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Autores do Artigo: Grupo de Pesquisa: Desenvolvimento Agrário e Regional. Forma de Apresentação: Pôster

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Academic year: 2021

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Autores do Artigo: Adelmo Golynski

Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - UENF Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias – CCTA

Laboratório de Engenharia Agrícola - LEAG

Av. Alberto Lamego, 2000 - Parque Califórnia - CEP: 28013-600 - Campos dos Goytacazes – RJ. Tel.: (22) 2726- 1443/1548 Fax: (22) 2726- 1549

Endereço eletrônico: adelmo@uenf.br

Poliana Daré Zampirolli

Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - UENF Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias – CCTA

Laboratório de Engenharia Agrícola - LEAG

Av. Alberto Lamego, 2000 - Parque Califórnia - CEP: 28013-600 - Campos dos Goytacazes – RJ. Tel.: (22) 2726- 1443/1548 Fax: (22) 2726- 1549

Endereço eletrônico: poliana@uenf.br

Niraldo José Ponciano

Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - UENF Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias – CCTA

Laboratório de Engenharia Agrícola - LEAG

Av. Alberto Lamego, 2000 - Parque Califórnia - CEP: 28013-600 - Campos dos Goytacazes – RJ. Tel.: (22) 2726- 1543/1548 Fax: (22) 2726- 1549

Endereço eletrônico: ponciano@uenf.br Paulo Marcelo de Souza

Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias - CCTA Laboratório de Engenharia Agrícola - LEAG

Av. Alberto Lamego, 2000 - Parque Califórnia - CEP: 28013-600 - Campos dos Goytacazes – RJ. Tel.: (22) 2726- 1543/1548 Fax: (22) 2726- 1549

Endereço eletrônico: pmsouza@uenf.br

Grupo de Pesquisa: Desenvolvimento Agrário e Regional Forma de Apresentação: Pôster

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APICULTURA COMO ALTERNATIVA ECONÔMICA PARA OS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DA REGIÃO NORTE DO RIO GRANDE DO SUL

Adelmo Golynski1 Poliana D. Zampirolli2 Niraldo José Ponciano3 Paulo Marcelo de Souza4 RESUMO

A pesquisa teve como objetivo determinar, mediante o cálculo do valor presente líquido e da taxa interna de retorno, a rentabilidade da produção de mel na região Norte do Rio Grande do Sul, bem como identificar, por meio da análise de sensibilidade, os itens de maior peso na determinação dessa rentabilidade. A apicultura apresenta-se como atividade viável para essa Região. Todos os indicadores utilizados apresentaram resultados satisfatórios. O preço de venda do mel foi identificado como a variável de maior efeito sobre a rentabilidade do empreendimento, sendo importantes também o preço da cera aveolada e do açúcar nos custos de produção. A apicultura praticamente não ofereceu risco econômico em seu projeto.

Palavras Chave: apicultura, desenvolvimento econômico regional, viabilidade econômica. 1 . INTRODUCÃO

A Região Norte do Rio Grande do Sul abrange 31 municípios, com uma população de cerca de 222.952 habitantes, dos quais 35,88 % residem no meio rural e 64,12 % na zona urbana. Á área territorial é de 5.729,9 quilômetros quadrados, o PIB per capita R$ 5.867, que é 26,20 % menor do PIB per capita do Rio Grande do Sul. Embora a região esteja sendo caracterizada como urbana devido a sua maior proporção populacional estar localizada na cidade, esta região não pode ser considerada urbana devido ao fato de que dos 31 municípios pertencentes à região apenas quatro municípios são realmente urbanos, enquanto outros 27 municípios têm sua população na zona rural com proporções maiores de 70 %, tendo sua base econômica na agricultura familiar, que corresponde por mais da metade da atividade produtiva. Entretanto, percebe-se nitidamente o esgotamento do atual modelo de produção. (Data Norte, 2004).

Devido ao fato de a mesma possuir uma topografia acidentada, um tipo de solo nem sempre adequado ao plantio de culturas anuais e a situação imprópria dos terrenos utilizados, ela tende, ainda, a se transformar numa região imprópria para o desenvolvimento sustentável da agricultura tradicional.

