Facilita! Resumos para Aviação

Facilita!

Atualização dos Regulamentos

de Tráfego Aéreo

Atualização dos Regulamentos de

Tráfego Aéreo

Olá,

No ano de 2019 muitas coisas mudaram, inclusive a prova de Regulamentos de Tráfego Aéreo da ANAC.

Mudança essa, que não foi bem divulgada e levou a muitas 2ª Épocas e Reprovações desnecessárias devido a desatualização dos materiais de estudo e simulados.

Tendo isso em mente, esse material possui a função de trazer todos os novos conteúdos não abordados em sala de aula, e foi produzido com a contribuição de Alunos e Monitores do Projeto Study Before Flight.

Índice

Política Aeroespacial

Infrações

Transporte Aéreo

Aeronaves A Lei do Aeronauta

Política Aeroespacial

A Lei Nº7.565/86 (de 1986), estabelece as Diretrizes da Política

Aeroespacial, em outras palavras, é a lei que normatiza as regras da atividade aérea.

• Art.1 - §2º: As Diretrizes se aplicam em todo território nacional; • Art.11: O Brasil exerce completa e exclusiva soberania sobre o

espaço aéreo acima de seu território e mar territorial.

➢Mar Territorial: até 12NM da Costa;

➢Zona Econômica Exclusiva: até 200NM da Costa;

❖Aplica-se a Lei do Território de Matrícula da Aeronave a todos

Aeronaves

Aeronave

Civil

Pública

Privada

De Serviço

Público

De Serviço

Privado

Militar

Aeronaves

Devem possuir Matrícula e constarem no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) disponível em:

https://sistemas.anac.gov.br/aeronaves/cons_rab.asp.

• A aeronave terá a sua nacionalidade baseada no país em que realizou sua matrícula;

• Estarão em voo quando possuírem força motriz para tal;

• Art.302 – I: Nenhuma aeronave poderá voar sem autorização,

matrícula, documentos (navegação, cartas, manuais, diários de bordo, lista de passageiros e manifesto de carga), homologação, equipamento de sobrevivência ou sob Regras de voo por Instrumento (IFR) sem

Aeronaves

Infrações

Infração pode ser definido como qualquer Descumprimento ou

Inobservância de qualquer regra do Código Brasileiro de Aeronáutica –

CBA.

Ao receber uma notificação de autuação/auto de infração, o destinatário possuirá 20 (vinte) dias a partir da data da ciência da autuação para apresentar defesa.

• Se o dano causado for ressarcido, ou o motivo da autuação for

corrigido, é possível solicitar um desconto de 50% no valor da

Infrações

Após o prazo do auto de infração, caso não haja defesa, o infrator receberá oficialmente a notificação de penalidade/sanção (Multa),

onde poderá, em até 10 dias, recorrer novamente a ANAC apresentando Defesa.

• Se a divida não for paga, a empresa será cadastrada com Dívida Ativa na União, a qual pode, negativar o CNPJ da empresa responsável, criar restrições de crédito, bloquear contas pessoais de sócios, e até realizar a execução fiscal (penhora de bens pessoais para quitação da dívida).

Pai estão levando a Tonya!

Penalidades

• Multa: Taxa a pagar;

• Suspensão: de certificados, licenças de Piloto, concessões e autorizações por prazo mínimo de 20 (vinte) dias e máximo de 180 (cento e oitenta) dias;

• Cassação: de certificados, licenças de Piloto, concessões e autorizações por prazo indefinido ou permanente;

• Detenção: Quando a aeronave é apreendida temporariamente;

• Interdição: Quando a aeronave é impedida de voar, mas pode realizar manutenção;

• Apreensão: Quando a aeronave é impedida de realizar qualquer atividade, porém sem prazo definido diferentemente da detenção.

