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Machado de Castro: da utilidade da Escultura

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Academic year: 2021

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A ESCUL

TUR

A

M ig u el F ig u ei r a de F a r ia (c o o r d .)

O presente volume de ensaios procura

dar a conhecer a vida e obra do escultor

Joaquim Machado de Castro numa

nova perspectiva pluridisciplinar

e em contexto internacional. Partindo

do domínio próprio da História da Arte,

procurou-se estabelecer igualmente

o seu itinerário criativo e profissional

como referência nos planos político,

social e científico do seu tempo, através

do cruzamento de pontos de vista

complementares desenvolvidos pelos

melhores especialistas daquelas áreas

historiográficas.

Miguel Figueira de Faria (coord.)

MACHADO

DE

CASTRO

(2)

Machado

de

castro

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(4)

Miguel Figueira de Faria (coord.)

Machado

de

castro

(5)

À memória do mestre escultor Joaquim Emídio de Oliveira Correia

(6)

5

A

presente colectânea de estudos corresponde à terceira etapa da linha de investigação Urbanismo e Monumentos Públicos1, dando

continuidade às recolhas anteriores publicadas, respectivamente, sob os títulos Praças Reais: Passado Presente e Futuro (Livros Hori-zonte, 2008) e Do Terreiro do Paço à Praça do Comércio: História de

um Espaço Urbano (Imprensa Nacional, 2012).

No quadro dos objectivos equacionados de integrar os estudos de História da Arquitectura, Escultura e Urbanismo em ambiente interdisciplinar, o presen-te exercício centrou-se sobre a vida e obra de Joaquim Machado de Castro, ex-poente máximo no seu domínio artístico e protagonista no processo de desen-volvimento de uma nova cultura monumental com expressão materializada na estátua equestre a D. José I da Real Praça do Comércio de Lisboa.

O conjunto de trabalhos agora reunidos resultou da realização do Colóquio

In-ternacional Machado de Castro: Da Utilidade da Escultura (Museu Nacional de

Arte Antiga, 19-26 de Maio de 2012) empreendido no quadro da parceria esta-belecida entre a Universidade Autónoma de Lisboa e a Câmara Municipal de Oeiras, prosseguindo a colaboração iniciada entre o Instituto de Artes e Ofícios da UAL e o Município, tendo em vista o restauro do singular conjunto de obras do escultor existente na Quinta Real de Caxias2.

O referido Colóquio constituiu, por outro lado, o pólo de reflexão e debate his-toriográfico do complexo de eventos agregados sob a denominação comum de Fama e Triunfo: o escultor Machado de Castro3 que incluiu uma exposição

retrospectiva da obra do artista (O Virtuoso Criador, Museu Nacional de Arte Antiga, 20124) ocorrendo, em simultâneo a operação de restauro da estátua

equestre de D. José I sob o patrocínio da World Monuments Fund – Portugal em articulação com a Câmara Municipal de Lisboa, cujos resultados tiveram apresentação pública a 9 de Agosto de 20135.

Reforçando o necessário princípio da interdisciplinaridade, entendeu a comis-são promotora do Colóquio abrir o evento a especialistas de outras áreas pro-curando no cruzamento das respectivas competências – da História da Arte e do Urbanismo à História Social e Política até à História das Ciências – estabele-cer uma visão panorâmica sobre o escultor, a sua arte e a época em que se de-senvolveu. O autor da estátua equestre, pela sua condição de escultor-escritor como se auto-intitulava, associou à sua obra plástica um notável acervo lite-rário, constituindo as suas reflexões uma fonte ímpar para o entendimento das questões artísticas, ideológicas e sociais do seu tempo.

Introdução

1. A linha de investigação Urbanismo e Monumentos Públicos desenvolve-se no âmbito do Centro de Investigação em Ciências Históricas (CICH) da Universidade Autónoma de Lisboa, encontrando-se programada a conclusão da sua primeira fase com a tradução em inglês e edição crítica da obra de Joaquim Machado de CASTRO, Descripção Analytica da Execução da Real Estatua Equestre... Lisboa, Na Impressam Regia, 1810.

