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LEVANTAMENTO DA OFIDIOFAUNA NA FAZENDA SANTA BRANCA, TEREZÓPOLIS - GOIÁS

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Universidade Estadual de Goiás UnU de Ciências Exatas e Tecnológicas

Curso de Ciências Biológicas

DENISE SOARES ROSA

LEVANTAMENTO DA OFIDIOFAUNA NA FAZENDA SANTA

BRANCA, TEREZÓPOLIS - GOIÁS

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DENISE SOARES ROSA

LEVANTAMENTO DA OFIDIOFAUNA NA FAZENDA SANTA

BRANCA, TEREZÓPOLIS - GOIÁS.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Estadual de Goiás, UnUCET, como requisito parcial à obtenção do grau de Biólogo Licenciado.

Orientador: Prof. Msc. Leonardo Teófilo Teles

Anápolis/GO 2015

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por me dar força e sabedoria para seguir essa trajetória. Por não me desamparar em momento algum. E que me permitiu passar por uma dificuldade já ao final do curso, mas me fez mais forte ainda pra não desistir.

Agradeço aos meus pais José Batista e Helena Maria por serem meu alicerce. Por estarem comigo em todos os momentos, por não me deixarem desistir quando o desanimo apareceu. Por terem lutado por minha permanência dentro da faculdade, de forma emocional e financeira. Ao meu irmão André Gustavo que sempre me apoiou nas minhas decisões e acompanhou também minha luta diária.

Agradeço ao meu orientador Msc. Leonardo Teófilo por me dar essa oportunidade, pela paciência e credibilidade de confiar o seu nome ao meu trabalho. Por tudo que pude aprender com ele a cada campanha. Por ter dedicado seu tempo a ensinar e acompanhar mês a mês das coletas de dados, abdicando muitas vezes do seu convívio familiar. E claro pela amizade que cresceu no decorrer dessa jornada e que perdurará.

Agradeço a minha amiga e fiel escudeira Daniele Ferreira, que durante toda a graduação esteve ao meu lado. Ela que me acompanhou durante toda a coleta de dados desse trabalho. Mesmo na sua correria diária estava lá sempre junta em todas as campanhas. Agradeço ao Marcelo Levy, gestor ambiental da Fazenda Santa Branca que esteve junto em todas as campanhas, nos acompanhou. Seu apoio foi de fundamental importância para o cumprimento do nosso trabalho em campo. À Fazenda Santa Branca por dispor o local para nossa coleta de dados, essa parceria que também foi de fundamental importância. Ao japa Erick que esteve junto sempre que pôde, e ajudou muito.

Agradeço aos membros da banca por aceitarem participar da minha avaliação.

Agradeço a todos os colegas de turma, no qual convivi e pude compartilhar momentos bons e ruins. À segunda turma que convivi, agradeço pelo acolhimento. A todos os professores que cada um da sua maneira fizeram parte da minha formação, alguns que me ajudaram a crescer também como pessoa. Aos colegas que participaram das coletas. Agradeço a todos amigos e familiares que torceram pela chegada desse momento e que

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Resumo

O bioma Cerrado é um dos mais biodiversos do planeta, porém é geralmente menosprezado. Conta com um elevado endemismo de herpetofauna (répteis e anfíbios), representando 20% das espécies de anfíbios e 50% das espécies de repteis do Brasil. No grupo dos repteis, as serpentes são atualmente o mais diverso no mundo. As serpentes desempenham um importante papel no ecossistema. O presente estudo trata do levantamento de ofidiofauna (serpentes) em área de Cerrado localizada dentro da Unidade Agroecológica Fazenda Santa Branca, localizada no município de Terezópolis GO, tratando dos dados coletados ao longo de um gradiente temporal abrangendo períodos de estiagem e de chuva durante o estudo. Para a realização e maior dimensionamento do estudo a área de estudo foi dividida em trechos amostrais, onde foram estabelecidos três transectos. A técnica utilizada foi a PVLT (Procura visual limitada por tempo). Para análise foram considerados os índices de constância, abundância, riqueza e diversidade de espécies. Foram calculados a frequência de ocorrência, índice de diversidade e equitabilidade, índice de similaridade, relação riqueza/abundância. No período de um ano de coleta foram encontrados 16 indivíduos, sendo 11 de espécies diferentes, distribuídas em 5 famílias da ordem squamata. Em dois dos pontos da malha amostral, os resultados foram bastantes baixos, em contrapartida o outro ponto apresentou maior abundancia com 81,25% (N=13). Os resultados de riqueza e abundancia indicam a ausência de espécies dominantes em um dos pontos (ponto 1). O método da rarefação não gerou resultado facilmente interpretável graficamente, sendo então substituído pela curva do coletor padrão, confrontando com a estimativa de riqueza de répteis no local. O ambiente que registrou maior riqueza de espécies, foi o de mata ciliar. No período de chuva foram registrados 7 espécies, e no período de seca, 6 espécies, demonstrando que não há grande diferença entre os períodos. Resultados estes de certa forma incomum para estudos com répteis no Cerrado onde espera-se resultados mais expressivos no regime climático da estiagem. Os resultados taxonômicos obtidos neste estudo representam um conjunto de dados, da fauna de serpentes, extremamente valiosos, num contexto, onde uma das maiores prioridades conservacionistas mundiais é a descrição e a valoração da biodiversidade.

