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Avaliação de competência clínica de médicos residentes de Urologia na realização de exame urodinâmico Mestrado Profissional em Educação nas Profissões de Saúde

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Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde

FCMS

PUC-SP

Valter Yasushi Honji

Avaliação de competência clínica de médicos residentes

de Urologia na realização de exame urodinâmico

Mestrado Profissional em Educação nas Profissões de Saúde

(2)
(3)

Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde

FCMS

PUC-SP

Valter Yasushi Honji

Avaliação de competência clínica de médicos residentes

de Urologia na realização de exame urodinâmico

Mestrado Profissional em Educação nas Profissões de Saúde

Sorocaba

2014

(4)

Bibliotecário Responsável: Antonio Pedro de Melo Maricato CRB-8/6922 Biblioteca Prof. Dr. Luiz Ferraz de Sampaio Júnior.

Faculdade de Ciencias Medicas e da Saude – PUC-SP

H773 Honji, Valter Yasushi.

Avaliação de Competência Clínica de Médicos Residentes na realização de exame urodinâmico/ Valter Yasushi Honji. – Sorocaba, SP : [s.n.], 2014.

Orientador: Gisele Regina de Azevedo.

Dissertação (Mestrado Profissional) -- Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde.

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AGRADECIMENTOS

O meu sincero agradecimento...

A minha família (Patrícia, Rubens e Renata), pela paciência e carinho.

Aos meus pais, pela vida e total dedicação.

Aos colegas mestrandos, 1ª/2011, professores e funcionários da FCMS/PUC-SP.

A minha orientadora Dra Gisele Regina de Azevedo, pela colaboração, sem a qual não seria possível realizar este estudo.

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Mais do que uma profissão ou vocação, ser médico é uma benção que agradeço a Deus todos os dias de minha vida. Viver é chegar, pela primeira vez, a cada instante.

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RESUMO

Introdução: A avaliação de competências clínicas constitui etapa essencial na formação do estudante de Medicina e deve ser feita pelo professor, por meio da observação direta do desempenho em situação real. O uso do Miniexercício Clínico Avaliativo (Mini-Cex) é uma opção complementar de avaliação formativa e somativa, que avalia as competências clínicas do estudantes pré ou pós-graduados. Objetivos: Avaliar a competência clínica, de médicos residentes, na realização do exame urodinâmico; quantificar a evolução do seu desempenho após a realização do feedback; quantificar a melhora da qualidade técnica do exame urodinâmico pelo médico residente; quantificar o tempo gasto na aplicação do Mini-Cex pelo observador; detectar e quantificar as deficiências médicas durante o exame urodinâmico; avaliar a confiabilidade e a consistência interna do Mini-Cex para o exame urodinâmico. Material e Método: Estudo quanti-qualitativo realizado com estudantes de pós-graduação em Urologia durante a realização do exame urodinâmico, por meio da aplicação do instrumento Mini-Cex, que é baseado em uma Escala de Likert de 9 categorias, em que as notas de 1 a 3 referem-se a um desempenho insatisfatório; de 4 a 6 a um desempenho satisfatório e de 7 a 9 a um desempenho exemplar. Este instrumento possibilitou a avaliação do desempenho dos residentes na realização do exame urodinâmico por parte do pesquisador nos seguintes quesitos: habilidades na entrevista, habilidades no exame físico, qualidades humanísticas/profissionalismo, raciocínio clínico, habilidades de orientação, organização/eficiência e competência clínica geral. Ao final da consulta, o pesquisador realizou um feedback com cada estudante, apontando suas falhas e acertos na realização do exame urodinâmico, configurando a avaliação formativa. Resultados: Os achados recomendam o uso do Mini-Cex na realização de exames urodinâmicos (Alpha de Cronbach entre 0,8 e 0,9) e vantagens da realização do feedback na evolução do aprendizado de médicos residentes.

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ABSTRACT

Introduction: Clinical skills assessment is an essential step in the medicine students´ graduation and must be done by the teacher through direct performance observation in a real situation. The usage of Mini-Cex is an additional formative and summative evaluation option that assesses pre or post graduates students´ medical expertise. Objectives: Evaluate clinical residents’ competence on performing

urodynamic exames; quantify performance development after feedback attainment, quantify technical improvement quality of urodynamic examination by the resident doctor ; quantify the time spent in applying the Mini-Cex by the observer; detect and quantify medical disabilities during urodynamic examination, evaluate the reliability and internal consistency of the Mini exercise Clinical Evaluative ( Mini-Cex ) for the urodynamic examination. Methods: A quantitative and qualitative study conducted with graduated students in urology during the performance of urodynamic examination, through the Mini-Cex instrument application, which is based on a Likert Scale of 9 categories, which grades 1 to 3 refer to unsatisfactory performance ; 4 to 6 to satisfactory performance and 7 to 9 the exemplary performance . This instrument allowed residents' performance assessment in achieving the urodynamic examination by the researcher on the following questions: on interviewing, physical examination, clinical reasoning skills, humanistic and professional qualities, orientation, organization/efficiency and overall, clinical competence. At the end of the consultancy the researcher conducted a feedback to each student pointing their failures and successes in achieving the urodynamic testing, setting up formative assessment. Results: The findings recommend the usage of the Mini-Cex in performing urodynamic studies (Cronbach's alpha between 0.8 and 0.9) and performing feedback advantages on development of residents´ learning .

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Desempenho dos residentes de urologia da FCMS/PUC-SP na primeira aplicação do Mini-Cex. Sorocaba, 2014. ... 43 Tabela 2. Desempenho dos residentes de urologia da FCMS/PUC-SP na 2ª

aplicação do Mini-Cex. Sorocaba, 2014. ... 44 Tabela 3. Síntese do desempenho dos Residentes de Urologia nas avaliações do

Mini-Cex,Sorocaba, 2014. ... 57 Tabela 4. Síntese (%) do desempenho dos Residentes de Urologia nas avaliações

do Mini-Cex, Sorocaba, 2014. ... 58 Tabela 5. Análise do aproveitamento das avaliações por ano de residência,

Sorocaba, 2014. ... 59 Tabela 6. Compararação entre os tempos de realização dos exames dos 06

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1. Evolução do desempenho do Residente 1 nas duas avaliações, segundo a distribuição das notas. Sorocaba, 2014. ... 45 Gráfico 2. Evolução do desempenho do Residente 2 nas duas avaliações,

segundo a distribuição das notas. Sorocaba, 2014. ... 45 Gráfico 3. Evolução do desempenho do Residente 3 nas avaliações, segundo a

distribuição das notas. Sorocaba, 2014. ... 46 Gráfico 4. Evolução do desempenho, do Residente 4 nas avaliações, segundo

a distribuição das notas, Sorocaba, 2014. ... 47 Gráfico 5. Evolução do desempenhodo Residente 5 nas avaliações, segundo a

distribuição das notas, Sorocaba, 2014. ... 48 Gráfico 6. Evolução do desempenho, do Residente 6 nas avaliações, segundo

a distribuição das notas. Sorocaba, 2014. ... 48 Gráfico 7. Distribuição da média de evolução do desempenho dos Residentes.

