicia, deverá o aluno preocupar-se com suas atividades realizadas. A orientação constante dos professores supervisores dá suporte ao estágio, à execução do projeto e redação do relatório (BIANCHI; ALVARENGA; BIANCHI, 2009, p. 92).

O comportamento do estagiário durante seu estágio é apenas de responsabilidade do próprio, porém, recomenda-se que seja o mais pró ativo e responsável possível. Para Pimenta e Lima (2012, p.33) “O estágio sempre foi identificado como parte prática dos cursos de formação de profissionais, em contraposição à teoria”. Porém, não descarta a ideia de que todo estágio se faz necessário o estudo da teoria antecipadamente, por mais que seja possível fazer algumas das atividades apenas com as recomendações dos superiores é aconselhável ter conhecimento prévio de tudo que vai ser aplicado em prática, como é o exemplo da prática de normalização, sendo necessária a leitura prévia das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) antes de fazer a revisão de trabalhos e correção junto ao estudante. A importância dessa pesquisa leva em consideração uma análise detalhada pela opinião dos egressos formados do período 2017.1 a 2019.1, com um julgamento sobre seus próprios estágios supervisionados obrigatórios e sua relevância para seu crescimento profissional.

Este trabalho está dividido em cinco capítulos, sendo o primeiro a introdução, o segundo o estágio: formação do profissional da informação, detalhando e contextualizando o atividade do estágio e diferenciando o estágio obrigatório e o estágio não obrigatório. O terceiro capítulo apresenta os procedimentos da metodologia. O quarto capítulo apresenta os resultados decorrentes do formulário, que enfatizam as justificativas das respostas e feedback

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dos respondentes. O último capítulo apresenta as considerações finais, com o resumo dos resultados do trabalho.

Portanto, o interesse pelo tema surge da necessidade de um estudo voltado ao estágio obrigatório, analisando seu processo e a situação do aluno. Surgindo então a preocupação com os resultados e a segurança de executar suas atividades de maneira satisfatória a instituição onde estagia e ao seu orientador de estágio.

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2 ESTÁGIO: FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DA INFORMAÇÃO

O conhecimento teórico por si só não é suficiente, é como um professor sem alunos ou um médico sem pacientes, não há como executar as habilidades sem a prática. Lage et al. (2013)2 conceitua os objetivos da Biblioteconomia como: “[...] o planejamento e a organização, a recuperação e a disseminação da informação – deve ter compromisso com a ética profissional, mas também com a ética da informação”.

Sobre a formação que cabe aos bibliotecários, o CNE (2001, p. 32) sobre as diretrizes do curso de Biblioteconomia diz que:

A formação do bibliotecário supõe o desenvolvimento de determinadas competências e habilidades e o domínio dos conteúdos da Biblioteconomia. Além de preparados para enfrentar com proficiência e criatividade os problemas de sua prática profissional, produzir e difundir conhecimentos, refletir criticamente sobre a realidade que os envolve, buscar aprimoramento contínuo e observar padrões éticos de conduta, os egressos dos referidos cursos deverão ser capazes de atuar junto a instituições e serviços que demandem intervenções de natureza e alcance variados: bibliotecas, centros de documentação ou informação, centros culturais, serviços ou redes de informação, órgãos de gestão do patrimônio cultural etc.

Sendo o estágio uma linha tênue entre a prática e a teoria, ele serve como um meio de inserir o aluno na realidade de sua profissão. Lage et al. (2013)3 observa que “O estágio é um exercício de pesquisa que resulta na experiência profissional do aluno”. O estágio é o desenvolvimento na formação do profissional, moldando o aluno nas práticas e valores que visam adicionar experiência e realidade da profissão.

[...] as experiências vividas no estágio desenvolve a melhoria da prática profissional. Os conhecimentos adquiridos na prática e a troca de experiências são consideradas as melhores formas de aprendizagem. Assim, o estagiário em sua construção tem de ser capaz de interpretar o que se vê, de imitar sem copiar, de recriar e de transformar. (ALARCÃO, 1996, apud LAGE et al., 2013)4.

Segundo Bianchi e Alvarenga e Bianchi (2009, p.16) “Compete ao aluno estar atento, demonstrar seu conhecimento pela teoria aprendida”. O estágio é o desenvolvimento na formação do profissional, moldando o aluno com práticas e valores que visam adicionar experiência e realidade da profissão. Já as competências do orientador Bianchi e Alvarenga e

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Documento eletrônico não paginado. 3

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Bianchi (2009, p.16) diz “Estagiar é tarefa do aluno; supervisionar é incumbência da universidade, que está representada pelo professor. Acompanhar, fisicamente se possível, tornando essa atividade incomum, produtiva é tarefa do professor [...]”. Está clara a função e as responsabilidades de cada um nessa pirâmide de serviços, gerando no todo uma experiência completa e construtiva, que busca transformar o estagiário em um futuro profissional da informação com todos os conhecimentos adquiridos não fora do curso, mas sim durante todo ele. “É preciso que os alunos demonstrem ao mercado de trabalho e à comunidade que sua universidade está formando profissionais que contam com um referencial teórico-prático que os levará a exercer, com qualidade, as funções às quais se destinam” (BIANCHI, ALVARENGA; BIANCHI, 2009, p.17).

Como observa Alentejo (2008) espera se que estudantes e supervisores das instituições de estágio estejam dispostos a contribuir com a qualidade da formação do profissional bibliotecário, desenvolvendo a proposta de pesquisa de qualidade na prática de estágio curricular.

Piconez et al (2010, p. 89) diz que:

O conhecimento já produzido é ponto de partida no processo ensino-aquisição de conhecimento, e sua apreensão é condição para que o sujeito possa organizar, sistematizar sua concepção de mundo, chegando ao saber crítico, e também para que novos conhecimentos sejam produzidos.