Diante dessa situação, torna-se fundamental a busca de alternativas para diversificação da agricultura desses municípios, e que venham gerar emprego e renda com a finalidade de promover a recuperação da economia regional. Dentre essas alternativas, destaca-se a apicultura, como uma importante atividade capaz de aumentar a produtividade do setor primário, estimulando o crescimento e a diversificação da produção agrícola, reduzindo o subemprego ou o desemprego e promovendo a interiorização do desenvolvimento.

Tem sido constatada a criação de abelhas nessa região, mas, porém com técnicas rudimentares e ultrapassadas as quais praticamente não trazem retornos financeiros. A falta de

1 Mestrando em Produção Vegetal da Univ. Est. do Norte Fluminense, Campos, RJ. E-mail: adelmo@uenf.br 2 Mestranda em Produção Vegetal da Univ. Est. do Norte Fluminense, Campos, RJ. E-mail: poliana@uenf.br 3 Professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense, Campos, RJ. E-mail: ponciano@uenf.br

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conhecimento das novas técnicas de produção, por parte desses produtores rurais, faz com que os mesmos não consigam explorar todo o potencial dessa região para a atividade apícola.

Estudos sobre a produção apícola no Brasil mostram dados contraditórios quanto ao número de apicultores e colméias, produção e produtividade. Quanto aos apicultores, as pesquisas apontam os extremos entre 26.315 e 300.000; estes produtores, juntos, possuem entre 1.315.790 e 2.500.000 colméias e um faturamento anual entre R$ 84.740.000,00 e 506.250.000,00 (SAMPAIO, 2000; WIESE, 2001). Os dados conflitantes refletem a dificuldade em se obter informações precisas quanto à produção e comercialização no setor agropecuário; entretanto, conseguem passar a idéia da importância desta atividade para o país (Embrapa Meio-Norte, 2004).

A alocação de recursos pelos agricultores é influenciada pelo nível de riscos envolvidos. Assim, qualquer avaliação de projeto que não contemple a possibilidade de reduzir os riscos dificilmente produzirá resultados adequados. Uma boa avaliação de um projeto precisa indicar a taxa de rentabilidade esperada, como também fornecer elementos que permitam medir o grau de confiança que se pode associar aquela taxa de retorno. Isso orienta e subsidia a tomada de decisão, tornando-a mais eficiente.

A realização dessa pesquisa teve como ponto de partida a constatação de que a região em estudo, apresenta características propícias para a expansão e implementação da apicultura, desde que esses produtores utilizem as novas tecnologias de produção vigentes hoje, nessa área de produção. A hipótese formulada é de que, além de contar com características propícias a implementação e a expansão da apicultura, a mesma possa constituir uma atividade econômica alternativa para a região.

Especificamente, o trabalho teve, como principal objetivo, determinar, mediante o cálculo de indicadores de resultados econômicos, a rentabilidade da produção de um dos produtos provindos da apicultura que é o mel. Adicionalmente, buscou-se determinar, por meio das análises de sensibilidade e de risco, maior eficiência na tomada de decisão por parte dos produtores rurais da região Norte do Rio Grande do Sul.

2. METODOLOGIA

2.1. Avaliação da viabilidade econômica

A análise da viabilidade financeira foi realizada em duas etapas, a primeira delas consistindo na construção dos fluxos de caixa que, uma vez obtidos, possibilitaram o cálculo dos indicadores de rentabilidade das atividades consideradas.

Os fluxos de caixa são estimativas, as melhores possíveis de acordo com o tempo disponível, do empenho dedicado e do dispêndio de dinheiro empregado num projeto de investimento. A característica comum a todos os projetos de investimento é a possibilidade de estimar o desembolso e os retornos futuros do fluxo de caixa correspondente (LAPPONI, 2000).

Todos os preços empregados na análise econômica, sejam de produtos, de equipamentos ou de insumos, foram coletados na própria região, para refletir o real potencial econômico das alternativas testadas. Foram utilizados, como indicadores de resultado econômico, o valor presente líquido (VPL) e a taxa interna de retorno (TIR) que têm, como vantagem, o fato de considerar o efeito da dimensão tempo dos valores monetários.

O VPL representa o resultado de todas as entradas e saídas do projeto, depois de tomar-se o custo de oportunidade do capital (BUARQUE, 1991). Consiste em transferir para o instante atual todas as variações de caixa esperadas, descontá-las a uma determinada taxa de juros, e somá-las algebricamente (NOGUEIRA, 1999).

