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TÍTULO: NEUROPLASTICIDADE MEDIADA PELO EXERCÍCIO FÍSICO EM PACIENTES IDOSOS COM COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE

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Academic year: 2021

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Realização: IES parceiras:

TÍTULO: NEUROPLASTICIDADE MEDIADA PELO EXERCÍCIO FÍSICO EM PACIENTES IDOSOS COM COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE

CATEGORIA: EM ANDAMENTO

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: Medicina

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL - USCS AUTOR(ES): ADRIANO AVILA GUIMARÃES, LUCIS GOURI PEDRA SANTOS ORIENTADOR(ES): SANDRA REGINA MOTA ORTIZ

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1. RESUMO

Introdução: A habilidade cognitiva faz parte do papel essencial no funcionamento diário das pessoas que pode ser afetada pelo comprometimento cognitivo leve. A senescência induz alterações anátomo fisiológica no cérebro que afeta a cognição. Uma forma de melhorar os estados afetivos, de humor e emocionais pode ser pela realização de atividade física, que apresenta efeitos na neurogênese e da plasticidade cerebral. Contribuindo com o processamento de informações, atenção e memória episódica, além de diminuir o risco para demência. Logo a atividade física pode servir como uma ferramenta terapêutica em potencial para prevenir, retardar ou tratar o declínio cognitivo. Objetivo: Examinar a cognição de idosos institucionalizados, avaliando os resultados pré e pós intervenção através do teste Stroop. Método: É um estudo exploratório, quantitativo com amostra de idosos institucionalizados em uma Casa de Repouso no município de São Paulo. Os indivíduos que aceitarem em participar e se enquadrar nos critérios de inclusão irão responder uma entrevista estruturada contendo dados sociodemográficos e o Test Stroop. Posteriormente será elaborado um plano de atividade física e posteriormente uma reavaliação com o Test Stroop para comparação de dados. A apresentação dos dados será realizada através de tabelas e/ou gráficos.

2. INTRODUÇÃO

A cognição desempenham um papel essencial no funcionamento diário das pessoas e engloba as funções executivas, a atenção, memória episódica, semântica e de trabalho (CUI et. al., 2018). Entretanto, algumas dessas funções cognitivas diminuem no processo de senescência (KLIMOVA, 2017).

O envelhecimento normal induz alterações anatomofisiológicas no cérebro que afetam alguns aspectos da cognição (JOUBERT, 2018). Assim, conforme envelhecemos, o declínio cognitivo é uma ocorrência comum resultante do processo de neurodegeneração. Em alguns casos, essa degeneração resulta em comprometimento cognitivo leve (CCL) ou formas mais graves de demência, incluindo as doenças de Alzheimer (DA) e Parkinson (BASSO, 2017).

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O CCL é caracterizado pela presença de distúrbio cognitivo levantados a partir de testes psicométricos, preservação da capacidade de desempenhar funções diárias regulares e ausência de critérios para demência (DE WIT, 2018).

Atualmente, a prevalência estimada de CCL pode variar de 10 a 20%, com uma taxa de progressão de CCL para demência que varia de 5 a 20% ao ano (IULIANO, 2019). Essa alteração está associado ao aumento do risco de progressão para demência como Doença de Alzheimer (DA) (BLUMENTHAL, 2019).

Além do envelhecimento, existem outros fatores de risco que exercem impacto no declínio cognitivo, que podem ser divididos em fatores de risco modificáveis e não modificáveis. Outros elementos também influenciar a cognição de maneiras positivas (altos níveis de educação, interação social, estimulação intelectual, atividade física) ou negativas (baixa escolaridade, falta de atividade física, problemas de saúde, abuso de álcool ou drogas) (JOUBERT, 2018). Logo, a atividade física é um importante fator de promoção à saúde ainda que seja iniciada na meia-idade (DUZEL, 2016).

O papel do exercício na neurogênese e da plasticidade cerebral, a atividade física pode servir como uma ferramenta terapêutica em potencial para prevenir, retardar ou tratar o declínio cognitivo (BASSO, 2017).

3. OBJETIVOS

Investigar a melhora da cognição, principalmente as funções executivas, dos idosos institucionalizados comparando os resultados pré e pós intervenção através do teste STROOP.

4. METODOLOGIA

Trata-se de um estudo exploratório com uma abordagem quantitativa. Que por meio de instrumento psicométrico (Test Stroop) irá analisar o funcionamento cognitivo, especificamente as funções executivas dos participantes em questão. O estudo envolverá uma amostra de idosos institucionalizados em uma Casa de Repouso no município de São Paulo. O presente estudo poderá beneficiar o participante promovendo possíveis melhores e suas funções cognitivas e consequentemente em sua qualidade de vida, já que sofrerá intervenções que estimularão as mesmas.

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A solicitação de coleta será encaminhada ao responsável pelo Comitê de Ética e Pesquisa da instituição e o responsável pelo campo da pesquisa. O estudo envolverá uma amostra de idosos institucionalizados, que revelarão disponibilidade e interesse em participar.

Os participantes primeiro responderão a uma entrevista estruturada contendo dados sociodemográficos e o Test Stroop. Após essa coleta de dados será planejado uma intervenção com atividade física, no caso caminhada de 30 minutos, três vezes na semana. Posteriormente, será aplicado novamente o teste Stoop para comparação dos dados.

A apresentação dos dados será realizada através de tabelas e/ou gráficos, que demonstrarão quantitativamente os dados coletados. A análise será efetuada após a apresentação de cada tabela e/ou gráfico. Os sujeitos que não se enquadrarem nas categorias a serem estudadas ou se recusarem a participar serão excluídos da pesquisa.