A lei nº 11.788 de 25 de setembro de 2008 indica que é de obrigação da instituição ver as instalações onde o estágio ocorrerá e se ele está adequado para a atividade.

O estágio somente pode verificar-se em unidades ou áreas que tenham condições de proporcionar experiências práticas na linha de formação, devendo o estudante, para esse fim, estar em condições de estagiar, de acordo com o definido pela respectiva instituição de ensino. (BIANCHI; ALVARENGA; BIANCHI, 2009, p.25).

Visando o conhecimento como um ponto de partida para a criação e desenvolvimento de serviços dentro do estágio que exigem uma aquisição de habilidades e competências.

As habilidades e competências, tanto as gerais quanto as especificas, destinadas ao curso de Biblioteconomia pela diretriz do CNE, podem ser observadas no quadro abaixo:

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Quadro 1 – Habilidades e competências gerais e específicas

Fonte: CNE, 2001 p. 32. Adaptado pela autora (2019).

O modelo de inserção do jovem ao mercado de trabalho sofreu mudanças a partir do século XX, e isso, consequentemente, causa mudanças nas diretrizes do estágio, é normal que ocorram ajustes durante o trabalho prático. “A Biblioteconomia tem, em seus objetivos o

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planejamento, a organização, a recuperação e a disseminação da informação deve ter compromisso com a ética profissional, mas também com a ética da informação” (LAGE; et al., 2013)5.

Segundo o Projeto Pedagógico do Curso de Biblioteconomia da UFRN (2017) os objetivos do curso são:

a) Formar profissionais que compreendam o valor da informação para os indivíduos e para a sociedade;

b) promover o entendimento da importância dos sistemas de informação no processo de transformação da sociedade;

c) capacitar profissionais para modificarem o ambiente e a comunidade intervindo ativamente nos fluxos informacionais;

d) desenvolver a capacidade crítica e criativa para a identificação das demandas informacionais, visando propor ações inovadoras para soluções de problemas;

e) preparar profissionais para atuarem como especialistas no tratamento da informação, visando sua máxima utilização;

f) habilitar profissionais para realização de pesquisas relativas à utilização da informação e ao desempenho profissional;

g) promover o desenvolvimento integral do aluno, com vistas ao exercício mais humanístico da profissão.

O receio dos recém-formados é a prova de fogo de entrar no mercado de trabalho e ter a garantia de uma atuação boa, pondo à mostra os conhecimentos, tanto teóricos quanto práticos, desenvolvidos no curso. Sem o estágio, não haveria uma base ao qual se espelhar para saber o que será exigido e em qual grau, só sendo possível perceber as obrigatoriedades tardiamente. Pode acontecer também, dependendo do local onde foi realizado o estágio, o aluno acabe tendo maior proximidade com alguma área especifica, seja ela pela preferência pessoal o pela área mais explorada dentro daquela unidade de informação.

O estágio como atividade essencialmente pedagógica deve ser capaz de estimular o conhecimento crítico da realidade social e sensibilizar o aluno para o atendimento de necessidades sociais balizadas por valores éticos que devem orientar sua prática profissional. Enquanto disciplina curricular tem o objetivo definido no projeto do curso e visa possibilitar uma primeira aproximação com a prática profissional, a compreensão das relações de trabalho e a articulação de competências necessárias para o exercício das funções preconizadas no curso. Assim, pressupõe-se que se reveste de oportunidade para aquisição de conhecimentos e de aprendizagens sobre o

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saber fazer e saber julgar conseqüências decorrentes das ações praticadas, onde quer que esteja sendo desenvolvido (FUJINO; VASCONCELOS, 2011)6.

É de forma a orientar sua prática profissional que a teoria do curso sustenta a aproximação com o estágio por meio da atividade obrigatória. Assim, “Ressalta-se o aspecto relevante na nossa sociedade de que a formação tem simbolizado o meio de democratização ao acesso à cultura, à informação, ao conhecimento, somados à certificação profissional e inserção no mercado de trabalho”. (SILVA; FUJINO, 2016)7. Toda forma de conquistar espaço, conhecimento e uma formação completa deve ser considerada, e um estágio é isto, como é dito por Niskier e Nathanael (2006):

O estágio regular contribui para a formação e capacitação profissional à medida que o que se aprende no estágio é o que em sala de aula não é possível de se aprender. A relação ensino-aprendizagem no estágio se dá de maneira diferente do que em sala de aula.

Pois é no estágio que se busca aperfeiçoar as teorias desenvolvidas em sala de aula no decorrer do curso.

“Com a Lei nº 11.788/2008 o estágio obrigatório ou não obrigatório deve estar vinculado ao projeto pedagógico do curso, o que obrigou muitas instituições a atualizarem seus cursos para poderem aprovar a participação dos alunos nos estágios.” (ROCHA, 2018, p.29). Antes da atualização da Lei, o estágio era pouco cercado por regras, que asseguravam os direitos dos estagiários, como era o fato do seguro de vida, que se tornou obrigatoriedade em qualquer dos tipos de estágio. As leis dos estágios estavam ultrapassadas e não consistiam mais no auxilio para com o estagiário.

