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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS- FACC DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS- FACC DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO - UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE LUCRO REAL, LUCRO PRESUMIDO E

SIMPLES NACIONAL

JÉSSICA MIRANDA DA SILVA ORTENCE

CUIABÁ- MT 2018

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JÉSSICA MIRANDA DA SILVA ORTENCE

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO - UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE LUCRO REAL, LUCRO PRESUMIDO E

SIMPLES NACIONAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Curso de Ciências Contábeis da Universidade federal de Mato Grosso, como requisito para obtenção do título em Bacharel em Ciências Contábeis à UFMT- FACC.

Orientador Prof. Dr. Varlindo Alves da Silva.

CUIABÁ- MT 2018

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JÉSSICA MIRANDA DA SILVA ORTENCE

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO - UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE LUCRO REAL, LUCRO PRESUMIDO E

SIMPLES NACIONAL

Monografia defendida e aprovada em 21/02/2018 pela banca examinadora constituída pelos professores:

_____________________________________ Prof. Dr. Varlindo Alves da Silva

Presidente

_____________________________________ Prof. Msc. Ederaldo José Pereira de Lima

Membro

_____________________________________ Prof. Msc. João Soares da Costa

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, agradeço a Deus, por ter me concedido a oportunidade de ingresso e conclusão do curso de Ciências Contábeis na renomada instituição Universidade Federal de Mato Grosso.

A minha mãe Iva Miranda e meu pai João Batista da Silva, agradeço pelo apoio, paciência, e pelos valores morais e éticos impregnado.

Ao meu esposo Bruno Rodrigues Ortence expresso a minha imensa gratidão pela sua dedicação, cuidado, apoio e motivação em todos os momentos. Sua sabedoria, amor e o nosso filho Gabriel Miranda da Silva Ortence foi o pilar que me sustentou até aqui.

Agradeço também aos meus sogros, Luzia Rodrigues Ortence e Reginaldo Barboza Ortence, que juntamente apoiou e dispôs a ajudar.

Sou eternamente agradecida por tudo que me ensinaram, ajudaram e por acreditarem que eu chegaria até aqui, até quando eu mesma desacreditei.

Aos Professores do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Mato Grosso pelo aprendizado e atenção repassados, para a conquista desse título, em destaque ao meu orientador, Professor Varlindo Alves da Silva, pela sua disponibilidade e engajamento.

"Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam." 1 Coríntios 2:9.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

IRPJ - Imposto de Renda de Pessoa Jurídica CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido STN - Sistema Tributário Nacional

CTN – Código Tributário Nacional CF - Constituição Federal

LC – Lei Complementar

EPP - Empresas de Pequeno Porte

FGTS – Fundo de garantia tempo de serviço INSS- Instituto Nacional do seguro social CPP- Contribuição Patronal Previdenciária LALUR - Livro de Apuração do Lucro Real RAT – Riscos ambientais as trabalho RIR- Regulamento do Imposto de Renda RB – Receita Bruta

RBV- Receita Bruta de Venda

RBT12- Receita bruta acumulada nos doze meses EUA – Estados Unidos da América

MERCOSUL - Mercado Comum do Sul ME – Microempresa

PD – Parcela a deduzir Aliq- Alíquota

ICMS-

PIS/PASEP- Programa de integração Social de programa de formação do Patrimônio do Servidor Público

COFINS- Contribuição para o financiamento da Seguridade Social IPI- Imposto sobre produto industrializado

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Alíquotas dos tributos sem desoneração -2017 ... 43

Quadro 2: – Alíquotas dos tributos com desoneração- 2017 ... 44

Quadro 3: Atividades e faixa RBV ... 45

Quadro 4: Folhas de pagamento ... 45

Quadro 5: 1º folha de pagamento sem desoneração ... 46

Quadro 6: 2º folha de pagamento sem desoneração ... 47

Quadro 7: 3º folha de pagamento sem desoneração ... 47

Quadro 8: Comércio Varejista. 1º folha de pagamento com desoneração ... 48

Quadro 9: Comércio Varejista. 2º folha de pagamento com desoneração ... 49

Quadro 10: Comércio Varejista. 3º folha de pagamento com desoneração ... 50

Quadro 11: Indústria. 1º folha de pagamento com desoneração ... 51

Quadro 12: Indústria. 2º folha de pagamento com desoneração ... 52

Quadro 13: Indústria. 3º folha de pagamento com desoneração ... 52

Quadro 14: Transporte Carga. 1º folha de pagamento com desoneração ... 54

Quadro 15: Transporte Carga. 2º folha de pagamento com desoneração ... 55

Quadro 16: Transporte Carga. 3º folha de pagamento com desoneração ... 56

Quadro 17: Transporte Passageiro. 1º folha de pagamento com desoneração ... 57

Quadro 18: Transporte Passageiro. 2º folha de pagamento com desoneração ... 58

Quadro 19: Transporte Passageiro. 3º folha de pagamento com desoneração ... 59

Quadro 20: Receita bruta anual - Simples Nacional ... 60

Quadro 21: Alíquotas CPP- 2017 ... 60

Quadro 22: Alíquotas efetivas CPP 2018 – Lei nº 155/2016 ... 61

Quadro 23: Transporte Carga- comparação Simples Nacional x Lucro Real x L. Presumido. ... 63

Quadro 24: Transporte Carga-Simples Nacional 2017 ... 64

Quadro 25: Comércio Varejista- comparação Simples Nacional x Lucro Real x L. Presumido ... 65

Quadro 26: Comércio Varejista- Simples Nacional 2017 ... 66

Quadro 27: Indústria- comparação Simples Nacional x Lucro Real x L. Presumido ... 67

Quadro 28: Indústria - Simples Nacional 2017 ... 68

Quadro 29: Transporte Passageiro- comparação Simples Nacional x Lucro Real x L. Presumido ... 69

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Alíquotas e Partilha Simples Nacional - Comérico ... 26 Figura 2: Alíquotas e Partilha Simples Nacional - Indústria ... 26 Figura 3: Alíquotas e Partilha SimplesNacional - Prestação de Serviço ... 27

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RESUMO

Com o cenário do ano de 2017, o Brasil em crise política e econômica, possuindo uma das maiores cargas tributária do mundo, surge à necessidade das empresas em cortar os gastos desnecessários, uma vez que os encargos, somado aos demais impostos, impactam diretamente na sustentabilidade da empresa. O planejamento Tributário se torna uma ferramenta excelente para realizar um estudo prévio dos atos e situações da empresa com finalidade de reduzir os custos com os tributos e contribuições de forma de legal. O planejamento Tributário é útil para explanar as alternativas diante da realidade da empresa e possibilitando a mais vantajosa, que resulta em menor encargo para empresa com a finalidade de minimizar o impacto dos tributos e contribuições sobre a situação econômica e financeira da empresa. Assim este estudo visou esclarecer sobre o tema planejamento Tributário, com enfoque sobre a folha de pagamento e seus tributos e contribuições patronais, objetivando diminuir os gastos desnecessários com esses encargos. Portanto realizou-se um estudo de caso, com dados hipotéticos e com objetivo de demonstrar dentre as atividades Comércio Varejista, Indústria, Transporte Carga e Transporte Passageiro, a alternativa mais vantajosa entre os regimes Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional. Com a finalidade de constatar qual resultaria menor ônus Tributário dos encargos INSS, FGTS, RAT+TERCEIROS, dentro dos critérios legais. Na atividade Transporte Carga e Transporte passageiro verifica-se que os resultados de vantagem predominantes foram os regimes Lucro Real e Presumido; na atividade Indústria, apontou dentre ás cincos simulações, o resultado mais vantajoso foi o regime Simples Nacional. Na atividade de Comércio Varejista o regime Simples Nacional demonstrou sua vantagem pela não obrigação de recolhimento do encargo do RAT+TERCEIROS, na primeira e terceira faixa.

