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MÓDULO VI Aula III Agravo de Petição Rua Barão do Serro Azul, 199 Centro Curitiba-Paraná Fone:

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MÓDULO VI

Aula III

Agravo de Petição

Rua Barão do Serro Azul, 199 – Centro – Curitiba-Paraná – Fone: 41 3323-1717

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Sumário

1 - COMENTÁRIOS INICIAIS ... 3

2 – Decisão de Embargos à Execução e Impugnação à Sentença de Liquidação ... 4

3 – Agravo de Petição ... 5

4 – Quando Interpor Agravo de Petição ... 7

5 – Porque Interpor Agravo de Petição ... 9

6 – Como Interpor Agravo de Petição ... 10

7 – Exemplos de Peças de Agravo de Petição ... 13

7.1. Exemplo I – Peça de Agravo de Petição ... 14

7.2. Exemplo II – Peça de Agravo de Petição ... 19

7.3. Exemplo III – Peça de Agravo de Petição ... 30

7.4. Exemplo IV – Peça de Contraminuta a Agravo de Petição ... 38

8. Exemplo de Parecer Técnico ... 44

8.1. Exemplo I - Parecer Técnico ... 45

8.2. Exemplo II - Parecer Técnico ... 49

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1 - COMENTÁRIOS INICIAIS

O modulo “6” do projeto desenvolvido pela equipe de profissionais da Empresa Portal Cível & Trabalhista, apresenta um estudo avançado para a fase de execução no processo trabalhista, direcionado para as seguintes matérias: impugnação ao cálculo da parte, contraminuta à impugnação, embargos à execução, contraminuta aos embargos à execução, impugnação à sentença de liquidação, contraminuta a impugnação à sentença de liquidação, agravo de petição e contraminuta ao agravo de petição.

Na fase de liquidação/execução são apresentados os cálculos de liquidação da sentença, e, não raramente, os referidos cálculos podem conter incorreções ou distorções.

Após a homologação da conta, o Juiz abre prazo para que as partes (reclamante e reclamado) verifiquem se os cálculos apresentados estão corretos ou não. Se corretos, cabe à parte apenas concordar com os valores consignados nos referidos cálculos. Por outro lado, se estiverem incorretos, a parte deverá apresentar suas razões, contestando, de forma pormenorizada, cada item ou parcela incorreta contida nos cálculos, apontado quais são as diferenças cometidas pelo perito contador ou pela parte contrária.

A impugnação ou o apontamento das diferenças é realizado por meio de uma peça processual específica, onde as partes apontam as diferenças contidas nos cálculos homologados. Pelo reclamante a peça processual é denominada de “Impugnação à Sentença de Liquidação”. Pelo Reclamado a peça processual é denominada de “Embargos à Execução”. Ambas as peças têm o mesmo objetivo, ou seja, demonstrar ao Juiz que existem incorreções na conta homologada.

Após a prolação da decisão de embargos e impugnação, as partes têm um prazo de 08 (oito) dias para contestar a decisão por meio de outro remédio processual chamado de “Agravo de Petição”. A manifestação é direcionada ao Tribunal Regional do Trabalho.

O presente estudo visa esclarecer os pormenores técnicos e as dúvidas que a matéria suscita, respondendo os seguintes questionamentos:

- Quando impugnar, embargar ou agravar? - Porque impugnar, embargar ou agravar? - Como impugnar, embargar ou agravar?

Neste estudo serão abordadas as seguintes matérias: impugnação aos cálculos apresentados pela parte contrária – contraminuta à impugnação - embargos à execução – contraminuta aos embargos à execução - impugnação à sentença de liquidação – contraminuta à impugnação à sentença de liquidação – decisão de impugnação à sentença de liquidação - decisão de embargos à execução – agravo de petição – contraminuta ao agravo de petição – decisão do agravo de petição (acórdão proferido por uma das turmas do TRT).

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2 – Decisão de Embargos à Execução e Impugnação à Sentença de

Liquidação

Assim que o Réu efetuar a garantia do juízo, terá 05 (cinco) dias para conferir a conta, e, se necessário, caso constate incorreções, poderá apresentar embargos à execução requerendo ao Juiz a retificação dos cálculos. O reclamante tem o mesmo prazo para apresentar sua manifestação (impugnação à sentença de liquidação).

É momento oportuno para apontar as possíveis diferenças existentes nos cálculos homologados pelo Juízo, tanto pelo Réu quanto pelo Reclamante. Uma vez vencido o prazo para a manifestação, a conta não poderá mais ser reformada, mesmo que contenha incorreções. Neste caso, ocorre a preclusão da manifestação, tornando o valor apresentado definitivo nos autos.

Após a apresentação das manifestações nos autos, o Juiz fará a análise das matérias propostas pelas partes, deferindo ou não os pedidos de reforma dos cálculos homologados, de forma individual, ou seja, verba a verba contestada pelas partes. Em seguida proferirá uma decisão chamada de: “Decisão de Embargos à Execução” e “Decisão de Impugnação à Sentença de Liquidação”.

Na sequência dos trabalhos, as partes terão 08 (oito) dias para contestar a decisão imposta pelo Juiz, através de um instrumento chamado de “Agravo de Petição”, que deve ser direcionado ao Tribunal Regional do Trabalho.

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3 – Agravo de Petição

Após a prolação da sentença deferindo ou rejeitando o pedido das reformas propostas, abre-se o prazo de 08 dias para que as partes, caso não concordem com a decisão imposta pelo juízo, possam interpor “Agravo de Petição” junto ao Tribunal Regional do Trabalho, requerendo a reforma da decisão e consequente reforma dos cálculos junto a uma das turmas do TRT que irá julgar o caso.

O nome da peça é a mesma tanto para o Reclamante quanto para o Reclamado, ou seja, “Agravo de Petição”. O mesmo ocorre com os requisitos de admissibilidade do recurso, que segue o mesmo padrão para ambas as partes.

A matéria resulta disciplinada na forma do art. 897, “a”, da CLT, senão vejamos:

Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: (Redação dada pela Lei nº 8.432, de 1992)

a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções; (Redação dada pela Lei nº 8.432, de 1992)

Assim que o prazo para a manifestação começar a correr, os advogados das partes (reclamante e reclamado), devem encaminhar o caso para os seus respectivos Peritos Assistentes.

ATENÇÃO... No momento em que o processo for remetido ao Perito Assistente, o

prazo para a protocolização do Agravo de Petição passa a ser de responsabilidade do Perito Assistente. O prazo é preclusivo, significa dizer que, encerrado o prazo para a contestação da conta junto ao TRT, os valores devidos tornam-se definitivos e podem ser liberados ao reclamante, não cabendo mais nenhuma discussão sobre os cálculos, mesmo que contenham incorreções.

A peça intitulada de “Agravo de Petição” é um recurso da fase de execução, é uma espécie de revisão da decisão do Juiz de primeiro grau, que julgou os embargos propostos pelo Réu e a impugnação proposta pelo reclamante. Neste caso, tecnicamente as partes buscam a reforma da sentença, visto que, só cabe agravo de matéria julgada pelo juiz de primeiro grau, deferindo ou indeferindo as reformas requeridas pelas partes.

O Agravo é uma peça processual de responsabilidade dos advogados do Reclamante e do Reclamado. São os advogados das partes que assinam a manifestação. Cabe destacar, entretanto, que a matéria relativa aos cálculos de liquidação não é da especialidade do advogado e sim do perito assistente, visto ser matéria técnico-contábil, uma vez que aborda as inconsistências e incorreções no cálculo das parcelas deferidas nos autos.

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6 Em suma, o Agravo de Petição serve para requerer um segundo parecer junto a uma das turmas do TRT, sobre os possíveis equívocos consignados nos cálculos de liquidação homologados pelo Juiz de primeira instância.

Não cabe agravo de petição sobre matéria não abordada nos embargos à execução propostos pelo réu ou na impugnação proposta pelo reclamante, pois, se uma determinada matéria não foi contestada no momento oportuno, já se tornou incontroversa em face da preclusão do prazo definido no ordenamento jurídico.

