• Nenhum resultado encontrado

OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA. Relatório analítico de acompanhamento conjuntural do mercado de trabalho formal da Bahia

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA. Relatório analítico de acompanhamento conjuntural do mercado de trabalho formal da Bahia"

Copied!
53
0
0

Texto

(1)

OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA

Relatório analítico de acompanhamento conjuntural do mercado de

trabalho formal da Bahia

Contrato de Prestação de Serviços Nº. 165/2012 – SETRE-BA e DIEESE

(2)

2 EXPEDIENTE DA SECRETARIA DO TRABALHO, EMPREGO, RENDA E

ESPORTE DO

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

JAQUES WAGNER

Governador

OTTO ALENCAR

Vice-Governador

NILTON VASCONCELOS

Secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte

MARIA OLÍVIA SANTANA

Chefe de Gabinete

MARIA THEREZA ANDRADE

Superintendente de Desenvolvimento do Trabalho

MILTON BARBOSA DE ALMEIDA FILHO

Superintendente de Economia Solidária

NAIR PRAZERES

Diretora-Geral

SETRE – Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte

Endereço: 2ª Avenida, nº 200, Plataforma III - 3º andar, Sala 306 – CAB Salvador - Bahia – Brasil - CEP: 41.745-003

(3)

3 EXPEDIENTE DO DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E

ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS – DIEESE

Direção Técnica

Clemente Ganz Lúcio – Diretor Técnico / Coordenador de Pesquisas Ademir Figueiredo – Coordenador de Estudos e Desenvolvimento José Silvestre Prado de Oliveira – Coordenador de Relações Sindicais

Nelson de Chueri Karam – Coordenador de Educação Rosana de Freitas – Coordenadora Administrativa e Financeira

Coordenação Geral do Projeto

Ademir Figueiredo – Coordenador de Estudos e Desenvolvimento Angela Maria Schwengber – Supervisora dos Observatórios do Trabalho Ana Georgina Dias – Supervisora do Escritório Regional do DIEESE na Bahia

Flávia Santana Rodrigues – Técnica Responsável pelo Projeto Eletice Rangel Santos – Técnica do Projeto

Equipe Executora

DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos

Rua Ministro Godói, 310 – Parque da Água Branca – São Paulo – SP – CEP 05015-000

Fone: (11) 3874 5366 – Fax: (11) 3874 5394 E-mail: en@dieese.org.br

http://www.dieese.org.br

Observatório do Trabalho da Bahia

Endereço: 2ª Avenida, nº 200, Plataforma III - 3º andar, Sala 323 – CAB Salvador - Bahia – Brasil - CEP: 41.745-003

Fone: (71) 3115 1635

(4)

4 SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ... 5

INTRODUÇÃO ... 7

NOTA METODOLÓGICA... 10

1. QUADRO GERAL DO SALDO DE EMPREGO FORMAL, SEGUNDO REGIÕES GEOGRÁFICAS SELECIONADAS ... 12

2. DISTRIBUIÇÃO SETORIAL DO SALDO DE EMPREGO NA BAHIA, SEGUNDO SETOR E SUBSETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA ... 19

3. CARACTERÍSTICAS DAS CLASSES DE ATIVIDADE COM MAIOR PARTICIPAÇÃO NO SALDO DE EMPREGOS ... 24

4. MOVIMENTAÇÃO DE VÍNCULOS E SALDO DE EMPREGO NA BAHIA, SEGUNDO FAMÍLIAS OCUPACIONAIS COM MAIOR PARTICIPAÇÃO NO SALDO ... 34

CONCLUSÃO ... 38

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ... 42

GLOSSÁRIO ... 43

(5)

5 APRESENTAÇÃO

O presente documento, denominado “Relatório analítico de acompanhamento periódico do mercado de trabalho formal da Bahia” faz parte do plano de atividades do Observatório do Trabalho da Bahia, parceria entre o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do estado da Bahia (SETRE), no âmbito do Contrato nº165/2012, e tem como objetivo o monitoramento periódico do mercado de trabalho formal local, através de indicadores pré-definidos. Tal produto permite complementar e aprofundar as análises dos boletins mensais, por meio de reflexões conjunturais sobre a atividade econômica e o mercado de trabalho formal, a partir de segmentações populacionais e setoriais específicas, além de recortes temporais.

Para isso, utilizam-se os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Este tipo de relatório busca analisar a movimentação e saldo de trabalhadores celetistas na Bahia em dois momentos ao longo do ano. Para informações regulares do comportamento do saldo de empregos no estado, devem-se consultar os boletins mensais, que são elaborados em um curto período de tempo, após a divulgação do CAGED, pelo MTE, e se encontram disponíveis no site do Observatório1.

A apresentação dos dados obedece a um padrão de valorização do texto informativo, com a apresentação dos dados de forma objetiva e concisa, visando informar de maneira mais elaborada e detalhada os resultados oferecidos pela base de dados, com um aprofundamento analítico mínimo.

O presente estudo está dividido em quatro capítulos, além desta apresentação, introdução, nota metodológica, glossário, anexo e conclusão. O período de análise é o ano de 2012, comparado ao ano imediatamente anterior (2011).

A análise se refere, inicialmente, ao comportamento geral do saldo de empregos formais da Bahia, frente ao de diversos espaços geográficos, contemplando desde o total do Brasil e da Região Nordeste, também desagregada em estados nordestinos. A ênfase recai na comparação dos resultados da Bahia frente a esses outros espaços geográficos.

1 O portal do Observatório é http://geo.dieese.org.br/bahia/ e pode ser acessado, tanto, pelas páginas do

(6)

6

A análise intraestadual aprofunda as características do saldo na Região Metropolitana de Salvador (RMS), Interior (composto pelos municípios não metropolitanos) e Territórios de Identidade.

Na sequência, segundo capítulo, aborda-se como este saldo é composto do ponto de vista setorial e analisam-se as informações dos salários médios de admissão e desligamento, através de desagregações dos setores e subsetores econômicos.

No terceiro capítulo dá-se continuidade a análise setorial, agora desagregada até o nível de classes de atividade, organizadas pelos maiores saldos de empregos positivos e negativos em 2012 e detalhando as respectivas movimentações de admissões e desligamentos. Ainda nessa parte busca-se caracterizar estas classes através de diversos atributos dos empregos, como o tipo de admissão, as causas de desligamento, o tempo de permanência no emprego. Além de considerar como se comportaram as informações declaradas sobre os salários médios mensais de admissões e desligamentos.

Por fim, no quarto capítulo, analisa-se a movimentação de vínculos e o saldo de empregos segundo características de sua estrutura ocupacional, dando ênfase nas famílias ocupacionais com maior participação no saldo de empregos em 2012. Vale salientar que tanto no terceiro quanto no quarto capítulos, observam-se como as principais classes de atividade e famílias ocupacionais estão desagregadas geograficamente, por Territórios de Identidade. Enfatizam-se, em algumas passagens, análises relacionadas ao desempenho da Indústria de calçados2.

2 Por conta das dificuldades enfrentadas por este subsetor na Bahia, ao longo de 2012, mais

especificamente, da crise da Vulcabrás/Azaléia, surgiu a necessidade de acompanhamento específico deste segmento nos boletins informativos mensais do mercado de trabalho formal e aqui se dará continuidade a essa investigação.

(7)

7 INTRODUÇÃO

O mercado de trabalho formal da Bahia vem registrando uma desaceleração do ritmo de crescimento do emprego com carteira assinada no período mais recente, conforme vem sendo observado nos boletins informativos do CAGED, de periodicidade mensal, que vem sendo elaborados pelo Observatório do Trabalho da Bahia.

Como a economia baiana possui uma matriz industrial especializada nas indústrias química e petroquímica, cuja produção de bens intermediários é direcionada, basicamente, para as regiões Sudeste e Sul do Brasil, e por uma atividade agrícola baseada em commodities, está constantemente suscetível às oscilações econômicas internas e externas. Atualmente, está havendo menor crescimento da economia nacional e o contexto internacional é marcado pela crise econômica de diversos países desenvolvidos, contemplando países importantes da Zona do Euro.

Segundo análise conjuntural do desempenho recente da economia baiana, elaborado pela SEI (2012), no terceiro trimestre de 2012, a diminuição dos investimentos produtivos privados e a desaceleração no setor de serviços foram fatores, além da instabilidade econômica internacional, que contribuíram para o baixo ritmo de crescimento econômico no país.

No tocante ao desempenho da economia baiana, no mesmo período, tem-se que:

“A dinâmica do crescimento da economia baiana no terceiro trimestre foi, principalmente, motivada pela leve recuperação do setor industrial e a expansão do setor de serviços, em especial do comércio varejista, apoiado pelo tímido ritmo de crescimento do mercado de trabalho e dos rendimentos” (SEI, 2012, p. 8).

Por sua vez, de modo contrário, a Agropecuária vem enfrentando condições climáticas desfavoráveis ao plantio, desenvolvimento e colheita de inúmeras culturas agrícolas de naturezas temporárias e permanentes, por conta do forte impacto negativo da seca na Bahia. Por conta dessas dificuldades, tem havido restrições na comercialização, elevação dos preços de diversos alimentos, que vem influenciando a contratação e dispensa de trabalhadores.