Palavras-Chave: Planejamento Tributário. Carga tributária. Folha de Pagamento. Encargos Sociais.

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ... 11 1.1. Tema ... 12 1.2. Justificativa do trabalho ... 12 1.3. Contribuição acadêmica ... 12 1.4. Formulação do Problema ... 13 1.5. Objetivos Gerais ... 13 1.6. Objetivos Específicos ... 13 2. REFERENCIAL TEÓRICO ... 14

2.1. Sistema Tributário Nacional ... 15

2.1.1 Tributo ... 15

2.1.2. O Fato Gerador ... 16

2.1.3. Base de Cálculo e Alíquota ... 16

3. METODOLOGIA ... 18

4. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ... 20

4.1. Elisão Fiscal ... 21

4.2. Evasão Fiscal / Sonegação fiscal ... 21

5. REGIMES TRIBUTÁRIOS ... 24

5.1. Simples Nacional ... 24

5.2. Lucro Presumido ... 28

5.3. Lucro Real ... 29

6. FOLHA DE PAGAMENTO ... 31

6.1. Planejamento tributário na folha de pagamento ... 32

7. NOVA REFORMA TRABALHISTA ... 34

8. ENCARGOS SOCIAIS SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO ... 36

8.1. Instituto Nacional de Seguro Social - INSS ... 36

8.2. Contribuição Patronal Previdenciária- CPP ... 37

8.3. Risco de acidente de trabalho e Contribuições para Terceiros ... 37

8.4. Fundo de Garantida de Tempo de Serviço- FGTS ... 38

9. DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO ... 39

10. ENCARGOS SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO EM OUTROS PAISES . 40 10.1. Estados Unidos da América ... 40

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11. ESTUDO DE CASO ... 43

11.1. Comparativo Lucro Real e Lucro Presumido Com desoneração x. Sem desoneração ... 46

11.1.2. Ramo de atividade: Comércio Varejista ... 48

11.1.3. Ramo de atividade Indústria: ... 51

11.1.4. Ramo de atividade Transporte Carga: ... 53

11.1.5. Ramo de atividade: Transporte de passageiro ... 57

11.2. Comparativo Simples NacionalxLucro Real x Lucro Presumido ... 59

11.2.1. Ramo de atividade: Transporte Carga ... 63

11.2.2. Ramo de atividade: Comércio Varejista ... 65

11.2.3. Ramo de atividade: Indústria ... 67

11.2.4. Ramo de atividade Transporte Passageiro ... 69

12. CONCLUSÃO ... 71

REFERÊNCIA ... 73

(11)

1. INTRODUÇÃO

No atual cenário econômico a busca por redução de custo se faz necessária para a continuidade da empresa. Na conjuntura que as empresas passam por enormes dificuldades diante da crise econômica e política, a elevada carga tributária e constante alterações tributária e fiscal, o mercado exige que cada vez seja mais enxuta os custos para manter-se no mercado competitivo.

A contabilidade é essencial para o crescimento das empresas e muitas enfrentam enormes problemas para sua sobrevivência, por não terem recursos eficientes de informações contábeis.

Como ciência a Contabilidade tem a finalidade de orientar e registrar os fatos administrativos das entidades, permitindo o controle patrimonial e as mutações ocorridas em um determinado período, exercendo, portanto, grande importância na questão ora apresentada e deve ser um instrumento essencial para a elaboração de um planejamento Tributário eficaz (BORGES RODRIGUES, 1998).

A elaboração de um planejamento Tributário se torna imprescindível para buscas estratégicas que possibilite a elisão fiscal. Assim o planejamento torna-se um recurso disponível para as organizações que visam reduzir a carga tributária de forma legal.

São oferecidas oportunidades pela própria legislação tributária, que autorizam a utilização de meios e instrumentos legais para otimização dos encargos, a exemplo disto é à desoneração de folha.

A desoneração da folha de pagamento é a substituição da contribuição de 20% INSS sobre a folha, por uma contribuição sobre a receita bruta com percentual entre 1% á 3% dependendo do ramo de atividade.

Neste sentido, o trabalho de conclusão de curso visa apresentar o planejamento Tributário como instrumento de redução de encargos sobre a folha de pagamento, minimizando o impacto sobre o lucro das empresas.

Em função disso foi elaborado um estudo caso, com dados hipotéticos e com objetivo de demonstrar dentre as atividades Comércio Varejista, Indústria, Transporte Carga e Transporte Passageiro, a alternativa mais vantajosa entre os regimes Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional.

(12)

Chiavenato (1995, p.5-7) define os ramos de atividades empresariais de acordo com o setor de atividade:

Empresas Industriais: são as que produzem bens de consumo ou bens de produção, mediante a transformação de matérias-primas em mercadorias ou produtos acabados. Empresas Comerciais: são as que vendem mercadorias ou produtos acabados diretamente ao consumidor (comércio varejista) ou aquelas que compram do produtor para vender ao varejista (comércio atacadista). Empresas de prestação de serviços: são as empresas que oferecem trabalhos especializados como transporte, educação, saúde, comunicação, lazer, serviços de manutenção etc. São as que fazem parte do setor terciário da economia.

O estudo de caso tem a finalidade de constatar qual resultaria menor ônus Tributário dos encargos INSS, FGTS, RAT+TERCEIROS, dentro dos critérios legais.

1.1. Tema

Planejamento Tributário sobre a folha de pagamento – Uma análise comparativa entre Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional.

1.2. Justificativa do trabalho

A legislação tributária brasileira é complexa e muitas vezes incompreendida por quem deve aplica-la. O que os leva a escolha errada do regime de tributação, e assim a empresa produz valores de tributos desnecessários, podendo ameaçar inclusive a continuidade da organização, já que a carga tributária é excessiva no Brasil.

Para isto o estudo de planejamento Tributário se faz útil nas organizações. Segundo Young (2005, p.76) o planejamento Tributário é:

O planejamento Tributário é o conjunto de condutas, comissivas ou omissivas, da pessoa física ou jurídica, realizadas antes ou depois da ocorrência do fato gerador destinados a reduzir mitigar transferir ou postergar legal e licitamente os ônus dos tributos.

1.3. Contribuição acadêmica

Com esta pesquisa busca informar empresários e até mesmo contadores de que o planejamento Tributário elaborado para cada realidade empresarial é possível evitar gastos desnecessários, pagando menos tributos.

(13)

No que diz respeito ao estudo prático deste trabalho irá contribuir para verificar os encargos sociais parte empresa sobre a folha de pagamento de diferentes ramos de atividade visando à diferença de tributação que ocorre no regime Lucro Real, Lucro Presumido e o Simples Nacional e assim demonstrando a possibilidade legal de redução do valor dos tributos.