São duas as formas de apresentação das matérias a serem agravadas para os advogados das partes:

1. Através de parecer técnico apontando todas as diferenças na conta, item a item, de forma pormenorizada e fundamentada; 2. Peça processual pronta, no caso - “Agravo de Petição”, com todos os requisitos exigidos para a apresentação da manifestação, com o apontamento das diferenças, item a item, de forma pormenorizada e fundamentada.

Se a escolha for pelo parecer técnico, o Perito Assistente deverá informar no documento todos os dados do caso: número do processo, vara do trabalho, nome do reclamante, nome do reclamado, e indicar que o parecer trata de “Agravo de Petição”. Em seguida deverá apontar de forma técnica, item a item, verba a verba, quais são as diferenças encontradas de forma bem explícita, clara, pormenorizada, e, ainda, quantificando as incorreções. Deverá, ainda, enviar um novo cálculo demonstrando quais são os valores reconhecidos pelo reclamante. O cálculo contendo as correções deverá ser apresentado junto com a impugnação.

Assim que o advogado receber o parecer técnico, deverá copiar todos os apontamentos consignados no laudo do Perito Assistente para a peça de Agravo de Petição, devidamente formatada, para posterior envio ao judiciário.

Se a escolha for pela peça processual pronta, há que se dar especial atenção à forma de apresentação da peça. Neste caso, o advogado apenas deverá assinar o trabalho e protocolizar na vara do trabalho correspondente (ou via sistema), juntamente com os novos cálculos realizados.

A melhor técnica é realizar o trabalho já com a peça processual pronta, uma vez que as matérias que apontam as incorreções nos cálculos homologados são de conhecimento técnico do Perito Assistente. Se houver a necessidade de qualquer intervenção do advogado, este poderá complementar a impugnação proposta ou efetuar correções no texto da peça processual. Para a apresentação direta da peça processual, recomenda-se a utilização de uma linguagem adequada, ajustada à linguagem técnica jurídica.

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4 – Quando Interpor Agravo de Petição

Essa é a primeira pergunta que se faz com relação ao agravo de petição. Assim que o Juiz prolatar a decisão de embargos e/ou impugnação, o prazo para a manifestação de agravo será aberto no sistema ou no processo físico.

O prazo para apresentação do Agravo de Petição deve ser controlado pelos advogados das partes (reclamante e reclamado). O Perito Assistente deve ter em mente que, embora o prazo seja de 08 (oito) dias, na prática esse prazo acaba sendo bem menor, 05 (cinco) ou 04 (quatro) dias em média, apenas. Quando o Perito Assistente aceitar o trabalho, deverá estar ciente que será o responsável pelo prazo a partir de então, respondendo por perdas e danos, caso existam matérias passíveis de reforma no Tribunal Regional do Trabalho.

Respondendo o questionamento com relação a “quando agravar” a matéria, alguns passos devem ser seguidos:

1º - Data Para Apresentação do agravo de petição: é evidente que em primeiro lugar deve ser observado o período para a apresentação da manifestação. A data deverá ser informada pelo advogado, entretanto, o Perito Assistente deverá estar atento ao prazo, para que não ocorra uma preclusão em face de uma informação equivocada. A contagem deverá iniciar a partir da data da prolação da decisão de embargos/impugnação, encerrando após 08 (oito) dias, prazo fatal.

2º - Reforma da Decisão de Primeiro Grau: após receber os autos o Perito Assistente deverá analisar a decisão de embargos à execução e impugnação à sentença de liquidação.

Neste ponto vamos relembrar:

Se o Perito Assistente do Réu encontrar qualquer incorreção nos cálculos homologados pelo Juiz, deverá requerer a reforma dos cálculos através de “Embargos à Execução”. O Perito Assistente do Reclamante, por sua vez, através de “Impugnação à Sentença de Liquidação”.

O Juiz, após analisar o pedido das partes, proferirá uma decisão chamada de: Decisão de Embargos à Execução e Impugnação à Sentença de Liquidação. Neste caso o Juiz irá deferir ou indeferir as reformas requeridas pelas partes (reclamante ou reclamado).

Em seguida, após decorrido o prazo para que as partes apresentem “embargos declaratórios”, abre-se o prazo de 08 (oito) dias para que tomem ciência da sentença, e, se necessário, recorram ao TRT

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8 requerendo a reforma da decisão através da peça processual denominada de “Agravo de Petição”.

Então, quando interpor Agravo de Petição?

1º quando abrir o prazo para que as partes possam analisar a decisão proferida pelo Juiz de primeiro grau, inerente aos embargos à execução propostos pelo réu e a impugnação à sentença de liquidação proposta pelo reclamante;

2º quando, após a análise da decisão, restar evidenciado que cabe revisão da sentença junto ao Tribunal Regional do Trabalho.

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5 – Porque Interpor Agravo de Petição

É função do Perito Assistente contratado pelas partes, dizer se existe possibilidade de reforma da decisão proferida pelo Juiz de primeiro grau, com relação há alguma matéria.

Na análise o Perito Assistente deverá verificar com atenção os seguintes pontos:

- Se na sentença proferida o Juiz acatou todas as reformas requeridas na manifestação do Perito Assistente (impugnação ou embargos), o seu objetivo já foi atingido com relação à reforma requerida;

- Se na sentença o Juiz deixou de acatar algum item da manifestação proposta (impugnação ou embargos), neste caso, o objetivo foi parcialmente atingido. Com relação às matérias não reformadas pela sentença, o Perito Assistente poderá requerer novamente a reforma através da peça de Agravo de Petição junto ao TRT. É uma espécie de revisão do que restou deferido pelo Juiz de primeiro grau;

- Se na sentença o Juiz de primeiro grau acatou a reforma de um determinado item parte contrária (impugnação ou embargos), e, se houver fundamento técnico ou jurídico para a reforma da sentença, nesse caso, o Perito Assistente deverá requer a reforma da decisão junto ao TRT;

- Se existir algum erro material na conta homologada.

Portanto, a resposta para o tópico é simples, ou seja, sempre que o Perito Assistente vislumbrar a possibilidade de reformar a decisão imposta pelo Juiz de primeiro grau, inerente aos embargos à execução ou à impugnação à sentença de liquidação, buscando trazer vantagens ao seu cliente, deverá interpor Agravo de Petição à decisão imposta pelo juiz de primeiro grau, de forma devidamente fundamentada.

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6 – Como Interpor Agravo de Petição

Aqui reside, também, o segredo do sucesso da manifestação de Agravo de Petição apresentado pelas partes (autor e réu), buscando a reforma da decisão imposta pelo Juiz de primeiro grau e consequente ajuste dos cálculos de liquidação, homologados nos autos.

Para isso, o Perito Assistente, tanto do reclamante quanto do reclamado, deverá estar preparado tecnicamente para expressar de forma correta, todas as diferenças, distorções, incorreções e inconsistências contidas na decisão imposta bem como na conta homologada.

A primeira escolha diz respeito à forma de envio da manifestação aos advogados das partes, que serão os responsáveis pelo envio da manifestação e juntada aos autos. A manifestação poderá ser enviada através de parecer técnico ou peça de “Agravo de Petição” já pronta.

Destaca-se, entretanto, que o mais importante é a matéria, é a forma como o texto é escrito e como as diferenças são descritas para que o TRT possa julgá-las. É importante ater-se à clareza das informações, precisão nos apontamentos, quantificação das diferenças, descrição e definição das incorreções, item a item, de forma pormenorizada. A linguagem utilizada não pode ser pobre, mas, também não deve ser rebuscada, sob pena de distorcer o tema ou não atingir o objetivo, que é demonstrar, de forma efetiva, onde residem as diferenças apontadas.

Neste caso, as parcelas incorretas também devem ser separadas por título. Exemplo: 1. Diferenças Salariais; 2. Horas Extras; 3. Adicional Noturno; 4. Adicional de Periculosidade; e assim por diante.