Segundo LAPPONI (2000), o modelo matemático do valor presente líquido do projeto de investimento pode ser escrito da seguinte forma:

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.... ) 1 )( 1 )( 1 ( ) 1 )( 1 ( 1 1 2 3 3 2 1 2 1 1 + + + + + + + + + + − = K K K FC K K FC K FC I VPL Ou seja,

= + + − = n t t t K FC I VPL 1(1 ) (1) Em que,

VPL é o valor presente líquido; I é o investimento de capital na data zero, FCt representa o

retorno na data t do fluxo de caixa; n é o prazo de análise do projeto; e, k é a taxa mínima para realizar o investimento, ou custo de capital do projeto de investimento.

O critério para seleção, segundo esse método, é de que devem ser aceitos somente projetos com valor presente positivo. Em outras palavras, devem ser aceitos apenas os projetos cujo valor presente dos retornos, calculado com a taxa mínima requerida k, supera o valor presente do investimento.

A TIR de um projeto é a taxa de juro que zera o VPL de seu fluxo de caixa. É aquela que torna o valor presente dos lucros futuros equivalentes aos dos gastos realizados com o projeto, caracterizando, assim, a taxa de remuneração do capital investido (FRIZZONE e SILVEIRA, 2000).

Uma das vantagens desse indicador, relativamente ao valor presente líquido, é que ele não requer o conhecimento prévio da taxa de desconto, visto que esta é determinada endogenamente, como resultado da anulação do fluxo descontado do projeto. Como principal desvantagem, esse método pode apresentar resultados múltiplos ou indeterminados, em situações onde o fluxo de caixa não se apresenta na forma convencional, isso é, com uma única inversão de sinal. Matematicamente, seu valor é obtido por:

n n t t TIR FC TIR FC TIR FC TIR FC I VPL ) 1 ( ... ) 1 ( ... ) 1 ( 1 0 1 2 2 + + + + + + + + + + − = =

que, com o somatório dos retornos descontados, pode ser escrita:

= + + − = n t t t TIR FC I 1 (1 ) 0 (2)

De acordo com esse método, devem ser aceitos investimentos que apresentem taxa interna de retorno superior à taxa mínima requerida k.

2.2. A tomada de decisão sob condições de risco

Aparentemente existe uma relação positiva entre a rentabilidade e a receita de uma empresa; o aumento de receita é acompanhado do aumento de rentabilidade e vice-versa. Essa relação não é tão simples, pois enquanto a melhor receita possível pode ser zero, a menor rentabilidade possível poderá ser negativa.

Para lidar com os riscos e incertezas na análise de projetos pode se utilizar o ponto de equilíbrio, que se refere ao nível mínimo de produção e vendas necessárias para que o projeto, uma vez instalado, possa operar sem prejuízo. É admissível que, com a redução da produção, as receitas e os custos variáveis devem cair na mesma proporção, enquanto permanecem constantes a custos fixos. O ponto de equilíbrio pode ser escrito como:

CV RT CF n − = (3)

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Em que:

n é a fração da produção necessária para que não haja prejuízo; CF representa os custos fixos; RT representa a receita total e CV representa os custos variáveis. Embora o ponto de equilíbrio não seja muito recomendado para avaliação de projetos agropecuários, devido à falta de controle por parte do produtor, sobre a produção, ele ainda se faz muito importante para esta avaliação, por identificar a que margem de produtividade deve-se trabalhar sobre a produtividade admitida pelo projeto, para que se tenha segurança de retornos financeiros, ela também nos mostra a que margem começa a ter desembolso, por parte do produtor para cobrir os custos fixos de produção.

Além da produtividade considerada por colméias, outros elementos que afetam o orçamento possuem probabilidade de variarem, como por exemplo, os preços dos insumos e produtos. Na avaliação econômica de um projeto precisa-se decidir que preços usar no orçamento para se fazer às recomendações. Algumas vezes é difícil de prever a que níveis estarão os preços um ano ou vários mais tarde ou é difícil estimar os custos de oportunidade de um determinado insumo, como a mão-de-obra, por exemplo. Para estimar a amplitude desses preços usamos o método da análise de sensibilidade.