2. Veja-se, a propósito, os textos de Isabel SOROMENHO, João Pancada CORREIA e Carlos BELOTO, in Quinta Real de Caxias, História, Conservação, Restauro, Câmara Municipal de Oeiras, 2009, pp. 7-17. 3. A parceria envolveu as quatro citadas entidades que elegeram a expressão Fama e Triunfo para indicativo das referidas iniciativas as quais, sem perderem autonomia, acabaram em conjunto por definir um Ano Machado de Castro, fora do habitual ritmo das efemérides comemorativas, o que mais releva a convergência de esforços realizada que se transformou numa justa homenagem ao artista. A expressão Fama e Triunfo foi adoptada consensualmente tirando partido de um episódio da execução da estátua equestre. Machado de Castro, limitado pelos condicionamentos impostos pelo projecto que lhe era alheio, refere, na sua Descripção Analytica, uma das raras alterações autorizadas: a mudança de uma das Famas, previstas em simetria nos grupos laterais, num Triunfo, desvio mínimo ao discurso alegórico do monumento. Fama e Triunfo formam uma expressão que encerra, na sua presente reutilização, uma certa ironia, qualificando, dois séculos e meio depois, o reconhecimento devido ao mestre de Coimbra.

4. Cf. O Virtuoso Criador, Joaquim Machado de Castro (1731-1822), Lisboa, Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 2012, (catálogo de exposição).

5. A campanha de restauro coordenada pela empresa Nova Conservação, contou com a colaboração da equipa da linha de investigação Urbanismo e Monumentos Públicos da UAL, tarefa centralizada por Cristina Dias, estando prevista a edição de um volume de estudos sobre o conjunto de trabalhos desenvolvidos naquele âmbito.

(7)

Título

Machado de Castro: dautilidade da Escultura

Coordenação Científica

Miguel Figueira deFaria

Autores

Alexandre Nobre pais, MuseuNacionaldo Azulejo

Ana Simões, Faculdadede Ciênciasda UniversidadedeLisboa

Carlos Beloto,Câmara MunicipaldeOeiras

Daniel Rabreau, UniversitédeParisI-Panthéon-Sorbonne,Professor

emérito

Erika Naginski, Harvard University

João Mascarenhas Mateus, Centrode Estudos Sociais

da UniversidadedeCoimbra

João Pancada Correia, InstitutodeArtes e Ofíciose Departamento

deHistória,Artese Património da UniversidadeAutónoma de Lisboa

José Manuel Fernandes, Faculdade deArquitectura

da UniversidadedeLisboa

José Maria SilvaLopes,FaculdadedeArquitectura

daUniversidade do Porto

José-Augusto França, UniversidadeNovade Lisboa,Professorjubilado

Leonor Ferrão, Faculdade deArquitecturada Universidade

deLisboa

LuisaD'Orey Capucho Arruda, FaculdadedeBelas-Artes

daUniversidadedeLisboa

Maria de Lourdes Lima dos Santos, InstitutodeCiências Sociais

daUniversidadedeLisboa

Miguel Figueira deFaria, Departamento de História,Artes

e PatrimóniodaUniversidadeAutónomade Lisboa

Pierre-Yves Caillault, Architecte enChefdesMonuments

Historiques desDépartements delaMeurthe-et-Moselle et Meuse

Rodrigo Dias,Câmara MunicipaldeOeiras

Teresa Leonor M,Vale, InstitutodeHistória da ArtedaFaculdade

deLetras daUniversidadedeLisboa

Coordenação Editorial

Madalena Romão Mira

Revisão

Madalena Romão Mira

Design e Paginação

Nuno racheco Silva

Imagens da Capa eContracapa

Miguel Figueira de Faria Data da edição Julho de2014 ISBN 978-989-658-262-3 Depósito legal 379099/14 Edição CALEIDOSCÓPIO -EDIÇÃO EARTES GRÁFICAS, SA RUA DE ESTRASBURGO, 26,R/CDTO.