O texto apontando as incorreções deve ter início, meio e fim.

Início da Manifestação: Após o título da verba agravada, o Perito Assistente deve fazer um breve relato, chamando a atenção dos julgadores do TRT para a necessidade de reforma das matérias.

Exemplo 1: “No item “1” da decisão de embargos à execução, o Sr. Juiz indeferiu a reforma dos cálculos com relação às diferenças salariais, procedimento com o qual a empresa reclamada não concorda, requerendo, neste ato, a reforma do r. julgado, de acordo com os fundamentos esposados abaixo:.

Não há como prosperar a conta apresentada pelo Sr. Perito sob o título de Diferenças Salariais, em razão das incorreções a seguir apontadas”.

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11 Exemplo 2: “Os cálculos homologados resultam incorretos quanto ao título em epígrafe, visto que, trazem em seu bojo algumas diferenças, as quais serão apontadas abaixo”.

Exemplo 3: “Os cálculos apresentados nos autos merecem ser retificados em face das diferenças ora apontadas”.

Os exemplos acima demonstram algumas formas de chamar a atenção dos julgadores das turmas do TRT. São introduções técnicas, adotadas para informar aos Juízes que existem possíveis diferenças nos cálculos homologados que não foram acatadas pelo Juiz de primeiro grau. A linguagem apresentada merece um destaque especial, ou seja, deve ser clara, objetiva, técnica e bem definida. A linguagem deve atingir o objetivo inicial, que é o de chamar a atenção dos julgadores do TRT para a incorreção da conta, não deixando margem para outro tipo de interpretação.

Meio da Manifestação: O meio do texto deve fazer referência à diferença propriamente dita. O texto deve descrever exatamente onde reside a diferença na conta, de forma pormenorizada, quantitativa e clara. Neste ponto, sempre que necessário, o Perito Assistente deverá apresentar o cálculo correto comparando com o cálculo incorreto da verba, demonstrando de forma incisiva onde reside a incorreção. A fundamentação da matéria tem que ser consistente, ou seja, ela deve trazer elementos que comprovem as diferenças apontadas e que efetivamente venham convencer os julgadores do TRT de que o cálculo deverá ser retificado.

Exemplo: “O Sr. Perito considerou 10% de diferenças salariais a partir do mês de junho de 2009, contrariando frontalmente o que restou efetivamente determinado nos autos, ou seja, as diferenças são devidas a partir do mês de junho de 2008. Tal procedimento distorceu por completo os cálculos apresentados nos autos, visto que apontam diferenças apenas para o período de junho de 2009 a maio de 2010, deixando de fora o período anterior, ou seja, junho de 2008 até maio de 2009, indevidamente. Vejamos como restaram determinadas as diferenças salariais no título executivo: “O reclamante comprovou nos autos que as diferenças salariais na ordem de 10% não foram corretamente quitadas. Em razão do exposto, defiro em favor da parte autora as diferenças salariais requeridas na exordial na ordem de 10%, devidas a partir de junho de 2008, até o final da contratualidade. Reflexos sobre: aviso prévio, 13º salário, férias, terço de férias e FGTS 11,2%”.

Final da Manifestação: O final do texto refere-se ao pedido de acolhimento das diferenças apontadas e reforma dos cálculos homologados. O fechamento segue sempre um padrão, com algumas variações e tem por objetivo o requerimento de acolhimento das diferenças apontadas e consequente reforma dos cálculos.

Exemplo: “Em face do exposto, requer-se a retificação da conta, devendo para tanto o Sr. Perito aplicar o adicional de 10% para efeito

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12 de diferenças, a partir de junho de 2008 e não junho de 2009, como consignado na conta, restando devidas diferenças a partir de tal data. Resultam, portanto, devidas as diferenças apontadas no período anterior a junho de 2009. Os reflexos, por acessórios do principal, seguem a mesma sorte. Pela reforma”.

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7 – Exemplos de Peças de Agravo de Petição

A seguir estaremos apresentando diversos modelos de peças de Agravo de Petição, contendo alguns temas, para demonstrar como são realizadas as referidas peças processuais.

Se futuramente você vier a realizar algum trabalho que necessite do apontamento de diferenças sobre os cálculos homologados apresentados nos autos, poderá utilizar o mesmo formato de qualquer das peças apresentadas a seguir, pois os exemplos foram extraídos de casos reais. Lembre-se, apenas, que devem ser alterados os dados do processo, as partes, advogado que irá assinar a manifestação e, por óbvio, as matérias embargadas.

Com isso, você já tem um dos atalhos do caminho das pedras. De preferência envie a peça pronta ao advogado, para que ele analise e assine. Ele poderá efetuar as alterações ou incrementos que achar necessário.

Sugerimos que você leia e analise com atenção os textos que apontam as diferenças. São textos claros e objetivos, que demonstram exatamente quais são as diferenças apontadas.

As manifestações a seguir são divididas por itens, indicando o título da verba a ser reformada. Os textos sempre iniciam de forma a chamar a atenção dos julgadores do TRT para uma possível incorreção da conta apresentada nos autos. No corpo do texto ocorre a descrição e o detalhamento das diferenças de forma que os juízes compreendam que os cálculos estão incorretos. Por último, para cada item o réu requer a reforma ou retificação dos cálculos.

São técnicas que devem ser adotadas para que a peça processual atinja o seu objetivo, que, no caso, é a reforma ou retificação dos cálculos homologados, apresentados nos autos.

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7.1. Exemplo I – Peça de Agravo de Petição

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA XX VARA DO TRABALHO DE (Cidade)-(Estado).

AUTOS.: RT – 00000-2015-000-00-00-0

XXXXXXXXXXXX (Reclamado), já qualificado nos autos em epígrafe, em que contende contra XXXXXXXXX (Reclamante), vem respeitosamente à presença de V. Exa., por sua procuradora judicial, adiante assinada, para interpor AGRAVO DE PETIÇÃO, na forma do art. 897, “a”, da CLT.

Isto posto, requer o recebimento e a remessa ao E. Nono TRT, por presentes todos os pressupostos processuais de conhecimento e admissibilidade. Nestes Termos, Pede Deferimento. (Cidade), XX de XXXXXX de 2015. XXXXXXXXXXXXXXXX (Advogado) OAB – XX.XXX

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15 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 9ª REGIÃO

AGRAVANTE: XXXXXXXXXXXX (R.

AGRAVADO : XXXXXXXXXXXX (Reclamante). AUTOS : RT 00000-2015-000-00-00-0

Origem : XXª VARA DO TRABALHO DE (Cidade)-Estado).

RAZÕES DO AGRAVO DE PETIÇÃO

I. ADMISSIBILIDADE DO APELO

A) REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL

A representação processual está regular, conforme se pode constatar pela análise da procuração acostada aos autos.

B) DELIMITAÇÃO DE VALORES

De plano, ressalta-se que os valores incontroversos redundam em: R$ 14.021,17 (líquido devido ao autor), R$ 2.327,42 (INSS empregador); R$ 1.036,23 (INSS empregado), R$ 101,54 (imposto de renda), R$ 832,74 (FGTS a Depositar) e R$ 2.398,75 (honorários advocatícios), atualizados até 31/08/2015, conforme cálculos periciais homologados pelo Juízo de fls. ... dos autos. Os valores já foram liberados à parte autora, conforme documentos colacionados aos autos.

C) GARANTIA DO JUÍZO

O juízo encontra-se devidamente garantido através dos depósitos de fls. ..., não havendo necessidade de complementação.

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16 D) PREPARO

As custas já foram pagas no processo, conforme comprovantes acostados aos autos.

E) TEMPESTIVIDADE

Por último, ressalta-se a tempestividade do agravo de petição, visto que interposto dentro do octídio legal.

II. MÉRITO

INDENIZAÇÃO SUBSTITUTIVA - INSS

O Juízo de primeira instância ao julgar a impugnação proposta pela parte autora, ampliou as diferenças apresentadas pelo Perito para o período compreendido entre outubro de 2008 a 20 de maio de 2010, procedimento com o qual não concorda o reclamado.