A análise de sensibilidade consiste em estimar o impacto que cada um dos itens do projeto, sejam eles de custo ou de receita, têm sobre o resultado financeiro do projeto. Esse procedimento permite avaliar de que forma as alterações de cada uma das variáveis do projeto podem influenciar na rentabilidade dos resultados esperados (BUARQUE, 1991).

O procedimento básico para se fazer uma análise de sensibilidade consiste em escolher um indicador a sensibilizar; definir uma função em que o indicador apresenta-se como dependente dos itens do projeto; implementar choques ou variações em uma ou mais variáveis, mantendo-se constantes todas as demais e fazer a comparação do novo indicador com o indicador inicialmente calculado.

Qualquer empreendimento está sujeito a riscos e incertezas, sobretudo os empreendimentos agropecuários, devido ao diverso número de variáveis aleatórias que envolvem, razão pela qual é de fundamental importância à utilização e aperfeiçoamento de instrumentos auxiliares no processo de tomada de decisão sob condições de incerteza.

Para avaliar o risco envolvido nos diversos sistemas, será empregada a técnica da simulação de Monte Carlo, que é dentre os métodos que utilizam probabilidade na análise dos riscos, o mais simples do ponto de vista prático, além de apresentar custo razoavelmente baixo. O princípio básico do processo de simulação reside no fato de que a freqüência relativa de ocorrência do acontecimento de certo fenômeno tende a aproximar-se da probabilidade matemática de ocorrência desse mesmo fenômeno, quando a experiência é repetida um grande número de vezes e assume valores aleatórios dentro dos limites estabelecidos (HERTZ, 1964). De acordo com WOILER e MATHIAS (1996), o processo de simulação pode ser resumido na seguinte seqüência:

1. Seleciona-se um valor para cada uma das variáveis, dentro das distribuições preestabelecidas. A determinação destes valores deve ser feita de modo aleatório.

2. Tendo os valores, calculam-se os quadros financeiros correspondentes.

3. A seguir, calculam-se os indicadores que serão utilizados na análise como, por exemplo, a taxa de retorno.

4. os passos anteriores são repetidos certo número de vezes, de modo que seja obtida uma distribuição estatisticamente adequada do resultado.

5. Finalmente, tendo a distribuição da taxa de retorno, será possível fazer os cálculos dos indicadores que permitem medir o risco associado à determinada alternativa de investimento.

Dada a impossibilidade de se estudar a distribuição de probabilidade de todas as variáveis do projeto, a melhor alternativa consiste em identificar, através da análise de

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sensibilidade, aquelas que têm maior efeito sobre o resultado financeiro do projeto. Outro aspecto é que, embora existam, estatisticamente, vários tipos de distribuições de probabilidade, a tarefa de identificar a distribuição específica de uma determinada variável é freqüentemente difícil e custosa. Em face da dificuldade envolvida na identificação das distribuições de probabilidade de cada uma das variáveis mais relevantes, é procedimento usual empregar a distribuição triangular, como se fez no presente trabalho. Essa distribuição é definida pelo nível médio mais provável ou moda (m), por um nível mínimo (a) e um nível máximo (b) que é especialmente importante quando não se dispõe de conhecimento suficiente sobre as variáveis.

A Figura 1, adaptada de CASAROTTO FILHO e KOPITTKE (2000), ilustra o processo de simulação de Monte Carlo para uma situação de quatro variáveis.

Figura 1 – Processo de simulação de Monte Carlo para uma situação de quatro variáveis Fonte: CASAROTTO FILHO e KOPITTKE (2000).

I n íc io R e s o lu ç ã o d e t e r m in ís t ic a E s t im a r d is t r ib u iç ã o m a is a d e q u a d a a c a d a v a r iá v e l S e le ç ã o d a v a r iá v e l 1 S e le ç ã o d a v a r iá v e l 2 S e le ç ã o d a v a r iá v e l 3 S e le ç ã o d a v a r iá v e l 4 C á lc u lo d o in d ic a d o r d e r e n ta b ilid a d e Re p e te-s e n v e z G e r a d is t r ib u iç ã o d o in d ic a d o r F im

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2.3. Fonte dos dados

As informações necessárias, isto é, os coeficientes técnicos e os dados de preço, utilizados para formar o fluxo de caixa das atividades, foram obtidos a partir de experiências de produção desenvolvidas em localidades específicas da região Norte do Rio Grande do Sul.