Sorocaba, 2014. ... 49 Gráfico 8. Distribuição comparativa da evolução por competência clínica do

Residente 1 nas duas avaliações do Mini-Cex, Sorocaba, 2014... 50 Gráfico 9. Distribuição comparativa da evolução por competência clínica do

Residente 2 nas duas avaliações do Mini-Cex, Sorocaba, 2014... 51 Gráfico 10. Distribuição comparativa da evolução por competência clínica do

Residente 3 nas duas avaliações do Mini-Cex, Sorocaba, 2014... 52 Gráfico 11. Distribuição comparativa da evolução por competência clínica do

Residente 4 nas duas avaliações do Mini-Cex, Sorocaba, 2014... 53 Gráfico 12. Distribuição comparativa da evolução por competência clínica do

Residente 5 nas duas avaliações do Mini-Cex, Sorocaba, 2014... 54 Gráfico 13. Distribuição comparativa da evolução por competência clínica do

Residente 6 nas duas avaliações do Mini-Cex, Sorocaba, 2014... 55 Gráfico 14. Distribuição comparativa da média da evolução por competência

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 23

1.1 Contextualização e justificativa... 23

1.2 Revisão da Literatura ... 24

1.2.1 Síntese da evolução da avaliação educacional no Brasil ... 24

1.2.2 Aspectos históricos do exame urodinâmico ... 26

1.2.3 Técnica de realização do exame urodinâmico ... 27

1.3 Instrumentos de avaliação das competências clínicas do estudante de Medicina ... 31

2. OBJETIVOS ... 35

2.1 Objetivo geral ... 35

2.2 Objetivos específicos ... 35

3. MATERIAL E MÉTODO ... 37

3.1 Aspectos éticos ... 37

3.2 Campo de estudo e tipo de estudo ... 37

3.3 Participantes do estudo ... 39

3.4 Descrição dos procedimentos ... 39

3.4.1 Primeira etapa – Convite para os médicos residentes ... 39

3.4.2 Segunda etapa – Convite para pacientes ... 39

3.4.3 Terceira etapa – Capacitação prática dos residentes ... 40

3.4.4 Quarta etapa – Aplicação do Mini-Cex ... 40

3.4.4.1 Procedimento de aplicação do Mini-Cex ... 40

4. RESULTADOS ... 43

4.1 Análise quantitativa ... 43

4.2 Análise qualitativa ... 60

5. DISCUSSÃO ... 63

6. CONCLUSÕES ... 69

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APÊNDICES E ANEXOS

APENDICES ... 77 APÊNDICE 1 –TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA O

PARA O PACIENTE (REALIZAÇÃO DO EXAME URODINÂMICO PELO PESQUISADOR) ... 77 APÊNDICE 2 – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA O

PACIENTE (REALIZAÇÃO DO EXAME URODINÂMICO PELO MÉDICO RESIDENTE) ... 79 APÊNDICE 3–TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA

PARTICIPAÇÃO DO MÉDICO RESIDENTE ... 81 ANEXOS ... 83 ANEXO 1 – APROVAÇÃO DO PROJETO PELO COMITÊ DE ÉTICA DA

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1. INTRODUÇÃO

1.1 Contextualização e justificativa

Após a conclusão da graduação em Medicina no ano de 1983, pela Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde – Pontifícia Universidade de São Paulo, e com o ingresso na residência médica na área de cirurgia geral, no período de 1984 à 1985, o interesse pela especialidade de Urologia se intensificou. Assim, decidi ingressar no período de 1986 a 1987 na residência de Urologia no Hospital do Servidor Público na cidade de São Paulo.

Durante toda a prática profissional desenvolvida nesses anos, pude perceber aspectos importantes e relevantes na realização do exame urodinâmico (EU) que contribuem para o alcance de resultados positivos. Todavia, a literatura é escassa no que se refere a estudos na área de ensino-aprendizagem que mencionem a importância da realização de feedeback entre estudante X professor, satisfatória para a melhoria do seu desempenho profissional prático e consequente melhora na qualidade do exame realizado.

O maior desafio dos educadores médicos está em avaliar o desempenho, isto

é, o ‘’fazer real’’, com sua imprevisibilidade e aspectos emocionais envolvidos(1). Os

autores concordam que, para se avaliar a competência na verdadeira prática clínica, o nível "fazer", é preciso agregar a observação do desempenho no cuidado do aluno com pacientes reais(1,2,3). No entanto, raras são as oportunidades em que os

docentes observam os atendimentos realizados por seus alunos e frequentemente, aceitam a veracidade da história e do exame físico apresentados, sem nunca terem realmente observado seu desempenho(2,4). Muitos alunos referiram que, durante

todo o seu curso de medicina, foram observados em poucas oportunidades por docentes e, muitas vezes, por residentes mais experientes. Indiscutivelmente, a observação direta é um método rico de avaliação, que fornece uma visão mais realista e integrada das habilidades clínicas dos alunos, facilitando a identificação das áreas de aprendizado a serem reforçadas. Por isso deveriam receber alta prioridade por parte dos educadores, coordenadores e diretores de escolas médicas(2,4)

(26)

24

execução do exame urodinâmico, incentivando-me a realizar o ingresso, inicialmente voluntário, na carreira de docência universitária no ano de 2010. Nesse momento, definiu-se claramente o caminho a ser percorrido no Programa de Mestrado Profissional, que era um antigo desejo profissional.

Assim, resolvi desenvolver uma dissertação com o intuito de avaliar a competência clínica de médicos residentes durante a realização do exame urodinâmico (EU), por meio da aplicação do Mini-Cex.

1.2 Revisão da Literatura

1.2.1 Síntese da evolução da avaliação educacional no Brasil

De acordo com estudos(5,6) realizados nos anos de 2000 e 2006, durante a década de 30, alguns pesquisadores produziram estudos que contribuíram para a formação da avaliação educacional, apontando para diversas mudanças nas concepções de ensino e aprendizagem, resultando em repercussões importantes no campo das práticas das avaliações escolares, pois houve a introdução de vários métodos de avaliação, como: inventários, escalas e checklists, para coletar

subsídios sobre o desempenho dos alunos.

Em 8 de abril de 1931 ocorreu a primeira reforma do ensino no Brasil, prevista no Decreto número 19.890, onde o termo ‘’avaliação’’ sequer era usado. Em seu lugar, liam-se ‘’provas’’, ‘’exames’’, ‘’critérios de promoção de alunos” e outros. A avaliação da aprendizagem era concebida como um procedimento de atribuição de notas aos alunos, ou seja, como um procedimento de medida(7).

Vieira(6) menciona que, na década de 40, com a promulgaçãoda Lei Orgânica

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25 processo amplo e contínuo, que visa verificar o alcance dos objetivos educacionais definidos(8).

Com relação às considerações acerca da legislação no Brasil sobre a avaliação da aprendizagem, da década de 30 até a década de 90, podemos observar que(6):

Ao longo do tempo, houve alterações quanto à concepção de avaliação subjacente à legislação: inicial e predominantemente, no espaço de tempo considerado, um julgamento do desempenho do aluno, que procurava ser imparcial e objetivo, feito a partir do cômputo de acertos e erros apresentados nas questões de provas e exames; posteriormente, a avaliação da aprendizagem como um procedimento de julgamento do desempenho do aluno, baseado em critérios expressos nos objetivos previstos, que deve ser realizado de forma ampla e contínua. A finalidade da avaliação expressa até a legislação de 1961, era apenas classificatória, sendo-lhe acrescida, a partir de 1971, a função de retroinformação, visando fornecer dados para o acompanhamento, controle e reformulação das propostas curriculares. Nesse sentido, a lei prevê mecanismo que visa a monitorar a problemática de aprovação/reprovação do aluno, tais como os estudos e recuperação e o sistema de avanço progressivo”.

Observa-se que o campo da avaliação escolar foi sendo historicamente construído e, como tal, acompanhou os movimentos e as transformações de cada época, em diferentes espaços e contextos(9), e que a avaliação é histórica nas suas origens, nas suas controvérsias e, consequentemente, nos desafios que enfrenta(9,10).

Nessa perspectiva, as instituições de ensino superior da área da saúde devem adotar formas de avaliação democrática, justa, qualitativa e significativa no cotidiano prático de cada estudante(11), estimulando suas habilidades reflexivas,

analíticas e de automonitoramento(12).

Esses princípios estão em consonância com os Regimentos Didáticos Escolares dos Cursos de Medicina da FCMS/PUC-SP(13), atendendo, assim, às

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26

1.2.2 Aspectos históricos do exame urodinâmico

O primeiro experimento de medida da pressão vesical ocorreu de forma casual, em 1882, quando Schatz acidentalmente puncionou a bexiga enquanto realizava experimentos com a pressão abdominal(20).