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Abstract

The Cerrado biome is one of the most biodiverse on the planet, but is generally neglected.. Account with a high endemism of herpetofauna (reptiles and amphibians), being 20% of amphibian species and 50% of the species of reptiles from Brazil. In the Group of reptiles, snakes is currently the most diverse in the world. Snakes play an important role in the ecosystem. The present study deals with the survey of the fauna of ofidiofauna (snakes) in Cerrado area located within the Agroecological Farm Unit Santa Branca, located in the municipality of Terezópolis GO, treating the data collected along a temporal gradient spanning periods of drought and rain during the study. Placing and sizing the largest study study area was divided into sample excerpts, where three transects were established. The technique used was the PVLT (visual Search limited by time). For analysis were considered the contents of constancy, abundance, richness and diversity of species. Calculating the frequency of occurrence, index of diversity and evenness, similarity index, relative wealth/abundance. In the period of a year of collecting 16 individuals were found 11 different species, distributed in 5 families of the order squamata. In two of the points in the sample fabric, the results were quite low, on the other hand the other point presented greater abundance with 81.25% (N = 13). The results of wealth and abundance indicate the absence of dominant species in one of the points (1 point). The rarefaction method did not generate result easily interpretable graphically, being then replaced by the curve of the default collector, confronting with the estimated wealth of reptiles at the site. The environment that recorded higher species richness was the forest. In the period of rain were recorded 7 species, and in the dry period, 6 species, demonstrating that there is no big difference between periods. Somewhat unusual for studies with reptiles in Savannah where most expressive results expected in the climate regime of the drought. Taxonomic results obtained in this study represent a set of data, the fauna of snakes, extremely valuable, in a context, where one of the world's largest conservation priorities is the description and valuation of biodiversity.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 01. Localização do município de Terezópolis - Goiás e os municípios mais

próximos da área de estudo...13

Figura 02. Localização da Fazenda Santa Branca no município de Terezópolis – Goiás...14

Figura 03. Trecho amostral do Transecto 01...15

Figura 04. Trecho amostral do Transecto 02...15

Figura 05. Trecho amostral do Transecto 03...16

Figura 06. Trecho amostral do Transecto 03...16

Figura 07. Momento da PVLT (Procura visual limitada por tempo)...18

Figura 08. Abundância e Riqueza de espécies serpentes na Fazenda Santa Branca...21

Figura 09. Representatividade das famílias de serpentes na Fazenda Santa Branca...23

Figura 10. Abundância de serpentes por espécie na Fazenda Santa Branca...23

Figura 11. Resumo quantitativo (riqueza e abundância) de serpentes nos pontos amostrados na Fazenda Santa Branca...26

Figura 12. Curva de acumulação de espécies de serpentes e estimativa de riqueza (Jack-knife1) na Fazenda Santa Branca...27

Figura 13. Riqueza de serpentes por ambiente na Fazenda Santa Branca...28

Figura 14. Micrurus frontalis...28

Figura 15. Dendrograma de similaridade na composição de répteis por ambiente fitofisionômico na Fazenda Santa Branca...29

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01. Pontos amostrais pré-estabelecidos para o estudo da ofidiofauna na Fazenda Santa Branca...18 Tabela 02. Dados quali-quantitativos das serpentes registradas na Fazenda Santa

Branca...24

Tabela 03. Abundância, riqueza, diversidade e equitabilidade de répteis entre os pontos amostrados na área de estudo...26

Tabela 04. Índice de Constância das serpentes registradas na Fazenda Santa Branca...30 Tabela 05. Comparação entre os dados primários registrados na Fazenda Santa Branca e dados secundários disponíveis em estudos semelhantes em áreas de Cerrado...32

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Sumário 1 Introdução...9 2 Objetivos ...12 2.1 Objetivo Geral...12 2.2 Objetivos Específicos...12 3 Materiais e Métodos ...12 3.1 Área de Estudo...13 3.2 Áreas amostrais...14 3.3 Amostragem...17

3.4 Análise dos Dados...19

4 Resultados e Discussão...21 4.1 Classe Reptilia...22 4.2 Status de conservação...31 4.3 Dados secundários...32 5 Considerações finais...36 6 Referências Bibliográficas ...37 Anexos...41

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1. INTRODUÇÃO

O Cerrado ocupa 21% do território nacional, sendo ele o segundo maior bioma brasileiro, perdendo apenas para a Amazônia (KLINK e MACHADO, 2005). O cerrado brasileiro foi incluído entre os 25 “hotspots” de diversidade mais importante do mundo, devido ao elevado nível de endemismo de espécies (MYERS et al., 2000). Essa região tem um clima estacional, com um período chuvoso que dura de outubro a março, seguido por um período seco que consiste nos meses de abril a setembro. Geralmente as temperaturas são amenas ao longo do ano e a precipitação média anual é de 1,500mm (KLINK e MACHADO, 2005).

O bioma Cerrado é um dos mais biodiversos do planeta, porém é geralmente menosprezado. Sendo a mais diversificada savana tropical do mundo, que conta com uma grande diversidade de habitats e alternância de espécies. A riqueza de mamíferos é pequena, contrastando com a riqueza de avifauna que é grande porém com baixo nível de endemismo. O número de peixes é grande porém com endemismo pouco conhecido. A herpetofauna conta com um número elevado de espécies e com endemismo superior ao das aves (KLINK e MACHADO, 2005; CARVALHO, 2007). O que determina a diversidade da herpetofauna do cerrado é a estratificação horizontal de hábitats, no qual há um mosaico de diferentes fisionomias justapostas (RECORDER e NOGUEIRA, 2007).

A importância de estudos voltados ao levantamento e quantificação da diversidade biológica tem sido reconhecida cada vez mais pela comunidade cientifica (CICCHI et al, 2009). A identificação de áreas em que a preservação deve ser priorizada se faz através de estudos de diversidade, que fornecem informações para a pesquisa nas mais diversas áreas da biologia, dentre elas a biogeografia, ecologia e sistemática (DOMENICO, 2008).

A herpetologia é a área científica, dedicada ao estudo de anfíbios e répteis (DIXO e VERDADE, 2006). No mundo são reconhecidas mais de 9000 espécies de répteis e de mais de 7000 de anfíbios (UETZ, 2012). Nesse aspecto o Brasil destaca-se pela sua herpetofauna, possuindo mais de 760 espécies de répteis e 1026 de anfíbios (SBH, 2014). De acordo com Colli et al (2002) o Cerrado é representado por cerca de 20% das espécies de anfíbios e 50% das espécies

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de répteis do Brasil. Registrado 113 espécies de anfíbios e 184 espécies de repteis, as espécies endêmicas em número de 32 e 21 respectivamente.

