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Desvantagens do desmame precoce e o papel do enfermeiro/ Disadvantages of early weaning and the role of nurses

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p. 35163-35184 jun. 2020. ISSN 2525-8761

Desvantagens do desmame precoce e o papel do enfermeiro

Disadvantages of early weaning and the role of nurses

DOI:10.34117/bjdv6n6-162

Recebimento dos originais:08/05/2020 Aceitação para publicação:07/06/2020

Doralice Barbosa Vieira

Graduanda em Enfermagem pela Faculdade Anhanguera de Brasília

Endereço: QS 1, rua 212, lotes 11, 13 e 15, Pistão Sul, Taguatinga Sul, Brasília – DF, Brasil. E-mail: glendapires2011@gmail.com

RESUMO

Desde tempos remotos, buscou-se encontrar substitutos ao leite materno para desmamar mais cedo as crianças já que os prejuízos dessa prática eram desconhecidos. Atualmente, o desmame precoce é tema de debates a nível mundial pois, anualmente acarreta mortes ou doenças em milhares de crianças, sendo que algumas destas só se refletirão na fase adulta da vida. Metodologia e Objetivos: por meio de revisão bibliográfica, buscaram-se elucidar os motivos que levam as mulheres a desmamarem os filhos antes do tempo recomendado; quais as principais doenças e problemas no desenvolvimento dos infantes, incluso das parturientes, que essa prática pode desencadear; abordar as políticas e leis que, hoje, de acordo com as orientações do Ministério da Saúde, asseguram as mães no sentido de manterem um aleitamento exclusivo nos primeiros seis meses de vida do bebê e, a partir daí, procederem ao desmame natural, mantendo o aleitamento alternado até pelo menos os dois anos de idade. Também buscou-se elucidar como o enfermeiro é essencial para acompanhar essa dupla e garantir que as recomendações dos órgãos de saúde sejam efetivadas. Dessa forma, por meio deste trabalho foi possível depreender que o sucesso da prevenção ao desmame precoce somente será alcançado com o esforço coletivo das famílias, os profissionais da área saúde, o Estado e pelo enfoque na conscientização de toda a sociedade.

Palavras-chave: Desmame Precoce; Enfermeiro; Problemas; Amamentação; Bebê.

ABSTRACT

Since ancient times, mankind sought to find substitutes for breast milk to wean earlier their kids since the losses of this practice were unknown. Currently, the early weaning is subject of debates all around the world because annually causes death and diseases of thousands of children, some of which will only be reflected in the adult life. Objectives and methodology:Through literature review, sought to elucidate the reasons why women stops breastfeeding before the recommended time; wich are the main diseases and problems in the development of infants, including parturients, that this practice triggered. In addition, to addressing the politics and laws that, nowadays, according to the guidelines of the Ministry of

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p. 35163-35184 jun. 2020. ISSN 2525-8761 health of Brazil, assure mothers in order to mantain exclusive breastfeeding for the first six months of birth and, from there, proceed to natural weaning, mantaining breastfeed, for, at least, baby´s two years old. It was also proven how nurses are essential for accompany this pair and ensure the that those reccomendations take effect. Thus, through this work was possible to understand that the succes for preventing early weaning will be only achieved with the collective effort of families, health professionals, government and the awareness of whole population.

Key-words: Early Weaning; Nurse; Problems; Breastfeeding; Babies.

1 INTRODUÇÃO

A amamentação é o meio mais simples de estimular o desenvolvimento completo e sadio de uma criança. Por meio de enzimas, nutrientes, imunomoduladores e hormônios que o leite materno oferece, ela pode ajustar perfeitamente a capacidade física e mental do amamentado. Porém, essa prática foi desestimulada devido a desinformação das pessoas e à crença em conceitos equivocados em relação ao aleitamento.

Devido às descobertas dos males causados pelo desmame precoce dos infantes, os profissionais da saúde procuram resgatar esse hábito. Esse árduo trabalho cabe aos enfermeiros, que são os principais meios de informações médico-científicas da população. O seu papel, nesses casos é acompanhar e conscientizar, desde a gestação, a mãe e o amamentado.

Dessa maneira, é inegável que o acompanhamento dos enfermeiros junto ás famílias é importante para evitar o desmame precoce pois, conforme diretrizes determinadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (MS), a amamentação deve ser iniciada na primeira hora de vida do recém-nascido e ser mantida de forma exclusiva e irrestrita até os 6 meses, só após este período podem ser introduzidos demais alimentos concomitantemente com a amamentação até os 2 anos de idade. Caso essas orientações sejam seguidas, muitos problemas, hoje comuns em crianças, poderão ser evitados como: doenças respiratórias, digestivas, obesidade, depressão, alergias alimentares, problemas na fala, dentição, além de doenças crônicas na vida adulta como diabetes e hipertensão.

2 MATERIAL E MÉTODOS

A questão primordial que este trabalho buscou responder nos foi: Sabendo que, o desmame precoce acarreta o óbito de milhares de crianças ao redor do mundo e gera problemas

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p. 35163-35184 jun. 2020. ISSN 2525-8761 no seu desenvolvimento físico e mental, como o enfermeiro pode auxiliar significativamente de forma a garantir que não ocorra mais ou, pelo menos, diminua a incidência dessa prática?

Analisando a problemática do desmame precoce, conseguiu-se compreender melhor as causas que aumentam a sua incidência entre as parturientes primárias ou que já tiveram mais de um filho. Assim, buscou-se traçar no segundo capítulo uma contextualização com algumas das causas históricas, psicológicas, culturais e fisiológicas que têm levado as mães a desmamarem seus bebês antes do período estipulado pelos órgãos de saúde. Também, de forma sucinta e fundamentada, se expuseram os problemas de saúde e doenças que a medicina moderna relacionou ao desmame precoce e como esses afetam a vida adulta, no terceiro capítulo. E por fim, no penúltimo capítulo, exploraram-se as políticas e programas de governo que garantem às mães e seus bebês o direito a amamentação, juntamente, se procurou demonstrar que essas são ferramentas que os enfermeiros têm à mão para os auxiliar a garantirem essa prática e assim formalizar as garantias legais pertencentes ao campo dos direitos humanos.