A estrutura curricular do curso capacita o profissional bibliotecário a atuar de acordo com as necessidades reais da sociedade e do mercado, uma vez que no decorrer da sua formação o aluno tem a oportunidade de perpassar pelas diversas áreas que compõem o curso: Fundamentos Teóricos da Biblioteconomia e Ciência da Informação; Organização e Tratamento da Informação; Recursos e Serviços de Informação e Gestão de Unidades de Informação. Ademais, a partir do 3° período o aluno tem oportunidade de participar de estágio não obrigatório nas instituições públicas e/ ou privadas,

momentos em que vivenciam realidades diversas (PROJETO

PEDAGÓGICO, 2018, p. 8)

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Segundo o projeto pedagógico do curso de Biblioteconomia da UFRN (2017) o estágio pode apenas ser realizado quando o aluno cumpre todas as disciplinas curriculares, além disso, indica que o total de horas a ser cumprida no estágio deve totalizar 270 horas, sendo distribuídas em diversas áreas, como mostra o quadro abaixo:

Tabela 1 – Divisão de horas

Fonte: Elaborado pela autora (2019).

Na lei vigente, ainda diz que, quando o estágio supervisionado é de natureza obrigatória a responsabilidade da contratação fica pela instituição, e que só é permitida seis horas de carga horária por dia.

Partindo para uma contextualização da atividade do estágio é importante ver sua trajetória durante os anos e modificações na lei até alcançar o que é considerado o certo hoje.

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2.1 Contextualizando a atividade do estágio

A partir da década de 1960, o estágio começou a se tornar exigência não só nos cursos mais tradicionais. Pela portaria decretada pelo MEC em 1962, a exigência se tornou comum e obrigatória a todos os cursos da época, sendo eles: Arquitetura e urbanismo, enfermagem, história natural, odontologia, medicina veterinária, geologia, jornalismo, direito, letras, medicina, química, física, agronomia, serviço social, desenho, educação física, ciências sociais, filosofia, engenharia, matemática, pedagogia e Biblioteconomia. Apenas na década de 70 que o estágio ganhou este nome e condição necessária para alcance de diploma.

A portaria trouxe avanços, definindo direitos aos estagiários, como a obrigatoriedade da empresa contratar seguro contra acidentes pessoais, bem como o estabelecimento de uma relação entre instituição de ensino e empresas que, juntas, definiam as condições da atividade de estágio e firmavam um contrato-padrão de Bolsa de Complementação Educacional, constando duração e valor da bolsa, além do horário do estágio. (ROCHA, 2018, p. 26)

O bibliotecário carrega muitas funções em sua profissão, por exemplo, o gerenciamento de bibliotecas, classificação e indexação, normalização de trabalhos, levantamento bibliográfico, gestão de unidades de informação, seleção e aquisição de materiais entre outras, no estágio tudo ou a grande maioria deve ser passada ao aluno, garantindo a função do estágio destacada, como salienta Lage et al (2013)8 mostrando que: “O estágio deve ser uma ação planejada, um processo continuo, dinâmico e sistemático com periocidade, perseguindo metas que levem a formação adequada com o objetivo de estimular o potencial do estagiário por meio das atividades de ensino-aprendizagem”. Sendo assim, tudo que é relacionado ao estágio deve ser considerado com grande responsabilidade, mantendo a postura de um profissional contratado pela instituição, não vendo como um treinamento e sim como uma prévia do que é esperado após formação.

Por tudo isso vem a importância da disciplina curricular e também o fato dela só ocorrer quando todas as disciplinas obrigatórias são cumpridas.

Assim, o estágio, como disciplina curricular, ganha relevância na discussão sobre formação dos futuros profissionais de informação e cria o desafio para torná-lo academicamente significativo, para muito além dos aspectos normativos ou legais que regem sua prática no mundo do trabalho (SILVA; FUJINO, 2016).9

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Quanto as obrigações esperadas dos formados, segundo o Projeto pedagógico do Curso de Biblioteconomia (2017), se espera dos egressos tais capacitações:

a) Interagir e agregar valor nos processos de geração, tratamento, apropriação e preservação da informação, em todo e qualquer ambiente;

b) processar a informação registrada em diferentes tipos de suporte, mediante a aplicação de conhecimentos teóricos e práticos de coleta, de processamento, de armazenamento e de difusão da informação;

c) trabalhar com fontes de informação de qualquer natureza, expressando criatividade, adaptação e flexibilidade;

d) atuar de forma colaborativa, entre várias áreas do conhecimento, objetivando estudar os processos de geração, de comunicação, de armazenamento e de uso da informação, além do planejamento e do desenvolvimento de produtos e serviços de informação; e) atuar no contexto local e regional a partir das necessidades de organização da

documentação;

f) tomar decisão e ser proativo no seu ambiente de trabalho;

g) atuar em prol da construção de conhecimentos e do acesso à informação, visando a sua democratização;

h) observar padrões éticos de condutas, levando em consideração os direitos e deveres dos cidadãos;

i) agir de forma reflexiva e crítica, atentos ao compromisso social inerente à profissão; j) atualizar de forma contínua os conhecimentos adquiridos na formação;

k) realizar pesquisas no âmbito da Biblioteconomia e Ciência da Informação.

Na UFRN, na maioria das vezes o aluno tem a oportunidade de escolher onde fazer o estágio. Por mais que haja um cronograma, dependendo do local é vista mais uma atividade do que outra, como no caso de uma biblioteca especializada. Roesch; Becker (2007, p. 8) cita que, além de diversas outras condições, o contratante considera importante que:

a) A disponibilidade de pessoal na empresa para acompanhar o trabalho do estagiário;

b) a qualidade da proposta apresentada pelo aluno; c) o interesse da empresa no tema da proposta.

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Niskier e Nathanael (2006, p.153) indicam cinco passos para seguir em um processo seletivo, mesmo sendo de melhor valia quando se trata da contratação de estágio não obrigatório. Porém é recomendado o uso de toda a atenção e interesse em qualquer dos estágios, se dedicando da mesma maneira e buscando conhecimento:

Quadro 2 – Processo seletivo para estágio

Fonte: NISKIER; NATHANAEL, (2006, p. 153). Adaptado pela autora (2019).

