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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LÓGICA E METAFÍSICA DISCIPLINA: Lógica I (FCM800)
PROFESSOR: Guido Imaguire HORÁRIO: 5ª feira /14:00 às 17:00h
PROGRAMA
O curso de lógica será composto de dois programas paralelos. Por um lado, o curso deve oferecer uma base sólida em lógica formal, em particular em lógica proposicional e, ainda mais, em lógica de primeira ordem. Por outro lado, o curso pretende desenvolver a habilidade de reconhecimento da estrutura argumentativa dos respectivos projetos de dissertação ou tese por meio de um acompanhamento individual.
A primeira parte formal será composto dos seguintes tópicos:
1. Introdução aos conceitos elementares
Caracterização, teorias e tipologia de verdade, definições, indução versus dedução, etc.
2. Fundamentos da teoria dos conjuntos
Conjuntos especiais, operações com conjuntos, infinito, não-enumerabilidade, paradoxo de Russell.
3. Lógica Clássica : O silogismo de Aristóteles
Correção e validade, os quatro juízos categóricos, as formas dos silogismos, o quadrado lógico.
4. Lógica contemporânea: Lógica proposicional (LP)
Semântica e sintaxe, os conectivos, tautologias, contradições e contingências, tablôs semânticos, dedução natural na LP.
5. Lógica de Predicados de Primeira Ordem (LPPO)
A parte sobre argumentação será desenvolvida individualmente. Recomenda-se a leitura do livro de Susan Haack, Filosofia das Lógicas como acompanhamento.
BIBLIOGRAFIA
Literatura Essencial
IMAGUIRE, G. & BARROSO, C. Lógica: Os Jogos da Razão. Editora da UFC, Fortaleza, 2006.
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Mortari, Cezar: Introdução à Lógica. UNESP, São Paulo: 2001.
HAACK, Susan. Philosophy of logics. Cambridge: Cambridge University Press, 3a reimpr. da 1a edição: 1985.Em português: Filosofia das lógicas. Tradução de C. Mortari e L.H. Dutra. São Paulo: Editora UNESP, 2002.
Literatura Recomendada
CARRION, R. & da COSTA, N. A. C. Introdução à lógica elementar. Porto Alegre: Editora da Universidade-UFRGS, 1988.
CERQUEIRA, Luiz Alberto & OLIVA, Alberto. Introdução à lógica. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1980.
CHURCH, Alonzo. Introduction to mathematical logic, vol. I. Princeton (NJ): Princeton University Press, 1956.
COPI, Irving M. Introduction to logic. New York: The Macmillan Company, 1969.Em português: Introdução à lógica. Tradução de Álvaro Cabral. São Paulo: Mestre Jou, 1a ed. 1974.
EBBINGHAUS, H.-D. & FLUM, J. & THOMAS, W. Mathematical logic. 2aed. New York: Springer, 1991.
Mates, Benson: Lógica Elementar.
MARGUTTI PINTO, P. R.. Introdução à lógica simbólica. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.
MIRAGLIA, Francisco. Teoria dos conjuntos: um mínimo. São Paulo: EDUSP, 1991.
QUINE, W.V.O. Methods of logic. New York: Holt, 1950.
TUGENDHAT, Ernst & WOLF, Ursula. Propedêutica lógico-semântica. Tradução de Fernando Rodrigues. Petrópolis: Vozes, 1997.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LÓGICA E METAFÍSICA
DISCIPLINA: Questões Clássicas de Filosofia I
PROFESSOR: Daniel Simão Nascimento
HORÁRIO: Segunda-feira, das 14:00hs-17:00hs
1. OBJETIVOS
1.1 Introduzir os alunos à investigação aristotélica sobre os conceitos de capacidade e possibilidade tal como eles se encontram no livro IX da Metafísica.
1.2 Familiarizar os alunos com as principais controvérsias que ainda persistem sobre o texto. 1.3 Desenvolver as capacidades de exegese filosófica dos alunos.
2. PROGRAMA
Leitura, análise e comentário do livro IX da Metafísica de Aristóteles e de alguns outros textos do corpus aristotélicos que sejam pertinentes para a compreensão de seu conteúdo.
3. BIBLIOGRAFIA BÁSICA
Alexander of Aphrodisias. 2013. Alexander of Aphrodisias: On Aristotle Metaphysics 5. Translated by W. E Dooley. London: Duckworth. http://site.ebrary.com/id/10856265. Aquinas, St. Th. 1961a. Commentary on the Metaphysics of Aristotle, Vol. I. Chicago: H. Regnery Company.