1.4. Formulação do Problema

Sobre folha de pagamento no Brasil há muitos relatos que a carga tributária pode superar a 35,8% dependendo do ramo empresarial, pesando no bolso do empregador e colocando em risco a oferta de empregos.

A problemática desta pesquisa pode ser determinada desta maneira: é possível com o Planejamento Tributário reduzir a carga tributária sobre a folha de pagamento?

1.5. Objetivos Gerais

Este trabalho objetiva verificar os encargos Tributários sobre a folha de pagamento nos regimes Tributários utilizados no Brasil (Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional).

1.6. Objetivos Específicos

A partir do objetivo geral, foram formulados os seguintes objetivos específicos:

a. Discorrer sobre o Planejamento Tributário;

b. Aplicar diferentes regimes de tributação em diferentes ramos de atuação e faixas de faturamento.

c. Elaborar quadros comparativos a fim de visualizar a melhor forma de redução de imposto sobre a folha de pagamento.

d. Realizar pesquisa sobre encargos patronais que incorre sobre a folha de pagamento em outros países (Estados Unidos e Argentina).

(14)

2. REFERENCIAL TEÓRICO

O tema proposto está voltado para as perspectivas que se apresenta nas organizações, no que se refere o regime Tributário escolhido, com ênfase no planejamento Tributário sobre a folha de pagamento.

A informação é um recurso essencial para as empresas sendo capaz de ser uma vantagem competitiva. Destaca-se a contabilidade tributária, uma das esferas que gera mais custos, ciente de elevada carga tributária, buscam de várias formas (elisão/ou sonegação), para reduzir os custos gerados pelos tributos.

O Planejamento Tributário é fundamental com instrumento de estratégia organizacional, assim maximizar os resultados e minimizar os custos.

Segundo Oliveira, em Manual de Contabilidade Tributária, (2014, p.22), planejamento Tributário é:

Uma forma lícita de reduzir a carga fiscal, o que exige alta dose de conhecimento técnico e bom senso dos responsáveis pelas decisões estratégicas no ambiente corporativo. Trata-se de um estudo prévio à concretização dos fatos administrativos, dos efeitos jurídicos, fiscais e econômicos de determinada decisão gerencial, com o objetivo de encontrar a alternativa legal menos onerosa para o contribuinte.

Para Pêgas (2003, p.339) explica que “Planejamento Tributário pode ser definido, de forma simplificada, como a utilização de alternativas mais vantajosas econômica e financeiramente, amparada com alternativa que represente menos desembolso de tributos para o contribuinte”.

O regime de tributação é a decisão mais importante para empresa. E é necessário ter informações completas e fidedignas para decidir qual se adapta a existência da empresa.

Sobre a folha de pagamento é sabido da alta incidência de tributação, há muitos relatos que a carga tributária, pode superar a 35%.

A legislação tributária brasileira onera os salários pagos, sendo uma das maiores cargas tributárias no mundo. A empresa recolhe quase 40% de encargos previdenciários sobre a folha de pagamento, sendo 27,8% de INSS, RAT e Contribuições para terceiros e 8% de FGTS, Total de 35,8%.

Nas rescisões contratuais, por vontade do empregador há ainda 10% de contribuição sobre o saldo do FGTS, mais a multa de 40% revertida ao empregado.

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Ainda há incidência de INSS e FGTS sobre 1/3 de férias. O 13° salário, provisão 1/12 sobre a folha, chega até 11,66%.

Portanto essa pesquisa vai empenhar demostrar através de simulações de faturamentos em diferentes regimes Tributários, o regime conveniente para cada faixa de faturamento de cada ramo empresarial, objetivando a redução dos tributos sobre a folha de pagamento.

2.1. Sistema Tributário Nacional

O STN é o conjunto de regras jurídicas, com normas e princípios, matéria criada para disciplinar as atividades relacionadas a tributo.

De acordo com Harada (2010, p. 303):

Sistema Tributário é o conjunto de normas constitucionais de natureza tributária, inserido no sistema jurídico global, formado por um conjunto unitário e ordenado de normas subordinadas aos princípios fundamentais, reciprocamente harmônicos, que organiza os elementos constitutivos do Estado, que outra coisa não é senão a própria Constituição.

A sua previsão situa-se nos art.145 a 162 da Constituição Federal de 1988, que estão dispostos os princípios gerais, as limitações de poder. No entanto a Constituição federal atribui á Lei Complementar nº 5.172/1966 o regulamento do Sistema Tributário Nacional.

Desta maneira, ficou como competência da Lei nº 5.172/66 (denominado de Código Tributário Nacional, através do artigo 7º do Ato Complementar nº 36, de 13 de março de 1967) a regulamentação do STN e o estabelecimento das normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

2.1.1 Tributo

A definição de tributo pelo Código Tributário Nacional no art. 3°:

“É toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção por ato ilícito, instituída em Lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.

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A categorização dos impostos no art. 5° do CTN “Os impostos são tributos, taxas, e contribuição de melhorias”.

Portanto imposto conforme definido no Código Tributário Nacional:

Art. 16 “Imposto é um tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal especifica, relativa ao contribuinte”.

A função é gerar recurso para atender as necessidades da sociedade, sendo administrado pelo Estado e distribuído para os entes federativos. É pago independentemente da prestação de serviço por meio da administração pública.

2.1.2. O Fato Gerador

Para Nogueira, (1995, P.142), “o fato gerador, no sentido integral, é o conjunto de pressupostos abstratos descritivos na norma de direito material, de cuja concreta realização decorre os efeitos jurídicos previstos”.

No Código Tributário Nacional nos art. 114 e 115 descreve:

Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em Lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.

Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.

O fato gerador dessa maneira é uma previsão da legislação para situações que provavelmente acarretará uma obrigação de pagar o tributo ao Estado. É onde gera “nasce” uma obrigação tributária. Deste modo origina uma obrigação principal e/ou uma obrigação acessória.

2.1.3. Base de Cálculo e Alíquota

Base de cálculo é o montante o qual é aplicado uma alíquota, para determinar o valor do tributo devido.

A base de cálculo é definida por Lei Complementar.

A base de cálculo, conforme a Constituição Federal deverá ser definida em Lei Complementar, estando sua alteração sujeita aos princípios constitucionais da legalidade, anterioridade e irretroatividade. (OLIVEIRA, 2014).

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Sobre a alíquota segundo Carvalho (2005, p.342):

No direito Tributário brasileiro, a alíquota é matéria submetida ao regime de reserva legal, integrando a estrutura da regra-modelo de incidência. Congregada à base de cálculo dá a compostura numérica da dívida produzindo o valor que pode ser exigido pelo sujeito ativo, em cumprimento da obrigação que nascerá pelo acontecimento do fato típico. (...)

A alíquota é caracterizada por uma porcentagem estabelecida por Lei, aplicada sobre a base de cálculo que determina o valor do tributo devido a ser pago.

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3. METODOLOGIA

Com a finalidade de responder os objetivos propostos neste trabalho, o método e técnicas de pesquisa utilizada é um estudo teórico, tendo como base a pesquisa bibliográfica e experimental, sendo ele descritivo.