E complementa ainda que, aqueles que melhor se saírem no último item, serão provavelmente os escolhidos do processo, pois mostrará diversas habilidades desejáveis para o trabalho.

[...] O candidato que tiver um comportamento assertivo se sairá bem, pois revelará habilidade para lidar com situações adversas, mostrará autoconfiança, capacidade de tomar decisões e de solucionar impasses. Afinal, se o estudante ainda não sabe superar objeções, o selecionador estará bem consciente de que o processo seletivo será apenas o primeiro obstáculo que o candidato deverá vencer na construção da carreira (NISKIER; NATHANAEL, 2006, p.153-154).

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É possível que o estagiário, pelo motivo de está sempre em contato com estudos da área da Biblioteconomia, possa trazer inovação e novas ideias para a instituição onde estagia, por meio de novas teorias discutidas em sala de aula, mesmo que seja em detalhes, como a organização de acervo ou a implantação de um novo sistema atualizado que facilite o acesso do usuário ao acervo digital ou não digital.

A aprendizagem durante o estágio fornece ao aluno uma aproximação com seu futuro mercado de trabalho visto de maneira profissional. Mostrando o fluxo e a rotina da biblioteca pode ser visto como uma futura atuação profissional, pois junto ao conhecimento teórico servirá de base para os obstáculos encontrados ao concluir o curso.

Bianchi e Alvarenga e Bianchi (2009, p. 24) mostram que “Permanecer determinado número de horas e dias no estágio trará, certamente, importantes resultados, se a essa permanência desencadear atividade acadêmica construtiva, embasada em um currículo bem elaborado e aplicado”. No estágio obrigatório é importante que se mantenha um ritmo de trabalho constante, sem grandes pausas de dia entre as atividades, para a melhor fixação, já que o tempo de estágio é potencialmente curto não contando sequer um semestre inteiro, e há diversas atividades a serem consideradas na biblioteca.

Salienta-se que a importância do estágio está no conjunto de atividades voltadas para a aprendizagem da profissão do bibliotecário. Este é o momento em que se desenvolve a aprendizagem prática por meio de participação em situações reais de trabalho, onde ocorrem ações de busca, uso e transferência de informação [...] (LAGE et al., 2013).

O aluno, primeiro, deve estar preparado e ciente do tempo e esforço necessários ao começar a atividade, e deve levá-la da mesma maneira de uma disciplina obrigatória do curso, sabendo do risco de reprovação. Segundo, deve saber que o estágio não é empregatício, porém deve se ter a mesma ética e tentar absorver todas as informações e aprendizados possíveis.

[...] O estágio é o aprofundamento sobre as práticas de ensino, nos campos de atuação, tendo como finalidade a formação profissional; a articulação do conhecimento da área em que vai atuar; a instrumentalização do estudante para a ampliação dos conhecimentos adquiridos no cotidiano acadêmico e na prática de ensino; e a vinculação entre conhecimentos teóricos, realidade educacional e social (LAGE et al., 2013).

Rocha traz em se trabalho um quadro, indicado abaixo, com um resumo de todas as regulamentações de estágio obrigatório e não obrigatório, desde o ano de 1942 até 2008, mostrando os avanços e as diferenças.

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Quadro 3 – Legislação sobre o estágio

Fonte: ROCHA, (2017, p. 29).

A lei vai comportar tanto o estágio obrigatório quanto não obrigatório, isso é uma mudança gerada na lei no decorrer dos anos. Mesmo havendo diferenças entre os dois tipos, as semelhanças são bem mais constantes.

(28)

2.2 Estágio obrigatório e não obrigatório

O art. 2o da lei 11.788 informa que “o estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso”. E conceitua que: estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma e estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória.

A principal diferença na lei entre os dois tipos de estágio, está na definição, que mostra que para a conclusão do curso, é requisitado o estágio obrigatório, não sendo opcional não realizar. Outra diferença são os custos dos alunos, no não obrigatório a instituição contratante é obrigada a assumir seguro e auxílio transporte além da bolsa.

O estágio não obrigatório já é uma etapa complementar e familiar ao curso pelos alunos. Mesmo sendo opcional, a maioria dos jovens, com pouca ou nenhuma experiência no mercado de trabalho optam pelo estágio, vendo nele uma renda extra, além de uma oportunidade de primeiro contato com a profissão escolhida, como é dito por Niskier e Nathanael (2006, p.130):

Outro aspecto que, com o tempo, se agregou ao estágio é de conteúdo social, porque gera renda para o estagiário pela bolsa-auxílio e, com isso promove a inclusão de imensos contingentes de estudantes pobres na corrida em busca de sucesso e realizações pessoais. É exatamente esse aspecto que retira do estágio qualquer possibilidade de vir a integrar as práticas assistencialistas das políticas governamentais de ajuda aos necessitados.

Quando se trata de estágio não obrigatório pode acontecer do aluno conseguir um que não seja na sua área, como é o caso muitas vezes de bolsas de auxílio técnico, mas que mesmo assim se torna válido, por ajudar no desenvolvimento pessoal e profissional e ensina-lhe como se relacionar com colegas, usuários e supervisores da unidade de informação.

O aluno pode começar o estágio não obrigatório a qualquer momento do curso – sendo a partir do terceiro período - , e o orientador não participa da escolha de local diferente do obrigatório, onda ele participa de todas as escolhas e orienta o estagiário em diversos aspectos. É de responsabilidade e escolha do aluno procurar um estágio do seu interesse, a grande maioria dos estágios são divulgados pelo próprio departamento.