Na mesma época, Mosso e Pellacani, trabalhando nos laboratórios de fisiologia da Universidade de Turim, Itália, resolveram monitorizar a bexiga de cães, usando pletismógrafo(19,20). Nesse experimento, concluíram que as alterações da pressão intravesical eram independentes dos movimentos respiratórios e abdominais e que o toque de áreas específicas, como a cauda ou o escroto, os ruídos ou estímulos dolorosos, promoviam contrações vesicais(19).

Utilizando equipamentos semelhantes no homem, Mosso e Pellacani demonstraram que as contrações vesicais poderiam se iniciar com esforço voluntário e que, durante o enchimento vesical, não havia aumento da pressão vesical e, sim, acomodação continente ao conteúdo(21).

Um ano depois, Desmos incorporou o manômetro de mercúrio para medir as pressões vesicais, e em 1894 Genouville introduziu o termo cistometria(22). Schwartz e Bremmer, utilizando vários recipientes nos quais os pacientes urinavam, correlacionaram o volume urinado com o tempo de micção e estabeleceram, como fluxo médio normal, 20ml por segundo, cifra semelhante àquela hoje aceita(19,21).

Rose, em 1927, desenvolveu um cistômetro de mercúrio ligado à introdução de água na bexiga por bombeamento. Investigou os volumes necessários para produzir desejo de micção no indivíduo normal e na bexiga neurogênica. Valorizou as medidas da pressão intra-abdominal e utilizou um gráfico onde havia espaço para assinalar o grau de cooperação do paciente(21).

Em 1939, Lewis adaptou o cistomanômetro a um mecanismo elétrico de relógio, obtendo registros gráficos de forma contínua a uma velocidade do papel de 1,08 cm por minuto. Estudou a pressão vesical, a acomodação vesical e a pressão de enchimento(19,21).

Em 1957, Von Garrelts produziu um aparelho que registrava o fluxo urinário por mecanismo elétrico. Um ano depois, Drake produziu o primeiro fluxômetro satisfatório(19,21).

(29)

27 complexas interações entre pressões e gradiente de pressão na bexiga e na uretra em função do nível de mudanças das pressões intra-abdominais e da ação do detrusor . Estudo de Hodgkinson (1978) menciona que Arnold, em 1974, discutiu a influência da postura na cistometria da bexiga cheia e parcialmente cheia. Observou que a postura não afeta o detrusor normal, mas pode ajudar na detecção de instabilidade do detrusor na mulher incontinente. Em seu estudo, a cistometria realizada somente na posição supina não detectava 58% das bexigas instáveis(23).

No ano de 1976, foi realizada a primeira publicação da Sociedade Internacional de Continência Urinária (ICS), padronizando a terminologia das disfunções do trato urinário baixo, para facilitar a comparação de resultados e investigadores que usam métodos urodinâmicos(24).

Tanagho e Jonas, em 1977, desenvolveram um cateter com quatro canais para a medida simultânea das pressões vesical e uretral. Esses autores realizaram diversos estudos anatômicos e foram capazes de explicar como as atividades musculares das várias partes do sistema contribuem para as modificações da pressão e gradientes na bexiga e uretra, em diferentes condições. Ao longo do século, inúmeros investigadores desenvolveram técnicas e gravaram simultaneamente mais de vinte parâmetros fisiológicos para a função vesicouretral, e aí nasceu a ciência da urodinâmica(25).

Assim, a recomendação é que o exame deva ser realizado em local privado, preservando a intimidade do paciente, e ser o menos desconfortável possível(26,27)

para o alcance de resultados satisfatórios.

1.2.3 Técnica de realização do exame urodinâmico

(30)

28

urgência miccional; incontinência urinária mista como a queixa de perda involuntária de urina associada com urgência e também com o esforço, espirro ou tosse(28).

De acordo com Araújo et al (2007) o estudo urodinâmico é definido pela ICS como “a avaliação morfológica, fisiológica, bioquímica e hidrodinâmica do transporte urinário”, que compreende as fases de enchimento e esvaziamento vesicais, avaliados pela medida das pressões vesical, uretral e abdominal(29).

O objetivo da avaliação urodinâmica é identificar as causas específicas dos sintomas dos pacientes, seja o problema a incontinência urinária, a disfunção miccional ou os sintomas irritativos do trato urinário, além de fornecer dados para orientar o correto tratamento, seja ele cirúrgico ou não(30, 31,32,33,34).

Na prática desse exame, delicadas sondas são introduzidas na bexiga, uretra e ampola retal, onde são conectadas a transdutores de pressão calibrados em centímetros de água (cmH2O). As informações pressóricas de cada compartimento são transmitidas, simultaneamente e em tempo real, por esses transdutores a um processador, que envia os dados, na forma de gráficos, a uma tela de vídeo de um computador. Este contém previamente o software do estudo urodinâmico, fornecido

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30

É utilizado ainda, nesse procedimento, dois tipos de eletrodos: o de superfície e o profundo, que são conectados a um receptor de atividade elétrica (em mV), que tem a função de avaliar o funcionamento do esfíncter uretral estriado (voluntário, distal ou externo), nas diversas fases do exame, particularmente durante a micção(29).

Neste contexto, a urofluxometria é um teste simples e não invasivo, útil na detecção de anormalidades anatômicas ou na fisiologia da micção(21,28). A cistometria irá medir a relação entre pressão e volume na bexiga e determinar alterações na atividade do detrusor, na sensação, na capacidade e na complacência vesicais, o perfil pressórico uretral e os estudos das medidas de pressão de perda, que determinarão o mecanismo de continência uretral(28).

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31 artefatos(34,35). E para o exame ter qualidade e ser confiável, ele deve reproduzir os

sintomas do paciente. Portanto, se os sintomas não são reproduzidos adequadamente, os dados obtidos serão irrelevantes e, em alguns casos, até discordantes(36).

Assim, o exame deve ser realizado em local privado, preservando a intimidade do paciente, e ser o menos desconfortável possível(26,27), para que os resultados obtidos sejam fidedignos. A informação prévia sobre o estudo ao paciente é fundamental para diminuir a ansiedade e mostrar sua importância(27).

1.3 Instrumentos de avaliação das competências clínicas do estudante de Medicina

Na área da medicina, apesar dos avanços tecnológicos, as habilidades para realizar a história médica, o exame físico e a relação médico-paciente continuam ainda sendo as mais importantes ferramentas diagnósticas e terapêuticas. No entanto, as deficiências em habilidades clínicas entre estudantes de medicina têm sido relatadas(2,4). Esse fato reforça a necessidade de que os docentes voltem sua

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32

de conhecimentos, habilidades e de comunicação, empatia, propedêutica e raciocínio clínico do estudante, durante todo o período de graduação e/ou após a graduação médica(3,4). É importante ressaltar que a competência clínica deve ser considerada não apenas na demonstração de comportamentos isolados, mas também na habilidade integrada de pensar, sentir e agir na prática real, em um determinado contexto. Por isso, ferramentas de observação direta são bastante úteis para avaliar o que os estudantes fazem ou deixam de fazer durante suas consultas médicas(4).

Nesse contexto, o método de avaliação das competências clínicas de estudantes de medicina tornou-se um componente crítico da educação médica. E instrumentos avaliativos estruturados parecem ser adequados tanto aos avaliadores quanto para os avaliados, uma vez que pode ser usado como um guia de observação e também como uma ferramenta de feedback, ampliando as

oportunidades de aprendizagem no cenário clínico. E para que esse instrumento seja aplicado de forma eficaz, justa e confiável, os avaliadores precisam ser adequadamente preparados(4). Entretanto o maior desafio dos educadores médicos está ainda em avaliar o desempenho, o "fazer" real, com sua imprevisibilidade e com os aspectos emocionais envolvidos(1).

