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O USO DA PERSUASÃO COMO FERRAMENTA MOTIVADORA À LEITURA

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Academic year: 2021

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O USO DA PERSUASÃO COMO FERRAMENTA MOTIVADORA À

LEITURA

Elisson Souza de São Joséi(UNIT)

INTRODUÇÃO

Grande parte da juventude brasileira infelizmente não tem prazer e nem o hábito de ler, o que faz com que a sociedade inteira se preocupe quanto ao futuro destes jovens. Para mudar este quadro é necessário preparo dos atuais educadores para poder detectar o problema e depois trabalhar para que ele seja eliminado, pois os jovens necessitam de desenvolvimento intelectual.

Uma ferramenta muito importante que o professor podem utilizar é a persuasão. Quando ela é usada de forma correta os resultados podem ser excepcionais, o que trará grande alegria não só para o educador como também para o educado e os demais que com ele convive.

“Em suma, o poder da persuasão é aquela “formula mágica” que gostaríamos de ter em mãos para facilitar a vida. Podemos defini-lo da seguinte forma: qualquer mensagem que busque influenciar as opiniões, atitudes ou ações das pessoas” (BORG, 2011, p.12).

Persuadir significa convencer o próximo de que o assunto discutido é a melhor escolha, de tal forma que o receptor aceite de bom grado o que é proposto.

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Desta forma o orientador necessita de estratégias bem formadas para que possa conquistar seus orientandos que ele tem razão, principalmente quando o assunto tratado é a importância da leitura. Ela é tão importante que está entre os assuntos mais relevantes na formação básica de um cidadão.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, lei 9394 de 20 de dezembro de 1996, diz que o desenvolvimento pleno da leitura e da escrita deve fazer parte da formação básica de um cidadão.

Art. 32. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:

I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; (BRASIL, 1996).

Portanto para que as normas brasileiras e o dever do professor sejam realizados de forma atraente pelos seus alunos é necessário saber persuadi-los de forma eficaz, e este artigo ajudará a atingir este objetivo.

PROBLEMAS QUE DEVEM SER ANALISADOS ANTES DE PERSUADIR

O Brasil é um país que infelizmente a maior parte da população adulta não tem um bom hábito de leitura e lamentavelmente este problema é passado para

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seus filhos. Quando os pais têm este costume e reconhecem sua importância e repassam para seus filhos, eles terão grandes chances de se tornarem pessoas intelectuais no futuro.

Seria ótimo que todos os adultos lessem para seus filhos quando estes quando crianças e se possível comprassem revistinhas de estórias para que eles se adaptassem desde cedo ao maravilhoso mundo dos livros; mas, infelizmente não é isso que ocorre. Os pais costumam passar de forma inconsciente que a leitura é algo ruim.

A busca por solução dentro da sala de aula (sem necessidade de chamar os pais) pode ser delicada, nestas situações, pois implica que o professor aceite a idéia de que é responsável (juntos com outros) pelo sucesso ou fracasso da criança (CURONICI e MCCULLOCH, 1999, p.53).

Muitos adultos quando querem punir seus filhos por ter feito algo errado mandá-los para o quarto estudar. Esse é um enorme erro cometido e que poderá prejudicar o futuro das crianças, pois ao agir assim elas passam a acreditar que o estudo ou a leitura é uma punição e que só deverá fazer isso quando tiver feito algo de errado. Essa ideia errada será levada para sua vivência escolar e um problema maior será enfrentado pelo professor ao tentar corrigir e modificar a visão dos jovens. Infelizmente a escola também comete vários erros. Elas costumam não incentivar o jovem à leitura e quando quer que um aluno leia um livro simplesmente

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coloca-o entre os materiais didáticos obrigatórios para o estudante sem saber como será o consentimento, o que será mais uma problemática para o professor trabalhar.