Dentre todas as diferenças, uma delas é como a busca pelos dois tipos de estágios são levadas por necessidades diferentes motivos, o estágio não obrigatório e buscado por aqueles

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que não trabalham e além da ajuda de renda que o estágio e também pelo fato do tempo livre, já o estágio obrigatório se faz necessário para conclusão de curso.

Enquanto o estágio obrigatório tem início em uma prática instituída nos cursos para exercitar a teoria da sala de aula, considerado fundamental no processo de formação de professor (PICONEZ, 2010), o estágio não obrigatório se institucionaliza para atender às necessidades de força de trabalho, distante do aspecto pedagógico e de discussões com os professores da instituição de ensino. Mas, a legislação vigente tem aspectos que permitem uma melhoria nessa situação, desde que as atividades sejam estruturadas visando ao objetivo proposto para os estágios na formação do estagiário. (ROCHA, 2018, p. 31).

Analisando a legislação sobre estágio, há mais semelhanças do que diferenças entre a lei que comporta o estágio curricular obrigatório e não obrigatório como mostrado no quadro abaixo:

Quadro 4 – Diferenças entre estágio obrigatório e não obrigatório

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Rocha (2018, p.32) elaborou em seu trabalho, um quadro com todas as semelhanças do estágio obrigatório e o estagio não obrigatório de maior destaque, retratados no quadro seguinte:

(31)
(32)

Como pode se observar, há uma quantidade muito superior de semelhanças do que diferenças entre o estágio obrigatório e o não obrigatório, a lei acompanha e suporta os dois tipos com facilidade. Pode-se dizer que a maneira como acontece o contrato entre os dois estágios ajuda a diferenciá-los, já que com o estágio não obrigatório, a parte concedente vai precisar muita das vezes entrar em contato com a universidade e o departamento específico.

Algumas empresas oferecem estágios e encaminham às universidades fichas de cadastro, para preenchimento pelos interessados, e procedem posteriormente à seleção dos candidatos. Os estagiários têm, assim, diversas opções para procurar estágios, de acordo com seu interesse. (BIANCHI; ALVARENGA; BIANCHI, 2009, p. 26).

Lage et al. (2013)10 salienta que “[...] antes de iniciar o estágio, é necessário que o aluno entenda bem a importância desta atividade e o significado do que é a palavra ‘estágio’”. Pois tudo que o estudante fizer no estágio, vai refletir na imagem da universidade, por isso toda a atenção e dedicação é exigida.

O estágio supervisionado surge nas diretrizes curriculares dos cursos de graduação como elemento de articulação entre teoria e prática na formação dos alunos e oportunidade para compreensão da dinâmica e complexidade da realidade social, ao mesmo tempo em que cria condições para a apreensão, pelos alunos, das contradições presentes no exercício profissional. (SILVA; FUJINO, 2016)11.

Ao longo dos anos, a legislação referente ao estágio passou por inúmeras modificações, uma evolução do estágio para a educação brasileira, com maior qualificação para o desenvolvimento de atividades de maneira eficiente, adquirindo competências que lhe mantenham no mercado de trabalho.

10

Documento eletrônico não paginado. 11

(33)

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para atingir os objetivos propostos, com rigor científico, esta seção apresenta a sistemática de realização da investigação. Estão descritos a caracterização, os sujeitos, no caso os egressos de biblioteconomia e amostra definidos, os procedimentos de coleta, análise e interpretação dos dados. A pesquisa bibliográfica deu início a esse trabalho e buscou a teoria na Ciência da Informação, com o tema estágio, sobretudo o obrigatório. Os livros clássicos referentes a esses temas sustentam a pesquisa, complementados por artigos, dissertações e teses, publicados principalmente a partir de 2008. Essa pesquisa bibliográfica permitiu a construção da fundamentação teórica que embasa este estudo para avanço nas próximas etapas da investigação.

Como técnica de pesquisa foi utilizada a coleta de dados sobre o estágio obrigatório pelos egressos do curso de biblioteconomia entre os semestres de 2017.1 a 2019.1. Na pesquisa, para a coleta de dados foi utilizado um questionário com dezenove perguntas. Para tabulação dos dados foi utilizado o programa Microsoft Excel 2010, do pacote Microsoft office. Ao final da coleta, todos os dados foram organizados e analisados.

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4 ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

A coleta de dados foi realizada com aplicação de um questionário eletrônico via e-mails, com vinte e duas questões, elaborado através da plataforma de formulários do Google forms. Se faz necessário uma coleta de dados que mostre o olhar sobre o estágio curricular obrigatório, por isso a pesquisa quantitativa busca obter dados e contextos por meio da opinião dos próprios sujeitos.

A pesquisa foi feita pela análise das respostas dos egressos de 2017.1 a 2019.1 do curso de Biblioteconomia da UFRN que corresponderam ao questionário.

O objetivo da pesquisa em longo prazo é ajudar na melhoria do estágio para todos os envolvidos e a sua contribuição para análise das condições reais do que é idealizado e o que é realizado de fato no estágio.

A primeira parte do formulário traz informações sobre o perfil dos egressos, relativo a faixa etária e sexo. Além disso, foi pedido também que indicasse seu semestre de conclusão. A primeira pergunta traz a faixa etária dos egressos, sua grande maioria são jovens, de 18 a 24 anos (45%), as outras faixas estão equilibradas, de 25 a 34 anos e de 35 a 44 anos com (18%), acompanhado de perto pela faixa de 45 a 54 anos (14%), e sendo apenas uma respostas marcada com 55 e mais (5%).

Gráfico 1 – Faixa etária dos egressos

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A pergunta dois remete ao sexo dos egressos, do sexo masculino correspondem 32% e do sexo feminino 68%, sendo assim o feminino a grande maioria, mostrando um alto índice feminino no curso.