Em 2012, um subsetor da Indústria de transformação, que se destacou no acompanhamento mensal das informações do CAGED foi a Indústria de calçados. Ao longo desse ano, após sucessivos saldos negativos de emprego, o subsetor vem enfrentando uma forte crise, com sucessivas perdas de empregos, compreendendo até o

(8)

8

fechamento de unidades fabris no estado. Segundo informações da Secretaria estadual de Indústria, Comércio e Mineração (SICM)3, a Vulcabrás/Azaléia fechou 11 unidades de seu parque industrial em dezembro de 2012, na região de Itapetinga, atingindo as cidades de Caatiba, Itambé, Macarani, Itororó, Iguaí, Potiraguá, Ibicuí, Itarantim e Firmino Alves, todas localizadas no interior da Bahia. Ao todo, cerca de 3.500 operários foram demitidos.

Os sucessivos prejuízos, decorrentes do aumento da concorrência oriundo da excessiva entrada no país de produtos importados a preços baixos, constitui-se no principal motivo revelado pela fábrica de calçados Vulcabrás/Azaleia para o fechamento das unidades e a demissão dos funcionários, conforme foi noticiado pela SICM4.

A Indústria de calçados é um segmento da Indústria de transformação, que tem um papel importante na desconcentração da matriz industrial do estado, porque está distribuída espacialmente em diversos municípios do interior, se tornando uma fonte efetiva de geração de emprego e renda e de estímulo da atividade econômica regional. A Indústria de calçados da Bahia, segundo informações da SICM, abrangia até o final de 2012, 47 empresas de fabricação de calçados, a exemplo da Vulcabrás/Azaléia (em Itapetinga), Amazonas Calçados e Ramarim (em Jequié), Calçados Pegadas do Nordeste (em Ruy Barbosa), Calçados Malu (em Alagoinhas), Calçados Bel Passo (em São Francisco do Conde) e 22 empresas de fabricação de componentes de calçados.

Por se difundir em diversos municípios não metropolitanos de pequeno porte, se constitui em uma importante fonte de geração de renda para a população local, comprometendo parte significativa dos trabalhadores formais com carteira assinada nessas regiões. As demissões provocadas pela crise podem desencadear impactos nos setores de Comércio e Serviços, por causa da diminuição da renda em circulação na economia.

Além desse aspecto de impulsão do crescimento econômico do estado para além da Região Metropolitana de Salvador (RMS), a indústria calçadista também é um vetor para diversificação da matriz industrial do estado, muito representada pelos segmentos químico e petroquímico. Pela importância dos eventos recentes e pela gravidade da situação atual

3 Informação disponível em: http://www.sicm.ba.gov.br/Noticia.aspx?n=31964. Acesso em 04 de abril de

2013.

4 Informação disponível em: http://www.sicm.ba.gov.br/Noticia.aspx?n=31944. Acesso em 04 de abril de

(9)

9

da Indústria de calçados, uma atenção especial será dada a esse segmento no decorrer do relatório.

Assim, com base no breve cenário acima delineado, o presente relatório tem como objetivo analisar de forma detalhada o comportamento do saldo de empregos na Bahia em 2012, comparando-se as informações atuais com as do ano imediatamente anterior. Para alcançar esse propósito, a análise do saldo privilegiará três níveis de desagregação das informações: geográfico, indo até o nível da distribuição do saldo de emprego nos territórios de identidade baianos; setorial, com ênfase na investigação dos resultados da indústria calçadista; ocupacional, através das principais famílias ocupacionais com maior participação no saldo de empregos.

(10)

10 NOTA METODOLÓGICA

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) é um registro administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), criado pela Lei Nº 4.923, de 23/12/1965. Mensalmente, os estabelecimentos que apresentaram movimentação de vínculos celetistas são demandados a enviar informações ao MTE, acerca dos novos contratos de trabalho formais estabelecidos, bem como, dos contratos de trabalho encerrados, por diferentes motivos. O MTE, então, compila as informações recebidas e divulga publicamente os dados agregados acerca das admissões, desligamentos, e saldo de empregos no mês anterior, sob diversas desagregações, como setorial, atributos dos trabalhadores, remuneração, ocupação, entre outros.

Saliente-se que ao registrar as informações dos vínculos de trabalho com carteira assinada o CAGED se diferencia das pesquisas amostrais domiciliares, que inferem as informações por trabalhador (pessoa entrevistada, que responde o questionário). Ao privilegiar o vínculo se consegue captar as possibilidades do trabalhador se empegar em mais de um estabelecimento, podendo acumular mais de um vínculo. Nesse sentido, segundo o CAGED, o número de vínculos pode ser equivalente ou superior do que o número de pessoas empregadas.

A partir de dezembro de 2010, o MTE realizou uma mudança metodológica na divulgação dos dados, que passam a requerer cautela na comparação com a série anterior à mudança.

O MTE passou a divulgar, mensalmente, também as informações obtidas a partir de declarações entregues fora do prazo de competência, juntamente com os acertos de declarações. Anteriormente, estas declarações só eram incorporadas uma vez ao ano, quando da apuração do estoque de empregos em 1º de janeiro de cada ano. Segundo o MTE, esse procedimento visa reduzir a distância entre os dados divulgados com base na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), para os vínculos celetistas, e os oriundos do CAGED, ainda que outras distinções marquem a impossibilidade de comparação entre estes dois registros administrativos mantidos pelo MTE.

Dessa forma, desde janeiro de 2011 são disponibilizadas, mensalmente, também as informações relativas aos vínculos empregatícios declarados fora do prazo legal.

(11)

11 selecionado, somente são comparáveis com as informações para o mesmo mês a partir de 2011, devido aos ajustes que eles incorporam.

Uma vez que os dados selecionados são comparáveis, ao longo do estudo serão utilizadas as informações segundo a nova metodologia para o período acumulado do ano completo, contendo os ajustes dos últimos doze meses, salvo para as informações de salário médio mensal e tempo de permanência no emprego, as quais o MTE somente disponibiliza o que foi informado dentro do mês de competência da declaração.

No atual relatório, os saldos acumulados nos anos de 2011 e 2012 contêm os ajustes da movimentação declarada de janeiro a dezembro dos respectivos períodos e foram extraídos no dia 02/04/2013.

No que tange aos indicadores de classes de atividade econômica do estudo, foram selecionadas as 10 classes com maiores saldos positivos e as 10 classes com maiores saldos negativos, segundo a participação mais representativa no saldo de 2012. Este mesmo critério foi adotado para as 20 famílias ocupacionais examinadas. Ressalte-se que todos os resultados foram ordenados de forma decrescente, a partir dos valores do saldo de 2012.

(12)

12 1. QUADRO GERAL DO SALDO DE EMPREGO FORMAL, SEGUNDO REGIÕES GEOGRÁFICAS SELECIONADAS

Em 2012, a evolução do saldo acumulado de empregos no país, manteve-se constantemente em patamar inferior ao saldo de 2011, evidenciando uma trajetória de desaceleração do ritmo de crescimento do emprego formal celetista. Ao longo do ano, o mês de novembro marca o pico do saldo acumulado de empregos, com 2.428.959, em 2011, e 1.833.391, em 2012, seguido pelo ajuste estrutural que ocorre no mercado de trabalho nos meses de dezembro. Em que pese o fato de que a queda no ritmo de geração de novos empregos em 2012 seja por si só, significativa, ainda assim o Brasil teve um saldo de mais de 1,3 milhões de empregos formais no ano (Gráfico 1).

Na região Nordeste o comportamento do saldo acumulado no ano de 2012 também foi inferior ao de 2011, refletindo o movimento mais geral de menor dinamismo no mercado de trabalho. Entre os dois anos, o saldo acumulado até dezembro caiu de 355.655, em 2011, para 200.244 empregos, em 2012. Quando comparado ao desempenho do saldo do Brasil, percebe-se que, no decorrer dos doze meses, em ambos os períodos o ritmo de crescimento do saldo na região foi mais atenuado, incluindo dois momentos de descenso entre os meses de fevereiro e março e de novembro e dezembro. Na Bahia, assim como no Brasil e no Nordeste, o desempenho do saldo acumulado de 39.091 empregos, em 2012, foi menor do que os 83.161 empregos de 2011. Ressalte-se que este resultado equivaleu a uma taxa de variação de -53,0% no saldo de empregos entre os dois anos, superior a que ocorreu na região Nordeste e no Brasil, que foi de -43,7% e de -34,5%, respectivamente. Deve-se destacar que a retração mais significativa do saldo de empregos formais na Bahia provocou uma queda de sua participação no saldo total do Brasil, de 4,1% para 2,9%, entre 2011 e 2012, e no total do saldo da região Nordeste, de 23,4% para 19,5%, respectivamente. Assim como a Bahia, a região Nordeste registrou uma taxa de variação média superior à do Brasil, o que levou a diminuição da sua participação no saldo do total do país durante os anos analisados, de 17,5% para 15,1% (Anexo 1).

