Prof. Ms. Carlos William de Carvalho
§ O que é a rotulagem ambiental?
§ Como podem ser classificados os programas de rotulagem de
acordo com a en8dade cer8ficadora?
§ Quais são os três 8pos de rótulo ambiental? § O que é a análise do ciclo de vida (ACV) do produto?
§ Quais são as cinco etapas que compõem o ciclo de vida do
produto?
§ Segundo a norma ISO, quais são os quatro componentes da ACV? § Qual é a importância das normas ISO para a ACV e os processos de
rotulagem ambiental?
Questões Abordadas
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Entre os princípios mais importantes, destaca-‐ se a ideia de transparência — isto é, os rótulos devem conter informações verificáveis, relevantes e verdadeiras, somando credibilidade à imagem do selo.
Tipos de programa de rotulagem
Programas de primeira parte (autodeclarações)
§ Chamamos de programas de primeira parte aqueles que são gerenciados por ins8tuições beneficiadas pela rotulagem, ou seja, organizações envolvidas na produção, no transporte ou na comercialização do produto em questão. Ex.: símbolos de reciclagem que as próprias fábricas colocam.
Programas de segunda parte
§ No caso dos programas de segunda parte, o órgão emissor do rótulo não está diretamente ligado à cadeia produ8va da mercadoria. Ex.: Associação Comercial.
Programas de terceira parte
§ As solicitações de selo ambiental dos programas de terceira parte são subme8das à análise de uma en8dade independente. Em geral, os cer8ficadores podem ser organizações governamentais ou civis. Ex.: ONG, Governo, OCC – Organismo de Cer8ficação. Ex.: Selo Anjo Azul alemão. 4
Normas ISO de rotulagem ambiental
Rótulo @po I
§ Para tornar o rótulo I ainda mais confiável, a norma ISO 14024 confere às en8dades
independentes ou de terceira parte a responsabilidade de emi8r o selo, desde que os produtos apresentem certos padrões ambientais desejáveis na sua categoria. Baseiam-‐se na abordagem do ciclo de vida do produto: para ganhar o rótulo, a empresa precisa provar que todas as etapas da cadeia produ8va estão de acordo com preceitos ecologicamente corretos. A ins8tuição cer8ficadora tem que ser independente.
Rótulo @po II
§ Segundo a norma ISO 14021, os rótulos 8po II são autodeclarações, porque não contam com avaliações independentes. São cer8ficações feitas pelas partes interessadas no êxito do produto — isto é, os próprios comerciantes, distribuidores ou produtores tomam a decisão de conceder o selo, dispensa a análise do ciclo de vida do produto, e o selo é emi8do mais rapidamente, atendendo a necessidades de marke8ng. O símbolo de reciclagem é o rótulo 8po II mais comum.
Rótulo @po III
§ A norma ISO 14025 propõe o rótulo 8po III, cuja finalidade é divulgar dados ambientais do
produto, inclusive a avaliação do seu ciclo de vida. A empresa não precisa cumprir metas para garan8r o selo 8po III — ele é concedido independentemente de seu desempenho ambiental, diferentemente do 8po I.
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Tipo de rótulo
§ Em 1992, a Agência Norte-‐Americana de Proteção ao Meio
Ambiente (Environmental Protec4on Agency — EPA) apresentou o Energy Star, programa de rotulagem voluntário para diferenciar os produtos mais eficientes do ponto de vista energé8co.
§ Conhecida como Ence, a E4queta Nacional de Conservação de Energia é um exemplo brasileiro de rotulagem ambiental. Emi8do
pelo Inmetro — en8dade responsável por divulgar o desempenho dos produtos —, o selo é aplicado em qualquer mercadoria, classificando sua eficiência energé8ca entre “A”, se for a mais eficiente, e “E”, se 8ver o pior desempenho.
§ Já o selo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica
(Procel) é diferente. Criado em 1993 por decreto presidencial, o rótulo é concedido pelo programa com o mesmo nome e presta contas ao Ministério de Minas e Energia.
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Exemplos de rótulo ambiental
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Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE)
ENCE
O selo Forest Stewardship Council (FSC) ou Conselho de Manejo Florestal visa incen8var o desenvolvimento sustentável. O FSC propôs um conjunto de normas internacionais -‐ princípios e critérios para conciliar em uma
única fórmula a proteção ecológica e o desenvolvimento econômico. Para receber este selo a empresa precisa provar que suas prá8cas se encaixam nos moldes da sustentabilidade.
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Assim como a rotulagem ambiental, a Análise do Ciclo de Vida (ACV) do produto é um importante mecanismo de gestão. A grande vantagem da ACV é a sua abrangência: ela avalia os impactos ambientais da mercadoria em diferentes níveis, desde a extração da matéria-‐prima até o seu descarte.