Em 1990, George Miller propôs um modelo hierárquico de avaliação da competência clínica, que diferenciava o nível da “ação” (fazer) dos outros níveis considerados inferiores (saber, saber como e mostrar como)(37). Avaliar a ação

significava avaliar o que ocorre na prática. Embora nos últimos anos tenham sido utilizados inúmeros métodos avaliativos (testes de múltipla escolha, exame oral, trabalhos escritos, estudos de caso) para os alunos de medicina, a maioria deles ainda enfocava o “saber” ou o “saber como” como habilidades essenciais da esfera cognitiva, mas insuficientes para compor a competência clínica(1,37).

Nesse contexto, o Mini-Cex (Mini-clinical evalution exercise) é uma opção

complementar de avaliação formativa e somativa, que avalia as competências clínicas dos estudantes pré ou pós-graduados. É aplicado quando o professor pretende identificar problemas sentidos pelos seus alunos e, em vez de constatar a existência de dificuldades, pretende entendê-las e enfrentá-las (4,38,39).

(35)

33 instituição de ensino, no sentido da promoção da aprendizagem, por ser modelo mediador, democrático, participativo e, portanto, o oposto do modelo tradicional de ensino, até então adotado. Nesse tipo de avaliação, podemos destacar dois modelos em meio às orientações pedagógicas existentes: a avaliação somativa, por ocorrer

ao final do processo e ser levada a efeito por uma equipe externa, que aprecia o conjunto das mudanças ocorridas em uma ação de formação; e a

avaliação formativa, por se basear no processo de ensino e aprendizagem e

consistir em uma avaliação global ou setorial das mudanças, em uma ação de formação com relação aos seus responsáveis, de modo a ser bem sucedida. A última é interna, e é realizada pelos próprios professores.

O papel do professor, nesse tipo de avaliação, é o de contribuir para o desenvolvimento das competências metacognitivas dos alunos, das suas competências de autoavaliação e também de autocontrole. Uma avaliação que traz essas características contribui para que o aluno construa sua aprendizagem(44) por meio da reunião de suas produções, para que ele, juntamente com o seu professor, conheça seus progressos e suas necessidades em uma determinada área(13).

O Regimento Didático-Escolar do Curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da PUC-SP, do ano de 2011(13), adota a avaliação

formativa por ser um tipo de avaliação contínua, juntamente com a avaliação somativa, por possibilitar a análise de progressão do estudante ao longo dos anos do seu curso.

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35

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Avaliar a competência clínica em médicos residentes de Urologia.

2.2 Objetivos específicos

 Analisar a evolução do seu desempenho após a realização do feedback,

quantificando a melhora da qualidade técnica do exame urodinâmico realizado pelo médico residente;

 Quantificar o tempo gasto pelo pesquisador na aplicação do Mini-Cex;

 Detectar e quantificar as deficiências médicas durante o exame urodinâmico;  Avaliar a confiabilidade e a consistência interna do Miniexercício Clínico

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3. MATERIAL E MÉTODO

3.1 Aspectos éticos

O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da FCMS-PUC/SP para apreciação, sendo aprovado em dezembro de 2011.

Todos os sujeitos que aceitaram participar da pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE (Apêndice 1), após as orientações.

3.2 Campo de estudo e tipo de estudo

A coleta de dados da pesquisa foi inicialmente planejada para ser realizada no Ambulatório do Conjunto Hospitalar de Sorocaba, mas devido a um problema técnico no aparelho de exame urodinâmico e à demora em seu conserto, optou-se por mudar o local de coleta de dados para a clínica particular do pesquisador, localizada também no município de Sorocaba/SP, a poucos metros do hospital. A coleta de dados foi realizada nos meses de setembro e outubro do ano de 2013.

Trata-se de um estudo quali-quantitativo, exploratório e metodológico(45,46).

A pesquisa qualitativa envolve a obtenção de dados descritivos, através do contato direto do pesquisador com a situação estudada(47),e apresenta as seguintes

características(48):

 Tem o ambiente natural como sua fonte direta de dados e o pesquisador como seu principal instrumento (supõe o contato direto e prolongado do pesquisador com o ambiente e a situação que está sendo estudada);

 Os dados coletados são predominantemente descritivos [descrições de pessoas, situações, acontecimentos; inclui transcrições de depoimentos (ex: grupo focal) para melhor compreensão do problema estudado];

 A preocupação com o processo é muito maior do que com o produto (verifica como o problema se manifesta no cotidiano);

 O ‘’significado’’ que as pessoas dão às coisas e à sua vida são focos de

atenção especial pelo pesquisador (faz-se uma tentativa de capturar a

‘’perspectiva dos participantes’’, isto é, a maneira como os informantes

(40)

38

 A análise dos dados tende a seguir um processo indutivo (as abstrações se formam a partir da inspeção dos dados num processo de baixo para cima). A pesquisa qualitativa é utilizada comumente em estudos que tratam do processo de ensino-aprendizagem. As noções teórico-metodológicas que estão presentes nesse tipo de pesquisa estão embasadas numa linha investigativa denominada de interacionista, cujo enfoque principal é compreender os fenômenos do comportamento humano (49,50,51).

A abordagem quantitativa foi utilizada por permitir a mensuração de resultados por meio do Questionário Mini-Cex (baseado em uma Escala de Likert de 9 categorias). Este tipo de pesquisa adota uma orientação que aceita o comportamento humano como sendo resultado de forças, fatores, estruturas internas e externas que atuam sobre as pessoas, gerando medidas precisas (resultados) e confiáveis que permitam uma análise estatística(9,52). Um dos pontos

centrais em pesquisas quantitativas é a elaboração do instrumento de medição a ser utilizado para a coleta de informações, sendo os questionários objetivos baseados na Escala de Likert bastante utilizados nesse tipo de pesquisa(53-59).

Além disso, o estudo foi exploratório, pois possibilitou a consideração dos mais variados aspectos relativos ao desempenho do médico residente e da realização prática do exame urodinâmico, objetivando a avaliação da competência clínica do estudante e a evolução do seu aprendizado após a realização do feedaback com o pesquisador, por meio da aplicação e avaliação do Mini-Cex nessa situação em especial, seguindo assim os pressupostos de um estudo metodológico, pois realizou investigações dos métodos de obtenção, organização e análise de dados, encarregando-se da elaboração e avaliação do instrumento de pesquisa(9).

A escala Likert, ou escala de Likert, é um tipo de escala de resposta psicométrica utilizada em pesquisas de opinião. Foi criada pelo estudioso Rensis Likert, que foi professor e diretor do Instituto de Pesquisas Sociais de Michigan por mais de 40 anos, onde desenvolveu uma série de estudos(9,60). Por se tratar de uma escala com medida intervalar, exige resposta graduada para item, medindo, assim, a opinião dos respondentes nas proporções do menos favorável (total desacordo) para o mais favorável (total acordo), sendo o ponto intermediário (escalas ímpares: 3, 5, 7 ou 9 categorias) o ponto que representará a opinião indecisa(61,62,63). A utilização do

(41)

39 pesquisador. Os níveis (categorias) de respostas que hoje os pesquisadores utilizam são: três, quatro, cinco, seis, sete ou nove(59-61, 64).

Para analisar a confiabilidade(64,65), que é a avaliação da consistência interna dos itens do Mini-Cex, foi calculado o Coeficiente de Alpha de Cronbach.

Este tipo de teste estatístico é comumente utilizado em pesquisas que trabalham com questionários, com o intuito de avaliar se o instrumento utilizado na pesquisa (Mini-Cex) consegue inferir ou medir aquilo a que realmente se propõe, conferindo, assim, a relevância científica da mesma(64). É importante ressaltar que os valores do Alpha de Cronbach variam de 0 a 1,0, sendo interpretado da seguinte forma: quanto mais próximo de 1, maior a confiabilidade entre os indicadores. Um limite inferior geralmente aceito para o Alpha de Cronbach é o de 0,7, apesar de poder diminuir para 0,6 em pesquisas exploratórias(64, 65, 66). Outros autores sugerem como satisfatórios valores de 0,7 a 0,8 para comparação entre grupos, porém com a ressalva de que, para aplicações clínicas (área médica), valores maiores são necessários, sendo um mínimo de 0,9 ou até 0,95 desejáveis(67).