Em 2012, a evolução mensal do saldo acumulado diminuiu também entre setembro e outubro, além do ajuste normal que ocorre entre novembro e dezembro.

(13)

13 GRÁFICO 1

Evolução do saldo acumulado no ano de emprego celetista Brasil, Nordeste e Bahia, 2011 e 2012

(14)

14

Ao se desagregar o saldo da região Nordeste por estados, nota-se que todos terminaram o ano com saldo positivo de empregos, mas seguiram a mesma dinâmica do plano nacional, qual seja, menor saldo acumulado de empregos em 2012 frente ao ano de 2011. Essa redução foi menor no Piauí, com o saldo acumulado no ano passando de 11.756 para 11.634 empregos, sinalizando a variação negativa de 1,0% em 2012 em relação a 2011, no Rio Grande do Norte 13.420, em 2011, contra 12.823 empregos, em 2012 (-4,4%) e na Paraíba, 21.882 contra 19.316, respectivamente (-11,7%). Contrariamente, a redução relativa5 do saldo foi mais significativa em Alagoas, com a queda acentuada de 22.157 para 2.574 empregos no período, implicando uma taxa de variação negativa de 88,4%. Na sequência, tem-se a Bahia, com o decréscimo do saldo de 83.161 para 39.091 empregos (-53,0%); Maranhão e Sergipe, com os saldos diminuindo de 28.563 para 14.448 e de 20.121 para 10.186 empregos, ambos com uma variação percentual de -49,4% e Pernambuco, com o saldo sendo reduzido de 95.627 para 48.897 empregos (-48,9%). Saliente-se que todos os estados onde as diminuições do saldo foram mais significativas, tiveram taxas de variação negativas mais elevadas do que a verificada para a média da região Nordeste (-43,7%) (Gráfico 2 e Anexo 2). Assim como em 2012, Pernambuco, Ceará e Bahia destacaram-se com os resultados mais expressivos de saldo de empregos em 2012. Pernambuco manteve-se como o estado que teve saldo acumulado de empregos mais elevado da região em 2012, contudo, a Bahia, que registrou o segundo maior saldo em 2011, ficando à frente do Ceará, em 2012, apresentou um ritmo mais modesto em termos de geração de empregos, passando à terceira colocação (Gráfico 2).

5 Ao se considerar a variação absoluta do saldo dos estados nordestinos entre 2011 e 2012, Pernambuco

passa a destacar-se com a maior redução de empregos e a Bahia permanece com a segunda posição, assim como foi observado na variação relativa do saldo (Anexo 2).

(15)

15 GRÁFICO 2

Saldo de emprego celetista Estados nordestinos, 2011 e 2012

Fonte: MTE-CAGED. Elaboração: DIEESE.

A distribuição do saldo da Bahia, entre a Região Metropolitana de Salvador (RMS) e o Interior (espaço formado pelo conjunto dos municípios não metropolitanos) revela que o Interior contribuiu mais para o saldo estadual nos dois anos selecionados, com exceção do mês de dezembro em 2011, quando a redução do saldo acumulado no interior foi mais intensa do que a verificada na RMS. Aqui também se observa menor desempenho do saldo acumulado em 2012 na comparação com 2011, em ambos os espaços. Durante todo o ano de 2012, o saldo de empregos da RMS foi menor do que o do Interior, sendo que neste último espaço o ritmo de crescimento do saldo é descontinuado a partir do mês de setembro (Gráfico 3).

(16)

16 GRÁFICO 3

Evolução do saldo acumulado no ano de emprego celetista RMS e Interior¹, 2011 e 2012

Fonte: MTE-CAGED. Elaboração: DIEESE.

Nota: (1) Entendido como o conjunto dos municípios não metropolitanos.

A distribuição do saldo de empregos na Bahia, segundo os Territórios de Identidade demonstra que há concentração do saldo no território Metropolitano de Salvador6 que, a

6 O território Metropolitano de Salvador é composto por 10 municípios, sendo eles: Camaçari, Candeias,

(17)

17

despeito de ter reduzido a sua participação relativa de 53,8% para 43,0% entre 2011 e 2012, ainda é de longe o que detém o resultado mais significativo. Em seguida, estão os territórios Portal do Sertão (25,7%), Sertão do São Francisco (8,2%), Vitória da Conquista (6,0%), Litoral Norte e Agreste Baiano (5,6%) e Sertão Produtivo (4,8%) que, ao contrário do primeiro território, tiveram crescimento de suas participações relativas no total do saldo estadual (Tabela 1).

O Sertão do São Francisco foi o território que teve a maior variação percentual de 459,5% no período, com a elevação de seu saldo de 576 para 3.223 empregos. Como já foi assinalada, a redução do saldo do território Metropolitano de Salvador foi bastante expressiva, visto que em 2011 havia um saldo de 44.700 e em 2012 caiu para 16.794 empregos, equivalendo a uma variação percentual de -62,4%.

e Vera Cruz. Integra um dos 27 territórios de identidade e é a classificação geográfica atualmente usada pelo governo da Bahia para subsidiar o planejamento de seus programas e políticas. Difere da Região Metropolitana de Salvador, que consiste em uma classificação usual do IBGE e do MTE, formada por 13 municípios, a saber: Camaçari, Candeias, Dias D’Ávila, Itaparica, Lauro de Freitas Madre de Deus, Mata de São João, Pojuca, Salvador, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Simões Filho e Vera Cruz.

(18)

18 TABELA 1

Distribuições absoluta e relativa do saldo de emprego celetista Territórios de Identidade da Bahia, 2011 e 2012

Fonte: MTE-CAGED. Elaboração: DIEESE. Nota: Valores ordenados pelo saldo de 2012.

2012/2011 Nº abs. Em % Nº abs. Em % Var. % Metropolitano de Salvador 44.700 53,8 16.794 43,0 -62,4

Portal do Sertão 6.667 8,0 10.058 25,7 50,9

Sertão do São Fracisco 576 0,7 3.223 8,2 459,5

Vitória da Conquista 2.426 2,9 2.358 6,0 -2,8

Litoral norte e Agreste Baiano 2.729 3,3 2.178 5,6 -20,2

Sertão Produtivo 2.942 3,5 1.894 4,8 -35,6

Bacia do Rio Grande 6.219 7,5 1.835 4,7 -70,5

Bacia do Jacuípe 815 1,0 1.381 3,5 69,4 Sisal 1.746 2,1 1.025 2,6 -41,3 Litoral Sul 2.163 2,6 985 2,5 -54,5 Vale do Jequiriçá 788 0,9 898 2,3 14,0 Costa do Descobrimento 1.325 1,6 723 1,8 -45,4 Baixo Sul 1.140 1,4 709 1,8 -37,8

Piemonte Norte do Itapicuru 1.290 1,6 652 1,7 -49,5

Velho Chico 813 1,0 617 1,6 -24,1 Piemonte da Diamantina 1.039 1,2 474 1,2 -54,4 Itaparica 558 0,7 455 1,2 -18,5 Piemonte do Paraguaçu 420 0,5 448 1,1 6,7 Irecê 1.089 1,3 296 0,8 -72,8 Semi-árido Nordeste II 934 1,1 267 0,7 -71,4 Bacia do Paramirim 385 0,5 194 0,5 -49,6

Bacia do Rio Corrente 992 1,2 188 0,5 -81,0

Extremo Sul 1.925 2,3 -102 -

-Médio Rio de Contas 1.177 1,4 -407 -

-Chapada Diamantina 1.514 1,8 -437 -

-Recôncavo 1.444 1,7 -995 -

-Médio Sudoeste da Bahia -4.655 - -6.620 -

-Total 83.161 100,0 39.091 100,0 -53,0

2011 2012

Territórios de identidade baianos

(19)

19 2. DISTRIBUIÇÃO SETORIAL DO SALDO DE EMPREGO NA BAHIA, SEGUNDO SETOR E SUBSETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA

A análise setorial revela que o menor ritmo do saldo de empregos formais na Bahia, em 2012, ocorreu de forma mais generalizada em todos os setores de atividade econômica, sendo que para os Serviços industriais de utilidade pública (SIUP), Administração pública, Agropecuária e Indústria de transformação houve também a inversão dos saldos, que se apresentaram positivos, em 2011, e foram negativos, em 2012. Assim, nos SIUPs o saldo acumulado no ano foi de 1.557 empregos, em 2011, e de -979, em 2012; na Administração pública, 829 e -434 empregos, respectivamente; na Agropecuária, 4.882 e -2.224 empregos; e na Indústria de transformação, a queda foi mais brusca, com o saldo passando de 6.364 para -2.900 empregos. Comparando-se a variação absoluta do saldo, Serviços é aquele que teve a maior retração no saldo de 2012, em comparação a 2011, na ordem de 15.708 empregos, mas ainda assim permanece sendo o setor com o maior saldo de empregos na Bahia, em 2012, respondendo por 23.499 empregos do total de 39.091 do estado. A Construção civil é outro setor que teve uma redução do desempenho da geração de empregos no período, mas ainda assim conseguiu manter o saldo positivo em 2012, com 5.621 empregos (Tabela 2).

