EFEITO DE ELEMENTOS EXTERNOS
AO
SN
NA IDENTIFICAÇÃO DE REFERENTES
Yara Goulart Liberato'
REsuMo
N
este trabalho procura-se mostrar que a informação exigida para a identificação de referentes pode ser encontrada em espaço externo ao Sintagma Nominal. Para tanto, discutem-se as condições sob as quais um Sintagma Adverbial anteposto pode não só exercer a função discursiva de tópico como, também, a de adjetivo, fornecendo informação relevante para o processo de delimitação do referente.1 Introdução
Este trabalho se insere numa pesquisa maior que investiga a estrutura do SN em português. A análise proposta sugere que certos aspectos da composição in -terna do SN são determinados por sua função referencial.
Para dar um exemplo de um SN referencial podemos considerar a seguinte manchete retirada de um jornal:
(I) Charles foi fotografado nu
Normalmente, quando usamos um enunciado de forma declarativa como (1), esta-mos afirmando alguma coisa sobre alguém ou alguma coisa. Podemos dizer que a pessoa que produziu esse enunciado estava se referindo a uma entidade particula r-no caso, o príncipe Charles da Inglaterra, através do SN Charles e afirmando algo so-bre ela. A essa entidade particular chamamos referente. Esse não é o único tipo de referente possível, mas é suficiente para o objetivo deste artigo. (ver Liberato, 1997)
Alguns SNs servem assim para identificar referentes. Todavia nem toda a informação necessária para identificar o referente se encontra no SN. Parte da in-formação relevante pode vir do conhecimento de mundo armazenado em nossa me -mória e também de pistas lingüísticas localizadas fora do SN.
' Universidade Federal de Minas Gerais.
Yara Goulart Liberato
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(5) Na Moldávia o presidente é um tirano.
EFEITO DE ELEMENTOS EXTEiu"'OS AO SN NA IDENTIFICAÇÃO DE REFERENTES
Como observa o autor, (5) pode receber pelo menos duas interpretações: a) quando está na Moldávia, o presidente (daqui) é um tirano, ou b) o presidente da Moldávia é um tirano (independentemente de onde ele se encontre).
Na primeira interpretação, (5) é semelhante a (2)-(4), isto é, na Moldávia "especifica o I ugar de um evento". Já na interpretação (b), na Moldávia parece ter ou
-tra função, pois, nesse caso, não "especifica um lugar em que o evento expresso na oração se realiza". Comparem-se agora (6) e (7):
(6) O governo teve problemas em Pernambuco.
(7) Em Pernambuco o governo teve problemas.
A interpretação mais imediata para (6) é que o governo federal teve problemas em Pernambuco. Já em (7), a interpretação mais saliente é de que o governo de Pernam -buco teve problemas (que podem estar em outro lugar fora do estado). Ou seja, em
Pernambuco "especifica o lugar de um evento" em (6), mas não em (7). Em outras palavras, a interpretação mais saliente para (7) é semelhante à interpretação (b) de (5).
É
importante observar que as interpretações discutidas acima não são asúnicas possíveis para (6)-(7); apenas as mais imediatas. A interpretação de (6) é pos-sível para (7) e vice-versa, principalmente com o auxílio de uma pausa separando o "advérbio" do resto do enunciado. A saliência de uma interpretação para cada enun -ciado fica mais clara se comparamos:
(8) O governo teve problemas em Pernambuco mas preferiu socorrer outros e
s-tados.
(9) Em Pernambuco o governo teve problemas mas preferiu socorrer outros es
-tados.
Considerando (8) e (9) com entonação neutra, vê-se que (8) é natural, ao contrário
de (9)- embora (9) seja possível com a pausa. A estranheza de (9) parece se dever à estranheza de um estado resolver os problemas de outro estado em vez dos seus pró -prios. Assim, (9) é estranha porque trata do governo de Pernambuco. Ao contrário, é
mais natural (embora não exatamente mais justo) que o governo central ajude al -guns estados em detrimento de outros. Assim, (8), que trata do governo central, é
mais natural que (9).