3.3 Participantes do estudo

Médicos residentes da especialidade de urologia da FCMS/PUC-SP e pacientes da rede pública, em atendimento no Ambulatório de Urologia.

3.4 Descrição dos procedimentos

3.4.1 Primeira etapa – Convite para os médicos residentes

O pesquisador convidou para uma aula explosiva sobre o tema “Exame Urodinâmico’’ todos os médicos residentes de Urologia da FCMS/PUC-SP e, após as explicações pertinentes, convidou-os para participar da pesquisa. Na ocasião, todos foram orientados também pelo pesquisador sobre todas as etapas do estudo, pactuando previamente os dias e horários disponíveis para a realização da capacitação prática.

3.4.2 Segunda etapa Convite para pacientes

(42)

40

participarem da terceira etapa da pesquisa. Em um segundo momento, nesse mesmo contexto, foram convidados mais 12 pacientes para participarem da quarta etapa da pesquisa, explicando-se a eles os objetivos da mesma e deixando claro que todos receberiam o resultado de seu estudo urodinâmico, cuja solicitação todos já tinham em mãos.

3.4.3 Terceira etapa Capacitação prática dos residentes

O pesquisador fez a demonstração de dois exames urodinâmicos aos residentes participantes da pesquisa, esclarecendo todas as dúvidas que surgiram. Dessa etapa participaram os dois pacientes convidados na etapa anterior.

3.4.4 Quarta etapa Aplicação do Mini-Cex

Nessa etapa, cada médico residente realizou dois exames urodinâmicos no mesmo dia, sendo ambos seguidos de feedback individual. Durante a execução do exame urodinâmico pelo médico residente, o pesquisador avaliou o seu desempenho por meio da aplicação do instrumento Mini-Cex. Ainda nessa etapa, participaram os 12 pacientes convidados previamente.

3.4.4.1 Procedimento de aplicação do Mini-Cex

O Mini Clinical Evaluation Exercise foi idealizado pelo Dr. John J. Norcini,

atual presidente da Foundation for Advancement of International Medical Education and Research (FAIMER). Traduzido para o português(68), tornou-se um instrumento disponível para aplicação no Brasil(69). Em português, esse instrumento foi

denominado Miniexercício Clínico Avaliativo (Mini-Cex)(68,69), que consiste em uma escala de classificação que procura avaliar seis competências clínicas nucleares, a saber(70):

 Competências na entrevista/história clínica;  Competências no exame físico;

 Qualidades humanísticas/Profissionalismo;  Raciocínio e juízo clínico;

(43)

41 Sabe-se que o uso deste método possui vantagens importantes como(4,38,71,72,73,74):

 Incorporar uma dimensão formativa, através do feedback;

 Oferecer aos alunos mais oportunidades para observação e feedback por diferentes avaliadores;

 Avaliar os alunos numa gama mais ampla de contextos e situações clínicas do que as avaliações tradicionais;

 Ter valor pedagógico: traduz um número acrescido de ocasiões em que os alunos contatam e são diretamente observados com doentes reais;

 Ter sido validado em contexto pré-graduado, com sucesso;

 Demonstrar validade de constructo (capacidade de discriminar níveis de desempenho);

 Aparentar ter validade concorrente (correlação com outras medidas);

 Produzir resultados mais fidedignos que os baseados nos casos longos tradicionais.

 E, por fim, detectar falhas importantes, além de servir como importante ferramenta de aprendizagem, pois ajuda os alunos a reforçarem seus pontos fortes e corrigirem suas deficiências.

Ele vem sendo utilizado em vários serviços de residência e universidades norte-americanas, como uma escala de avaliação de habilidades clínicas. É um instrumento de observação direta de desempenho, que permite que o professor avalie o estudante enquanto este realiza uma consulta objetiva e rápida, focada em determinada necessidade do paciente. Sua principal característica é reproduzir, da maneira mais fiel possível, a rotina do profissional em seu local de trabalho. Não interfere na rotina do serviço, não usa o paciente como objeto de ensino e consegue identificar e corrigir deficiências de desempenho. Durante o encontro do interno com o paciente, o examinador observa e faz anotações na ficha padronizada, oferecendo logo após o exercício avaliativo um feedback ao estudante, apontando-lhe as áreas

em que foi bem avaliado e aquelas em que há necessidade de aperfeiçoamento. O examinador deve anotar se o foco da consulta é: coleta de dados, diagnóstico, tratamento ou orientações de alta(68,75).

(44)

42

professor avalia o estudante de medicina nos seguintes quesitos: habilidades na entrevista, habilidades no exame físico, qualidades humanísticas/profissionalismo, raciocínio clínico, habilidades de orientação, organização/eficiência e competência clínica geral; anotando seu grau de satisfação e dando uma pontuação na escala de 9 pontos. Para qualquer item, o professor poderá anotar “não aplicável”, se assim considerar aquele quesito. Finalmente, a competência geral é avaliada, não como uma média aritmética dos demais escores, mas como síntese da avaliação. Anota-se o tempo gasto em minutos pelo estudante durante a consulta, e o documento é assinado pelo professor e pelo estudante(68,76).

Este método foi idealizado para ser um instrumento de avaliação formativa, no qual o residente ou interno realiza uma consulta objetiva num paciente, sendo observado pelo professor e/ou pesquisador. A consulta foi realizada de forma focada na necessidade atual do paciente e ocorreu em um consultório particular do pesquisador. É importante ressaltar que esta pode ocorrer em diversos ambientes, tanto em âmbito hospitalar como ambulatorial(68).

Durante o encontro do residente com o paciente, o pesquisador observou e fez anotações na ficha padronizada, oferecendo logo após o exercício avaliativo um

feedback ao residente, apontando-lhe as áreas em que foi bem avaliado e aquelas

em que havia necessidade de aperfeiçoamento(68).

A escala de Likert utilizada neste estudo foi classificada da seguinte forma: de 1 a 3 o desempenho foi considerado insatisfatório; 4, 5 e 6, desempenho satisfatório; e 7, 8 e 9, desempenho exemplar. O pesquisador anotou o grau de satisfação para todas as 6 dimensões(76,77). Para a dimensão ‘’Manejo do paciente’’, optou em

registrar o item como “não observável”, pois esta intervenção médica não era o foco da pesquisa. Vale a pena ressaltar que, nos casos em que esta era urgente, forneceu a receita medicamentosa para o paciente. Por fim, o pesquisador registrou o tempo gasto na aplicação do Mini-Cex(39). No momento do segundo feedback o

(45)

43

4. RESULTADOS

4.1 Análise quantitativa

Participaram do estudo todos os residentes de Urologia da FCMS/PUC-SP (N=06), que foram identificados da seguinte forma: os dois residentes do 3º ano de Urologia foram denominados Residente 1 e Residente 2; os dois residentes do 2º ano foram denominados Residente 3 e Residente 4, e os dois residentes do 1º ano foram denominados Residente 5 e Residente 6. (Tabelas 1 e 2).

Tabela 1. Desempenho dos residentes de urologia da FCMS/PUC-SP na primeira aplicação do Mini-Cex. Sorocaba, 2014.