O sistema de produção, e conseqüentemente os coeficientes técnicos empregados na constituição do fluxo de caixa representam condições de tecnologia média, que é a mais representativa da situação vivenciada pelos produtores da região. A produtividade utilizada para este projeto se encontra entre a máxima produtividade relatada na região com o uso do atual sistema de produção e a média produtividade atingida com o uso da nova tecnologia proposta.

3. RESULTADOS E DISCUSÃO

Observa-se na Figura 2 que o ponto de equilíbrio é de 23,50% (7,05 Kg por colméia) da produtividade planejada no projeto em questão (30 Kg por colméia). Nesse sentido, o risco desse empreendimento não obter êxito é muito baixo. Mesmo assim, é conveniente observar outro ponto de equilíbrio que é a interceptação do CT2 e RT, onde é descontada do custo fixo a depreciação. Este nível de produtividade ainda é menor (3.5 Kg por colméia) e indica o nível abaixo do qual o apicultor incorre em desembolsos efetivos. O ponto de equilíbrio apresenta-se reduzido, permitindo uma grande capacidade ociosa, dado ao fato deste tipo de empreendimento requerer um pequeno montante de investimento fixo.

Figura 2 – Ponto de equilíbrio da produtividade planejada no projeto, medida em kg de mel por colméia.

Os indicadores de rentabilidade obtidos para a atividade estão apresentados naTabela 1. O VPL apresentou-se positivo, para todas as taxas de desconto consideradas. No que se refere à taxa interna de retorno, a atividade é recomendada uma vez que este indicador apresentou-se superior a maior taxa mínima de atratividade que é de 12,00%.

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 RT CF1 CF2 CV CT1 CT2

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Tabela 1- Valor Presente Líquido, e Taxa Interna de Retorno para a produção de mel, na Região Norte do Rio Grande do Sul.

Taxa Média de Atratividade Valor Presente Líquido Taxa Interna de Retorno

2,00% 29.237,60 70,114%

6,00% 23.330,45

8,00% 20.922,91

10,00% 18.806,56

12,00% 16.938,48

Projeto com horizonte de duração de 10 anos.

A Tabela 2 apresenta os resultados da análise de sensibilidade, mostrando o efeito, sobre a taxa interna de retorno e do valor presente líquido do projeto, advindo de uma variação, no sentido desfavorável, de 1% nos preços de insumos e produto. Os itens que se mostraram mais sensíveis em ordem decrescente foram, preço do produto, insumos, enxames, mão de obra, colméias e a tela excluidora.

Observa-se na Tabela 2, que para o projeto analisado a variável de maior impacto sobre a TIR e o VPL do sistema de produção considerado foi o preço pago pelo quilo de mel. Assim, para uma diminuição de 1% no preço pago pelo quilo de mel, ocorreria no sistema proposto pela pesquisa, uma redução da taxa interna de retorno, em pontos percentuais de 2.67% e uma redução no VPL de 2.42%.

Tabela 2 - Redução em pontos percentuais na TIR e no VPL decorrente de uma variação desfavorável de 1% no preço do produto e dos insumos.

ITEM VPL (%) TIR VARIAÇÃO

1. PREÇO DO PRODUTO 18.350,33 -2.42 68,24 -2.67 2. INSUMOS 18.678,18 -0,68 69,51% -0,61% 3. ENXAMES DE ABELHAS 18.764,06 -0,23 69,61% -0,50% 4. MÃO DE OBRA 18.769,61 -0,20 69,95% -0,16% 5. COLMEIAS LANGSTROTH 18.779,06 -0,15 69,79% -0,32% 6. TELA EXCLUIDORA 18.797,96 -0,05 70,01% -0,10%

Pode-se dizer que o apicultor convive com a incerteza freqüentemente e uma das finalidades da avaliação econômica de projetos é diminuir o grande risco assumido nas decisões, interessando ao produtor saber qual a margem de segurança dos resultados da análise, antes de tomar sua decisão final. A avaliação econômica baseada nos indicadores e na análise de sensibilidade é necessária, porém insuficiente para uma tomada de decisão segura, cabendo assim, acrescentar a análise de risco para oferecer uma estimativa numérica dos riscos do projeto.