Os dados obtiveram-se por meio de uma revisão de literatura de diversos trabalhos acadêmicos, entre eles foram selecionados 22 por sua maior relevância, publicados nas principais revistas científicas, livros e manuais da área da saúde disponíveis nas bases de dados do Governo, Scielo e Pubmed dos últimos 10 anos.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 O DESMAME E SUAS CAUSAS ATRAVÉS DA HISTÓRIA

Um conceito bastante elucidativo acerca do que seria o desmame precoce é dado por Elaine Aparecida Alves (2010, apud CABRAL e CAMPESTRINI, 2009, p.5) a interrupção do aleitamento materno ao peito, antes do lactente haver completado seis meses de vida, independentemente da decisão ser materna ou não, e do motivo de tal interrupção. Para compreender um pouco melhor a temática do desmame precoce é preciso contextualizar o tema com os valores, crenças e culturas pregressas

3.2 ANTIGUIDADE

Por meio das descobertas e estudos feitos por arqueólogos, antropólogos e outros cientistas, se tornou de conhecimento popular que desde os tempos paleolíticos as pessoas viviam em pequenos grupos familiares que foram se expandindo, e dessa forma dividiam as

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p. 35163-35184 jun. 2020. ISSN 2525-8761 atividades cotidianas cabendo aos homens o sustento, a defesa e o governo e às mulheres os cuidados para com o núcleo familiar. Por meio dessas descobertas e observações, desenvolveu-se a teoria biologista por meio da qual “via-se o ato de amamentar como algo natural às diversas espécies de mamíferos, incluindo a humana” (Juliane Monteiro de Figueiredo Gomes, et al., 2016, p. 475).

A coletânea de livros mais antigos conta que por volta do ano 1000 a.C (livro de I Samuel 1:22-24), a criança só saia do convívio familiar após ser desmamada, neste caso em particular, por volta dos 3 anos de idade. Esses povos, em sua maioria, tinham uma visão da criança como um ser que merecia atenção e cuidado especial posto que assim se tornaria um adulto útil para sua sociedade, encarregado de levar adiante os costumes e crenças de sua cultura para as futuras gerações (Silvia Castilho e Antônio Barros Filho, 2010; p.180).

As transformações tecnológicas, sociais e a miscigenação cultural posteriores mudaram o modo de vida primitivo e a concepção dos papeis desempenhados pelas pessoas dentro das sociedades. Junto a essas transformações as imagens de mãe e filho também se transformaram, A amamentação passou a ser vista como uma atividade para pessoas de classe baixa e era delegada, junto com a criação dos filhos, a criadas escolhidas para tal fim. Assim, criou-se e popularizou-se a figura das amas-de-leite e deu-se início ao desmame precoce.

Nas civilizações grega e romana existiu uma preocupação com a saúde infantil devido ao desmame precoce, Gabrielle Seidl Juruena e Carlos Ricardo Maneck Malfatti (2009) registraram que o filósofo Hipócrates, por volta de 400 a.C, escrevera sobre a importância e benefícios da amamentação ao observar maior mortalidade entre bebês que não recebiam leite materno e assim passou a aconselhar que a introdução de alimentos sólidos começasse só após apontarem os primeiros dentes. Por sua vez, o médico árabe Avicena, no século IX, propôs que a saúde da mãe influenciava diretamente a do lactente e que este deveria ser amamentado o maior tempo possível, pois o leite humano seria o alimento mais adequado para ele. Porém, indicava o descarte do colostro e a introdução de outros tipos de alimentos como mel, pães e leite. Os conhecimentos destes foram traduzidos para o latim e largamente utilizados até o final século XVII (Castilho e Barros Filho, 2010).

Durante a idade média ou idade das trevas, a igreja passou a denegrir a imagem da mulher, colocando-a como instrumento do mal com base no mito de Adão e Eva no paraíso. Nessa visão as mulheres seriam as únicas criaturas capazes de fazer o homem se corromper, os filhos viraram fruto do dever conjugal e em muitos casos serviam como mero objeto de permuta. Com o advento da Renascença e a Reforma Protestante se observaram mudanças

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p. 35163-35184 jun. 2020. ISSN 2525-8761 radicais onde a figura materna se tornou sacra como referência a Maria e seu filho Jesus. Neste período “[...] o discurso de igualdade, amor e felicidade começa a conquistar mulheres, que retomaram as tarefas esquecidas nos séculos anteriores” (GOMES et al, 2016, p. 481). Também se ampliaram os debates científicos e multidisciplinares com base nos conhecimentos existentes sobre: quando seria a melhor hora de desmamar a criança? Quais alimentos oferecer durante e após a fase da amamentação? O colostro serviria para algo ou era prejudicial? - e ainda – se deveriam usar ou não de amas de leite? Paralelamente, também começaram a surgir debates numa outra visão, mais humanista, discutindo sobre laços de afeto e relacionamentos abarcando o binômio mãe-filho.