Do ponto de vista dos subsetores, a Indústria de calçados foi o subsetor que mais contribuiu para o resultado negativo da Indústria de transformação, registrando saldo negativo na ordem de 7.209 empregos, em 2012, inferior ainda ao saldo negativo de -2.926 verificado no ano anterior. Somam-se a este resultado, os desempenhos negativos dos subsetores da Indústria metalúrgica, Indústria do material elétrico e de comunicações e Indústria de produtos minerais não metálicos, que tiveram saldos negativos de, respectivamente, -1.681, -1.541 e -1.111 empregos.

Dos 12 subsetores da Indústria de transformação, apenas quatro tiveram, em 2012, saldos positivos superiores ao verificado em 2011, foram eles: Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos (575 empregos, em 2012, contra um saldo negativo de 5 empregos, em 2011); Indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria (1.260 empregos, contra 814); Indústria do material de transporte (631 empregos, contra 502) e Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica (276 empregos, contra 264).

(20)

20

Por sua vez, o Comércio apresentou saldo positivo de 16.011 empregos, em 2012, menor do que o verificado no mesmo período do ano anterior, quando havia sido de 19.086. Neste setor, o subsetor de Comércio varejista teve saldo de 16.465, em 2011 e passou para 13.207 empregos, em 2012, influenciando sobremaneira o resultado final, visto que o Comércio atacadista registrou crescimento de 183 empregos no período. Já no setor de Serviços, que conta com um total de seis subsetores, os Serviços médicos, odontológicos e veterinários, juntamente com Ensino, foram os subsetores que registraram ampliação do saldo no período, passando de 3.892, em 2011, para 5.361, em 2012, e de 2.787 para 2.951, respectivamente. Os demais subsetores apresentaram reduções dos saldos, na comparação de 2011 com 2012. A principal redução do saldo ocorreu no subsetor Com. e administração de imóveis, valores mobiliários, serviço técnico profissional (-8.021 empregos), seguido por Serv. de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, redação (-5.501 empregos), Transporte e comunicações (-2.702 empregos) e Instituições de crédito, seguros e capitalização (-1.117 empregos).

(21)

21 TABELA 2

Saldo de emprego celetista (variações absoluta e relativa), por setor e subsetor de atividade econômica

Bahia, 2011 e 2012

Fonte: MTE-CAGED. Elaboração: DIEESE.

Nota: o setor da Agropecuária é composto por agricultura, silvicultura, criação de animais e extrativismo vegetal.

Analisando-se os salários médios de admissão e desligamento por setor e subsetor de atividade verifica-se que a Extrativa mineral, por um lado, é o setor que se destaca pelos salários médios mais expressivos. Em 2012, os admitidos eram contratados com salários médios de R$ 1.510,07, contra o que recebiam os desligados (R$ 1.876,16). A

2011 2012 Var. abs. Var. %

Extrativa Mineral 1.243 497 -746 -60,0

Indústria de transformação 6.364 -2.900 -9.264

-Indústria de produtos minerais não metálicos 1.463 352 -1.111 -75,9

Indústria metalúrgica 649 -1.032 -1.681

-Indústria mecânica 787 338 -449 -57,1

Indústria do material elétrico e de comunicações 489 -1.052 -1.541

-Indústria do material de transporte 502 631 129 25,7

Indústria da madeira e do mobiliário 715 385 -330 -46,2

Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica 264 276 12 4,5

Ind. da borracha, fumo, couros, peles, similares, ind. diversas 1.053 397 -656 -62,3 Ind. química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria 814 1.260 446 54,8

Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos -5 570 575

-Indústria de calçados -2.926 -7.209 -4.283 146,4

Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico 2.559 2.184 -375 -14,7

Serviços industriais de utilidade pública 1.557 -979 -2.536

-Construção civil 9.993 5.621 -4.372 -43,8

Comércio 19.086 16.011 -3.075 -16,1

Comércio varejista 16.465 13.207 -3.258 -19,8

Comércio atacadista 2.621 2.804 183 7,0

Serviços 39.207 23.499 -15.708 -40,1

Instituições de crédito, seguros e capitalização 1.509 392 -1.117 -74,0

Com. e administração de imóveis, valores mobiliários, serv. técnico profissional 12.967 4.946 -8.021 -61,9

Transportes e comunicações 4.600 1.898 -2.702 -58,7

Serv. de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, redação 13.452 7.951 -5.501 -40,9

Serviços médicos, odontológicos e veterinários 3.892 5.361 1.469 37,7

Ensino 2.787 2.951 164 5,9

Administração Pública 829 -434 -1.263

-Agropecuária 4.882 -2.224 -7.106

-Total 83.161 39.091 -44.070 -53,0

(22)

22

Agropecuária, por outro lado, destaca-se com os menores salários médios, com os admitidos recebendo R$ 733,25 e os desligados R$ 786,74.

Chama a atenção os salários médios relativamente menores pagos aos trabalhadores da Indústria de transformação, tendo o segundo menor salário médio mensal na comparação com os demais setores. Em 2012, os salários dos trabalhadores admitidos neste setor eram, em média, R$ 945,95, enquanto os salários de desligamento correspondiam a R$ 1.028,07, em média, sendo mais baixos do que os pagos aos trabalhadores da Construção civil, que tinham salários médios de R$ 1.081,06 e R$ 1.227,86, na admissão e desligamento, respectivamente.

Ainda na Indústria de transformação, em 2012, o subsetor que se notabilizou com o maior salário médio foi a Indústria do material de transporte (R$ 2.582,58, já mencionados), e com o menor salário, a Indústria de calçados, com um salário de admissão de R$ 633,88, levemente acima do salário mínimo vigente em 01/01/2012 (R$ 622,00). No Comércio, os trabalhadores do segmento atacadista recebem salários médios de admissão de R$ 848,70, mais elevados do que aqueles contratados para trabalhar no Comércio varejista (R$ 742,89). No setor de Serviços, os destaques são, por um lado, as Instituições de crédito, seguros e capitalização, com os valores mais altos de salários médios (R$ 1842,78) e, por outro lado, os Serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, redação, com os menores salários médios mensais (R$ 822,23).

Ressalte-se que há uma tendência geral do salário de admissão ser menor do que o de desligamento no mercado de trabalho formal celetista da Bahia Em 2012, o salário médio de admissão no estado foi de R$ 910,30 e o de desligamento, R$ 1.002,94. As exceções foram observadas no setor da Administração pública e no subsetor da Indústria do material de transporte, com o salário de admissão sendo maior do que o de desligamento (Tabela 3).

Na Administração pública, na qual o salário médio de admissão era R$ 1285,71 contra R$ 1.149,28 de salário médio de desligamento, em 2012. Da mesma forma, em 2011, os valores eram R$ 1.213,07 e R$ 1.098,80, respectivamente. No subsetor da Indústria do material de transporte, essa diferença a favor dos salários médios dos admitidos cresce de 2011 para 2012. Enquanto, no início do período, os admitidos recebiam, em média,

(23)

23

R$ 1.753,98, em comparação aos R$ 1.647,24 dos desligados, no final, esses valores passaram a R$ 2.582,58 (admitidos) contra R$ 1.816,33 (desligados).

TABELA 3

Salário médio real1 de admissão e desligamento, segundo setor e subsetor de

atividade econômica Bahia, 2011 e 2012

Fonte: MTE-CAGED. Elaboração: DIEESE.

Notas: (1) Representa o salário médio mensal no ano em análise, a valores constantes de 2012, com base no INPC. (2) O setor da Agropecuária é composto por agricultura, silvicultura, criação de animais e extrativismo vegetal. (3) Para informações sobre as limitações nos dados de salário médio mensal, consultar a nota metodológica do estudo.