PERSUADINDO A LEITURA DE FORMA EFICAZ

Ler é atribuir diretamente um sentido a algo escrito [...] Ler é questionar algo escrito como tal a parti de uma expectativa real (necessidade-prazer) numa verdadeira situação de vida [...] Ler é ler escritos reais, que vão desde um nome de rua numa placa até um livro, passando por um cartaz, uma embalagem, um jornal, um panfleto, etc. no momento em que se precisa realmente deles numa determinada situação de vida (JOLIBERT, 1994, p15).

Uma forma eficiente de ajudar ao aluno a querer desenvolve-se através dos livros é por sempre encorajá-los. Não adianta o docente apenas criticar, pois ninguém gosta de ser criticado, ou seja, ao invés de a crítica ajudar vai piorar a situação. Como diz Carnegie (1981, p. 32): “Se quer tirar mel não espante a colméia”.

Uma forma muito mais eficiente que a crítica é o encorajamento. Todas as pessoas, principalmente as crianças, gostam de ser elogiadas e este é um ponto primordial quando queremos incentivar um jovem a não desistir de ler.

Elogios, palavras afetuosas, incentivo e compreensão são capazes de entrar na mente de uma pessoa e curar a alma [...] Homens e mulheres sábios usam palavras para levantar a moral do próximo, curar suas feridas e aumentar sua auto-estima (SCOTT, 2008, p.51).

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Antes de persuadir devemos emocionar o receptor, pois a emoção costuma ter um poder maior no ser humano que a razão. “Diversos estudos demonstram que, de modo geral o elemento subconsciente (ou emocional) é o motivo principal pelo qual se toma uma decisão (BORG, 2011, p.19).”

Os sentimentos dos estudantes devem ser levados em conta ao tentar convencê-los que algo é importante, principalmente quando o assunto é a leitura. Então, antes de apenas dizer que os alunos devem ler e que isso é importante para eles ou até mesmo pegar um livro enorme sobre assuntos que eles jamais leriam por vontade própria é necessário preparar antecipadamente um bom argumento que o convença principalmente pela emoção e depois pela razão.

Um bom persuador usa todos os meios possíveis para convencer, isto inclui mais que palavras, até mesmo porque de acordo com pesquisas recentes a linguagem corporal é capaz de fazer com que o interlocutor concorde mais que com as simples palavras.

[...] 93% da comunicação humana é feita através de expressões faciais e movimentos do corpo. Quando aprendemos a prestar atenção em nossa linguagem corporal e a interpretar corretamente a dos outros, passamos a ter maior controle sobre as situações, pois podemos identificar sinais de abertura, de tédio, de atração ou de rivalidade e agir de forma adequada aos nossos objetivos (PEASE, 2005).

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Quando nosso corpo age de acordo com nossas palavras o grau de aceitação do estudante será maior, caso nossas palavras não sejam conformes nossos gestos os ouvintes perceberão e a aceitação será prejudicada.

Quando a criança está dando os primeiros passos na alfabetização o ideal seria que o estudante lesse livros com muitas figuras e que ela mesma escolhesse, assim aumentaria o interesse e a qualidade da leitura.

O jovem necessita primeiro criar o hábito de ler antes de envolver-se com obras de interesse da escola, dos pais ou professores; só assim ele lerá os demais livros de boa vontade e com prazer.

As crianças costumam ter medo de ler em público e este problema quando não trabalhado em sala de aula se estende até mesmo a vida adulta. Quando uma criança está nervosa ela precisa da ajuda de um ser competente que a estimule e que a incentive a não desistir.

Os comportamentos de uma pessoa não só alteram as condições do ambiente, mas, por sua vez, também são afetadas por alterações que ocorrem neste ambiente. [...] Os comportamentos das pessoas presentes são uma das circunstâncias que podem afetar o comportamento do sujeito (DANNA E MATOS, 2006, pp. 86 e 88).

