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2. OS ELEMENTOS DA FORMA URBANA

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Academic year: 2021

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Vítor Oliveira

2. OS ELEMENTOS DA FORMA URBANA

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Os elementos da forma urbana

1. O conceito de tecido urbano 2. O contexto natural

3. As ruas (e as praças) 4. As parcelas

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1. O conceito de tecido urbano

Tecido urbano é um todo orgânico que pode ser visto de acordo com diferentes níveis de resolução.

Quanto maior for o nível de resolução, maior será o detalhe daquilo que é mostrado e maior será a especificidade da descrição morfológica.

A um nível reduzido, o tecido urbano incluirá apenas ruas e quarteirões, enquanto a um nível elevado poderá incluir todo um conjunto de detalhes, como os materiais de construção de um espaço exterior ou de um edifício.

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Figura 1. Diferentes tecidos urbanos em diferentes cidades (aproximadamente à mesma escala): a. Brasília; b. Djenné; c. Veneza; d. Nova Iorque; e. Barcelona;

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Figura 2. Diferentes tecidos urbanos na mesma cidade, Nova Iorque

(aproximadamente à mesma escala): a) Soho, em torno de Greene Street; b) Harlem, em torno da 125st Street; c) Baixa, em torno de Wall Street; d) bairro

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Figura 3. Diferentes tecidos urbanos na mesma cidade, Nova Iorque: a) Soho, em torno de Greene Street; b) Harlem, em torno da 125st Street; c) Baixa, em torno de

Wall Street; d) bairro residencial Stuyvesant Town

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2. O contexto natural

Constitui-se como primeira condicionante para a implantação e composição dos vários elementos da forma urbana.

A topografia, a qualidade e aptidão do solo e do subsolo, o clima, a exposição solar e eólica, o tipo de paisagem natural – todos estes fatores influenciam o modo como uma cidade se implanta…desde a sua fundação, desde a construção das suas primeiras ruas, até ao modo como o solo é dividido numa série de parcelas privadas, até aos diferentes edifícios que vão sendo construídos, e mesmo aos materiais que dão expressão concreta a todas estas formas.

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Figura 4. Fisiografia do suporte físico da cidade de Lisboa (festos a vermelho, talvegues a azul; centros de distribuição a vermelho e centros de encontro a azul) e sistema de

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Figura 6. Diferentes contextos naturais em diferentes assentamentos urbanos: a. Machu Picchu; b. Masada; c. Saint-Michel; d. Lhasa; e. Groningen; f. Veneza;

g. Varanasi; h. Hong-Kong (

Fonte: UNESCO / Silvan Rehfeld; NG / Michael

Yamashita; UNESCO / Francesco Bandarin; NG / Maureen Greco).

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Figura 7. As diferentes características do contexto natural de uma mesma cidade, Nova Iorque (Fonte: Google Earth; autor).

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Figura 8. Diferentes tipos de rua (aproximadamente à mesma escala): a. Broadway (Nova Iorque); b. Campos Elísios (Paris); c. Via Rinaldini (Siena); d. Reguliersgracht (Amsterdão)

(Fonte: Google Earth; autor; Wikipedia / JSquish).

3. As ruas (e as praças)

Diferentes tipos de rua (e de praça).

A importância de cada rua (e de cada praça) no sistema urbano. Relação entre largura da rua e altura dos edifícios.

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Figura 9. A Rua Antunes Guimarães tomada isoladamente e inserida no sistema de ruas do Porto (Fonte: autor).

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Figura 10. Diferentes praças: a Times Square em Nova Iorque, a Place

Georges-Pompidou em Paris, a Piazza del Campo em Siena e a Meidan Emam em Isfahan – figuras inferiores aproximadamente à mesma escala (Fonte: Google Earth, autor).

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Figura 11. Diferentes praças com diferentes formas na cidade de Paris

(aproximadamente à mesma escala): a. Place Vendome; b. Place des Vosges; c. Place des

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Figura. Place Vendome.

Construída no início do séc. XVIII (é a mais recente deste conjunto).

Tem uma forma retangular (140 x 120m) tendo um corte nos quatro cantos que de algum modo a aproxima de um octógono.

É atravessada apenas por uma rua, a Rue de la Paix, e é composta por um conjunto de edifícios com uma grande homogeneidade em termos de número de pisos e de linguagem arquitetónica.

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Figura. Place des Vosges.

Construída no início do século XVII.

É um quadrado com 140 m de lado (um pouco maior do que a anterior), conformado por um conjunto de edifícios extremamente homogéneo correspondendo a 36 fogos (9 em cada um dos 4

lados) e contendo uma arcada em todo o seu perímetro. O centro da praça é um espaço verde.

O acesso a partir da Rue de Birague é feito através da arcada – a praça é delimitada apenas por uma rua importante, a Rue du Pas de la Mule, a Norte.

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Figura. Place des Victoires.

Construída no século XVII para enquadrar uma estátua de Louis XIV.