Em 1748, Cadogan em seu Essay upon nursing and management of children1 destacou

a importância do colostro por possuir:

[...] propriedades purgativas que ajudavam a eliminar o mecônio, [...]influência sobre a prevenção de determinadas doenças, tanto maternas (febre do leite) quanto infantis (infecções gastrintestinais). Cadogan valorizava também o [laço de afeto] que se estabelecia [quando a mãe amamentava o filho desde as primeiras horas de vida]. Condenava o hábito de oferecer pasta de manteiga com açúcar ou papas aos recém-nascidos enquanto o leite materno não adquirisse características de [leite maduro]. Desaconselhava o emprego da ama e a introdução de outros alimentos antes dos 6 meses. Pregava que a fervura do leite animal transformava suas propriedades, tornando-o prejudicial à saúde. Por isso, indicava que ele fosse acrescentado às papas após o cozimento dos demais ingredientes. (CASTILHO E BARROS FILHO, p 182, 2010)

Antes da publicação de Cadogan, estes autores relataram como generalizou-se o envio das crianças para serem amamentadas por amas-de-leite, ou não serem, e comerem papas com baixo teor nutricional, o que levou novamente a altos índices de mortalidade infantil na Europa.Os valores sociais e econômicos estavam acima do valor da vida, porém, paradoxalmente, a proteção às crianças e o incentivo à prática da amamentação aumentou nos orfanatos do século XVIII, médicos introduziram os serviços das amas pois perceberam uma diminuição da mortalidade das crianças que eram amamentadas com leite humano.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p. 35163-35184 jun. 2020. ISSN 2525-8761 3.3 IDADE MODERNA

O advento da Revolução Industrial alterou os modos de vida, os habitantes do campo mudam-se para as cidades em busca de melhores condições e salários o que refletiu em seus hábitos como: impossibilidade de economia de subsistência, salários abaixo do necessário, alto número de acidentes laborais incapacitantes etc., isso obriga as mulheres a saírem para trabalhar e, por conseguinte, a desmamarem os filhos mais cedo. Essas crianças precisavam de alimentos e a falta de meios de preservação do leite materno e a ausência de amas, que também preferiam trabalhar nas fábricas, levou a se buscarem fontes alternativas para solução desse problema.

No final do século XIX, após sucessivas pesquisas, descobriu-se que misturar leite à água tornava essa bebida mais segura para os infantes, porém não se desenvolviam adequadamente, dessa forma os médicos resolveram testar acrescentar açúcar (glicose) e nata (gordura) ao leite diluído e descobriram que “esse procedimento permitia a sobrevida e o desenvolvimento das crianças” (Castilho e Barros Filho, 2010), o que serviu de embasamento a todos os discursos em favor do leite de vaca e seus derivados e provocou uma nova elevação nas taxas de desnutrição e mortalidade infantis nas décadas seguintes.

Os anos 70 marcaram o início de inúmeras publicações científicas e artigos jornalísticos criticando o leite de vaca e seus derivados a respeito da superioridade do leite materno como é corroborado no extrato seguinte:

Dois fatos foram importantes nesse período e contribuíram para alterar a percepção sobre a prática da amamentação: os indicadores de saúde da criança e o alerta dado com a publicação de The Baby Killer, escrito por Mike Muller para um veículo midiático, o War on

Want, em 1974, que mostrava quanto o marketing da indústria de alimentos elevava os índices

de morbimortalidade infantil nas populações pobres da África, da Ásia e da América Central. (GOMES, et al. 2016, p.485)

Pioneira neste campo e posicionamento no Brasil foi a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) mais de uma década antes da implementação do Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno (PNIAM), o qual foi idealizado pelo Fundo das Nações Unidas para a infância (UNICEF) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) para ser implementado mundialmente só nos anos 80 (GOMES et al., 2016, p. 484-487).

Apesar dessa grande reconquista, o desmame continuou acontecendo, “[...] por se tratar de um processo sociocultural, fisiológico e psicologicamente delineado” (Eliana Rocci e Aurea Fernandes, 2014, p.25) e porque a amamentação está diretamente ligada a práticas e

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p. 35163-35184 jun. 2020. ISSN 2525-8761 crenças populares influenciadas por figuras do convívio social e familiar da mulher. Estas costumam repassar ensinamentos equivocados de ordem qualitativo/quantitativo, como a impressão de “leite fraco” ou “pouco”.

Assim, da mesma forma empírica em que os próprios médicos foram adaptando suas fórmulas de qual era o melhor preparado substituto do leite materno, também o fizeram as pessoas usando o senso comum e inventando “misturas” para dar aos bebês.

Lisie Prates, Joice Schalfuss e Jussara Lipinski (2014, p.361) afirmaram que:

[...]quando a puérpera decide amamentar ela não expressa apenas a sua decisão, mas também sua cultura, seu contexto histórico, sua motivação, suas vivências, seus conhecimentos, suas reflexões sobre vivências passadas, os significados construídos durante toda a vida, os acontecimentos durante a infância, as experiências de seus familiares e amigos, as interferências da mídia, os saberes científicos de cada época histórica e cultural, entre outros. Logo, os profissionais de saúde que prestam cuidados ao trinômio mulher-bebê-família devem levar em consideração a cultura, a crença, os costumes, os mitos e os tabus que influenciam na prática da amamentação e que interferem na construção dessa herança [...]

E ainda destacaram que a influência de uma primeira experiência positiva de amamentação faz com que essas mulheres optem futuramente por amamentar os próximos filhos e a passar adiante seus conhecimentos e experiências.

3.4 CONTEMPORANEIDADE

Nos dias atuais, fatores anátomo-fisiológicos relatados pelas mães e consequentemente estudados pela medicina também dificultam a amamentação e misturados à falta de informação levam ao desmame precoce como sendo: o posicionamento inadequado da mãe ou bebê, pega (encaixe da boca da criança no mamilo/aureola) inadequada, ingurgitamento mamário, mamilos doloridos/trauma mamilar, infecções mamilares, candidíases, fenômeno de

Raynaud (resposta vascular exagerada a estímulos como frio e estresse emocional), bloqueio

dos ductos lactíferos, mastite, abscesso mamário, galactocele (cisto benigno contendo leite) e baixa produção de leite (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015, pg. 53-67). Nestes pontos cabem bem as observações de Silvana Andrade Souza et al. (2016, p.381):

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Na orientação para o manejo da amamentação, é importante que o profissional de saúde informe que a posição da mãe deve ser confortável, podendo ser deitada, em pé ou sentada, de forma que a barriga da criança fique junto ao corpo da mãe, para assim facilitar a coordenação da respiração, sucção e deglutição da criança. Outro ponto essencial para ser esclarecido é a pega correta, a qual permite que a criança abra a boca para pegar quase toda, ou toda, a região do mamilo e auréola do peito. Portanto, para que este problema seja superado, ações e estratégias de educação em saúde devem ser adotadas e implementadas pelos profissionais de saúde, tanto no pré-natal como no puerpério e nos serviços de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança [...]