Admitidos Desligados Admitidos Desligados

Extrativa Mineral 1.729,78 1.789,95 1.510,07 1.876,16 Indústria de transformação 870,17 948,03 945,95 1.028,07

Indústria de produtos minerais não metálicos 697,40 739,13 832,82 885,91 Indústria metalúrgica 1.098,75 1.268,77 1.119,20 1.448,94 Indústria mecânica 1.044,66 1.256,53 1.185,16 1.476,87 Indústria do material elétrico e de comunicações 897,36 1.009,57 1.018,85 1.122,20 Indústria do material de transporte 1.753,98 1.647,24 2.582,58 1.816,33 Indústria da madeira e do mobiliário 710,38 784,98 813,81 839,12 Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica 1.037,25 1.397,65 1.036,72 1.325,18 Ind. da borracha, fumo, couros, peles, similares, ind. diversas 857,45 997,08 1.006,14 1.206,44 Ind. química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria 1.078,83 1.217,58 1.174,13 1.477,73 Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos 652,48 702,00 758,43 809,31 Indústria de calçados 579,30 621,48 633,88 715,01 Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico 696,58 744,14 787,11 836,71

Serviços industriais de utilidade pública 1.162,41 1.240,27 1.159,41 1.169,98 Construção civil 1.061,98 1.161,23 1.081,06 1.227,86

Comércio 720,03 790,00 759,51 813,14

Comércio varejista 662,18 728,86 742,89 793,87 Comércio atacadista 763,79 825,79 848,70 920,06

Serviços 924,61 1.008,06 946,48 1.051,17

Instituições de crédito, seguros e capitalização 1.577,61 2.672,85 1.842,78 2.961,79 Com. e administração de imóveis, valores mobiliários, serv. técnico profissional 903,34 986,26 984,25 1.082,61 Transportes e comunicações 881,92 981,35 958,62 1.078,53 Serv. de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, redação 751,56 803,29 822,23 883,61 Serviços médicos, odontológicos e veterinários 1.051,74 1.208,33 1.108,23 1.318,33 Ensino 975,15 1.052,08 1.025,77 1.226,80 Administração Pública 1.213,07 1.098,80 1.285,71 1.149,28 Agropecuária 689,39 742,07 733,25 786,74 Total 879,34 957,01 910,30 1.002,94 2011 2012 Salário médio Setor e subsetor de atividade

(24)

24 3. CARACTERÍSTICAS DAS CLASSES DE ATIVIDADE COM MAIOR PARTICIPAÇÃO NO SALDO DE EMPREGOS

Em 2012, as dez classes de atividade econômica de maior saldo responderam por 23.293 do saldo total de 39.091 empregos com carteira assinada da Bahia. O saldo do conjunto dessas classes resultou da diferença entre a movimentação de 188.020 admissões e 164.727 desligamentos. As três classes de maior saldo positivo foram as Atividades de teleatendimento, com 5.767 empregos, as Atividades de atendimento hospitalar, com 3.828 empregos e as Atividades de vigilância e segurança privada, com 3.316 empregos. O Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns, por sua vez, ocupou a décima posição, com um saldo de 1.192 empregos (Tabela 4).

Em 2011, estas mesmas dez classes de atividade responderam por um saldo de 17.476 empregos, tendo menos representatividade no saldo total de 83.161 empregos da Bahia. Nesse ano, sete das classes com maior saldo em 2012, também estavam nas dez primeiras colocações, destacando-se as Atividades de vigilância e segurança, com saldo de 4.761 empregos. Na décima posição estavam as Obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações, com 1.899 empregos.

Ao desagregar, por territórios de identidade baianos7, os saldos das classes de atividade econômica com maior participação no saldo de empregos do estado, em 2012, percebe-se que o saldo das Atividades de teleatendimento está concentrado, basicamente, em dois territórios, Metropolitano de Salvador, com saldo de 2.793 empregos, e Portal do Sertão, com 2.896 empregos. As Atividades de atendimento hospitalar e Atividades de vigilância e segurança privada destacam-se na sequência e em ambas, os saldos estavam, majoritariamente, registrados no território Metropolitano de Salvador, com respectivamente, 2.849 e 2.645 empregos. Contrariamente, as classes Construção de edifícios e Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns foram aquelas que registraram uma distribuição do saldo de empregos mais homogênea entre os territórios de identidade (Anexos 3 e 5).

7 Para conferir das classes de atividade econômica de maiores saldos positivo e negativo, no ano de 2011,

(25)

25

Obras de acabamento é a única classe em que outro território (Bacia do Paramirim, com 707 empregos) conseguiu registrar um saldo mais elevado do que o Metropolitano de Salvador (298 empregos) (Anexo 3).

No que concerne às dez classes de atividade que registraram os maiores saldos negativos da Bahia, em 2012, notase que elas totalizaram um saldo negativo de -19.692 empregos, devido à diferença entre os 74.058 trabalhadores admitidos frente aos 93.750 desligados. A Fabricação de calçados de couro foi aquela em que se verificou o saldo mais negativo (-6.955 empregos), seguida pela Montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas (-3.205 empregos) e pelas Atividades de serviços prestados principalmente às empresas não especificadas anteriormente (-3.025 empregos). Em 2011, estas mesmas classes tiveram um saldo positivo, na ordem de 1.562 empregos, mas a Fabricação de calçados de couro já figurava como um dos principais saldos negativos no estado (-3.132 empregos). Ou seja, em 2012, o saldo desta classe de atividade foi ainda menor do que já havia sido no ano anterior (Tabela 4).

De acordo com a distribuição das classes de maior saldo negativo, segundo os territórios de identidade, o saldo final da Fabricação de calçados de couro foi, sobretudo, localizado no Médio Sudoeste da Bahia (-6.285 empregos). Na sequência, estão os territórios Médio Rio das Contas (-353 empregos) e Portal do Sertão (-318 empregos). Bacia do Jacuípe e Piemonte do Paraguaçu sobressaíram-se pelos saldos positivos de, respectivamente, 391 e 111 empregos. O saldo da Montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas, classe que apresentou o segundo maior saldo negativo do estado em 2012, foi composto, principalmente, pelos saldos dos territórios do Recôncavo (-1.784 empregos) e Metropolitano de Salvador (-1.007 empregos), Na sequência, as Atividades de serviços prestados principalmente às empresas não especificadas anteriormente tiveram o saldo mais negativo no território Metropolitano de Salvador (-3.213 empregos) (Anexo 5).

(26)

26 TABELA 4

Movimentação de vínculos e maiores saldos positivos e negativos de empregos celetistas, segundo as 20 classes de atividade econômica com

maior participação no saldo de 2012¹ Bahia, 2011 e 2012

Fonte: MTE-CAGED. Elaboração: DIEESE.

Nota: (1) Valores ordenados pelo ranking do saldo de 2012.

Admitidos Desligados Total Ranking Admitidos Desligados Total Ranking Atividades de teleatendimento 12.135 9.275 2.860 4 19.779 14.012 5.767 1 Atividades de atendimento hospitalar 11.163 9.254 1.909 9 13.030 9.202 3.828 2 Atividades de vigilância e segurança privada 14.174 9.413 4.761 2 11.815 8.499 3.316 3 Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços

de alimentação e bebidas 27.716 25.100 2.616 5 28.419 26.201 2.218 4 Construção de edifícios 87.745 91.547 -3.802 676 70.968 69.355 1.613 5 Comércio varejista de ferragens, madeira e materiais

de construção 16.208 13.593 2.615 6 14.770 13.230 1.540 6

Atividades de ensino não especificadas

anteriormente 3.631 2.454 1.177 15 4.325 3.014 1.311 7

Obras de acabamento 8.095 5.622 2.473 7 8.851 7.546 1.305 8

Obras para geração e distribuição de energia elétrica

e para telecomunicações 5.459 3.560 1.899 10 5.211 4.008 1.203 9 Comércio varejista de mercadorias em geral, com

predominância de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns

11.598 10.630 968 22 10.852 9.660 1.192 10

Total 197.924 180.448 17.476 188.020 164.727 23.293

Admitidos Desligados Total Ranking Admitidos Desligados Total Rankig Limpeza em prédios e em domicílios 12.962 11.883 1.079 18 12.140 12.869 -729 667 Atividades de apoio à produção florestal 5.419 5.301 118 162 4.675 5.462 -787 668 Administração pública em geral 2.487 2.179 308 84 1.993 2.782 -789 669 Coleta de resíduos não-perigosos 3.094 2.419 675 42 2.022 2.887 -865 670 Incorporação de empreendimentos imobiliários 17.790 14.266 3.524 3 20.983 21.948 -965 671 Fabricação de produtos de metal não especificados

anteriormente 1.385 1.767 -382 665 736 1.909 -1.173 672

Pesquisa e desenvolvimento experimental em

ciências sociais e humanas 1.618 2.895 -1.277 673 963 2.162 -1.199 673 Atividades de serviços prestados principalmente às

empresas não especificadas anteriormente 16.550 15.724 826 28 13.557 16.582 -3.025 674 Montagem de instalações industriais e de estruturas

metálicas 12.809 12.986 -177 656 9.932 13.137 -3.205 675

Fabricação de calçados de couro 10.374 13.506 -3.132 675 7.057 14.012 -6.955 676

Total 84.488 82.926 1.562 74.058 93.750 -19.692

Total das classes de atividade selecionadas 282.412 -97.522 19.038 262.078 258.477 3.601 Demais classes de atividade 610.970 907.743 64.123 587.487 551.997 35.490

Total 893.382 810.221 83.161 849.565 810.474 39.091

Classes de atividade de maior saldo positivo 2011 2012

(27)

27

A análise da desagregação das classes de atividade econômicas do subsetor de Indústria de calçados, mostra que a Fabricação de calçados de couro foi a principal responsável pelo saldo negativo do segmento em todo o período selecionado. Além disso, esta classe foi a que registrou as maiores movimentações de admissões e desligamentos com relação às demais classes. Em 2012, a Fabricação de calçados de couro registrou um saldo de -6.955 empregos (resultado de 7.057 admitidos e 14.012 desligados) de um total de -7.209 empregos da Indústria de calçados. Neste mesmo ano, a Fabricação de partes para calçados, de qualquer material (-292 empregos) e a Fabricação de calçados de materiais não especificados anteriormente (-8 empregos) também registraram saldos negativos, embora significativamente menos expressivos (Tabela 5).