A herpetofauna é responsável por importantes funções no equilíbrio e manutenção dos ecossistemas, ao atuarem como presas e predadores tanto de vertebrados como invertebrados (POUGH et al., 2003.) Apesar de diversa, rica em endemismos e de apresentar diferenças locais e regionais na estrutura das assembleias, a herpetofauna do Cerrado ainda é pouco conhecida (PAVAN, 2007).

Não obstante ao cada vez maior esforço de pesquisadores sérios em obter conhecimento primário sobre as espécies de répteis do Cerrado, o conjunto de dados disponíveis ainda não representa a realidade do bioma e certamente não contemplam muitas e extensas áreas (RODRIGUES 2005).

Atualmente o Brasil ocupa a segunda posição em número de espécies de repteis, mas em contrapartida tem sido vítima de um declínio global assim como os anfíbios. Isso se deve ao fato da grande perda e/ou degradação de hábitat desses animais (SOUSA et al., 2010). A fauna de repteis no Brasil é marcada pelo endemismo, contando com um terço da população. Isso faz dessas espécies mais vulneráveis à extinção. Outros fatores que favorecem isso é a falta de conhecimento sobre a biologia e distribuição das espécies, assim como a falta de monitoramento de populações (MARTINS e MOLINA, 2008).

Os repteis são abundantes nas regiões mais quentes do Brasil, devido ao fato de serem ectotérmicos (capacidade de utilizar fontes externas de calor para regular a temperatura corporal). Dentre os três biomas com maior diversidade de repteis tem-se a Amazônia que abriga grande parte das serpentes, lagartos e anfisbenas; o Cerrado com alta diversidade de lagartos e anfisbenídeos e a Mata Atlântica que conta com a maior diversidade de serpentes (SOUSA et al, 2010; MARTINS e MOLINA, 2008).

Grande parte dos répteis são especialistas em hábitats, ou seja, sobrevivem em apenas um ambiente ou em poucos ambientes distintos. Nas florestas tropicais brasileiras a grande maioria dos lagartos e serpentes não conseguem sobreviver em ambientes alterados (MARTINS e MOLINA, 2008).

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Os répteis representam boa parte dos animais de topo de cadeia trófica, como os jacarés, matamatá (Chelus fimbriatus) e muitas serpentes. Outros são consumidores secundários, que se alimentam principalmente de insetos, como as anfisbenas, a maioria dos lagartos, algumas cobras e tartarugas. Há ainda espécies de lagartos e tartarugas que são herbívoros, alguns lagartos consomem frutos. Diante disso observa-se a importância dos répteis para os ecossistemas brasileiros. Além da importância ecológica, há ainda a importância sócio-econômica, por exemplo a utilização do veneno das serpentes na produção de medicamentos. A exemplo disso tem-se uma descoberta recente de uma proteína com poder analgésico retirada do veneno da cascavel (MARTINS e MOLINA, 2008).

No grupo dos répteis, as serpentes são atualmente o mais diverso no mundo, contando com mais de 3000 espécies viventes, e no Brasil com mais de 370 espécies, no qual 15% são de importância medica (COSTA et al, 2010; MOURA et al, 2010). Das espécies catalogadas no Brasil, contamos com nove famílias, destacando as mais conhecidas popularmente, família Viperidae (jararacas, cascavéis e surucucus), Colubridae (corredeira e cobra-cipó), Boidae (jibóia e salamanta) e Elapidae (coral-verdadeira) (REIS et al, 2012).

As serpentes desempenham um papel importante no ecossistema, pois são predadores ou presas de outros animais, além do forte potencial medicinal graças aos seus venenos (REIS et al, 2012). Há alguns fatores ecológicos que influenciam na riqueza de espécies como a disponibilidade de presas, presença de grandes corpos d’agua e a estrutura da vegetação (PRUDENTE et al, 2010).

As serpentes são de hábitos noturnos e diurnos, podendo estar ativas nos dois períodos. Os fatores que determinam esse habito é disponibilidade de alimento, lugares em que possam manter sua temperatura e a facilidade de acasalamento. São animais que tem como principal sentido o olfato, através da língua (bífida) conseguem se orientar e captar movimentos e por sua vez localizar suas presas (CARVALHO, 2006).

Divido em dois grandes grupos funcionais, as serpentes são denominadas peçonhentas e não peçonhentas, podendo ainda se relacionar à classificação taxonômica. No Brasil, ambos os grupos podem viver nos mais diferentes habitats (CARVALHO, 2006).

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Diante da escassez de informações sobre serpentes no cerrado tem-se os estudos de Carvalho e Nogueira(1998) que apresentaram uma lista de espécies de serpentes nos remanescentes de Cerrado na área urbana de Cuiabá (MT); França e Araújo (2006) descrevem a composição da fauna e analisam o status de conservação das serpentes do Distrito Federal; Coli et al. (2002) apresentam uma lista geral de espécies e discutem o caráter da herpetofauna do cerrado; Costa et

al. (2007) apresentam uma lista atualizada de repteis Squamata para o Cerrado. A evidencia mais

recente (COSTA et al, 2007) deixa claro que a riqueza de repteis Squamata do Cerrado foi subestimada mesmo em compilações recentes (SAWAYA et al, 2008).

O presente estudo trata do levantamento da fauna de serpentes (ofidiofauna) em área de Cerrado localizada dentro de uma unidade agroecológica, tratando dos dados coletados ao longo de um gradiente temporal abrangendo períodos de estiagem e de chuva durante o estudo.