A influência exercida por fatores biológicos da mama, a exemplo das fissuras mamilares e o ingurgitamento mamário, é considerada importante condicionante para o desmame precoce. Aliada à dificuldade no manejo da amamentação, esses fatores consistem em lesões dolorosas, responsáveis por sentimentos de ansiedade, frustração e sensação de fracasso no exercício do aleitamento materno, ocasionando insucesso nas medidas de enfrentamento, levando à introdução de outros alimentos precocemente.

Outros motivos para o abandono da prática do aleitamento, na perspectiva de Geysa Santos, et al. (2014, p.), consistem no abuso de bebidas alcoólicas, vicio em tóxicos, necessidade do uso de medicamentos, estudo ou profissão, a introdução de outros alimentos, chupetas e mamadeiras.

Também foram relatados fatores de cunho psicológico como: preocupação estética, estilo de vida social, rejeição do bebê ao peito/leite da mãe, depressão pós-parto, constrangimento em locais públicos e a falta de atenção e/ou orientação dos profissionais da saúde sobre aleitamento. Rossi e Fernandes (2014, p.23) ainda encontraram que quanto mais jovens as mães e sem companheiro estável, menores são as chances de levarem adiante um aleitamento prolongado, confirmando que a falta de apoio é decisiva nesse processo.

Numa outra perspectiva, é imperativo salientar que apenas a educação e o conhecimento a nível técnico/superior dos profissionais de saúde não é suficiente para evitar o desmame precoce. Não basta apenas informar é necessária uma aproximação junto a essas famílias para o sucesso do aleitamento materno (PRATES, SCHMALFUSS, LIPINSK, 2016). Em outras palavras:

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[...]a amamentação é fundamental devido aos seus benefícios nutricionais, emocionais, imunológicos, econômico-sociais e de aporte para o desenvolvimento, além dos benefícios à saúde materna[...] No Brasil, verifica-se que embora a maioria das mulheres inicie o aleitamento materno, mais da metade das crianças já não se encontra[sic] em amamentação exclusiva no primeiro mês de vida. Apesar da tendência ascendente da prática da amamentação no país, estamos longe de cumprir a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a amamentação exclusiva até o sexto mês de vida e a continuidade do aleitamento materno até o segundo ano de vida ou mais. (SILVA et al, p.356, 2015)

Por tais motivos, se fez necessário um aprofundamento dos benefícios que a amamentação aporta para o tetranômio “mãe-bebê-família-sociedade”, de tal forma que o profissional de enfermagem auxilie na erradicação e prevenção ao desmame precoce garantindo a saúde de todos.

4 BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DA AMAMENTAÇÃO PROLONGADA

Graças à preocupação dos profissionais da saúde, desde o início dos séculos, com o desenvolvimento pleno das crianças, puderam ser observadas relações entre o desmame e a alimentação dada a essas crianças (como paliativo ou complemento ao aleitamento) e ao aumento de problemas de saúde e óbitos. Nesse aspecto, Bueno (2013) diz: “o aleitamento materno constitui medida fundamental de proteção e promoção da saúde infantil”, posto ser considerado um procedimento único e completo, capaz de promover benefícios tanto ao bebê, quanto à mãe e à família. O leite materno protege a criança de infecções do trato gastrointestinal e respiratório, permitindo o seu crescimento e desenvolvimento pleno e saudável, bem como minimizando o índice de mortalidade durante o primeiro ano de vida, reduzindo o desenvolvimento de doenças alérgicas e de problemas ortodônticos, faciais, dentais e fonoaudiológicos. Tem, ainda, efeito protetor ao reduzir o risco de contrair doenças crônicas quando adulto conforme informativo do Ministério da Saúde (2015):

A OMS publicou importante revisão sobre evidências desse efeito (HORTA, 2007). Essa revisão concluiu que os indivíduos amamentados apresentaram pressões sistólica e diastólica mais baixas (-1,2mmHg e -0,5mmHg, respectivamente), níveis menores de colesterol total (-0,18mmol/L) e risco 37% menor de apresentar diabetes tipo 2. Não só o indivíduo que é amamentado adquire proteção contra diabetes, mas também a mulher que amamenta. Foi descrita uma re:dução [sic] de 15% na

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incidência de diabetes tipo 2 para cada ano de lactação (STUEBE, 2005). Atribui-se essa proteção a uma melhor homeostase da glicose em mulheres que amamentam [...] Foi constatado que o leite de vaca altera a taxa metabólica durante o sono de crianças amamentadas, podendo esse fato estar associado com a [programação metabólica] e o desenvolvimento de obesidade (HAISMA, 2005) [...] O exercício que a criança faz para retirar o leite da mama é muito importante para o desenvolvimento adequado de sua cavidade oral, propiciando uma melhor conformação do palato duro, o que é fundamental para o alinhamento correto dos dentes e uma boa oclusão dentária. Quando o palato é empurrado para cima, o que ocorre com o uso de chupetas e mamadeiras, o assoalho da cavidade nasal se eleva, com diminuição do tamanho do espaço reservado para a passagem do ar, prejudicando a respiração nasal. Assim, o desmame precoce pode levar à ruptura do desenvolvimento motor-oral adequado, podendo prejudicar as funções de mastigação, deglutição, respiração e articulação dos sons da fala, ocasionar má-oclusão dentária, respiração bucal e alteração motora- oral. (p. 18, 20)