Portanto, está pesquisa é bibliográfica, pois foi realizado o estudo através de livros, artigos publicados, revistas on-line, e buscas na Internet. Será desenvolvido utilizando a ferramenta de Excel para as devidas simulações de resultados comparativos.

A pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral. (VERGARA, 2009, p. 43).

Prodanov e Freitas (2013, p. 57) informam sobre a pesquisa experimental: Pesquisa experimental: quando determinamos um objeto de estudo, selecionamos as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definimos as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto.

[...] A pesquisa experimental caracteriza-se por manipular diretamente as variáveis relacionadas com o objeto de estudo. Nesse tipo de pesquisa, a manipulação das variáveis proporciona o estudo da relação entre as causas e os efeitos de determinado fenômeno. Através da criação de situações de controle, procuramos evitar a interferência de variáveis intervenientes.

Diante disso, a pesquisa utiliza a pesquisa descritiva, mas a sua predominância é a pesquisa exploratória, devido buscar apresentar exemplos de folhas de pagamento em diferentes regimes tributários Lucro real, Lucro Presumido e Simples Nacional.

A pesquisa será limitada a legislação vigente de 2017/2018, referindo se a incidência da carga tributária na folha de pagamento.

Outro método para pesquisa desta monografia é o estudo pratico, que segundo, Gil (1999, p. 73):

O estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um de poucos objetos, de maneira a permitir conhecimentos amplos e detalhados do mesmo, tarefa praticamente impossível mediante os outros tipos de delineamentos considerados.

O estudo de caso foi desenvolvido com dados hipotéticos, que abrange as empresas das atividades econômicas da Indústria, Transporte Passageiro,

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Transporte Carga e comércio varejista. O caso prático a ser observado tem como objetivo analisar qual a melhor alternativa de regime Tributário de acordo com a faixa de faturamento e a folha de pagamento.

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4. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

O Planejamento Tributário é uma ferramenta de escolha de ação, que antecede a ocorrência do fato gerador, objetivando, direta ou indiretamente a redução de tributos.

Pela Lei 6404/76 fazer o planejamento Tributário é um dever legal, não apenas um direito. A inserção de planejamento Tributário esbarra com o equívoco da informação da classe empresarial, que por “planejamento” entende que seja oneroso para realização deste.

A falta de entendimento a respeito como esta ferramenta pode beneficiar e aperfeiçoar a aplicação de seus recursos e a diminuição dos custos, principalmente a carga tributária.

Conforme Fabretti, (2006, p. 32), planejamento Tributário é:

O estudo feito preventivamente, ou seja, antes da realização do fato administrativo, pesquisando-se seus efeitos jurídicos e econômicos e a alternativas legais menos onerosas, denomina-se Planejamento Tributário, que exige antes de tudo, bom senso do planejador.

Sendo assim compreende-se que o planejamento Tributário é uma ferramenta administrativa realizada na legalidade, avaliando seus efeitos jurídicos, fiscais e econômicos, com o propósito de reduzir os tributos e de poupar gastos desnecessários.

Conforme a consultoria Trevisan, “gerenciar tributos é administrar custos – particularmente no Brasil, cujo sistema Tributário além de complexo, passa por frequentes alterações, acrescentando dificuldades imprevistas para o gerenciamento dos negócios”. Deste modo, o planejamento Tributário é uma ferramenta corporativa que proporciona aos administradores realizar uma análise da obrigação tributária na qual a empresa poderá adquirir, em conformidade com o enquadramento da tributação da entidade.

Planejamento Tributário jamais de ser confundido com evasão fiscal, pois planejar é escolher dentre as opções licitas, á menos onerosa e melhores resultados para empresa. Planejamento Tributário pode ser denominado de Elisão fiscal.

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4.1. Elisão Fiscal

A elisão fiscal é uma prática contábil que as empresas utilizam o formato legal mais vantajoso para pagar tributos, sem infringir a Lei. A elisão pode ser disseminada por duas vertentes: aquela que decorre da Lei e a que fruto de brechas/lacunas da própria Lei.

De acordo com Moreira:

Elisão induzida pela Lei: o próprio ordenamento jurídico contém disposições ao sentido de reduzir a tributação de empresas que atendam a certos requisitos, sendo estes, via de regra, exigidos em prol do interesse Nacional ou regional. São os casos de isenções concedidas a empresas instaladas em regiões pouco desenvolvidas (v. g. Zona Franca de Manaus).

Elisão por lacuna na Lei: esta é a típica elisão fiscal, que encontra forte resistência do fisco e de certas correntes doutrinárias. Como a carata magna prevê que ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude da Lei, a existência de lacuna nesta última possibilita ao contribuinte utilizar se de eventuais “falhas legislativas” para obter economia de tributos. (MOREIRA, 2011. pg. 06).

Conceito segundo Fabretti, (2014, p. 136), a elisão fiscal é:

A economia tributária resultante da adoção da alternativa legal menos onerosa ou de lacuna de Lei denomina-se elisão fiscal. Ela é legitima e lícita, pois é alcançada por escolhas feitas de acordo com o ordenamento jurídico.

Outro conceito de elisão fiscal é:

A elisão fiscal representa a execução de procedimentos, antes do fato gerador, legítimos, éticos, para reduzir, eliminar ou postergar a tipificação da obrigação tributária, caracterizando, assim, a legitimidade do planejamento Tributário. (Martinez, 2002).

Dessa forma a elisão fiscal resulta em real economia para empresas sem se preocupar com problemas futuros com o fisco, pois está é realizada de acordo com o ornamento jurídico ou lacuna decorrente da própria Lei.

4.2. Evasão Fiscal / Sonegação fiscal

A evasão fiscal compreende utilizar-se de recursos ilícitos de fraude, sonegação ou conluio fiscal para deixar de recolher tributos devidos, ocorrendo uso

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destes meios é considerado omissão dolosa que tende a impedir ou retardar o conhecimento do fato gerador da obrigação.

A Lei n° 4.729/1965 constitui crime de sonegação fiscal em seu art. 1°:

Art. 1º Constitui crime de sonegação fiscal

I - Prestar declaração falsa ou omitir, total ou parcialmente, informação que deva ser produzida a agentes das pessoas jurídicas de direito público interno, com a intenção de eximir-se, total ou parcialmente, do pagamento de tributos, taxas e quaisquer adicionais devidos por Lei;

II - Inserir elementos inexatos ou omitir, rendimentos ou operações de qualquer natureza em documentos ou livros exigidos pelas Leis fiscais, com a intenção de exonerar-se do pagamento de tributos devidos à Fazenda Pública;

III - alterar faturas e quaisquer documentos relativos a operações mercantis com o propósito de fraudar a Fazenda Pública;

IV - Fornecer ou emitir documentos graciosos ou alterar despesas, majorando-as, com o objetivo de obter dedução de tributos devidos à Fazenda Pública, sem prejuízo das sanções administrativas cabíveis. V - Exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário da paga, qualquer percentagem sobre a parcela dedutível ou deduzida do imposto sobre a renda como incentivo fiscal.

Fonseca (apud ORPHAM et al., 2009, p. 26), considera que:

“Evasão fiscal consiste em toda ação consciente, espontânea, dolosa, ou intencional do contribuinte através de meios ilícitos para evitar, eliminar, reduzir ou retardar o pagamento do tributo devido, não se configurando em hipótese alguma com planejamento Tributário lícito”.