2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

Levantar dados primários sobre a ocorrência de Serpentes em diferentes fitofisionomias na Fazenda Santa Branca Agroecológica, Terezópolis, Goiás, Brasil, no período de maio de 2013 a maio de 2014.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

i. Realizar inventário das espécies de serpentes da área de estudo;

ii. Comparar as diferentes fitofisionomias quanto à diversidade e abundância de serpentes; iii. Analisar a influência dos fatores climáticos de temperatura e precipitação quanto ao padrão

de abundância de serpentes;

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3. METODOLOGIA

As atividades de levantamento foram distribuídas na área da Unidade Agroecológica Fazenda Santa Branca, não havendo a inserção de nenhum ponto amostral em áreas limítrofes externas ao mesmo, como em unidades de conservação particulares existentes na região, as quais não foram utilizadas para o estudo.

3.1. ÁREA DE ESTUDO

A Unidade Agroecológica Fazenda Santa Branca está localizada no município de Terezópolis de Goiás, a 35 km de Goiânia e 10 km de Anápolis (Figura 01). Localizada na latitude 16° 25’ 06” Sul e longitude 49° 05’ 30” Oeste. Constituída por 3.186,22 ha a Unidade é uma das últimas áreas do chamado “Mato Grosso Goiano”, possuindo 1.500 ha de reservas naturais. Abriga em seu território sete nascentes e é também cortada pelo Ribeirão João Leite (Figura 02)

O clima é característico do Cerrado, estacional com dois períodos sazonais bem distintos: o chuvoso, que dura de outubro a marco e o seco que dura de abril a setembro. A precipitação média anual é de 1500mm e as temperaturas são geralmente amenas ao longo do ano, ficando em média entre 22°C e 27°C (KLINK & MACHADO, 2005).

Em âmbito nacional a Unidade contém uma Reserva Particular do Patrimônio Natural com 37 ha, fazendo parte também da Área de Proteção Ambiental Estadual do Ribeirão João Leite.

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Figura 01. Localização do município de Terezópolis - Goiás e os municípios mais próximos da área de estudo

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3.2. ÁREAS AMOSTRAIS

Para a realização e maior dimensionamento do estudo a área de estudo foi dividida em trechos amostrais, onde foram estabelecidos três transectos, a saber:

TRANSECTO 01

Corresponde a um fragmento de mata ciliar nas proximidades do Ribeirão João Leite e também da área de Ecoturismo. A área é utilizada para trilhas controladas pelos monitores, com grande movimentação de turistas (Figura 03).

Figura 03. Trecho amostral do Transecto 01. TRANSECTO 02

Corresponde a uma região onde está uma lagoa natural toda cercada de plantação de grama esmeralda, fica afastada da área de Ecoturismo e também da área preservada, sendo bem explorada pela agricultura (Figura 04).

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Figura 04. Trecho amostral do Transecto 02. TRANSECTO 03

Corresponde a uma região que faz parte da RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) da Fazenda ainda pouco explorada no trabalho devido sua dimensão. Só incluída no estudo após o mês de setembro. Possui uma extensa mata ciliar com lagoas naturais na borda do João Leite (Figura 05 e 06).

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Figura 06. Trecho amostral do Transecto 03.

3.3. AMOSTRAGEM

A ofidiofauna (serpentes) presente no bioma Cerrado é ainda pouco conhecida. À exceção das espécies mais comuns que estão representados na maioria dos museus em todo o mundo, muitos táxons são difíceis de serem coletados nesta região. As altas temperaturas diurnas e os solos profundos limitam muitas espécies à atividade noturna que em combinação com hábitos fossoriais e semi-fossoriais os fazem difíceis de serem coletados em encontros casuais. Somente com coletas intensivas conduzidas em diferentes habitats e em diferentes épocas do ano e empregando métodos de coleta geral, juntamente com o uso de técnicas específicas poderia amostrar adequadamente esta fauna (SCOTT, 1994; OLIVEIRA & MARQUIS, 2002).

Considerando-se a diversidade das espécies deste grupo faunístico quanto a utilização dos habitats, dieta, entre outros, os estudo deste grupo empregou método de transecção linear.

Foram realizadas varreduras com coletas ativas diurnas e noturnas de serpentes através do vasculhamento do solo, folhiço, cupinzeiros, troncos e galhos caídos, utilizando-se ganchos e ancinhos. Para tal estabeleceram-se três (03) pontos amostrais (transectos) para realização de busca

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remanescentes florestais. As varreduras foram conduzidas sempre por dois observadores, durante duas horas diárias nesta atividade. A técnica utilizada foi a PVLT (Procura visual limitada por tempo), a qual prevê a varredura de cada ponto por duas horas diárias, totalizando 6 horas/observador/dia de esforço por campanha (Figura 07).

Figura 07. Momento da PVLT (Procura visual limitada por tempo).

Tabela 01. Pontos amostrais pré-estabelecidos para o estudo da ofidiofauna na Fazenda Santa Branca.

Estação Coordenadas UTM 22L Descrição das

Fitofisionomias Início Final Transecto 01 0.545.925 E / 8.545.251 S 0.546.645 E / 8.544.850 S

Cerrado típico com presença de lavouras

Transecto 02 0.549.611 E / 8.545.925 S

0.548.943 E / 8.545.073 S

Cerrado típico com pastagens Transecto 03 0.546.965 E / 8.554.415 S 0.547.555 E / 8.553.577 S Ambiente antropizado com faixa de cerrado

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Para a apresentação dos táxons registrados seguiu-se a classificação e nomenclatura adotada nas últimas atualizações das Listas de Répteis do Brasil (BÉRNILS e COSTA, 2012) juntamente com o nome vulgar, localidade e ambiente.

3.4. ANÁLISE DE DADOS

As análises contidas neste estudo abordam os dados obtidos durante as atividades de campo, onde se procurou caracterizar a fauna local presente dentro da área de influência do empreendimento, bem como estabelecer um padrão de distribuição, considerando índices de constância, abundância, riqueza e diversidade de espécies, baseado na hipótese da existência de uma diferenciação da fauna.

Frequência de Ocorrência

Os Valores de Constância de Ocorrência (C) das diferentes espécies foram atribuídos para cada uma delas, calculados, segundo DAJOZ (1978), a partir da fórmula:

Onde,

C = valor de constância da espécie;

p = número de trechos que contêm a espécie; P = número total de trechos.