Bueno (2013 apud NICK, 2016) indica que na composição básica do leite materno existem proteínas, açucares, minerais, vitaminas e gorduras. Cujos níveis variam de uma mãe para outra conforme: idade, paridade, saúde e classe do seu estado nutricional. Já o leite artificial, como o nome já diz, foi criado em laboratório para se assemelhar ao leite humano, porém ele costuma causar constipação intestinal e gases no bebê. Além de que, “o leite materno já vem pronto e limpo, na temperatura correta para o bebê, não tendo risco de contaminação, como ocorre com as mamadeiras que acumulam sujeiras e dão trabalho para serem preparadas”. Também possui um importante hormônio que suprime a dor e auxilia no reforço das vacinas que é a endorfina (BUENO, 2016 apud OLIVEIRA, 2011, p. 9, 14) e ainda possui alguns componentes encarregados da barreira de proteção do lactante, que incluem principalmente os Linfócitos T, B, macrófagos e neutrófilos, os quais são células essenciais na defesa de seu organismo e estão presentes no colostro, quando este é ingerido pelos bebês faz com que essas defesas passem para sua corrente sanguínea e os proteja de diversas infecções (BUENO 2016 apud ABDALA, 2011, p.16).

No tocante às mães, os benefícios do aleitamento são a redução do sangramento uterino pós-parto; proteção contra nova gestação; redução da incidência da depressão pós-parto, estresse e mau-humor devido à ação da ocitocina (BUENO, 2016 apud ANTUNES 2008, p. 17), grande redução do risco de desenvolvimento de cânceres de mama e ovários e também deve ser considerado que o tempo durante se prolonga a amamentação está relacionado com a

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p. 35163-35184 jun. 2020. ISSN 2525-8761 perda de peso no pós-parto, sendo possível evidenciar uma diminuição de 0,44Kg por mês. (FARIAS E WISNIEWSKI, 2015, p.14)

Quanto aos benefícios à família, podemos citar o baixo custo e a praticidade para o sustento ao lactente, bem como o fortalecimento do vínculo mãe-filho.

Os profissionais da saúde são essenciais não apenas como agentes que tratam dos males que o desmame precoce provoca mas especialmente no tocante à prevenção. O enfermeiro é primordial na efetivação das políticas públicas fazendo com que estas cheguem efetivamente até a sociedade, ou seja, a prevenção vai do nível micro ao macro, o que será percebido pela população, a longo prazo, pela diminuição dos gastos do Governo com saúde nos tratamentos e internações infantis e as faltas recorrentes dos seus responsáveis ao emprego.

A importância social do aleitamento materno é difícil de ser quantificado, pois, a criança que se alimenta ao seio adoece menos, necessitando menos de atendimento médico, hospitalizações e medicamentos, além de diminuir as faltas dos pais ao trabalho. Portanto, o resultado da amamentação pode beneficiar não somente as crianças e suas famílias como também a sociedade. (BUENO apud MUNIZ, 2013)

O UNICEF junto com a OMS, também, destacam muito bem a importância da necessidade da prevenção ao desmame precoce. De acordo com a cartilha divulgada em 2017 da Iniciativa de Implementação Nacional do Hospital Amigo da Criança (IHAC, p.6)2, mais de 823,000 menores morrem anualmente, o que seria evitado se todas as crianças fossem amamentadas em todos os países do mundo. Assim como, a prevalência do aleitamento por maior tempo, de acordo com testes, indica níveis de coeficiente intelectual maiores o que se traduz em um maior poder sócio-econômico já que esses indivíduos conseguiriam alcançar proficiência acadêmica e produtividade laboral. O relatório também estipulou que muitos países dispendiam mais de trezentos bilhões de dólares anuais por conta dos baixos índices de amamentação e por volta vinte mil mortes por câncer de mama seriam evitados.

Se faz importante também destacar que o desmame deve ser um acontecimento natural conforme a idade e amadurecimento da criança no qual a mãe participa ativamente sugerindo passos quando a criança estiver pronta para aceitá-los e impondo limites adequados à idade. Os principais sinais de que a criança está pronta para iniciar o desmame natural são:

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[...] Idade maior que um ano; menos interesse nas mamadas; aceita variedade de outros alimentos; é segura na sua relação com a mãe; aceita outras formas de consolo; aceita não ser amamentada em certas ocasiões e locais; as vezes dorme sem mamar no peito; mostra pouca ansiedade quando encorajada a não amamentar; às vezes prefere brincar ou fazer outra atividade com a mãe em vez de mamar (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015, pp. 91).

Sendo entendido portanto “o desmame natural proporciona transição mais tranquila, menos estressante para a mãe e a criança, preenche as necessidades da criança (fisiológicas, imunológicas e psicológicas) até ela estar madura para tal e, teoricamente, fortalece a relação mãe–filho” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015) O desmame abrupto não deve ser encorajado porque se a criança não está pronta, ela pode pensar que está sendo rejeitada pela mãe, gerando insegurança e, muitas vezes, rebeldia. Além de que, na mulher, o desmame abrupto pode provocar o ingurgitamento mamário, estase do leite e mastite, além de tristeza ou depressão de ordem hormonal ou psicológica pela perda da amamentação e o elo criado com a criança.

Ao se determinarem os principais benefícios do aleitamento para a mãe e o bebê e se observarem suas repercussões sociais, se fez necessário estabelecer os meios de assegurar sua prevalência. O Estado é o principal encarregado dessa tarefa, a qual é repassada para os profissionais da saúde, tanto pública como privada, e neste aspecto atentou-se para a figura dos profissionais de enfermagem. Por meio de diversas leis e políticas públicas é possível que o enfermeiro tenha base legal para fornecer conhecimento e convencer as famílias a aderirem à amamentação exclusiva pelos primeiros seis meses de vida do infante e sua manutenção até seus dois anos de idade.