A decisão ora agravada fere frontalmente a coisa julgada, ao extrapolar claramente os limites impostos à lide, consignados no título executivo.

Neste sentido foi a decisão primeira, fl. 220 dos autos:

Indenização substitutiva

Oficie-se ao INSS, indagando qual seria o valor do benefício previdenciário a que a reclamante faria jus, caso os salários de contribuição do período de 01/11/2004 a 23/02/2006 fossem acrescidos da importância de R$ 454,00 por mês.

Caso haja diferenças entre o valor do benefício que a reclamante recebe ao recebeu e o valor que lhe seria devido, fica a reclamada condenada a pagar à reclamante indenização substitutiva, correspondente à diferença mensal do valor do benefício.

Isso porque, caso haja prejuízo, é a reclamada a responsável e, em razão disso, tem o dever de reparar o dano.

Em relação ao segundo contrato de trabalho, considerando que todas as pretensões a ele relativas estão prescritas, não há falar em integração das comissões supostamente pagas por fora naquele período.

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17 Da condenação transcrita acima, extrai-se que, em momento algum o Juízo determinou que fossem pagas as diferenças do período vincendo, ou seja, as diferenças deferidas pelo Juízo estão limitadas ao período vencido, compreendido entre 23 de fevereiro de 2006 (marco inicial do benefício) e 30 de setembro de 2008 (data do ajuizamento da reclamatória), exatamente como consignado nos cálculos elaborados pelo auxiliar do Juízo de fls. 245/252 dos autos.

Portanto, é de se destacar, que a decisão proferida às fls. 220 dos autos encontra-se transitada em julgado, não cabendo mais discussão sobre a mesma, e, deste modo, não poderia o Juízo ampliar a condenação para data posterior àquela fixada nos autos, sob pena de violação ao instituto da “coisa julgada” (artigo 5º, XXXVI da CF/88).

Neste sentido, ainda:

“Art. 836. É vedado aos órgãos da Justiça do Trabalho conhecer de questões já decididas, excetuados os casos expressamente previstos neste título e a ação rescisória, que será admitida na forma do disposto no capítulo IV do Título IX da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil, sujeita ao depósito prévio de 20% (vinte por cento) do valor da causa, salvo prova de miserabilidade jurídica do autor. (Redação dada pela Lei nº 11.495, de 2007)...”

“In BONIJURIS Trabalhista – Cd-Rom 0 67648 -

Verbete: AGRAVO DE PETIÇÃO – LIQUIDAÇÃO DE

SENTENÇA – Observância da COISA JULGADA –

Provimento Parcial - Tribunal/Obra/Título: TRT – 3ª.

Reg. - Órgão Julg./Editora/Capítulo: 3ª. T. -

Relator/Autor/Seção: Irapuan de Oliveira Teixeira Lyra - EMENTA: Cálculos de liquidação – obediência à coisa

julgada – Nos termos do §1º do artigo 879 da CLT, a liquidação da sentença deve obedecer estritamente aos limites definidos na decisão transitada em julgado, sendo vedada qualquer modificação, inovação ou discussão de matéria já decidida definitivamente no processo de conhecimento. Assim, superada a fase cognitiva e iniciada a fase executória, é descabida a pretensão de se alterar os direitos acertados.”

Diante do exposto, requer-se a reforma da r. sentença quanto ao elastecimento do período das diferenças, devendo estas restarem limitadas apenas ao período vencido, ou seja, 23 de fevereiro de 2006 (marco inicial do benefício) e 30 de setembro de 2008 (data do ajuizamento da

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18 reclamatória), exatamente como posto nos cálculos periciais de fls. 245/252 dos autos, sob pena de restarem extrapolados os limites impostos à lide, uma vez que não houve determinação expressa nos autos de diferenças para o período vincendo, posterior ao ajuizamento da presente reclamatória.

Pela reforma.

III. REQUERIMENTO FINAL

Diante do que foi exposto, o mais que dos autos consta e de tudo que será suprido pelo ilibado saber jurídico dos pares desta E. Corte, pede e espera a agravante seja provido o presente AGRAVO DE PETIÇÃO, conforme acima postulado, por ser medida de Direito e da mais salutar Justiça!

Nestes Termos, Pede Deferimento. Cidade, XX de XXXXX de 2.015. XXXXXXXXXXX (Advogado) OAB / PR – XXXXX

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7.2. Exemplo II – Peça de Agravo de Petição

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA XXª VARA DO TRABALHO DE Cidade-Estado.

AUTOS 0000000-00.0000.0.00.0000

XXXXXXXXX (RÉU), já qualificado nos autos em epígrafe, em que contende contra XXXXXXXXX (RECLAMANTE), vem respeitosamente à presença de V. Exa., por sua procuradora judicial, adiante assinada, para interpor AGRAVO DE PETIÇÃO, na forma do art. 897, “a”, da CLT.

Isto posto, requer o recebimento e a remessa ao E. nono TRT, por presentes todos os pressupostos processuais de conhecimento e admissibilidade.

Nestes Termos, Pede Deferimento.

Cidade, XX de XXXXXX de 2015

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20 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA XXª REGIÃO

AGRAVANTE: XXXXXXXXXXXX (RECLAMADO) AGRAVADO : XXXXXXXXXXXX (RECLAMANTE) AUTOS : 0000000-00-0000-0-00-00-00

Origem : XXª VARA DO TRABALHO DE (Cidade)-(Estado)

RAZÕES DO AGRAVO DE PETIÇÃO

I. ADMISSIBILIDADE DO APELO

A) REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL

A representação processual está regular, conforme se pode constatar pela análise da procuração acostada aos autos.

B) DELIMITAÇÃO DE VALORES

De plano, ressalta-se que os valores incontroversos redundam no total de R$ 41.899,42 (quarenta e um mil oitocentos e noventa e nove reais e quarenta e dois centavos), atualizados até 31/08/2015 (mesma data dos cálculos homologados), conforme cálculos anexos, já incluídas, neste total, as contribuições previdenciárias e fiscais.

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21 O juízo encontra-se devidamente garantido através dos depósitos de fls. ..., não havendo necessidade de complementação.

D) PREPARO

As custas serão pagas ao final do processo, conforme artigo 789-A da CLT.

E) TEMPESTIVIDADE

Por último, ressalta-se a tempestividade do agravo de petição, visto que interposto dentro do octídio legal.

II. MÉRITO

1. DIFERENÇAS SALARIAIS – FORMA DE CÁLCULO - DUPLICIDADE

A r. decisão resolutória de embargos à execução, entendeu correto o procedimento do Sr. Perito, mais precisamente, com relação a forma de cálculo apresentada no que se refere as diferenças salariais, com o que não concorda a agravante.

Ocorre que, está absolutamente claro nos cálculos apresentados pelo “Expert”, fls. ... dos autos, que as diferenças salariais foram calculadas em “DUPLICIDADE”.

Cita-se, como exemplo, o mês agosto de 2003, mesmo mês apontado pelo Sr. Perito em sua manifestação de f. ... dos autos, e transcrito pela decisão de Embargos à Execução.

De acordo com a manifestação do Sr. Perito, no que se refere ao mês de agosto de 2003, resta devido em favor do Exequente, a título de diferenças salariais, a importância na ordem de R$ 634,95 (38,25 x R$ 16,60), sem considerar os reflexos. Entretanto, observa-se claramente que o referido foi calculado de forma dobrada pelo “Expert” na coluna “Total Devido”, do quadro apresentado as fls. ... dos autos, conforme apontado no exemplo abaixo:

(22)

22 Valor apurado pelo Sr. Perito

Agosto de 2003:

1. R$ 634,95 diferença devida; 2. R$ 122,11 DSR Devido;

3. R$ 757,06 diferenças devidas com DSR’s; 4. R$ 88,89 hora atividade;

5. R$ 82,97 gratificação apoio; 6. R$ 78,08 quinquênio;

7. R$ 124,45 gratificação mestre;

R$ 1.884,50 Total apurado pelo Sr. Perito Na soma acima e consignada na conta pericial, a diferença salarial foi computado duas vezes. A primeira de forma isolada na ordem de R$ 634,95 e a segunda somada ao DSR (R$ 757,06).