A evasão fiscal é um ato ilegítimo, que de forma desonesta dissimula com intuito de não pagar ou reduzir o pagamento devido das obrigações. E pode ocorrer também pela inobservância ou desconhecimento da legislação.

A tipificação da evasão fiscal está na Lei 8.137/1990 que aborda sobre crimes contraordem tributária, econômica e contra as relações de consumo, em seus artigos 1° e 2°, descritos a seguir:

Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:

I - Omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;

II -Fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela Lei fiscal;

III- falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à operação tributável;

IV - Elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato;

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V - Negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação.

Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

Parágrafo único. A falta de atendimento da exigência da autoridade, no prazo de 10 (dez) dias, que poderá ser convertido em horas em razão da maior ou menor complexidade da matéria ou da dificuldade quanto ao atendimento da exigência, caracteriza a infração prevista no inciso V. Art. 2° Constitui crime da mesma natureza:

I - Fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de tributo;

II - Deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição Social, descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres públicos;

III- exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário, qualquer percentagem sobre a parcela dedutível ou deduzida de imposto ou de contribuição como incentivo fiscal;

IV - Deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, incentivo fiscal ou parcelas de imposto liberadas por órgão ou entidade de desenvolvimento;

V - Utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita Ao sujeito passivo da obrigação tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, por Lei, fornecida à Fazenda Pública.

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Posteriormente a Lei 9.249/95 no art. 34 – “Extingue-se a punibilidade dos crimes definidos na Lei n° 8.137/90, quando o agente promover o pagamento do tributo ou contribuição social, inclusive acessórios, antes do recebimento da denúncia”. Ou seja, se ocorrer o pagamento da dívida dos tributos antes da denúncia, o devedor tem a possibilidade de extinguir as sanções previstas na Lei, descaracterizando o crime de ordem fiscal.

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5. REGIMES TRIBUTÁRIOS 5.1. Simples Nacional

O regime tributário Simples Nacional segundo Marins e Bertold:

“regime especial de tributação por estimação objetiva, constituindo em microssistemas Tributário, material, formal e processual, que unifica a fiscalização, o lançamento e a arrecadação de determinados tributos e contribuições de competência da União, Estados, Municípios e Distrito federal, aplicável opcionalmente às microempresas e Empresas de pequeno porte, com o escopo de atribuir a estes contribuintes tratamento fiscal diferenciado e favorecido, em carácter parcialmente substitutivo ao regime geral e compulsório”.

O Simples Nacional nasceu de a necessidade no sistema Tributário fazer-se aplicável os princípios constitucionais de favorecimento à micro e pequenas empresas, da simplificação e da redução das obrigações e do tratamento jurídicos particular dessas empresas, dispostos no art.170, ix e art. 179 da Constituição Federal.

A Lei Complementar n°123 de 14 de dezembro de 2006, “estabelece normas gerais relativas às microempresas e ás empresa de pequeno porte no âmbito dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, abrangendo, não só o regime Tributário diferenciado (Simples Nacional), como também aspectos relativos às licitações públicas, às relações de trabalho, ao estimulo ao crédito, a capitalização e a inovação, ao acesso à justiça, dentre outro”.

O regime tributário Simples Nacional implica no recolhimento mensal, em um documento único de arrecadação, o DAS. Como consta na Lei 123/2006 art. 13. Os seguintes tributos e contribuições:

I - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ;

II - Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, observado o disposto no inciso XII do § 1º deste artigo;

III - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL;

IV - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, observado o disposto no inciso XII do § 1º deste artigo;

V - Contribuição para o PIS/PASEP, observado o disposto no inciso XII do § 1º deste artigo;

VI - Contribuição Patronal Previdenciária - CPP para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, exceto no caso da microempresa e da empresa de pequeno porte que se dedique às atividades de prestação de serviços referidas no § 5º-C do art. 18 desta Lei Complementar;

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VII - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS;

VIII - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS.

O Simples Nacional consiste em um sistema diferenciado, no qual enquadram as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte devidamente registradas nos seus respectivos órgãos responsáveis.

Definição de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte segundo a Lei Complementar 123/2006 art. 3°:

Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:

I - No caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e

I - No caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superiora R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).

A Lei Complementar 123/2006 sofreu modificações com a Lei Complementar 155/2016 que entra em vigor 01 de janeiro de 2018, e faz alterações significativas sobre o regime Simples Nacional, e uma delas é o limite de faturamento para se enquadrar no regime, que agora será de 4,8 milhões anual.

Para o microempreendedor Individual o faturamento permitido era de R$ 60.000,00 ao ano, e aumentará para R$ 81.000,00 ao ano.

A Lei Complementar 155/2016 altera também as faixas de RBV e as alíquotas, antes era vinte faixas de RBV agora passará para seis RBV.

Segue abaixo as figuras do anexo da Lei, das novas alíquotas, dos ramos de atividades utilizados neste trabalho.

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Figura 1: Alíquotas e Partilha Simples Nacional - Comérico

Base legal: Anexo I da Lei Complementar 155/2016

Figura 2: Alíquotas e Partilha Simples Nacional- Indústria

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Figura 3: Alíquotas e Partilha Simples Nacional - Prestação de Serviço

Base legal: Anexo III da Lei Complementar 155/2016

Nos anexos da Lei refere-se à alíquota nominal, necessitando fazer cálculo especifico para encontrar a alíquota efetiva.

Segundo a Lei Complementar n° 155/2016 art. 18:

§ 1º A. Alíquota efetiva é o resultado de: RBT12xAliq-PD, em que: RBT12

I - RBT12: receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao período de apuração;

II- Aliq: alíquota nominal constante dos Anexos I a V desta Lei Complementar;

III PD: parcela a deduzir constante dos Anexos I a V desta Lei Complementar.

A alíquota efetiva será aquele percentual real aplicado para apuração do tributo devido. Por meio da multiplicação do percentual efetivo pela base de cálculo que é receita bruta mensal tributável.

Como exemplo dessa nova mudança expõe mais uma vez a importância do tema planejamento Tributário, pois a escolha do regime de tributação é extremamente ligada à continuidade da empresa.

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5.2. Lucro Presumido

O Lucro Presumido é uma forma de tributação simplificada para definir a base de cálculo da Contribuição social e imposto de renda. A legislação pré-fixa a base de cálculo, como uma margem de lucro própria que será determinada para cada ramo empresarial. Como o nome sugere, ele irá presumir o lucro da empresa a partir da receita bruta e mais outras receitas tributáveis, isto é, não tributa o faturamento e nem o lucro integramente.

Para enquadrar nesse regime, segundo a receita Federal (2016):

Cuja receita bruta total tenha sido igual ou inferior a R$78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais), no ano-calendário anterior, ou a R$6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais), multiplicado pelo número de meses em atividade no ano-calendário anterior; e que não estejam obrigadas à tributação pelo Lucro Real em função da atividade exercida ou da sua constituição societária ou natureza jurídica.

A tributação é regulamentada pelos artigos 516 a 528 do Regulamento do Imposto de Renda (Decreto 3.000/1999).