———. 1961b. Commentary on the Metaphysics of Aristotle, Vol. II. Chicago: H. Regnery Company.
Aristóteles. 2004. Metafísica, Livros IX e X. Translated by L. Angioni. São Paulo: IFCH/UNICAMP.
———. 2017. “Metafísica de Aristóteles Livro V (Delta), 9-18.” Translated by Lucas Angioni. Revista Dissertatio de Filosofia 46: 173–83.
https://doi.org/10.15210/dissertatio.v46i0.12554.
Aristotle. 1924. Aristotle’s Metaphysics, A Revised Text with Introduction and Commentary
by W. D. Ross. Edited by W. D Ross. Vol. II. Books Z-N. Oxford: Clarendon Press.
———. 2003. Metaphysics: Books 1-9. Translated by H. Tredennick. Reprint. The Loeb classical library 271. Cambridge, Mass.: Harvard Univ. Press.
———. 2006. Metaphysics Theta: Translated with an Introduction and Commentary by
Stephen Makin. Clarendon Aristotle Series. New York: Oxford University Press.
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York: Oxford University Press.
Beere, Jonathan. 2018. “Badness as Posteriority to Capacity in Metaphysics Theta 9.” In Evil
in Aristotle, edited by P. Kontos, 1st ed., 32–50. Cambridge University Press.
https://doi.org/10.1017/9781316676813.003.
Burnyeat, M., ed. 1984. Notes on Books Eta and Theta of Aristotle’s Metaphysics. Oxford: Sub-faculty of Philosophy.
Suárez, F. 2004. A Commentary on Aristotle’s Metaphysics. Milwaukee, Wis.: Marquette University Press.
3. BIBLIOGRAFIA AVANÇADA
Anagnostopoulos, A. 2011. “Senses of Dunamis and the Structure of Aristotle’s Metaphysics Θ1.” Phronesis 56 (4): 388–425. https://doi.org/10.1163/156852811X588705.
Brennan, T. 1994. “Two Modal Theses in the Second Half of Metaphysics Theta.4.”
Phronesis 39 (2): 160–73. https://doi.org/10.1163/156852894321052162.
Broadie, S. 2012. Aristotle and beyond: Essays on Metaphysics and Ethics. Cambridge: Cambridge University Press.
Burnyeat, M. F. 2008. “Kinesis Vs. Energeia: A Much-Read Passage in (but Not of) Aristotle’s Metaphysics.” Oxford Studies in Ancient Philosophy 34: 219–91.
Coope, U. 2009. “Change and Its Relation to Actuality and Potentiality.” In A Companion to
Aristotle, edited by G. Anagnostopoulos, 277–91. Chichester: Wiley - Blackwell.
Frede, M. 1994. “Aristotle’s Notion of Potentiality in Metaphysics’.” In Unity, Identity, and
Explanation in Aristotle’s Metaphysics, edited by T. Scaltsas, D. Charles, and M. L. Gill,
173–93. Oxford University Press.
Ide, Harry A. 1992. “Dunamis in Metaphysics IX.” Apeiron 25 (1): 1–26. https://doi.org/10.1515/APEIRON.1992.25.1.1.
Johansen, T. K. 2012. “Capacity and Potentiality: Aristotle’s Metaphysics Θ.6–7 from the Perspective of the De Anima.” Topoi 31 (2): 209–20. https://doi.org/10.1007/s11245-011-9115-6.
Judson, L. 2016. “Aristotle, Metaphysics Θ.8, 1050b6-28.” Phronesis 61 (2): 142–59. https://doi.org/10.1163/15685284-12341303.
King, R. 1998. “Making Things Better: The Art of Changing Things (Aristotle, ‘Metaphysics’ Θ 2).” Phronesis 43 (1): 63–83.
Kosman, L. A. 1994. “The Activity of Being in Aristotle.” In Unity, Identity, and Explanation
in Aristotle’s Metaphysics, edited by T. Scaltsas, D. Charles, and M. L. Gill, 195–213. Oxford
University Press.
Lang, H. S. 1994. “Why the Elements Imitate the Heavens: Metaphysics Ix 8.1050b28-34.”
Ancient Philosophy 14 (2): 335–54. https://doi.org/10.5840/ancientphil19941426.
Loux, M. J. 1979. “Form, Species and Predication in Metaphysics Z, H, and Θ.” Mind 88 (349): 1–23.