2605-756 CASALDECAMBRA

TELEF. (+35\) 2\98\ 7960

FAX(+35\) 2\98\ 7955

www.caleidoscopio.pt

e-mail:caleidoscopio@caleidoscopio.pt

Apresente edição resulta do Colóquio Internacional Machado de Castro: da Utilidade

da Escultura, organizado pela Universidade Autónoma deLisboaepela Câmara Municipal

deOeiras, em Maio de 2012, einserido no complexo deeventos:

Fama e Triunfo: o escultor Machado de Castro. Comissão de Honra

Francisco Josévíegas, Secretáriode EstadodaCultura (Presidente)

Justino Mendes deAlmeida, Reitor da UALt

Joaquim Correia, Mestre Escultort

Isaltino deMorais, PresidentedaCâmaraMunicipalde Oeiras

António Costa, Presidente da CâmaraMunicipaldeLisboa

José Blanco, PresidentedoWorldMonumentsFund-Portugal

António Valdemar, Presidenteda AcademiaNacionaldeBelas-Artes

pedro Flor, Presidenteda Associaçâo Portuguesade Historiadoresda Arte

António sampaio daNóvoa, Reitorda UniversidadedeLisboa

Comissão Científica

rosé-Augusto França, Universidade Nova deLisboa(Presidente)

Agostinho Araújo, CentrodeInvestigaçãoTransdisciplinar'Cultura,Espaçoe Memória' daFaculdade

deLetrasda UniversidadedoPorto

António FilipePimentel, MuseuNacionaldeArteAntiga

Charlotte Chastel-Rousseau, MuséeduLouvre

Cristina Castel-Branco, InstitutoSuperior de AgronomiadaUniversidadeTécnicade Lisboa

Daniel Rabreau, UniversitédeParis1Panthéon-Sorbonne

Fátima Nunes, Centrode EstudosdeHistóriaeFilosofiada CiênciadaUniversidadedeÉvora

Henrique Leitão,SecçãoAutónoma deHistória eFilosofiadasCiências daUniversidadede Lisboa

José de Monterroso Teixeira, UniversidadeAutónomadeLisboa

JoséFernandes pereira, Universidade deLisboat

JoséManuel Fernandes, Faculdadede ArquitecturadaUniversidadedeLisboa

Miguel Figueira deFaria, UniversidadeAutónoma de Lisboa(Coordenador)

Nuno Monteiro, InstitutodeCiências Sociaisda UniversidadedeLisboa

Raquel Henriques da Silva,Faculdade deCiências SociaiseHumanas daUniversidadeNovadeLisboa Comissão Promotora

Isabel Soromenho, CâmaraMunicipaldeOeiras

João Pancada Correia, UniversidadeAutónomade Lisboa

Joséde Monterroso Teixeira, UniversidadeAutónomade Lisboa

José Manuel Fernandes, Faculdadede Arquitecturada UniversidadedeLisboa

Miguel Figueira deFaria, UniversidadeAutónomadeLisboa

Comissão Executiva Carolina peralta, UAL Cristina Dias, UAL Madalena Romão Mira, UAL Susana pereira, CMO Acções de Formação

Basílica da Estrela: Sandra Costa saldanha, Secretariado Nacional para os Bens

Igreja eAlexandre pais,Museu Nacional do Azulejo

Palácio Nacional da Ajuda: Eisa Garrett Pinho, Instituto dos Museus edaconse: ~

eJosédeMonterroso Teixeira, Universidade Autónoma deLisboa

Palácio Marquês de pombal, Oeiras: RodrigoDias, Câmara Municipal deOeiras e ::se

Universidade Autónoma deLisboa

Quinta Realde Caxias: carlos Beloto,Câmara Municipal deOeiras e João rancaca

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Universidade Autónoma deLisboa

Praça docomércio, Estátua Equestre deD.José: Miguel Figueira deFaria, eM""

Autónoma deLisboa eJoséSarmento deMatos, Olisipógrafo

~Oeiras

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Referências

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