TABELA 5

Movimentação de trabalhadores e saldo de emprego celetista, segundo as classes de atividade econômica da Indústria de calçados

Bahia, 2011 e 2012

Fonte: MTE-CAGED. Elaboração: DIEESE.

Em 2012, para todas as classes de atividade com maior participação no saldo de empregos, o reemprego é a principal forma de contratação. A Construção de edifícios é a atividade em que esse tipo de admissão foi mais recorrente (90,6%). As Obras de acabamento, por seu turno, tem a menor incidência da admissão por reemprego (57,0%), mas a maior participação relativa dos admitidos por primeiro emprego, que representaram 42,9% do total de admitidos na atividade. Em 2011, verifica-se o mesmo quadro do ano em análise, com o reemprego destacando-se como a maior forma de

Admitidos Desligados Saldo

Fabricação de calçados de couro 10.374 13.506 -3.132

Fabricação de tênis de qualquer material 0 1 -1

Fabricação de calçados de material sintético 309 284 25

Fabricação de calçados de materiais não especificados

anteriormente 297 195 102

Fabricação de partes para calçados, de qualquer material 982 902 80

Total 11.962 14.888 -2.926

Admitidos Desligados Saldo

Fabricação de calçados de couro 7.057 14.012 -6.955

Fabricação de tênis de qualquer material 0 0 0

Fabricação de calçados de material sintético 403 357 46

Fabricação de calçados de materiais não especificados

anteriormente 265 273 -8

Fabricação de partes para calçados, de qualquer material 414 706 -292

Total 8.139 15.348 -7.209

2012 2011

Classes de atividade da indústria de calçados Classes de atividade da indústria de calçados

(28)

28

contratação entre todas as classes de atividade selecionadas, embora o primeiro emprego tenha tido ligeira maior incidência em 2012 em relação a 2011 (Tabela 6).

TABELA 6

Distribuição relativa do total de admitidos das 10 classes de atividade econômica com maior participação no saldo positivo de empregos celetistas,

por tipo de admissão Bahia, 2011 e 2012

Fonte: MTE-CAGED. Elaboração: DIEESE.

Nota: a categoria Demais admissões é formada por admissão por transferência, admissão por reintegração e contrato de trabalho por tempo determinado.

Examinando a distribuição relativa dos desligados das classes de atividade com maiores saldos negativos, segundo as causas de desligamento, em ambos os anos analisados, tem-se que o desligamento sem justa causa por iniciativa do empregador foi a causa de desligamento com maior incidência (79,9%, em 2012). A Coleta de resíduos não perigosos destacou-se com a maior participação relativa nas demissões sem justa causa (95,3%, em 2012). Os desligamentos ocorridos a pedido do trabalhador destacou-se na Fabricação de produtos de metal não especificados anteriormente, com 13,7%, em 2012, percentual que foi reduzido em relação a 2011, quando representava 14,4%. A Administração pública em geral foi a atividade com a segunda maior incidência de

Admissão por Primeiro Emprego Admissão por Reemprego Demais admissões Atividades de teleatendimento 9,7 89,3 1,1 100,0

Atividades de atendimento hospitalar 13,4 86,2 0,5 100,0

Atividades de vigilância e segurança privada 13,5 85,5 1,0 100,0

Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação

e bebidas 31,1 68,0 0,9 100,0

Construção de edifícios 21,1 78,2 0,7 100,0

Comércio varejista de ferragens, madeira e materiais de construção 25,4 72,5 2,1 100,0

Atividades de ensino não especificadas anteriormente 3,9 95,6 0,5 100,0

Obras de acabamento 35,0 64,8 0,2 100,0

Obras para geração e distribuição de energia elétrica e para

telecomunicações 17,6 81,7 0,7 100,0

Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de

produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns 13,1 85,4 1,5 100,0

Total 15,8 83,1 1,1 100,0 Admissão por Primeiro Emprego Admissão por Reemprego Demais admissões Atividades de teleatendimento 12,0 85,0 3,0 100,0

Atividades de atendimento hospitalar 18,9 80,0 1,1 100,0

Atividades de vigilância e segurança privada 23,7 74,5 1,8 100,0

Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação

e bebidas 9,0 88,9 2,1 100,0

Construção de edifícios 7,4 90,6 2,0 100,0

Comércio varejista de ferragens, madeira e materiais de construção 31,1 68,2 0,6 100,0

Atividades de ensino não especificadas anteriormente 13,2 85,9 1,0 100,0

Obras de acabamento 42,9 57,0 0,1 100,0

Obras para geração e distribuição de energia elétrica e para

telecomunicações 14,4 82,0 3,7 100,0

Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de

produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns 12,9 86,7 0,5 100,0

Total 17,0 81,4 1,6 100,0

Total Classes de atividade com maior saldo positivo

Classes de atividade com maior saldo positivo

Total Tipo de admissão 20 1 1 2 0 12 Tipo de admissão

(29)

29

desligamento a pedido do trabalhador, equivalendo a 13,3% do total, em 2012, sendo que no ano anterior correspondia a 13,0%. Em 2011, os desligamentos a pedido do trabalhador foram mais relevantes entre as Atividades de apoio à produção florestal, com o percentual de 15,9%. Deve se salientar que ao final do período, tanto na Fabricação de produtos de metal não especificados anteriormente, como na Administração pública em geral, a participação dos desligamentos a pedido do trabalhador está acima da média de 8,8% do total das atividades examinadas (Tabela 7). Já os Desligamentos por término de contrato foi mais expressivo para a Pesquisa e desenvolvimento experimental em ciências sociais e humanas, com 10,9%, em 2012, após a redução de 2,7 pontos percentuais em relação a 2011, que tinha registrado a participação de 13,6% do total. Em seguida, tem-se a Fabricação de produtos de metal não especificados anteriormente, com 10,8%, em 2012, contra a média de 7,9% de incidência deste tipo de desligamento em relação ao total das atividades.

Vale salientar que, embora tenha havido uma diminuição da participação relativa, em relação a 2011, dos Desligamentos por demissão sem justa causa na atividade de Fabricação de calçados de couro, ainda equivalia a 89,4% do total de trabalhadores desligados nesta atividade, em 2012.

(30)

30 TABELA 7

Distribuição relativa dos desligados das 10 classes de atividade econômica com maior participação no saldo negativo de empregos celetistas, por causas de

desligamento Bahia, 2011 e 2012

Fonte: MTE-CAGED. Elaboração: DIEESE.

Nota: a categoria Demais causas de desligamentos é formada por desligamento por aposentadoria, desligamento por morte e término de contrato de trabalho por prazo determinado.

No que tange ao tempo de permanência no emprego, verifica-se que há uma concentração de desligamentos sem um ano completo no último emprego. Os trabalhadores de Montagem de Instalações Industriais e de Estruturas Metálicas destacaram-se como a classe com a maior participação relativa no menor tempo de permanência. Deste modo, 23,7% dos trabalhadores permaneceram menos de 3 meses em seus empregos e 43,1% menos de 6 meses. Entre os trabalhadores que permaneceram até seis meses destacam-se também os Trabalhadores em Incorporação de empreendimentos imobiliários, com 38,0% e os Trabalhadores em Limpeza em prédios e em domicílios, com 32,3% (Tabela 8).

Com relação a 2011, entre as classes que permaneceram até 6 meses no emprego os destaques foram, também, para os trabalhadores de Montagem de Instalações Industriais e de Estruturas Metálicas, com 50,2%, e para os Trabalhadores em Incorporação de empreendimentos imobiliários, com 38,2%.

Desligamento por Demissão sem Justa Causa Desligamento a Pedido Desligamento por Término de Contrato Desligamento por Demissão com Justa Causa Demais causas de desligamento Fabricação de calçados de couro 92,2 3,4 3,7 0,2 0,5 100,0 Montagem de instalações industriais e de estruturas

metálicas 84,5 6,3 7,5 0,7 1,0 100,0

Atividades de serviços prestados principalmente às

empresas não especificadas anteriormente 80,0 11,5 4,6 1,8 2,1 100,0 Pesquisa e desenvolvimento experimental em ciências

sociais e humanas 72,3 7,6 13,6 1,6 5,0 100,0 Fabricação de produtos de metal não especificados

anteriormente 73,1 14,4 9,1 0,6 2,8 100,0 Incorporação de empreendimentos imobiliários 91,8 4,2 2,5 0,3 1,1 100,0 Coleta de resíduos não-perigosos 96,1 2,0 1,7 0,0 0,2 100,0 Administração pública em geral 73,9 13,0 7,2 1,1 4,9 100,0 Atividades de apoio à produção florestal 66,9 15,9 10,7 6,3 0,2 100,0 Limpeza em prédios e em domicílios 47,1 10,7 3,8 1,0 37,4 100,0