Sobre esse regime Tributário Crepaldi, comenta:

O regime do Lucro Presumido é muito utilizado, por ser considerado mais simples e também por exigir menos documentação. Recebe o nome de Presumido exatamente porque nesse regime o Imposto de Renda não é calculado sobre o lucro efetivo. Crepaldi (2012, Pág. 175)

O imposto é apurado trimestralmente, tendo, portanto, seus períodos de apuração finalizados respectivamente em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro. A partir do pagamento da primeira quota é considerada a opção definitiva para todo ano calendário.

Conforme a Receita Federal (2016):

O imposto de renda com base no Lucro Presumido é determinado por períodos de apuração trimestrais, encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano- calendário. Via de regra, a opção é manifestada com o pagamento da primeira quota ou quota única do imposto devido correspondente ao primeiro período de apuração, sendo considerada definitiva para todo o ano-calendário(...)

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Essa modalidade pode ser vantajosa para empresas que possuam boa margem de lucro, ou seja, a lucratividade ser superior a presumida, sendo uns dos instrumentos de avaliação de planejamento Tributário.

5.3. Lucro Real

O regime de tributação Lucro Real tem a base de cálculo o faturamento trimestral ou mensal da empresa, incide somente sobre o lucro efetivo que só pode ser determinado pela escrituração contábil.

Segundo o Art. 6º do Decreto de Lei n° 1598/77, o Lucro Real é o lucro líquido do exercício, ajustado pelas adições, exclusões ou compensações (...).

Isso é demonstrado no livro de apuração chamado de LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real é um livro fiscal. Sua finalidade é ajustar os demonstrativos contábeis pelas adições, compensações e devidas exclusões ao lucro líquido do período base, para apurar a base de cálculo do imposto.

Conforme o art.262 do RIR/99, o LALUR deverá:

Art. 262. No LALUR, a pessoa jurídica deverá (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 8º, inciso I):

I - Lançar os ajustes do lucro líquido do período de apuração; II - Transcrever a demonstração do Lucro Real;

III - manter os registros de controle de prejuízos fiscais a compensar em períodos de apuração subsequentes, do lucro inflacionário a realizar, da depreciação acelerada incentivada, da exaustão mineral, com base na Receita Bruta, bem como dos demais valores que devam influenciar a determinação do Lucro Real de períodos de apuração futuros e não constem da escrituração comercial;

IV - Manter os registros de controle dos valores excedentes a serem utilizados no cálculo das deduções nos períodos de apuração subsequentes, dos dispêndios com programa de alimentação ao trabalhador, vale-transporte e outros previstos neste Decreto.

Não existe impedimento para optar pelo Lucro Real. Qualquer empresa pode escolher o regime de tributação do Lucro Real, mas torna obrigatório para algumas pessoas jurídicas.

Conforme a Lei nº 9.718, de 1998, art. 14: estão obrigadas à apuração do Lucro Real as pessoas jurídicas:

I - Cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses; ().

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II - Cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;

III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundo do exterior;

IV - Que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;

V - Que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do art. 2° da Lei n° 9.430, de 1996;

VI - Que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).

VII - que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio (.

As empresas que optam ou são obrigadas a se declararem pelo Lucro Real poderão apurar o lucro e recolher o IRPJ e a CSLL anualmente ou trimestralmente, ficando a critério da empresa seu período de apuração (HIGUCHI, 2005).

Neste regime de tributação o IRPJ e CSLL é o respectivo lucro adquirido no período, ajustado, considerando as regras contábeis e fiscais.

A Alíquota do IRPJ é 15% sobre o Lucro Real, e o adicional de alíquota de 10% sobre o valor que exceder o limite legal permitido.

A Contribuição Social sobre Lucro Líquido– CSLL incide sobre o Lucro Líquido do ano vigente antes da provisão do IR.

O art. 3o da Lei no 7.689, de 15 de dezembro de 1988, passa a vigorar com a seguinte redação:

A alíquota da contribuição é de:

I – 15% (quinze por cento), no caso das pessoas jurídicas de seguros privados, das de capitalização e das referidas nos incisos I a VII, IX e X do § 1o do art. 1o da Lei Complementar no 105, de 10 de janeiro de 2001; e II – 9% (nove por cento), no caso das demais pessoas jurídicas.

O perfil de empresas que optam pelo Lucro Real são as de grande porte com elevado faturamento, com ações no mercado Nacional e internacional.

Este regime exige uma escrituração complexa; é possível utilizar compensações de créditos de tributos federais como exemplos PIS, CONFINS, IPI (...) bem como estaduais e municipais. E é permitido deduzir do faturamento despesas operacionais, financeiras, custos e despesas.

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6. FOLHA DE PAGAMENTO

A elaboração da folha de pagamento é obrigatória para o empregador, o meio mais comum de elaboração é o eletrônico pela grande agilidade de realizar os cálculos, podem ser utilizados programas ou planilhas especificas como exemplo o programa Microsoft Excel.

O art. 32 da Lei n° 8.212/91, determina a obrigatoriedade da empresa.

Art. 32. A empresa é também obrigada a:

I - Preparar folhas-de-pagamento das remunerações pagas ou creditadas a todos os segurados a seu serviço, de acordo com os padrões e normas estabelecidos pelo órgão competente da Seguridade Social;

II - Lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de forma discriminada, os fatos geradores de todas as contribuições, o montante das quantias descontadas, as contribuições da empresa e os totais recolhidos; III – prestar à Secretaria da Receita Federal do Brasil todas as informações cadastrais, financeiras e contábeis de seu interesse, na forma por ela estabelecida, bem como os esclarecimentos necessários à fiscalização; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009).

IV – Declarar à Secretaria da Receita Federal do Brasil e ao Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, na forma, prazo e condições estabelecidos por esses órgãos, dados relacionados a fatos geradores, base de cálculo e valores devidos da contribuição previdenciária e outras informações de interesse do INSS ou do Conselho Curador do FGTS.

VI – Comunicar, mensalmente, aos empregados, por intermédio de documento a ser definido em regulamento, os valores recolhidos sobre o total de sua remuneração ao INSS.

A folha de pagamento é composta por dois segmentos: proventos e descontos. Proventos:  Salário  Gratificações  Comissões  Horas extras  Adicional de insalubridade  Adicional de periculosidade  Adicional noturno  Férias  13° salario  Salario- maternidade

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 Salário-família  Diária-viagens  Ajuda de custo

Descontos:

 Adiantamentos

 Faltas injustificadas e atrasos  Contribuição previdenciária

 Contribuição sindical (uma vez ao ano)  Imposto de renda retido na fonte

 Vale transporte  Pensão Alimentícia  Empréstimos

 Adiantamento da 1° parcela do 13° salario

 Plano de benefícios sociais (assistência médica, previdência privada, etc.).

Além destes elementos principais, outras informações são importantes para elaboração completa da folha de pagamento, como a folha deve indicar o valor liquido a ser pago aos funcionários, o nome do colaborador, identificação da empresa (nome e CNPJ), mês de referência, o total bruto, o total de descontos, os encargos patronais de INSS, FGTS e RAT e contribuições para terceiros e total de encargos.

A folha de pagamento deve ser contabilizada em observância do princípio contábil de competência, no mês da ocorrência do fato gerador, mesmo que o pagamento seja realizado no mês seguinte.

6.1. Planejamento tributário na folha de pagamento

O planejamento Tributário na folha de pagamento foca nos tributos e contribuições parte empresa: Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS), Risco ambiental de trabalho (RAT), e Contribuições para terceiros (sistemas „S‟).