O cálculo correto do valor devido deve ser: Agosto de 2003: 1. R$ 634,95 diferença devida; 2. R$ 122,11 DSR Devido; 3. R$ 88,89 hora atividade; 4. R$ 82,97 gratificação apoio; 5. R$ 78,08 quinquênio; 6. R$ 124,45 gratificação mestre; R$ 1.131,55 Total Devido

Como demonstrado no exemplo acima, o Sr. Perito está considerado na coluna o “Total Devido” a soma das diferenças salariais na ordem de R$ 634,95, com aquela acrescida dos DSR’s, na ordem de R$ 757,06 (R$ 634,95 + 122,11 dsr’s), apurando a referida diferença em duplicidade, ou seja, o valor na ordem de R$ 634,95 foi considerado duas vezes.

O mesmo ocorre com todos os demais meses do período, resultando majorada a conta neste sentido.

Assim sendo, a conta apresentada pelo Sr. Perito resulta incorreta, em face do mesmo ter considerado as diferenças salariais em duplicidade por todo período imprescrito, causando enriquecimento ilícito do reclamante sem justo motivo.

As demais parcelas acessórias seguem a mesma sorte da parcela principal (reflexos).

(23)

23 Acolha-se.

2. FGTS DEVIDO REINTEGRAÇÃO

Mais uma vez decisão resolutória de embargos à execução entendeu correto o procedimento do Sr. Perito com relação ao cálculo da parcela fundiária sobre os salários devidos durante o período de afastamento/reintegração, com o que não concorda a agravante.

Ocorre que o Sr. Perito, considerou, indevidamente, os reflexos do salário devido a título de reintegração sobre o FGTS, sem que haja nos autos, determinação expressa para tal procedimento, senão vejamos (Certidão de Julgamento):

ACORDAM os Desembargadores da 5ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, por unanimidade de votos, CONHECER dos recursos ordinários das partes, assim como das respectivas contrarrazões. No mérito, por igual votação, NEGAR PROVIMENTO ao recurso ordinário do réu, nos termos da fundamentação; sem divergência de votos, DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso ordinário do autor para, nos termos da fundamentação: a) acrescer à condenação o pagamento de reflexos dos valores pagos a título de coordenação de cursos em quinquênio e em hora atividade, e com esta, em gratificação apoio atividade de ensino e em gratificação de mestre; b) determinar que nos meses em que há apenas um cartão referente às horas laboradas no escritório modelo, as horas extras também sejam apuradas pela média, considerando-se, contudo, o cartão já juntado aos autos; c) acrescer à condenação o pagamento do tempo laborado em desrespeito ao intervalo entrejornada ser remunerado como hora extra, com os reflexos já deferidos na sentença primeira; d) declarar a nulidade

da dispensa imotivada do autor e condenar a ré a reintegrá-lo no serviço, com o pagamento dos salários de todo o período de afastamento, considerando-se os reajustes legais e convencionais aplicáveis e os direitos reconhecidos nos autos, bem como considerar o tempo para concessão e pagamento de férias acrescidas do terço e 13º salário; e e) determinar o cálculo do imposto de renda

mês a mês, excluindo-se de sua base de cálculo os juros de mora.”(grifo e negrito nosso).

(24)

24 Como aponta o dispositivo do v. acórdão transcrito acima, em momento algum houve deferimento expresso de reflexos dos salários devidos a título de reintegração na parcela fundiária, restando totalmente prejudicados os cálculos periciais apresentados.

Neste sentido:

RECURSO DE REVISTA. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO, INTERESSE EM RECORRER, O interesse no reexame de decisão

advém exclusivamente do dispositivo, visto que apenas este faz coisa julgada, a teor do art,459 do CPC. Na hipótese, o Tribunal de origem, não obstante fundamentar a decisão contrariamente aos interesses da reclamada, na redação do dispositivo manteve integralmente a sentença em que vencida a reclamante. Assim à falta de sucumbência inexiste interesse recursal. (RR – 163100-65-.2005.5.15.0115, Relatora Ministra: Rosa Maria Weber, Data de julgamento: 16/12/2009, 3ª Turma, data de publicação: 05/02/2010).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. HORAS EXTRAS. INTERVALO INTRAJORNADA PARCIALMENTE CONCEDIDO. Aparente violação do art. 71, § 4º, da

CLT, a ensejar o provimento do agravo de instrumento. Agravo de instrumento conhecido e provido.

Desta forma, conforme jurisprudência predominante na Justiça do Trabalho, o dispositivo da decisão é que prevalece para efeito de concessão ou não das parcelas, não tendo a parte autora se insurgido contra os itens do dispositivo, restando preclusa a matéria ali consignada, fazendo coisa julgada nos termos do art. 469 do CPC.

Isto posto, os cálculos periciais merecerem retificação, devendo para tanto o auxiliar do Juízo, excluir, da conta de liquidação a reflexão dos salários devidos a título de reintegração em FGTS, visto que, inexiste deferimento expresso da parte dispositiva do v. Acórdão neste sentido.

Acolha-se.

3. FÉRIAS DEVIDAS – 1/3

A r. decisão resolutória de embargos à execução entendeu correto o procedimento do Sr. Perito com relação ao cálculo das

(25)

25 férias devidas durante o período de afastamento/reintegração, com o que não concorda a agravante.

Ocorre que, para apuração dos salários devidos a título de reintegração, deveria o Sr. Perito considerar, para efeito de cálculo das férias devidas, apenas o pagamento do terço constitucional, já que o principal já está sendo calculado junto com os salários devidos no período.

Vale lembrar, ainda, que as férias são devidas pelo seu período aquisitivo, ou seja, trabalha-se o período de 12 meses e constitui-se as férias para efeito de gozo. No preconstitui-sente caso não houve labor no período.

Este, entretanto, não foi o entendimento do auxiliar do Juízo quando da elaboração da conta, visto que, apurou novamente o principal das férias acrescidas de 1/3 (quadro de fl. ...), ocasionando o “bis in idem”, ou seja, uma vez na planilha principal (salários do período) e outra junto aos reflexos (acrescida de 1/3).

Assim, para efeito de pagamento das férias do período de afastamento, deverá o Sr. Perito observar apenas o terço constitucional, ou, se preferir, no mês de pagamento das férias “zerar” o valor devido a título de salário.

Isto posto, os cálculos periciais apresentados não merecem prosperar, em face do “Expert” apurar indevidamente às férias devidas em duplicidade, devendo a conta ser reformada neste sentido.

Acolha-se.

4. FGTS E JUROS DE MORA EM DUPLICIDADE

Quanto aos valores apurados pelo “Expert” a título de FGTS e juros de mora, a decisão resolutória de embargos à execução entendeu correto o procedimento do Sr. Perito, com o que não concorda a agravante.

Ocorre que, ao apurar os reflexos das verbas deferidas em FGTS e aplicar os juros de mora sobre o total da condenação, o Sr. Perito considerou os valores devidos em duplicidade, ou seja, apurou FGTS e juros de mora sobre os valores devidos mensalmente e, após, apurou novamente sobre o total geral devido (soma dos valores devidos mensalmente).

O equívoco pericial é facilmente detectado nos quadros de fls. ... dos autos, quando no mês de junho de 2005, o auxiliar do

(26)

26 Juízo considerou novamente, para efeito de reflexos sobre a parcela fundiária e aplicação dos juros de mora, os valores já apurados mensalmente na ordem de R$ 38.055,76, R$ 18.298,17, R$ 231,73, R$ 44.905,38 e R$ 14.027,45, correspondente ao total apurado em cada planilha.