Penalidades

• O valor da multa pode ser majorado em até 1000x o valor original;

• Será Solidária a responsabilidade do piloto que violar o código; • É proibido modificar ou recuperar aeronave sem autorização da

autoridade aeronáutica;

• É crime cancelar um voo comercial por motivos não relacionados a segurança de voo. (Permitido suspender voos por meteorologia,

Transporte Aéreo

A execução de serviços aéreos públicos pode ser através de:

• Concessão: Direito de Transporte de Passageiros, Carga, Mala Postal e

Misto concedido a empresas de

Transporte Aéreo Regular (Voos regulares/Diários, é o caso das Companhias Aéreas).

Transporte Aéreo

• Autorização: Direito de Transporte de Passageiros, Carga, Mala Postal e Misto

autorizado a empresas de Transporte Aéreo Não-Regular (Voos sob demanda, é o caso de Taxis Aéreos e de Serviços Aéreos Especializados como Aviação Agrícola, Bombeiros, Instrução, Aerofotogrametria e etc...)

➢Sem Concessão ou Autorização, é permitido apenas o Serviço Aéreo Privado, onde os

passageiros devem ser os proprietários e é vedada a exploração comercial.

OBS: Pilotos podem ser pagos no Serviço Aéreo Privado, apenas os proprietários não podem ganhar dinheiro com isso.

A Lei do Aeronauta

A Lei do Aeronauta (Nº13.475/17 – de 2017) regulamenta os direitos e deveres dos tripulantes técnicos/de Voo (Pilotos e Mecânicos) e

Tripulantes comerciais/de Cabine (Comissários) no Brasil.

O Art. 156 define Tripulante como “Todo ocupante que exerce função remunerada a bordo de aeronave”.

• Em seu §1º: “Podem ser tripulantes apenas brasileiros natos ou

naturalizados”. “Salvo em voos internacionais, onde 1/3 da tripulação pode ser estrangeira”.

• É proibido tripular com certificados (Médicos Aeronáuticos, ou de Habilitação Técnica) vencidos.

A Lei do Aeronauta

• Mínima: prevista no manual da aeronave (2 pilotos);

• Simples: Mínima + Comissários (50 passageiros/comissário ou 1 comissário para cada porta da aeronave);

• Composta: Simples + 1 Comandante + 1 Mecânico de Voo + 25% de Comissários;

• De Revezamento: Simples + 1 Comandante + 1 Piloto + 1 Mecânico de Voo + 50% de Comissários.

Art. 18. Um tipo de tripulação só poderá ser transformado na origem do voo e até o limite de 3 (três) horas, contadas a partir da apresentação da tripulação previamente escalada.

A Lei do Aeronauta

Toda Tripulação deve possuir uma Jornada de Trabalho que é definida pelo período compreendido entre a apresentação no D.O. (Despacho

Operacional) e 30 minutos após o corte dos motores ao chegar no ultimo Destino do dia, em voos Nacionais. (45 minutos no Internacional).

• Pode ser excedida em 1 hora por imperiosa necessidade. Possui limite diário de:

➢9 horas em Tripulação Simples;

➢12 horas em Tripulação Composta;

➢16 horas em Tripulação de Revezamento.

A Lei do Aeronauta

As Jornadas de Trabalho devem ser planejadas mensalmente pela escala, e divulgadas com antecedência mínima de 5 dias, devendo compreender:

• Repouso: Ocorre após a jornada de trabalho pelo período de 12 horas; • Reserva: Quando o tripulante permanece no D.O., uniformizado,

aguardando acionamento, e é remunerado pelo valor cheio da hora de voo; • Sobreaviso: Reserva da reserva, onde o tripulante permanece em local da

sua escolha e deve se manter a 90 minutos de apresentação do D.O, sendo remunerado no valor de 1/3 da hora de voo;

• Folga: Data escolhida pela escala por período de 24 horas. Se inicia após o Repouso.

A Lei do Aeronauta

folgas mensais, sendo 2 em sábado e domingo, para tripulantes do Transporte Aéreo Regular, e 8 folgas mensais para tripulantes do Transporte Aéreo Não-Regular; • Tripulantes de Reserva no D.O.

entre as 12-14h ou 19-21h devem receber Vale-Refeição. (Vida boa né minha filha?)