Desta maneira o planejamento tributário permite verificar qual a melhor alternativa entre os regimes Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional, com

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finalidade de constatar qual regime resultaria menor ônus Tributário dentro dos critérios legais.

Nos quadros 23: Transporte Carga- comparação Simples Nacional x Lucro Real x L. Presumido, quadro 1: Transporte Carga-Simples Nacional 2017, quadro 2: Comércio Varejista- comparação Simples Nacional x Lucro Real x L. Presumido, quadro 3: Comércio Varejista- Simples Nacional 2017, quadro 4: Indústria- comparação Simples Nacional x Lucro Real x L. Presumido, quadro 5: Indústria - Simples Nacional 2017, quadro 6: Transporte Passageiro- comparação Simples Nacional x Lucro Real x L. Presumido, quadro 7: Transporte Passageiro- Simples Nacional 2017, demonstrará o planejamento tributário sobre a folha de pagamento.

O objetivo é evidenciar a carga tributária em cada ramo de atividade: Comércio varejista, Indústria, Transporte Carga e Transporte Passageiro.

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7. NOVA REFORMA TRABALHISTA

A consolidação das Leis do Trabalho – CLT, criada através do Decreto-Lei n° 5.452/43 regulamenta a relação entre empregador e empregado individual ou coletivo, desde a sua publicação já sofreu inúmeras alterações.

Os principais assuntos tratados na CLT são: Registro do trabalhador, jornada de trabalho, período de descanso, férias, medicina do trabalho, contratos individuais, organização sindical, convenções coletivas, proteção do trabalho da mulher, categorias especiais de trabalhadores, fiscalização, justiça do trabalho e processo trabalhista.

A Lei n° 13.467/2017 é mais recente alteração denominada a nova reforma trabalhista, que altera significativamente a posição da CLT.

Essas mudanças influenciam diretamente na relação trabalhista entre trabalhador e a empresa, relações sindicais, e envolvem questões judiciais do cunho trabalhista.

Destaca-se a seguir comparativos de algumas principais mudanças decorrente das novas regras:

Banco de horas antes da reforma: Período de 1° ano para compensação; as horas de banco não sofrem acréscimo; pode haver períodos e situações diferentes de compensação em convenção coletiva; Base legal: Lei 9.601/1998. Regra atual: Poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de 6 meses;

Contribuição Sindical antes da reforma: É obrigatório o desconto equivalente a 1 dia do salário do empregado no mês de março de cada ano; Base legal: art. 580 e 582 da CLT. Regra atual: A contribuição sindical passa a ser opcional, ou seja, só haverá o desconto de 1 dia de salário se o próprio empregado autorizar;

Férias antes da reforma: As férias podem ser divididas em no máximo, 2 períodos; 1/3 do período de férias pode ser vendido. Base legal: § 1º do art. 134 da CLT e art. 143 da CLT. Nova Regra: As férias podem ser divididas em até 3 períodos, não podendo ser inferior a 5 dias corridos e um deles deve ser de, no mínimo, 14 dias corridos;

Demissão sem justa Causa (acordo entre as partes) antes da reforma: O empregado tem direito ao pagamento da multa de 40% do saldo do FGTS e ao saque de 100% do FGTS depositado; se pedir demissão, não tem direito a sacar o

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FGTS; A empresa deve conceder um aviso prévio de, no mínimo, 30 dias; O empregado recebe o seguro desemprego; Base legal: §1º art. 18 da Lei 8.036/90; art. 487 da CLT; art. 7º, XXI da CF; Inciso I da Lei 7.998/90. Nova regra: A demissão poderá ocorrer de comum acordo; O pagamento da multa de 40% será pela metade, ou seja, 20% do saldo do FGTS; O empregado só poderá sacar 80% do FGTS depositado; A empresa deve conceder um aviso prévio de, no mínimo, 15 dias; O empregado não recebe o seguro desemprego;

Horas Extras antes da reforma:20% Superior à hora normal (§ 1º do art. 59 da CLT - não aplicado);50% superior ao da hora normal (art. 7, XVI da CF – aplicado) Base legal: art. 7, XVI da CF. Nova Regra: a remuneração será, pelo menos, 50% superior à da hora normal;

Jornada de Trabalho antes da reforma: Limitadas há 8 horas diárias, 44 horas semanais e 220 mensais, podendo ocorres 2 horas extrapor dia. Nova regra: A jornada diária poderá ser de 12/36 horas, limite semana de 44 horas ou 48 com horas extras, 220 horas mensais.

Tempo na empresa antes da reforma: considera serviço efetivo o tempo que o colaborador está à disposição da empresa. Nova Regra: Não serão considerados dentro da jornada de trabalho os períodos de descanso, alimentação, higiene pessoal, troca de uniforme, transporte.

A Lei n° 13.467/2017 prevê alteração também sobre trabalho intermitente, descanso, remuneração, plano de cargo e salários, transporte, trabalho remoto (home Office), trabalho parcial, prazo de validade das normas coletivas, danos morais, terceirização, gravidez, rescisão contratual, e outras tantas mudanças.

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8. ENCARGOS SOCIAIS SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO Contribuição das empresas

8.1. Instituto Nacional de Seguro Social - INSS

De acordo com Decreto de n° 3.048/99 art. 5°. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá a:

I - Cobertura de eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; II - Proteção à maternidade, especialmente à gestante;

III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; IV - salário-família E auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; e

V - Pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes. (DECRETO/LEI n° 3.048/99 art. 5°).

De acordo com a Lei Orgânica da Seguridade Social 8.212/91 Art.22 a contribuição destinada a Seguridade Social cargo da empresa será de:

I- 20% vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da Lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). (Vide Lei nº 13.189, de 2015) Vigência

II - Para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos: (Redação dada pela Lei nº 9.732, de 1998).

a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve;

b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio;

c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave.

III - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços; (

§ 1o No caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de

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capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência privada abertas e fechadas, além das contribuições referidas neste artigo e no art. 23, é devida a contribuição adicional de dois vírgula cinco por cento sobre a base de cálculo definida nos incisos I e III deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). (Vide Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001).

Os regimes Tributários Lucro Real e Lucro Presumido não optante pela desoneração aplica-se 20% INSS sobre a folha de pagamento. O Simples Nacional é sistema diferenciado, que recolhe Contribuição Patronal Previdenciária – CPP vinculada ao INSS.

8.2. Contribuição Patronal Previdenciária- CPP

A Contribuição Patronal Previdenciária – CPP é um dos subgrupos das contribuições para seguridade social, é uma arrecadação federal vinculada ao INSS que contribui para a manutenção do regime geral da previdência social.

VI - Contribuição Patronal Previdenciária - CPP para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, exceto no caso da microempresa e da empresa de pequeno porte que se dedique às atividades de prestação de serviços referidas no § 5º-C do art. 18 desta Lei Complementar;

No regime Simples Nacional as alíquotas variam de acordo com os anexos das atividades das empresas e faixa de receita bruta.

Segundo a Lei Complementar 123/2006, art. 13. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação DAS-, abrange os seguintes tributos e contribuições: IRPJ, IPI, CSLL, COFINS, PIS/PASEP, CPP- Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social a cargo da pessoa jurídica, ICMS, ISS.