Total 78,1 10,2 7,3 1,6 2,8 100,0 Desligamento por Demissão sem Justa Causa Desligamento a Pedido Desligamento por Término de Contrato Desligamento por Demissão com Justa Causa Demais causas de desligamento Total 89,4 4,1 5,1 0,2 1,2 100,0 Montagem de instalações industriais e de estruturas

metálicas 86,3 5,1 6,3 0,7 1,6 100,0

Atividades de serviços prestados principalmente às

empresas não especificadas anteriormente 80,8 9,6 7,4 0,9 1,4 100,0 Pesquisa e desenvolvimento experimental em ciências

sociais e humanas 78,4 7,4 10,9 1,0 2,1 100,0 Fabricação de produtos de metal não especificados

anteriormente 72,3 13,7 10,8 0,3 2,9 100,0 Incorporação de empreendimentos imobiliários 88,8 4,6 4,1 0,7 1,7 100,0 Coleta de resíduos não-perigosos 95,3 1,9 2,5 0,1 0,2 100,0 Administração pública em geral 71,9 13,3 10,1 0,8 3,9 100,0 Atividades de apoio à produção florestal 78,5 11,1 8,7 1,4 0,2 100,0 Limpeza em prédios e em domicílios 55,6 7,2 6,1 0,3 30,8 100,0

Total 79,9 8,8 7,9 0,7 2,7 100,0

Classes de atividade econômica de maior saldo negativo

20 12 Causas de desligamento Total Ano 20 11

(31)

31 TABELA 8

Distribuição relativa dos desligados das 10 classes de atividade econômica com maior participação nos saldos negativos de emprego celetistas, por tempo de

permanência no emprego Bahia, 2011 e 2012

Fonte: MTE-CAGED. Elaboração: DIEESE.

Nota: para informações sobre as limitações nos dados de tempo de permanência no emprego, consultar a nota metodológica do estudo.

Na comparação entre as classes de atividade com maior saldo de empregos, as Atividades de atendimento hospitalar destacam-se pelos salários médios mensais mais elevados do período selecionado. Contudo, a diferença de R$ 332,71, em 2012, entre os salários médios de admissão (R$ 1.256,57) e os de desligamentos (R$ 1.589,28) eram as mais expressivas, comparativamente às demais classes. As Atividades de ensino não especificadas anteriormente, também se sobressaíram com salários médios de admissão e desligamento expressivos, nos valores de, respectivamente, R$ 1.160,33 e R$ 1.103,80, em 2012. Também nesse ano, as Atividades de teleatendimento com salários médios de R$ 634,13, na admissão, contra R$ 652,92, no desligamento, seguidos pelos Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebida (R$ 682,67 contra R$ 695,96) se destacaram das demais atividades com os menores salários médios do estado (Tabela 9). 1,0 a 2,9 3,0 a 5,9 6,0 a 11,9 12,0 a 23,9 24,0 a 35,9 36,0 a 59,9 60,0 a 119,9 120,0 ou Mais Não classificados Fabricação de calçados de couro 7,3 10,4 17,2 25,8 11,1 14,2 10,4 2,4 1,3 100,0 Montagem de instalações industriais e de

estruturas metálicas 27,2 23,0 24,0 16,2 5,2 1,7 0,7 0,1 1,9 100,0 Atividades de serviços prestados

principalmente às empresas não especificadas anteriormente

17,5 20,5 22,3 20,2 8,5 6,7 2,8 0,3 1,3 100,0 Pesquisa e desenvolvimento experimental

em ciências sociais e humanas 1,2 27,6 42,6 16,5 8,6 3,2 0,3 0,0 0,0 100,0 Fabricação de produtos de metal não

especificados anteriormente 9,4 18,2 24,0 29,5 14,4 2,6 1,2 0,2 0,5 100,0 Incorporação de empreendimentos

imobiliários 13,8 24,4 34,2 21,7 3,6 1,0 0,2 0,1 0,9 100,0 Coleta de resíduos não perigosos 15,0 19,5 21,3 15,5 6,9 7,4 7,8 5,1 1,4 100,0 Administração pública em geral 12,7 9,3 23,1 25,2 9,6 7,4 4,9 6,9 0,8 100,0 Atividades de apoio à produção florestal 11,0 18,9 34,2 23,1 6,0 3,6 2,1 0,4 0,7 100,0 Limpeza em prédios e em domicílios 16,4 17,0 18,7 19,4 15,2 6,5 3,1 1,2 2,6 100,0 Total 15,1 19,2 25,0 20,9 8,3 5,7 3,4 1,0 1,4 100,0 Classes de atividade econômica de maior

saldo negativo 1,0 a 2,9 3,0 a 5,9 6,0 a 11,9 12,0 a 23,9 24,0 a 35,9 36,0 a 59,9 60,0 a 119,9 120,0 ou Mais Não classificados Total Fabricação de calçados de couro 5,8 6,0 12,7 17,5 18,3 19,1 16,0 3,5 1,0 100,0 Montagem de instalações industriais e de

estruturas metálicas 23,7 19,4 23,0 19,5 5,2 4,5 1,4 0,3 2,9 100,0 Atividades de serviços prestados

principalmente às empresas não especificadas anteriormente

15,3 16,0 21,9 23,2 10,0 8,6 3,3 0,6 1,1 100,0 Pesquisa e desenvolvimento experimental

em ciências sociais e humanas 1,3 14,6 50,8 19,1 13,0 0,9 0,2 0,2 0,0 100,0 Fabricação de produtos de metal não

especificados anteriormente 6,3 11,3 19,2 27,4 20,4 12,6 2,1 0,4 0,2 100,0 Incorporação de empreendimentos

imobiliários 11,8 26,1 35,0 19,7 5,0 1,6 0,2 0,0 0,6 100,0 Coleta de resíduos não perigosos 9,7 14,7 23,8 25,1 8,2 7,0 7,2 3,5 0,9 100,0 Administração pública em geral 12,7 9,9 34,6 14,8 6,0 7,4 5,3 5,9 3,4 100,0 Atividades de apoio à produção florestal 13,6 14,9 25,5 25,2 10,7 5,0 3,5 0,8 0,8 100,0 Limpeza em prédios e em domicílios 15,7 16,6 23,2 23,4 6,8 6,0 3,8 0,8 3,9 100,0 Total 13,1 17,0 25,3 20,8 9,3 7,3 4,5 1,2 1,5 100,0

Tempo de permanência no emprego (em meses)

Total Classes de atividade econômica de maior

saldo negativo 20 12 20 11 Ano

(32)

32

Deve-se enfatizar que em duas classes de atividade os salários médios de admissão de 2011 superaram os valores dos de 2012, quando avaliados em valores constantes do último ano, sendo elas: as Atividades de atendimento hospitalar, com R$ 1.310,89, no primeiro ano, e R$ 1.256,57, no final, e Atividades de ensino não especificadas anteriormente, com, respectivamente, R$ 1.169,99 e R$ 1.160,33.

Quando se observam as classes de atividade econômica, mais significativas em termos do saldo, observa-se que o salário de admissão é sistematicamente menor do que o de desligamento, ou seja, em todo o período de análise, os salários médios de admissão são inferiores ao de desligamento, conforme já se identificou na análise salarial, segundo os setores e subsetores de atividade. A exceção ocorreu, em 2011 e 2012, para as Atividades de ensino não especificadas anteriormente, que registraram salários de admissão mais elevados do que os de desligamento (R$ 1.160,33 contra R$ 1.103,80, em 2012). Tal situação, em 2011, também já tinha sido verificada, quando o salário médio dos desligados era R$ 1.144,70 e o dos admitidos passou a R$ 1.169,99. Os trabalhadores da classe Obras de acabamento auferiram um salário médio mensal de admissão (R$ 1.031, 37) superior ao de desligamento (R$ 938,16) somente no último ano selecionado.

(33)

33 TABELA 9

Salário médio real1 de admissão e desligamento, segundo as 10 classes de

atividade econômica com maior participação nos saldos positivos de empregos celetistas

Bahia, 2011 e 2012

Fonte: MTE-CAGED. Elaboração: DIEESE.

Notas: (1) Representa o salário médio mensal no ano em análise, a valores constantes de 2012, com base no INPC. (2) O setor da Agropecuária é composto por agricultura, silvicultura, criação de animais e extrativismo vegetal. (3) Para informações sobre as limitações nos dados de salário médio mensal, consultar a nota metodológica do estudo.