Residente 1 2 3 4 5 6

Ano de Residência em Urologia 3⁰ 3⁰ 2⁰ 2⁰ 1⁰ 1⁰

HISTÓRIA CLÍNICA – ANAMNESE (PONTUAÇÃO MÁXIMA 45 PONTOS)

Estudante apresentou-se ao paciente e deixou-o à vontade 7 6 4 4 7 4

Deu oportunidade ao paciente de elaborar ou apresentar o seu problema de forma

integral 6 6 4 5 6 4

Utilizou habilidade de comunicação (perguntas, escuta ativa, comunicação verbal e

não verbal) efetivamente 6 6 4 6 7 4

Identificou a percepção do paciente sobre seu estado -idéias e diagnóstico do

paciente, preocupação e expectativas 6 5 3 6 6 4

Identificou o diagnóstico dentro do contexto social, psico-social e físico 6 5 4 6 6 4

TOTAL DE PONTOS 31 27 19 27 32 20

EXAME FÍSICO (PONTUAÇÃO MÁXIMA 36 PONTOS)

Realizou o exame físico e identificou os sinais clínicos corretamente 5 5 4 3 5 4 Utilizou instrumentos diagnósticos de forma competente 6 5 5 4 6 4 Lavou as mãos e utilizou medidas de proteção universais 6 4 5 6 5 5 Demonstrou sensibilidade às necessidades do paciente 6 6 6 6 6 5

TOTAL DE PONTOS 23 20 20 19 22 18

*MANEJO DO PACIENTE (PONTUAÇÃO MÁXIMA 54 PONTOS) No no no no No no RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS(PONTUAÇÃO MÁXIMA 63 PONTOS)

Procurou informação relevante e específica para construção do

diagnóstico diferencial 7 6 5 6 7 4

Gerou hipóteses diagnósticas apropriadas ou identificou o problema 7 5 6 6 6 4 Procurou por sinais físicos específicos que auxiliam na confirmação

ou não da hipótese diagnóstica aventada 7 5 5 6 6 5

Interpretou e aplicou corretamente as informações obtidas do

prontuário do paciente 7 5 6 6 6 4

Aplicou conhecimento básico, comportamental e das ciências

clínicas ao problema do paciente 7 5 5 7 7 5

Reconheceu e respeitou os limites de sua competência pessoal e

profissional 7 5 6 6 6 5

Demonstrou uma abordagem bem organizada para obter e oferecer

informações 7 5 6 6 6 4

TOTAL DE PONTOS 49 36 39 43 44 31

(46)

44

RELACIONAMENTO COM O PACIENTE (PONTUAÇÃO MÁXIMA 36 PONTOS)

Manteve relacionamento amigável, mas profissional 7 5 6 6 6 5

Utilizou-se da empatia para encorajar o paciente a expressar seus

sentimentos e impressões 7 6 6 6 7 5

Apoiou o paciente no processo de aceitação de sua condição clínica 7 5 5 6 6 5 Demonstrou preocupação de que a atitude do paciente para com o

médico afeta a cooperação entre ambos 7 6 5 6 6 4

TOTAL DE PONTOS 28 22 22 24 25 19

Tempo de Avaliação (minutos) 45 30 60 60 20 60

* no = não observado

Tabela 2. Desempenho dos residentes de urologia da FCMS/PUC-SP na 2ª aplicação do Mini-Cex. Sorocaba, 2014.

Residente 1 2 3 4 5 6

Ano de Residência em Urologia 3⁰ 3⁰ 2⁰ 2⁰ 1⁰ 1⁰

HISTÓRIA CLÍNICA – ANAMNESE (PONTUAÇÃO MÁXIMA 45 PONTOS)

Estudante apresentou-se ao paciente e deixou-o à vontade 7 7 6 7 6 5

Deu oportunidade ao paciente de elaborar ou apresentar o seu problema de forma

integral 7 6 6 7 7 6

Utilizou habilidade de comunicação (perguntas, escuta ativa, comunicação verbal e

não verbal) efetivamente 7 7 6 7 7 6

Identificou a percepção do paciente sobre seu estado -idéias e diagnóstico do

paciente, preocupação e expectativas 7 6 6 6 6 6

Identificou o diagnóstico dentro do contexto social, psico-social e físico 6 7 6 6 6 7

TOTAL DE PONTOS 34 33 30 33 32 30

EXAME FÍSICO (PONTUAÇÃO MÁXIMA 36 PONTOS)

Realizou o exame físico e identificou os sinais clínicos corretamente 7 7 6 6 6 6 Utilizou instrumentos diagnósticos de forma competente 7 6 6 7 7 7 Lavou as mãos e utilizou medidas de proteção universais 7 6 6 7 6 6 Demonstrou sensibilidade às necessidades do paciente 7 6 6 6 6 7

TOTAL DE PONTOS 28 25 24 26 25 26

*MANEJO DO PACIENTE (PONTUAÇÃO MÁXIMA 54 PONTOS) No no no no No No

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS(PONTUAÇÃO MÁXIMA 63 PONTOS)

Procurou informação relevante e específica para construção do

diagnóstico diferencial 7 6 6 6 7 7

Gerou hipóteses diagnósticas apropriadas ou identificou o problema 7 7 6 7 7 7 Procurou por sinais físicos específicos que auxiliam na confirmação

ou não da hipótese diagnóstica aventada 7 6 6 7 6 7

Interpretou e aplicou corretamente as informações obtidas do

prontuário do paciente 7 6 6 6 7 7

Aplicou conhecimento básico, comportamental e das ciências

clínicas ao problema do paciente 7 6 7 7 6 6

Reconheceu e respeitou os limites de sua competência pessoal e

profissional 7 6 6 7 6 6

Demonstrou uma abordagem bem organizada para obter e oferecer

informações 7 5 6 7 7 7

TOTAL DE PONTOS 49 42 43 47 46 47

(47)

45 RELACIONAMENTO COM O PACIENTE(PONTUAÇÃO MÁXIMA 36 PONTOS)

Manteve relacionamento amigável, mas profissional 7 6 6 7 6 7

Utilizou-se da empatia para encorajar o paciente a expressar seus

sentimentos e impressões 7 7 6 6 6 6

Apoiou o paciente no processo de aceitação de sua condição clínica 7 7 6 6 7 6 Demonstrou preocupação de que a atitude do paciente para com o

médico afeta a cooperação entre ambos 7 7 6 6 7 7

TOTAL DE PONTOS 28 27 24 25 26 26

Tempo de Avaliação (minutos) 30 30 60 40 20 20

* no = não observado

Nota-se que, das 4 dimensões do Mini-Cex, a dimensão sobre “Manejo do paciente” não foi analisada. O motivo desta exclusão foi que os objetivos do estudo

não contemplavam o aspecto de tratamento medicamentoso dos 12 pacientes submetidos ao exame urodinâmico, sendo que este seria definido com seus respectivos médicos assistentes, na próxima consulta ambulatorial.

Gráfico 1. Evolução do desempenho do Residente 1 nas duas avaliações, segundo a distribuição das notas. Sorocaba, 2014.

As notas da segunda avaliação foram mais uniformes, estando 95% dentro do

conceito “Exemplar”.

Gráfico 2. Evolução do desempenho do Residente 2 nas duas avaliações, segundo a distribuição das notas. Sorocaba, 2014.

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Fr e q u e n ci a (% ) Notas

1฀ Avaliação 2฀ Avaliação

(48)

46

A distribuição das notas da segunda avaliação foi semelhante à da primeira , entretanto a moda passou da nota 05 para a nota 06. O conceito “Exemplar”esteve

presente em 40% das notas.

Gráfico 3. Evolução do desempenho do Residente 3 nas avaliações, segundo a distribuição das notas. Sorocaba, 2014.

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Fr e q u e n ci a (% ) Notas

1฀ Avaliação 2฀ Avaliação

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Fr e q u e n ci a (% ) Notas

1฀ Avaliação 2฀ Avaliação

INSATISFATÓRIO SATISFATÓRIO EXEMPLAR

(49)

47 As notas da segunda avaliação foram mais uniformes, estando 95% dentro do

conceito “Satisfatório” e 5%, do conceito “Exemplar”. Na primeira avaliação, o

conceito “insatisfatório”esteve presente em 5% das notas.

Gráfico 4. Evolução do desempenho, do Residente 4 nas avaliações, segundo a distribuição das notas, Sorocaba, 2014.