Gráfico 2 – Sexo

Fonte: Elaborado pela autora (2019).

Na terceira pergunta foi questionado em qual semestre foi a formação dos respondentes, importante para se ter uma noção de qual semestre foi mais respondido o formulário. A grande maioria foi do semestre 2019.1 com 13 respostas, de 2017.1 teve se 3 respostas e 2017.2, 2018.1, 2018.2 dois cada.

Gráfico 3 – Semestre de formação dos egressos

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A segunda parte do formulário foca na atuação do bibliotecário, se já houve experiência na área ou se está trabalhando na área atualmente, como a pesquisa é feita apenas com egressos supõe que pelo menos uma parte do grupo esteja trabalhando ou já trabalhou, com pode ser observado pelo gráfico que é o que acontece, pode se perceber que a grande maioria dos que não estão trabalhando são do semestre mais recente, o 2019.1, o que entende-se como o pouco tempo passado desde a formação desentende-ses egressos.

A pergunta quatro pergunta se o egresso está atuando na área de Biblioteconomia atualmente, em 2017.1 tiveram duas respostas “Sim” e nenhuma resposta “Não”, em 2017.2 duas respostas “Sim” e uma resposta “Não”, em 2018.1 uma resposta “Sim” e uma resposta “Não”, em 2018.2 uma resposta “Sim” e uma resposta “Não”, em 2019.1 duas respostas “Sim” e onze respostas “Não”.

Gráfico 4 – Atuação em Biblioteconomia atualmente

Fonte: Elaborado pela autora (2019).

Na pergunta cinco, como era remetido a ela apenas quem respondeu “não” a questão anterior, obteve-se apenas catorze respostas, sendo então das pessoas que não estão trabalhando atualmente com a área e dentre as catorze respostas, oito delas indicam que em nenhum momento trabalhou na área de formação estudada. Em 2019.1 tiveram cinco respostas “Sim” e seis respostas “Não”, em 2018.2 nenhuma resposta “Sim” e uma resposta “Não”, em 2018.1 uma resposta “Sim” e nenhuma resposta “Não”, em 2017.2 nenhuma resposta “Sim” e uma resposta “Não” e em 2017.1 nenhuma resposta em ambas as opções.

(37)

Gráfico 5 – Atuação em Biblioteconomia anteriormente

Fonte: Elaborado pela autora (2019).

A pergunta seis apresenta o tipo das instituições onde atuaram os respondentes desta pesquisa.A maioria dezesseis egressos (73%) atuaram em instituições federais e dois atuaram em privada (9%) e dois em estadual (9%). Outro foi marcado por dois (9%). Nenhum respondente marcou municipal com opção.

Gráfico 6 – Instituição realizada o estágio

Fonte: Elaborado pela autora (2019).

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Na pergunta sete, as respostas relativas ao tipo de unidade de informação onde os egressos atuaram em seus estágios obrigatórios, sua grande maioria o realizou em bibliotecas universitárias (63%), seguidos de biblioteca escolar, biblioteca jurídica e biblioteca especializada com (9%) cada uma. Além de uma única resposta (4%) marcada na opção “outro”.

Gráfico 7 – Tipo de unidade de informação

Fonte: Elaborado pela autora (2019).

Na pergunta oito, verifica-se que as atividades realizadas com maior frequência pelos estagiários foram concentradas em catalogação, atendimento ao usuário, empréstimo e devolução, inserção de material no acervo, processamento técnico e preparo final, todas com 100% de marcação registrada pelos egressos. Seguidas de serviço de referência (95,5%) e restauração e normalização com (77,3%) cada. Desenvolvimento de coleções (72,7%), o setor de obras raras (68,2%), gestão de unidade de informação e laboratório de acessibilidade com (63,6%). Nesta pesquisa, o percentual das atividades mais exigidas são na organização e tratamento da informação e no atendimento ao usuário. Sendo essas atividades de conhecimento mais específico e por isso carregam uma atenção extra.

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Gráfico 8 – Atividade realizadas no estágio

Fonte: Elaborado pela autora (2019).

Na pergunta nove foi questionado se houve atividades realizadas durante o estágio que não foram mencionadas, e se sim, quais foram elas, houve cinco respostas indicando o trabalho de estudo de usuários, repositórios digitais, inventário, classificação e gestão de redes sociais, e sendo duas respostas “não”.

Na questão dez do questionário, refere-se das contribuições, foram oferecidas cinco opções de contribuições do estágio curricular obrigatório, dezenove egressos responderam com a Vivência com a futura área de atuação, dezessete com o Conhecimento do funcionamento da instituição, Vinte e um com a Junção da teoria e da prática, catorze informou a Oportunidade de conhecer equipamento e materiais distintos, e 20 com a Ampliação dos conhecimentos, habilidades e competências, nenhum respondeu a opção de Não senti nenhuma dessas contribuições. Lembrando que a pergunta era permitido marcar mais de opção.

(40)

Gráfico 9 – contribuições do estágio curricular obrigatório

Fonte: Elaborado pela autora (2019).

A pergunta onze aborda se os egressos tiveram alguma experiência em estágios não obrigatórios, nove deles responderam que em nenhum momento durante o curso tiveram experiência com estágio não obrigatório e não relatando o motivo, a exceção de uma resposta que justificou que trabalhava e apenas estagiou no seu curso anterior a Biblioteconomia.

Algumas respostas receberam apenas “Sim”, sem justificativa de local, e muitas respondentes estagiaram em mais de um local durante o curso todo e colocaram o nome dos tipos de unidade de informação, gerando uma boa variedade. Foram quatro estágios em arquivos, três em Bibliotecas jurídicas, quatro em Bibliotecas, sendo três delas destacadas como no Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), um em Biblioteca digital, um no Núcleo temático da seca e do semiárido (NutSeca), dois em Gestão documental e um em Gestão eletrônica.