Makin, S. 1999. “Aristotle’s Two Modal Theses Again.” Phronesis 44 (2): 114–26.
McClelland, R. T. 1981. “Time and Modality in Aristotle, Metaphysics IX. 3—4.” Archiv Für
Geschichte Der Philosophie 63 (2). https://doi.org/10.1515/agph.1981.63.2.130.
Moravcsik, J. 1994. “Essences, Powers, and Generic Propositions.” In Unity, Identity, and
Explanation in Aristotle’s Metaphysics, edited by T. Scaltsas, D. Charles, and M. L. Gill,
229–44. Oxford University Press.
Namo, P.S. 1970. “Energia and Kinesis in Metaphysics θ. 6.” Apeiron 4 (2). https://doi.org/10.1515/APEIRON.1970.4.2.24.
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Metaphysics Theta 4.” Zeitschrift Für Philosophische Forschung 60 (3): 380–93. https://doi.org/10.3196/004433006780281716.
Sentesy, M. 2019. “Genesis and the Priority of Activity in Aristotle’s Metaphysics IX.8.”
Proceedings of the Boston Area Colloquium of Ancient Philosophy 34 (1): 43–70.
https://doi.org/10.1163/22134417-00341P05.
Weidemann, H. 2017. “Potentiality and Actuality of the Infinite: A Misunderstood Passage in Aristotle’s Metaphysics (Θ.6, 1048b14-17).” Phronesis 62 (2): 210–25.
https://doi.org/10.1163/15685284-12341324.
Witt, C. 1994. “The Priority of Actuality in Aristotle.” In Unity, Identity, and Explanation in
Aristotle’s Metaphysics, edited by T. Scaltsas, D. Charles, and M. L. Gill, 215–28. Oxford
University Press.
———. 2003. Ways of Being Potentiality and Actuality in Aristotle’s Metaphysics. Ithaca: Cornell University Press. http://public.eblib.com/choice/PublicFullRecord.aspx?p=5399898.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LÓGICA E METAFÍSICA DISCIPLINA: Questões de Filosofia Analítica Contemporânea I
PROFESSORES: Roberto Horácio de Sá Pereira e Sérgio Farias de Souza HORÁRIO: Terças das 14hs às 17hs.
SEMINÁRIO REMOTO Via Google-meet.
1. OBJETIVOS:
Investigação da possível relação entre a Consciência e Conteúdo Representacional da experiência sensorial.
2. PROGRAMA
A reflexão filosófica recente sobre a experiência sensorial está focada em dois tipos de essenciais de propriedades, cada uma das quais é considerada (pela esmagadora maioria dos filósofos da área) com uma marca distintiva da própria experiência consciente. São elas: o chamado Carácter Fenomenal ou Carácter Consciente da experiência e seu chamado Conteúdo Representacional. Propriedades conscientes requerem apenas um breve comentário: são propriedades que o encéfalo instancia sempre que há algo distintivo para um sujeito que realiza uma determinada experiência. Por exemplo, sempre que experimento visualmente um cubo amarelo à minha frente, há algo para mim que é visualizar a sua forma, o seu tamanho e a sua cor, a sua textura, etc.
Em contraste, a noção de propriedades representacionais exige um comentário mais extenso. As propriedades representacionais são instanciadas pelo encéfalo sempre que sua experiência representa o mundo segundo certas “condições de satisfação” (Searle 1983). Por exemplo, quando vejo um cubo amarelo à minha frente, meu estado sensorial apresenta o mundo segundo a condição de conter um cubo amarelo à minha frente. Caso essa condição seja preenchida, ou seja, o mundo contenha efetivamente um cubo amarelo à minha frente, o conteúdo da minha experiência será verídico; caso contrário inverídico. Seguindo o uso comum, reservo o termo “condições de verdade” para a satisfação de condições que são proposicionais por natureza e o termo "condições de veracidade" para condições de satisfação de experiências sensoriais.
Se a experiência visual possui ou não um conteúdo representacional é uma questão de controversa na literatura. Não apenas os defensores da chamada "visão relacional" se opõem à ideia. Hoje, os autoproclamados “enativistas radicais” também a rejeitam. Seja
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como for, neste seminário, assumimos sem mais que experiências possuem um conteúdo representacional no sentido assinalado acima. Isso porque o foco do seminário é o debate contemporâneo entre representacionismo e anti-representacionismo.