5 PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS E EMBASAMENTOS LEGAIS PARA EMPONDERAR OS ENFERMEIROS NA PREVENÇÃO AO DESMAME PRECOCE

Como já citado, no final da década de 60, no Brasil, a SBP iniciou alguns estudos pró-amamentação, antes mesmo da OMS e o UNICEF convidarem todos os países do mundo a aderirem ao seu programa de lactação, publicado em 1989, o qual buscava proteger, promover e dar suporte ao aleitamento por meio das maternidades, estabelecendo assim os “10 passos para o sucesso do aleitamento materno” que se tornou um padrão globalmente reconhecido para o cuidado com os RN’s (OMS, 2017, p.15 – tradução nossa).

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p. 35163-35184 jun. 2020. ISSN 2525-8761 Nos anos 90 o Governo brasileiro aderiu à “Declaração de Innocenti” e foi um dos 12 países escolhidos para dar início a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), esta soma-se aos esforços do Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno (PNIAM/MS), para: passar informações aos profissionais de saúde e o público em geral sobre o aleitamento materno; trabalhar pela adoção de leis que protejam o trabalho da mulher que está amamentando; apoiar rotinas de serviços que promovam o aleitamento materno; e combater a livre propaganda de leites artificiais para bebês, bem como bicos, chupetas e mamadeiras. E aos dez passos para o sucesso do aleitamento materno:

Passo 1: ter uma política de aleitamento materno escrita que seja rotineiramente transmitida a toda a equipe de cuidados da saúde. • Passo 2: capacitar toda a equipe de cuidados da saúde nas práticas necessárias para implementar essa política. • Passo 3: informar todas as gestantes sobre os benefícios e o manejo do aleitamento materno. • Passo 4: ajudar as mães a iniciar o aleitamento materno na primeira meia hora após o nascimento. • Passo 5: mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se separadas dos seus filhos. • Passo 6: não oferecer aos recém-nascidos bebida ou alimento que não seja o leite materno, a não ser que haja indicação médica. • Passo 7: praticar o alojamento conjunto — permitir que mães e bebês permaneçam juntos 24 horas por dia. Passo 8: incentivar o aleitamento materno de livre demanda. • Passo 9: não oferecer bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas. • Passo 10: promover grupos de apoio à amamentação e encaminhar as mães a esses grupos na alta da maternidade. (Joel Alves Lamounier; et al, 2019, p. 488,489)

Contudo, o maior incentivo ao aleitamento materno, se faz presente na Constituição Federal de 1988 (CF/88), esta é a lei máxima que rege um país e faz com que todas as demais leis editadas devam estar totalmente de acordo com ela. A CF garante o direito às mães que trabalham a amamentar, sem prejuízos salariais, e garante um local no espaço laboral adequado para esse fim. De acordo com o MS (2015, p.88) a legislação brasileira é uma das mais avançadas no mundo em relação a proteção desse direito fundamental de toda mãe e criança. Dessa forma, para terem uma vida digna e com qualidade o primeiro mandamento contido no art. 227 da CF/88 é de garantir à criança, adolescente e jovem o direito à vida, saúde, alimentação etc., para isto que são criadas as diversas leis e políticas que tratam da amamentação infantil, pois é direito delas a serem alimentadas para que todos os demais

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p. 35163-35184 jun. 2020. ISSN 2525-8761 possam se efetivar. Assim o próprio MS cita os seguintes dispositivos para efetivação desse direito:

Licença-maternidade – à empregada gestante é assegurada licença de 120 dias consecutivos, sem prejuízo do emprego e da remuneração, podendo ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição médica (Constituição brasileira, 1988, art. 7, inc. XVIII). O Decreto nº 6.690, de 11 de dezembro de 2008, regulamenta a extensão da licença-maternidade por mais dois meses (60 dias), prevista na Lei nº 11.770/2008, para as servidoras lotadas nos órgãos e entidades integrantes da Administração Pública Federal direta, autárquica ou fundacional. E muitos estados e municípios já concedem licença-maternidade de 6 meses, com o objetivo de fortalecer suas políticas de promoção e proteção do aleitamento materno. A Lei Federal nº. 11.770, de 9 de setembro de 2008, cria o Programa Empresa Cidadã, que visa prorrogar para 180 dias a licença maternidade prevista na Constituição, mediante incentivo fiscal às empresas. A empregada deve requerer a licença até o final do primeiro mês após o parto e o benefício também se aplica à empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança. As 89 Saúde da Criança – Aleitamento Materno e Alimentação Complementar empresas tributadas com base no lucro real que aderirem ao Programa terão dedução do imposto devido ao conceder os 60 dias de prorrogação da licença às suas servidoras; • Direito à garantia no emprego – é vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da mulher trabalhadora durante o período de gestação e lactação, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto (Ato das disposições constitucionais transitórias – artigo 10, inciso II, letra b); • Direito à creche – todo estabelecimento que empregue mais de 30 mulheres com mais de 16 anos de idade deverá ter local apropriado onde seja permitido às empregadas guardar sob vigilância e assistência os seus filhos no período de amamentação. Essa exigência poderá ser suprida por meio de creches distritais, mantidas diretamente ou mediante convênios com outras entidades públicas ou privadas, como SESI, SESC, LBA, ou entidades sindicais (Consolidação das Leis do Trabalho, artigo 389, parágrafos 1º e 2º); • Pausas para amamentar – para amamentar o próprio filho, até que ele complete seis meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a dois descansos, de meia hora cada um. Quando a saúde do filho exigir, o período de seis meses poderá ser dilatado a critério da autoridade competente. (Consolidação das Leis do Trabalho, artigo 396,parágrafo único); • Alojamento Conjunto – a Portaria MS/GM nº 1.016/2003 obriga hospitais e maternidades vinculados ao SUS, próprios e conveniados, a implantarem alojamento conjunto (mãe e filho juntos no mesmo quarto, 24 horas por dia); • Direito a gestante estudante