A Lei do Aeronauta

Recentemente, com a atualização da Lei do Aeronauta, foi introduzido o

Gerenciamento de Risco de Fadiga Humana que prevê:

• 12 horas de repouso: Quando a Jornada de Trabalho durar até 12 horas; (Geralmente Tripulação Simples ou Composta)

• 16 horas de repouso: Quando a Jornada de Trabalho durar entre 12-15 horas; (Tripulações de Revezamento)

• 24 horas de repouso: Quando a Jornada de Trabalho durar +15 horas. Caso a jornada de trabalho diária não supere 12 horas, o Repouso pode ser reduzido. (Nem tudo é perfeito)

A Lei do Aeronauta

fusos-horários de diferença, se acrescenta 2 horas de repouso/fuso. Isso ajuda na mitigação do Jet Lag.

Jet Lag é a dessincronização do

relógio biológico com o Horário Local que causa mudança nos horários de despertar, comer, dormir e trabalhar.

A Lei do Aeronauta

Para os Tripulantes que fazem commuting para voar de outras bases (mora em São Paulo e possui base no Rio, por exemplo), os designados Tripulantes-Extra, terão sua jornada de trabalho, para fins de repouso, contadas a partir da 1ª aeronave, porém, suas horas de voo, para fins de

remuneração, contadas apenas nos voos a partir da base contratual. (O Tripulante não recebe quando de Extra pois não está trabalhando).

Quando a escala prever múltiplas jornadas de trabalho para locais que não a base contratual, O conjunto de jornadas até o retorno para base será denominado VIAGEM.

A Lei do Aeronauta

Art. 61. Durante a viagem, o tripulante terá direito a alimentação: • §1º: O tripulante extra a serviço terá direito à alimentação.

• §2º: Quando em terra, o intervalo para a alimentação do tripulante deverá ter duração mínima de 45 (quarenta e cinco) minutos e máxima de 60 (sessenta) minutos.

• §3º: Quando em voo, a alimentação deverá ser servida em intervalos máximos de 4 (quatro) horas.

A Lei do Aeronauta

Como observado, a jornada de trabalho determina as folgas, e as horas de voo a remuneração. Entretanto, como voar é uma atividade desgastante, existe

limite até para isso.

As Horas de voo são definidas pelo período compreendido entre a partida dos motores na Origem e o corte dos motores no Destino.

Possui limite diário de:

➢8 horas de voo e 4 pousos em Tripulação Simples; ➢11 horas e 5 pousos em Tripulação Composta;

➢14 horas e 4 pousos em Tripulação de Revezamento.

Seu limite mensal é de 80 horas em aviões a jato, 85 em turbohélice e 100 em aviões a pistão.

A Lei do Aeronauta

Para os Comandantes, definidos pelo Art. 165 como “Pilotos responsáveis pela operação e segurança de voo da aeronave, e representantes administrativos do operador” e pelo Art. 166 - §1º “Responsáveis pela carga embarcada”:

• Pelo Art. 18, se receberem ordem para pousar, deverão pousar;

• Pelo Art. 50, são obrigados a prestar assistência a quem corre perigo de vida, salvo em ocasiões que apresentem perigo à aeronave;

• Pelo Art. 169, possuem o poder de Adiar ou Suspender voos;

• Pelo Art. 302, são proibidos de adulterar documentos, ou voar ou ministrar instrução sem a Habilitação.

Quase no Fim!!

Pare, coma um pão, tome um café, e assim que estiver pronto retorne para a parte final. Você já estudou tudo que tinha para aprender!

Decoreba de Regulamentos

• Teto: é a camada de nuvens que ocupem mais da metade do céu (no METAR aparece como BKN ou OVC) abaixo do FL200;

• Reta Final Longa: Quando se prolonga o circuito de tráfego para curvar da perna-base para a reta final a 8NM da Cabeceira da Pista.