A questão norteadora do curso se resume à seguinte: uma vez que reconhecemos tanto o Carácter Fenomenal da experiência quanto o seu Conteúdo Representacional como marcas distintivas da experiência visual, pergunta-se: estariam essas características relacionadas? E caso estejam, como seria essa relação? Há na literatura especializada bem recente duas posições extremadas: o Externismo Fenomenal (Dretske e Tye) segundo o qual o Carácter Fenomenal da experiência se reduziria as propriedades físicas distantes do meio ambiente e a Concepção Qualitativa (Papineau) segundo a qual o Carácter Fenomenal se reduziria a propriedades intrínsecas do Cérebro, ligadas apenas de forma contingente com as propriedades representacionais. Posições intermediárias moderadas são: o representacionismo exíguo (Pautz e Chalmers) e a Concepção Mista segunda a qual o Caráter Fenomenal seria determinado tanto pelo seu Conteúdo Representacional quanto por fatores não representacionais (Block).
3. BIBLIOGRAFIA BÁSICA
A Bibliografia a ser investigada compreende:
1-Chalmers, D. (2004/2010). "The Character of Consciousness." 2-Dretske, F. (2003). "Experience as Representation."
3-Tye Michael (Inédito). "Transparency."
4-Papineau D. (2017). "Against Representationalism."
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Disciplina: Seminário de Questões Clássicas de Filosofia II
Docentes:
Carolina Araújo (PPGLM-UFRJ)
Nelson de Aguiar Menezes Neto (PPGLM-UFRJ) Daniel Simão Nascimento (PPGLM-UFRJ)
Admar Almeida da Costa (PPGF-UFRJ) Luisa Severo Buarque de Holanda (PUC-Rio) Alice Bitencourt Haddad (UFF)
Rodolfo Lopes (UNB)
Horário: Sexta-feira, de 14:00h às 17:00h (de 07 de maio a 27 de agosto) Tema: Sabatina Kallípolis
Nota: Esse não é um curso introdutório. É preciso que os alunos tenham conhecimento prévio do texto da República de Platão.
Programa: Kallípolis é o título provisório do livro sobre a República de Platão de Carolina Araújo que está em prelo. Este curso tem o formato de uma sabatina às teses do livro, por isso ele envolve um grupo de professores e cooperação inter-institucional. Pesquisadores que dominam o texto da República são bem-vindos a participar do debate.
Kallipolis pretende desafiar o conceito holístico de justiça atribuído a Platão pelos intérpretes dos séculos XX e XXI, e tem três grandes partes: Ação, Justiça e Cidade. Na primeira parte discutiremos os princípios de ação, o conflito interno, sua relação com as crenças e o conhecimento, a interação com outros agentes, o poder e a violência. Na segunda parte, discutiremos a interação como locus da justiça, analisando os elementos constitutivos da vida política, sua suposta oposição a fins individuais, a tese mais substantiva de um florescimento cooperativo, os modos de sua obtenção, em particular a componente
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educacional. Na terceira parte, discutiremos as formas políticas de obtenção da justiça, começando com o ato fundador do Rei-Filósofo, a circularidade implicada nessa proposta, a solução à circularidade pela criação de um corpo distinto de cidadãos e as mudanças na forma educacional que essa solução impõe.
Bibliografia: a) Fontes:
Nunes, C. A. A República: ou sobre a justiça, gênero político. Tradução de Carlos Alberto Nunes. Belém: UFPA, 2000.
Pereira, M. H. R. República. Tradução de Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1980. [3a. ed.]
Prado, A. L. A. República. Tradução de Anna Lia Almeida Prado. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
Slings, S. R. Platonis Rempublicam. Edição de S. R. Slings. Oxford: Oxford University Press, 2003.
b) Literatura:
Adkins, A. W. H. Polupragmosune and "Minding One's Own Business": A Study in Greek Social and Political Values, Classical Philology, Vol. 71, No. 4 (Oct., 1976), pp. 301-327.
Andersson, T. J. Polis and psyche. A motif in Plato’s Republic, Göteborg: Elanders Boktrycken, 1971.
Blössner,N. “The city-Soul Analogy” in Ferrari, G. R. (ed.) The Cambridge Companion to Plato’s ‘Republic’. Cambridge: Cambridge University Press, 2007
Bobonich, C. Plato’s Utopia Recast: His Later Ethics and Politics. Cambridge: Cambridge University Press, 2002.
Brown, G. “The Character of the Individual and the Character of the State in Plato’s Republic.” Apeiron 17 (1983): 43–47.