Admitidos Desligados Admitidos Desligados

Atividades de teleatendimento 580,33 612,93 634,13 652,92

Atividades de atendimento hospitalar 1.310,89 1.534,90 1.256,57 1.589,28

Atividades de vigilância e segurança privada 759,14 825,50 791,26 842,51

Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de

alimentação e bebidas 646,67 676,28 682,67 695,96

Construção de edifícios 964,63 1.046,43 1.000,97 1.093,09

Comércio varejista de ferragens, madeira e materiais de

construção 711,94 767,95 746,32 774,57

Atividades de ensino não especificadas anteriormente 1.169,99 1.144,70 1.160,33 1.103,80

Obras de acabamento 852,36 881,85 1.031,37 938,16

Obras para geração e distribuição de energia elétrica e

para telecomunicações 898,12 948,20 918,75 958,40

Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns

658,69 695,20 688,99 728,45

Total 861,12 939,80 882,58 948,94

Classes de atividade econômica de maior saldo

Salário médio mensal

(34)

34 4. MOVIMENTAÇÃO DE VÍNCULOS E SALDO DE EMPREGO NA BAHIA, SEGUNDO FAMÍLIAS OCUPACIONAIS COM MAIOR PARTICIPAÇÃO NO SALDO

Em 2012, as dez famílias ocupacionais de maior saldo positivo totalizaram 37.960 do saldo total de 39.091 empregos com carteira assinada da Bahia. O saldo do conjunto dessas famílias foi o resultado da diferença entre a movimentação de 329.812 admissões e 291.852 desligamentos. Os Ajudantes de obras civis e Vendedores e demonstradores em lojas e mercados destacaram-se com os maiores saldos e movimentações mais significativas de, respectivamente, 7.327 empregos (89.634 admissões contra 82.307 desligamentos) e 6.325 empregos (83.012 admissões menos 76.687 desligamentos). Os Porteiros, guardas e vigias tiveram o décimo maior saldo, de 2.256 empregos. Já os Telefonistas registraram a menor movimentação de trabalhadores no ano para as dez famílias de maior saldo, com 6.087 admissões e 3.389 desligamentos (Tabela 10).

Em 2011, estas mesmas dez famílias ocupacionais responderam por um saldo de 44.354 empregos, tendo uma participação menor no saldo total de 83.161 empregos da Bahia. Das dez famílias com maior saldo em 2012, sete também figuravam nas dez primeiras colocações em 2011, com os saldos mais expressivos, destacando-se os Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos, com o maior saldo, de 9.036 empregos. Os Ajudantes de obras civis ocupavam a segunda posição, com 7.509 empregos.

Ao desagregar os saldos das famílias ocupacionais, com maiores saldos positivos de empregos, em 2012, entre os territórios de identidade baianos8, percebe-se que o saldo dos Ajudantes de obras civis está concentrado, sobretudo, em dois territórios (Metropolitano de Salvador, com 3.570 empregos, e Portal do Sertão, com 1.541 empregos). Os Operadores de telemarketing são a única família ocupacional, entre as de maior saldo selecionadas, com resultado mais significativo fora do território Metropolitano de Salvador. Esta família ocupacional apresentou um saldo de 2.822 empregos no território Portal do Sertão de um total de 3.328 empregos do saldo estadual, enquanto no Metropolitano de Salvador, o saldo foi de 489 empregos (Anexo 7).

8 Para conferir o saldo das famílias ocupacionais de maiores saldos positivo e negativo, no ano de 2011,

(35)

35

No que tange às dez famílias ocupacionais com os maiores saldos negativos da Bahia, em 2012, nota-se que elas totalizaram um saldo negativo de 13.745 empregos, devido à diferença entre as 88.462 admissões frente aos 102.207 desligamentos. A família ocupacional dos Trabalhadores polivalentes da confecção de calçados foi aquela em que se verificou o menor saldo (-5.830 empregos). Em 2011, estas famílias tiveram um saldo de -3.563 empregos e os Trabalhadores polivalentes da confecção de calçados registrou o principal saldo negativo no estado (-2.283 empregos) (Tabela 10).

De acordo com a distribuição das famílias ocupacionais de maior saldo negativo de empregos, segundo os territórios de identidade, o saldo final dos Trabalhadores polivalentes da confecção de calçados foi, sobretudo, localizado no Médio Sudoeste da Bahia 5.211 empregos). Na sequência, estão os territórios Médio Rio das Contas (-343 empregos), Piemonte do Paraguaçu (-307 empregos) e Portal do Sertão (-255 empregos) (Anexo 9).

(36)

36 TABELA 10

Movimentação de vínculos e maiores saldos positivos e negativos de empregos celetistas, segundo as 20 famílias ocupacionais com maior

participação no saldo de 20121

Bahia, 2011 e 2012

Fonte: MTE-CAGED. Elaboração: DIEESE.

Nota: (1) Valores ordenados pelo ranking do saldo de 2012.

Observando as famílias ocupacionais que contribuíram com os maiores saldos negativos na atividade da Indústria de calçados, vê-se que, em 2012, as dez maiores representaram quase a totalidade do saldo negativo da atividade (-7.055 postos em relação a um total de -7.209). Fazendo-se o mesmo exercício para 2011, percebe-se que a soma do saldo destas mesmas famílias ocupacionais já equivalia a praticamente o total do saldo negativo do subsetor (com -2.838 empregos de um saldo total de -2.926), o que sinaliza

Admitidos Desligados Total Ranking Admitidos Desligados Total Ranking Ajudantes de obras civis 96.058 88.549 7.509 2º 89.634 82.307 7.327 1º Vendedores e demonstradores em lojas ou mercados 85.270 78.314 6.956 3º 83.012 76.687 6.325 2º Trabalhadores nos serviços de manutenção de

edificações 21.952 15.384 6.568 4º 22.925 17.873 5.052 3º

Alimentadores de linhas de produção 13.545 9.954 3.591 6º 14.084 10.752 3.332 4º Operadores de telemarketing 11.430 9.684 1.746 12º 16.536 13.208 3.328 5º

Telefonistas 2.172 2.082 90 105º 6.087 3.389 2.698 6º

Vigilantes e guardas de segurança 16.691 11.441 5.250 5º 13.251 10.598 2.653 7º Trabalhadores de cargas e descargas de mercadorias 17.758 14.420 3.338 7º 17.261 14.632 2.629 8º Escriturários em geral, agentes, assistentes e

auxiliares administrativos 56.916 47.880 9.036 1º 52.027 49.667 2.360 9º Porteiros, guardas e vigias 14.221 13.951 270 57º 14.995 12.739 2.256 10º

Total 336.013 291.659 44.354 - 329.812 291.852 37.960

-Admitidos Desligados Total Ranking Admitidos Desligados Total Ranking Motoristas de onibus urbanos, metropolitanos e

rodoviários 3.943 4.158 -215 590º 3.463 4.100 -637 596º

Afiadores e polidores de metais 1.263 1.527 -264 596º 714 1.365 -651 597º Trabalhadores na exploração agropecuária em geral 16.889 16.637 252 59º 14.377 15.052 -675 598º Trabalhadores de caldeiraria e serralheria 7.427 6.693 734 26º 6.317 7.004 -687 599º Trabalhadores de estruturas de alvenaria 37.156 37.761 -605 602º 35.257 35.990 -733 600º Encanadores e instaladores de tubulações 5.284 5.149 135 86º 4.405 5.317 -912 601º Supervisores de serviços administrativos (exceto

contabilidade, finanças e controle) 3.412 4.378 -966 603º 3.095 4.136 -1.041 602º Trabalhadores de soldagem e corte de metais e de

compósitos 5.066 5.174 -108 580º 3.782 4.908 -1.126 603º

Trabalhadores de montagem de estruturas de madeira,

metal e compósitos em obras civis 11.440 11.683 -243 591º 11.428 12.881 -1.453 604º Trabalhadores polivalentes da confecção de calçados 9.193 11.476 -2.283 605º 5.624 11.454 -5.830 605º

Total 101.073 104.636 -3.563 - 88.462 102.207 -13.745

-Total das famílias selecionadas 437.086 396.295 40.791 - 418.274 394.059 24.215 -Demais famílias coupacionais 456.296 413.926 42.370 - 431.291 416.415 14.876 -Total do estado 893.382 810.221 83.161 - 849.565 810.474 39.091 -Famílias ocupacionais de maior saldo positivo

Famílias ocupacionais de maior saldo negativo

2011 2012

Referências

Documentos relacionados

Registramos planorbídeos pleistocênicos provenientes da Gruta das Onças, município de Jacobina, distrito de Caatinga do Moura, Esta­.. do da

As principais considerações apontadas pelas Centrais Sindicais são: garantir segurança de emprego para os trabalhadores formais, como, por exemplo, condicionar a disposição

Os resultados deste trabalho mostram que o tempo médio de jejum realizado é superior ao prescrito, sendo aqueles que realizam a operação no período da tarde foram submetidos a

Sentido a necessidade de organizar melhor os louvores de grupo decidi trabalhar neste documento utilizando ferramentas gratuitas.. Por n˜ ao ser vers˜ ao final, n˜ ao deve ser

As inscrições serão feitas na Comissão Permanente de Vestibular da UFMG (COPEVE), situada no Prédio da Reitoria da UFMG, à Av. Presidente Antônio Carlos, 6627 – Campus da

NÃO, MAS GOSTARIA DE PRODUZIR ALGUM MATERIAL 16 44% Você já produziu algum material didático digital.. Como você avalia sua relação de uso/criação do material didático

b Dans la langue familière avec l'utilisation de l'intonation Comment, où, quand, combien, combien (de+nom) se placent au début ou à la fin de la phrase. Comment

Nesta nota técnica, pesquisadores do Climate Policy Initiative/ Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (CPI/ PUC-Rio) analisam a tramitação legislativa do projeto da