As espécies foram consideradas Constantes quando apresentaram C>50, Acessórias quando 25 > C < 50 e Acidentais quando C< 25.

P p C  100

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Índice de Diversidade e Equitabilidade

A diversidade e equidade dos organismos foram estimadas através do Índice de

Shannon-Wiener e de Equitabilidade (MAGURRAN, 1991), respectivamente. O Índice de Diversidade e a

Equitabilidade foram calculados através das fórmulas:

e

Onde,

p = proporção de abundância da espécie i;

Hmax = diversidade máxima ou diversidade de espécies sob condições de máxima equitabilidade.

Índice de Similaridade

As matrizes de similaridade foram obtidas através do Índice de Jaccard, calculado entre pares de trechos e definidas pela fórmula:

) ( Ji,j c b a a    Sendo:

Ji, j = Coeficiente de similaridade de Jaccard entre os Trechos i e j;

a = número de espécies que ocorrem tanto no Trecho i quanto no Trecho j (co-ocorrência); b = número de espécies que ocorrem no Trecho j, mas que estão ausentes no Trecho i; c = número de espécies que ocorrem no Trecho i, mas que estão ausentes no Trecho j.

(

p

i

).

log(

p

i

)

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A partir das matrizes de similaridade, foram construídos os dendrogramas pelo método de Ligação Média UPGMA, utilizando o BDPro (1997).

Relação Riqueza/Abundância (rarefação)

Calculada para determinar as diferenças entre os pontos através da estimativa de riqueza utilizando-se o programa BDPro (1997). Esta análise é apropriada quando as amostras incluem um diferente número de indivíduos, como é o caso neste estudo, sendo que subamostras de igual tamanho de indivíduos são retiradas aleatoriamente e assim é obtida uma estimativa de riqueza, o que torna as amostras comparáveis entre si (RICKLEFS, 1993; MAGURRAN, 2004).

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O levantamento da ofidiofauna na Fazenda Santa Branca realizado entre o dia 24 de maio de 2013 a 31 de maio de 2014 proporcionou obtenção em campo um total de dezesseis (N=16) registros de onze (S=11) espécies de serpentes silvestres distribuídas em cinco (05) famílias da ordem Squamata, conforme representado na Figura 08.

Figura 08. Abundância e Riqueza de espécies serpentes na Fazenda Santa Branca. 0 2 4 6 8 10 12 14 16

Ordens Famílias Gêneros Espécies Abundância (N)

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É importante salientar que os resultados aqui apresentados são considerados preliminares, coletados em apenas uma gradiente temporal (um ano) e com métodos indiretos (visuais e auditivos).

4.1. Classe Reptilia

O Brasil é o segundo país com maior riqueza de espécies de répteis no mundo atrás apenas da Austrália, segundo dados atuais da Sociedade Brasileira de Herpetologia. Atualmente são conhecidas 744 espécies (790 se incluirmos subespécies que podem ser espécies plenas) de répteis ocorrentes ou se reproduzindo no Brasil; destas, 36 são quelônios, seis jacarés, 248 lagartos, 68 anfisbênias e 386 serpentes (BÉRNILS & COSTA, 2012).

São conhecidas no Cerrado 10 espécies de quelônios, cinco crocodilianos, 10 anfisbenas, 47 lagartos e 107 serpentes (COLLI et al. 2002). Ainda segundo os mesmos autores, os vários tipos fisionômicos do Cerrado abrigam um grande número de endemismos, sendo oito espécies de anfisbenas (50% do total de espécies), 12 de lagartos (26%) e 11 de serpentes (10%), além disso, a herpetofauna do cerrado também inclui quatro espécies ameaçadas de quelônios, cinco de crocodilianos, outras cinco de lagartos e seis de serpentes.

Os resultados de Reptilia neste estudo representaram cinco (05) famílias da subordem Serpentes (Viperidae, Boidae, Elapidae, Colubridae e Dipsadidae) (Tabela 02). A riqueza obtida neste levantamento corresponde a 12.28% das espécies de serpentes descritas para o bioma Cerrado.

De forma geral as famílias foram pouco diversas com apenas uma espécie (S=1) nas famílias Colubridae e Elapidae, duas espécies (S=2) da família Boidae, três (S=3) da família Viperidae além de quatro (S=4) espécies da família Dipsadidae (Figura 09). Comparado aos estudos de FALEIRO (2002), BASTOS (2007), FRANÇA & ARAUJO (2007), NATURAE (2007), UETANABARO et al. (2007) realizados na região, os quais apontam para maior diversidade da família Colubridae (subordem Serpentes), os dados desse estudo são representativos, mesmo diante de baixos valores de abundância principalmente de famílias mais comuns o que pode ser reflexo do grau de conservação da área de estudo, salientando que na ocasião destes estudos Colubridae incluía as espécies hoje contidas na família Dipsadidae, atualmente a mais diversa entre as serpentes. As espécies mais abundantes foram a Jararaquinha

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(Sibynomorphus sp.) com quatro (N=4) espécimes, seguida de Oxyrhopus petolarius e Bothrops

moojeni ambas com dois (N=2) exemplares cada, enquanto todas as demais espécies (Spilotes pullatus, Dipsas indica, Xenodon merremii, Bothrops neuwiedi, Crotalus durissus, Corallus hortulanus, Boa constrictor e Micrurus frontalis) registraram apenas um único (N=1) indivíduo

cada (Figura 10). Algumas dessas espécies estão representadas por fotos em anexo.

Figura 09. Representatividade das famílias de serpentes na Fazenda Santa Branca.

Figura 10. Abundância de serpentes por espécie na Fazenda Santa Branca

4 3 2 1 1 Familia Dipsadidae Familia Viperidae Familia Boidae Familia Colubridae Família Elapidae 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5

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Tabela 02. Dados quali-quantitativos das serpentes registradas na Fazenda Santa Branca.