Reprodução do Cálculo do Sr. Perito de fl. ...:

Reprodução do Cálculo do Sr. Perito de fl.932:

Destaca-se, entretanto, que estes valores já foram considerados pelo auxiliar do Juízo mensalmente, para efeito de apuração da parcela fundiária e, cálculo dos juros de mora, como apontado pelo próprio “Expert” no quadro de fl. ... dos autos.

O Erro pericial é tão absurdo, que só no mês de junho de 2005 o “Expert” está considerando como devido a título de Juros e mora e FGTS as importâncias na ordem de R$ 95.624,23 e R$ 17.218,26, respectivamente.

Como demonstrado acima, resta claro na conta pericial apresentada, que houve um erro de vínculo ou de transporte de valores nas planilhas de cálculo do Sr. Perito. Os valores mensais não foram corretamente transportados ou vinculados nas planilhas de Juros de mora e FGTS.

Por ser um evidente “erro material”, seja em face de equívoco de fórmula, vínculo ou transporte de valores nas planilhas relacionadas, é de se estranhar que o mesmo não foi admitido pelo “Expert” em sua manifestação de fl. ... autos.

Isto posto, os cálculos periciais merecem retificação, devendo para tanto o auxiliar do Juízo, excluir, da base de cálculo para apuração do FGTS e juros de mora, os valores na ordem de: R$ 38.055,76, R$ 18.298,17, R$ 231,73, R$ 44.905,38 e R$ 14.027,45, já que tais valores já

(27)

27 foram considerados mensalmente pelo “Expert”, para o cálculo das referidas verbas (FGTS e juros de mora).

Acolha-se.

5. BASE DE CÁLCULO DAS HORAS EXTRAS A decisão de embargos a execução deu procedência a insurgência da Executada em parte e procedência total à impugnação do reclamante no que se refere a base de cálculo das horas extras, com o que não pode concordar a agravante.

Observa-se que a referida decisão determinou, expressamente, a exclusão das parcelas a título de: dsr’s, gratificação apoio, hora atividade e quinquênio, da base de cálculo do labor suplementar. Determinou, ainda, conforme insurgência do reclamante, a integração da parcela paga sob a rubrica permanência.

Deste modo, para efeito de base de cálculo do labor suplementar, segundo a decisão dos Embargos a Execução e Impugnação a sentença de liquidação, deveria o Sr. Perito ter considerado as seguintes parcelas para efeito de cálculo do labor suplementar: Salário hora + salário “por fora” + gratificação de mestre + permanência (recurso do reclamante).

Ocorre que o salário mensal pago ao reclamante, sempre foi calculado pela multiplicação do valor hora pelo número de horas trabalhadas em cada período e, deste modo, a base de cálculo para efeito de cálculo das suplementares, deve seguir no mesmo sentido, ou seja, somente o valor hora-aula pago em cada mês.

Vale ressaltar, que todas as parcelas pagas ao Exequente no período contratual são parcelas reflexas do salário mensal, ou seja, são parcelas que têm o salário hora-aula como base de cálculo, como é o caso da verba paga a título de permanência.

O valor hora para efeito de cálculo das horas extras, está clara e expressamente definido nas CCT´s colacionadas aos autos, senão vejamos:

43 – DAS HORAS EXTRAS – Fica estabelecido o percentual de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da hora normal, para o docente que laborar em horários excedente a sua jornada normal. (Grifamos...)

Deste modo, o valor a ser adotado para efeito de cálculo das suplementares é o valor hora-aula sem qualquer acréscimo, ou

(28)

28 seja, sem acrescer as parcelas gratificação de mestre, salário “por fora” e permanência.

Cabe destacar, ainda, que em momento algum dos autos houve determinação expressa para a integração ou reflexos das parcelas a título “gratificação de mestre” e salário “por fora”, nem mesmo sobre as horas suplementares, sendo indevida, portanto, tal integração, devendo para tanto o “Expert” excluir as referidas parcelas da base de cálculo das horas extras, desconsiderando-as, ainda, para efeito de reflexos.

Assim, a correta base de cálculo a ser considerada no cálculo das horas extras e horas intervalares deve ser composta, tão-somente, pelo valor hora aula mensal. Todas às demais verbas são parcelas reflexivas, não cabendo qualquer integração das mesmas para efeito de composição ou formação da base de cálculo das suplementares.

Ademais, a própria decisão sentencial, em sede de embargos declaratórios, se manifestou neste sentido, senão vejamos:

“No que se refere à base de cálculo das horas extras, mais uma vez sem razão o Embargante, eis que claro na sentença que as horas extras devem ser calculadas com base no valor da hora-aula paga, sobre a qual incide o adicional”.

Assim, os cálculos periciais apresentados merecem retificação, devendo para tanto o Sr. Perito, observar, no que se refere a base de cálculo das horas suplementares e intervalares, tão-somente, o salário hora-aula percebido pelo Exequente durante o período imprescrito, sem o acréscimo de qualquer parcela, por falta de previsão expressa neste sentido.

Pela reforma.

6. IMPUGNAÇÃO DO RECLAMANTE (REFORMA PELA DECISÃO DE IMPUGNAÇÃO A SENTENÇA LÍQUIDA)

6.1 GRATIFICAÇÃO DE MESTRE

Os cálculos apresentados pela reclamada para interposição do presente agravo (valores incontroversos), já estão contemplados com a decisão de Impugnação a Sentença Líquida quanto a gratificação de mestre no mês de janeiro de 2004.

(29)

29 6.2 PERMANÊNCIA

Matéria agravada pela Executada no item “5”, sob título base de cálculo das horas extras.

6.3 HORAS EXTRAS – HORAS INTEVALARES – DIVISORES

Os cálculos apresentados pela reclamada para interposição do presente agravo (valores incontroversos), já estão contemplados com a decisão de Impugnação a Sentença Líquida quanto a observância da OJ EX SE 33 VIII, desse E.TRT.

6.4 SALÁRIOS DO PERÍODO DE AFASTAMENTO Os cálculos apresentados pela reclamada para interposição do presente agravo (valores incontroversos), já estão contemplados com a com a decisão de Impugnação a Sentença Líquida quanto a base de cálculo para apuração dos salários devidos durante o período de reintegração.

6.5 DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS

Os cálculos apresentados pela reclamada para interposição do presente agravo (valores incontroversos), já estão contemplados com a com a decisão de Impugnação a Sentença Líquida quanto a compensação dos valores já recolhidos a título de contribuições previdenciárias.

III. REQUERIMENTOS FINAIS

Diante do que foi exposto, o mais que dos autos consta e de tudo que será suprido pelo ilibado saber jurídico dos pares desta E. Corte, pede e espera a agravante seja provido o presente AGRAVO DE PETIÇÃO, conforme acima postulado, por ser medida de Direito e da mais salutar Justiça! Nestes Termos, Pede Deferimento. Curitiba, XX de XXXXXXX de 2015. XXXXXXXXXXXX (Advogado)

(30)

30

7.3. Exemplo III – Peça de Agravo de Petição

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA XXª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE (Cidade)-(Estado).

AUTOS 00000-2015-0000-00-00-0

XXXXXXXXXXXXX (Reclamado), já qualificado nos autos em epígrafe, em que contende com XXXXXXXXXX (Reclamante), vem respeitosamente à presença de V. Exa., por sua procuradora judicial, adiante assinada, para interpor AGRAVO DE PETIÇÃO, na forma do art. 897, “a”, da CLT.

Isto posto, requer o recebimento e a remessa ao E. décimo quinto TRT, por presentes todos os pressupostos processuais de conhecimento e admissibilidade.

Nestes Termos, Pede Deferimento.

Cidade ..., XX de XXXXXXX de 2015.

(31)

31 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA XXª REGIÃO

AGRAVANTE: XXXXXXXXXXX (RECLAMADO) AGRAVADO : XXXXXXXXXXX (RECLAMANTE) AUTOS : 00000-2015-0000-00-00-0

Origem : XXª VARA DO TRABALHO DE (Cidade)-(Estado)

RAZÕES DO AGRAVO DE PETIÇÃO

I. ADMISSIBILIDADE DO APELO

A) REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL

A representação processual está regular, conforme se pode constatar pela análise da procuração acostada aos autos.