• Art. 16 do CBA: Ninguém pode se opor a um sobrevoo regulamentado em razão de direito de propriedade. (Ou seja, ninguém que mora em Congonhas pode reclamar, se opor, ou processar, uma aeronave que passe acima da sua casa só por ser morador-proprietário)

Decoreba de Tráfego Aéreo

• Autorizações possuem validade de cumprimento de 5 minutos;

• Quando a Velocidade do Vento for menor que 8 km/h (5kt), se usa a pista com maior vantagem (Declividade, Auxílios-Visuais, Instrumentos, etc...)

• Em caso de mau tempo, é a TORRE (TWR) que fecha o aeródromo; • A Torre sempre informará o QNH mais atualizado (até mais

atualizado que o METAR).

• Os Ajustes de velocidade, em uma Vetoração por Radar, serão realizadas de 10 em 10 nós.

Decoreba de Operação

• A Distância de Ponto de espera em pista não sinalizada será de: 1. 30 metros, quando o comprimento for < 900 metros;

2. 50 metros, quando o comprimento for > 900 metros;

• Após o último contato com o Controle de Aproximação (APP), a Torre de Controle (TWR) do Aeródromo de destino deve ser chamada com uma antecedência de chegada mínima de: 5 minutos.

Decoreba de Operação

1. Abaixo do FL290: deve ser feito 500 pés abaixo ou acima;

2. Em Espaço Aéreo RVSM: 1000 pés abaixo ou acima.

Decoreba de Operação

Antigamente, os altímetros e

instrumentos não eram tão

confiáveis e a partir do FL290, as

aeronaves deveriam ter uma

separação vertical mínima de 2000 pés.

Nos dias de hoje, é possível voar com uma Redução nessa separação

(Reduced Vertical Separation

Minimum – RVSM) de 1000 pés (assim como abaixo do FL290), caso a aeronave possua alguns equipamentos.

Decoreba de Emergência

2. Noite: 8NM (15 Km);

• Ao receber Sinal Luminoso, a aeronave deverá responder:

1. Durante o Dia: Balançando as Asas;

2. Durante a Noite: Piscando o Farol de Pouso 2 vezes.

• Em caso de Emergência, o Comandante deve solicitar à Torre:

1. Médicos: Quando houver feridos ou pessoas morrendo em voo; 2. Policiais: Quando alguém já houver morrido em voo.

QUASE SEMPRE CAI NA

PROVA

Decoreba de Aerovia

• Limites de AWYs Superiores

1. Superior: Infinito (UNLimited); 2. Inferior: FL245 Exclusive;

• Limites de AWYs Inferiores 1. Superior: FL245 Inclusive;

Decoreba de Aerovia

• Distância entre Auxílios Rádio menor que 54NM/216NM 1. AWY Superior: 21,5 NM de Largura;

Decoreba de Aerovia

• Distância entre Auxílios Rádio maior que 54NM/216NM

1. AWY Superior: 43NM de Largura com estreitamento até 21,5 NM a 216 NM do Auxílio-Rádio;

2. AWY Inferior: 16NM de Largura com estreitamento até 8 NM a

54NM do Auxílio-Rádio. Dica: Ela sempre se

estreitará até metade da Largura Original.

Referências

DIARIODEBORDO. Divisão Espaço Aéreo Brasileiro. Disponível em:

http://diariodebordohofmann.blogspot.com/2011/01/divisao-espaco-aereo-brasileiro.html. Acesso em 17 de

Outubro de 2020.

FLICKR. “Torre de Controle” por: Força Aérea Brasileira FAB. Disponível em:

https://www.flickr.com/photos/portalfab/12992935244/in/photostream/. Acesso em 17 de Outubro de 2020.

FORMAÇÃORSB. Tipos de Aeronaves quanto a sua configuração e utilização. Disponível em:

http://rsbals.weebly.com/aeronaves.html. Acesso em 15 de Outubro de 2020.

LINKEDIN. Airport Terminal Services. Disponível em:

https://www.linkedin.com/company/airport-terminal-services/. Acesso em 15 de Outubro de 2020.

MINHOTO, Profª. Lydia. Fuso horário: Mapa e conceito em geografia. Disponível em:

https://www.estudopratico.com.br/fuso-horario-mapa-e-conceito-em-geografia/. Acesso em 17 de Outubro de