A moda passou de 06 para 07 na segunda avaliação, estando 95% dentro do

conceito “Exemplar”. Na primeira avaliação o conceito “insatisfatório”esteve presente

em 5% das notas. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Fr e q u e n ci a (% ) Notas

1฀ Avaliação 2฀ Avaliação

(50)

48

Gráfico 5. Evolução do desempenhodo Residente 5 nas avaliações, segundo a distribuição das notas, Sorocaba, 2014.

As distribuição da notas da segunda avaliação foi semelhante à da primeira, entretanto o conceito “Exemplar” aumentou de 25% para 45%.

Gráfico 6. Evolução do desempenho, do Residente 6 nas avaliações, segundo a distribuição das notas. Sorocaba, 2014.

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Fr e q u e n ci a (% ) Notas

1฀ Avaliação 2฀ Avaliação

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Fr e q u e n ci a (% ) Notas

1฀ Avaliação 2฀ Avaliação

INSATISFATÓRIO SATISFATÓRIO EXEMPLAR

(51)

49 A distribuição das notas da segunda avaliação parece uma imagem especular da primeira. Com isto, a moda passou da nota 04 para a nota 07. O conceito

“Exemplar”esteve presente em 50% das notas da segunda avaliação.

Gráfico 7. Distribuição da média de evolução do desempenho dos Residentes. Sorocaba, 2014.

De maneira global, a frequência dos conceitos: “Insatisfatório”, “Satisfatório”e “Exemplar”, passaram, respectivamente de: 2%, 83% e 15% para 0%, 52% e 48%

da primeira para a segunda avaliação. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Fr e q u e n ci a (% ) Notas

1฀ Avaliação 2฀ Avaliação

(52)

50

Gráfico 8. Distribuição comparativa da evolução por competência clínica do Residente 1 nas duas avaliações do Mini-Cex, Sorocaba, 2014.

Da primeira para a segunda avaliação, as notas das competências clínicas História Clínica – Anamnese e Exame Físico aumentaram respectivamente em: 9,68% e 21,74%. A elevação global foi de 6,11%.

68,9

63,9

77,8 77,8

72,8

75,6 77,8 77,8 77,8 77,2

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

História Clínica - Anamnese

Exame Físico Resolução de Problemas

Relacionamento com o Paciente

Total de pontos

%

de Apr

ov

ei

tamen

to

Competências

(53)

51 Gráfico 9. Distribuição comparativa da evolução por competência clínica do Residente 2 nas duas avaliações do Mini-Cex, Sorocaba, 2014.

Da primeira para a segunda avaliação, as notas das competências clínicas: História Clínica – Anamnese, Exame Físico, Resolução de Problemas e Relacionamento com o Paciente, aumentaram respectivamente em: 22,22%; 25,00%; 16,67% e 22,73%. A elevação global foi de 20,95%.

60,0

55,6 57,1 61,1 58,3

73,3 69,4

66,7 75,0 70,6 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

História Clínica - Anamnese

Exame Físico Resolução de Problemas

Relacionamento com o Paciente

Total de pontos

%

de Apr

ov

ei

tamen

to

Competências

(54)

52

Gráfico 10. Distribuição comparativa da evolução por competência clínica do Residente 3 nas duas avaliações do Mini-Cex, Sorocaba, 2014.

Da primeira para a segunda avaliação, as notas das competências clínicas: História Clínica – Anamnese, Exame Físico, Resolução de Problemas e Relacionamento com o Paciente, aumentaram respectivamente em: 57,89%; 20,00%; 10,26% e 9,09%. A elevação global foi de 12,04%.

42,2

55,6 61,9 61,1 60,0

66,7 66,7 68,3 66,7 67,2

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

História Clínica - Anamnese

Exame Físico Resolução de Problemas

Relacionamento com o Paciente

Total de pontos

%

de Apr

ov

ei

tamen

to

Competências

(55)

53 Gráfico 11. Distribuição comparativa da evolução por competência clínica do Residente 4 nas duas avaliações do Mini-Cex, Sorocaba, 2014.

Da primeira para a segunda avaliação, as notas das competências clínicas: História Clínica – Anamnese, Exame Físico, Resolução de Problemas e Relacionamento com o Paciente, aumentaram respectivamente em: 22,22%; 36,84%; 9,30% e 4,17%. A elevação global foi de 15,93%.

60,0

52,8

68,3 66,7

62,8

73,3 72,2 74,6 69,4 72,8

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

História Clínica - Anamnese

Exame Físico Resolução de Problemas

Relacionamento com o Paciente

Total de pontos

%

de Apr

ov

ei

tamen

to

Competências

(56)

54

Gráfico 12. Distribuição comparativa da evolução por competência clínica do Residente 5 nas duas avaliações do Mini-Cex, Sorocaba, 2014.

Da primeira para a segunda avaliação, as notas das competências clínicas: Exame Físico, Resolução de Problemas e Relacionamento com o Paciente, aumentaram respectivamente em: 13,64%; 4,55% e 4,00%. A elevação global foi de 4,88%.

71,1

61,1

69,8 69,4 68,3

71,1 69,4 73,0 72,2 71,7

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

História Clínica - Anamnese

Exame Físico Resolução de Problemas

Relacionamento com o Paciente

Total de pontos

%

de Apr

ov

ei

tamen

to

Competências

(57)

55 Gráfico 13. Distribuição comparativa da evolução por competência clínica do Residente 6 nas duas avaliações do Mini-Cex, Sorocaba, 2014.

Da primeira para a segunda avaliação, as notas das competências clínicas: História Clínica – Anamnese, Exame Físico, Resolução de Problemas e Relacionamento com o Paciente, aumentaram respectivamente em: 50,00%; 44,44%; 51,61% e 36,84%. A elevação global foi de 46,59%.

44,4 50,0 49,2

52,8 48,9

66,7 72,2

74,6 72,2 71,7

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

História Clínica - Anamnese

Exame Físico Resolução de Problemas

Relacionamento com o Paciente

Total de pontos

%

de Apr

ov

ei

tamen

to

Competências

(58)

56

Gráfico 14. Distribuição comparativa da média da evolução por competência clínica dos residentes de urologia (1a e 2a avaliação do Mini-Cex), Sorocaba, 2014.

Da primeira para a segunda avaliação, as notas das competências clínicas: História Clínica – Anamnese, Exame Físico, Resolução de Problemas e Relacionamento com o Paciente, aumentaram respectivamente em: 23,08%; 26,23%; 13,22% e 11,43%. A elevação global foi de 17,58%.

57,8 56,5

64,0 64,8 61,1

71,1 71,3 72,5 72,2 71,9

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

História Clínica - Anamnese

Exame Físico Resolução de Problemas

Relacionamento com o Paciente

Total de pontos

%

de Apr

ov

ei

tamen

to

Competências

1฀ Avaliação 2฀ Avaliação

(59)

57 Tabela 3. Síntese do desempenho dos Residentes de Urologia nas avaliações do Mini-Cex,Sorocaba, 2014.

Residentes

Alpha de Cronbach Ano de

Residência em Urologia 3⁰ 3⁰ 2⁰ 2⁰ 1⁰ 1⁰

1 2 3 4 5 6 média dp Máxima Pontuação

Possível 1 ฀ A val iaçã o COMPETÊNCIA (Pontuação)

História Clínica – Anamnese 31 27 19 27 32 20 26,00 5,44 45 0,948

Exame Físico 23 20 20 19 22 18 20,33 1,86 36 0,487

Manejo do Paciente no no no no no no no no no no

Resolução de Problemas 49 36 39 43 44 31 40,33 6,38 63 0,966

Relacionamento com o

Paciente 28 22 22 24 25 19 23,33 3,08 36 0,93

Total de pontos 131 105 100 113 123 88 110 15,67 180 -

AVALIAÇÃO GLOBAL 0,969

TEMPO DE APLICAÇÃO 45’ 30’ 60’ 60’ 20’ 60’ 45’50” 17’26”

2 ฀ A val iaçã o COMPETÊNCIA (Pontuação)

História Clínica – Anamnese 34 33 30 33 32 30 32,00 1,67 45 0,506

Exame Físico 28 25 24 26 25 26 25,67 1,37 36 0,571

Manejo do Paciente no no no no no no no no no no

Resolução de Problemas 49 42 43 47 46 47 45,67 2,66 63 0,781

Relacionamento com o

Paciente 28 27 24 25 26 26 26,00 1,41 36 0,578

Total de pontos 139 127 121 131 129 129 129,33 5,85 180 -

AVALIAÇÃO GLOBAL 0,862

(60)

58

Tabela 4. Síntese (%) do desempenho dos Residentes de Urologia nas avaliações do Mini-Cex, Sorocaba, 2014.