Outros fatores além da entonação podem também favorecer uma ou outra
interpretação. Comparemos (6) com:
(I O) O governo teve problemas com a arrecadação de ICMS em Pernambuco.
A interpretação mais imediata para em Pernambuco de (1
O)
seria, a exem -plo do que ocorre em (6), de especificação do lugar onde o governo teve problemas,78
SCRJPTA, Belo Horizonte, v. 2. n. 4, p. 76-86, 1° sem. 1999Yara Goulart Liberato
e não de especificação do governo que teve problemas. Mas, a partir do nosso conhe-cimento de mundo, deduzimos que o ICMS é arrecadado pelo governo do estado e
não pelo governo federal. Então, se se está falando de arrecadação de ICMS, deve-se estar falando de governo estadual. Assim, mesmo sem estar separado do resto do
enunciado por uma pausa, o "advérbio" é interptretado como especificando o gover
-no que teve problemas com a arrecadação de ICMS.
3 Contribuindo para identificar um referente
Retomemos agora o exemplo (7) com entonação neutra. Pode-se dizer que, nesse caso, em Pernambuco tem uma relação muito mais estreita com o sujeito do que com o resto do enunciado. Nesse sentido, tem função semelhante à de um
"ad-junto adnominal restritivo", isto é, de um subclassificador, como em as praias per-nambucanas, o governo pernambucano. Em outras palavras, em Pernambuco em (7) delimita uma subclasse de "governos".
Essa interpretação fica mais clara em sentenças como:
( 11) a França o presidente tem uma casa de verão na Itália. ( 12) No Brasil o presidente viaja todo ano ao exterior.
Itália (ou uma casa de verão na ItáLia) não está no escopo da França, concretamente falando. São dois espaços geográficos totalmente diferentes. O mesmo se pode dizer
de BrasiL e o exterior. Não parece, portanto, que na Fra11ça e no BrasiL estejam espec
ifi-cando um lugar em que "se desenvolve o processo verbal" ou em que "o evento
ex-presso na oração se realiza". O que esses elementos parecem fazer é especificar o
presidente do qual se está falando.
Outro tipo de sentença em que a função de adjunto adnominal restritivo, isto é, a interpretação "subclassificadora" do "advérbio" fica mais clara é o de:
( 13) Em Minas o governador é do PSDB.
Em (13), a única interpretação possível é aquela em que em Minas ajuda a delimitar o referente de o governador (isto é, trata-se do governador de Minas), como se pode
ver da impossibilidade de:
( 14) *Em Minas o governador do Ceará é do PSDB.
Concluindo a discussão feita até aqui, pode-se dizer que a colocação do
"advérbio de lugar" no início do enunciado tem como efeito, em certos casos, além da atribuição da função discursiva de tópico, a alteração da sua interpretação, p as-sando de especificador de lugar de um evento a delimitador de um referente.
EFEITO DE ELEMENTOS EXTERNOS AO SN NA IDENTIFICAÇÃO DE REFERENTES
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Yara Goulart Liberato
favorecer essa interpretação, o candidato a referente pode estar no contexto situaci o-nal. Assim, numa conversa sobre política, que se realize na França, entre franceses, o enunciado (15) pode ser interpretado como uma referência a Jacques Chirac, me s-mo que ele não tenha sido citado antes uma única vez durante a conversa.
Ao que parece, portanto, o "advérbio" só vai poder contribuir para a delimi -tação do referente se este já não tiver sido individualizado a partir apenas do SN. Pode-se dizer que a relação anafórica tem preferência para identificar o referente.
Essa condição pode ser verificada também se se· compara o exemplo (4) com (17):
( 4) No outro apartamento essa televisão pega melhor. (17) No outro apartamento a televisão pega melhor.