B) DELIMITAÇÃO DE VALORES

De plano, ressalta-se que os valores incontroversos redundam no total de R$ 413.528,62 (quatrocentos e treze mil quinhentos e vinte e oito reais e sessenta e dois centavos), atualizados até 31/08/2015 (mesma data dos cálculos homologados), conforme cálculos anexos, já incluídas, neste total, as contribuições previdenciárias e fiscais.

(32)

32 C) GARANTIA DO JUÍZO

O juízo encontra-se devidamente garantido através dos depósitos de fls. ..., não havendo necessidade de complementação.

D) PREPARO

As custas serão pagas ao final do processo, conforme artigo 789-A da CLT.

E) TEMPESTIVIDADE

Por último, ressalta-se a tempestividade do agravo de petição, visto que interposto dentro do octídio legal.

II. MÉRITO

1. PENSÃO MENSAL PARCELAS VINCENDAS A decisão resolutória de embargos à execução entendeu correto o procedimento do perito com relação a constituição de capital, com o que não concorda o agravante.

Ocorre que, de maneira equivocada o “Expert” simplesmente multiplicou o valor da parcela pelo total de meses devidos, ou seja, 222 x R$ R$ 1.440,20 = R$ R$ 319.724,40.

Porém, é mais do que lógico que para fins de pagamento antecipado, é necessário encontrar-se o valor presente, vale dizer, o quantum necessário para assegurar-se uma pensão mensal.

Trata-se, pois, de um cálculo financeiro, necessitando das noções de valor presente, futuro e fluxo de caixa.

Ainda assim, para fins de encontrar-se o valor presente de uma série de pagamentos, necessitamos definir uma taxa, pois os demais dados da equação já temos, ou seja, o valor da prestação e o tempo, faltando apenas a taxa para que se possa encontrar o valor presente.

(33)

33 Prescindindo-se da noção de correção monetária, dado que se quer apenas encontrar o valor presente para o pagamento único, utilizaremos para fins de taxa, os rendimentos da poupança, que como se sabe, têm rentabilidade de 0,5% ao mês.

A fórmula para encontrar o valor presente de uma série de pagamentos ou recebimentos é representada pela seguinte equação:

A = R/(1+i) + R/(1+i)

2

+ R/(1+i)

3

+...+ R/(1+i)

n

ou

Assim, inserindo os dados fixados pela sentença em nossa equação, tem-se que o valor presente, para pagamento único, é de R$ R$ 179.626,76, senão vejamos:

2-Pensão Mensal (Parcelas Vincendas)... Base de Valor Total Fator de Total

Mês/Ano Cálculo Base Devido Atualização Atualizado ago-08 1.444,20 179.626,76 179.626,76 1,0000000 179.626,76

Total Devido .... R$ 179.626,76

Vlr.Base Coeficientes Valor Devido Nascimento ...05/10/1954 Vincendas desde...01/08/2008

1.444,20

1,644734268 179.626,76 Data Final ...05/10/2024

Expectativa até ... 70 Anos

0,013223671 Qtde. Meses ...195

conforme fórmula abaixo: Cálculo do Vlr. Presente

Tal valor encontra-se também devidamente demonstrado, mês a mês, nos cálculos anexos, onde se comprova matematicamente que os R$ 179.626,76, se aplicados na poupança, durante o período de 195 meses (até que o reclamante complete 70 anos), são suficientes para assegurar uma pensão mensal de R$ 1.444,20.

Veja-se que o artigo 602 do CPC exige apenas que se constitua um capital suficiente para assegurar o cumprimento da obrigação, de sorte que está mais do que comprovado que os R$ 179.626,76 bastam para tal finalidade, conforme acima demonstrado e cálculos anexos.

(34)

34 O cálculo do “Expert” é tão absurdo, que a incorreção salta aos olhos e isso é facilmente detectável: 0,5% de R$ 319.724,40 é igual a R$ 1.598,62, ou seja, valor superior ao apontado pelo próprio auxiliar a título de parcela mensal (R$ 1.440,20). O raciocínio é simples: se retiro todo mês para custeio da pensão apenas a rentabilidade da poupança (0,5%) incidente sobre o capital constituído e ao cabo dos 222 meses tenho e o mesmo capital intacto, significa que o capital constituído foi muito além do necessário para o cabal cumprimento da obrigação, violando, às escancaras, o disposto no artigo 475-Q do CPC, pois jamais se exauriria o capital constituído ao se resgatar mensalmente a rentabilidade da poupança (0,5% ao mês), vale dizer, teríamos o mesmo capital constituído por um período ad infinitum.

Assim sendo, impõe-se a reforma dos cálculos homologados, fixando-se o total da pensão/indenização para pagamento único em R$ 179.626,76, como acima demonstrado, e não os R$ 319.724,40, como incorretamente calculado, por se tratar de um valor futuro.

Acolha-se.

2. PENSÃO MENSAL PARCELAS VINCENDAS - DATA LIMITE – IMPUGNAÇÃO DO RECLAMANTE

A decisão resolutória de impugnação a sentença de liquidação, acatou a insatisfação do reclamante quanto a data limite do cálculo da pensão mensal parcelas vencidas, com o que não concorda o agravante.

O reclamante impugnou a conta pericial sob a alegação de que o Sr. Perito apurou o pagamento da pensão mensal até julho/2008.

Ora, é óbvio que o Auxiliar do Juízo elaborou a conta até o mês de julho de 2008, pois esta é a data da realizado dos cálculos. Está claro nos autos, que o Sr. Perito apurou o pagamento da pensão mensal até a data da apresentação do laudo, ou seja, até julho/2008, a partir daí efetuou a constituição de capital, exatamente como deferido pelo v. acórdão.

Assim, não há que ser reformada a conta neste sentido.

Requer-se, deste modo, que a r. sentença seja reformada, devendo restar mantida a conta elaborada pelo Sr. Contador para julho de 2008, mantendo-se os mesmos valores, parâmetros e critérios adotados pelo Auxiliar do Juízo até a referida data.

(35)

35

3. CONSTITUIÇÃO DE CAPITAL

PARÂMETROS E CRITÉRIOS ADOTADOS ATÉ JULHO DE 2008

A decisão resolutória de impugnação a sentença de liquidação acatou a insatisfação do reclamante quanto a não observância pelo “Expert” com relação à expectativa de vida, e também, com relação ao salário mínimo, este vigente em julho/2012, merecendo ser reformado o r. julgado neste sentido.

Ora, como a conta pericial foi apresentada em julho/2008, o Sr. Perito considerou, para efeito de cálculo, a expectativa de vida bem como o salário mínimo vigente na época da apresentação do laudo, não podendo o “Expert” fazer previsões futuras sobre um possível aumento na expectativa de vida ou até mesmo efetuar a projeção do salário mínimo para uma data futura.

Deste modo, os parâmetros adotados pelo Sr. Contador foram os correspondentes ao mês de julho de 2008, não havendo justificativa para alterar os referidos parâmetros para o mês de julho de 2012, mesmo porque, se até a liquidação definitiva se passarem mais alguns meses, tais parâmetros correm o risco de serem alterados novamente, tornando impossível a conclusão da lide.

Requer-se a reforma da r. sentença, devendo restarem fixados os parâmetros e valores adotados pelo Auxiliar do Juízo até a data de julho de 2008, para que na sequência da execução sejam feitos os ajustes que se fizerem necessários.

Acolha-se.

4. JUROS DE MORA

Merece reforma a decisão resolutória de impugnação a sentença de liquidação quanto aos juros de mora.

Ocorre que o Juízo acatou, indevidamente, a insatisfação do reclamante com relação ao marco inicial para apuração dos juros de mora, considerando para efeito de cálculo de juros a data do ajuizamento na justiça comum, ou seja, 21/12/2001.