Residentes

Alpha de Cronbach Ano de

Residência em Urologia 3⁰ 3⁰ 2⁰ 2⁰ 1⁰ 1⁰

1 2 3 4 5 6 média dp

1

฀ A

val

iaçã

o

COMPETÊNCIA (em %)*

História Clínica – Anamnese 68,89 60,00 42,22 60,00 71,11 44,44 57,78 12,09 0,948

Exame Físico 63,89 55,56 55,56 52,78 61,11 50,00 56,48 5,17 0,487

Manejo do Paciente No no no no no no no no no

Resolução de Problemas 77,78 57,14 61,90 68,25 69,84 49,21 64,02 10,12 0,966

Relacionamento com o

Paciente 77,78 61,11 61,11 66,67 69,44 52,78 64,81 8,55 0,93

Total de pontos 72,78 58,33 55,56 62,78 68,33 48,89 61,11 8,71 -

AVALIAÇÃO GLOBAL 0,969

2

฀ A

val

iaçã

o

COMPETÊNCIA (em %)*

História Clínica – Anamnese 75,56 73,33 66,67 73,33 71,11 66,67 71,11 3,72 0,506

Exame Físico 77,78 69,44 66,67 72,22 69,44 72,22 71,30 3,80 0,571

Manejo do Paciente No no no no no no no no no

Resolução de Problemas 77,78 66,67 68,25 74,60 73,02 74,60 72,49 4,22 0,781

Relacionamento com o

Paciente 77,78 75,00 66,67 69,44 72,22 72,22 72,22 3,93 0,578

Total de pontos 77,22 70,56 67,22 72,78 71,67 71,67 71,85 3,25 -

AVALIAÇÃO GLOBAL 0,862

(61)

59 O Coeficiente de Alpha de Cronbach na primeira avaliação foi de 0,9 e na segunda avaliação foi de 0,8.

Tabela 5. Análise do aproveitamento das avaliações por ano de residência, Sorocaba, 2014.

Total de pontos

Ano de Residência em Urologia 1฀ Avaliação 2฀ Avaliação Evolução (%)

3⁰ 118 133 12,71

2⁰ 106,5 126 18,31

1⁰ 105,5 129 22,27

A primeira avaliação mostra que quanto mais graduado o residente, em média, maior a pontuação atingida. Devido a este fato, o tempo destinado ao feed-back foi menor com os residentes do 3º ano ( média 05 minutos) e maior com os residentes do 1º ano (média de 10 minutos).

Tabela 6. Compararação entre os tempos de realização dos exames dos 06 residentes. Sorocaba, 2014.

Residentes

Tempo 1 2 3 4 5 6 Média dp

1ªAVALIAÇÃO 45’ 30’ 60’ 60’ 20’ 60’ 45’50” 17’26”

2ª AVALIAÇÃO 30’ 30’ 60’ 40’ 20’ 20’ 33’20” 15’04”

Média

(por Ano de Residência) 3⁰ 2⁰ 1⁰

1ªAVALIAÇÃO 37’30” 60’ 40’

2ª AVALIAÇÃO 30’ 50’ 20’

’ = minutos; ” = segundos

(62)

60

4.2 Análise qualitativa

O pesquisador aplicou duas vezes o Mini-Cex para cada médico residente, totalizando 12 avaliações formativas, realizando um feedback ao final de cada

avaliação.

O desempenho do Residente 1 resultou de uma relação médico e paciente satisfatória, de forma a deixar o paciente à vontade durante todo o período de realização do exame urodinâmico. Apresentou dificuldades na interpretação do diagnóstico do exame urodinâmico durante sua avaliação e foi orientado pelo pesquisador sobre as etapas do exame e os significados dos seus resultados. No segundo exame urodinâmico, apresentou muita destreza na realização do exame, com uma postura profissional satisfatória e eficiente ao olhos do pesquisador, não apresentando nenhum tipo de falha técnica neste segundo momento.

O Residente 2 apresentou destaque durante a realização do cateterismo vesical e na programação do software, porém forneceu uma explicação sobre o exame urodinâmico insatisfatória para o paciente na primeira oportunidade. Durante o feedback, o pesquisador orientou sobre a necessidade de esclarecer os detalhes

do exame urodinâmico ao paciente, ressaltando a importância do uso de uma linguagem simples, clara e ao nível do conhecimento do paciente, evitando o uso de termos técnicos, dando oportunidade de expressão verbal ao paciente e ouvindo-o com mais atenção, para favorecer uma aproximação e reduzir o nível de ansiedade e constrangimento comuns neste tipo de exame. No segundo exame urodinâmico, o desempenho foi marcado pelo uso da adequada linguagem e eficiente explicação sobre as etapas do exame urodinâmico, mas apresentou ainda uma interpretação insatisfatória do resultado do exame urodinâmico, e foi novamente orientado a esse respeito no segundo feedback.

Na primeira avaliação, o Residente 3 executou um preparo de exame urodinâmico insatisfatório com relação à manipulação dos cateteres e pouco conhecimento na programação do software do exame. No primeiro feedback, foi

(63)

61 conhecimento dos conceitos de urodinâmica, ponto este que foi reforçado novamente pelo pesquisador.

A postura do Residente 4 na primeira avaliação foi de um profissional tranquilo, calmo, que forneceu todas as explicações pertinentes sobre o exame urodinâmico à paciente, deixando-a completamente à vontade durante o tempo todo. Apresentou dificuldades durante a fase de interpretação dos resultados, e foi orientado pelo pesquisador sobre os conceitos básicos da urodinâmica, além dos detalhes do uso do software do exame urodinâmico. Na segunda avaliação, apresentou destreza durante a realização do exame urodinâmico, procurando proporcionar ao paciente o maior conforto possível durante a realização do exame.

O Residente 5, durante todo o exame urodinâmico, preocupou-se em deixar o paciente o mais à vontade possível, mas demonstrou falta de conhecimento dos princípios de urodinâmica bem como desconhecimento em relação ao software e ao equipamento de urodinâmica. No feedback, o pesquisador procurou esclarecer

detalhes do exame bem como o uso adequado do equipamento. Na segunda avaliação, conseguiu atuar de maneira objetiva e interpretou os resultados de forma satisfatória.

O Residente 6 mostrou-se preocupado em deixar o paciente à vontade, denotando uma busca de interpretação dos resultados do exame urodinâmico, ainda que fosse a primeira vez que estava realizando este exame completamente sozinho. No feedback, o pesquisador procurou fornecer orientações relacionadas à utilização

(64)

Imagem

Tabela  1.  Desempenho  dos  residentes  de  urologia  da  FCMS/PUC-SP  na  primeira  aplicação do Mini-Cex
Tabela  2.  Desempenho  dos  residentes  de  urologia  da  FCMS/PUC-SP  na  2ª  aplicação do Mini-Cex
Gráfico 2. Evolução do desempenho do Residente 2 nas duas avaliações, segundo a  distribuição das notas
Gráfico  3.  Evolução  do  desempenho  do  Residente  3  nas  avaliações,  segundo  a  distribuição das notas
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Referências

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