Taxa Nome Comum N

Pontos Amostrais Metodologia Ambiente

T1 T2 T3 AV CC MC ANT

ORDEM SQUAMATA

Subordem Serpentes Familia Colubridae

Spilotes pullatus (Linnaeus,1758) Caninana 1 1 1 1

Familia Dipsadidae

Dipsas indica(Laurenti,1768) Cobra 1 1 1 1

Sibynomorphus sp. Jararaquinha 4 4 4 3 1

Oxyrhopus petolarius(Reuss, 1834) Falsa-coral 2 2 2 2

Xenodon merremii(Wagler, 1824) Boipeva 1 1 1 1

Familia Viperidae

Bothrops moojeni(Hoge, 1956) Jararaca 2 2 1 1 2

Bothrops neuwiedi(Wagler, 1824) Jararaca-pintada 1 1 1 1

Crotalus durissus Cascavel 1 1 1 1

Familia Boidae

Corallus hortulanus (Linnaeus,1758) Cobra-de-veado 1 1 1 1

Boa constrictor (Linnaeus,1758) Jibóia 1 1 1 1

Família Elapidae

Micrurus frontalis(Dumeri,Bibron e Dumeri,1854) Coral-verdadeira 1 1 1 1

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Os índices de Diversidade (H’) e de equitabilidade dos dados (J’) foram calculados considerando a abundância (N) e riqueza (S) registradas para cada ponto amostral e analisadas de forma integral, considerando os dados gerais do estudo realizado. Os índices de Abundância, Riqueza, Diversidade (Índice de Shannon-Wiener) e a Equitabilidade, calculados a partir dos dados gerais dos três pontos amostrados são apresentados na Tabela 03, enquanto a Figura 11 apresenta um resumo dos índices obtidos nos pontos amostrados, onde, para serpentes, os resultados foram bastante baixos em dois dos pontos da malha amostral acarretando em baixos índices ecológicos. O Ponto 1 apresentou maior abundância com 81.25% (N=13) do total de espécimes, com presença de 81.82% (S=9) do total de espécies, enquanto o Ponto 3 representou 12.50% (N=2) da abundância total com presença de 9.09% (S=1) das espécies, seguido ainda pelo Ponto 2 com também 9.09% (S=1) da riqueza e apenas 6.25% (N=1) da abundância total do estudo.

O ponto 3 representou 12.50% do total de espécimes, mesmo sendo incluso no estudo a partir do mês de setembro. Sendo mais representativo que o ponto 2 (9,09%), isso se deve ao fato do ponto 3 ser um ambiente mais preservado, possuindo uma extensa mata ciliar com lagoas naturais na borda do Ribeirão João Leite. Desse modo podemos associar a antropização de ambientes com a diminuição de espécimes.

Um fato interessante neste estudo é que nenhuma das espécies de serpentes foi registrada em mais de um dos pontos amostrais, sendo todas elas registradas exclusivamente em um único ponto, o que obviamente acarreta em uma dissimilaridade total entre os mesmos, com nenhuma semelhança na composição de espécies deste grupo ao longo dos pontos amostrados, o que por outro lado pode ser apenas um reflexo dos baixos valores de riqueza e abundância no estudo.

Os pontos amostrados neste estudo apresentaram índices de Diversidade bastante baixos em sua maioria, estando muito abaixo de H’=0.8 (padrão considerado significativo), exceto o maior índice, o qual foi verificado no Ponto 1 (H’=0.882) enquanto os dados dos outros pontos não possibilitaram a análise destes índices de diversidade, uma vez que registraram apenas uma espécie, sendo considerada para efeito uma diversidade nula. A correlação entre riqueza e abundância nos pontos amostrais forma valores de equitabilidade altos, dois pontos acima do padrão referencial (J’=0.8) no Ponto 1 que registrou índice de J’=0.925 o que é um dado significativo, uma vez que

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os resultados de abundância e riqueza indicam ausência de espécies dominantes neste ponto amostral.

Tabela 03. Abundância, riqueza, diversidade e equitabilidade de répteis entre os pontos amostrados na área de estudo.

Índice Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3

Diversidade (H') 0,882 0 0

Equitabilidade (J') 0,925 0 0

Riqueza (S) 9 1 1

Abundância (N) 13 1 2

Figura 11. Resumo quantitativo (riqueza e abundância) de serpentes nos pontos amostrados na Fazenda Santa Branca.

Foi utilizado o método de rarefação para testar a remoção do efeito da abundância sobre a riqueza, comparando os valores de riqueza esperados com a riqueza encontrada nos pontos amostrados, no período amostrado. O método da rarefação não gerou resultado facilmente interpretável graficamente, sendo então substituído pela curva do coletor padrão (Figura 12) para fins de análise, a qual tem a mesma finalidade. Não há tendência à estabilização na curva do coletor, sugerindo que apesar da boa representatividade no estudo, seja necessário o incremento de esforço amostral na busca de mais dados e

0 2 4 6 8 10 12 14 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 T1 T2 T3 Riqueza (S) Abundância (N)

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informações das espécies na região. Entretanto, para testar a eficiência desse método, o mesmo foi confrontado com uma estimativa de riqueza de répteis no local (Jack-nife1), o qual estimou em 18.43 espécies valor superior ao alcançado no estudo (S=11), o que representa 59.69% desta estimativa. Diferenças como esta são consideradas normais em estudos de ecologia, mas somente através da realização de novas etapas deste monitoramento deve-se atingir a estabilização dessa curva.

Figura 12. Curva de acumulação de espécies de serpentes e estimativa de riqueza (Jack-nife1) na Fazenda Santa Branca.