Os cálculos elaborados pelo Auxiliar do Juízo estão em conformidade com a decisão proferida pelo v. acórdão, senão vejamos.

“A correção monetária e os juros de mora, portanto, devem incidir, respectivamente, da época própria e

(36)

36 do ajuizamento da ação, de acordo com o disposto no caput e no § 1º do artigo 39 da Lei 8177/91.” Como visto no trecho da decisão proferida pelo v. acórdão transcrito acima, para contagem dos juros de mora deverá ser observada a data do ajuizamento da ação, segundo o parágrafo 1° do artigo 39 da Lei 8177/91, senão vejamos:

Art. 39. Os débitos trabalhistas de qualquer natureza, quando não satisfeitos pelo empregador nas épocas próprias assim definidas em lei, acordo ou convenção coletiva, sentença normativa ou cláusula contratual sofrerão juros de mora equivalentes à TRD acumulada no período compreendido entre a data de vencimento da obrigação e o seu efetivo pagamento.

§ 1° Aos débitos trabalhistas constantes de condenação pela Justiça do Trabalho ou decorrentes dos acordos feitos em reclamatória trabalhista, quando não cumpridos nas condições homologadas ou constantes do termo de conciliação, serão acrescidos, nos juros de mora previstos no caput juros de um por cento ao mês, contados do ajuizamento da reclamatória e aplicados pro rata die, ainda que não explicitados na sentença ou no termo de conciliação.

Assim, como visto no parágrafo 1° do artigo 39 da Lei 8177/91, os juros de mora são devidos a partir do ajuizamento da ação na Justiça do Trabalho, não sendo possível, neste caso, estender os juros ao ajuizamento em juízo de competência distinta da trabalhista.

Assim, requer-se a reforma do r. julgado, devendo para tanto, restar mantido o cálculo pericial com relação ao marco inicial para efeito de apuração dos juros de mora, ou seja, a data da distribuição na Justiça do Trabalho.

Acolha-se.

5. IMPOSTO DE RENDA

A decisão resolutória de impugnação a sentença de liquidação, acatou a insatisfação do reclamante quanto ao critério de apuração do imposto de renda, com o que não concorda o agravante.

(37)

37 A r. sentença resolutória de impugnação à sentença de liquidação merece ser reformada.

Ocorre que a r. sentença primeira, fixou os parâmetros para a retenção do imposto de renda, não tendo o reclamante se manifestado contra a determinação imposta pelo Juízo, e, em face ao trânsito em julgado da decisão, precluiu a oportunidade da parte autora.

Os cálculos elaborados pelo Auxiliar do Juízo, estão de acordo com os critérios e parâmetros delineados nos autos.

Alterar a forma de cálculo do imposto de renda nesta fase processual ofenderia a coisa julgada.

Deste modo, requer-se a reforma da r. sentença quanto ao cálculo do imposto de renda realizado pelo Sr. Perito, devendo prevalecer a conta elaborada de acordo com os parâmetros e critérios estabelecidos nos autos.

Acolha-se.

III. REQUERIMENTOS FINAIS

Diante do que foi exposto, o mais que dos autos consta e de tudo que será suprido pelo ilibado saber jurídico dos pares desta E. Corte, pede e espera a agravante seja provido o presente AGRAVO DE PETIÇÃO, conforme acima postulado, por ser medida de Direito e da mais salutar Justiça!

Nestes Termos, Pede Deferimento.

Cidade ..., XX de XXXXXXXX de 2015.

(38)

38

7.4. Exemplo IV – Peça de Contraminuta a Agravo de Petição

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA XXª VARA DO TRABALHO DE (Cidade)-(Estado).

AUTOS.: RT – 00000-0000-000-00-00-0

XXXXXXXXXXXX (Reclamante), já qualificado nos autos em epígrafe, em que contende com XXXXXXXXXXX (Reclamado)., vem respeitosamente à presença de V. Exa., por sua procuradora judicial, adiante assinada, para apresentar CONTRAMINUTA AO AGRAVO DE PETIÇÃO PROPOSTO PELO RÉU, na forma do art. 897, “a”, da CLT.

Isto posto, requer o recebimento e a remessa ao E. Nono TRT, por presentes todos os pressupostos processuais de conhecimento e admissibilidade. Nestes Termos, Pede Deferimento. Cidade ..., XX de XXXXXX de 2.015. XXXXXXXXXXX (Advogado) OAB - XXXXXX

(39)

39 EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA XXª REGIÃO.

CONTRAMINUTA AO AGRAVO DE PETIÇÃO PROPOSTO PELO RÉU. AGRAVANTE: XXXXXXXXXXXX (Reclamante).

AGRAVADO : XXXXXXXXXXXX (Reclamado).

PROCESSO....: RT 00000-0000-000-00-00-0 - XXª VT de Cidade-Estado.

Eminente Juiz(a) Relator(a); Egrégia Seção Especializada:

1 – DAS DIFERENÇAS DE SUPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA

Não merece prosperar a insurgência do Réu com relação às diferenças de suplementação de aposentadoria, conforme matéria consignada no item “1” da manifestação de fls. ... dos autos.

Cabe ressaltar que a reclamada propõe que os cálculos sejam reformados sem demonstrar de forma incisiva, clara e objetiva, onde residem as diferenças apontadas, fazendo uma manifestação de forma genérica sobre o assunto ventilado.

Quanto as horas extras, alega o Réu que a divisão deve ser 120 e não 52, como posto nos cálculos apresentados pela auxiliar do Juízo. Ocorre que a consideração dos 52/120 gera um descompasso com a média efetivamente devida, uma vez que se estaria considerando apenas 52 parcelas e efetuando a divisão por 120. Destaca-se, que não é isto que está expressamente definido no regulamento.

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40 Para que houvesse a divisão por 120, deveria o Réu juntar o pagamento das horas extras pagas para complementar o restante do período faltante (120 – 52 = 68 meses), para que a média fosse calculada de forma real e proporcional e não de forma fracionada como posto na manifestação patronal.

Neste Sentido:

TRT-PR-10-11-2009 BANESTADO S/A E FUNBEP - FUNDO DE PENSÃO MULTIPATROCINADO. REFLEXOS DE VERBAS DEFERIDAS EM OUTRA AÇÃO. MÉDIA A SER CONSIDERADA (120 MESES / 60 MESES) - Tendo em vista decisão proferida em outra reclamação, através da qual foram deferidas ao Reclamante parcelas salariais e considerando que o salário de benefício de complementação de aposentadoria tem por base o quanto de direito ao longo do contrato de trabalho, devida a revisão dos benefícios previdenciários. Nesse diapasão, o primeiro grau determinou que o cálculo fosse feito considerando a integração da média das verbas salariais em relação a 60 (sessenta) meses reconhecidos na sentença dos autos RT 2.855/97 (período imprescrito) e que o valor assim calculado fosse acrescido ao salário de contribuição, nas épocas próprias, ou seja, de 14.05.92 a 16.12.96, para, então, calcular-se a média dos últimos 120 (cento e vinte) meses. Referida fórmula (60/120), no entanto, representa descompasso com a média efetivamente devida, e redução de praticamente 50% da diferença a que faz jus o Autor. O cálculo correto é o que apura as verbas de 120 meses para se obter a média final tendo o mesmo fator de divisão (120 ÷ 120), nos termos do Regulamento, ainda que a apreciação dos pedidos, por imposição legal, limite-se aos cinco anos anteriores à propositura da RT nº. 2.855/97. Isto, vale registrar, somente para se obter a média do que deverá ser integrado à complementação de aposentadoria, sem acrescer verbas devidas para além do período imprescrito. Apresenta-se, hipoteticamente a diferença, considerando-se, por exemplo, os seguintes parâmetros: 120h devidas durante o período imprescrito (60 meses). Critério fixado na r. sentença: tomar o número encontrado nesses 60 (sessenta) meses (120h, no caso) para dividi-lo por 120 = 1h (60 ÷ 120). O critério correto:

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