8.3. Risco de acidente de trabalho e Contribuições para Terceiros

Riscos ambientais de trabalho – RAT, é a nova denominação para SAT – Seguro de acidente de trabalho, é uma contribuição paga pela empresa, para cobrir os custos da previdência com os empregados, vítimas de acidentes ou doenças decorridas do trabalho. A alíquota do RAT é progressiva varia de acordo com o grau

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de risco de incidência de incapacidade, como citado anteriormente na Lei 8.212/91 Art.22, II a, b, c.

Contribuições para terceiros visam custear o sistema “S” e outros, criadas por Lei ou decretos e mantidas por contribuições obrigatórias cobradas das empresas sobre a folha de pagamento, devem ser recolhidos juntamente com as outras contribuições.

A seguir discriminadas as contribuições patronais:  2% Seguro acidente de trabalho - Sat  2,5%. Salario educação

 0,2% INCRA  1% SENAI  1,5% SESI  0,6% SEBRAE

Totalizando as taxas dos encargos sobre a remuneração RAT mais terceiros 7,8%.

Esses encargos são compulsórios para os regimes Lucro Real e Presumido Com ou sem desoneração aplicadas alíquotas apenas sobre a folha de pagamento.

8.4. Fundo de Garantida de Tempo de Serviço- FGTS

Fundo de Garantia de tempo de Serviço – FGTS foi criado pela Lei n° 5.107/1966. Atualmente é regido pela Lei 8.036/90 e alterações posteriores.

Art. 2º O FGTS é constituído pelos saldos das contas vinculadas a que se refere esta Lei e outros recursos a ele incorporados, devendo ser aplicados com atualização monetária e juros, de modo a assegurar a cobertura de suas obrigações. (Lei 8.036/90 art. 2°)

O FGTS tem como objetivo substituir a indenização e eliminar a estabilidade do serviço. Todo colaborador contratado formalmente já é assegurado o direito aos depósitos do FGTS, não havendo necessidade de escolha pelo fundo.

O empregador é obrigatório efetuar depósitos mensais em nome dos seus colaboradores nas agências da Caixa econômica federal ou rede conveniada, um percentual de 8% sobre a remuneração paga ou devida.

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9. DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO

A desoneração é uma medida do governo para crescimento da produção, reduzir os custos, aumentar a competividade e estimular a criação de empregos. A desoneração beneficia 42 setores da economia.

A desoneração da folha foi realizada por medida provisória 540/2011 e convertida na Lei n° 12.546/11 que altera a base da incidência da contribuição previdenciária patronal.

Com a desoneração da folha de pagamento a empresa passa recolher INSS sobre a receita bruta por um percentual de 1% a 3% dependendo do setor, substituindo o recolhimento 20% INSS sobre a folha.

A substituição sobre a base de cálculo serve apenas para o INSS, as demais contribuições FGTS, RAT e Contribuição para terceiros permanecem com as suas alíquotas, e a base de cálculo sobre a folha de pagamento.

A empresa optante pelo Simples Nacional não se enquadra, permanecendo o recolhimento em conformidade com os anexos do Simples.

A partir da Lei n° 13.161/2015 passa ser opcional a aplicação da desoneração da folha, ou seja, o contribuinte pode escolher com forma é mais vantajosa. A opção pela forma de tributação é manifestada mediante o pagamento da contribuição relativa a janeiro e será irretratável para todo exercício anual.

Alíquotas de INSS sobre RBV vigente em 2017, setores utilizados nesta pesquisa são: Transporte Carga 1,5%, Transporte Passageiro 3%, Comércio varejista e Indústria 2,5%.

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10. ENCARGOS SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO EM OUTROS PAISES

O objetivo deste capítulo é citar as incidências tributárias existentes em dois países: Estados Unidos da América e Argentina.

Num estudo mais aprofundado sobre as incidências tributárias sobre a folha de pagamento seria oportuno uma análise comparativa entre os países.

10.1. Estados Unidos da América

No EUA uma das principais Leis que regula as relações de trabalho e define regras básicas sobre questões fundamentais referentes ao pagamento dos trabalhadores é a Lei de Padrões Justos de Trabalho – FLSA é válida em todos os estados do país, pois é uma Lei federal.

A FLSA define valores mínimos por hora de trabalho e adicional por horas extras, que depende da atividade executada pelo trabalhador, diferentemente do Brasil que define um salário mínimo mensal fechado.

Além das regras básicas da FLSA, a maioria dos contratos entre o empregado e empresa é definida através de contrato inicial de prestação de serviço, onde são acordados todos os termos como: sobre férias remuneradas ou não; Sobre faltas por motivo de doença, embora exista recomendação medica federal de oferecimento de dias de ausência por doença, no EUA não é obrigação legal do empregador pagar, ao contrário do Brasil que férias e falta por motivo de doença o empregador não tem obrigatoriedade legal de pagar.

A idade mínima permitida depende da atividade exercida, crianças de 12 ou 13 podem trabalhar como babá, entregadores de jornais e atividades artísticas, aos 14 anos é permitido trabalhos de rotinas não perigosas, como trabalhar em cinemas, escritórios, restaurantes; A partir dos 16 anos pode se trabalhar em qualquer função não perigosa e aos 18 é permitido exercer qualquer cargo, assim como no Brasil.

As deduções estatutárias do imposto sobre a folha:  Retenção do imposto de renda federal

 Retenção do imposto de segurança social (6,2%sobre o lucro tributável)

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 Recusamento de imposto adicional do Medicare (0.9%, para o funcionário, que ganha acima de US $ 200.000.00.

 Retenção imposte de renda do estado

 Retenções de tributos locais (municípios, distritos, seguro estatal...).

As obrigações fiscais do empregador nos EUA são:

 6,2% Social Security, calculado sobre o valor bruto pago ao empregado.

 1,45% Medicare, calculado sobre o valor bruto pago ao empregado.  Imposto de auxílio desemprego estadual depende da Lei de cada

estado (SUTA)

 0.006% imposto de auxílio desemprego federal, calculado em cima dos primeiros $ 7.000,00 (valor Bruto), que cada empregado fizer a cada ano. Atraso no pagamento acarretará em emissão de multas (FUTA).

A Lei Federal de Contribuições de Seguros – FICA, consiste nos tributos sobre Previdência social e Medicare, que são pagos pelo empregado e empregador com a porcentagem igual para ambos, às alíquotas mencionadas anteriormente.

Os funcionários são categorizados em dois tipos: os funcionários “salário”, o qual é contratado por um salário anual, esse não recebe hora extra. E o funcionário “hora” o qual é contratado a ser pago por hora trabalhada, e nesse caso possui direito há horas extra.

10.2. Argentina

A estrutura tributária da Argentina é baseada principalmente nos tributos indiretos, o sistema fiscal está dividido em três esferas de governo sendo a Nacional, Provincial e Municipal, que comparado ao Brasil o Nacional se equivale a União, provincial ao Estado e a mesma nomenclatura para Municipal.

O sistema de contribuições sociais argentino segue o padrão europeu é dividido entre empregado, empregador e autônomos este detalhe é significativo, pois o Brasil possui um sistema diferente o que dificulta a comparação ente o Brasil e Argentina.

Referências

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