Considerando a representatividade de serpentes por ambiente fitofisionômico amostrado, observa-se maior riqueza nas matas ciliares ambiente que registrou a presença de 81.82% (S=9) das espécies do estudo, oito delas exclusivas deste tipo de ambiente estudado. Em seguida os ambientes antropizados registraram 27.27% (S=3) das espécies (Figura 13), duas também registradas exclusivamente neste ambiente durante o estudo. A presença de algumas espécies apenas em determinados ambientes não indica que ocorram exclusivamente naquele tipo fitofisionômico no qual foi registrada. Apesar da menor capacidade de deslocamento de muitas espécies deste grupo, a maioria ocupa diversos ambientes no Cerrado. Em termos quantitativos os ambientes antropizados registraram os valores menos representativos com 18.75% (N=3) da abundância total, seguidos pelo ambiente de mata ciliar com 81.25% (N=13) do total.

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 Coletor Jack-knife1

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Figura 13. Riqueza de serpentes por ambiente na Fazenda Santra Branca.

De acordo com Sousa et al (2010) a Micrurus frontalis conhecida como coral verdadeira (Figura 14), é uma espécie que tem ampla distribuição nas áreas de cerrado. Ocorrendo desde formações de Cerrado do Brasil Central, que abrange o campo de estudo do presente trabalho (Estado de Goiás), incluindo também os Estados de São Paulo e Minas Gerais, seguindo para o oeste até a fronteira com a Bolívia, considerando ainda os Estados brasileiros de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Figura 14. Micrurus frontalis (Coral verdadeira).

0 2 4 6 8 10 12 14 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Mata Ciliar Antropizados Riqueza (S) Exclusivas Abundância (N)

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Os índices ecológicos foram muito baixos para os ambientes antropizados com Diversidade de H’=0.477 e equitabilidade de J’=1 devido ao fato de registrar três indivíduos de três espécies diferentes. O índice de Diversidade na mata ciliar foi significativo com H’=0.911, enquanto a equitabilidade também foi alta J’=0.955. Pelo fato de apenas uma espécie ter sido registrada em mais de um tipo fitofisionômico verificou-se similaridade de apenas 12.5% na composição de serpentes entre os ambientes amostrados (Figura 15), de acordo com o índice de Jaccard.

Figura 15. Dendrograma de similaridade na composição de répteis por ambiente fitofisionômico na Fazenda Santa Branca.

Tendo como base o número de pontos em que cada espécie foi registrada na área amostral da Fazenda Santa Branca, foi calculado o Índice de Constância de Ocorrência, o qual é apresentado na Tabela 04, constando ainda a porcentagem e a categoria em que cada espécie foi enquadrada. A categoria de constância de uma espécie pode variar de um ambiente para outro. Essa categorização reflete a habilidade biológica que a espécie possui nas diferentes fases ontogenéticas, em explorar os recursos ambientais disponíveis num determinado momento do biótopo (LEMES e GARUTTI., 2002). Espécies acidentais são aquelas com ocorrência em até 25% das amostras (pontos), as acessórias

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Todas espécies de serpentes do estudo foram consideradas como Acessórias, presentes em apenas um dos três pontos amostrais. O fato de a grande maioria das espécies apresentar baixa constância ao longo da área estudada pode estar ligado principalmente à dependência dos répteis a fontes externas de calor para a regulação da temperatura corpórea, o que restringe a sua distribuição geográfica e também os períodos do ano que podem estar ativos. Por serem dependentes do sol, necessitam da alternância entre sombra e luz do sol para regular o fluxo de calor (SADO et al., 2007).

Tabela 04. Índice de Constância das serpentes registradas na Fazenda Santa Branca.

Taxa N %C Categoria

Spilotes pullatus 1 33,33 Acessórias

Dipsas indica 1 33,33 Acessórias

Sibynomorphus sp. 1 33,33 Acessórias

Oxyrhopus petolarius 1 33,33 Acessórias

Xenodon merremii 1 33,33 Acessórias

Bothrops moojeni 1 33,33 Acessórias

Bothrops neuwiedi 1 33,33 Acessórias

Crotalus durissus 1 33,33 Acessórias

Corallus hortulanus 1 33,33 Acessórias

Boa constrictor 1 33,33 Acessórias

Micrurus frontalis 1 33,33 Acessórias

Legenda: N = número de pontos de coleta da espécie; C(%) = constância da espécie.

Comparado com a maioria dos estudos de répteis no Cerrado, considerando o esforço amostral e os métodos empregados, a riqueza de espécies de serpentes (um grupo de difícil observação em campo) é de certa forma considerável. Contudo, tal afirmação só pode ser feita após o incremento de novos dados no estudo com o aumento do esforço amostral, já que estes dados refletem apenas um gradiente temporal (ano) apesar de se aproximar da riqueza estimada dos pontos.

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Do total de onze (S=11) espécies de serpentes registradas no estudo, apenas duas (n=2) foram registradas nos dois períodos climáticos característicos do Cerrado, enquanto cinco (n=5) espécies (45.45%) foram registradas apenas no período de chuvas e outras quatro (n=4) espécies (36.36% do total) foram registradas apenas no período de estiagem (seca) (Figura 16). Os dois períodos registraram índices de riqueza semelhantes onde sete (n=7) espécies foram registradas durante a chuva e o período de seca registrou a presença de seis (n=6) espécies. Tal semelhança foi verificada também quando a análise foi feita considerando os resultados de abundância, onde os dois períodos se mostraram representativos com 50.00% (N=8) da abundância total cada um, o que é de certa forma incomum para estudos com répteis no Cerrado onde espera-se resultados mais expressivos no regime climático da estiagem.

Figura 16. Relação da abundância de serpentes com efeito da sazonalidade.

4.2. Status de conservação

Através da análise das listas oficiais de animais ameaçados ou em perigo de extinção no Brasil – IBAMA, CITES, IUCN e MMA, não foi confirmada nenhuma espécie sob alguma forma de risco neste estudo, entre os répteis.