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p. 35163-35184 jun. 2020. ISSN 2525-8761

de realizar os trabalhos escolares em casa - Lei n.º 6.202 de 17 de abril 1975, atribui à estudante em estado de gestação o regime de exercícios domiciliares instituído pelo Decreto-lei nº 1.044, de 1969, e dá outras providências. Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras – NBCAL (Portaria MS/GM n° 2.051/2001 e duas Resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a RDC n° 221/2002 e a RDC n° 222/2002) e Lei n° 11.265, de 3 de janeiro de 2006. Esses instrumentos regulamentam a comercialização de alimentos para lactentes e crianças de primeira infância (até os 3 anos de idade) e produtos de puericultura correlatos. A legislação traz regras como a proibição de propagandas de fórmulas infantis, o uso de termos que lembrem o leite materno em rótulos de alimentos preparados para bebês e fotos ou desenhos que não sejam necessários para ilustrar métodos de preparação do produto. Além disso, torna obrigatório que as embalagens dos leites destinados às crianças tragam inscrição advertindo que o produto deve ser incluído na alimentação de menores de um ano apenas com indicação expressa de médico, assim como os riscos do preparo inadequado do produto. A lei também proíbe doações de mamadeiras, bicos e chupetas ou a sua venda em serviços públicos de saúde, exceto em casos de necessidade individual ou coletiva. Os instrumentos de proteção legal ao aleitamento materno no Brasil podem ser encontrados na íntegra no site da Rede IBFAN. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015, ps. 88,89).

Também destacaram-se alguns outros dispositivos legais e programas idealizados para este fim:

• Artigo 5º inciso L, assegura as presidiárias permanência com seus filhos durante o período da amamentação; o 7º inciso XVIII que estabelece a licença-maternidade (BRASIL, 1988);

• Lei 13.257/16 Art. 13, § 3º As gestantes e as famílias com crianças na primeira infância deverão receber orientação e formação sobre maternidade e paternidade responsáveis, aleitamento materno, alimentação complementar saudável, crescimento e desenvolvimento infantil integral, prevenção de acidentes e educação sem uso de castigos físicos, nos termos da Lei nº 13.010, de 26 de junho de 2014 , com o intuito de favorecer a formação e a consolidação de vínculos afetivos e estimular o desenvolvimento integral na primeira infância (BRASIL, 2016);

• Lei 8.069/90 (ECA) art. 10 inciso IV que obriga os hospitais a orientarem as mães a amamentarem (MINISTÉRIO DA MULHER, DA FAMÍLIA E DOS DIREITOS HUMANOS, 1990);

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p. 35163-35184 jun. 2020. ISSN 2525-8761 • Lei 13.872/17 Direito a amamentar durante provas de concursos públicos federais (BRASIL, 2017);

• Portaria MEC nº604 (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2015) - garante a amamentação dentro do sistema Federal de ensino;

• PL 1654/19 (CMULHER ainda tramitando no Senado) - instituir pena de multa para quem constranger, de qualquer forma, mães lactantes em locais públicos.

• Programa Saúde da Criança (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015) Nutrição Infantil – Aleitamento materno e alimentação complementar – Caderno de atenção Nº23 guia dos profissionais da atenção básica.

National Implementation of the Baby-Friendly Hospital Initiative

(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2017) – Revisão e atualização acerca das Iniciativas dos Hospitais Amigos da Criança para nutrição.

Todos os Programas e Políticas governamentais, foram criados para a concretização do compromisso assumido pelo Brasil junta às Nações Unidas de que em 2025 todas as crianças sejam amamentadas exclusivamente de leite materno nos seus primeiros seis meses de vida e até os seus 2 anos com suplementação correta (Maria Cristina Ananias Neves, 2016).

O IHAC, pactuado em 1991, continua a ser um dos programas mundiais de mais relevância ao incentivo à amamentação, ele serve de base para que as instituições de saúde tenham um referencial de atendimento e metodologia de serviços para as gestantes, parturientes e os recém-nascidos. Lamounier (2019, p.491) mostrou que numa pesquisa nacional foi constatado que:

[...]bebês saudáveis nascidos em Hospitais Amigo da Criança tiveram menos risco de intervenções desnecessárias logo após o parto, como aspiração das vias aéreas, uso de oxigênio inalatório e uso de incubadora. O contato pele a pele com a mãe logo após o nascimento, a amamentação na primeira hora de vida ainda na sala de parto e o alojamento conjunto foram mais frequentes nessas instituições. Os autores concluem que os Hospitais Amigo da Criança são referência em qualidade e humanização do atendimento durante todas as etapas da gestação, parto e nascimento e período neonatal precoce.

Também, cabe salientar que programas de distribuição de renda vêm para auxiliar na qualidade de vida e alimentação das famílias. Bueno (2010, p. 19) destaca que “a mulher que amamenta necessita que a sua alimentação seja rica em calorias, proteínas, sais minerais e

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p. 35163-35184 jun. 2020. ISSN 2525-8761 vitaminas, para que o leite seja produzido em quantidades suficientes e com a composição adequada”. Dessa forma, as mulheres gestantes e nutrizes de baixa renda:

[...]são protegidas com dois benefícios que compõem o Bolsa Família: o Variável Gestante e o Variável Nutriz, criados em 2011. Eles são pagos durante o período de gravidez e nos primeiros meses de amamentação, com o objetivo de reforçar a alimentação das mães e dos recém-nascidos e outras necessidades. O Benefício Variável Gestante pode ser solicitado assim que a mulher iniciar o acompanhamento com a equipe de atenção básica de saúde no município, que registra a data da última menstruação e a encaminha gestante para a realização do pré-natal e A partir do nascimento dos bebês, as mães do Bolsa Família têm direito ao Benefício Variável Nutriz, que pode ser solicitado no setor responsável pelo programa no município com a apresentação da certidão de nascimento. A partir da inclusão da criança no Cadastro Único para os Programas Sociais do Governo Federal, que precisa ser feita até o sexto mês de vida, [...] (MINISTÉRIO DA CIDADANIA, 2016).