Como vimos antes, em (4), mesmo anteposto, no outro apartamento é interpretado como especificador de lugar do evento. Já em (17), a interpretação subclassificadora é a mais imediata. Note-se que essa televisão é necessariamente interpretado como uma anáfora, enquanto para a televisão a leitura anafórica é possível mas não obri ga-tória. Em outras palavras, (17) pode receber duas interpretações: a) quando está no outro apartamento, essa televisão pega melhor (interpretação anafórica), ou b) a te-levisão do outro apartamento pega melhor (independentemente de onde ela se en -contre). A interpretação (a) só é possível, e é obrigatória, se houver no contexto uma entidade identificável a partir do SN a televisão.
À
primeira vista, trata-se da exigência de que o referente seja novo - no sentido de Chafe (1976). Mas não é esse o caso, ou melhor, não basta que o referente seja novo para que o "advérbio" na posição inicial funcione como subclassificador do SN sujeito. O que importa realmente é que o referente não seja individualizável independentemente do "advérbio". Se apenas o SN que está na posição do sujeito é suficiente para que o ouvinte individualize o referente, isto é, identifique uma enti-dade particular, o mais provável é que o elemento anteposto seja interpretado como especificador de lugar de evento. Essa questão fica mais clara se colocamos um nome próprio-que identifica diretamente uma entidade particular- na posição de sujeito:(18) Em Portugal Tom Jobim foi aplaudido várias vezes na rua.
(18) é perfeitamente possível em um contexto em que o referente de Tom Jobim seja novo; mesmo assim, em Portugal só poderá ser interpretado como lugar do evento. 3.3 Expectativa
Para que a interpretação subclassificadora seja possível, é preciso também que haja um certo tipo de relação entre o lugar- significado original do advérbio- e o referente. Essa relação pode ser explicitada em termos da Teoria dos Esquemas.
EFEITO DE ELEMENTOS EXTERNOS AO SN NA IDENTIFICAÇ:i.O DE REFERENTES
Relembrando, os esquemas estão associados a objetos, situações, eventos e seqüências de eventos que conhecemos e são ativados em nossa mente quando nos
deparamos com um desses objetos, situações, etc., ou com uma representação dos
mesmos. Assim, por exemplo, se vemos um cachorro ou se ouvimos a palavra
"ca-chorro", ativamos em nossa memória uma rede de informações que associamos a esse estímulo percebido. Essa rede de informações, ou esquema, se constitui de uma
parte central, que corresponde basicamente ao sentido "de dicionário" (como, para o
nosso exemplo, 'animal doméstico, mamífero, carnívoro', etc) e uma parte não
de-finitória mas normalmente associada à parte central. No caso de cachorro, coisas como "são perigosos", "servem para guardar a casa", etc. Perini (manuscrito) chama a esse tipo de conhecimento que compõe os esquemas de expectativas. As expectati -vas têm um papel crucial na compreensão. Um texto como Mudei para uma casa e por isso vou ter de compmr um cachorro só é compreendido de forma coerente porque nos
baseamos na expectativa de que "cachorros servem para proteger casas". Essa não é
uma informação que está expressa no texto, mas se damos sentido a ele é porque
imaginamos que o cachorro deverá guardar a casa. A necessidade das expectativas para a compreensão fica mais clara se comparamos o texto anterior com Ganhei um livro e por isfo vou ter de comprar um cachorro. Nesse caso, não parece haver uma
co-nexão entre livros e cachorros que possa ajudar na compreensão do texto; por isso ele
parece sem sentido.
Voltando agora à questão do início da seção, pode-se dizer que a relação
que deve existir entre o lugar e o referente, para que a interpretação subclassificadora seja possível, é uma relação de expectativa: a de que o referente exista naquele lugar.
Comparem-se, por exemplo, (19) e (20):
(19) Na Inglaterra o primeiro ministro gosta de caçar (20) Nos Estados Unidos o primeiro ministro gosta de caçar.