Tem uma forma circular e dimensão mais reduzida que as duas anteriores (75m de diâmetro). Como nos dois casos anteriores, é definida por um conjunto de edifícios de 4 ou 5 pisos com uma

grande homogeneidade em termos de estilo arquitetónico.

Apesar de ter um interessante conjunto edificado e importantes lojas de moda, neste momento é pouco mais do que uma rotunda.

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Figura. Place Dauphine.

Construída no início do século XVII.

Tem uma forma triangular, com uma área maior do que a Place des Victoires e menor que as outras duas.

Os edifícios que a definem têm uma maior diversidade que os edifícios dos casos anteriores, quer em termos de número de pisos, quer em linguagem arquitetónica.

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Figura 12. Diferentes praças com diferentes formas na cidade de Roma

(aproximadamente à mesma escala): a. Piazza S. Pietro; b. Piazza del Campidoglio; c. Piazza Navona; d. Piazza della Rotonda (Fonte: Google Earth; autor).

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Figura. Piazza S. Pietro

A praça, a basílica e a colunata foram construídas nos séculos XVI e XVII. Tem uma função religiosa dominante.

A praça tem uma forma complexa composta por duas formas diferentes – uma elipse (200 x 150m) e um trapézio (os lados paralelos têm 100 e 115m e estão distanciados 100m). A praça é parte de uma composição mais vasta, constituindo o limite poente de um forte eixo

definido pela Via della Conciliazione, que é limitada a nascente pelo Castel Sant’Angelo. O centro da praça é marcado por um obelisco e os dois centros da elipse por duas fontes.

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Figura. Piazza del Campidoglio

A praça e os três palazzo que a definem foram construídos/restaurados no século XVI, constituindo um novo centro cívico. Atualmente têm funções cívicas e museológicas. A praça tem uma forma trapezoidal; as bases do trapézio têm aproximadamente 55 e 40m e estão

distanciadas 75 m (é substancialmente mais pequena que a Piazza S. Pietro). Tem um notável desenho de pavimento e, no centro, uma estátua equestre.

Limitada a nascente pelo Pallazo Senatorio, a composição axial deste conjunto inclui, a poente, uma escada rampeada (a cordonata) ligando a praça com a Via del Teatro di Marcello.

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Figura. Piazza Navonna

A praça tal como a conhecemos foi estabelecida no século XVII.

Tem uma forma peculiar: um longo retângulo de cerca de 250 x 50 m com o topo norte arredondado (uma proporção de 5:1 em que a dimensão mais longa é maior do que a dimensão

maior de S. Pietro), que tem por base as ruinas de um estádio construído no século I. Três fontes notáveis (Nettuno, Quatro Fiumi and Moro, de norte para sul) têm um papel central

neste conjunto barroco.

Para além dos inúmeros cafés, restaurantes e lojas, o conjunto edificado da praça inclui a igreja de

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Figura. Piazza della Rotonda

A praça foi definida no século XV.

No entanto, os edifícios circundantes datam de períodos anteriores. É o caso do seu edifício principal o Panteão (ou Igreja de Santa Maria Rotonda, dando o nome à praça) que data do século I.

A praça é consideravelmente mais pequena do que os outros três exemplos.

Tem uma forma irregular próxima de um trapézio: as bases do trapézio têm aproximadamente 45 e 35 m e distam 60 m.

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Figura 13. As diferentes parcelas em Pingyao, 2000 (Fonte: Whitehand and Gu, 2007).

4. As parcelas

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Figura 15. As diferentes parcelas e edifícios da Rua Costa Cabral, no Porto (Fonte: autor).

5. Os edifícios

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Figura 16. Os diferentes tipos de edifícios da Rua Costa Cabral, no Porto. A primeira fila de imagens ilustra o processo de transformação dos edifícios unifamiliares: das casas de duas frentes construídas em parcelas de frente estreita (a) em parcelas de frente média (b) e em parcelas

de frente larga (c) até às casas de três frentes (d) e às casas de quatro frentes (e). A segunda fila ilustra a transformação dos edifícios multifamiliares: dos edifícios de duas frentes em parcelas de

frentes estreita e larga (f, g) aos edifícios de três frentes (h) e aos edifícios de quatro frentes (i)

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Figura 17.

Diferentes edifícios em diferentes cidades e aldeias, em cinco continentes:

Chicago, Djenné, Samosir, Estocolmo e Taumaranui (Fonte: a, d - autor; b - Sandra

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Referências bibliográficas

Guerreiro, R. (2001) O território e a edificação: o papel do suporte físico natural na

genese e formação da cidade Portuguesa, Tese de Mestrado não publicada apresentada no

ISCTE-IUL, Lisboa.

Guerreiro, R. (2011) Urbanismo orgânico e a ordem implícita: uma leitura através das

geometrias da natureza, Tese de Doutoramento não publicada apresentada no ISCTE-IUL,

Lisboa.

Whitehand , J. e Gu, K. (2007) ‘Extending the compass of plan analysis: a Chinese exploration’, Urban Morphology 11, 91-109.

Referências

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