0 0,2 0,4 0,6 0,81 1,2 1,4 1,6 1,82 Seca Chuva

(32)

4.3. Dados Secundários

A Tabela 05 apresenta uma comparação entre os dados primários coletados nos pontos amostrados ao longo dos trechos amostrais da Fazenda Santa Branca (SBRA) e os dados secundários coletados em diferentes momentos e locais do Cerrado. Os dados secundários estão representados pelo Estudo de Impacto Ambiental da PCH Mosquitão (MOS), Estudo de Impacto Ambiental da PCH Piranhas (PIR), Estudo Integrado de Bacias Hidrográficas do rio Caiapó (BHC), dados do Relatório Ambiental Simplificado – RAS e do monitoramento de fauna silvestre da PCH Rênic (REN), Estudo de Impacto Ambiental do AHE Verde 11 Alto (11A) e o Estudo Integrado de Bacia Hidrográfica do Rio dos Bois (BHR). Foram consideradas somente as espécies taxonomicamente confirmadas para todos os estudos. Deve ser considerada a diferença no tempo de duração e esforço amostral de cada estudo, uma vez que o atual estudo utiliza dados indiretos com esforço amostral baixo e este item tem caráter apenas comparativo de outros estudos no Cerrado goiano, devido a falta de dados disponíveis de estudos sistematizados na região.

Tabela 05. Comparação entre os dados primários registrados na Fazenda Santa Branca e dados secundários disponíveis em estudos semelhantes em áreas de Cerrado.

TAXA

LOCALIDADES

MOS PIR BHC REN 11A BHR SBRA

CLASSE REPTILIA ORDEM SQUAMATA Subordem Serpentes Família Anomalepididae Liotyphlops beui X X X Liotyphlops ternetzii X Família Typhlopidae Typhlops brongersmianus X Família Leptotyphlopidae Trilepida koppesi X X X

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TAXA

LOCALIDADES

MOS PIR BHC REN 11A BHR SBRA Família Boidae Boa constrictor X X X Corallus hortulanus X Epicrates cenchria X X Eunectes murinus X X Família Colubridae Chironius bicarinatus X Chironius flavolineatus X X X Chironius quadricarinatus X X Drymarchon corais X X X Mastigodryas bifossatus X X Simophis rhinostoma X X Spilotes pullatus X X X X X Tantilla melanocephala X X X Família Dipsadidae Apostolepis albicollaris X Apostolepis ammodites X Apostolepis assimilis X X Apostolepis flavotorquata X X Apostolepis goiasensis X X Clelia plumbea X Dipsas indica X Erythrolamprus aesculapii X X

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TAXA

LOCALIDADES

MOS PIR BHC REN 11A BHR SBRA

Erythrolamprus poecilogyrus X X X X X Erythrolamprus reginae X X X Erythrolamprus typhlus X Helicops angulatus X X X Helicops gomesi X Helicops modestus X Helicops polylepis X Hydrodynastes gigas X X Imantodes cenchoa X Leptodeira annulata X X X X Lygophis dilepis X X Lygophis lineatus X Lygophis meridionalis X Oxyrhopus guibei X X X X Oxyrhopus petolarius X X X Oxyrhopus rhombifer X Oxyrhopus trigeminus X X X Phalotris mertensi X Philodryas agassizii X Philodryas nattereri X X X Philodryas olfersii X X Philodryas patagoniensis X Phimophis guerini X X Pseudoboa nigra X

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TAXA

LOCALIDADES

MOS PIR BHC REN 11A BHR SBRA

Psomophis joberti X X Rachidelus brazili X X Sibynomorphus mikanii X X Sibynomorphus turgidus X Sibynomorphus sp. X Taeniophallus occipitalis X X Thamnodynastes strigatus X X X Xenodon histricus X Xenodon merremii X X X X X Xenopholis undulatus X X X Família Elapidae Micrurus frontalis X X Micrurus lemniscatus X X Família Viperidae Bothrops neuwiedi X X X Bothrops moojeni X X X X X X Crotalus durissus X X X X

Em uma análise comparativa dos répteis registrados nesses diferentes estudos, pode-se observar a presença de 107 espécies confirmadas para a região considerando apenas os estudos citados. O estudo na Fazenda Santa Branca contribuiu com o registro de Dipsas indica e Corallus hortulanus não constantes dos outros estudos mencionados, além de Sibynomorphus sp., a qual pode ser uma espécie já registrada anteriormente e também nestes estudos utilizados, por ser um gênero comum e abundante no Cerrado,

(36)

Esses dados, juntamente com a análise da curva de rarefação nos mostra que possivelmente haverá um incremento no número de espécies registradas para a área de estudo no mesmo ritmo em que forem implementados estudos detalhados de monitoramento.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados taxonômicos obtidos neste estudo representam um conjunto de dados, da fauna de serpentes, extremamente valiosos, num contexto, onde uma das maiores prioridades conservacionistas mundiais é a descrição e a valoração da biodiversidade. É através de dados como estes que podem ser desenvolvidos projetos e ações de programas ambientais de conservação, especialmente para essa região, que apresenta um histórico intenso de processo de antropização, principalmente pela conversão das áreas vegetadas em pastagens para a pecuária, e que pode contribuir muito com a ampliação do conhecimento científico.

A fauna de serpentes seguramente será acrescida de espécies com a continuação deste estudo e dados como os padrões de uso das diversas fitofisionomias dentro do bioma, padrões de deslocamento e sinergismo com áreas adjacentes poderão ser melhor compreendidos. Alterações no ecossistema e perturbações humanas fazem com que formações florestais remanescentes sejam de vital importância para a manutenção de populações animais, sobretudo de anfíbios os quais apresentam muita dependência do habitat.

Os resultados deste estudo mostram que área da Fazenda Santa Branca abriga uma riqueza de espécies considerável, podendo funcionar ainda como área de refúgio numa região bastante fragmentada e com muita influência antrópica. Contudo, os resultados devem ser considerados ainda insipientes para quaisquer conclusões acerca de padrões ecológicos e avaliação de qualidade ambiental para tomada de decisões sobre a conservação e preservação da mesma, havendo necessidade de consolidação dos mesmos com novas etapas de estudo. Isso fica evidente quando considera-se os padrões de arranjo das curvas de coleta.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Anexo 3: Oxyrhopus petolarius (Falsa-coral)

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Referências

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