Para quem tem o conhecimento prévio adequado, em (! 9) tem-se preferencialmen
-te a interpretação subclassificadora, ou seja, em (! 9) entende-se que o primeiro mi
-nistro da Inglaterra gosta de caçar. Por outro lado, em (20) o "advérbio" não pode ser
interpretado como um delimitador do referente do sujeito, já que nos Estados Uni
-dos o regime não é parlamentarista. Em outras palavras, o conhecimento que se tem
sobre os Estados Unidos não inclui a expectativa da existência de um primeiro mi
-nistro americano. Assim sendo, nos Estados Unidos é interpretado como lugar con -creto onde o primeiro ministro de outro país (identificado por outros meios) gosta de caçar.1
1 Sentenças como (18) c (20), em que o advérbio recebe interpretação de lugar, costumam ocorrer em contexto contrastivo, como por exemplo em:
18. Em Portugal Tom Jobim foi aplaudido várias vezes na rua. i. mas em Porto Alegre não lhe deram a menor confiança.
EFEITO DE ELEMENTOS EXTERNOS AO SN NA IDENTIFICAÇÃO DE REFERENTES
Relembrando, os esquemas estão associados a objetos, situações, eventos e seqüências de eventos que conhecemos e são ativados em nossa mente quando nos
deparamos com um desses objetos, situações, etc., ou com uma representação dos
mesmos. Assim, por exemplo, se vemos um cachorro ou se ouvimos a palavra
"ca-chorro", ativamos em nossa memória uma rede de informações que associamos a
esse estímulo percebido. Essa rede de informações, ou esquema, se constitui de uma
parte central, que corresponde basicamente ao sentido "de dicionário" {como, para o
nosso exemplo, 'animal doméstico, mamífero, carnívoro', etc) e uma parte não de-finitória mas normalmente associada à parte central. No caso de cachorro, coisas como "são perigosos", "servem para guardar a casa", etc. Perini (manuscrito) chama
a esse tipo de conhecimento que compõe os esquemas de expectativas. As expectati -vas têm um papel crucial na compreensão. Um texto como Mudei para uma casa e por
isso vou ter de comprar um cachorro só é compreendido de forma coerente porque nos
baseamos na expectativa de que "cachorros servem para proteger casas". Essa não é
uma informação que está expressa no texto, mas se damos sentido a ele é porque
imaginamos que o cachorro deverá guardar a casa. A necessidade das expectativas para a compreensão fica mais clara se comparamos o texto anterior com Ganhei um
Livro e por isso vou ter de comprar um cachorro. Nesse caso, não parece haver uma
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nexão entre livros e cachorros que possa ajudar na compreensão do texto; por isso ele
parece sem sentido.
Voltando agora à questão do início da seção, pode-se dizer que a relação que deve existir entre o lugar e o referente, para que a interpretação subclassificadora seja possível, é uma relação de expectativa: a de que o referente exista naquele lugar.
Comparem-se, por exemplo, {19) e {20):
(19) Na Inglaterra o primeiro ministro gosta de caçar (20) Nos Estados Unidos o primeiro ministro gosta de caçar.
Para quem tem o conhecimento prévio adequado, em ( 19) tem-se preferencialmen
-te a interpretação subclassificadora, ou seja, em (19) entende-se que o primeiro
mi-nistro da Inglaterra gosta de caçar. Por outro lado, em {20) o "advérbio" não pode ser
interpretado como um delimitador do referente do sujeito, já que nos Estados Uni
-dos o regime não é parlamentarista. Em outras palavras, o conhecimento que se tem sobre os Estados Unidos não inclui a expectativa da existência de um primeiro
mi-nistro americano. Assim sendo, nos Estados Unidos é interpretado como lugar
con-creto onde o primeiro ministro de outro país {identificado por outros meios) gosta de
caçar.1
1 Sentenças como (18) e (20), em que o advérbio recebe interpretação de lugar, costumam ocorrer em contexto
contrastivo, como por exemplo em:
18. Em Portugal Tom Jobim foi aplaudido várias vezes na rua. i. mas em Porto Alegre não lhe deram a menor confiança.
Outros exemplos:
(21) Na minha casa a TV não pega bem.