Cooper, J. 1997: «The psychology of justice in Plato» en R. Kraut (ed.) Plato’s Republic critical essays. Lanham, 17-30.
Cooper, J. M. Plato's Theory of Human Motivation. History of Philosophy Quarterly, Vol. 1, No. 1 (Jan., 1984), pp. 3-21
Cornford, F.M. Psychology and Social Structure in the Republic of Plato. The Classical Quarterly, Vol. 6, No. 4 (Oct., 1912), pp. 246-265
Delcominette, S. Facultés et parties de l’âme chez Platon. Plato, 8 (2008)
Donovan, B. R. The Do-It-Yourselfer in Plato's Republic. The American Journal of Philology, Vol. 124, No. 1 (Spring, 2003), pp. 1-18
FERRARI,F.The three-part soul in FERRARI, G. R. (ed.) The Cambridge Companion to Plato’s ‘Republic’. Cambridge: Cambridge University Press, 2007
FERRARI, G.R.F., City and soul in Plato's Republic. Sankt Augustin: Academia Verlag, 2003.
Gerson, L. “A Note on Tripartition and Immortality in Plato.” Apeiron 22, no. 1 (1987): 81–96.
Hall, R. W. Justice and the Individual in the "Republic". Phronesis, Vol. 4, No. 2 (1959), pp. 149-158
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Hall, R. W. Plato's Political Analogy: Fallacy or Analogy?Journal of the History of Philosophy, Volume 12, Number 4, October, 1974, pp. 419-435
Havelock, E. The Greek concept of justice: from its shadow in Homer to its substance in Plato. Cambridge: Harvard University Press, 1978.
Hobbs, A. Plato and the hero: courage, manliness and the impersonal Good. Cambridge: Cambridge University Press, 2000.
Hoerber, R. G. More on Justice in the "Republic". Phronesis, Vol. 5, No. 1 (1960), pp. 32-34
Irwin, T. Plato’s Ethics. Oxford: Clarendon, 1995.
Irwin, T., Plato’s Moral Theory. Oxford: Clarendon, 1977.
Larson. Platonic synonyms: dikaiosyne and sophrosyne. American Journal of Philology, 71, 1951. p. 395-414.
Lear, J. Inside and outside the "Republic". Phronesis, Vol. 37, No. 2 (1992), pp. 184-215 Leroux, G. "La tripartition de l'âme. Politique et éthique dans le livre IV de la République," in Dixsaut, M. & Larivée, A (eds.) Études sur la République de Platon, Vol. I. De la justice. Éducation, psychologie et politique. Paris: Vrin, 2005, pp. 123-148.
Lorenz, H. “Desire and Reason in Plato’s Republic.” Oxford Studies in Ancient Philosophy 27 (2004): 83–116
Lorenz, H. The brute within. Appetitive desire in Plato and Aristotle. Oxford: Oxford Universty Press, 2006.
Maguire, J. P. The Individual and the Class in Plato's "Republic". The Classical Journal, Vol. 60, No. 4 (Jan., 1965), pp. 145-150
Moline, J., « Plato on the complexity of the psyche », Archiv fûr Geschichte der Philosophie, 1978, 1-26 ;
Mulgan, R. G. “Individual and Collective Virtues in the Republic.” Phronesis 13 (1968): 84–87.
Murphy, N. R. The interpretation of Plato’s Republic. Oxford: Clarendon Press, 1951. North, H. Sophrosyne: self-knowledge and self-restraint in Greek literature. Cornell
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Penner, T. "Thought and Desire in Plato," in Vlastos, G (ed.) Plato 2: Ethics, Politics, and Philosophy of Art and Religion. South Bent: Notre Dame University Press, 1978. Rabieh, L. R. Plato and the virtue of courage. Baltimore: Johns Hopkins Press, 2006 RENAUT, O. Le role de la partie intermédiaire (thumós) dans la tripartition de l’âme.
Plato, 6 (2006).
Robinson, R., “Plato’s separation of reason from desire”, Phronesis, 16, 1971, 38-48 . Robinson, T. A psicologia de Platão. São Paulo: Loyola, 2007.
Rohde, Erwin. Psique: la idea del alma y la inmortalidad entre los griegos. Translation de Wenceslao Roces. México – Buenos Aires: Fondo de Cultura Economica, 1948. Skemp, J. B. Comment on Communal and Individual Justice in the "Republic".
Phronesis, Vol. 5, No. 1 (1960), pp. 35-38.