Para a amostra será utilizado no mínimo 10 idosos institucionalizados que atenderem os critérios de inclusão: ter mais de 65 anos, ausência de défices sensoriais (auditivo e visual) não corrigidos e ausência de sinais sugestivos de quadros neurológicos e/ou psiquiátricos.

5. Desenvolvimento

Para elaboração do pré projeto foi feito uma busca na base de dados Medline via Pubmed e LILACS via BVS. Utilizado os descritores de acordo com MeSH Tatabase: Neurocognitive Disorders, Motor Activity e Cognition Disorders. As buscas foram feitas sem restrição de idiomas e utilizados os filtros: free full text e five years.

6. Resultado preliminares

A literatura pesquisada traz que a atividade física pode ser eficaz na melhoria da cognição, no funcionamento independente e na saúde psicológica (NUZUN, 2020). A inatividade física pode explicar aproximadamente 13% (quase 4,3 milhões) dos casos de DA em todo o mundo. De acordo com o estudo apresentando, se pudéssemos retardar a progressão do CCL para a demência em indivíduos em risco

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por apenas 12 meses, em 2050, poderíamos ter 9,2 milhões a menos de casos de DA em todo o mundo (IULIANO, 2019).

A Academia Nacional de Medicina dos Estados Unidos da América indicam que o treinamento cognitivo e o aumento da atividade física são intervenções promissoras para prevenir e retardar as alterações cognitivas (DE WIT, 2018). A Organização Mundial da Saúde recomenda níveis vigorosos de exercício na terceira idade, em média 75 min por semana.

Verificou-se que a atividade física está positivamente relacionada à eficiência do processamento de informações, atenção, memória episódica e habilidades de controle cognitivo (SHI, 2020). Além disso, o exercício também demonstrou melhorar os estados afetivos, de humor e emocionais (BASSO, 2017). Exercícios como caminhada foram associados a uma melhora na memória episódica de curto prazo e o exercício aeróbico também pode contribuir positivamente para memória de longo prazo (CROWFORD, 2020).

Os benefícios das atividades físicas ainda podem ser parcialmente explicados pelas mudanças nas estruturas e funções cerebrais. As regiões cerebrais mais estudadas incluíram córtex pré-frontal (CPF) e hipocampo. Vários estudos relacionaram positivamente o aumento total da atividade física com o aumento do volume e atividade no CPF (SHI, 2020).

Foi demonstrado em animais que um dos benefícios diretos pode surgir do aumento dos níveis de fator neurotrófico derivado do cérebro, demostrando restaurar a plasticidade sináptica, melhora da neurogênese e aperfeiçoamento do aprendizado. O exercício também reduz a ativação da microglia, aumenta a plasticidade sináptica dependente de atividade, proliferação de células progenitoras neurais e acelera o desenvolvimento e a integração de células granulares nascidas no adulto no hipocampo em envelhecimento (TRINCHEROA, 2019). Podem ainda contribuir para o aumento da vascularização, metabolismo energético e resistência ao estresse oxidativo, o que tem um efeito positivo nas funções cognitivas (KLIMOVA, 2017).

7. Referências

Barnes, J. N. Exercise, cognitive function, and aging. The American Physiological Society. v. 39, n. 2, p.55-62, 2015.

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Basso, J. C.; Suzuki, W. A. The Effects of Acute Exercise on Mood, Cognition, Neurophysiology, and Neurochemical Pathways: A Review. Jornal Brain Plasticity. v. 2, n. 2, p. 127-152, 2017.

Blumenthal, J. A. et al. Lifestyle and neurocognition in older adults with cognitive impairments: A randomized trial. Neurology. v. 92, n. 3, p. e212-e223, 2019. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30568005/. Acesso em: 23 de jun. 2020.

Cui, M.Y. et. al. Exercise Intervention Associated with Cognitive Improvement in Alzheimer's Disease. Neural Plast. v. 2018, e9234105, 2018. Disponível em:

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29713339/. Acesso em: 13 de jun. 2020.

De Wit L. et. al. Physical exercise and cognitive engagement outcomes for mild neurocognitive disorder: a group-randomized pilot trial. Trials. v.19, n.1, p. 573, 2018. Duzel, E.; Van Praag, H.; Sendtner, M. Can physical exercise in old age improve memory and hippocampal function?. Brain. v.139, n. 3, p. 662-673, 2016.

FINO, E. S. Funcionamento Cognitivo em Idosos – O Papel da Estimulação Cognitiva e do Uso da Internet nas Funções Executivas. Dissertação de Mestrado - Universidade Fernando Pessoa. Porto. 2016.

Iuliano, E. et al. Physical Exercise for Prevention of Dementia (EPD) Study: Background, Design and Methods. BMC Public Health. v.19, n. 1, p. 659, 2019. Joubert, C.; Chainay, H. Aging brain: the effect of combined cognitive and physical training on cognition as compared to cognitive and physical training alone - a systematic review. Clin Interv Aging. v. 13, p. 1267-1301, 2018.

Klimova, B.; Valis, M.; Kuca, K. Cognitive decline in normal aging and its prevention: a review on non-pharmacological lifestyle strategies. Clin Interv Aging. v. 12, p. 903-910, 2017.

Nazum, H. et al. Potential Benefits of Physical Activity in MCI and Dementia. Em: Behav Neurol. n. 7807856, 2020. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32104516/. Acesso em: 23 de jun. 2020.

Shi, D. et al. Physical Activity Modulates the Effect of Cognitive Control on Episodic Memory. Front Psychol. v.11, p. 696, 2020.

Trincheira, F.M.; Herrero, M.; Schindler, F.A. Rejuvenating the Brain With Chronic Exercise Through Adult Neurogenesis. Frontiers in Neuroscience. v. 13, p. 1000, 2019.

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