Quando o instrutor o convence através de argumentos sólidos o instruído aumenta o seu autoestima e perde o medo de falar em público. É importante também

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que o professor não corrija várias vezes o aluno durante a leitura em sala, pois esta ação irá não só aumentar o nervosismo do estudante como aumentará as chances dele continuar errando. Seria melhor que ao término da leitura o professor falasse em particular com ele e assim evitaria deboches dos demais membros da turma. ‘Jamais o responsável pela classe deve criticar o desempenho do aluno que não atingir o nível dos demais do grupo, isso apenas prejudicaria o desenvolvimento do individuo’(JOSÉ, 2010, p. 10).

Quando persuadido de forma correta, o aluno passa a ver a leitura em público como algo agradável e não com temor. O futuro do relacionamento social do aluno em muitos casos depende de como eles foram tratados quando ainda estavam em idade escolar; para tanto é necessário um bom preparo do docente.

Para que tenha sucesso na persuasão é necessário o planejamento antecipado da aula. Um professor que não planeja sua aula, infelizmente não conseguirá ter bom êxito em sala de aula, principalmente quando o assunto é motivar a leitura.

O planejamento está diretamente vinculado ao que ocorre em sala de aula e é determinante no processo de ensino- aprendizagem [...] será um subsídio valioso para o professor. Mas do que uma simples ferramenta de trabalho, o planejamento aparece como uma possibilidade de realização de um trabalho criativo, realizador e humanizador (MELO e URBANETZ, 2008, p.92).

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Quando o professor valoriza a leitura de seus estudantes eles perdem o medo de ler e passam a fazer isso com maior constância. A aprendizagem é muito importante, no entanto, “Mais importante do que a aprender o conteúdo transmitido pelo professor é o aluno dominar o método de se chegar ao conhecimento” (VEIGA, 2007, p.90).

CONCLUSÃO

As vantagens vão além dos momentos vividos pela criança em sala de aula. Sem dúvida, o hábito saudável irá ajudar principalmente quando ela se tornar adulta, pois a leitura será ainda mais importante, tanto para passar em um concurso público quanto para sua formação pessoal e profissional.

Portanto, é dever de todo educador e dos responsáveis pela criança de analisar os melhores métodos e argumentos que poderão ser usados para convencer ao aluno que a leitura é algo bom e agradável. Quando feito corretamente não só a criança como toda a sociedade que convive com ela se beneficiarão.

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BRASIL, lei 9394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional. Senado federal: subsecretaria de informações. Brasília, 1996. Disponível

em: http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaTextoIntegral.action?id=75723 .

Acesso em: 02 de abril de 2012.

BORG, James. A arte da persuasão: consiga tudo o quer sem precisar pedir. São Paulo: Saraiva, 2011.

CARNEGIE, Dale. Como fazer amigos e influenciar pessoas. Companhia Editora Nacional, 1981.

CURONICI,Chiara e MCCULLOCH, Patricia. Psicólogos e professores: um ponto de vista sistemático sobre as dificuldades escolares. São Paulo: EDUSC, 1999.

DANNA, M. F.; MATOS, M. A. Aprendendo a observar. São Paulo: EDICON, 2006. JOLIBERT, Josette. Formando crianças leitoras. Porto Alegre: Artmed, 1994.

JOSÉ. E. S. S. A necessidade de despertar nos alunos interesse pelo estudo de

Língua Inglesa nos dias atuais. 15f. Artigo (especialização em metodologia do

ensino de Língua Inglesa), Faculdade Atlântico, Aracaju-SE, 2010.

MELO, Alexandre de; URBANETZ, Sandra Terezinha, Fundamentos de Didática. Curitiba: Editora IBPEX, 2008.

PEASE, A .& B. Desvendando os Segredos da Linguagem Corporal. Rio de Janeiro: Sextante, 2005.

SCOTT, Steven K. Salomão o homem mais rico que existiu. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.

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iFormado em Português - Inglês pela Universidade Tiradentes, especialista em Metodologia do Ensino de Língua

Inglesa e aluno do curso de especialização em piscopedagogia; também é professor de inglês do Colégio Rabboni LTDA e tutor de Vernáculas do CESAD/UFS. Emai: elisson.tj@hotmail.com

Referências

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