Skemp, J. B. Individual and Civic Virtue in the "Republic". Phronesis, Vol. 14, No. 2 (1969), pp. 107-110
Stalley, R. F. “Plato’s Argument for the Division of the Reasoning and Appetitive Elements within the Soul.” Phronesis 20 (1975): 110–28.
Stocks, J. L. Plato and the Tripartite Soul. Mind, New Series, Vol. 24, No. 94 (Apr., 1915), pp. 207-221
Thein, K. “Justice dans la cité et justice en l’âme : une analogie imparfaite", in Dixsaut, M. & Larivée, A (eds.) Études sur la République de Platon, Vol. I. De la justice. Éducation, psychologie et politique. Paris, Vrin, 2005, pp. 247-263)
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Quarterly, Vol. 5, No. 4, Plato Issue (Oct., 1988), pp. 395-410
Williams, B, The analogy of city and soul in Plato’s Republic In: KRAUT, R. (ed.) Plato’s Republic: critical essays. Lanham: Rowman & Littlefield, 1997. p. 49-59.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LÓGICA E METAFÍSICA DISCIPLINA: Seminário de Questões Clássicas de Filosofia IV PROFESSOR: Rodrigo Guerizoli
HORÁRIO: Terças-feiras, de 14:00h às 17:00h
1. OBJETIVO: O seminário pretende desenvolver uma análise filosófica da compreensão de vontade presente na obra de Guilherme de Ockham (c. 1288-1347).
2. PROGRAMA: O tema do curso será “Guilherme de Ockham e a vontade” e consistirá numa introdução às ideias de Ockham sobre o modo como opera a vontade humana, buscando sobretudo identificar como e por que se deve caracterizar pelo menos alguns de seus efeitos, ou seja, algumas de nossas ações, como livres. Base textual do curso será um conjunto de passagens das obras de Ockham, construído aos poucos, a partir da leitura de Quodl. I.16 (in: WILLIAM OF OCKHAM, Quodlibetal Questions, New Haven, Conn. [u.a.]: Yale UP, 1991).
3. PALAVRAS-CHAVE: Guilherme de Ockham, teoria da ação, vontade, liberdade.
4. AVALIAÇÃO: O desempenho no curso será avaliado exclusivamente com base em frequência e participação. Nesse sentido, é fundamental disponibilidade e disposição em preparar e de fato discutir o material-base tratado em cada sessão.
5. BIBLIOGRAFIA PRELIMINAR:
• ADAMS, M. M., “Ockham on Will, Nature, and Morality” in: SPADE, P. V. (ed.), The Cambridge Companion to Ockham, Cambridge: Cambridge UP, 1999, 245-272.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LÓGICA E METAFÍSICA DISCIPLINA: Seminário de Epistemologia I
PROFESSOR: Mário Carvalho e Markos Klemz HORÁRIO: Quinta-feira, 14h-17h
1. OBJETIVOS
O objetivo do curso é analisar as noções de erro e falsidade a partir de seu papel na constituição do caráter cognitivo de atos intencionais. O curso terá ênfase na filosofia medieval tardia, em particular no pensamento de Tomás de Aquino, mas incluirá outros quadros conceituais do período e alguns pontos do debate tal como se apresenta na filosofia contemporânea. O curso englobará como parte integrante colóquio sobre o tema geral do erro na filosofia medieval a ser realizado no mês de julho.
2. PROGRAMA
- Representacionalismo, realismo direto e as diferentes maneiras de lidar com erro e falsidade. - Erro e falsidade na sensação.
- Erro e falsidade nas operações intelectuais.
3. BIBLIOGRAFIA BÁSICA
Obras de Tomás de Aquino (traduções em português e/ou inglês serão oferecidas oportunamente):
Sententia libri Metaphysicae, IV, 14, 15, 16 Summa Theologiae I q. 17.
Quaestiones Disputatae De Veritate q. 1, a 10, 11, 12 Outros:
ADRIAENSSEN, H. Representation and Scepticism from Aquinas to Descartes. Cambridge: Cambridge University Press, 2017
AUDI, Robert. Theory of Knowledge. New York: Routledge, 2013.