Análise do ciclo de vida do produto
§ Avaliar o ciclo de vida de um produto não é tarefa fácil. Para calcular
seu impacto ambiental, é indispensável quan8ficar o consumo de água, matéria-‐prima e energia em todos os estágios. Não se deve deixar de lado a emissão de efluentes, pois esses resíduos também afetam a natureza.
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Ciclo de vida do produto
• A primeira etapa do ciclo diz respeito à avaliação do custo ambiental
do consumo de matéria-‐prima.
• A segunda etapa da ACV também merece atenção. Afinal de contas,
é durante o processo de transformação que são liberadas substâncias tóxicas no meio ambiente: o dióxido de carbono e os efluentes industriais líquidos são apenas alguns exemplos de como as fábricas podem ser nocivas para a natureza.
• Embora o transporte seja frequentemente ignorado quando
pensamos na ACV, ele compõe uma etapa importante da cadeia produ8va.
• Outro estágio relevante é o uso.
• Por fim, o “túmulo” dos produtos também deve ser incluído na
“matemá8ca” ambiental. Para ser considerado ”verde”, o produto precisa incluir um des8no ecológico pós-‐u8lização.
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Ciclo de vida do produto
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Modalidades de reaproveitamento
§ Por meio da sistema8zação das etapas da ACV, a ISO espera
transformar a análise do ciclo de vida em um instrumento confiável, padronizando os conceitos e os procedimentos envolvidos no processo.
§ Hoje em dia, a metodologia ACV traz inúmeras vantagens para a
gestão empresarial. Com o auxílio da ferramenta, é possível conhecer melhor o produto, entender seus pontos fracos e aperfeiçoá-‐lo.
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Normas ISO de ACV
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Etapas ACV – segundo a ISO 14040
§ O rótulo ambiental é um selo “verde” que pode acompanhar produtos e serviços, prestando contas sobre seu impacto ambiental. Ele aparece sob a forma de bula, manual ou símbolo impresso. Como o “ecologicamente correto” está em alta, muitos consumidores procuram o selo, que acaba agregando valor compe88vo às mercadorias “verdes”.
§ Chamamos de programas de primeira parte aqueles que são gerenciados por ins8tuições beneficiadas pela rotulagem: em outras palavras, organizações envolvidas na produção, no transporte ou na comercialização do produto em questão. No caso dos programas de segunda parte, o órgão emissor do rótulo não está diretamente ligado à cadeia produ8va da mercadoria. Na maioria dos casos, o cer8ficador é uma associação comercial, interessada em divulgar o desempenho ecológico do setor. Ao contrário das demais, as solicitações de selo dos programas de terceira parte são subme8das à análise de uma en8dade independente: é essencial não ter vínculos de interesse com o projeto
§ A ISO 14024 é a norma que es8pula requisitos para os rótulos 8po I. Para merecer esse selo, a empresa precisa sa8sfazer alguns critérios ligados ao ciclo de vida do produto: é necessário provar que todas as etapas da cadeia produ8va estão de acordo com preceitos ecologicamente corretos. De acordo com a norma ISO 14021, os rótulos 8po II são autodeclarações, porque não contam com avaliações independentes: os próprios comerciantes, distribuidores ou produtores tomam a decisão de conceder o selo. A norma ISO 14025 propõe o rótulo 8po III, cuja finalidade é divulgar dados ambientais do produto, inclusive a avaliação do seu ciclo de vida. No entanto, a empresa não precisa cumprir metas para garan8r o selo 8po III — ele é concedido independentemente de seu desempenho ambiental. O obje8vo do rótulo é apenas facilitar a comparação entre os produtos, levando o consumidor a escolhas ecologicamente corretas.
§ A análise do ciclo de vida do produto é um estudo sobre os impactos ambientais do produto, levando em conta todas as etapas, desde a extração de matéria-‐prima até a disposição final — do “berço ao túmulo”.
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Pontos importantes
§ Para ser completa, a ACV precisa abranger cinco etapas: obtenção
dos recursos naturais, transformação da matéria-‐prima em produto, transporte da mercadoria, consumo e descarte.
§ Segundo a norma ISO, o estudo sobre o ciclo de vida do produto deve
incluir pelo menos: definição de obje8vos e âmbito, análise de inventário, análise de impacto e interpretação dos resultados.
§ A falta de padronização dos processos de rotulagem e ACV levou à
formulação de diferentes métodos de avaliação, o que criava barreiras para o comércio internacional. A fim de facilitar as trocas comerciais em nível internacional, a ISO propõe a uniformização dos selos e da avaliação do ciclo de vida: o obje8vo é usar a padronização para evitar o surgimento de obstáculos comerciais.
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