A pergunta doze explora a importância do estágio não obrigatório, levando em conta apenas os que em algum momento do curso fizeram estágio não obrigatório e dentre todos é unânime que o estágio foi de extrema importância. Destacando algumas das respostas: “Sim, a experiência e a prática aceleraram o processo de ensino-aprendizagem no estágio

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obrigatório”; “Nos estágios além de pôr em práticas o que aprendemos na teoria, também exercitamos a gestão de pessoa – que é algo que só se aprende na prática”; “Sim, pois muitas das atividades exercidas no estágio não obrigatório me deram experiência para atuar no estágio obrigatório”. Além dessas, todas as outras respostas são positivas e destacam a diferença e ajuda que o estágio obrigatório gerou tanto no estágio curricular obrigatório quanto na sua formação.

Gráfico 10 – Local do estágio não obrigatório

Fonte: Elaborado pela autora (2019).

A pergunta treze questiona se o respondente presenciou algo totalmente novo durante o estágio e que não foi abordado em sala de aula, seis egressos responderam que “Não” a pergunta. As outras respostas variam, falam sobre a burocracia de procedimentos, indicando que no curso não há uma disciplina de práticas profissionais, falando que se aprende descritiva, temática, marc21 mas que não há uma disciplina, quanto a restauração e repositórios digitais, também é comentado. Os respondentes acreditam que o curso não aproveita a diversidade que é a Biblioteca Cental Zila Mamede (BCZM) e acaba que vive-se

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apenas a teoria e quando se vai para prática encontra dificuldades, principalmente na área de gestão, o atendimento ao usuário nas diversas áreas de atuação de dentro da biblioteca também foi citado. Outro ponto foi dizer que a acessibilidade não é um assunto explorado em sala de aula mais visto na prática, além disso, fala-se que de assunto não há nada de novo, mas sim de saber utilizar novos mecanismos para melhor gerenciamento da biblioteca. Um egresso questionou o fato da classificação de black. Seis egressos responderam apenas que “Sim”, sem mais explicações pelo motivo. Fazendo um resumo de algumas respostas mais vagas que buscaram dizer que toda a prática foi bem diferente da teoria e que muitas coisas só é possível ver e entende na como funciona na prática.

A pergunta catorze questiona quais foram as disciplinas que mais influenciam na atuação profissional, houve uma grande demanda para as disciplinas de Representação Descritiva e Temática seguida de Formação e desenvolvimento de coleções, e Gestão de unidade de informação. Alguns respondentes foram abrangentes em sua resposta, indicando que o conjunto de todas é o que torna o profissional, salientando disciplinas voltadas para a área de informação e tecnologia. Conclui se que todas tem uma influência significativa, especialmente as que não são apenas de fundamento teórico.

Gráfico 11 – Disciplinas que mais influenciam

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A pergunta quinze questionava qual foi o maior desafio encontrado durante o estágio obrigatório, listados abaixo:

a) Lidar com a falta de comunicação com os colegas, entre diferentes e turnos e setores, informações não são comunicadas formalmente ou informalmente a outro;

b) conciliar carga horária do estágio e seus relatórios com trabalho e escrita do TCC; c) a unidade de informação utilizava uma classificação diferente da aprendida em sala de

aula;

d) relatar as vivências dos estágios em prazos mínimos e a cobranças quanto a eles; e) conciliar a teoria com a prática, e tentar aplicar;

f) a análise de assuntos de áreas muito específicas; g) entender sobre a catalogação e catalogar;

h) o tempo de atuação; i) lidar com o acervo;

j) saber lidar com as demandas na prática; k) a organização nas estantes;

l) administrar a biblioteca;

m) fazer todas as atividades propostas com maestria;

n) o processo de lidar com os diferentes perfis dos profissionais da biblioteca;

Para não haver repetição foi sintetizado as respostas de conciliar o tempo para o estágio, relatório de estágio e TCC; lidar com a diferença entre teoria e prática, e a dificuldade na hora de catalogar.

A pergunta dezesseis trata da opinião do egresso, enquanto estagiário, e o seu grau de satisfação com o orientador responsável pelo estágio curricular obrigatório. Foi dado quatro opções de respostas, podendo escolher mais de uma, sendo elas: Atendeu completamente as expectativas (68,2%), auxiliou em todas as atividades (77,3%), foi pouco presente (4,5%), não excedeu as expectativas (4,5%).

O auxílio do orientador durante o decorrer das atividades do estágio curricular obrigatório torna a vivência do estagiário algo positivo ou negativo, sendo totalmente construtivo num bom desenvolvimento das atividades realizadas durante o estágio, como diz Alentejo (2008)12

Porque, entendemos que na formação do profissional em Biblioteconomia, o supervisor de estágio exerce importante papel; sua

12

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missão é supervisionar as tarefas e atividades práticas desenvolvidas nas unidades de informação pelos estagiários – estudantes do Curso de Biblioteconomia.

Gráfico 12 – Opinião sobre bibliotecário orientador

Fonte: Elaborado pela autora (2019).

Gráfico 13 – Atividades de preferência

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A pergunta dezessete questiona qual foi a atividade que o estagiário mais se familiarizou, as respostas foram diversas e com um grau alto em Setor de referência e Setor de processamento técnico.

A pergunta dezoito questiona o grau de satisfação com o desenvolvimento das atividades durante o estágio curricular obrigatório, quatro egressos responderam a opção oito de grau de satisfação (18,2%), onze responderam a opção nove de grau de satisfação (50%) e sete marcaram dez de grau de satisfação (31,8%).