DRETSKE, Fred. “Misrepresentation” In: Goodman, Alvin (ed.). Readings in philosophy and cognitive science. Cambridge, MIT Press, 1993
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FISH, William. Perception. Hallucination and Illusion. Oxford:Oxford University Press, 2009.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LÓGICA E METAFÍSICA
DISCIPLINA: Seminário III de leitura e interpretação da Crítica da razão prática (Analítica) Seminário de Teoria da Ação IV
PROFESSORA: Marília Espirito Santo HORÁRIO: Sexta-feira, 14h-17h Via Google meet
1. OBJETIVOS
Trata-se de dar continuidade ao seminário iniciado em 2020/01.
Kant promove na Crítica da razão prática (1788) uma grande inversão no argumento da
Fundamentação da metafísica dos costumes (1785). Parte da literatura atribui a mudança ao suposto
fracasso da prova da moralidade a partir da liberdade na Fundamentação. Como admissão de tal fracasso, Kant inverteria a estratégia na segunda Crítica e recorreria ao facto da razão para provar, em sentido contrário, a liberdade a partir da moralidade. Apesar de dominante, essa interpretação é desafiada, por Kant, pela confirmação do argumento inicial e pela indicação da continuidade entre os textos. A compreensão do sistema, conforme o prefácio à Crítica da razão prática, “pressupõe a Fundamentação da metafísica dos costumes, mas só na medida em que esta permite conhecer, de modo precursor, o princípio do dever, e fornece e justifica uma fórmula determinada desse princípio” (5: 8).
Pretende-se de investigar no curso a hipótese de que a inversão do sentido da prova na
Crítica da razão prática e o recurso ao facto da razão são conciliáveis com a dedução na Fundamentação da metafísica dos costumes. Se essa hipótese for verificada, qual seria a função
argumentativa do facto da razão? Se essa hipótese não for verificada, o facto da razão substituiria a dedução transcendental do imperativo categórico?
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2. PROGRAMA
Leitura, análise e discussão da Crítica da razão prática. Aulas expositivas sobre a segunda
Crítica, seminários sobre a literatura. O texto e os seminários serão divididos durante o curso.
Em continuidade ao seminário iniciado em 2020/01, a leitura do texto de Kant será a partir da seção “II. Da faculdade de a razão pura ter no uso prático uma ampliação que no uso especulativo não lhe é por si possível” (5: 50), da Analítica.
* recomenda-se estudo prévio da Fundamentação da metafísica dos costumes e das seguintes seções da Crítica da razão prática: prefácio, introdução, e analítica da razão prática pura (primeiro capítulo).
3. BIBLIOGRAFIA BÁSICA
Kritik der praktischen Vernunft / Crítica da razão prática. Edição bilíngue. Valério Rohden (trad.)
São Paulo: Martins Fontes, 2003.
Critique of Practical Reason. Mary J. Gregor (trad.) Cambridge: Cambridge University Press, 2015.
Bibliografia secundária (sumária):
AMERIKS, K. Kant and the Fate of Autonomy. Cambridge: Cambridge University Press, 2000. _____. Independence (chap. IV). In Kant’s Theory of Mind: an Analysis of the Paralogisms of Pure
Reason. Oxford: Oxford University Press, 2000, p. 189-233.
_____. Pure Reason of Itself Alone Suffices to Determine the Will (42-57). In HÖFFE, O. (org). Immanuel Kant: Kritik der praktischen Vernunft. Berlin: Akademie Verlag, 2002, p. 99-114. BECK, L. W. A Commentary on Kant’s Critique of Practical Reason. Chicago: The University of
Chicago Press, 1960.
HENRICH, D. The Concept of Moral Insight and Kant’s Doctrine of the Fact of Reason. In _____. The Unity of Reason: Essays on Kant’s Philosophy. Cambridge: Harvard University Press, 1994, p. 55-87.
KLEMME, H. F. The Origin and Aim of Kant’s Critique of Practical Reason. In REATH, A. and TIMMERMANN, J. (eds.). Kant’s Critique of Practical Reason: A Critical Guide. Cambridge: Cambridge University Press, 2010, p. 11-30.
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O’ NEILL, O. Autonomy and the Fact of Reason in the Kritik der praktichen Vernunft (§§ 7-8, 30-41). In Höffe, O. (ed.) Immanuel Kant: Kritik der praktischen Venunft, 2002, p. 81-97.
SCHONECKER, D. Kant’s Moral Intuitionism: the Fact of Reason and Moral Predispositions.
Kant Studies Online, 2013: 1-38.
SUSSMANN, D. “From Deduction to Deed: Kant’s Grounding of the Moral Law”. Kantian
Review 13, 2008, p. 52-81.