Nesse sentido, a análise de sensibilidade realizada anteriormente é apenas o primeiro passo para lidar com riscos uma vez que considera a influência das variáveis independentemente, quando se sabe que variáveis positivamente correlacionadas devem ser analisadas em conjunto. É importante que se tenha noção das probabilidades de ocorrência de situações adversas, bem como suas conseqüências sobre os resultados do projeto.

A Simulação de Monte Carlo nos forneceu a probabilidade dessas situações adversas acontecerem, observou-se pela simulação que a probabilidade do apicultor obter um VPL negativo para o projeto é de 0,00% do VPL < 0, este dado nos diz que a probabilidade deste projeto não nos dar retorno financeiro é praticamente nula, e por isso é facilmente recomendado.

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4 . CONCLUSÃO

De modo geral, os resultados possibilitaram concluir que a apicultura apresenta-se como atividade viável para a região Norte do Estado do Rio Grande do Sul. Todos indicadores de avaliação econômica mostraram-se favoráveis à implementação deste projeto, apresentando-se com uma baixa probabilidade de não atingir sucesso neste empreendimento.

Por meio do ponto de equilíbrio conclui que esse projeto praticamente não oferece risco, uma vez que mesmo em hipóteses de produtividades baixas o empreendimento ainda apresentou-se lucrativo. A análise de sensibilidade revelou que o preço de venda do mel é a variável cuja mudança tem maiores impactos sobre a rentabilidade. Pela freqüência com que aparece como item de peso na determinação dos resultados financeiros, a cera alveolada e o açúcar, depois do preço do produto, são os insumos de maior importância para o sucesso da apicultura.

Pode se concluir a respeito de risco, que não houve probabilidade do VPL apresentar-se negativo pelo método de simulação de Monte Carlo que é considerado o mais robusto para o cálculo do value-at-risk, uma vez que este contemplou uma grande variedade de riscos financeiros.

Neste momento cabe ressaltar que não é pelo motivo que todos indicadores apresentarem favoráveis, que este projeto não tenha limites, estes podem existir e até mesmo com alguma intensidade como as questões técnicas, por exemplo, a quantidade de floradas adequadas à produção de mel e o manejo inadequado de alguns apicultores. Por outro lado, a região em estudo tem apresentado um grande potencial produtivo e pode ser uma alternativa de complementação de renda pelos agricultores.

5 . BIBLIOGRAFIA

AGRIANUAL 2003. Anuário da Agricultura Brasileira. Rio de Janeiro: Editora Agros Comunicação, 2003, 544p.

BUARQUE, C. Avaliação econômica de projetos. 6 ed. Rio de Janeiro: Campus, 1991. 266p.

CASAROTTO FILHO, N., KOPITTKE, B. H. Análise de investimentos: matemática financeira, engenharia econômica, tomada de decisão, estratégia empresarial. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2000. 458p.

FRIZZONE, J. A., SILVEIRA, S. F. R. Análise econômica de projetos hidroagrícolas. In: SILVA, D. D, PRUSKI, F. F. Gestão de recursos hídricos: aspectos legais, econômicos, administrativos e sociais. Brasília: Secretaria de Recursos Hídricos; Viçosa: Universidade Federal de Viçosa; Porto Alegre: Associação Brasileira de Recursos Hídricos, 2000. 659p. HERTZ, O.B. Risk analysis in capital investment. Harvard Business Review, 42(1)-95-106, jan.feb. 1964.

IBGE, Levantamento Sistemático da Produção Agrícola. Brasília: IBGE. Disponível em: www.sidra.ibge.gov.br. Acesso em 15/12/2003.

LAPPONI, J.C. Projetos de investimento: construção e avaliação do fluxo de caixa: modelos em Excel. São Paulo: Lapponi Treinamento e Editora, 2000. 376p.

(10)

NOGUEIRA, E. Análise de investimentos. In: BATALHA, M. O. Gestão agroindustrial. 2.v. São Paulo: Atlas, 1999. P. 223-288.

WOILER, S., MATHIAS, W. F. Projetos: planejamento, elaboração, análise. São Paulo: Atlas,1996, 294p.

www.sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br. Produção de mel – Importância econômica. Acesso em: 19 de janeiro de 2004.

www.uri.com.br/datanorte. Caracterização da Região Norte do Estado do Rio Grande do Sul. Acesso em: 19 de janeiro de 2004.

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