Gráfico 14 – Grau de satisfação com atividades

Fonte: Elaborado pela autora (2019).

A última pergunta traz um pedido de sugestão e feedback sobre o estágio, a pergunta não era obrigatório e teve treze respostas. É citado que em outros cursos, como administração, direito e pedagogia, existem disciplinas de prática profissional, consistindo em inserir o discente no que realmente acontece na rotina de trabalho, dando maior segurança e experiência para o mesmo. Muito é falado sobre a BCZM, a experiência de estágio obrigatório lá, os muitos aprendizados e em como todos do curso deveriam fazer o estágio curricular obrigatório apenas e exclusivamente lá. O estágio na BCZM foi o que motivou alguns a permanecer na área mesmo tendo em vista na prática todas as dificuldades da profissão. A resposta de um egresso sobre as bibliotecas da UFRN e sua experiência no estágio: “De fato foi o diferencial na minha formação, acredito que os professores precisam explorar mais as bibliotecas da UFRN, de modo que os alunos vivenciem o dia-a-dia do profissional como um gestor”. Recomendaram uma presença maior por parte dos professores

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e destacaram um ponto negativo: a passagem pelo setor de referência da BCZM foi considerada com displicência por parte dos funcionários gerando uma situação desconfortável.

O setor de referência, entretanto, continua sendo um dos preferidos ressaltados nas respostas e confirmado sua importância, na foto abaixo o momento em que um usuário com cegueira foi levado pela bibliotecária do laboratório de acessibilidade para conhecer o setor e toda a biblioteca.

Figura 1 – Fotografia do setor de informação e referência BCZM

Fonte: SILVA (2019).

Outras sugestões pedem que o tempo para a realização do estágio obrigatório não fosse tão restrito e aconselha a repensar o modelo de acompanhamento dos estudantes nos campos de estágios e avaliar o feedback que os relatórios produzidos relatam, para uma melhor compreensão das lacunas dos estudantes no campo do estágio.

No mais, os feedbacks garantem a importância do estágio e a segurança de exercer sua profissão após a experiência, sentido que era a complementação faltante necessária, colocar em prática o que foi aprendido na teoria. Tanto os egressos que já tinham feito estágio não

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obrigatório, e tinham então base mais sólida, quanto os que nunca fizeram ressaltam a importância de terem feito o estágio curricular obrigatório.

Nas fotos, alunos de passagem pelo setor de restauração na BCZM durante o estágio obrigatório do semestre 2019.1. Trabalho minucioso e detalhista, há pouca teoria sobre o assunto no curso mas sempre há visitas a laboratórios de restauração e os alunos que que realizaram o estágio obrigatório na BCZM puderam presenciar um pouco no laboratório de lá.

Figura 3 – Fotografia obras raras

Fonte: SILVA (2019).

Figura 4 – Fotografia setor de obras raras

Fonte: BEZERRA (2019).

No geral, todos os setores foram de relevância para o estágio e considerado como chave de conclusão para resoluções práticas do curso.

(48)

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que o levantamento de experiências vivenciadas no estágio curricular obrigatório resulta em um complemento das atividades teóricas estudadas durante o curso de Biblioteconomia possibilitando a análise do estagiário quanto ao campo de atuação e as atividades desenvolvidas pelo profissional bibliotecário.

As primeiras análises indicam uma dissonância entre teoria e a prática percebida pelo estagiário. Os respondentes da pesquisa em algum momento referem-se a prática e a teoria, algumas vezes mostrando a importância de está botando em prática tudo que foi explorado apenas de forma teórica e outras vezes fala sobre as dificuldades que a diferença entre um e outro causa. Concordando que nem sempre a prática vai se assemelhar exatamente como lhe foi explicado e que com estágio é possível ter uma junção das duas linhas e aperfeiçoar de modo a chegar em um consenso de equilibro entre as duas pontas.

A vivência na sala de aula mostra que desde o início do curso o aluno busca estágio e quando chegam ao estágio obrigatório já passaram por diversos estágios que lhe proporcionaram diversas experiências e um conhecimento prévio das atividades a serem desenvolvidas. Explicando o fato da maioria dos respondentes está adaptada as atividades do estágio e não ver nelas um grande desafio, e aqueles que não tiveram experiência nenhuma reconhece a necessidade do estágio obrigatório, para ser repassado tudo de mais vital a ser realizado na profissão e concordam que o tempo de estágio deveria ser maior e melhor explorado.

Os respondentes declararam dificuldade de realizar o estágio obrigatório simultaneamente ao processo de escrita do TCC, porém, no geral, se consideram satisfeitos com o desenvolvimento pessoal durante o estágio.

Assim, o estágio curricular obrigatório do curso de Biblioteconomia da UFRN está para a maioria, cumprindo com fornecer a prática necessária para a formação do futuro bibliotecário conforme a Lei nº 11.788, de 5 de setembro de 2008.

(49)

REFERÊNCIAS

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dos estudantes, dos professores e dos bibliotecários das instituições, Biblionline, João Pessoa, v. 4, n. 1/2, 2008. Acesso em: 08 out. 2019.

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NISKIER, Arnaldo; SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de. Educação, estágio e trabalho. São Paulo: Integrare Editora, 2006. 231 p. ISBN: 8599362100.

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ROCHA, Teresinha Pereira da. Fluxo informacional do acompanhamento do estágio supervisionado não obrigatório no curso de Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 2018. 157 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Gestão da Informação e do Conhecimento) - Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2018.

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ROESCH, Sylvia Maria Azevedo; BECKER, Gracie Vieira; MELLO, Maria Ivone. Projetos de estágio e de pesquisa em administração: guia para estágios, trabalhos e conclusão, dissertações e estudos de caso. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2005.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE. CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS. DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA. Curso de

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