TIMMERMANN, J. Reversal or Retreat? Kant’s Deductions of Freedom and Morality. In REATH, A. and TIMMERMANN, J. (eds.). Kant’s Critique of Practical Reason: A Critical Guide. Cambridge: Cambridge University Press, 2010, p. 73-89.
ZINGANO, M. A. Fait de la Raison et Acte de la Liberté chez Kant. Cahiers de Fontenay, Saint Cloud, França, v. 67, 1992, p. 209-232.
Em português:
ALMEIDA, G. A. de. Liberdade e moralidade segundo Kant. Analytica, v. 2, n.1, 1997, p. 175-202.
_____. Kant e o ‘facto da razão’: ‘cognitivismo’ ou ‘decisionismo’ moral? Studia Kantiana, v. 1, n. 1, 1998, pp. 53-81.
______. Crítica, dedução e facto da razão. Analytica, Rio de Janeiro, v. 4, n.1, 1999, pp. 57-84. BARBOSA FILHO, B. Sobre uma crítica da razão jurídica. In PERES, D. T. et alli (org).
Tensões e passagens: filosofia crítica e modernidade. São Paulo: Singular/Esfera pública, 2008, p.
11-25.
LEBRUN, G. Uma escatologia para a moral. In TERRA, R. R. (org.) Immanuel Kant: Idéia de uma
história universal de um ponto de vista cosmopolita. São Paulo: Martins Fontes, 2004, p. 69-105.
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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LÓGICA E METAFÍSICA DISCIPLINA: Seminário de Teoria da Ação II – 2021-1
PROFESSORA: Marina Velasco HORÁRIO: 4ª feira 10:00h
O conceito de igualdade
1. OBJETIVOS
Estudo do debate sobre concepções da igualdade na filosofia política contemporânea. 2. PROGRAMA
A afirmação de que todas as pessoas são iguais e que, portanto, as instituições políticas devem tratá-las como iguais é a ideia básica que sustenta as democracias constitucionais modernas. Ao mesmo tempo, a igualdade aparece como um ideal substantivo de justiça social que vai além do conceito de igualdade pressuposto na justiça formal. O curso estará focado na discussão contemporânea sobre as diferentes concepções da igualdade.
Serão tratadas as seguintes questões:
1. A ideia de igualdade. O valor da igualdade. A igualdade moral. Igualitarismo, prioritarismo e suficientarismo.
2. O pontapé inicial para a discussão contemporânea sobre a igualdade: A teoria da justiça de Rawls. Igualdade e “bens primários”. Foi Rawls “distributivista”?
3. O que deve ser afinal igualado? A métrica da igualdade.
Igualdade de bem-estar, recursos, oportunidades, direitos, capacidades...?
4. Duas concepções da igualdade: Igualdade como distribuição igual de bens vs. Igualdade como relação de não dominação.
5. Críticas ao paradigma distributivista e ao igualitarismo “da fortuna”.
6. Igualdade social ou de status como oposta à desigualdade de relações assimétricas de poder. 7. Igualdade e Reconhecimento. O debate “redistribuição vs. reconhecimento”.
8. A disputa sobre a igualdade como motor da passagem histórica do Estado liberal para o Estado de bem-estar social e, também, da passagem para um possível novo modelo de Estado.
9. Igualdade e gênero: desigualdade nas tarefas de cuidado como base da economia capitalista. 10. Igualdade e Renda básica universal: justificativas, perspectivas e críticas.
11. Igualdade e democratização do local do trabalho. 12. Igualdade e mérito. A meritocracia.
13. Extensão da concepção de igualdade moral aos animais. 3. BIBLIOGRAFIA
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University Press.
--- 2014. “The World Turned Upside Down: Social Hierarchies and a New History of Egalitarianism”, in:
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Verbetes da Standford Encyclopedia of Philosophy (https://plato.stanford.edu): • Equality
• Egalitarianism
• Equality of opportunity • Justice
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Disciplina: Seminário de Semântica Filosófica I Professores: Ulysses Pinheiro
Horário: terças-feiras, das 16:00h às 19:00h Tema: Seminário de pesquisa filosófica
Programa: O curso terá a forma de um seminário de filosofia no qual alunos e pesquisadores convidados apresentarão seus trabalhos em desenvolvimento. Também serão eventualmente discutidas obras relacionadas aos projetos de pesquisa dos seus participantes.
Avaliação: apresentação de trabalho no seminário.
Bibliografia:
A ser definida no decorrer do seminário, de acordo com a programação das apresentações.