Por sua vez, as mães empregadas (sem carência e diretamente ao seu empregador) ou desempregadas que tenham trabalhado com carteira assinada e recolhido pelo menos 10 contribuições, podem procurar a Previdência Social e solicitar o auxílio ou salário-maternidade, benefício concedido até 12 a 36 meses após tenha ocorrido a demissão ou a última contribuição social ao INSS. E inclusive homens podem pedir por este auxílio em caso de morte da cônjuge.

O Estado tem feito sua parte por intermédio de seus políticos, assim cabe também aos enfermeiros e demais atores da saúde transmitirem estas informações e conhecimentos à população, posto enunciado pela própria lei 13.257/16 Art. 13, § 3º (já supracitado) e o artigo 8º da lei 8.069/90, parágrafo 7º: “A gestante deverá receber orientação sobre aleitamento materno, alimentação complementar saudável e crescimento e desenvolvimento infantil, bem como sobre formas de favorecer a criação de vínculos afetivos e de estimular o desenvolvimento integral da criança”. Posto que, “a promoção, incentivo e promoção do aleitamento materno é também responsabilidade dos profissionais de saúde, desde o momento da gravidez [...] até o momento de amamentar, assim como ajudá-las a manter a pratica de amamentação de forma correta” (FARIAS E WISNIEWSKI, 2015, p. 15).

O aleitamento, não envolve apenas mães-filhos mas é o resultado de um dinâmico processo que conta com diversos atores (nos postos de saúde, clínicas, hospitais e

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p. 35163-35184 jun. 2020. ISSN 2525-8761 maternidades). Portanto, ainda hoje, existem obstáculos aos “Dez passos para o sucesso da amamentação” bem como a diversos outros programas e benefícios sociais mas que são superáveis, apesar das condições desfavoráveis que os hospitais públicos oferecem atualmente, o despreparo dos profissionais (tanto da saúde como do Estado) e à falta de informação disponível para a população (ALMEIDA, LUZ E UED, 2014, p 359).

O enfermeiro munido destes conhecimentos terá maior material fundamentador para repassar a esses indivíduos e às famílias de modo a auxiliá-los para não abandonarem a lactação antes dos 6 meses de vida do menor e terem um amparo legal e científico para justificar a importância do aleitamento e da alimentação complementar correta para a transição ao desmame natural. Assim a aliança entre cuidados na primeira infância e aleitamento materno propagado pelos enfermeiros se fazem fundamentais para a implementação das políticas nacionais e a prevalência da amamentação prolongada o qual refletirá numa sociedade menos doente e com maior qualidade de vida nas próximas gerações.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao analisar o passado se tornou possível perceber a visão que prevaleceu sobre a infância e a maternidade. No transcurso do tempo essa visão tomou diferentes conotações a depender do contexto na qual se inseria. Inicialmente ouve uma desconstrução da importância do aleitamento materno devido aos contatos com outras civilizações e culturas, a qual perdurou por séculos e de forma cada vez mais impactante para a criança. Só posteriormente foi sendo resgatada graças aos estudos e pesquisas científicas na área da pediatria.

Um dos principais problemas encontrados para o desmame precoce é a falta de informação das famílias que ainda se prendem a mitos e crendices populares. Nesse ponto, a função dos profissionais da enfermagem está em acompanhar e orientar os mesmos para efetivar as políticas de saúde sobre alimentação e qualidade de vida dos infantes e da população como um todo.

Ao se negligenciar a importância da amamentação toda a sociedade é afetada, dado o maior índice de doenças crônicas e problemas no desenvolvimento sadio do bebê e a afetação da saúde física e mental das puérperas, pois o governo precisa gastar mais em saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) fica saturado e o número de crianças mortas só aumenta.

Para reverter e prevenir essa realidade é que o Brasil se comprometeu junto ao UNICEF e a OMS a aderir à IHAC e aos 10 passos para o sucesso do aleitamento materno, com intuito de tornar possível uma amamentação exclusiva nos primeiros 6 meses de vida do nascituro e

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p. 35163-35184 jun. 2020. ISSN 2525-8761 depois alternada com uma alimentação sadia e equilibrada até os dois anos de vida ou mais. Dessa forma, os poderes executivo, legislativo e judiciário trabalham juntos para que se cumpram as regulamentações legais que visam à proteção dos direitos das crianças a vida, saúde, alimentação e preservação de sua integridade física e mental, com o fim de promover a amamentação ampla no Brasil e se valem do papel dos enfermeiros como influenciadores e figuras com papel de autoridade mais próximos da população.

Com tudo isso visto, o enfermeiro deve informar, ensinar e acompanhar as famílias sob seus cuidados com o fito de que adquiram conhecimento a respeito das garantias legais ao direito a amamentar e aos problemas que podem surgir mas como resolvê-los e estes os comunicarem às pessoas em seu lar, e estes o repassarem para outros, o drama do desmame precoce poderia ser superado. Porém, se torna fundamental a participação de todos para o êxito desse propósito, haja vista o mesmo fazer parte de uma cultura que precisa ser desconstruída e somente o será com a devida disseminação dos males provocados pelo desmame precoce e pelo esforço coletivo das famílias, sociedade, agentes governamentais e os profissionais da saúde.

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Referências

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