(22) No jardim a TV não pega bem.
(23) No McDonald's o sanduíche é difícil de comer.
(24) No McDonald's a Beth é difícil de comer.
Yara Goulart Liberato
Como existe uma expectativa de que casas-mas não jardins- tenham
Tv,
(21) podeter interpretação subclassificadora, mas em (22) isso é pouco provável (a menos que
se esteja falando de uma casa que tenha uma tv em cada cômodo, inclusive no
jar-dim). Considerando-se a expectativa mais comum, no jardim é interpretado como o
lugar concreto em que uma determinada tv (identificada no contexto lingüístico ou
situacional) não pega bem.
Da mesma maneira, como existe uma relação de expectativa entre McDo-nald's e sanduíche mas não entre McDonald's e Beth, (23) é interpretada como 'é
di-fícil comer o sanduíche do McDonald's'; enquanto (24) recebe a interpretação "é di
-fícil a Beth comer no McDonald's".
3.
4
U
nicidade (Univer
sa
lidade)
A expectativa de existência do referente no lugar em questão não é, no e
n-tanto, suficiente para tornar a interpretação subclassificadora possível.
É
preciso a in-da que o referente seja o único naquele lugar a que se possa referir com o enunciado em questão. Essa condição de unicidade pode ser verificada se comparamos (25)com (26):
(25) Na PUC o reitor foi homenageado pelos alunos. (26) Na PUC o professor foi homenageado pelos alunos.
A relação de expectativa existe tanto entre PUC e reitor quanto entre PUC e profes
-sor. No entanto, a relação entre PUC e reitor é unívoca, enquanto entre PUC e
pro-fessor é plurívoca, isto é, a PUC tem apenas um reitor, mas vários professores. Con
-seqüentemente, (25) recebe interpretação subclassificadora, mas (26) é mais natural
num contexto em que se está falando de um determinado professor; e nesse caso na
PUC
é interpretado como o lugar em que tal professor foi homenageado.20. Nos Estados Unidos o primeiro ministro gosta de caçar.
ii. Já no seu país prefere esquiar.
No entanto a contrastividade não é obrigatória como se pode ver, por exemplo, em (15), no contexto de (16).
Ou em (18), no contexto de (iii):
iii. Tom Jobim é muito popular.
iv. Em Portugal ele foi aplaudido várias vezes na rua.
SCRIPTA, Belo Horizonte, v. 2, n. 4, p. 76-86, !0
EFEITO DE ELEMENTOS EXTERNOS AO SN NA IDENTIFICAÇAO DE REFERENTES
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(26) Na PUC o professor foi homenageado pelos alunos. (28) Na PUC o professor ganha muito pouco.
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2 Melhor dizendo, a relação nesse caso é entre o lugar e um papel- professor-e não entre o lugar e uma en -tidade- um professor particular (sobre a oposição papeVentidade, ver Liberato, 1997).
O exemplo (23), citado acima, é um outro exemplo em que a relação universal se estabelece entre o papel e o
lugar. E também (v):
(23) No McDonald's o sanduíche é difícil de comer. v. Na Mesbla o cliente é atendido na hora.
Para maiores detalhes sobre a relação entre a universalidade, o tipo de referente (entidade ou papel) c o tipo de
SN (definido ou indefinido), ver Liberato (1997).
Yara Goulart Liberato
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3.6 Observações finais
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(33) Em Portugal Tom Jobim foi aplaudido várias vezes na rua pelo povo.
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ubcl
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EFEITO DE ELEMENTOS EXTERNOS AO SN NA IDENTIFICAÇÃO DE REFERE:'-ITES
AB
STRAC
T
T
his paper is an attempt to show that the information required to identify referents can be found outside the NP.It discusses the co n-ditions under which a preposed adverbial phrase can take not only thediscoursive function of a topic but also the semantic function of an
ad-jective, provinding relevant information to the referent delimitation
pro-cess.
Referências
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